02 Teorias Demográficas

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Teorias demográficas

a) Malthus
Como se sabe, Malthus foi um teórico que em 1798
publicou um livro - Ensaio sobre o principio da
população - que dizia que enquanto os alimentos
cresciam em progressão aritmética (1,2,3,4...), a
população crescia em progressão geométrica (1, 2,
4, 8, 16...). Para Malthus a população cresceria sem
parar enquanto a produção de alimentos, teria
como limite, o próprio território dos países. Na
metade do século XX, tais ideias já estavam
superadas pela diminuição dos índices de
crescimento populacional, pelos progressos da
agricultura e pela urbanização
IDEIA CENTRAL DA TEORIA DE MALTHUS

• Restrições morais
“Controles Reduzir a taxa de
Preventivos” natalidade
• Casamentos tardios

• Fome
• Guerras de extermínio
Controles Diminuir a • Pragas
Positivos população • Miséria
• Epidemias

Condenou as iniciativas paternalistas por parte do Estado e também a caridade.

Ainda hoje, muitos defendem as ideias de Malthus,


insistindo que a pobreza é culpa dos pobres por terem
muitos filhos e nada se pode fazer por eles.
 Críticas a tese central de Malthus

• não considerou os avanços técnico, científico e mecânico aplicados à agricultura e


consequentemente o aumento da produção de alimentos.

• não considerou as reservas de alimentos dos mares e oceanos.

• não levou em conta outras regiões do planeta, com áreas de solos férteis.
Teorias demográficas

b) Neomalthusianos
 Os neomalthusianos defendem a ideia de que o
crescimento populacional acelerado é a causa da miséria.
Defendem também o controle de natalidade
(planejamento familiar), em especial para os países
subdesenvolvidos, sob os argumentos de que o
crescimento populacional é um obstáculo ao
desenvolvimento; um aumento da população, provoca a
diminuição da renda per capta; um grande número de
jovens, será um peso para os adultos que terão que
sustentá-los.
2. Neomalthusianismo
a) O acelerado crescimento da população mundial após a Segunda Guerra
Mundial é:
• menor nos países mais desenvolvidos economicamente.
• maior nos países menos desenvolvidos economicamente, com a
redução da taxa de mortalidade (‰) uso de antibióticos e vacinas,
saneamento básico e desenvolvimento de infraestrutura .

b) Um grande percentual de jovens nos países periféricos ou menos


desenvolvidos, trará sérios encargos econômicos, com essa mão-de-obra.

c) A formação nos países periféricos de áreas de grande concentração de


miséria ou “bolsões”, gerou situações de risco para o sistema capitalista
internacional e favoreceu a expansão do socialismo sob influência
soviética ou chinesa, nas áreas do chamado “Terceiro Mundo”.
IDÉIA CENTRAL DA TEORIA NEOMALTHUSIANA

• Explosão demográfica,
Preocupação • América Latina,
Neomalthusiana • Encargos econômicos,
• Ásia,
• Países capitalistas se preocupam com a
miséria dos países periféricos, que poderiam • África.
atrair movimentos socialistas.

• Controle da natalidade,
Solução imposta
pelos • Não reprimir abortos ilegais,
neomalthusianos
• Esterilização em massa de mulheres: laqueaduras e ligaduras de
trompas.

Um rápido crescimento populacional seria um obstáculo ao desenvolvimento

econômico de um país, acarretando sérios problemas de pobreza, fome e miséria,


ligadas à elevadas taxas de natalidade (‰).
Críticas ao Neomalthusianismo

 A fome, a miséria e a pobreza resultam da má distribuição das riquezas, como renda


e terra.
 O crescimento populacional de um determinado país não é a causa, mas a
consequência do subdesenvolvimento.
 O discurso neomalthusiano alarmista é utilizado ideologicamente como estratégia
para a manutenção do modelo de desenvolvimento sócioeconômico dominante no mundo
atual.
Teorias demográficas
A China adotou sua política oficial de filho único nos anos 1970, com o objetivo
de conter a rápida expansão populacional. Mas a regra se tornou bastante
impopular com o tempo. Além disso, as autoridades chinesas temem que o
envelhecimento da população reduzirá a disponibilidade de mão de obra e
poderá exacerbar os problemas para o cuidado com os idosos. A política de
filho único tem sido aplicada com rigor, apesar de algumas exceções já
existirem, incluindo uma que se aplica a minorias étnicas. Reformas anteriores
também permitiram que casais tivessem um segundo filho se ambos os pais
fossem filhos únicos ou, em caso de moradores das áreas rurais, se o primeiro
filho fosse uma menina.
O Congresso Nacional do Povo da China, órgão legislativo máximo do país,
aprovou formalmente a resolução que relaxa a política oficial de filho único.
Espera-se que a mudança ocorra de forma gradual em várias partes do país, já
que as autoridades provinciais poderão tomar suas próprias decisões sobre
quando implementar a mudança de acordo com a situação demográfica local.
Até 2050, mais de um quarto da população chinesa terá mais de 65 anos. A
tradicional preferência por meninos criou um desequilíbrio entre o número de
homens e mulheres, já que alguns casais optam por abortos seletivos de
acordo com o sexo do bebê.
NEOMALTHUSIANOS
Teorias demográficas
c) Reformistas
 
Em resposta à teoria neomalthusiana, surgiu a teoria
reformista que defende a ideia de que a miséria é a
verdadeira causa do crescimento populacional e que uma
população numerosa é consequência do
subdesenvolvimento. Defendem ainda a ideia de que tal
população jovem e numerosa só se tornou um empecilho
pela falta de investimentos sociais, principalmente na área
de educação o que gerou uma mão de obra desqualificada
e que não tem acesso ao mercado de trabalho. Para os
reformistas, as famílias tendem a diminuir naturalmente o
número de filhos na medida em que melhora sua condição
de vida.
3. Teoria Reformista
 As elevadas taxas de natalidade (‰), não são causa do atraso e da pobreza dos
países periféricos, mas sim uma consequência.
 Os miseráveis não são responsáveis por sua miséria por terem muitos filhos.
 Nos países mais desenvolvidos economicamente onde o padrão e a qualidade de
vida da população são bastante elevados, a redução das taxas de natalidade (‰)
ocorreu naturalmente e paralelamente à qualidade de vida dessa população.
 O atraso e a pobreza também tem origens nos processos históricos desses países
tradicionalmente periféricos e nas suas relações com as áreas centrais do capitalismo,
ou seja, a divisão internacional do trabalho ou da produção, em seus diferentes
momentos.
 O maior contraceptivo está relacionado aos investimentos públicos nas áreas sociais,
especialmente na saúde, infraestrutura e educação.
Teorias demográficas
d) Ecomalthusianos
 
A teoria demográfica ecomalthusiana é o ressurgimento da
teoria de Malthus dentro desse novo paradigma ambiental.
Para a teoria ecomalthusiana, controlar o crescimento
populacional é uma das formas de preservar a natureza,
pois, quanto maior a população, maiores os impactos
ambientais.
4. Teoria Ecomalthusiana
 A tese central dessa teoria relaciona diretamente o
crescimento populacional com a degradação do meio
ambiente.

 De acordo com esses ambientalistas um rápido


crescimento populacional, em especial nos países
periféricos, se traduziria numa maior exploração sobre
os recursos naturais, principalmente os não renováveis.

 Um rápido crescimento populacional, principalmente


nos países periféricos, provocará sérios desmatamentos
nos ecossistemas equatoriais e tropicais, além dos vários
tipos de degradação ao meio ambiente.

O controle do natalidade seria uma forma de preservar o


patrimônio ambiental para as gerações futuras.
Preservação do ecossistema
Meio ambiente Desenvolvimento sustentável
Os países
Reservas extrativas
centrais do
X Ocupação racional capitalismo
usam as
questões
ecológicas
Desmatamento
Explosão para
demográfica Poluição conseguir
concessões
Desperdício de água
políticas e
Caça e pesca predatória comerciais
dos países
Comercialização e extinção de
periféricos.
espécies da flora e da fauna

Nos países periféricos as carências sociais são tão grandes


que as preocupações ecológicas estão quase restritas as
camadas sociais médias.

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