Os Serviços, Os Transportes No Brasil

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GEOGRAFIA

Ensino Médio, 3º Ano

Os Serviços, os Transportes
no Brasil
GEOGRAFIA, 3º Ano, Os Serviços, os Transportes no
Brasil.

A Diversidade dos Serviços (1)

 A prestação de serviços vem apresentando crescimento acentuado


da oferta de empregos nas últimas décadas, principalmente nos
países mais industrializados;

 O setor dos serviços compreende diversas atividades econômicas


diretamente envolvidas na satisfação das necessidades humanas em
áreas como saúde, educação, transporte, telecomunicações,
fornecimento de energia elétrica, tratamento de água e esgoto,
lazer, etc.;

 Com o uso cada vez maior das novas tecnologias na indústria (setor
secundário), tem havido a dispensa de parcela significativa da mão-
de-obra nela empregada. Muitos desses trabalhadores têm então
migrado para a prestação de serviços (setor terciário);
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 Além da automação industrial, outros fatores explicam a expansão das


atividades relacionadas com a prestação de serviços. Em alguns países, o
aumento da renda de parte da população eleva o poder de compra e a
procura por serviços como cultura, turismo e lazer;

 O desenvolvimento da informática e das telecomunicações nas últimas


décadas proporcionou uma enorme expansão de serviços, como internet,
telefonia e automação de muitas tarefas antes desempenhadas por pessoas;

 Se, por um lado, a automação na indústria eliminou empregos, por outro, o


desenvolvimento dos serviços gerou muitos postos de trabalho nesses
novos campos da economia;

 A crescente competição entre as empresas amplia a demanda por serviços


nos setores de publicidade, marketing, informática e comercial,
responsáveis por melhorar a imagem dos produtos e serviços e a sua
comercialização.
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Panorama dos Serviços no Brasil (2)

 O setor terciário mostra crescente relevância na economia brasileira, ao


evoluir junto com o aumento da renda e o desenvolvimento econômico
e social verificados nos últimos anos, bem como ao constituir setor
fundamental de expansão das atividades empresariais;

A evolução do PIB brasileiro tem sido influenciada


significativamente pelo setor terciário;
 O crescimento anual dos serviços mostra-se geralmente em linha com o
do PIB, embora em alguns momentos a expansão dos serviços tenha
sido fundamental para mitigar uma queda geral da economia, como em
2009 (2,1% dos serviços frente a -0,3% do PIB) e 2012 (1,9% dos
serviços frente a 1,0% do PIB);
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 Com efeito, segundo as Contas Nacionais Trimestrais do IBGE, o setor


de serviços (que engloba o comércio), de 2003 a 2013, passou de 64,7%
para 69,4% do valor adicionado do PIB;

 Desde 2004, os serviços têm ganhado espaço no PIB. Em particular, o


comércio mostra também significativa expansão, ao passar de 10,6% em
2003 para 12,7% do valor adicionado do PIB em 2013;

 Mudanças recentes na expansão da renda e do consumo de massa têm


incentivado o desenvolvimento dos setores de Comércio e Serviços, que
estão entre aqueles que mais empregam desde 2003, incentivando a
queda na informalidade;

 O grau de informalidade passou de 50,4% em 2003 para 39,3% em


2012, conforme a PNAD;
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Brasil

Observe os gráficos a seguir.

A que conclusão podemos chegar


sobre o panorama do setor dos
serviços no Brasil?
Fonte: http://www.mdic.gov.br/sitio/interna/interna.php?area=4&menu=4485.
Acesso: 28 jul. 2015.

Fonte: http://www.mdic.gov.br/sitio/interna/interna.php?area=4&menu=4485.
Acesso: 28 jul. 2015. Fonte: http://www.mdic.gov.br/sitio/interna/interna.php?area=4&menu=4485.
Acesso: 28 jul. 2015.
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 A relevância dos serviços brasileiros também se torna crescente no


comércio internacional. Enquanto o valor das exportações mundiais de
serviços teve elevação de 133,5% no período de 2003 a 2012, o Brasil
mostrou aumento de 281,6% no período, de acordo com dados da
UNCTAD (United Nations Conference on Trade and Development) e do
BCB (Banco Central do Brasil);

 Assim, os serviços estão localizados no centro do debate sobre


competitividade e inovação. Trata-se de insumos cada vez mais
determinantes para acelerar o crescimento econômico e a produtividade,
pois são indispensáveis para melhorar a intermediação financeira, a
infraestrutura, a logística, o acesso e o uso das tecnologias da informação e
comunicação - TICs, a educação, a competitividade do setor de bens e
manufaturas, e a própria qualidade das políticas públicas;

 As empresas do setor terciário, dessa forma, ganham destaque no cenário


brasileiro e mundial.
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(3)
Os Transportes no Brasil
 O setor de transportes no Brasil apresenta diversos problemas. Isso pode ser
explicado pela grande extensão do território e pelas políticas governamentais
adotadas no decorrer do século XX, que não levaram em consideração a
necessidade de se diversificar as modalidades de transportes no país;

 O sistema de transportes é vital para o comércio interno e externo, pois o custo


do frete é um dos elementos – muitas vezes o principal – que compõem o
preço das mercadorias;

 De modo geral, o meio de transporte mais barato é o hidroviário, seguido pelo


ferroviário e o rodoviário. Apesar disso, no Brasil privilegiou-se o transporte
rodoviário.
 Por pressão de grupos econômicos (interesses das indústrias automobilística,
petrolífera e da construção civil) e pela visão imediatista dos governantes;
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 O planejamento e os investimentos das verbas públicas ficaram


centrados no setor rodoviário, enquanto as ferrovias e hidrovias
foram relegadas a segundo plano, incluída a navegação de
cabotagem (transporte marítimo realizado entre dois portos
costeiro e um porto fluvial, para atender ao mercado interno);

 O alto custo para transportar mercadorias, por rodovia, das


regiões produtoras até os portos nacionais, é um dos fatores que
diminuem a competitividade da produção nacional no mercado
externo e, em muitos casos, encarece o preço das mercadorias no
mercado interno;
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 Há muito tempo o Brasil sofre perdas constantes em razão do alto


custo dos serviços do setor de transportes e da má conservação de
portos, rodovias e locais de armazenagem dos produtos a serem
exportados;

Na era da luta pelos mercados,


é imprescindível contar com
uma rede de transportes bem
estruturada.

 A melhoria da infraestrutura poderá auxiliar a reduzir os custos,


colocando os produtos no mercado mundial com maior
competitividade;
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Brasil – Vetores Logísticos Em 2006, o governo federal lançou o Plano


Nacional de Logística e Transportes – PNLT,
(4) que tem como objetivo “formalizar e
perenizar instrumentos de análise, sob a ótica
logística, para dar suporte ao planejamento de
intervenções públicas e privadas na
infraestrutura e na organização dos
transportes, de modo que o setor possa
contribuir para a consecução das metas
econômicas, sociais e ecológicas do país, em
horizontes de médio a longo prazo, rumo ao
desenvolvimento sustentado”;
Para a sua realização e melhor administração
dos investimentos, o país foi estruturado em
sete Vetores Logísticos, uma nova forma de
organização espacial em microrregiões
homogêneas.
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O Transporte Rodoviário
(5)

As rodovias no Brasil são a base do transporte de passageiros e por elas


circulam cerca de 61% das cargas transportadas no país. A malha
rodoviária brasileira é uma das maiores do mundo: mais de 1 milhão e 600
mil quilômetros de estradas de rodagem, mas com apenas 211 mil
quilômetros pavimentados. Além disso, 70% delas estão em más condições
de tráfego;

A integração regional, apoiada pelo transporte rodoviário, foi


incorporada à política econômica no governo Vargas, ainda na década de
1930, com a chamada da marcha para o Oeste;

 Seria consagrada no governo Juscelino Kubitschek (1956-1961), com a


expansão sem precedentes da malha rodoviária. Em seguida, nos governos
militares pós-1964, a integração nacional passaria a ser também uma
questão de segurança nacional;
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 As grandes rodovias, que interligam as várias regiões do país, foram


construídas a partir da década de 1950 e tiveram papel fundamental no
modelo econômico nacional e na integração das econômicas regionais
nesse período;

 À época, o petróleo, matéria-prima utilizada na fabricação do asfalto e


na produção de combustíveis, era barato. A elevação do preço do
petróleo no mercado internacional, a partir da década de 1970,
representou um duro golpe no sistema de transporte nacional;

 Durante os governos militares (1964-1986), as rodovias passaram a ser


a base da ocupação espacial do país, tanto do ponto de vista econômico
como do geopolítico;
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 A ocupação do Centro-Oeste, da Amazônia e das extensas fronteiras


nacionais foi formulada pelo Programa de Integração Nacional (PIN).
Baseava-se na construção de grandes estradas e na concessão de terras
em suas margens para a colonização e o preenchimento do vazio
populacional dessas regiões com um duplo objetivo: aliviar os
conflitos fundiários no país e expandir a fronteira agrícola;

 Desse programa originaram-se projetos como o da Transamazônica,


Cuiabá-Santarém e Cuiabá-Porto Velho. Em 1970, teve início a
construção da Transamazônica como estratégia de integração da
Amazônia ao mercado nacional. A iniciativa estimulou o
deslocamento de milhares de desempregados e pequenos agricultores
nordestinos flagelados pela seca;
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 Entretanto, a ideia de colonização por meio da implementação de


grandes eixos rodoviários fracassou, principalmente na Amazônia,
devido ao elevado custo, às dificuldades técnicas para a construção
das estradas e à reprodução, nessa região, dos problemas sociais e
fundiários que pretendia remediar;

 Isso sem contar as consequências ambientais, que tomaram


proporções inéditas com a ocupação de uma região difícil de ser
administrada e fiscalizada;

 Para a construção da Transamazônica, a vontade dos militares


prevaleceu sobre a viabilidade técnica. A rodovia é intensamente
castigada pelas águas e invadida pela floresta, que insiste em fazer
cicatrizar o corte aberto pela estrada inacabada, tornando-a
intransitável em vários trechos;
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Brasil – Rede Rodoviária (2007)

(6)
O tráfego de
caminhões exige o
auxílio frequente de
balsas para
completar o
percurso, e de
tratores para
desatolar os veículos
dos grandes
lamaçais que se
formam com a
intensificação das
chuvas.
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(7)
CONCESSÃO DE RODOVIAS
O processo de concessão das rodovias federais teve início com o
Programa de Concessão de Rodovias Federais (PROCOFE), em 1995;

 A partir dele, a exploração comercial das rodovias estendeu-se às


vias estaduais. As empresas concessionárias, em troca de serviços de
manutenção e de melhorias, adquiriram o direito de exploração por
meio da cobrança de pedágio, cessão de espaço para publicidade e
para instalação de infovias (espécie de estrada eletrônica, formada por
redes de cabos de fibra óptica pelas quais circulam informações na
forma de texto, som ou imagem) que acompanham o traçado das vias.
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CAMINHONEIROS E PEDÁGIO (8)

Segundo a Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias


(ABCR), em 2007 existiam 10 222 quilômetros de rodovias concedidos à
exploração privada. É importante lembrar que a cobrança de pedágio é feita
também pelo poder público, em várias rodovias não concedidas à
administração privada.

Os caminhoneiros que trabalham por conta própria foram os mais


prejudicados com a concessão das rodovias. As empresas que contratam
seus serviços pagam valores que muitas vezes não acompanham a elevação
dos preços dos pedágios e do combustível;

Muitos caminhoneiros, para evitar os postos de pedágio, buscam


caminhos alternativos, em piores condições, com menos segurança e que
demandam mais gastos com combustível e manutenção dos veículos;
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(9)
TRANSPORTE FERROVIÁRIO
 Comparando-se à rodovia, a ferrovia é o melhor meio de transporte para
países de grande extensão territorial como o Brasil. Tem maior
capacidade para transportar cargas e passageiros, consome menos
energia que o caminhão em relação ao volume de carga transportado e
pode ser eletrificada, não dependendo exclusivamente do petróleo como
fonte de energia;
 Embora o custo de instalação do sistema ferroviário seja elevado, sua
manutenção é mais barata do que a das rodovias. As estradas de
rodagem exigem recapeamento e pintura constantes, obras de contenção
de erosão, serviços de atendimento ao motorista e sistemas de controle
de tráfego, entre outros;

Apesar dessas vantagens, a extensão da linha ferroviária brasileira,


comparada à extensão da malha ferroviária de outros países, é
muito pequena.
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Brasil
(10)

EVOLUÇÃO DAS FERROVIAS NO BRASIL


 A ferrovia foi o principal meio de transporte de carga terrestre no
Brasil até meados do século XX. No início da década de 1950, as
estradas de ferro atingiram 38 mil quilômetros de extensão;

 O Plano de Metas de Juscelino Kubitschek (1956-60) havia apontado


a necessidade de modernização da malha ferroviária do país;
Entretanto, a modernização dependia da desativação de linhas
tecnicamente ultrapassadas, com muitos riscos de acidentes; As
ferrovias em péssimo estado foram desativadas, sem a construção de
novas;

 As ferrovias que surgiram décadas mais tarde eram controladas pelas


próprias empresas mineradoras e destinadas ao transporte de minérios;
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 Atualmente, a rede ferroviária brasileira é pouco extensa. O Brasil é


um caso raro, talvez o único no mundo, de diminuição da rede
ferroviária a partir dos anos 1950 até o início deste século;

 Atualmente as ferrovias absorvem cerca de 20% da carga


transportada no Brasil. Ainda que pouco representativo, o transporte
ferroviário de passageiros para fins turísticos realiza-se em alguns
pontos do território, como em Paranapiacaba (SP) e Tiradentes (MG);

 O maior volume de passageiros das ferrovias trafega em


deslocamentos de curta distância, nos sistemas de transporte
metropolitanos
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Brasil – Malha Ferroviária (1910) Brasil – Malha Ferroviária (2007)

(11)
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(13)

Transporte Marítimo e Hidroviário


O território brasileiro conta com mais de 5 mil quilômetros de litoral e extensa
rede hidrográfica. Apesar das condições naturais favoráveis e do baixo custo do
transporte hidroviário e da navegação de cabotagem, no início do século XXI eles
representavam apenas 13% da carga transportada no país;

A ampliação do sistema hidroviário exige elevados investimentos. Os canais


fluviais do Brasil apresentam muitas cachoeiras e corredeiras, sendo vários trechos
impróprios à navegação. Apenas o rio Amazonas e seus afluentes, a rede fluvial e
lacustre do Rio Grande do Sul e os rios da bacia do Paraguai apresentam condições
naturais favoráveis em grande extensão;

As duas principais hidrovias do Brasil em volume de carga transportada estão


integradas à rede de transporte dos países do Mercosul: as hidrovias Paraná-Paraguai
e Tietê-Paraná;
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 A hidrovia Araguaia-Tocantins, em fase de conclusão após trinta anos


de obras interrompidas, escoará parte da produção agrícola do Centro-
Oeste, enquanto a do rio Madeira já representa uma importante via de
exportação da soja dessa região;

hidrovia do São Francisco transporta um volume pequeno de


mercadorias, embora esse rio seja importante meio de integração
entre as comunidades ribeirinhas;

 No sudeste, onde o volume de cargas transportadas é maior, foi


necessária a instalação de eclusas (elevadores hidráulicos) para vencer
os frequentes desníveis dos canais, a instalação de portos e o
alargamento de trechos dos rios. A implantação de hidrovias na região
nas últimas décadas, apesar dos altos investimentos, atendeu a uma
demanda elevada de produtos agropecuários e industriais e reduziu o
custo do frete;
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 A implantação das hidrovias depende, também, da avaliação dos


problemas ambientais causados pela construção de portos, pelo
alargamento, aprofundamento e retificação do curso de rios e pela
construção de canais de ligação entre as redes hidrográficas;

 Para a navegação marítima de cabotagem e para a exportação, há


vários portos instalados no imenso litoral brasileiro. Eles, no entanto,
apresentam diversos problemas, como baixa utilização de contêineres;
pequena profundidade das águas, que dificultam a atracagem de
navios de grande porte; excesso de burocracia e demora na liberação
das embarcações; e limitações para o armazenamento de cargas;
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 Os portos nacionais mais importantes em


volume de carga transportada em contêineres
são os de Santos, Itajaí, Rio Grande, Paranaguá
e Rio de Janeiro;

 O processo de privatização iniciando no país nos anos 1990 também


atingiu os portos brasileiros. O modelo de privatização portuária foi
baseado no sistema de arrendamento de terminais para empresas
privadas, ou seja, a estrutura do porto existente até a implantação do
sistema continua pertencendo ao Estado;

 Os terminais privatizados utilizam parte da estrutura portuária pública


existente, mas funcionam com equipamentos mais modernos,
reduzindo o custo e o tempo de movimentação de mercadorias.
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Brasil – Principais Portos e Corredores de
Escoamento da Produção Agropecuária e Brasil – Principais Portos e Hidrovias (2004)
Mineral (2008)
(15)
(14)

AGÊNCIA Nacional dos Transportes Aquaviários. Disponível em:


<www.antaq.gov.br/Portal/localizaportos.asp>
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(16)

Transporte Aéreo
Na última década, a cada 100 brasileiros, 55 voaram pelo menos uma
vez. A demanda doméstica do transporte aéreo de passageiros mais do
que triplicou nos últimos dez anos, em termos de passageiros-
quilômetros pagos transportados, com alta de 234% entre os anos de
2003 e 2012 e com crescimento médio de 14,35% ao ano no período;

Esses números dão a ideia do tamanho do desafio do sistema em


operação, assim como do potencial de crescimento desse mercado no
País. O Brasil é o quarto maior mercado do mundo em voos domésticos,
atrás de Estados Unidos, China e Japão, segundo a Organização de
Transporte Aéreo Internacional (IATA);
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 Existem no Brasil 710 aeroportos aptos a receber voos regulares, ou seja,


com pistas pavimentadas, mas apenas 109 recebem voos regulares.
Destes, 63 são administrados pela Infraero e recebem mais de 90% dos
passageiros transportados no Brasil. O País tem 17 aeroportos
internacionais, parte deles administrados pela iniciativa privada;

 No Brasil, a operação aeroportuária é concentrada na Infraero,


administradora dos aeroportos que respondem por 97% dos passageiros
transportados anualmente;

 Qualquer empresa aérea pode operar no mercado brasileiro, que é de


livre concorrência, desde que respeitados os limites operacionais de cada
aeroporto e as normas regulamentares de prestação de serviço adequado
expedidas pela Anac, nos termos do art. 48 da Lei nº 11.182/2005;
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Brasil – Fluxo de Carga de Transporte Aéreo
O mapa ao lado mostra que (2008)

as metrópoles e capitais (17)


regionais são os principais
nós na rede e no fluxo aéreo
de mercadorias em escala
nacional. Comparativamente
aos outros modais, o
transporte de cargas do
modal aéreo representou, em
2011, somente 0,4% do total,
o que se deve ao elevado
custo desse tipo de
transporte, em geral utilizado
para o transporte de
passageiros e de produtos de
alto valor agregado.
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Transporte Urbano (18)

 Os meios de transporte de passageiros nas cidades podem ser


coletivos, como ônibus, trens e metrô, ou individuais, como
automóveis, motocicletas e bicicletas. Com a maior parte da população
brasileira vivendo nos centros urbanos, o transporte, sobretudo nas
grandes cidades (com mais de 500 mil habitantes), é serviço essencial,
devendo ser tratado pelos governos municipal, estadual e federal como
prioridade;

 O trem e o bonde foram os primeiros meios de transporte coletivo das


principais cidades do mundo. Inicialmente, o bonde era uma grande
carruagem puxada por bois, mulas ou cavalos; só depois seria
eletrificado. Em 1990, foi inaugurado o bonde elétrico em São Paulo.
Nessa época, os europeus já andavam de metrô, e os ricos das grandes
cidades brasileiras começavam a exibir os seus automóveis.
GEOGRAFIA, 3º Ano, Os Serviços, os Transportes no
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 A partir de meados do século XX, com o desenvolvimento das


rodovias, os ônibus passaram a dominar o transporte coletivo urbano e
interurbano de passageiros em todo o país;

 O transporte coletivo urbano insuficiente para toda a população – fruto


de estratégias de planejamento urbano de governos que não visavam ao
interesse coletivo – acaba por estimular a utilização do transporte
individual, elevando substancialmente o número de veículos que
transitam diariamente nas grandes cidades;

 O excesso de automóveis trás problemas como:


 Enormes congestionamentos:
 Superlotação dos coletivos urbanos;
 Agravam a poluição atmosférica nos centros urbanos;
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O metrô é uma boa alternativa?


O metrô só foi inaugurado no Brasil em 1974, na cidade de São Paulo depois de
mais de um século que o primeiro metrô fora instalado: a linha de Londres,
inaugurada em 1863, como solução para o transtorno causado pelo trânsito de
carroças, carruagens e ônibus puxados a cavalos;
 Atualmente o sistema metropolitano brasileiro ainda está restrito a
algumas capitais do país: São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre,
Recife, Belo Horizonte, Brasília, Fortaleza e Salvador; Apesar do
elevado custo de construção, o metrô apresenta inúmeras vantagens
em relação aos demais meios de transporte coletivo urbano:

 É eletrificado e, portanto, não poluente;


 transporta elevado número de passageiros, contribuindo para a
redução de automóveis nas ruas;
 trafega em alta velocidade com elevado padrão de segurança,
diminuindo o tempo de deslocamento nas grandes cidades.
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Brasil

VAMOS ASSISTIR... SUGESTÃO DE ASSUNTOS A SEREM DISCUTIDOS:


·Mensagens publicitárias que induzem ao culto do carro;
·Falsa sensação de proteção sentida pelas pessoas ao estarem dentro
de um veículo;
·A sensação de ter o carro como extensão do seu próprio corpo ou
“Sociedade do Automóvel” de sua própria casa;
·Motoristas que acabam prisioneiros dentro do seu próprio carro;
·A indústria que é movimentada através do comércio de veículos;
(20) ·A escala social que acaba sendo definida em função do tipo de
SINOPSE: automóvel que a pessoa possui;
São 11 milhões de pessoas, quase 6 milhões de automóveis; um acidente ·Os danos ocasionados à saúde e ao meio-ambiente, provocados
a cada 3 minutos; uma pessoa morta a cada 6 horas; 8 vítimas fatais da pela excessiva emissão de gases poluentes;
poluição por dia. No lugar da praça, o shopping-center; no lugar da ·A cultura do ter que se sobrepõe a cultura do ser;
calçada, a avenida; no lugar do parque, o estacionamento; em vez de ·A falta de apoio da mídia em campanhas educativas que tenham
vozes, motores e buzinas. Trabalhar para dirigir, dirigir para trabalhar: como objetivo a diminuição do número de veículos em circulação;
compre um carro, liberte-se do transporte público ruim. Aquilo que é ·O incentivo à carona solidária;
público é de ninguém, ou daqueles que não podem pagar. Vidros ·A falta de políticas públicas que apoiem efetivamente os
escuros e fechados evitam o contato humano. Tédio, raiva angústia e transportes públicos e coletivos de qualidade.
solidão na cidade que não pode parar, mas não consegue sair do lugar.
Trabalhar para dirigir, dirigir para trabalhar: Compre um carro, liberte- Fonte:
se do transporte público ruim. O que é público é de ninguém (ou http://transitandopalavras.blogspot.com.br/2008_08_01_archive.ht
daqueles que não podem pagar). O documentário apresenta cenas de ml
uma cidade degradada pelo planejamento urbano equivocado, pela . Acesso: 28 jul. 2015.
devoção ao automóvel e pelo uso irracional do transporte particular.
Usuários de diferentes tipos de meios de transporte, relatam os LINK de ACESSO ao VÍDEO:
caminhos que percorrem diariamente na cidade de São Paulo. Um vídeo
de Branca Nunes e Thiago Benicchio. As discussões levantadas a partir
dessas vivências permitem reflexões sobre a necessidade da adoção de https://www.youtube.com/watc
atitudes e da construção de hábitos bem diferentes dos que temos hoje.
h?v=n7-Azd3mypY
GEOGRAFIA, 3º Ano, Os Serviços, os Transportes no
Brasil
(21) 4- Dê o título mais adequado para o infográfico que

Exercício segue.

Observe os dados da tabela e resolva as questões de 1 a 3.

Brasil e EUA – Produção e Transporte de Soja (2007)


Custo de Produção da Custo de Despesas
Soja (dólares por Transporte portuárias
tonelada) (dólares por (dólares por
tonelada) tonelada)
Brasil 187 Brasil 97 Brasil 7
EUA 238 EUA 26 EUA 3

Fonte: Revista Veja, São Paulo: Abril, ano 40, ed. 2020, n.31, 8 ago. 2007. p. 82.

1- Calcule a diferença do custo por tonelada da produção de


soja no Brasil e nos Estados Unidos.

2- Monte quatro gráficos com base nos dados de cada coluna


da tabela e outro que compare o custo final da soja nos dois
países.

3- Qual a principal conclusão que se pode tirar a partir da


análise dos dados?
GEOGRAFIA, 3º Ano, Os Serviços, os Transportes no
Brasil
5- De onde as concessionárias obtêm lucros na exploração
de rodovias? 9- quais os principais problemas existentes no sistema de
transporte urbano das grandes cidades brasileiras?
6- Leia o texto e resolva as questões.
Problemas no setor de transportes brasileiro 10- Observe o gráfico e resolva as questões.
[...] Congestionamento é só um dos itens de uma longa
lista de preocupações para as empresas exportadoras de
produtos importantíssimos da balança comercial, como
carros, caminhões, minério de ferro, frango congelado,
açúcar. Ela inclui falta de equipamentos, poucas
ferrovias, estradas ruins, pequeno emprego de
tecnologia, excesso de mão de obra e baixa capacidade
de carga. [...]
Revista Exame. São Paulo: Globo, ano 38, ed. 815, n.7, 14 abr. 2004. p.41.

a) Identifique no texto qual o meio de transporte


predominante no país.
b) Por que no Brasil se deu prioridade a esse tipo de
transporte?
c) Aponte as principais vantagens e desvantagens desse
tipo de transporte em comparação aos demais.
a) Qual é o assunto tratado pelo gráfico? Explique-o.
7- Discuta a situação do transporte ferroviário no Brasil. b) Qual é a relação do transporte de carga com o transporte
de pessoas no Brasil?
8- Quais são as hidrovias que compõem o complexo c) Com base em seus conhecimentos e na análise do
hidroviário do MERCOSUL? Quais vantagens e gráfico, escreva um pequeno texto em seu caderno sobre o
problemas elas apresentam? sistema de transporte de passageiros no país.
Referências
(1)VEDOVATE, Fernando Carlo. Geografia. 6º Ano. p. 202-203. São Paulo: Moderna, 2010. (Adaptado);
(2)http://www.mdic.gov.br/sitio/interna/interna.php?area=4&menu=4485. Acesso: 28/07/2015;
(3)LUCCI, Elian Alabi; BRANCO, Anselmo Lazaro; MENDONÇA, Cláudio. Território e Sociedade no Mundo
Globalização. vol. 2. p. 173-174. São Paulo: Saraiva, 2010. (Adaptado);
(4)ALMEIDA, Lúcia Marina Alves de; ALMEIDA, Tércio Barbosa Rigolin. Fronteiras da Globalização. vol. 2. p.
250. São Paulo: Ática, 2013;
(5)LUCCI, Elian Alabi; BRANCO, Anselmo Lazaro; MENDONÇA, Cláudio. Território e Sociedade no Mundo
Globalização. vol. 2. p. 174-176. São Paulo: Saraiva, 2010. (Adaptado);
(6)LUCCI, Elian Alabi; BRANCO, Anselmo Lazaro; MENDONÇA, Cláudio. Território e Sociedade no Mundo
Globalização. vol. 2. p. 96. São Paulo: Saraiva, 2010;
(7)LUCCI, Elian Alabi; BRANCO, Anselmo Lazaro; MENDONÇA, Cláudio. Território e Sociedade no Mundo
Globalização. vol. 2. p. 176. São Paulo: Saraiva, 2010;
(8)LUCCI, Elian Alabi; BRANCO, Anselmo Lazaro; MENDONÇA, Cláudio. Território e Sociedade no Mundo
Globalização. vol. 2. p. 176. São Paulo: Saraiva, 2010;
(9)LUCCI, Elian Alabi; BRANCO, Anselmo Lazaro; MENDONÇA, Cláudio. Território e Sociedade no Mundo
Globalização. vol. 2. p. 178. São Paulo: Saraiva, 2010;
(10)LUCCI, Elian Alabi; BRANCO, Anselmo Lazaro; MENDONÇA, Cláudio. Território e Sociedade no Mundo
Globalização. vol. 2. p. 178-179. São Paulo: Saraiva, 2010. (Adaptado);
Referências
(1) LUCCI, Elian Alabi; BRANCO, Anselmo Lazaro; MENDONÇA, Cláudio. Território e Sociedade no Mundo Globalização. vol.
2. p. 179. São Paulo: Saraiva, 2010;
(2) LUCCI, Elian Alabi; BRANCO, Anselmo Lazaro; MENDONÇA, Cláudio. Território e Sociedade no Mundo Globalização. vol.
2. p. 180. São Paulo: Saraiva, 2010;
(3) LUCCI, Elian Alabi; BRANCO, Anselmo Lazaro; MENDONÇA, Cláudio. Território e Sociedade no Mundo Globalização. vol.
2. p. 182-184.. São Paulo: Saraiva, 2010. (Adaptado);
(4) JOIA, Antonio Luís; GOETTEMS, Arno Aloísio. Geografia: Leituras e Interação. vol. 3. p. 102. São Paulo: Leya, 2013;
(5) LUCCI, Elian Alabi; BRANCO, Anselmo Lazaro; MENDONÇA, Cláudio. Território e Sociedade no Mundo Globalização. vol.
2. p. 182. São Paulo: Saraiva, 2010;
(6) http://www.brasil.gov.br/infraestrutura/2014/06/na-ultima-decada-transporte-aereo-registrou-crescimento-3-5-vezes-maior-do-que-o-
pib. Acesso: 28/07/2015;
(7) JOIA, Antonio Luís; GOETTEMS, Arno Aloísio. Geografia: Leituras e Interação. vol. 3. p. 104. São Paulo: Leya, 2013;
(8) LUCCI, Elian Alabi; BRANCO, Anselmo Lazaro; MENDONÇA, Cláudio. Território e Sociedade no Mundo Globalização. vol.
2. p. 185-186. São Paulo: Saraiva, 2010;
(9) LUCCI, Elian Alabi; BRANCO, Anselmo Lazaro; MENDONÇA, Cláudio. Território e Sociedade no Mundo Globalização. vol.
2. p. 186. São Paulo: Saraiva, 2010;
(10) http://transitandopalavras.blogspot.com.br/2008/08/documentrio-sociedade-do-automvel.html. Acesso: 28/07/2015;
(11) LUCCI, Elian Alabi; BRANCO, Anselmo Lazaro; MENDONÇA, Cláudio. Território e Sociedade no Mundo Globalização. vol.
2. p. 188. São Paulo: Saraiva, 2010;

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