Fundamentos Da Enfermagem Arrumação de Leito
Fundamentos Da Enfermagem Arrumação de Leito
Fundamentos Da Enfermagem Arrumação de Leito
enfermagem
Prof: Milena Martins
Limpeza
A Limpeza Técnica é o processo de remoção de
sujidades, mediante a aplicação de agentes
químicos, mecânicas ou térmicos, num determinado
período de tempo. Consiste-se na limpeza de todas
as superfícies fixas (verticais e horizontais) e
equipamentos permanentes, das diversas áreas do
recinto. Com o objetivo de orientar o fluxo de
pessoas, materiais, equipamentos e a frequência
necessária de limpeza, sendo imprescindível o uso
de critérios de classificação das áreas para o
adequado procedimento de limpeza.
CLASSIFICAÇÃO DE ÁREAS
ÁREAS CRÍTICAS – são as que oferecem maior risco de transmissão
de infecções, ou seja, áreas onde se realizam procedimentos
invasivos e/ou que possuem pacientes de risco ou com sistema
imunológico comprometido, como UTI, clinicas, salas de cirurgias,
pronto socorro, central de materiais e esterilização, áreas de
descontaminação e preparo de materiais, cozinha, lavanderia etc.
ÁREAS SEMICRÍTICAS – são áreas ocupadas por pacientes com
doenças infecciosas de baixa transmissibilidade e doenças não
infecciosas, isto é, aquelas ocupadas por pacientes que não exijam
cuidados intensivos ou de isolamento, como sala de pacientes,
central de triagem etc.
ÁREAS NÃO CRÍTICAS – são todas aquelas áreas não ocupadas por
pacientes e onde não se realizam procedimentos clínicos, como as
áreas administrativas e de circulação.
Desinfecção: processo físico ou químico pelo qual são destruídos microrganismos
em sua forma vegetativa, menos os esporos, em objetos e superfícies.
Descontaminação44: processo para reduzir o número de microrganismos para
tornar seguro o manuseio.
Esterilização: processo de agentes químicos ou físicos em que todas as formas de
vida microbiana, vegetativas e esporuladas são destruídas.
Matéria orgânica: sangue, pus, líquor, tecidos, secreções.
Anti-sepsia: processo de eliminação ou inibição do crescimento de microrganismos
na pele e nas mucosas, menos esporos. É o emprego de substâncias anti-sépticas,
como por exemplo, antes da passagem de SVD, punção venosa, etc.
Assepsia: Conjunto de medidas adotadas para evitar a chegada de microrganismos
a local que não os contenha. Ausência de microrganismos ou de impurezas.
Anti-sépticos: soluções de baixa causticidade e hipoalergênicos; classificados como
bacteriostáticos e bactericidas. Ex: álcool a 70%, PVPI, Clorexidina, etc.
Desinfetantes: Substâncias que destroem os microrganismos vegetativos,
empregados em objetos e superfícies. Ex: álcool a 70%, Hipoclorito de sódio,
glutaraldeído, etc.
Detergentes: solução que tem como objetivo limpar por meio da redução da
tensão superficial, dispersão, suspensão e emulsificação da sujeira.
Artigos Críticos: equipamentos ou materiais que entram na pele, em mucosas,
tecidos estéreis ou no sistema vascular do cliente. Exemplo: cateteres.
Artigos semicríticos: que tem contato com pele não íntegra, membranas e
mucosas íntegras. Exemplo: equipamentos respiratórios.
Artigos não críticos: contato com pele íntegra, mas não com mucosas. Exemplo:
aparelho de pressão.
Limpeza Terminal
É o procedimento de limpeza e/ou desinfecção, de todas as
áreas da Unidade, objetivando a redução da sujidade e,
consequentemente, da população microbiana, reduzindo a
possibilidade de contaminação ambiental. É realizada
periodicamente de acordo com a criticidade das áreas
(crítica, semicrítica e não crítica), com data, dia da semana
e horário pré-estabelecidos em cronograma mensal. Inclui
todas as superfícies e mobiliários. Portanto, é realizada em
todas as superfícies horizontais e verticais, das áreas
críticas, semicríticas, não críticas, infraestrutura e área
comum.
Deverá ser realizada ao final de cada procedimento
envolvendo pacientes.
Limpeza Terminal
Objetivos:
Material:
Hamper
Luvas de procedimentos
Baldes/ Bacias
Água, sabão ou solução desinfetante padronizado pela instituição
Panos de limpeza
Saco de Lixo
Limpeza Terminal
Limpeza Manual Úmida
Realizada com a utilização de rodos, mops ou esfregões, panos ou esponjas
umedecidas em solução detergente, com enxágue posterior com pano umedecido
em água limpa. No caso de pisos é utilizado o mesmo procedimento com mops ou
pano e rodo. Esse procedimento é indicado para a limpeza de paredes, divisórias,
mobiliários e de equipamentos de grande porte. Este procedimento requer muito
esforço do profissional e o submete ao risco de contaminação. Panos e mops
utilizados na limpeza devem ser encaminhados para lavagem na lavanderia e
guardados secos por medidas de higiene e conservação. É importante ressaltar
que a limpeza úmida é considerada a mais adequada e higiênica, todavia ela é
limitada para a remoção de sujidade muito aderida. Na limpeza terminal é
necessária a utilização de métodos mais eficientes para a remoção de sujidades,
como a mecanizada.
Limpeza Manual Molhada
O procedimento consiste em espalhar uma solução detergente no piso e esfregar
com escova ou esfregão, empurrar com rodo a solução suja para o ralo, enxaguar
várias vezes com água limpa em sucessivas operações de empurrar com o rodo ou
mop para o ralo.
Limpeza Terminal
Limpeza com máquina de lavar tipo enceradeira
automática
É utilizado para limpeza de pisos com máquinas que
possuem tanque para soluções de detergente que é dosado
diretamente para a escova o que diminui o esforço e risco
para o trabalhador.
Limpeza Seca
Consiste na retirada de sujidade, pó ou poeira, mediante a
utilização de vassoura (varreduras seca), e/ou aspirador. A
limpeza com vassouras é recomendável em áreas
descobertas, como estacionamentos, pátios etc. Já nas
áreas cobertas, se for necessário a limpeza seca, esta deve
ser feita com aspirador.
Limpeza Concorrente
É o processo de limpeza diária de todas as áreas críticas,
objetivando a manutenção do asseio, o abastecimento e a
reposição dos materiais de consumo diário (sabonete líquido,
papel higiênico, papel toalha interfolhado etc.), a coleta de
resíduos de acordo com a sua classificação, higienização
molhada dos banheiros, limpeza de pisos, superfícies horizontais
e equipamentos mobiliários, proporcionando ambientes limpos e
agradáveis.
Objetivos:
Proporcionar conforto e segurança, mantendo o ambiente limpo e
agradável e minimizar infecção
Arrumação do Leito
A arrumação do leito compreende as trocas de
roupas de cama:
Após o banho;
Após alta do paciente;
Quando o paciente é encaminhado para
procedimento cirúrgico;
Ou todas as vezes que se faz necessário.
Em todas as situações, o profissional de
enfermagem deve estar atento para o conforto do
paciente e a facilidade para transferi-lo da maca
para a cama.
Cama Aberta
Material
01 travesseiro,
02 lençóis,
01 cobertor (se necessário),
01 fronha,
01 lençol para fralda,
01 rolo para costas (se necessário),
Camisola ou pijama,
01 forro.
Cama Aberta
Técnica
- Lavar as mãos;
- Colocar a roupa na mesa de cabeceira;
- Explicar o que se vai fazer ao paciente;
- Colocar o hamper próximo a cama;
- Desprender a roupa do leito, do lado do paciente e depois vir e ir soltando do outro lado;
- Colocar o travesseiro sem fronha na mesa de cabeceira;
- Colocar o paciente em decúbito dorsal protegido com o lençol de cima;
- Enrolar o forro e lençol de baixo separadamente, ate o meio da cama e sob o corpo do
paciente;
- Substituir o lençol de baixo, e o forro, pela roupa limpa;
- Virar o paciente para o lado pronto, nunca expondo-o;
- Passar para o lado oposto;
- Retirar a roupa usada, retirar as luvas, e esticar os lençóis limpos, prendendo-os e fazendo
os cantos;
- Colocar a fronha no travesseiro, acomodando o paciente;
Obs.: - Se o paciente for totalmente dependente, a troca de cama dever ser feita por duas
pessoas.
Cama Fechada
Material
Luvas de procedimento,
02 Lençóis,
01 Travesseiro,
01 Fronha,
01 Forro,
01 Cobertor, (se necessário),
Hamper.
Cama Fechada
Técnica
- Lavar as mãos;
- Preparar o material;
- Colocar o material no carrinho de banho ou mesa de cabeceira;
- Retirar a roupa de cama suja e coloca-los no hamper próximo do leito;
- Desprezar as luvas;
- Estender o lençol sobre o leito, amarrando as pontas do lençol na cabeceira e
nos pés;
- Estender o forro sobre o leito prendendo-o sob o lençol na parte mais próxima;
- Estender o viril e fazer uma meia dobra na cabeceira;
- Fazer o canto do viril nos pés da cama;
- Passar para o lado mais distante e proceder a arrumação do forro e virol;
- Colocar a fronha no travesseiro;
- Colocar o travesseiro na cama;
- Recompor a unidade;
- Lavar as mãos.
Cama Operado
O leito do operado e igual ao leito fechado, mas
com lençol dobrado em pregas, na cabeceira do
leito próximo ao lençol móvel. Esse leito terá as
roupas soltas nos pés, exceto o lençol de baixo.
O lençol de cima, cobertor, e colcha deverá ser
dobrado na parte da cabeceira e dos pés,
deixando-os enrolados lateralmente.
Apos deitar o paciente operado, cobri-lo e
prender as pecas da cama que estavam soltas
fazendo os cantos.