Ética Crista Slides de Projeção
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CONCEITO ATUAL- Ramo da filosofia cujo objeto de estudo é a moral. Por moral se deve
entender o conjunto de normas e costumes (mores) que regem a conduta de uma pessoa
para ser considerada como boa. A ética é a reflexão racional, o que se entende por boa
conduta e em que se fundamentam os juízos morais. As morais são muitas e variadas (a
cristã, a mulçumana, a moral dos índios, e etc) e se aceitam como elas são; enquanto a ética
tende a certa universalidade. Resumindo, a ética é para a moral o que a teoria é para a
prática; a moral é um tipo de conduta, a ática é uma reflexão filosófica
Uma das máximas cristã de Sêneca “Comporta-te com os inferiores como gostarias que se
comportassem contigo aqueles que te são superiores”
Devemos viver como irmãos, porque o somos. Não se deve ver com estranheza a maneira do
homem, porque homem é diverso um do outro.
Plotino, por volta de 254 d.C. As obras de Plotino conhecidas por Enéadas Uma das grandes
propostas deles era a união com o divino. Assim que o homem libertar-se dessa vida seria
capaz de unir-se ao divino. A união não é na instância física, mas a partir da alma. Para ele o
homem é essencialmente a sua alma, como em Platão é por meio da alma que o homem
realiza as coisas boas e vai em direção ao Bem.
Experimentar uma união com Deus. As concepções de santificação e tendências de elevação
da alma no neo-platonismo cristão podem ser pensadas a partir dessa possibilidade de, É um
momento de êxtase ou união com o Bem.
As ações do ser humano devem refletir esse interesse da alma, em agir com a finalidade de
unir-se ao Bem.
CAPÍTULO II - A ÉTICA NO NOVO TESTAMENTO: A VISÃO DE JESUS E DE PAULO
1. A ÉTICA DE JESUS
Em Jesus a ética tem seu efeito nas relações humanas, mas pretende também elevar o
indivíduo a outra instância, à vida ulterior, ou seja, há uma visão escatológica por trás da
ética de Jesus. Mas, para tal vida, é necessário um retorno a Deus, uma conversão
Jesus tem um ministério a ser cumprido propósitos particulares há um Reino de Deus
proposto, uma escatologia em torno das pregações e do comportamento o Reino proposto
exige nova forma de se comportar e nova perspectiva de vida, inclusive uma vida além dessa
que se vive na terra.
Na maneira de Jesus ver o presente e o futura está intrínseco que o Reino de Deus, não preso
ao mundo das obras humanas. O ser humano teria seu papel desagregado de templos e das
liturgias de sacrifício. O indivíduo tem em si é o templo; a conduta humana por meio do
corpo humano, é mediada pela exigência de um reino futuro.
Boa parte dos textos que envolvem o comportamento visa o futuro a partir dessas ações
presentes (LUCAS, 12). No texto de Marcos (MARCOS, 10. 4-15), a postura no presente,
exigida aos futuros membros do Reino de Deus, deve ser semelhante à das crianças, tendo
em vista a pureza, despretensão e a sinceridade com que elas agem.
Há em Jesus uma ética que propõe mudanças aos padrões tradicionais. O que mais nos
surpreende é que os religiosos de sua época foram os que mais se surpreenderam com as
atitudes de Jesus. Os pecadores, publicanos, mulheres de má fama, prostitutas, os excluídos
da sociedade e toda espécie de gente da mais baixa condição social da época o admiravam e
o seguia.
Os religiosos possuíam uma estrutura eclesiástica fechada e incapaz de acolher pessoas
estavam preocupados mais com os aspectos políticos, organização dos ritos e dos sacrifícios
que com os órfãos, viúvas e miseráveis Mas Jesus estava disposto a mostrar a necessidade
que as pessoas tinham de viverem mais felizes. A parábola do bom samaritano dá bons sinais
da visão de Jesus sobre o tratamento que se deve dispensar às outras pessoas (LUCAS, 10.30-
37). “para que serve uma religião que não quer ver as pessoas boas e felizes?”
Segundo Pedro, que conhecia bem a Jesus, tudo se podia resumir em uma breve formula,
que expressa uma maneira de viver e um modo de se comportar: “passar pela vida fazendo o
bem”. É isso o melhor que se pode dizer de uma pessoa: “foi um ser humano de bem”
Jesus as coisas que dizia e ensinava era o que praticava. Sua base não era a teoria, mas a
necessidades das pessoas. Ele entendia que a Lei deveria atender às pessoas, não as pessoas
atenderem à Lei. A recomendação de Jesus era ensinar o que se pratica e praticar o que se
ensina e não agir como os fariseus (MATEUS, 23.13-33).
Jesus “passou sua vida fazendo o bem” e “uma ética de doação”. É nesse sentido que o
amor, até mesmo aos inimigos, é possível. Esse amor não é apenas em direção a eles,
mas também partindo deles. “Amaras a teu próximo como a ti mesmo!”. Jesus qualifica
esse mandamento como o maior, que esta em pé de igualdade com o primeiro
mandamento.
Amor deixa de ser palavras em súplicas de orações, ou até mesmo mero elemento litúrgico
para ser levado ao campo da prática, refletindo uma ética do amor ao próximo.
2. A ÉTICA DE PAULO
Mediante o sacrifício remidor, todos crentes alcançam a Graça de Deus e, por meio dessa
ação e Graça, cada cristão deve agir segundo o que essa Graça reflete: “você deve ter o
caráter e a conduta que a obra de Deus em Cristo o faz ter”, “para serdes uma massa nova,
visto que sois sem fermento. Pois o Cristo, nossa páscoa, foi imolado” (CORINTIOS-I, 5.7).
Porque, se fomos plantados juntamente com ele na semelhança da sua morte, também o
seremos na da sua ressurreição [...]; Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal,
para lhe obedecerdes em suas concupiscências; Nem tampouco apresenteis os vossos
membros ao pecado por instrumentos de iniqüidade; mas apresentai-vos a Deus, como
vivos dentre mortos, e os vossos membros a Deus, como instrumentos de justiça
(ROMANOS, 6.5; 6.12-13).
todos devem ser imitadores de Deus, deliberando graça a todos: “sede uns para com os
outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos
perdoou em Cristo” (EFÉSIOS, 4.32).
2.2. ÉTICA DO AMOR
O amor é um indício da ação do Espírito Santo na igreja. Onde há amor é um sinal de que os
frutos do Espírito estão ativos entre os cristãos. O amor é o meio pelo qual é possível perceber
que a lei de Cristo está sendo cumprida, em praticamente todas as tradições éticas o amor é
um elemento que harmoniza as relações humanas.
‘Toda a lei encontra seu cumprimento nesta única palavra: Amarás o teu próximo como a ti
mesmo’” (Gálatas 5,14). Amor e justiça andam lado a lado. Porque a justiça é estabelecida
quando de há respeito em relação ao outro. Quem nega o direito a quem ama? E quem faz
injustiça a quem ama? Paulo pensa no amor como um conjunto de ações que não devem ser
ocasionais, mas que devem ser a prática diária dos cristãos, práticas desinteressadas dos bens
que podem vir da parte de Deus, reflexo permanente daqueles que entenderam e aceitaram a
oferta de Deus, Jesus Cristo Salvador.
Paulo raramente menciona “razão” ou “mente”. Como ele a entende, é um fator relevante
para as ações dos cristãos. Um exemplo notável disso ocorre em I Co 14, ocasião em que Paulo
traça o famoso contraste entre os inspirados fenômenos de êxtase e o comportamento
racional cristão, demonstrando que tem este comportamento em alto conceito (I Co 14.14-19).
Paulo trata como sinônimo “mente (ou razão)” e “homem interior”. Isso atribui à “razão” uma
importância básica em sua análise da personalidade e comportamento humana. A razão não
está isenta da presença do corpo, pois é o lugar onde se exercita. O corpo (soma) é o elemento
humano em contato com o mundo. Ele não é ruim, mas a carne, às vezes, pode representar
fatores que incidem sobre o corpo, fazendo com que a razão enfraqueça e os atos não sejam
controlados pelos cristãos. Muitas vezes a carne (sarx) pode indicar o desejo desenfreado ou
até mesmo órgão genital.
Quando o ser humano decide por seguir a lei de Cristo precisará estabelecer controle sobre
seus desejos e atitudes. Isso implica ter capacidade de compreender que certos privilégios
pessoais estarão em um jogo de relações nos quais o amor aos outros será um parâmetro
para as decisões. Daí a necessidade de ser pensante e racional. Para isso é preciso
compreender que há pessoas que ainda não conhecem essa lei, exigindo ainda mais
capacidade de pensar ações cristãs.
O indivíduo não cristão também é possuidor de bens e direitos. Diante disso, os cristãos não
devem agir com indiferença em relação a isso “Quem és tu, que julgas o servo alheio?”
(ROMANOS 14.4).
CAPÍTULO III - A ÉTICA DA PATRÍSTICA À ERA REFORMADA
1. PATRÍSTICA: AS PRIMEIRAS ORIENTAÇÕES ÉTICAS
1.1. CLEMENTE DE ALEXANDRIA
Na obra O Pedagogo, Clemente trata da moral que um jovem cristão deve ser praticante.
Neste conjunto de obras, detalhes da postura dos jovens cristãos são levados em conta, desde
o corte de cabelo, tipo de barba a ser usado, como comportar-se na hora de se alimentar até
mesmo os sapatos mais convenentes a serem usados
Para Clemente, há um mecanismo sistemático da teologia, que tem em seus fundamentos as
práticas para a salvação. Ele estabelece o logos em três formas.
-O Logos que exorta
-o Logos Conselheiro, ou aquele que encoraja para as ações e,
-o Logos Consolador, semelhante ao médico que trata as paixões.
Embora o Logos esteja dividido em ações, é um único Logos, mas em perspectivas diferentes
O que é o logos? Para Clemente? O logos é Deus personificado na pessoa de seu filho Jesus
Cristo, o Logos é salvador no sentido de que ele mostra o caminho para a salvação.