Canto VI - Tempestade e Chegada À Índia
Canto VI - Tempestade e Chegada À Índia
Canto VI - Tempestade e Chegada À Índia
Estâncias 70 a 94
RESUMO
Terminada a narrativa de vasco da Gama, a armada sai de Melinde conduzida por um
piloto que orientará os navegadores até Calecute.
Percebendo que os portugueses estão prestes a chegar à índia, Baco resolve pedir ajuda a
Neptuno, que convoca um Consílio dos deuses marinhos cuja decisão é apoiar Baco e soltar os
ventos para fazer naufragar a armada. Surge, então, uma violenta tempestade que apanha os
marinheiros desprevenidos, pois ouviam despreocupadamente Fernão Veloso contar o
episódio cavaleiresco de “Os Doze de Inglaterra”.
Vasco da Gama, vendo as suas naus quase perdidas, dirige uma prece a Deus e, mais uma
vez, é Vénus que auxilia os Portugueses, mandando as Ninfas seduzir os ventos para os
acalmar.
Estâncias 70 a 79
Início do episódio com o conector “mas” para marcar o contraste entre a calmaria descrita e a
violência da tempestade que se avizinha e que é anunciada por “uma nuvem negra que aparece”.
Está presente o realismo descritivo associado às sensações auditivas e visuais (o apito, os ventos
a despedaçar as velas, a agitação dos marinheiros, os trovões…)
Estâncias 85 a 91: Vénus intercede pelos Portugueses e ordena às ninfas amorosas que
acalmem as iras dos ventos.
Estâncias 85 a 91
Intervenção de Vénus: o plano mitológico surge em paralelo com o plano da viagem.
Vénus afirma que Baco é responsável pela tempestade mas que não o deixará levar avante
os seus intentos. Então, reúne as "ninfas amorosas" (est. 86), que se embelezam para
dominarem os ventos (est. 87).
Uma das ninfas, Oritia, dirige-se a Bóreas, o vento Norte, que por ela estava apaixonado,
dizendo-lhe que a sua fúria fará com que ela o receie em vez de o amar. (est. 89).
A mesma estratégia de sedução é usada por Galateia, que sabe agradar a Noto, o vento Sul.
Este, ao ver a sua amada, esquece-se de imediato da sua fúria. (est. 90).
Do mesmo modo, todas as Ninfas acalmaram «as iras e os furores» dos ventos e logo
voltaram para junto de Vénus que lhes prometeu a sua eterna gratidão (est. 91).
Estâncias 92 a 94
A CHEGADA À ÍNDIA
Amainada a tempestade e superado o último obstáculo da viagem, na manhã seguinte,
os marinheiros avistam terra e ouvem do piloto as palavras tão desejadas: «Terra é de
Calecu, se não me engano (...)”
Feliz, Vasco da Gama ajoelha-se e levanta as mãos ao Céu, agradecendo a Deus pelo fim
bem sucedido da viagem.