Introdução Ao Múnus de Santificar
Introdução Ao Múnus de Santificar
Introdução Ao Múnus de Santificar
IGREJA
LIVRO IV
Os três múnus de Cristo e da Igreja
• Cristo é Pastor: munus regendi = missão de
governar.
• Daí decorre a missão de governar, servir da
Igreja.
Os três múnus de Cristo e da Igreja
• Cristo é mestre: munus docendi= missão de
ensinar.
• Daí decorre a missão de ensinar,
profetizar da Igreja (CIC livro III).
Os três múnus de Cristo e da Igreja
• Cristo é Sacerdote: munus santificandi =
missão de santificar.
• Daí decorre a missão de santificar
da Igreja (CIC livro IV).
Liturgia: forma eminente do múnus de
santificar
• Cân. 834 § 1. A Igreja desempenha seu múnus
de santificar, de modo especial por meio da
sagrada Liturgia, que é tida como exercício do
sacerdócio de Jesus Cristo, na qual, por meio de
sinais sensíveis, e significada e, segundo o modo
próprio de cada um, é realizada a santificação
dos homens, e é exercido plenamente pelo Corpo
místico de Jesus Cristo, isto é, pela Cabeça e
pelos membros, o culto público de Deus.
Liturgia
• A Igreja desempenha seu múnus de santificar,
de modo especial por meio da sagrada
Liturgia...
• outros meios: evangelização, caridade, etc.
Liturgia
• A sagrada Liturgia = o exercício do sacerdócio
de Jesus Cristo
Liturgia
• “... na qual, por meio de sinais sensíveis, e
significada e, segundo o modo próprio de
cada um, é realizada a santificação dos
homens...”
Liturgia
• “...e é exercido plenamente pelo Corpo
místico de Jesus Cristo, isto é, pela Cabeça e
pelos membros, o culto público
de Deus.
Liturgia
• § 2. Esse culto se realiza quando é exercido em
nome da Igreja por pessoas legitimamente a
isso destinadas e por atos aprovados pela
autoridade da Igreja.
Liturgia: pessoas que a exercem (diversidade
de ordens).
• Cân. 835 § 1. Exercem o múnus de santificar,
primeiramente os Bispos, que são os grandes
sacerdotes, principais dispensadores dos
mistérios de Deus e dirigentes, promotores e
guardiães de toda a vida
litúrgica na Igreja que
lhes foi confiada.
Liturgia: pessoas que a exercem (diversidade
de ordens).
• § 2. Exercem-no ainda os presbíteros que,
participantes também eles do sacerdócio de
Cristo, são consagrados como seus ministros
para celebrar, sob a autoridade do Bispo, o
culto divino e santificar o povo.
Liturgia: pessoas que a exercem (diversidade
de ordens).
• § 3. Os diáconos participam da celebração do
culto divino, de acordo com as prescrições
do direito.
Liturgia: pessoas que a exercem (diversidade
de ordens).
• § 4. No múnus de santificar, também os
demais fiéis têm a parte que lhes é própria,
participando ativamente nas celebrações
litúrgicas, principalmente na Eucaristia; de
modo especial participam do mesmo múnus os
pais, vivendo a vida conjugal com espírito
cristão e velando pela educação cristã dos
filhos.
Liturgia: pessoas que a exercem (diversidade
de encargos).
• As diferentes funções exercidas em cada
celebração litúrgica.
Liturgia: pessoas que a exercem (diversidade
de participação atual).
• É diferente a participação de quem em uma
Missa recebe o sacramento da Crisma e de
outro que apenas participa dessa Missa; é
diferente a participação de quem está em
estado de graça de quem não está.
Liturgia: pessoas que a exercem.
• Cân. 836 Sendo o culto cristão, no qual se
exerce o sacerdócio comum dos fiéis, uma
ação que procede da fé e nela se apóia, os
ministros sagrados procurem diligentemente
avivá-la e esclarecê-la, especialmente pelo
ministério da palavra, com a qual a fé nasce e
se alimenta.
Liturgia: regulamentação.
• Cân. 837 § 1. As ações litúrgicas não são ações
particulares, mas celebrações da própria
Igreja, a qual é "sacramento de unidade", isto
é, povo santo reunido e ordenado sob a
dependência dos Bispos...
• Por isso a necessidade das normas litúrgicas.
Liturgia: regulamentação.
• ... por isso, essas ações pertencem a todo o
corpo da Igreja, e o manifestam e afetam; mas
atingem a cada um de seus membros de modo
diverso, conforme a diversidade de ordens,
encargos e participação atual”.
Liturgia: regulamentação.
• § 2. As ações litúrgicas, uma vez que por sua
própria natureza implicam a celebração
comum, sejam celebradas, onde for possível,
com a presença e participação ativa dos fiéis.
Liturgia: regulamentação. Motu proprio
Magnum Principium.
• Cân. 838 § 1. Regular a sagrada liturgia
depende unicamente da autoridade da Igreja:
isto compete propriamente à Sé Apostólica e,
por norma de direito, ao Bispo diocesano.
Liturgia: regulamentação. Motu proprio
Magnum Principium.
• c. 838 § 2. É da competência da Sé Apostólica
ordenar a sagrada liturgia da Igreja universal,
publicar os livros litúrgicos,
rever as adaptações aprovadas
segundo a norma do direito da
Conferência Episcopal, assim
como vigiar para que as normas
litúrgicas sejam fielmente observadas
em toda a parte.
Liturgia: regulamentação. Motu proprio
Magnum Principium.
• c. 838 § 3. Compete às Conferências
Episcopais preparar fielmente as versões dos
livros litúrgicos nas línguas correntes,
convenientemente adaptadas dentro dos
limites definidos, aprová-las e publicar os
livros litúrgicos, para as regiões de sua
pertinência, depois da confirmação da Sé
Apostólica.
Liturgia: regulamentação. Motu proprio
Magnum Principium.
• c. 838 § 4. Ao Bispo diocesano na Igreja a ele
confiada compete, dentro dos limites da sua
competência, estabelecer normas em matéria
litúrgica, as quais todos devem respeitar.
Liturgia: regulamentação. Carta do Papa
Francisco ao card. Sarah.
• Pouco tempo após a publicação do Motu proprio de
Francisco (03 set 17), o Cardeal Sarah tornou público
um texto intitulado “Humilde contribuição para uma
melhor e justa compreensão do Motu Proprio Magnum
Principium” no qual pretendia interpretar o citado
texto em continuidade com o
motu proprio Liturgiam
Authenticam
do Papa João Paulo II.
Liturgia: regulamentação. Carta do Papa
Francisco ao card. Sarah.
• A este texto, o Papa Francisco respondeu com
uma carta ao card. Sarah (12 outubro de 2017)
mostrando ser outra a interpretação oficial.
Liturgia: regulamentação. Carta do Papa
Francisco ao card. Sarah.
• Na prática, Sarah defendia a ideia de que
“reconhecimento” e “confirmação” seriam
sinônimos na aplicação do Motu Proprio de
Francisco.
Liturgia: regulamentação. Carta do Papa
Francisco ao card. Sarah.
• “/.../ é importante destacar a importância da
nítida diferença que o novo Motu Proprio
estabelece entre recognitio e confirmatio,
bem sancionada nos §§ 2 e 3 do canon 838,
para revogar a prática adotada pelo Dicastério
seguindo a Liturgiam Authenticam (LA) e que
o novo Motu Proprio decidiu modificar.
Liturgia: regulamentação. Carta do Papa
Francisco ao card. Sarah.
• Não se pode dizer, portanto, que recognitio
e confirmatio são “estritamente sinônimos
(ou) são intercambiáveis” ou mesmo que “são
intercambiáveis ao nível de responsabilidade
da Santa Sé”.
Liturgia: regulamentação. Carta do Papa
Francisco ao card. Sarah.
• Na verdade, o novo canon 838, através da
distinção entre recognitio e confirmatio,
estabelece as diferentes responsabilidades da
Sé Apostólica no exercício dessas duas ações,
bem como a das Conferências
Episcopais. Magnum Principium não sustenta
mais que as traduções devem estar em tudo
de acordo com as regras da Liturgiam
Authenticam, como foi feito no passado.
Liturgia: regulamentação. Carta do Papa
Francisco ao card. Sarah.
• Por isso, cada um dos números da Liturgiam
Authenticam devem ser relidos atentamente,
incluindo os números. 79-84, a fim de distinguir o
que é pedido pelo código para a tradução e o que
é necessário para as legítimas adaptações. Fica,
portanto, claro que alguns números da LA foram
revogados ou caíram em desuso, nos termos em
que eles foram reformulados pelo novo cânon do
Motu Proprio (por ex. n. 76 e também o n. 80).
Liturgia: regulamentação. Carta do Papa
Francisco ao card. Sarah.
• Sobre a responsabilidade das Conferências
Episcopais de traduzir “fideliter”, é necessário
deixar claro que o julgamento sobre a fidelidade
ao original em latim e as eventuais correções
necessárias, era tarefa do Dicastério, enquanto
que agora a norma concede às Conferências
Episcopais a faculdade de julgar a bondade e a
coerência de um e de outro termo nas traduções
do original, ainda que em diálogo com a Santa Sé.
Liturgia: regulamentação. Carta do Papa
Francisco ao card. Sarah.
• Portanto, a confirmatio não supõe mais um exame
detalhado feito palavra por palavra, exceto em casos
óbvios que podem ser fatos apresentados aos Bispos
para a sua posterior reflexão. Isto aplica-se em
particular às fórmulas relevantes, como para as
Orações Eucarísticas, especialmente as fórmulas
sacramentais aprovadas pelo Santo Padre.
A confirmatio também leva em conta a integridade
do livro, ou seja, verifica se todas as partes que
compõem a edição típica foram traduzidas
Liturgia: regulamentação. Carta do Papa
Francisco ao card. Sarah.
• Aqui se pode acrescentar que, à luz do MP, o
“fideliter” do § 3 do cânon, implica uma
tríplice lealdade: ao texto original, em
primeiro lugar; ao idioma particular no qual
for traduzido e finalmente à compreensão do
texto por parte dos destinatários (cf. Institutio
Generalis Missalis Romani nos. 391-392)
Liturgia: regulamentação. Carta do Papa
Francisco ao card. Sarah.
• Neste sentido, a recognitio indica apenas a verificação e
salvaguarda da conformidade ao direito e à comunhão da
Igreja. O processo de tradução dos textos litúrgicos relevantes
(e as fórmulas sacramentais, o Credo, o Pai Nosso.) para um
determinado idioma – a partir do qual são consideradas
traduções autênticas – não deveria conduzir a um espírito de
“imposição” às Conferências Episcopais de uma determinada
tradução feita pelo Dicastério, pois isso poria em causa o
direito dos bispos sancionado no cânon, e mesmo antes da SC
36 § 4. De resto, leve em conta a analogia com o cânon 825 § 1
sobre a versão da Sagrada Escritura que não
requer confirmatio por parte da Sé Apostólica.
Liturgia: regulamentação. Carta do Papa
Francisco ao card. Sarah.
• Conclui-se, assim, que não é correto atribuir
à confirmatio a finalidade da recognitio (ou seja, “verificar
e salvaguardar a conformidade com o direito”).
Certamente, a confirmatio não é um ato puramente
formal, mas necessário para a edição do livro litúrgico
“traduzido”, pois é concedida depois que a versão tiver
sido submetida à Sé Apostólica para a ratificação da
aprovação dada pelos Bispos, em um espírito de diálogo e
ajuda à reflexão se e quando necessário, respeitando os
direitos e deveres, considerando a legalidade do processo
seguido e suas modalidades
Liturgia: regulamentação.
• Cân. 839 § 1. Ainda com outros meios exerce a
Igreja o múnus de santificar, seja com orações,
com as quais roga a Deus que os fiéis sejam
santificados na verdade...
Liturgia: regulamentação.
• ... e com obras de penitência e caridade, que
muito ajudam a enraizar e fortalecer o Reino
de Cristo nas almas e concorrem para a
salvação do mundo.
Liturgia: regulamentação.
• § 2. Cuidem os Ordinários
locais que as orações e os
piedosos e sagrados
exercícios do povo cristão
sejam plenamente
conformes com as normas
da Igreja.