Conflitos Durante A Guerra Fria
Conflitos Durante A Guerra Fria
Conflitos Durante A Guerra Fria
Multipolaridade
GUERRA FRIA – Principais
acontecimentos / Fim da Guerra
Fria
CEPI NOVO HORIZONTE
PROFESSORA ROSANGELA CASTRO
GEOGRAFIA
3ª SÉRIE ENSINO MÉDIO
Principais acontecimentos na Guerra Fria:
A Guerra Fria aconteceu entre 1947 e 1991 e marcou a
polarização do mundo em dois blocos: um liderado pelos
americanos e outro pelos soviéticos. Essa polarização
gerou um conflito político-ideológico entre as duas nações
e seus respectivos blocos, nunca gerou um conflito armado
direto entre Estados Unidos e União Soviética, mas o
conflito de interesses entre os dois países resultou em
conflitos armados ao redor do mundo e em uma disputa
que ocorreu em diversos níveis como a economia, a
diplomacia, a tecnologia etc.
Segue alguns dos principais
conflitos durante a Guerra Fria....
Acontecimentos mais importantes da Guerra Fria
REVOLUÇÃO CHINESA
A China foi um dos locais influenciados pela ideologia
comunista e, desde a década de 1920, o país vivia uma
guerra civil travada por nacionalistas (apoiados pelo EUA)
e comunistas (apoiados pela URSS). Depois do fim da 2ª
Guerra, a guerra civil retomou, e os comunistas
conseguiram se impor e conquistaram o poder do país em
1949. O avanço do comunismo pela China alarmou os
americanos e fez com que pesados investimentos dos EUA
fossem destinados a locais como Japão e Coreia do Sul.
Guerra da Coreia
Esse foi o primeiro grande conflito, depois da Segunda
Guerra Mundial, e aconteceu entre 1950 e 1953. Esse
conflito foi resultado da divisão da Península da Coreia,
feita por americanos e soviéticos, em 1945. O norte,
governado por comunistas, e o sul, governado por um
governo capitalista.
A tensão desenvolvida entre os dois lados, entre 1945 e
1950, levou os norte-coreanos a invadirem a Coreia do
Sul. O objetivo era reunificar a Coreia sob um governo
comunista. Os soviéticos participaram do conflito às
escondidas, e os americanos entraram no conflito já em
1950. O conflito foi encerrado sem vencedores e a
península permanece dividida até hoje.
Crise dos Mísseis em Cuba
O momento de maior tensão em toda a Guerra Fria ficou
conhecido como Crise dos Mísseis e aconteceu em Cuba,
em 1962. Cuba havia passado por uma revolução
nacionalista, em 1959, e um tempo depois aliou-se com os
soviéticos por causa dos embargos americanos. Em 1962,
os soviéticos resolveram instalar uma base de mísseis em
Cuba e deu início à crise diplomática.
Os mísseis instalados em Cuba não representavam
séria ameaça aos americanos, mas prejudicavam a
imagem do presidente John F. Kennedy. Com isso, o
governo americano ameaçou os soviéticos de
guerra, caso os mísseis soviéticos não fossem
retirados. Duas semanas depois, os soviéticos
retiraram os mísseis de Cuba e, em troca, os
americanos retiraram mísseis da Turquia.
Em 22 de outubro, o então presidente dos Estados
Unidos, John Kennedy, comunicou a população, em
rede nacional de TV, sobre a presença dos mísseis na
ilha, a uma distância de apenas 140 km do território
estadunidense. Kennedy anunciou ainda que os
Estados Unidos procederiam com um bloqueio naval à
ilha e que o país estava preparado para usar sua força
militar caso fosse necessário à segurança nacional.
Após a transmissão do comunicado do presidente,
instalou-se um clima de tensão e medo de que as
duas grandes potências (EUA e URSS) iniciassem de
fato um conflito armado, sobretudo porque ambos os
países detinham tecnologia nuclear.
Em 22 de outubro, o então presidente dos Estados
Unidos, John Kennedy, comunicou a população, em
rede nacional de TV, sobre a presença dos mísseis na
ilha, a uma distância de apenas 140 km do território
estadunidense. Kennedy anunciou ainda que os
Estados Unidos procederiam com um bloqueio naval à
ilha e que o país estava preparado para usar sua força
militar caso fosse necessário à segurança nacional.
Após a transmissão do comunicado do presidente,
instalou-se um clima de tensão e medo de que as
duas grandes potências (EUA e URSS) iniciassem de
fato um conflito armado, sobretudo porque ambos os
países detinham tecnologia nuclear.
Um momento crucial nos rumos da tensão entre
as duas potências foi a aproximação de uma
frota naval soviética aos navios dos Estados
Unidos que faziam o bloqueio à ilha. Diante do
crescimento da tensão, Nikita Khrushchev,
dispôs-se a retirar os mísseis de Cuba em troca
da promessa de Kennedy de que os Estados
Unidos não invadiriam a ilha. Secretamente, o
governo estadunidense se comprometeu ainda
a retirar mísseis que havia instalado
na Turquia, fronteira com a URSS, em junho de
1961. Os países chegaram ao acordo que
colocou fim à Crise dos Mísseis em 28 de
outubro de 1962.
Guerra do Vietnã
A Guerra do Vietnã aconteceu entre 1959 e 1975 e foi um
dos momentos mais tensos dos EUA na Guerra Fria. Nessa
guerra, Vietnã do Norte e Vietnã do Sul travavam um
conflito aos mesmos moldes do que havia acontecido na
Coreia. Os americanos, em socorro aos sul-vietnamitas,
invadiram o país e passaram a lutar contra o Vietnã do
Norte.
A Guerra do Vietnã foi cara para a economia
americana e custou milhares de vidas ao seu
exército, que se retirou do país, em 1973,
derrotados. Em 1976, o país foi unificado sob
domínio do governo do Vietnã do Norte.
https://veja.abril.com.br/mundo/a-menina-da-foto-a-historia-por-tras-de-um-simbolo-da-gue
rra-do-vietna/
Guerra do Afeganistão de 1979
Esse é o conhecido “Vietnã dos soviéticos”. Os soviéticos
invadiram o Afeganistão, em 1979, em apoio do governo
comunista daquele país contra os rebeldes fundamentalistas
islâmicos que atuavam, sobretudo, no interior afegão. Ao
longo de dez anos de conflito, os soviéticos lutaram em vão
contra as forças rebeldes. Exauridos economicamente, os
soviéticos retiraram-se do Afeganistão, em 1989.
Alemanha na Guerra Fria
A Alemanha foi um local de
extrema importância
durante a Guerra Fria,
porque ali a polarização
manifestou-se de forma
intensa. O país foi dividido
em zonas de influência, no
fim da 2ª Guerra, e elas
resultaram no surgimento
de duas Alemanhas:
Alemanha Ocidental, aliada
dos EUA, e
a Alemanha Oriental,
aliada da URSS.
Essa divisão também foi refletida em Berlim que, a partir de
1961, foi dividida por um muro construído pelo governo da
Alemanha Oriental, em parceria com a União Soviética. Os
comunistas queriam colocar fim a evasão de população da
Alemanha Oriental para Berlim Ocidental. O Muro de
Berlim permaneceu de pé por 28 anos e foi o símbolo da
polarização causada pela Guerra Fria.
Cooperação política e militar
Ao longo dos anos da Guerra Fria, americanos e
soviéticos procuraram garantir sua influência
sobre seu bloco e para isso criaram grupos que
realizaram a cooperação econômica, política e
militar entre seus aliados.
PLANO MARSHALL
COMECOM
PACTO DE VARSÓVIA
OTAN
Plano Marshall e Comecon: o Plano Marshall,
como citado, foi criado pelos EUA para financiar
a reconstrução da Europa e conter o avanço do
comunismo. Os soviéticos, em represália,
criaram o Conselho para Assistência Econômica
Mútua, o Comecon, que garantia apoio
econômico aos países do bloco comunista.
Otan e Pacto de Varsóvia: a Organização do Tratado do
Atlântico Norte (Otan) foi criado como uma aliança
militar entre os países alinhados aos Estados Unidos, em
1949. O Pacto de Varsóvia, por sua vez, criado em 1955,
visava a garantir a segurança dos países do bloco
comunista.
Fim da Guerra Fria
A partir da década de 1970, a economia
da União Soviética começou a entrar
em crise. A crise foi resultado da falta de
ações do governo soviético para
dinamizar a economia do país, que já
demonstrava estar em atraso tecnológico
e econômico em relação às grandes
potências mundiais, e os indicadores
sociais do país começaram a cair.
A disparada no valor do petróleo criou um clima de falsa
prosperidade, que impediu que reformas na economia
soviética acontecessem. O envolvimento do país na Guerra
do Afeganistão e o acidente nuclear que aconteceu em
Chernobyl, em 1986, contribuíram para o fim da URSS, pois
impuseram pesados gastos a um país com uma economia já
fragilizada.
O último presidente
soviético, Mikhail Gorbachev,
começou a realizar reformas
(Glasnost e Perestroika) de
abertura do país para o Ocidente,
sobretudo na economia, e essas
levaram ao desmantelamento da
União Soviética.
A ação renovadora de Mikhail Gorbatchev criou
uma cisão política no interior da União
Soviética. Alas ligadas à burocracia estatal e
militar faziam forte oposição à abertura política
e econômica do Estado soviético. Em
contrapartida, um grupo de liberais liderados por
Boris Ieltsin defendia o aprofundamento das
mudanças com a promoção da economia de
mercado e a privatização do setor industrial
russo. Em agosto de 1991, um grupo de militares
tentou dar um golpe político sitiando com
tanques a cidade de Moscou.
O insucesso do golpe militar abriu portas para que os
liberais tomassem o poder. No dia 29 de agosto de
1991, o Partido Comunista Soviético foi colocado na
ilegalidade. Temendo maiores agitações políticas na
Rússia, as nações que compunham a União Soviética
começaram a exigir a autonomia política de seus
territórios. Letônia, Estônia e Lituânia foram os
primeiros países a declararem sua independência. No
final daquele mesmo ano, a União Soviética somente
contava com a integração do Cazaquistão e do
Turcomenistão.
O fim da União das Repúblicas Socialistas
Soviéticas (URSS), em 1991, proporcionou a
independência de várias nações que a integravam.
Porém, o vínculo estabelecido entre esses países
gerou entre eles uma grande dependência nas
relações políticas, militares e econômicas.
Nesse sentido, no dia 8 de dezembro de 1991, foi
criada a Comunidade dos Estados Independentes
(CEI), cujo principal objetivo era estabelecer um
sistema econômico e de defesa entre as nações da
extinta URSS
Quando Gorbachev renunciou, em 25 de dezembro
de 1991, a URSS foi dissolvida e isso marcou o fim
da Guerra Fria.
Alemanha no fim da Guerra Fria
Nos anos 1970, cujo conceito principal era "Dois
Estados alemães dentro de uma nação alemã". O
relacionamento entre os dois países melhorou e, em
setembro de 1973, as duas Alemanhas tornaram-se
membros da ONU. Durante o verão de 1989, mudanças
políticas ocorridas na Alemanha Oriental e na União
Soviética permitiram a reunificação alemã. Alemães
orientais começaram a emigrar em grande número para
o lado ocidental, via Hungria, quando o governo
húngaro decidiu abrir as fronteiras com a Europa
Ocidental. Milhares de alemães orientais ocuparam
missões diplomáticas da Alemanha Ocidental em
capitais do leste europeu.
Alemanha no fim da Guerra Fria
A emigração e manifestações em massa em diversas
cidades pressionaram o governo da Alemanha
Oriental por mudança, o que levou Erich Honecker a
renunciar em outubro; em 9 de novembro de 1989, as
autoridades alemãs orientais surpreenderam o
mundo ao permitir que seus cidadãos cruzassem
o Muro de Berlim e outros pontos da fronteira interna
alemã e entrassem em Berlim Ocidental e
na Alemanha Ocidental - centenas de milhares
aproveitaram a oportunidade. O processo de
reformas na Alemanha Oriental culminou com
a reunificação da Alemanha, em 3 de outubro de
1990.
O Muro de Berlim
começou a ser
derrubado na noite de
9 de Novembro
de 1989
depois de 28 anos de
existência. O evento é
conhecido como a
queda do muro. Antes
da sua queda, houve
grandes manifestações
em que, entre outras
coisas, se pedia a
liberdade de viajar.
Além disto, houve um
enorme fluxo de
refugiados ao Ocidente.
A queda do Muro de Berlim foi um ato apenas
simbólico, mas marcou o início de um processo
político que culminou com a reunificação da
Alemanha. O chanceler da Alemanha Ocidental,
Helmut Kohl, engajou-se para isso e, no dia 3
de outubro de 1990, a Alemanha reunificava-se
e o lado socialista deixava de existir.