Aula Funcão 1º Grau

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Funções

Aleida N. Soares
Produto
Cartesiano
2.1 Introdução
Quando os conjuntos A e B são numéricos,
as relações são formadas de pares ordenados de
números.

Em um par ordenado (a,b) o primeiro


elemento do par é a e o segundo é b.

Um par ordenado de números reais pode


ser representado geometricamente por dois
eixos perpendiculares, sendo o horizontal
chamado eixo das abscissas, ou eixo x, e o
vertical de eixo das ordenadas, ou eixo y.
2.1 Introdução
Par ordenado (x, y):
Entendemos por par ordenado um conjunto de dois
elementos, sendo:
(a, b) = (c, d)  a=c e b=d

Produto cartesiano:
A x B = {(x, y)| x  A e y  B}

Exemplo:

Dados os conjuntos A={2, 3} e B={1, 3, 5}, teremos:

A x B = {(2, 1), (2, 3), (2, 5), (3, 1), (3, 3), (3, 5)}

O primeiro elemento é do conjunto A e o segundo é do B.

Essa forma de representação é denominada forma tabular.


Forma gráfica: A = {2, 3} e B = {1, 3, 5}
A x B = {(2, 1), (2, 3), (2, 5), (3, 1), (3, 3), (3, 5)}

y
(2, 5) (3, 5)
5

4
Elementos do
conjunto B

(2, 3) (3, 3)
3

(2, 1)
1 (3, 1)

0 1 2 3 x
Elementos do
conjunto A
2.1 Introdução

Freqüentemente, nas mais diversas


situações envolvendo duas variáveis, o valor
de uma delas depende do valor da outra.

Grande parte das relações apresenta a


propriedade de que a cada valor de uma
variável corresponde um único valor da
outra; essas relações são chamadas
funções.
2.1 Função

Função é uma regra que associa a cada


valor de x um único número y=f(x), onde:

x é a variável independente

y é a variável dependente
2.2 Estudo de Funções
Exemplo 2.1: Sejam A={1,2,3} e B={2,3,4,5}, e
considere A RELAÇÃO que y=x+1.

Ao elemento x=1 se associa o elemento y=1+1=2;


Ao elemento x=2 se associa o elemento y=2+1=3;
Ao elemento x=3 se associa o elemento y=3+1=4.
D={1,2,3} e Im={2,3,4}
Diagrama de flechas:

A = {2, 3, 4} e B = {2, 4, 5, 6, 7, 8, 9}

A relação R={(x, y)  AxB| y= 2x+1} em diagrama de flechas.

R= {(2, 5), (3, 7), (4, 9)}


A B
D = domínio
• 2
• 2 •4
•5 CD = contradomínio
• 3 • 7
• 6 Im = imagem
• 8
• 4
• 9
D = {2, 3, 4} são os primeiros elementos da relação R.

CD = {2, 4, 5, 6, 7, 8, 9} são os elementos do conjunto B.


Im = {5, 7, 9} são os elementos do conj. B que fazem parte da relação.
Exemplo:

A = {1, 3, 4, 7} e B = {2, 3, 5, 9}

A relação R= {(x, y)  A x B| y = x – 1} em diagrama de flechas.

R= {(3, 2), (4, 3)}


A B
R D = domínio
• 1 • 2
• 3 CD = contradomínio
• 3
• 5 Im = imagem
• 4
• 7 • 9

D = {3 , 4} são os primeiros elementos da relação R.

CD = {2, 3, 5, 9} são os elementos do conjunto B.

Im = {2, 3} são os elementos do conj. B que fazem parte da relação.


Exemplo:

A = {1, 3, 4, 7} e B = {2, 3, 5, 8}

A relação R= {(x, y)  B x A| y = x – 1} em diagrama de flechas.

R= {(2, 1), (5, 4), (8, 7)}


A B
R • 2
• 1

• 3 • 3

• 4 • 5

• 7 • 8

D = {2, 5, 8} são os primeiros elementos da relação R.

CD = {1, 3, 4, 7} são os elementos do conjunto A.

Im = {1, 4, 7} são os elementos do conj. A que fazem parte da relação.


Gráfico cartesiano:

A = {1, 3, 4, 7} e B = {2, 3, 5, 9}

A relação R= {(x, y)  A x B| y = x – 1} em gráfico cartesiano.

y R= {(3, 2), (4, 3)}

9
8
7
Elementos do conjunto B 6
5
4
(4, 3)
3
(3, 2)
2
1

0 1 2 3 4 5 6 7 x
Elementos do conjunto A
Definição:

Sejam A e B conjuntos não-vazios.


Função é uma relação binária em que cada elemento x do conj. A corresponde
a um único elemento y do conj. B.

f: A → B lê-se: f é função de A em B.

y= f(x) lê-se: y é função de x, com x  A e y  B.

Exemplos:
A B
a) R1 R1 é uma função de A em B, pois
cada elemento do conj. A
• 1 • 2 corresponde a um único elemento
do conj. B.
• 3 • 3

• 4 • 5
A B
b) R2 R2 é uma função de A em
• 1 • 2 B, pois cada elemento do
• 3
conj. A corresponde a um
• 3
único elemento do conj.
• 4 • 5 B.

A B
c) R3 R3 não é uma função de A
• 1 • 2 em B, pois o elemento 3
• 3
do conj. A corresponde a
• 3
dois elementos do conj. B.
• 5
A B
d) R4 R4 não é uma função de A
• 2 em B, pois o elemento 3
• 3
do conj. A corresponde a
• 3
três elementos do conj. B.
• 5

A B
e) R5 R3 não é uma função de A
• 1 • 2 em B, pois o elemento 4
• 3
do conj. A não
• 3
corresponde a um
• 4
• 5 elemento do conj. B.
Quais diagramas representam funções?

A B A B A B
a) b) c)
•8 •9 • –1
•1
•7 •8 •2 •3
•3 •3
•6 •7 •4
Sim Não Sim

A B A B A B
d) e) f)
•4 • –2
• –12 •8 • –3 •. 2
•6 •7
• 12 •3 • –1
•2 •0
Não Sim •0 Não
Sejam os conjuntos:
A= {–1, 0, 1, 2, 3} e B= {–3, –2, –1, 0, 1, 2} e a relação

R= {(x, y)  A x B | y= x – 2}, teremos:


R= {(–1, –3), (0, –2), (1, –1), (2, 0), (3, 1)}
e
A R B
• –1 • –3
• 0 • –2
• –1
• 1
• 2
•0
•1
• 3
• 2
Domínio, Contradomínio e Imagem de uma função:
Considerando uma função f: A→B, temos:
A B
f D(f) = {1, 3, 4}
• 1 • 2

• 3 • 3 CD(f) = {2, 3, 5}
• 4 • 5 Im(f) = {2, 3}

D(f) = A lê-se: o domínio da função f é igual ao conjunto A.

CD(f) = B lê-se: o contradomínio da função f é igual ao conjunto B.

Im(f) = {2, 3} lê-se: o conj. imagem da função f está contido no CD.


Imagem de um elemento:
a) Considerando a função f(x)= x + 2, temos:

f:(1) = 1+2 =3 (a imagem de 1 pela função f é f(1) = 3)

f:(–2) = –2 + 2 = 0 (a imagem de –2 pela função f é f(– 2) = 0)

b) Considerando a função f(x)= –2x2 – 3, temos:

f:(3) = –2.32 –3
–2 = –2.9 –3 = –18 –3 = –21

(a imagem de 3 pela função f é f(3) = – 21)

F: (-1)= –2.(–1)
– 2
–3 = –2.1 –3 = –2 –3 = –5

(a imagem de –1 pela função f é f(–1) = – 5)


Raiz ou zero de uma função:
Dada a função f de A em B, chamamos raiz (ou zero) da função todo elemento
de A cuja imagem é zero.

Na função f:IR→IR dada por f(x) = x + 2, temos:

a) f:(–2) = –2 + 2 = 0 (portanto –2 é raiz da função, ou seja, f(– 2) = 0)

b) f:(3) = –2.32 –3 = –2.9 –3 = –18 –3 = –21

(portanto 3 não é raiz da função, pois f(3) = – 21  0)


FUNÇÃO DE 1º GRAU
FORMA f(x) = ax + b y = ax + b
ou
GERAL:

a é a taxa de variação
Onde:
b é a coeficiente linear ou b é o termo independente

Função linear Função recíproca


(Variação direta) (Variação com o inverso)

Tipo: Tipo: Curva hiperbólica


y = kx y= k
x

Diretamente inversamente
proporcional proporcional
Função afim ou função linear
y = ax + b

a>0 Função crescente


Crescimento ou decrescimento: se
a<0 Função decrescente

ALGEBRICAMENTE
É o valor de x que torna y igual a zero
Zero ou Raiz de uma função:
GEOMETRICAMENTE (GRAFICAMENTE)
É a interseção da reta com o eixo x
RAIZ (OU ZERO) DA FUNÇÃO
Dada a função de f: lR lR, definida: f(x) = 2x + 8, Calcule o zero da função:

Igualar a função a zero 2x + 8 = 0

Fazer os cálculos 2x = - 8

Determinado o valor de x x = -4

Geometricamente teremos o ponto: (- 4, 0)

-4 x
Estudo do sinal de uma função

se
a>0 a<0

Função crescente Função decrescente

(y > 0) (y > 0)
+ +
x x
(y < 0) - raiz raiz -
(y < 0)

y > 0 se x > ......(raiz) y > 0 se x < ......(raiz)

y = 0 se x = ......(raiz) y = 0 se x = ......(raiz)

y < 0 se x < ......(raiz) y < 0 se x > ......(raiz)


Determinando uma função de 1º grau dado o seu gráfico

Para determinar uma função de 1º grau a partir de gráfico, basta identificar


dois pontos.
y
Usar: y = ax + b
(0, 8)
8
Substituindo

(0, 8) 8 = a.0 + b b= 8
(4, 0)
(4, 0) 0 = a.4 + 8 a= -2
4 x
Substituindo
a e b, temos:

y = - 2x + 8

Obs.: Quando se faz a substituição, forma-se um sistema, que pode ou

não dar uma resolução direta.


Exemplos: Função de
1º grau
A temperatura de uma substância é
30 ºC. Vamos analisar duas
situações distintas.
① Sua temperatura varia com o tempo de maneira
uniforme, aumentando 10 ºC por minuto.

Veja as temperaturas da substância, medidas minuto a


minuto.

t(min) 0 1 2 3 4 5

T(oC) 30 40 50 60 70 80

A taxa de variação da temperatura é positiva (10 oC/min).

Após t minutos, a temperatura T da substância em oC é,

T = 30 + 10.t
② Sua temperatura varia com o tempo de maneira
uniforme, diminuindo 10 ºC por minuto.

Veja as temperaturas da substância, medidas minuto a


minuto.

t(min) 0 1 2 3 4 5

T(oC) 30 20 10 0 –10 – 20

A taxa de variação da temperatura é negativa (10 oC/min).

Após t minutos, a temperatura T da substância em oC é,

T = 30 – 10.t
Veja os gráficos cartesianos das duas funções

T(oC)

t(min) T(oC)

0 30
80
1 40
2 50 60
3 60
4 70 40

5 80
20

t(min)
T = 30 + 10.t 0 1 2 3 4 5
Veja os gráficos cartesianos das duas funções

T(oC)
60
t(min) T(oC)
0 30
40
1 20
2 10 20
3 0
t(min)
4 –10 0 1 2 3 4 5
5 –20
–20

T = 30 – 10.t –40
Função afim ou de 1º grau é toda função do
tipo

y = f(x) = ax + b

Em que a e b são constantes reais, com a ≠


0.

Se b = 0, temos a função y = f(x) = ax, chamada, também, função


linear.
Exemplos
 y = f(x) = 5x – 3

é uma função afim com a = 5 e b = –3.

 y = f(x) = –2x

é uma função afim, com a = –2 e b = 0


Nesse caso a função é chamada de linear.
Características da função afim y = f(x) = ax + b.

A fórmula que a define é um polinômio de 1º grau;


seu termo independente pode ser nulo ou não.
 Se b = 0, temos a função f(x) = ax, chamada de
função linear.
A constante real a, não-nula, é o coeficiente
angular. Ela é a mesma, qualquer que seja o
intervalo considerado.
Características da função afim y = f(x) = ax + b.
A constante real b é o coeficiente linear.
 Seu gráfico cartesiano é uma linha reta, não
paralela aos eixos. Ela pode conter a origem
(caso b = 0) ou não conter origem (caso b ≠ 0).
O crescimento ou o decrescimento da função
estão relacionados com o sinal de a. A reta é
ascendente para a > 0 e descendente para a <
0.
Crescimento e decrescimento.

a > 0 ⇒ função crescente


⇒ reta ascendente (sobe da esquerda p/ direita)

a < 0 ⇒ função decrescente


⇒ reta descendente (desce da esquerda p/
direita)
Exemplos
 Veja o gráficos das funções y = x; y = 2x e y = x/2.

y
a>0 y = 2x
5
y=x
4

3 y = x/2
2

1
x
–5 –4 –3 –2 –1 0 1 2 3 4 5
–1

–2

–3

–4

–5
Exemplos
 Veja o gráficos das funções y = –x; y = –2x e y = –x /2 em que

y
a<0
5

1
x
–5 –4 –3 –2 –1 0 1 2 3 4 5
–1

–2

–3 y = –x/2
–4

–5 y = –x
y = –2x
A partir do gráfico da função linear y = ax,
podemos obter os gráficos de todas as
funções afins y = ax + b. Deslocamos o
gráfico da função y = ax para cima ou para
baixo, de acordo com o valor da constante b.
 Veja o gráficos das funções y = x; y = x + 2 e y =
Exemplos
x – 3.
y
a>0 y=x+2
5
y=x
4

3 y=x–3

1
x
–5 –4 –3 –2 –1 0 1 2 3 4 5
–1

–2

–3

–4

–5
Exemplos
Veja o gráficos das funções y = –2x; y = –2x – 3 e y = –2x + 4.

y
a<0
5

1
x
–5 –4 –3 –2 –1 0 1 2 3 4 5
–1

–2

–3

–4
y = –2x + 4

–5
y = –2x

y = –2x – 3
A análise das duas últimas figuras nos sugere um
caso geral em relação a todas as funções afins do
tipo y = f(x) = ax + b.

 Que relação existe entre o coeficiente b e o


ponto onde cada reta corta o eixo y?

b é a ordenada do ponto em que a reta corta o


eixo y. Ou seja, a reta intercepta o eixo y no
ponto de coordenadas (0, b).
Construir o gráfico da função y = 2x + 3.

y y = 2x + 3

3
x y = 2x + 3
2
0 y = 2.0 + 3 = 3
1
1 y = 2.1 + 3 = 5
x
–5 –4 –3 –2 –1 0 1 2 3 4 5
–1

–2

–3

–4

–5
Construir o gráfico da função y = –2x – 2.

y
y = –2x – 2
5

3
x y = –2x – 2
2
0 y = –2.0 – 2 = –2
1
1 y = –2.1 – 2 = –4
x
–5 –4 –3 –2 –1 0 1 2 3 4 5
–1

–2

–3

–4

–5
Dois pontos determinam uma reta. Por
isso, se conhecermos dois de seus
pontos, podemos obter a função afim
que ela representa. Ou seja, podemos
obter os coeficientes a e b da função.
Exemplos

 A semi-reta da figura mostra a despesa mensal y (em milhares de


reais) de uma empresa, para produzir x toneladas no mês.

y Despesa (milhares de reais)


a) Escrever y em função de x.
b) Obter a despesa na produção
de 76 t.
c) Obter o número de toneladas
60 produzidas, para uma
despesa de 93 mil reais.
40

20

x
0 10 20 30 40 Produção (t)
 Para o gráfico abaixo, obtenha a fórmula da função.
Exemplos

y A função é do tipo y = ax + b,
com a e b reais (a ≠ 0).

4 Para x = 0 ⇒ y = ⇒ b = 4.
4
Para x = 2 ⇒ y = 0, substituindo
em y = ax + b, temos

0 2 x
0 = a.2 + 4 ⇒ –2a = 4
⇒ a = –2

y = –2x + 4
 Para o gráfico abaixo, obtenha a fórmula da função.
Exemplos

y A função é do tipo y = ax + b,
com a e b reais (a ≠ 0).

Para x = 0 ⇒ y = 1 ⇒ b = 1.

Para x = –2 ⇒ y = –1,
1 substituindo em y = ax + b,
–2 0 temos
x
–1 –1 = a.(–2) + 1 ⇒ 2a = 2
⇒ a=1

y=x+1
Raízes e sinal da
função afim
Nos gráficos das funções de 1º grau, a reta
sempre corta o eixo x. A abscissa do ponto
por onde o gráfico da função intercepta
esse eixo é chamada de zero ou raiz da
função.

Raiz da função é o valor de x tais que f(x) = 0.


Exemplos
 Encontrar as raízes das funções de IR em IR
definidas por f(x) = 3x – 6 e g(x) = –2x – 2.

Queremos obter os valores de x que anulam as duas funções.

f(x) = 0 ⇒ 3x – 6 = 0 ⇒ 3x = 6 ⇒ x = 2

g(x) = 0 ⇒ –2x – 2 = 0⇒ –2x = 2⇒ x = –1


Obter a raiz e analisar os sinais da função definida
pelo gráfico abaixo.

y
Raiz:
y = 0 para x = –2

Sinais:

–2 + + + + + x y < 0 para x < –2


– – – 0
y > 0 para x < –2
Obter a raiz e analisar os sinais da função definida
pelo gráfico abaixo.

y
Raiz:
y = 0 para x = 1

Sinais:
+ + + + + x y < 0 para x > 1
0 1 –
– –
y > 0 para x < 1
Estudar o sinal de uma função é
determinar para que valores do
domínio (valores de x) a função é
positiva, negativa ou nula.
 Estudar o sinal da função definida por f(x) = 3x – 6.

Queremos saber para que valores reais de x a função é positiva,


negativa ou nula.

Primeiro vamos achar sua raiz.

f(x) = 0 ⇒ 3x – 6 = 0 ⇒ 3x = 6 ⇒ x = 2
Portanto,

y = 0 para x = 2
+
2 x y > 0 para x > 2

y < 0 para x < 2

Exemplos
 Estudar o sinal da função definida por g(x) = –2x + 2.

Primeiro vamos achar sua raiz.

g(x) = 0 ⇒ –2x + 2 = 0 ⇒ –2x = –2 ⇒ x=1

Portanto,

+ y = 0 para x = 1
1 – x
y > 0 para x < 1
y < 0 para x > 1

Exemplos
Aplicações da Função Polinomial do Primeiro
Grau

APLICAÇÃO 1: Um representante comercial recebe,


mensalmente, um salário composto de duas partes: uma parte
fixa, no valor de R$ 1200,00 , e uma parte variável, que
corresponde à comissão de 6% (0,06) sobre o valor total das
vendas que ele faz durante o mês.
a) Escreva a função que determina o valor do salário S (x), em
função de x (valor total apurado com as suas vendas).

SOLUÇÃO:

S (x) = 1200,00 + 0,06x ou S(x) = 0,06x + 1200,00


b) Qual será o salário desse representante, num mês que ele
tenha vendido R$ 20 000,00?
SOLUÇÃO:

S (x) = 1200,00 + 0,06 . 20 000,00 = 2400,00

c) O que representa o coeficiente linear dessa equação?

SOLUÇÃO:

Representa o salário num mês em que o representante


nada vendesse, ou seja, quando x = 0.
APLICAÇÃO 2: Uma pessoa tinha num banco um saldo
positivo de R$ 300,00. Após um saque no caixa eletrônico que
fornece apenas notas de R$ 50,00, o novo saldo é dado em
função do número x, de notas retiradas.
a) Escreva a função que determina o valor do saldo bancário S
(x), em função de x (quantidade de notas retiradas).
SOLUÇÃO:

S (x) = 300,00 – 50x ou S(x) = -50x + 300,00


b) Qual será o valor do saldo, se a pessoa retirar 8 notas?
(supor que não houve outros débitos)
SOLUÇÃO:

S (x) = 300,00 – 50,00 x 8 = 300,00 – 400,00 = - 100,00


c) O que significa o sinal negativo, antes do coeficiente
angular ou dessa equação?
SOLUÇÃO:
Que se trata de uma função DECRESCENTE
d) Qual a raiz dessa função? O que ela significa?

SOLUÇÃO:
A raiz é 6, pois –50 x + 300 = 0, gera como resposta x = 6.
Essa raiz representa a quantidade de notas necessárias
para que o saldo se torne igual a ZERO.
APLICAÇÃO 3: Em um reservatório havia 50 litros de água
quando foi aberta uma torneira que despeja no reservatório 20
litros de água por minuto. A quantidade de água no tanque é
dada em função do número x de minutos em que a torneira
fica aberta.

a) Qual a lei que define a função que determina a quantidade


de litros de água do reservatório, em função de x (tempo de
abertura da torneira)?

SOLUÇÃO:
F(x) = 50 + 20x ou y = 20x + 50
b) Qual o aspecto gráfico dessa função?
SOLUÇÃO:

50
APLICAÇÃO 4: Os gastos de consumo (C) de uma família e sua
renda (r) são tais que: C = 2000 + 0,8 r. Ambas as variáveis
expressas em reais. Quanto aumenta o consumo dessa família, se a
renda aumenta 1000 reais?
SOLUÇÃO:
Como esses gastos de consumo têm uma parcela fixa (2000
reais), o aumento gerado será apenas da parcela variável. Como
tal parcela é 0,8 . r, tal acréscimo será de 0,8 x 1000 = 800 reais.

OBS: Como a função desta questão é uma função afim, o fato


que descobrimos na resposta seria representado graficamente da
seguinte forma: cada aumento de 10 reais na variável renda
familiar, gera um aumento de 8 reais na variável consumo. É o
que chamamos de taxa de variação, que na equação está
representada pelo 0,8.
APLICAÇÃO 5: (Desafio)
Os analistas de uma fábrica de calçados verificaram que, quando
produzem 600 pares de chinelos por mês, o custo total de
produção é de R$ 5600,00, e quando produzem 900 pares por mês,
o custo mensal é de R$ 7400,00. Eles sabem também que a função
que relaciona o custo total de produção e o número de pares
produzidos, é uma função afim.

a) Obtenha a expressão matemática da função que


relaciona esse custo mensal (C) com o número de pares
produzidos (x).
SOLUÇÃO:
Vamos, primeiramente, representar graficamente esta
função:
C (custo total)
Como se trata de uma função afim, podemos
7400 escrever: C = ax + b
Observando o triângulo retângulo que vamos
5600 destacar, poderemos obter o valor do coeficiente a.

1800
a = tg  =
300
1800 a=6
x (pares produzidos)

600 900
300
C = ax + b
Como já descobrimos o valor de a (a = 6), temos agora: C = 6x + b
Só nos falta determinar o valor de b. Isso poderá ser feito usando um
dos dois pontos conhecidos no gráfico. Vamos usar o ponto (600,
5600)

C = 6x + b, fazendo x = 600 e C = 5600, teremos:


5600 = 6 . 600 + b ou 5600 = 3600 + b ou ainda b = 2000.

Logo, a equação procurada é C = 6x + 2000


b) Se a capacidade máxima da fábrica é de 1200 pares por
mês, qual o custo máximo possível mensal para essa
produção?
SOLUÇÃO:
C = 6 . 1200 + 2000 = 7200 + 2000 = R$ 9200,00
c) Qual o custo unitário por par de sandália, na produção
de 1000 pares?
SOLUÇÃO:
Custo dos 1000 pares: C = 6 . 1000 + 2000 = 8000,00 reais.
Custo unitário: 8000 / 1000 = 8 reais.

c) Qual a taxa de lucro, na venda das 1000 sandálias,


vendendo-as por R$ 12,00 o par?
SOLUÇÃO:
Já sabemos que o custo unitário, para produção de 1000
pares é de R$ 8,00. Se a venda é por R$ 12,00, há um lucro
de R$ 4,00 por par, logo, um lucro de 50% em relação ao
preço de custo.
APLICAÇÃO 6: (Depreciação)
Uma determinada mercadoria, devido ao desgaste, tem o
seu valor V decrescendo, linearmente, com o tempo.
Sabemos que uma determinada máquina é hoje R$
1000,00 e estima-se, através da função de depreciação,
que será R$ 250,00 daqui a cinco anos.
a) Qual a expressão da função que relaciona o valor V da
mercadoria, com o tempo de uso t?
b) Qual será o valor da mercadoria após 6 anos de uso?
c) Após quanto tempo tal máquina não terá mais qualquer
valor comercial?
SOLUÇÃO:
Vejamos o gráfico dessa função:
V (reais)

b Como se trata de uma função afim, teremos:


1000
V = at + b. Mas já sabemos pelo gráfico que b
= 1000, logo V = at + 1000

250
Sabemos que, para t = 5, V = 250,
5 t (anos) logo, teremos: 250 = 5a + 1000
Ou 5a = 250 – 1000 então
a = -750 / 5 = -150

Logo, a equação procurada é V = -150 t + 1000


EQUAÇÃO DE DEPRECIAÇÃO
b) Qual será o valor da mercadoria após 6 anos de uso?
O valor será: V = -150 . 6 + 1000 = - 900 + 1000 = 100 reais.
c) Após quanto tempo tal máquina não terá mais qualquer
valor comercial?
Basta agora igualar a zero, a equação de valor que já
obtivemos: -150 t + 1000 = 0, logo, t = 1000 / 150  6,7
anos.
APLICAÇÕES ECONÔMICAS
Função Custo, Receita e Lucro

CUSTO
RECEITA
LUCRO
A FUNÇÃO CUSTO TOTAL É
NORMALMENTE COMPOSTA POR DOIS
CUSTOS DISTINTOS DENOMINADOS:
CUSTOS FIXO
CUSTOS VARIÁVEIS
OS CUSTOS REPRESENTAM OS GASTOS,
AS DESPESAS

CUSTO TOTAL
Custo Total = Custo Fixo + Custo
Variável

CT = CF + CV
Onde,
CV = Custo Unitário Variável x
quantidade
Se,
CT = 10q + 50 , indica que, o custo
fixo é de $50 e o custo variável 10q,
sendo $10 o custo unitário variável.
Custo Fixo = 50
$ q 0

x y
0 50
CF
10 50

0 10 q
Custo Variável = 10q
$
CV
q CV
0 0
10 100

100

0 10 q
Custo Total = 50 + 10q
CT
$
q CT
0 50
150
10 150

50

0 10 q
CT
$
CV

150

100

CF
50

0 10 q
 O CUSTO FIXO REPRESENTAM AS DESPESAS
FIXAS, AQUELAS QUE NÃO DEPENDEM DA
QUANTIDADE PRODUZIDA, OU SEJA SÃO
REPRESENTADAS PELO TERMO INDEPENDENTE DA
FUNÇÃO

 JÁ O CUSTO VARIÁVEL, SÓ EXISTE EM RELAÇÃO A


ALGUMA QUANTIDADE PRODUZIDA, ELE VARIA
SEMPRE QUE A QUANTIDADE VARIA.
 QUANDO NOS REFERIMOS A RECEITA ESTAMOS
PENSANDO EM TODO NUMERÁRIO PROVENIENTE DE
VENDAS, TANTO DE UM BEM COMO DE UM SERVIÇO.

 PORTANTO A RECEITA É SEMPRE IGUAL A PREÇO x


QUANTIDADE

RECEITA TOTAL
RECEITA TOTAL = PREÇO X QUANTIDADE

E REPRESENTA-SE POR:
RT = Pv x Q
 SE UMA EMPRESA VENDE UM CERTO PRODUTO
POR $20,00 A UNIDADE TEREMOS:
RT = 20 x q = 20q
$

RT q RT
200 0 0
5 100
10 200
100

0 5 10 q
SOBREPONDO OS DOIS GRÁFICOS
PODEMOS VERIFICAR ....
RT
300-

CT
200-

150-

100-
PN

50-

5 15
 .....QUE AS RETAS SE INTERCEPTAM OU
SEJA, POSSUI UM PONTO COMUM, PARA
UMA CERTA QUANTIDADE O VALOR DO
CUSTO E DA RECEITA SE IGUALAM.

 ESTE PONTO É DENOMINADO PONTO DE


NIVELAMENTO
LUCRO TOTAL
O LUCRO REPRESENTA O DESEJO DO
EMPRESÁRIO OU SEJA, O QUE REALMENTE
SOBRA.

O SEU VALOR É CONSEGUIDO QUANDO DA


RECEITA RETIRAMOS TODOS OS CUSTOS

 SE O RESULTADO É POSITIVO - LUCRO


 SE NEGATIVO - PREJUÍZO
REPRESENTA-SE:
LT = RT - CT
CONFORME O EXEMPLO TEREMOS;

LT= 20q - (50 + 10q)


LT = 20q - 50 - 10q
LT = 10q - 50

LUCRO = RECEITA - CUSTO


Se a quantidade for
$
superior a 5 teremos
Lucro
LT
50
O Ponto de Nivelamento é
a quantidade que anula o
Lucro

PN q q LT
0 5 10
0 -50
5 0
-50 Se a quantidade estiver 10 50
entre 0 e 5 teremos
Prejuízo
FUNÇÃO OFERTA E DEMANDA

A demanda de um determinado bem é a quantidade desse bem que


os consumidores pretendem adquirir num certo intervalo de tempo
(dia, mês, ano e outros).

A demanda de um bem é função de várias variáveis: preço por


unidade do produto, renda do consumidor, preços de bens
substitutos, gastos e outros.

Supondo-se que todas as variáveis mantenham-se constantes,


exceto o preço unitário do próprio produto (p), verifica-se que o preço
p relaciona-se com a quantidade demandada (x).

Chama-se função de demanda à relação entre p e x, indicada por p=


f(x).
FUNÇÃO OFERTA E DEMANDA

Existe a função de demanda para um consumidor individual e para um grupo


de consumidores (nesse caso, x representa a quantidade total demandada
pelo grupo, a um nível de preço p).

Em geral, quando nos referirmos à função de demanda, estaremos nos


referindo a um grupo de consumidores e chamaremos de função de demanda
de mercado.

Normalmente, o gráfico de p em função de x (que chamaremos de curva de


demanda) é o de uma função decrescente, pois quanto maior o preço, menor
a quantidade demandada.

Cada função de demanda depende dos valores em que ficaram fixadas as


outras variáveis (renda, preço de bens substitutos e outros).

Assim, se for alterada a configuração dessas outras variáveis, teremos nova


função de demanda.
O tipo e os parâmetros da função de demanda são geralmente
determinados por métodos estatísticos.
Consideraremos neste item funções de demanda do 1º grau.

Exemplo:
O número de sorvetes (x) demandados por semana numa sorveteria
relaciona-se co o preço unitário (p) de acordo com a função de demanda p
= 10 – 0,002x.
Assim, se o preço por unidade for $ 4,00, a quantidade x demandada por
semana será dada por
4 = 10 – 0,002x,
0,002x = 6,
X = 3.000
O gráfico de p em função de x é o segmento de reta da Figura abaixo,
pois tanto p como x não podem ser negativos.
Analogamente, podemos explicar o conceito de função de oferta.

Chamamos de oferta de um bem, num certo intervalo de tempo, à


quantidade do bem que os vendedores desejam oferecer no mercado.

A oferta é dependente de várias variáveis: preço do bem, preços dos


insumos utilizados na produção, tecnologia, utilizada e outros.

Mantidas constantes todas as variáveis exceto o preço do próprio bem,


chamamos de função de oferta à relação entre o preço do bem (p) e a
quantidade ofertada (x) e a indicamos por p = g(x).
Normalmente, o gráfico de p em função de x é o de uma função
crescente, pois quanto maior o preço, maior a quantidade ofertada. Tal
gráfico é chamado de curva de oferta. Observemos que teremos uma
curva de oferta para cada configuração das outras variáveis que afetam a
oferta. Veremos neste item funções de oferta do 1º grau.
Admitamos que, para quantidades que não excedam sua capacidade de
produção, a função de oferta da sorveteria do Exemplo anterior, seja do 1º
grau. Suponhamos que se o preço por sorvete for $ 2,10, a quantidade
ofertada será 350 por semana, e, se o preço for $ 2,40, a quantidade ofertada
será 1.400. Vamos obter a função de oferta:
Finalmente, passemos a explicar conceito de ponto de equilíbrio de
mercado. Chamamos de ponto de equilíbrio de mercado ao ponto de
intersecção entre as curvas de demanda e oferta. Assim, temos um preço e
uma quantidade de equilíbrio.

No ponto de equilíbrio, o preço é o mesmo na curva de demanda e


de oferta. Logo: (1 / 3.500)x + 2 = 10 – 0,002x
X + 7.000 = 35.000 – 7x então 8x = 28.000 x = 3.500
Substituindo o valor de x encontrado numa das duas curvas, por
exemplo, na da oferta, teremos:
p = 1 / 3.500 (3.500) + 2 = 3

Portanto, no ponto de equilíbrio, o preço do sorvete será $ 3,00, e a


quantidade semanal vendida será 3.500 unidades.

O nome ponto de equilíbrio decorre do seguinte fato: se o preço cobrado


for maior que $ 3,00, a quantidade ofertada será maior que a
demandada.

Os produtores para se livrarem do excedente tenderão a diminuir o preço


forçando-o em direção ao preço de equilíbrio.

Por outro lado, se o preço for inferior a $3,00, a demanda será maior que
a oferta e esse excesso de demanda tende a fazer com que o preço suba
em direção ao preço de equilíbrio.
Exemplo 4
As funções de demanda e oferta de um produto são dadas por:
Demanda: p = 100 – 0,5x
Oferta: p = 10 0,5x
Qual o ponto de equilíbrio de mercado?
Se o governo cobrar, junto ao produtor, um imposto de $ 3,00 por
unidade vendida, qual o novo ponto de equilíbrio?
 
Resolução
100 – 0,5x = 10 + 0,5x,
-x = -90 x= 90
 
Consequentemente, p = 100 – 0,5 (90) = 55
Nesse caso, o custo de produção aumentará $ 3,00 por unidade.

Como conseqüência, para um dado valor de x na curva de oferta, o preço


correspondente será 3 unidades superior ao preço da curva anterior.

Portanto, a nova curva de oferta será uma reta paralela à curva de oferta
anterior, situada 3 unidades acima.

A nova curva de oferta terá como equação, então, p = 10 + 0,5x + 3, ou


seja, p = 13 + 0,5x;
A curva de demanda não se desloca, pois a cobrança do imposto não vai
afetar as preferências do consumidor; o que efetivamente vai se alterar é o
ponto de equilíbrio, que nesse caso é dado por: 100 – 0,5x = 13 + 0,5x
X = 87
 
E o novo preço de equilíbrio passa a ser p = 100 – 0,5 (87) = 56,50.
Assim, o mercado se equilibra num preço mais alto e com quantidade
transacionada menor

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