Saúde Coletiva

Prof: Renato Galvão

Coren:209703
 Historia da saúde Pública ou coletiva

A Saúde Coletiva, latino-americana, surgiu na década de 70, foi composta a partir da

crítica à Medicina Preventiva, à Medicina Comunitária, à Medicina da Família,
desenvolveu-se a partir da Medicina Social do Século XIX e pela saúde pública
institucionalizada nos serviços de saúde e academia.

Envolve um conjunto de práticas técnicas, ideológicas, políticas e econômicas

desenvolvidas no âmbito acadêmico, nas organizações de saúde e em instituições de
pesquisa vinculadas a diferentes correntes de pensamento resultantes de projetos de
reforma em saúde.

O campo social da saúde tem sido atravessado por um conjunto de movimentos

ideológicos como: Polícia Médica; Higiene; Saúde Pública; Medicina Social; Medicina
Preventiva; Saúde Comunitária; Saúde Coletiva; Medicina Familiar entre outros.

Tais movimentos constituem-se como lutas teórico-paradigmáticas, políticas e

ideológicas com repercussões enquanto campo do saber e de práticas.
A definição é reforçada pela ampla difusão de saúde da OMS, que é a organização
internacional que propôs a realização das Conferências Mundiais de Saúde com
integração de todos os países na busca do completo bem-estar físico, psíquico e social.

Somente na década de 20 é que se dá a primeira medida concreta, em nível nacional

para a criação do sistema de saúde coletiva ou pública.

Primeiro nome a se destacar nessa década é o Médico sanitarista Oswaldo Cruz.

Resolve problemas sanitários implementado instituições públicas de higiene e saúde

com intuito de combater tanto epidemias como endemias.

Coordenou as campanhas de erradicação da febre amarela e varíola.

 Epidemia, Endemia e pandemia

Epidemia: É caracterizada pela incidência, em um curto período de tempo, de um

grande numero de casos de uma doença. Um surto epidêmico ocorre quando há um
grande desequilíbrio com O AGENTE. Para que a vigilância possa propor ações de
prevenção e controle é importante seguir as etapas que são: Coleta de dados,
processamento de dados, analise de dados, recomendações de medidas de controle e
prevenção, promoção das ações, avaliação e divulgação das informações.

Agente vetor: É todo o ser vivo capaz de levar um agente infectante, de maneira ativa
ou passiva.
Exemplos de agentes infectantes: Parasitos, protozoários, bactérias e vírus.
Agente etiológico: É o agente que causa a doença.
Exemplos de agentes etiológicos: Tripanosoma Cruzi, causador da doença de chagas.

Endemia: Caso de doença localizada em um espaço limitado. É uma doença que se

manifesta em uma determinada região.
Pandemia: É uma epidemia que atinge grandes proporções, podendo se espalhar por
um ou mais continentes ou por todo o mundo causando inúmeras mortes ou destruindo
cidades e regiões inteiras.

Unidade de Saúde

USB ou unidade básica de saúde, locais onde você pode receber, atendimentos básicos
e gratuitos sem internamento em pediatria, ginecologia, clinica geral, enfermagem e
odontologia.

Os principais serviços oferecidos são: Consultas médicas, inalações, curativos, vacinas,

coletas de exames laboratoriais, tratamento odontológico, encaminhamentos para
especialidades e fornecimento de medicações básicas.

As UBS fazem parte da politica nacional de urgência e emergência, lançada pelo

ministério da saúde em 2003.

Outras equipes encontradas nas UBS são as equipes de saúde da família.

Fluxograma
 UPAs

Unidades de Pronto Atendimento 24 horas funcionam como unidades intermediárias

entre as Unidades Básicas de Saúde (UBS) e os hospitais.

Essas unidades atendem a casos de saúde que exijam atenção médica intermediária
como problemas de pressão, febre alta, fraturas, cortes e infartos, evitando que estes
pacientes sejam sempre encaminhados aos prontos-socorros dos hospitais.

As UPAs 24 horas trabalham de forma integrada com o Serviço de Atendimento Móvel

de Urgência (SAMU).

Ao ligar para o número 192, o cidadão tem acesso a uma central com profissionais de
saúde que oferecem orientações de primeiros socorros, além de definir os cuidados
adequados a cada situação.

Em muitos casos, o SAMU presta o primeiro atendimento e encaminha o paciente a

uma UPA.
 ATENDIMENTO DE ENFERMAGEM NAS UNIDADES DE SAÚDE

Triagem, Pré-consulta, consulta médica, pós-consulta, odontologia, nebulização, visitas

domiciliar, distribuição de medicamentos, encaminhamentos, coletas de matérias para
exames e orientações.

Triagem: Tem a finalidade de definir o tipo de atendimento necessário e encaminha o

paciente aos setores.

Pré-consulta: SSVV, peso, altura, Orienta, esclarecer duvidas, registro de queixas,

Todos os registros devem ser anotados na ficha médica.

Consulta Médica: Avaliação pelo médico, onde é indicado o tratamento adequado ou

encaminhamento necessário.

Pós consulta: Orientação sobre o tratamento prescrito, sobre a forma correta do uso do
medicamento, sobre a necessidade de alimentação, higiene e vacinação. Realizar
encaminhamentos como exames laboratoriais.
Odontologia: após triagem atendimento de acordo com a necessidade.

Nebulização: Após prescrição médica, conforme demanda e a necessidade do paciente.

Visitas domiciliares: Necessário presença do paciente na unidade e tenha falta ou

acompanhamento de casos especiais.

Distribuição de medicamentos: Conforme a demanda e com uma receita médica.

Encaminhamentos: Para médicos especializados ou exames complementares.

Coleta de exames laboratoriais: Conforme a demanda. Papanicolau e sangue.

Orientações: São feitas pelos funcionários de enfermagem aos pacientes, podendo

melhorar a qualidade de vida e diminuir a ansiedade em relação ao atendendimento,
exames e procedimentos.
 Doenças em saúde coletiva

É o dever de todo o profissional da saúde, seja de rede pública, conveniada ou privada,

comunicar à autoridade sanitária mais próxima.

Isso chamamos de notificação compulsória.

Esta comunicação poderá ser feita através de formulário, telefone, fax e outros meios.

A notificação tem que ser sigilosa, podendo só ser divulgada fora do âmbito de saúde
em casos de risco para a comunidade, sempre respeitando o anonimato dos cidadãos.

O ministério de saúde, no uso das suas atribuições que lhe confere o art. 44 do decreto
n° 79.321, de 12 de agosto de 1976 e tendo em vista o disposto no item I do art. 8°
resolve: Art. 1º para os efeitos da aplicação da lei 6.259, de 30 de outubro de 1975, e
de sua regulamentação, constitui notificação compulsória, em todo o território nacional
as doenças como:
Cólera, coqueluche, dengue, difteria, doença de chagas, doenças meningocócicas ou
meningites, febre amarela, febre tifoide, hanseníase, hepatite B, leishmaniose visceral,
malária, poliomielite, raiva humana, rubéola, sarampo, sífilis congênita, tétano e
tuberculose, H1N1, Diarreia , IVAS.

No brasil existem sistemas que nos informam sobre os agravos que são: SINAN, SIM,
SINASC, SIH, SAI, SISVAN e SIAB.

SINAN: Sistema nacional de agravos de notificação compulsória.

SIM: Sistema de informação de mortalidade.
SINASC: Sistema de informação de nascidos vivos.
SIH: Sistema de informação hospitalares.
SAI: Sistema de informação ambulatoriais.
SISVAN: Sistema de vigilância alimentar e nutricional.
SIAB: Sistema de informações sobre as ações básicas.
 Principais notificadores de saúde coletiva

Os indicadores orientam o processo de planejamento em saúde, organiza os serviços

de atenção e determina os números de leitos hospitalares, necessários para
determinada região. Ressaltamos: Morbidade, mortalidade e letalidade.

Morbidade: Corresponde ao comportamento da doença na população, adoecimento.

Mortalidade: Corresponde ao numero de óbitos ou exposto ao risco de morrer.
Letalidade: Permite conhecer a gravidade de uma doença.

Doenças transmissíveis preveniveis mediante a vacinação

Com os avanços obtidos ao longo do tempo, já é possível, hoje, por intermédio de

vacinas, alcançar a prevenção e a diminuição de ocorrências de doenças que até pouco
causavam adoecimento e morte em muitas pessoas.

São: Hepatite B, Poliomielite, Tétano, Tétano neonatal, Coqueluche, Difteria, Meningite,

Febre amarela, Rubéola, Sarampo, Caxumba, Varicela, Raiva humana, H1N1.
Hepatite B: Doença causada por vírus (HBV), infecta apenas o humano, que é seu
reservatório natural.

Transmissão: Através do ato sexual, exposição percutânea, agulhas, transfusão de

sangue, uso de drogas endovenosas, procedimentos odontológicos, cirúrgicos e
hemodiálise.

Em média o período de incubação é de 60 a 80 dias.

Tratamento: Sorologia, período de 6 a 12 meses.

É confirmado positivo quando encontrado o anti-HBc IgM no sangue. Pode ser

encontrado nos 6 meses.

Tétano: É uma doença infecciosa. Agentes são os bacilos gram-positivos anaeróbicos

esporulados, conhecidos como clostridium tetani. Cujo reservatórios são os humanos e
os animais.
Transmissão: Pelo ar, objetos contendo os esporos, terra e fezes de animais.

Período de incubação é de 10 dias.

Prevenção: Vacina.

Meningite: Doença causada por uma serie de microrganismos como bactérias, vírus e
fungos.

Transmissão: Contato direto por vias respiratórias.

É importante ressaltar que após a implantação da vacina BCG no calendário vacinal de

crianças, a incidências das meningites causadas pelo bacilo da tuberculose e pelo
haemophilus influenzae foi bastante reduzida no Brasil.
 Doenças transmitidas pela agua e alimentos

Hepatite A, Cólera, febre tifoide, Leptospirose.

Doenças transmitidas por vetores

A ocorrências dessas doenças ainda são elevadas em nosso pais, algumas delas
endêmicas em determinadas regiões.

Seu controle ainda é um desafio, pois são muitos os determinantes envolvidos na sua
incidência.

Incidência: Numero de casos novos de doença em uma determinada população.

Prevalência: Numero de casos já existente de doença em uma determinada população

em um determinado tempo.

São elas: Dengue, leptospirose, Malária, Doença de chagas, esquistossomose.

Dengue: Doença infecciosa causada por um arbovírus. Esse vírus é composto por
quatro tipos que são 1,2,3,e 4. Ocorre em áreas tropicais e subtropicais do mundo
inclusive no Brasil.

É transmitido pelo agente vetor Aedes aegypti. É de origem africana.

Existem duas formas que são: Dengue Clássica e Hemorrágica.

Dengue Clássica: Duração de 5 a 7 dias, provoca febre de 39 a 40ºc, Mialgia, artralgia,

dor região retroorbitária, náuseas, vômitos e epistaxe.

Dengue Hemorrágica: Sintomas semelhantes a clássica, porem evoluem rapidamente

para hemorragias como sangramento gastrintestinal(melena, hematêmese, enterorragia)
e insuficiência circulatória.
Leptospirose: Doença infecciosa febril, aguda, potencialmente grave.

Agente vetor: Rato de esgoto e outros animais. Causada pela bactéria Leptospira
interrogans.

A manifestação clinica é semelhante a influenza(gripe). Pode causar disfunção hepática,

renal e dores musculares principalmente em região de panturrilha. Febre e cefaleia
estão presentes.

Tratamento: com antibiótico amoxicilina 500 mg e doxiciclina 100 mg.

Prevenção é eliminação dos ratos de esgotos e saneamento básico.

Doença de Chagas: Causada por um parasita.

Agente vetor: Barbeiro. Parasita Trypanosoma cruzi.

Formas crônicas clinicas são: Cardíaca, outras estruturas orgânicas, formação

congênita.

Tem afinidade pelo musculo cardíaco. Tratamento: Benzonidazol e Nifurtimox.

 Ectoparasitas

Escabiose e pediculose.

Escabiose: Conhecida como sarna, causada por um acaro, cujo a penetração na pele é
visível sob formas de pápulas ou vesículas.

Transmissão: De pessoa a pessoa e de animal a pessoa. Roupas de camas, colchões.

Seu quadro clinico é prurido de intensidade variável, presença de lesões eritema-

pápulo-escoriadas.

Regiões que mais acometem são as axilas, punhos, abdome, nadegas, coxas, genitais.
Pediculose: Considerado uma doença, é denominado como piolho. Atinge
principalmente crianças na idade escolar e mulheres.

Transmissão: Interpessoal ou no uso de bonés, escovas e pentes de pessoas com o

ectoparasita.

Quadro clinico é através de coceira intensa no couro cabeludo, podendo levar a

infecção bacteriana devido a coçadura.

Tratamento consiste no uso de remédios aplicados nos cabelos.

Prevenção: Higiene couro cabeludo, pente fino e após abitado pelo piolho, raspar a
cabeça.

Recomenda-se cabelos curtos e higienização.

Existem casos de pessoas com anemia devido ao pediculose.

 Tuberculose

Doença que tem um desenvolvimento na historia humana.

Só na metade do século XIX foi possível conhecer o micróbio causador da doença

denominado Mycobacterium tuberculusis.

Foi descoberto pelo pesquisador alemão Robert Koch, devido a isso ficou conhecido
como bacilo de Koch.

A tuberculose usualmente ataca os pulmões, mas também podem atacar outras

estruturas do corpo humano como coluna, arco costais(extrapulmonar).

Transmissão: Por VVAA(gotículas) pelas aspiração dos bacilos expelidos pelo doente
ou por ingestão de leite contaminado animal bovino.

Geralmente é feito o exame de escarro, urina e coleta de fluidos cerebro-espinhal.

Tratamento: Consiste na associação de medicamentos antibióticos(rifampicina,
piracinamida).

Programa de imunização – Vacinas

As vacinas representam um grande avanço pela ciência para promover e proteger a

saúde dos indivíduos.

Existem dois nomes muito importante que são Imunidade e Imunização.

Imunidade: Termo que se refere proteção contra enfermidade ou enfermidade

infecciosa.

A imunidade ela pode ser ativa ou passiva.

Imunidade Ativa: Se desenvolve pelo nosso próprio organismo em resposta a um

estimulo externo. Esse tal desenvolvimento ocorre por duas maneiras:
Quando adoecemos, o nosso próprio sistema imunológico cria uma memoria,
reconhecendo o causador da doença, impedindo que ele se instale novamente criando
a imunidade.

Imunidade Passiva: São as defesas que já recebemos prontas. É obtida pela

transferência ao indivíduo de anticorpos produzidos por um animal ou outro ser humano.

Esse tipo de imunidade produz uma rápida e eficiente proteção, que, contudo, é
temporária, durando em média poucas semanas ou meses.

Existem dois tipos de imunidade passiva: A natural e a artificial.

Imunidade passiva Natural: É a imunidade que o bebe recebe da mãe pela placenta, e
pelo leite materno.

Imunidade Passiva Artificial: Pode ser adquirida sob três formas principais: a
imunoglobulina humana combinada, a imunoglobulina humana hiperimune e o soro
heterólogo. Os soros produzidos de outros animais, como soro antiofídico.
PNI: É o programa nacional de imunização. Criado em 1973, oferece um conjunto
enorme de imunobiológicos.
Vacinas do PNI: BCG-ID, Hepatite B, Poliomielite(sabin), DPT, Hemófilo(Hib), Sarampo,
Tríplice viral, DT, h1n1, Antirrábica, Rotavirus humano, Febre amarela.

Atenuado e inativo: vírus atenuado são vírus vivos sem capacidade de produzir a
doença e vírus inativo é inativado por agentes químicos ou físicos, não reversão forma
selvagem. O que significa que estes não mais se encontram vivos, logo incapazes de
multiplicarem-se.

Doenças com vírus atenuados são Caxumba, febre amarela, poliomielite, rubéola,
sarampo, tríplice viral, varicela e varíola.

Doenças com vírus inativo são gripes, hepatites A e B, e Raiva.

BCG-ID: Vacina preparada com bacilos de Calmette e Guérin, vivos e é indicada para
prevenir as formas graves de tuberculose e hanseníase.

O Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde recomenda atualmente a

vacinação universal das crianças contra tuberculose. É importante que seja dada logo
ao recém-nascido. Se isso não for possível, deve ser ministrada após o primeiro mês de
vida. Ela pode ser tomada por crianças com sorologia positiva de HIV que não
apresentam sintomas, ou filhos de mulheres soropositivas assintomáticas.

Via administração: Subcutâneo em braço direito em região deltoide.

Efeitos adversos: abscessos, ulceração no local da aplicação ou linfodenite regional.

Contraindicações: Essa vacina é contraindicada especificamente aos indivíduos com

sorologia positiva para HIV que apresentam sintomas.

Recomenda-se adiar a vacinação com BCG em recém-nascidos com peso inferior a

2.000 gramas e em presença de manifestações na pele.
Hepatite B: É uma doença que acomete o fígado causando um edema ou inchaço
devido a infecção causada pelo vírus.

Transmissão: Através do contato do sangue, sêmen ou fluidos dos órgãos genitais.

Pode levar ao câncer de fígado ou cirrose hepática.

O Programa Nacional de Imunizações recomenda atualmente a vacinação universal das

crianças contra hepatite B.

Quando não for aplicada na unidade neonatal, a vacina deve ser feita na primeira
consulta ao serviço de saúde.

Pode ser aplicada simultaneamente com a vacina BCG.

Administração: Feita em via intramuscular profunda, em vasto lateral da coxa. Não deve
ser administrada em região glútea devido a baixa formação de anticorpo. E esta
disponível na rede publica e privada.
Poliomielite: Doença conhecida como pólio ou paralisia infantil. Infecção viral.

Existem dois tipos da vacina da pólio que são de vírus inativos e vírus atenuados.

Vírus Inativo: Possuem Tipo 1 tipo 2 e tipo 3 que são cultivadas da célula do rim do
macaco verde africano.

Transmissão: É de pessoa a pessoa via oral-oral e fecal-oral. Atinge medula espinhal

podendo se estender ate o tronco encefálico levando a problemas respiratórios e
também o sistema nervoso central destruindo os neurônios motores, levando a fraqueza
muscular induzindo a paralisia.

Administrada em região intramuscular ou subcutânea, para cada individuo. Crianças

com até 2 anos de idade devem receber a vacina em região glútea ou vasto lateral coxa.
Acima dessa idade em deltoide.

A poliomielite foi reconhecida por Jakob Heine, em 1840. Seu agente causador, é o
poliovírus, foi identificado em 1908 por Karl Landsteiner.
Na sequência, Albert Sabin desenvolveu outra vacina oral contra a pólio com vírus vivo.

DTP: Também chamada de Tríplice Bacteriana, é uma vacina capaz de imunizar os

seres humanos contra difteria, tétano e coqueluche.

Hoje já temos a tetravalente bacteriana(DTP+Hib) que é obrigatória menores de 1 ano

que protege contra Difteria, tétano, coqueluche e meningite causada por Haemophilus.

Administração via intramuscular profunda em região glútea ou vasto lateral da coxa em

crianças acima de 2 anos poderá ser feita em deltoide.

Reações como eritema local, exulceração, nódulos e abcessos. Também febre intensa,
mal estar e vômitos.

Sarampo: Doença infecto-contagiosa, provocada pelo vírus Morbili.

Transmissão: secreção gotículas, eliminadas por espirro e tosse. Tempo dos sintomas
é de 12 dias e surgem placas avermelhadas na pele.
Administrada de preferencia em região de terço médio posterior braço e região glútea.

Contra indicadas em doenças febril de origem indeterminada, gestante, alergia ao ovo

de galinha.

Tríplice viral: É uma combinação de vírus vivos atenuados contra o sarampo, a caxumba
e a rubéola, apresentada sob a forma de frasco-ampola com uma ou múltiplas doses.

Todos os três componentes desta vacina obrigatória são altamente imunogênicos e

eficazes, dando imunidade duradoura por praticamente toda a vida.

A proteção inicia-se cerca de duas semanas após a vacinação.

É contra indicada a pacientes com doença febril aguda grave, em uso de

corticosteroides, radioterapia, alergia ao ovo de galinha.

Causa ardência no local da vacina, eritema, endurecimento.

DT: A vacina dupla contém toxoide diftérico e toxoide tetânico, tendo como adjuvante
hidróxido ou fosfato de alumínio.

É apresentada sob forma líquida em ampola com dose única e há dois tipos de vacina
dupla:

- Vacina dupla do tipo infantil (DT);

- Vacina dupla do tipo adulto (dT).

A vacina dupla do tipo infantil (DT) contém a mesma concentração de toxoide diftérico e
de toxoide tetânico presente na vacina tríplice (DTP), enquanto a dupla do tipo adulto
(dT) contém menor quantidade de toxoide diftérico.

A vacina dupla do tipo infantil DT poderá ser aplicada em menores de sete anos e dupla
do tipo adulto dT a partir desta idade.

Administração é intramuscular profunda, de preferencia vasto lateral coxa e em criança

com mais de 2 anos pode ser em deltoide.
Efeitos adversos são dor, eritema, edema no local aplicação, febre superior a 39ºc.

H1n1: Provocada pelo vírus h1n1 conhecido como influenza A.

Transmissão: Ocorre de pessoa a pessoa, contato com animais e objetos

contaminados. Por VVAA por meio de partículas de saliva e secreções.

Vírus inativo.

Tratamento feito com Tamiflu.

Antirrábica: Todas as vacinas contra a raiva, de uso humano, são inativadas, ou

seja não apresentam vírus vivos.

A raiva é uma doença viral que acomete mamíferos e pode ser transmitida ao homem
pela mordida, arranhão ou contato com secreções de animais domésticos ou selvagens
que estejam infectados.
A raiva é uma doença grave, que pode manifestar diversas formas de encefalite
(espasticidade, demência ou paralisia) que quase sempre levam o paciente à morte.

O cão é o principal transmissor da raiva urbana no Brasil.

Outros animais ocasionalmente envolvidos são gatos, macacos e raposas.

Nas áreas rurais, o morcego é o principal transmissor do vírus da raiva para outros
animais, como o gado bovino e os cavalos.

As reações adversas locais (dor, vermelhidão, endurecimento e prurido) são, em geral,

de intensidade leve e tendem a desaparecer espontaneamente em 48 horas.

Raramente, podem ocorrer reações sistêmicas como febre moderada, cefaleia, mialgia,
astenia(fraqueza orgânica), desconforto generalizado e aumento de gânglios.
Rotavírus ou Pentavalente: Vacina encontrada rede publica e privada de saúde e
protege contra 7 subtipos do vírus que são A,B,C,D,E,F e G.

Subgrupos associado ao homem são A,B,C.

Transmissão: Via oral-fecal, por contato de pessoa a pessoa ou através de

fômites(Objetos contaminados).

Período incubação é de 1 a 3 dias.

Tratamento é prevenir desidratação e distúrbios hidroeletrolíticos. Não é recomendado

uso de antimicrobianos.

Febre Amarela: A vacina contra febre amarela é constituída de vírus vivos atenuados. É
uma doença infecciosa febril aguda, de curta duração (no máximo 10 dias), e de
gravidade variável.
Possui dois ciclos de transmissão: o silvestre (que ocorre entre primatas não humanos,
onde o vírus é transmitido por mosquitos silvestres) e o urbano (erradicado no Brasil
desde 1942).

Transmissão: Não ocorre diretamente de pessoa a pessoa. É através do mosquito que

pica uma pessoa infectada.

Indicação da vacina é a partir do 6 meses de idade nas áreas endêmicas, nas região
aonde a casos de febre amarela em macacos e para indivíduos que vão viajar para
região endêmica essa vacina deverá ser administrada 10 dias antes.

Administração é via subcutânea em região deltoide.

Efeitos adversos são dor local, dor de cabeça e febre.

Contra indicação: Gestantes, alergia ao ovo de galinha, crianças menores de 9 meses.

 Rede frio ou cadeia de frio

É o processo de armazenamento, conservação, manipulação, distribuição e transporte

dos imunobiológicos do Programa Nacional de Imunizações, e deve ter as condições
adequadas de refrigeração, desde o laboratório produtor até o momento em que a
vacina é administrada.

O objetivo final da Rede de Frio é assegurar que todos os imunobiológicos

administrados mantenham suas características iniciais, a fim de conferir imunidade, haja
vista que são produtos termo lábeis, isto é, se deterioram depois de determinado tempo
quando expostos a variações de temperaturas inadequadas à sua conservação.

O calor acelera a inativação dos componentes imunogênicos.

O PNI recomenda o uso de refrigeradores a partir de 280 litros ocupando até 50% do
volume útil. São destinados à estocagem de imunobiológicos em temperaturas positivas
de + 2°C a + 8°C, devendo para isto estar regulados para funcionar nesta faixa de
temperatura.
É necessário, portanto, mantê-los constantemente refrigerados, utilizando instalações e
equipamentos adequados em todas as instâncias: nacional, estadual, regional ou
distrital e municipal/local.

Um manuseio inadequado, um equipamento com defeito, ou falta de energia elétrica

podem interromper o processo de refrigeração, comprometendo a potência e eficácia
dos imunobiológicos.

A Rede de Frio é composta basicamente dos seguintes elementos:

1. Equipe técnica;
2. Equipamentos;
3. Instâncias de armazenamento;
4. Transporte entre as instâncias;
5. Controle de Temperatura;
6. Financiamento.
As geladeiras devem ser organizadas de acordo com as seguintes recomendações:

No congelador colocar gelo reciclável (gelox ou bobinas com água) na posição vertical.
Esta norma constitui para a elevação lenta da temperatura, oferecendo proteção aos
imunobiológicos na falta de energia elétrica ou defeito do equipamento.

Na primeira prateleira devem ser colocadas as vacinas que podem ser submetidas à
temperatura negativa (VOP, Febre Amarela, VTV), dispostas em bandejas perfuradas
para permitir a circulação de ar.

Na segunda prateleira deve ser colocadas as vacinas que não podem ser submetidas à
temperatura negativa (dT, DPT, Hepatite B, influenza, BCG), também em bandejas
perfuradas ou nas próprias embalagens do laboratório produtor.

Na segunda prateleira, no centro, colocar o termômetro de máxima e mínima na posição

vertical.
Na terceira prateleira podem-se colocar os diluentes, soros ou caixas com vacinas
conservadas entre + 2°C e + 8°C, tendo o cuidado de permitir a circulação do ar entre
as mesmas e entre as paredes da geladeira.

Retirar todas as gavetas plásticas e suportes que existam na parte interna da porta.

No lugar da gaveta grande, preencher toda a parte inferior com 12 garrafas de água
com corante, que contribuem para a lenta elevação da temperatura interna da geladeira
entre + 2°C e + 8°C quando ocorrer a falta de energia elétrica ou defeito do
equipamento.

A porta do congelador e a bandeja coletora sob este deverão ser mantidas. Não devem
ser usadas bobinas de gelo reciclável como substitutas das garrafas.

Quando ocorrer uma situação em que a geladeira estiver sem o quantitativo de 12

garrafas de água, a mesma deverá ser abastecida progressivamente com o número
necessário, colocando-se duas unidades por dia, até atingir o número recomendado.
Cuidados Básicos com a Geladeira: Manter um aviso na porta da geladeira sobre o uso
exclusivo para imunobiológicos e para que não seja aberta, salvo para a retirada de
vacinas.

Usar uma tomada exclusiva para a geladeira de vacinas.

Instalar a geladeira em local fora da luz solar, em ambiente climatizado, bem nivelada e
distante 20 cm da parede.

Não armazenar nada na porta da geladeira.

Certificar-se que a porta está vedando adequadamente.

Limpeza da Geladeira:A limpeza da geladeira deve ser realizada a cada 15 dias ou
quando a espessura de gelo atingir a espessura de 0,5 cm.

Dessa forma, serão mantidas as condições ideais de conservação das vacinas.

Para realizar a limpeza, proceder da seguinte forma: Transferir os imunobiológicos para

outra geladeira ou caixa térmica com gelo reciclável, mantendo-se a temperatura entre +
2°C e + 8°C.

Desligar a geladeira da tomada e abrir a porta (também a do congelador), até que todo o
gelo se desprenda.

Não mexer no termostato.

Limpar a geladeira com pano úmido, em solução de água e sabão neutro.

As bobinas de gelo reciclável e as garrafas também devem ser lavadas, não

esquecendo de trocar a água das garrafas.
Após a limpeza ligar a geladeira na tomada, recolocar o termômetro, as 12 garrafas de
água com corante e o gelo reciclável.

Manter as portas fechadas e aguardar por uma hora, verificando a temperatura interna
depois disto.

As vacinas só devem ser colocadas quando a temperatura interna da geladeira atingir

os valores entre + 2°C e + 8°C.

Caixas Térmicas: São produzidas em material térmico do tipo poliuretano ou poliestireno

expandido.

A caixa térmica deve ser organizada para manter a temperatura de conservação dos
imunobiológicos entre + 2°C e + 8°C por um determinado período de tempo, de acordo
com o imunobiológico a ser armazenado ou transportado.
Organização da Caixa Térmica para Vacinação de Rotina na Sala de Vacinas: No
serviço de saúde, a conservação dos imunobiológicos a serem utilizados na vacinação
durante a jornada de trabalho deve ser feita em caixa térmica retangular, com
capacidade de no mínimo sete litros e com a tampa ajustada.

Ao organizar a caixa térmica para o início das atividades diárias, deve-se tomar os
seguintes cuidados que são:

Manter a temperatura interna da caixa entre + 2°C e + 8°C, monitorando-a com

termômetro de cabo extensor (de preferência) ou linear, trocando as bobinas de gelo
reciclável sempre que se fizer necessário.
 Doença Sexualmente transmissíveis

DSTs: São transmitidas principalmente , por contato sexual sem o uso de preservativos
.
E geralmente se manifestam por meio de feridas, corrimentos, bolhas ou verrugas.

Antigamente conhecidas como doenças venéreas.

Historia: Nas primeiras civilizações havia o culto aos Deuses e Deusas da fertilidade,
que eram consideradas como dadiva. O culto a esses deuses eram feitos principalmente
a partir da prostituição.

Causas: Causadas por vários agentes infecciosos que são: Vírus, fungos, bactérias e
parasitas.

As DSTs são: Aids, HPV, Hepatites Virais, linfogranuloma venereo, Tricomoniase,

Cancro, Herpes, gonorreia, sífilis, condiloma, Donovanose.
AIDS/SIDA: Síndrome da imunodeficiência adquirida. Caracterizada pela diminuição da
resposta imunológica do organismo a agentes patogênicos, causando uma series de
doenças chamadas de oportunistas.

Transmissão: O individuo pode contrair o HIV em relação sexual desprotegido(oral,

anal e vaginal), exposição sanguínea(acidentes com materiais biológicos, transfusão,
uso de drogas injetáveis através de compartilhar agulhas, durante o parto e pela
amamentação).

Manifestações clinicas são febre alta, mal estar, aumento gânglios, perda de peso,
lesões cavidade oral, sudorese intensa e diarreia.

Para detectar o HIV, é necessário a coleta de material sanguíneo para realização de

teste especifico.

CATs: Centro de testagem e aconselhamentos. Esse centro realiza testes anti-HIV

mantendo a privacidade do cliente. Um numero é fornecido onde o mesmo poderá
solicitar o resultado.
Tratamento: Medicamentos anti-retrovirais, que se encontram disponíveis nas UBS
conhecidos como coquetel.

Medicamentos: AZT(azidotimidina - antiviral), DDI e o d4T.

HPV: É um condiloma acuminado, conhecido também como verruga genital, crista de

galo, figueira ou cavalo de crista.

É uma DST causada pelo Papilomavirus humano.

Causa câncer de colo uterino e do anus.

O exame preventivo é conhecido como Papanicolau, que pode detectar alterações

precoce no colo do útero e deve ser feito rotineiramente por todas as mulheres.

Transmissão: Pela via sexual. O uso de preservativos durante a relação sexual

geralmente impede a transmissão. Também pode ser transmitido ao bebe durante o
parto.
Sintomas e sinais são através de verrugas de tamanhos variáveis. No homem e mais
comum na região da glande e no anus. Na mulher ocorrem na vagina, vulva, anus e colo
uterino. As lesões também podem aparecer na boca e garganta.

Tratamento é cirúrgico eletrocauterização ou eletrofulguração que consistem em

queimar as lesões. Penoscopia no homem por solicitação do ginecologista da esposa.
 Hepatites B, C e D

Hepatite C: Infecção causada por vírus e se apresenta na forma aguda e crônica.

Transmissão: A principal forma de transmissão é através de compartilhar seringas,

transfusão de sangue, relação sexual principalmente anal, tatuagens, compartilhar
objetos pessoais e transmissão vertical(Infecção mãe bebe durante parto).

Tratamento é através de medicamentos como interferon(injeção subcutâneo) e

ribavirina(cartela de comprimidos) deveram ser usados em conjunto.

Esses remédios são entregue pelo SUS.

Sinais e sintomas principal é icterícia.

Hepatite D: É infecção viral conhecida como Delta, também causando inflamação do

fígado. Mas dependente do vírus da Hepatite B.
Transmissão: É a mesma da Hepatite B.

Tratamento é através de vacina.

Sinais e sintomas são também Icterícia.

Linfogranuloma Venéreo: É uma doença sexualmente transmissível causada

pela bactéria Chlamydia trachomatis. Caracteriza por aparecimento de lesão genital que
se apresenta em forma de ulceração ou pápula.

Transmissão: Relação sexual. A região do reto das pessoas infectadas é o reservatório

dessa infecção.

Tratamento é através de antibióticos, mas não revertem sequelas e sua prevenção é

através do uso de preservativos. Parceiro deverá ser tratado.

Sinais e sintomas são aparecimento das lesões.

Tricomoníase: É uma doença causada pelo parasita Trichomonas vaginalis. Protozoario
de estrutura oval, anaeróbio, flagelado.

Transmissão: Pela relação sexual. Entre homem e mulher, mulher e mulher e entre
homens e rara.

Nas mulheres a trichomoníase é uma das principais causas de vaginite e corrimento

vaginal esverdeado com odor fétido, associado a disúria(dor ao urinar) e
dispareunia(dor ato sexual com prurido).

É uma parasita que só infecta seres humanos. E suas lesões são em forma de ulceras
que aumentam o risco de contaminação por outras DSTs como HIV, HPV, Herpes,
gonorreia e clamídia.

No sexo masculino a infecção costuma ser assintomática e transitória, melhorando

espontaneamente em muitos casos.

O homem costuma ser um carreador assintomático do parasita.

Quando há sintomas, o quadro mais comum é a uretrite (inflamação da uretra) levando
à dor para urinar e corrimento uretral purulento.

Uma complicação pouco comum mas possível é a infecção da próstata pelo

Trichomonas, levando à prostatite.

Tratamento medicamentoso com antibiótico que são Metronidazol e Tinidazol.

Prevenção uso de preservativos durante ato sexual, evitar múltiplos parceiros.

Cancro : É uma doença caracterizada por um crescimento desordenado de células.

Invadem e destroem tecidos adjacentes, podendo se espalhar para lugares distintos do

corpo através de um processo denominado metástase.

Tumores benignos e malignos.

Não confundir com cancro duro ou mole.

Denominado como câncer.

Cancro Duro: Infecção denominada sífilis.

Transmissão: pela bactéria Treponema Pallidum, através da pele rachada ou por

mucosas.

A gestante pode transmitir ao feto que é denominado como sífilis congênita.

Diagnostico através exame de sangue.

A sífilis possui três estágios que são denominados como sífilis primaria, secundaria e
terciaria.

Sífilis primaria: É o primeiro estagio da infecção, aparece cerca de 2 a 3 semanas pos

infecção, formando feridas indolores (cancros) no local da infecção.

As feridas neste estagio desaparecem em cerca de 4 a 6 semanas, mesmo sem

tratamento. Bactéria inativa no organismo.

Sífilis secundaria: Infecção não tratada da sífilis primaria. Esses sintomas também
somem sem tratamento. Bactéria fica inativa no organismo.

Sífilis terciaria: É a evolução das sífilis primaria e secundaria não tratada. Esse tipo de
infecção pode se espalhar para outras regiões do corpo como pele, órgãos internos e
sistema nervoso central.
Tratamento é feito com antibiótico penicilina benzatina, ministrada em duas injeções
separadas por uma semana de intervalo.

Controle da sífilis é localizar as pessoas que tiveram contato sexual com portadores e
tratar aquelas cujo contato se deu durante o período de contaminação. O uso de
preservativos oferece proteção contra.