Climatologia Apostila

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Climatologia

Prof. Dr. Nilson C. Ferreira

Eng. Ambiental – Prof. Dr. Nilson C. Ferreira


Conteúdo

1 - O entendimento e compreensão do clima. A gênese do clima. Estudo e análise de suas


principais variáveis. Correntes oceânicas, circulação geral da atmosfera e a radiação solar.
Os fatores geográficos modificadores das condições iniciais do clima.

2 - A circulação secundária, dados de superfície e a definição dos tipos de tempo. Categorias


taxonômicas do clima: a questão da escolha da adequada escala de abordagem têmporo-
espacial.

3 - Definição e escolha dos instrumentos de medição ambiental e das variáveis climáticas.


Interpretação dos mecanismos da circulação atmosférica e os equipamentos de aquisição
de dados de superfície: estações clássicas e automáticas.

4 - A utilização de imagens de satélite e das cartas de pressões á superfície aplicadas ao


estudo dos mecanismos atmosféricos para a compreensão do ritmo climático.

5 - A definição de episódios representativos do fato climático para o estudo do clima e de


suas repercussões sobre o espaço. A adequada definição e escolha das variáveis
climáticas e dos mecanismos da circulação atmosférica aos distintos objetos de estudo e
campos do conhecimento.

6 - Análise climática. A Climatologia dinâmica aplicada ao Meio Ambiente.

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O entendimento e compreensão do clima. A gênese do Clima.
Estudo e análise de suas principais variáveis. Correntes
oceânicas, circulação geral da atmosfera e a radiação solar.
Os fatores geográficos modificadores das condições iniciais
do clima.

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Definições
• A climatologia é uma especialização da pesquisa meteorológica e geográfica
dedicada ao estudo e investigação do clima em seus múltiplos aspectos. Nas
ciências atmosféricas, a climatologia investiga as causas e as relações físicas
entre os diferentes fenômenos climáticos (por exemplo, os fatores de ocorrência
de secas, inundações, ondas de calor, fenômenos El Niño, La Niña, e outros). A
climatologia é uma ferramenta de entendimento da relação do ser humano com
os fenômenos atmosféricos, do qual ele é paciente (atingido por vendavais,
furacões, tornados, tempestades, enchentes e cheias, por exemplo) e causador
(poluição, degradação ambiental, mudança climática devido efeito-estufa e
outros). Esses dois pontos de vista complementam-se e não podem ser
entendidos de forma separada.

• O clima (do grego para "inclinação", referindo o ângulo formado pelo eixo de
rotação da Terra e seu plano de translação  23o27´) compreende um padrão
dos diversos elementos atmosféricos que ocorrem na atmosfera da Terra.
Fenômenos como frente frias, tempestades, furacões e outros estão associados
tanto às variações meteorológicas preditas pelas leis físicas determinísticas,
assim como a um conjunto de variações aleatórias dos elementos
meteorológicos (temperatura, precipitação, vento, umidade, pressão do ar) cuja
principal ferramenta de investigação é a estatística. As semelhanças em várias
regiões da Terra de tipos específicos caracterizam os diversos tipos de clima,
para o que são consideradas as variações médias dos elementos meteorológicos
ao longo das estações do ano num período de não menos de 30 anos.

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Definições

Inclinação 23o27´

• Segundo o IPCC: "Clima, num sentido restrito é geralmente definido como 'tempo
meteorológico médio', ou mais precisamente, como a descrição estatística de
quantidades relevantes de mudanças do tempo meteorológico num período de tempo,
que vai de meses até milhões de anos. O período clássico é de 30 anos, definido pela
Organização Mundial de Meteorologia (OMM). Essas quantidades são geralmente
variações de superfície como temperatura, precipitação e vento. O clima num sentido
mais amplo é o estado, incluindo as descrições estatísticas do sistema global."
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Definições
Insolação Pluviometria Umidade do Solo Vegetação

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Definições Pluviometria

Insolação

Umidade do Solo

Temperatura

Vegetação

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Definições

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Definições

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Definições
Diferenças entre Clima e Tempo
• O tempo meteorológico é o tempo atual ou tempo a ser previsto pelos meteorologistas,
que se estende no máximo a 15 dias.
• O clima é o conjunto de estados do tempo meteorológico que caracterizam o meio
ambiente atmosférico de uma determinada região ao longo do ano. O clima, para ser
definido, requer a análise de uma longa série de dados meteorológicos e ambientais. A
Organização Mundial de Meteorologia (WMO) recomenda 30 anos para a análise
climática. A concepção original do que é clima foi introduzida através da análise
estatística, de longo prazo, no fim do século XIX.
• A noção de clima tem mudado ao longo do século XX. Até meados do século XX, o clima
era considerado "fixo" na escala de tempo de 30 anos e funcionava como a base da
previsão de tempo para as regiões tropicais, então bastante desconhecida. Os trópicos
eram considerados regiões onde o tempo meteorológico seria regido pelo clima tropical,
isto é, por variações sazonais, por exemplo, as "monções" sazonais, e não pelas variações
e flutuações diurnas associadas às passagens de frentes e ou presença de sistemas
complexos de tempestades. Assim, o tempo nos trópicos seria apenas perturbado por
eventos aleatoriamente distribuídos. A existência de fenômenos como "ondas de leste",
sistemas convectivos de tempestades da Zona de Convergência Intertropical (ITCZ) não
eram conhecidos.
• Atualmente, é mais difícil caracterizar o clima baseando-se em períodos de 30 anos,
embora séries de dados de 30 anos sejam comuns. Nota-se, que ao longo de amostras da
série temporal, podem ocorrer variações do valor médio, indicando variabilidade
climática. Parte dessas variações encontradas ao longo das dezenas de anos pode ser
atribuída a causas antropogênicas. Por exemplo, os primeiros anos do século XXI têm sido
mais quentes que os encontrados anteriormente na segunda metade do século XX.
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Definições
Normais Climatológicas
As "Normais Climatológicas" são obtidas através do cálculo das médias de parâmetros
meteorológicos, obedecendo a critérios recomendados pela Organização Meteorológica
Mundial (OMM). Essas médias referem-se a períodos padronizados de 30 (trinta) anos,
sucessivamente, de 1901 a 1930, 1931 a 1960 e 1961 a 1990. Como, no Brasil, somente a
partir de 1910 a atividade de observação meteorológica passou a ser feita de forma
sistemática, o primeiro período padrão possível de ser calculado foi o de 1931 a 1960.
Com as normais climatológicas, é possível construir gráficos, onde é possível observar o
comportamento do clima durante um determinado período de tempo, ou ainda comparar
várias normais climatológicas para se observar as variações climáticas ao longo do tempo.

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Definições
Normais Climatológicas
Considerando observações
realizadas em vários pontos do
territórios, é possível elaborar
mapas dinâmicos das normais
climatológicas.

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Definições
As Classificações Climáticas
• Um dos primeiros estudos sobre o clima foi proposto por Wladimir Köppen
em 1900.
– Fundamentava-se no sentido de clima como fator da dimensão
geográfica. Nessa classificação considerava-se a vegetação
predominante como uma manifestação das características do solo e do
clima da região, permitindo reunir várias regiões do mundo através de
semelhanças de sua vegetação, sendo conhecida como "classificação
climática de Köppen-Geiger".

• Em 1931 Charles Warren Thornthwaite introduziu uma nova classificação e


em 1948 ampliou os estudos através do balanço de água como um fator do
clima, que futuramente daria origem à "classificação do clima de
Thornthwaite".

• Emmanuel de Martonne destacou-se no estudo da geomorfologia climática.


Seu estudo sobre problemas morfológicos do Brasil tropical-atlântico foi um
dos primeiros trabalhos de geomorfologia climática, sendo conhecida a
"classificação do clima de Martonne".

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Definições
Os Fatores Climáticos
São os elementos naturais e humanos capazes de influenciar nas características
ou na dinâmica de um ou mais tipos de climas. Precisam ser estudados de
forma interdisciplinar pois um interfere no outro. São eles:

• Órbita - mudanças cronológicas (geológicas e astrofísicas) nas posições das


órbitas terrestres (em graus, minutos, segundos, décimos, centésimos e
milésimos de segundos) ocasionam maiores ou menores graus de insolação
que modificam as variadas ações calorimétricas (ora incidentes ou
deferentes) no planeta Terra (dificilmente perceptíveis aos humanos);

• Pressão atmosférica - variações históricas das amplitudes de pressões


endógenas (magma) e exógenas (crosta) do planeta Terra;

• Latitude - distância em graus entre um local até a linha do equador;

• Altitude - a distância entre um determinado ponto do relevo até o nível do


médio do mar;

• Maritimidade - corresponde à proximidade de um local com o mar;

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Definições
Os Fatores Climáticos
• Continentalidade - corresponde à distância de um local em relação ao mar,
permitindo ser mais influenciado pelas condições climáticas provenientes do próprio
continente;

• Massas de ar - parte da atmosfera que apresenta as mesmas características físicas


(temperatura, pressão, umidade e direção), derivadas do tempo em que ficou sobre
uma determinada área da superfície terrestre (líquida ou sólida);

• Correntes marítimas - grande massa de água que apresenta as mesmas


características físicas (temperatura, salinidade, cor, direção, densidade) e pode
acumular uma grande quantidade de calor e, assim, influenciar as massas de ar que
se he sobrepõem;

• Relevo - presença e interferências de montanhas e depressões nos movimentos das


massas de ar;

• Vegetação - emite determinadas quantias de vapor de água, influenciando o ciclo


hidrológico de uma região.

• As influências antropogênicas, as quais modificam muito a paisagem natural, como


por exemplo a Grande São Paulo, a Grande Rio de Janeiro, Tokkaido. Os grandes
desmatamentos de florestas tropicais. Emissão de gases por processos industriais,
etc.
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Definições
Tipos de Climas

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Definições
Classificação Climática de Köppen-Geiger

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Classificação Climática de Köppen-Geiger

Primeira Letra: Grupo Climático

Código Tipo Descrição


Climas megatérmicos
Temperatura média do mês mais frio do ano > 18 °C
A Clima tropical
Estação invernosa ausente
Forte precipitação anual (superior à evapotranspiração potencial anual)
Climas secos (precipitação anual inferior a 500 mm)
B Clima árido Evapotranspiração potencial anual superior à precipitação anual
Não existem cursos de água permanentes
Climas mesotérmicos
Clima temperado ou
Temperatura média do ar dos 3 meses mais frios compreendidas entre -3 °C e 18 °C
C Clima temperado
Temperatura média do mês mais quente > 10 °C
quente
Estações de Verão e Inverno bem definidas
Climas microtérmicos
Clima continental ou Temperatura média do ar no mês mais frios < -3 °C
D
Clima temperado frio Temperatura média do ar no mês mais quente > 10 °C
Estações de Verão e Inverno bem definidas
Climas polares e de alta montanha
E Clima glacial Temperatura média do ar no mês mais quente < 10 °C
Estação do Verão pouco definida ou inexistente.

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Classificação Climática de Köppen-Geiger
Segunda Letra: Tipo

Aplica-se a
Código Descrição
grupo
Clima das estepes
S B
Precipitação anual total média compreendida entre 380 e 760 mm
Clima desértico
W B
Precipitação anual total média < 250 mm
Clima úmido
f Ocorrência de precipitação em todos os meses do ano A-C-D
Inexistência de estação seca definida
w Chuvas de Verão A-C-D
s Chuvas de Inverno A-C-D
w' Chuvas de Verão-outono A-C-D
s' Chuvas de Inverno-outono A-C-D
Clima de monção
m Precipitação total anual média > 1500 mm A
Precipitação do mês mais seco < 60 mm
T Temperatura média do ar no mês mais quente compreendida entre 0 e 10 °C E
F Temperatura média do mês mais quente < 0 °C E
Precipitação abundante
M E
Inverno pouco rigoroso

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Classificação Climática de Köppen-Geiger
Segunda Letra: Tipo

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Classificação Climática de Köppen-Geiger
Terceira Letra: subtipo

A terceira letra utiliza-se para distinguir climas com diferentes


variações de temperatura do ar, definindo-se com ela subtipos para os climas
dos grupos B, C e D:

Aplica-se
Código Descrição aos grupos
a : Verão quente Temperatura média do ar no mês mais quente ≥ 22 °C C-D
Temperatura média do ar no mês mais quente < 22 °C
b : Verão temperado C-D
Temperaturas médias do ar nos 4 meses mais quentes > 10 °C
Temperatura média do ar no mês mais quente < 22 °C
c : Verão curto e fresco Temperaturas médias do ar > 10 °C durante menos de 4 meses C-D
Temperatura média do ar no mês mais frio > -38 °C
d : Inverno muito frio Temperatura média do ar no mês mais frio < -38 °C D
Temperatura média anual do ar > 18 °C
h : seco e quente Deserto ou semideserto quente (temperatura anual média do ar igual B
ou superior a 18 °C)
Temperatura media anual do ar < 18 °C
k : seco e frio Deserto ou semideserto frio (temperatura anual média do ar inferior a B
18 °C)

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A Gênese do Clima

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A Gênese do Clima
• Estudar a gênese do clima, significa estudar a gênese do Planeta Terra.

• O Planeta Terra é único, um imenso globo de rocha com mais de 40 mil km


de circunferência.
• É um refúgio único no universo, com superfície composta de 1/4 de terra e
3/4 de água, com atmosfera rica em oxigênio.
• O planeta Terra tem um passado de condições extremas e de enormes
catástrofes.
• Em um período de quase 5 bilhões de anos a Terra foi mudando de feição,
um mundo de fogo, um mundo de gelo, de mares violentos e atmosfera de
gases venenosos.
• As formas de vidas que vemos hoje, são sobreviventes de uma imensa série
de extinções em massa.
• Nestes últimos séculos, a ciência vem explorando o planeta e desvendando
seus segredos, e atualmente podemos contar a história do clima do planeta.
• O planeta Terra foi formada, há cerca de 4.5 bilhões de anos, por uma série
de colisões de matéria disponível no sistema solar, a superfície do planeta
era um oceano de rocha derretida, a temperatura passava de 4 mil graus
Celsius, semelhante a superfície do Sol.

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A Gênese do Clima

A Terra, formada há cerca de 4.5 bilhões de anos, por uma série de colisões
de matéria disponível no sistema solar, a superfície do planeta era um
oceano de rocha derretida, a temperatura passava de 4 mil graus Celsius

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A Gênese do Clima
• Há cerca de 4.4 bilhões de anos, já se formava água na superfície da Terra.
Enquanto a Terra esfriava, as rochas da superfície emitiam toneladas de
dióxido de carbono, muito vapor de água se formava nesse processo, mas
alguns cientistas acreditam que a quantidade de água não seria suficiente
para cobrir a superfície do planeta.

• Uma teoria que pode explicar a quantidade de água disponível no planeta,


afirma que boa parte da água chegou ao planeta, através de imensos
asteróides e cometas contendo grandes quantidades de água e gelo.

• O vapor de água e o dióxido de carbono formaram imensas e densas nuvens


que cobriram todo o planeta á cerca de 4 bilhões de anos. Essa imensa
massa precipitou durante milhares de anos, formando a maior chuva que o
planeta já testemunhou, resultando em um planeta aquático.

• Há 4 bilhões de anos, 90% da superfície do planeta era coberta por um


imenso oceano. A superfície seca era composta apenas por pequenas ilhas
vulcânicas. O imenso oceano rico em ferro tinha a cor verde-oliva, o dióxido
de carbono pairava suspenso na atmosfera de cor avermelhada e com
pressão suficiente para esmagar um ser humano. A temperatura era
superior a 90 graus celsius.

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A Gênese do Clima

• 90% da superfície do planeta era coberta por um oceano. A superfície seca


era composta apenas por pequenas ilhas vulcânicas. O imenso oceano rico
em ferro tinha a cor verde-oliva, o dióxido de carbono pairava suspenso na
atmosfera de cor avermelhada. A temperatura era superior a 90 graus
Celsius.
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A Gênese do Clima
• Há 3.4 bilhões de anos, deu-se início a formação de imensos continentes, formados por granitos
que são resistentes e mais leves que os basaltos. Os granitos foram formados através da
mistura de água super-aquecida do mar com a lava basáltica.
• As praias rasas dos continentes de granitos trouxeram vida devido a luz do sol e ocasionaram a
produção de oxigênio. Desde o surgimento do primeiro oceano, acredita-se que vida primitiva e
unicelular já tinha surgido, vivendo do calor produzido pelas fissuras vulcânicas submersas,
depois essas criaturas evoluíram e foram para próximo da superfície. Na costa dos continentes
surgiram então os estromatólitos, que vivem com a luz do sol, e naquela época encheram a
atmosfera com oxigênio. Os estromatólitos ainda podem ser encontrados no litoral oeste da
Austrália. Os estromatólitos surgiram há cerca de 2,5 bilhões de anos.
• Há medida que os estromatólitos ocupavam as praias, eles enchiam a atmosfera de oxigênio.
No sistema solar, a Terra é o único planeta com grande quantidade de oxigênio. O processo de
produção de oxigênio a partir da utilização da luz solar, é denominado fotossíntese.
• Em um período de 2 bilhões de anos, os estromatólitos produziram trilhões de toneladas de
oxigênio. No início o oxigênio era dissolvido nos oceanos onde enferrujou bilhões de toneladas
de ferro. Posteriormente o oxigênio foi para a atmosfera.

Estromatólitos, organismos primitivos, que


através da fotossíntese produzem oxigênio
para a atmosfera.

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A Gênese do Clima
• Quando o oxigênio deixou o oceano, este mudou da cor verde para azul, e quando o
oxigênio foi para a atmosfera diluiu a densa camada de dióxido de carbono,
tornando a atmosfera clara. Há 1,5 bilhões de anos o planeta Terra obteve a
aparência azulada.
• Atualmente, é possível encontrar imensos depósitos de ferro, em locais onde
existiam os antigos oceanos. Esses depósitos de ferro são atualmente explorados e
de grande importância para a indústria.

• A Terra há 1,5 bilhões de anos,


após a produção de oxigênio
pelos estromatólitos assume sua
característica cor azulada.
• Há 1,5 bilhões de anos, existiam
continentes formados por
granitos.

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A Gênese do Clima
• Há 1,5 bilhões de anos, os continentes que existiam se deslocavam e há cerca de 1 bilhão de
anos atrás ocorreu uma colisão das massas continentais, unindo todos os continentes
existentes naquela época, formando um único supercontinente denominado, Rodínia.
• Há 700 milhões de anos, a posição de Rodínia impedia a circulação de águas quentes do
equador para os pólos, sem esse calor as regiões polares congelaram, o gelo resultante refletia
para longe os raios solares e num efeito cascata a temperatura caiu ainda mais e o gelo cobriu
todo o planeta Terra. Na superfície, a temperatura era de -40 graus celsius, sobre os oceanos a
crosta de gelo tinha mais de 1 km de espessura. A única vida na terra eram bactérias e algas
presas abaixo do gelo, na escuridão. Quase todos os organismos foram extintos.

O supercontinente Rodínia. Resfriamento Global, gelo cobrindo


todo o globo terrestre.
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A Gênese do Clima
• No entanto, sob a capa de gelo havia muita agitação vulcânica que começou a dividir Rodínia.
Há cerca de 630 milhões de anos, enquanto o vulcanismo dividia Rodínia, também era lançado
na atmosfera dióxido de carbono, criando um efeito estufa, e então a capa de gelo era derretida
e recuava.
• Com o derretimento, novos organismos mais complexos surgiram e evoluíram, devido aos altos
níveis de oxigênio, durante a explosão cambriana.
• Os altos níveis de oxigênio que possibilitaram a explosão de organismos complexos durante o
período cambriano, também causou a modificação final na atmosfera, há 400 milhões de anos,
o oxigênio atingiu o mesmo nível dos dias atuais, um nível denso o bastante para permitir que
uma fina camada de ozônio se formasse acima da atmosfera. Essa camada viabilizou a vida fora
dos oceanos, pois ela funciona como um escudo que reflete a radiação eletromagnética com
comprimentos de onda menores ou iguais ao ultravioleta.

Atmosfera Atual
Atmosfera Primitiva
Nitrogênio – N2  78,1%
Vapor de água – H2O  25% Oxigênio – O2  20,9%
Dióxido de carbono – CO2  30% Argônio – Ar  0,93%
Nitrogênio molecular – N2  40% Dióxido de carbono – CO2  0,035%
Metano – CH4  5% Hélio – He  0,00052%
Amoníaco – NH3 Metano – CH4  0,0002%

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A Gênese do Clima
• Há 300 milhões de anos, a vida também se fixou em terra firme, onde haviam
imensos pântanos tropicais, num período conhecido como carbonífero, quando
vegetação de grande porte ocupou a superfície terrestre, sendo que atmosfera era
muito úmida. Esse período durou 60 milhões de anos e deixou indícios em todos os
continentes na forma de carvão, que é utilizado atualmente na produção de energia.
Esse carvão foi formado a partir de matéria vegetal acumulada durante milhões de
anos, matéria que existiu na maioria há menos de 300 milhões de anos. O carvão
formou-se devido a maneira única com que a água do pântano decompõe a matéria
orgânica.
• No pântano, o substrato é formado por restos de plantas, que a água doce evita a
decomposição. Esse material orgânico após sofrer grande pressão e ser
superaquecido por camadas de rocha, ficando soterrado por milhões de anos,
transforma-se em carvão betuminoso.
• Enquanto as plantas mortas se transformavam em carvão, as águas rasas que
cercavam os continentes preservavam uma enorme quantidade de organismos
marinhos também mortos, formando posteriormente petróleo e gás. Todo ano, são
extraídos 5 mil megatons de carvão, 30 bilhões de barris de petróleo e 3 trilhões de
m3 de gás. O período carbonífero forneceu o combustível para a revolução industrial.

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A Gênese do Clima
• Há 250 milhões de anos, violentos
eventos vulcânicos, devido uma rara
erupção de pluma no manto
terrestre, foram responsáveis por
outra violenta extinção em massa.
• Essas erupções duraram mais de 1
milhão de anos, liberando uma
enorme quantidade de rocha
fundida, que soterrou grande parte
da superfície terrestre com uma
camada de mais de 300 metros de
altura. Nuvens com gases venenosos
espalharam-se e escureceram todo o
globo. Mais de 95% das espécies
foram extintas.
• Ao final, um novo supercontinente
denominado Pangea surgiu há 240
milhões de anos. O clima se
transformou drasticamente pois o
oxigênio e o dióxido de carbono
atingiram novos picos. Sob tais
condições, os animais que haviam
sobrevivido, evoluíram para os
chamados Dinossauros.

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A Gênese do Clima
• O clima na época dos dinossauros era comandado pelo vulcanismo e era
quente e abafado. Tanta atividade vulcânica também dividiu o
supercontinente Pangea, num processo que se iniciou há 180 milhões de
anos e fez com que os continentes adquirissem a configuração atual
(América, África, Ásia, Oceania, Europa e Antártica). Essa imensa atividade
vulcânica produziu também os diamantes.
• Há 100 milhões de anos o Pangea já não existia, cada um dos continentes
possuíam seus vulcões e seus dinossauros. O clima vulcânico abafado e
úmido servia bem aos dinossauros, mas o aquecimento global foi
aumentando, os níveis de CO2 aumentaram mais de 500% e a temperatura
disparou. A Terra era uma imensa estufa, imensas florestas tropicais se
espalharam pelo globo todo, com fartura de vegetação e comida, os
dinossauros adquiriram enorme tamanho. Os dinossauros foram o resultado
biológico de um planeta de grande atividade vulcânica com características
de efeito estufa.

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A Gênese do Clima
• Há 65 milhões de anos, não só
os dinossauros, mas 70% das
criaturas terrestres que
existiam desapareceram,
devido a uma repentina
catástrofe astronômica. Um
enorme meteoro (com mais de
40 km de diâmetro) produziu
uma enorme cratera de mais
de 150 km de diâmetro, na
península de Yucatán no golfo
do México.
• Na mesma época da queda do
meteoro, que junto com o
vulcanismo, produziram uma
enorme nuvem de poeira tóxica
que contribuiu para a grande
extinção da era dos
dinossauros.
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A Gênese do Clima
• Há cerca de 50 milhões de anos, surgiram os mamíferos. Naquela época também,
ocorreram colisões continentais, formando cordilheiras tais como (Alpes, Himalaia,
Andes e Rochosas).
• Há 2 milhões de anos, a Terra começou a esfriar iniciando a era do gelo. Tudo
começou quando os vulcões do Panamá criaram a ligação entre a América no Norte
e a América do Sul e alteraram radicalmente as correntes oceânica. Os mares polares
esfriaram ainda mais, resultando na queda drástica da temperatura global, iniciando
a era do gelo que durou milhares de anos. As geleiras existentes atualmente são
resultantes daquele evento.
• Nos últimos 2 milhões de anos a temperatura foi subindo e a enorme capa de gelo
foi derretendo, produzindo a paisagem e o clima atual, onde o ser humano agora
vem ocupando e sobrevivendo.
• Nosso primeiro grande desafio será o clima, atualmente estamos preocupados com o
aquecimento global, mas a maioria dos cientistas admitem que estamos no intervalo
entre duas eras do gelo.
• Nossa civilização ocorreu num período quente de 10 mil anos. Esse período foi
bastante estável, mas estima-se que daqui há 15 mil anos uma nova era do gelo
ocorrerá. Da mesma forma, outros eventos naturais também ocorrerão.

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Estudo e Análise das Principais
Variáveis do Clima

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Variável do Clima: Órbita
• Um dos fatores importantes do clima na Terra é a sua massa, que garante força
gravitacional suficiente para manter a atmosfera. Se a massa da Terra fosse menor, a
atmosfera terrestre gradualmente "vazaria" para o espaço.
• Em Marte, que tem massa menor do que a Terra, podemos ver o que acontece se a
gravidade for fraca. Bilhões de anos atrás, Marte tinha uma atmosfera similar à da
Terra, então ele possuía nuvens, chuvas e rios. Porém, Marte é menor que a Terra, e
gradualmente sua fraca gravidade permitiu que a maior parte da atmosfera
escapasse. Hoje, Marte é considerado um planeta morto.
• É a atmosfera singular que ajuda a manter a Terra como um planeta tão especial
pois:
– Mantém o planeta aquecido;
– Conduz o clima;
– Provém o oxigênio, que é essencial à vida e,
– A atmosfera ainda protege a Terra de ser bombardeada por meteoros;

O volume da atmosfera corresponde


a apenas 5% do volume da Terra

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Variável do Clima: Órbita
• A Lua também é um importante elemento no equilíbrio climático do planeta, pois:
– As marés produzidas pela Lua, possibilitaram a evolução das primeiras criaturas que
habitaram os continentes;
– A lua propicia clima estável com estações regulares;
– O puxão gravitacional da Lua impede a Terra de oscilar no espaço, o que causaria caos
climático;
– Sem a Lua, a temperatura da Terra mudaria regularmente de muito quente (acima de 100
graus Celsius) até bem abaixo do congelamento;
• Outro fator importante para o clima é localização da órbita da Terra.
– A localização da órbita da Terra no sistema solar, garante a temperatura certa para a água,
– A órbita da Terra está localizada na zona verde, onde é possível que a água atinja os três
estados, sendo possível equilíbrio climático e produção de vida complexa.

Na zona vermelha, o calor é


muito intenso e a água só pode
ser encontrada na forma de
vapor.
Na zona azul, as temperaturas
são muito baixas e a água fica
congelada.

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Variável do Clima: Órbita
• Outro fator importante, é o tipo de estrela do sistema solar:
– Estrelas maiores duram menor tempo, e foi necessário bilhões de anos para a formação da
Terra e para atingir o equilíbrio climático atual;
– Estrelas menores não forneceriam calor suficiente;

• O planeta Júpiter também é muito importante para o planeta Terra:


– Seu tamanho colossal (300 vezes maior que a Terra), proporciona um campo gravitacional
poderoso, que atrai corpos celestes que poderiam atingir a Terra.

• A seguir, serão estudadas a forma e os movimentos da Terra, através da abordagem


dos seguintes tópicos:
– Forma e Dimensões da Terra;
– Pontos, linhas e planos de referência;
– Coordenadas terrestres;
– Culminação e declinação de um astro;
– Movimentos da Terra; Capítulo 1 do Livro
– Estações do ano; Meteorologia e Climatologia
– Variação do fotoperíodo; Mário Adelmo Varejão-Silva
– Tempo sideral, solar e legal; e
– Aceleração de Coriolis.

Eng. Ambiental – Prof. Dr. Nilson C. Ferreira


Variável do Clima: Órbita  Forma e Dimensões da Terra
• Sabe-se que a Terra é um corpo quase esférico irregular e que não possui
uma descrição geométrica. Então é necessária a utilização de modelos
adequados para sua descrição de acordo com os objetivos pretendidos.

Superfície de referência geoidal


• O geóide é definido como uma superfície equipotencial (potencial
gravitacional constante) materializada pelo nível médio dos mares. A força
da gravidade que gera essa superfície equipotencial é resultante de uma
interação entre massas. Sabe-se que existe uma relação direta entre a
massa e a densidade de um corpo, e que existe uma grande variação na
constituição densimétrica dos materiais que constituem a parte interna do
globo terrestre. Deste modo, essa superfície equipotencial não apresenta
uma forma regular. Há ainda que se considerar, a questão dos corpos
celestes que interagem com o campo gravitacional, provocando variações
constantes nesta superfície.
• O geóide é a superfície de referência para as altitudes ortométricas. A
altitude ortométrica é definida pela distância, percorrida na vertical, desde a
superfície física terrestre até o geóide. A linha perpendicular ao geóide é
denominada de vertical e pode ser materializada pelo fio de prumo.
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Variável do Clima: Órbita  Forma e Dimensões da Terra
Modelo esférico de representação da forma da Terra.
• Observada do espaço, a Terra é uma esfera “perfeita”. Em relação às suas
dimensões, as grandes reentrâncias e saliências são praticamente
insignificantes. O achatamento dos pólos também é pequeno, cerca de 44
km, que se comparado com a dimensão do planeta (pouco mais de 12600
km de diâmetro), equivale a 0,34%.

Monte Evereste
9 Km
Fossa das Marianas
 Km 0,2 m
m
km
. 378
6
6 cm
nível médio
dos mares

Terra esférica Modelo reduzido

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Variável do Clima: Órbita  Forma e Dimensões da Terra
Modelo elipsoidal de representação da forma da Terra.
• Em trabalhos científicos, com maiores detalhes e precisões, considera-se o
achatamento dos pólos do planetas. Neste caso, a Terra passa a ser
representada por um elipsóide de revolução, que é descrito pela rotação
de uma elipse em torno do seu eixo menor, formando a figura
tridimensional de um elipsóide no espaço.
• Os cálculos considerando o elipsóide de resolução, são realizados a partir
de duas variáveis: a  semi-eixo maior e b  semi-eixo menor.

onde :
b
a= 6.378 km a
b= 6.356 km a
f= 1/298,25

ab
f 
a

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Variável do Clima: Órbita  Forma e Dimensões da Terra
Relacionamentos entre as superfícies física, geoidal e elipsoidal.
• Vivemos e desenvolvemos nossas atividades sobre a superfície física, no entanto em
muitas atividades é necessária a utilização da superfície geoidal (existe apenas uma
superfície geoidal) e também a utilização da superfície elipsoidal (existe uma grande
variedade de elipsóides)
n v
i
P Na figura aparecem as superfícies física
S.F. (SF), elipsoidal (SE) e geoidal (SG). A
H separação entre as superfícies elipsoidal
h e geoidal recebe o nome de ondulação
P’
S.G. do geóide e é representado pela letra N.
N
P”
S.E. hHN
• Imaginemos um ponto P na superfície física sendo projetado segundo a direção da
vertical (linha de prumo) e da direção da normal (reta ortogonal a superfície do
elipsóide). As duas projeções geram os pontos P’ e P”. Ao segmento corresponde a
altitude ortométrica (H), e ao segmento corresponde a altitude geométrica ou
elipsoidal (h). O ângulo formado entre a vertical e a normal é definido como desvio da
vertical (i). Este ângulo é da ordem do segundo e deste modo é possível se fazer uma
relação entre as superfícies sem incorrer em erro significativo.

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Variável do Clima: Órbita
Relacionamentos entre as superfícies física, geoidal e elipsoidal.
• Como o geóide é uma superfície equipotencial, que coincide com o nível médio dos
mares, ele é a referência para as altitudes ortométricas. No entanto, equipamentos
modernos de posicionamento global (receptores GPS/GNSS) fornecem a altitude
geométrica (referenciada ao elipsóide), desta forma é necessário realizar a correção da
ondulação normal. Em trabalhos de menor precisão, se pode utilizar o programa
MAPGEO(IBGE) para se calcular a ondulação geoidal.

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Variável do Clima: Órbita
Pontos, linhas e planos de referência.
• Tomando o elipsóide internacional de 1924 (elipsóide de Hayford), temos
as seguintes métricas:

semi-eixo equatorial (a) 6,378388x106m


semi-eixo polar (b) 6,356912x106m
raio médio [r = (2a+b)/3] 6,371229x106m
achatamento [f = (a – b) / a] 1/297
excentricidade [e = (1– b2 / a2)1/2] 1/148
raio da esfera de mesma área 6,371228x106m
raio da esfera de mesmo volume 6,371221x106m
área total 5,101009x1014 m2
volume total 1,083328x1021 m3

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Variável do Clima: Órbita
Pontos, linhas e planos de referência.
• Considerando o globo terrestre, temos as seguintes métricas:
massa 5,975x1024 kg
área total dos oceanos 3,622x1014 m2
área total dos continentes 1,479x1014m2
distância média ao Sol 1,497x1011m
excentricidade da média da órbita 0,0167
inclinação do eixo (ecliptica) 23o 27'
velocidade tangencial média de translação 2,977 x104m s-1
velocidade tangencial média no equador 4,651x102 m s-1
posição aproximada dos pólos magnéticos:
Pólo Norte 71o N 96o W
Pólo Sul 73o S 156o W
ano solar médio 365,2422 dias solares médios
ano sideral 366,2422 dias siderais
dia solar médio 24h 3min 56,555 s (tempo sideral médio)
dia sideral 23h 56min 4,091 s (tempo solar médio)

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Variável do Clima: Órbita
As velocidades da Terra.
• A Terra gira em torno do Sol a pouco mais de 107.000 Km/h ou 30 km/s.

• O Sol gira em torno do centro da Via Láctea a cerca de 900.000 km/h ou


250 km/s. E demora cerca duzentos milhões de anos a dar uma volta
completa.

• A Via Láctea move-se em relação à galáxia Andrômeda a cerca de


1.080.000 km/h ou 300 km/s.

• O nosso Grupo Local (de galáxias) move-se em relação a um outro


denominado de Aglomerado Virgem a uma velocidade de 1.800.000 km/h
ou 500 km/s.

• A velocidade de rotação da Terra na linha do equador é de


aproximadamente 1.674 km/h

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Variável do Clima: Órbita
Pontos, linhas e planos de referência.

Pólos Norte (N) e Sul (S), eixo terrestre


(NS), plano do equador (E), equador (e),
plano de paralelo (P), paralelo (p), plano
de meridiano (M) e meridiano (m).

A Terra possui um eixo de rotação, cujas extremidades constituem os pólos


verdadeiros ou geográficos, Norte (N) e Sul (S). O plano perpendicular àquele eixo,
que passa pelo seu centro, divide a Terra em dois hemisférios: o Hemisfério Norte
ou Boreal e o Hemisfério Sul ou Austral. Esse plano é denominado plano equatorial
e sua interseção com a superfície do globo terrestre constitui uma circunferência: o
equador.
Planos paralelos ao do equador, determinam circunferências de menor raio,
chamadas paralelos. Finalmente, semiplanos perpendiculares ao equador e que
tenham como limite o eixo terrestre, são ditos planos de meridiano. As interseções
destes com a superfície do globo formam semicircunferências conhecidas como
meridianos. Cada meridiano se inicia em um pólo e termina no outro
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Variável do Clima: Órbita
Pontos, linhas e planos de referência.
Linha zênite-nadir (ZZ') e plano do
horizonte (H) de um ponto (o)
localizado à superfície do globo
terrestre

A vertical à superfície da Terra, num dado ponto (P), no âmbito das


simplificações adotadas, é definida como a direção local da força de
gravidade (direção do fio de prumo). O prolongamento dessa direção, no
sentido contrário ao do centro da Terra, é considerado positivo e
determina um ponto (Z) da esfera celeste que se chama zênite de P. O
sentido oposto, negativo, estabelece outro ponto (Z'), daquela mesma
esfera, referido como nadir de P.

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Variável do Clima: Órbita
Latitude, Longitude e Altitude.
Altitude (H): define-se a altitude de um
lugar, a distância medida sobre a vertical
do lugar, até o geóide (altitude
ortométrica).

Latitude (f): define-se latitude de um lugar como sendo o ângulo formado entre a
vertical do lugar e o plano do equador, ou a distância angular contada sobre o
meridiano deste, desde o equador até ele. A latitude varia de 0o a 90o, sendo
considerada negativa no hemisfério sul.
Longitude(l): define-se longitude de um lugar como sendo o ângulo diedro
formado pelo plano meridiano de Greenwich e o plano meridiano do lugar, ou a
distância angular contada sobre o equador desde o meridiano origem (Greenwich)
até o meridiano deste. A longitude varia de 0o a 180o, sendo considerada negativa
a oeste de Greenwich (hemisfério ocidental).
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Variável do Clima: Órbita
Latitude, Longitude e Altitude.
COORDENADAS GEOGRÁFICAS DE ALGUMAS CIDADES BRASILEIRAS.
Cidade Latitude Longitude Altitude
Aracaju 10o 55' S 37o 03' W 2m
Belém 1o 28' S 48o 29' W 10 m
Belo Horizonte o
19 56' S o
46 57' W 852 m
Boa Vista 2o 49' N 60o 40' W 99 m
Brasília 15o 47' S 47o 55' W 1152 m
Campo Grande 20o 27' S 54o 37' W 567 m
Cuiabá 15o 36' S 56o 06' W 219 m
Curitiba 25o 26' S 49o 16' W 905 m
Florianópolis 27o 36' S 48o 36' W 24 m
Fortaleza 3o 46' S 38o 31' W 16 m
Goiânia 16o 40' S 49o 15' W 764 m
João Pessoa 7o 07' S 34o 53' W 5m
Macapá 0o 02' N 51o 03' W 12 m
Maceió 9o 40' S 35o 44' W 4m
Manaus 3o 08' S 60o 02' W 21 m
Natal 5o 46' S 35o 12' W 31 m
Niterói 22o 54' S 43o 07' W 3m
Palmas 10o 12' S 48o 21' W 210 m
Porto Alegre 30o 02' S 51o 13' W 10 m
Porto Velho 8o 46' S 63o 46' W 98 m
Recife 8o 11' S 34o 55' W 2m
Rio Branco 9o 58' S 67o 49' W 160 m
Salvador 12o 56' S 38o 31' W 6m
São Luiz 2o 33' S 44o 18' W 4m
São Paulo 23o 33' S 46o 38' W 731 m
Teresina 5o 05' S 42o 49' W 72 m
Vitória 20o 19' S 40o 19' W 2m

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Variável do Clima: Órbita
Culminação de um astro
• A abóbada celeste parece girar em torno da Terra, em decorrência do movimento de rotação
deste planeta em torno do seu eixo norte-sul. O movimento aparente da abóbada celeste
alimentou durante séculos a ilusão chamada geocentrismo, que preconizava ser a Terra o
centro do Universo.
• Em um dado instante, em decorrência do movimento aparente da abóbada celeste,
considere-se que o centro de um astro qualquer se situe no plano de um meridiano. Em
relação àquele meridiano, diz-se que o astro culminou naquele mesmo instante.
• O meio-dia solar verdadeiro (não necessariamente o indicado pelo relógio) é definido como o
exato momento da culminação do Sol no meridiano do observador e, portanto, ocorre
simultaneamente em todos os pontos do meridiano em questão. A culminação também é
chamada de passagem meridiana.
• A culminação é dita zenital no único ponto do meridiano em que a posição do centro do astro
coincide com o zênite local. Quando o Sol culmina zenitalmente (o que é relativamente raro),
a sombra de uma haste retilínea, instalada a prumo, confunde-se com sua própria projeção.
No caso da culminação não zenital do Sol, a sombra da citada haste estará dirigida para o
norte ou para o sul, dependendo da posição do Sol.
• Ao ângulo compreendido entre o plano do equador e o vetor posição de um astro, tomado
desde o centro da Terra, dá-se o nome de declinação do astro em questão. A declinação (δ),
em um dado instante, equivale à latitude do local aonde o astro culmina zenitalmente nesse
mesmo instante.
• Com a medida do horário da culminação do astro, é possível obter a longitude de um ponto,
desde que se saiba o horário da culminação do astro no meridiano de Greenwich.
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Variável do Clima: Órbita
Movimentos da Terra

Movimento da Terra em torno do Sol visto por um observador situado fora da galáxia (A) e no
Sol (B).
• O Sol se desloca pelo espaço em direção a um ponto da esfera celeste situado nas
proximidades da estrela Vega, resultado do movimento da galáxia onde se encontra,
arrastando todos os astros que compõem o Sistema Solar. Observando-se o Sistema Solar de
um referencial imóvel, situado fora da galáxia, verifica-se que a Terra descreve em torno do Sol
uma trajetória em hélice elíptica.
• De um modo geral, porém, não se considera os movimentos absolutos da Terra, mas naqueles
relativos ao Sol. Exatamente por isso, considera-se o Sol imóvel no espaço, ocupando um dos
focos da elipse que passa a constituir a órbita terrestre. Desse modo, o movimento helicoidal
(tridimensional) da Terra em redor do Sol passa a se efetuar em um plano (bidimensional), que
se chama de plano da eclíptica, no qual se situam os centros dos dois astros (Segunda Lei de
Keppler).
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Variável do Clima: Órbita
Movimentos da Terra
• Rigorosamente falando, o centro da Terra descreve uma trajetória suavemente ondulada em
torno do Sol, pois a elipse orbital é descrita pelo centro de massa Terra-Lua, localizado pouco
abaixo da superfície terrestre. Como a Lua efetua um movimento de translação em redor da
Terra, é fácil compreender que este satélite ora se encontra do lado interno, ora do lado
externo da órbita, ocupando o centro da Terra posição oposta. Essa movimentação da Terra,
no entanto, é muito suave e passa inteiramente despercebida.
• Outro aspecto que se deve considerar é o fato da elipse orbital ter uma excentricidade (e) da
ordem de 0,0167, ou seja, é quase uma circunferência. A metade do eixo maior dessa elipse
tem cerca de 149.680.000 km, que é a distância média Terra-Sol. Logo, o produto 149.680.000
(1 + e) km eqüivale à máxima distância Terra-Sol, que se verifica no início de julho (afélio). A
menor distância Terra-Sol (periélio) que ocorre no início de janeiro é 149.680.000 (1 – e) km.
• Em geral, a distância (D) Terra-Sol é expressa em termos da distância média (Dm) através da
relação:
R = D/Dm.
• A fórmula seguinte possibilita o cálculo aproximado de R:
1/R = 1-(0,0009464sen(F)-0,01671cos(F)- 0,0001489cos(2F)-0,00002917sen(3F)-0,0003438cos(4F)).
• F, (em graus) simboliza a fração angular do ano correspondente à data escolhida, ou seja:
F = 360o * D/365,
em que D indica o número de ordem do dia considerado (D = 1 em primeiro de janeiro, D = 41
em 10 de fevereiro.
D = Inteiro ((275*MDA/9) – 30 + DDM) -2

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Variável do Clima: Órbita
Movimentos da Terra  Solstícios e Equinócios

O plano do equador forma um ângulo de 23o 27' com o plano da órbita, o que permite estabelecer,
geometricamente, os trópicos (A e B) e os círculos polares (C e D).
• O plano do equador forma com o da órbita um ângulo de, aproximadamente, 23o 27'. Isso significa
que o eixo da Terra tem a mesma inclinação com respeito à vertical do plano da eclíptica, o que
provoca efeitos extremamente importantes.
• Um observador hipoteticamente instalado no centro da Terra, girando com ela, por causa do
movimento de rotação, veria o Sol mover-se em redor da Terra, deslocando-se de leste para oeste
(já que a Terra gira de oeste para leste). Veria, ainda, que a posição do Sol, a uma mesma hora,
mudaria de um dia para outro, ou seja: que sua declinação variaria com o tempo.
• Caso o observador marcasse, a cada instante, o ponto de interseção do vetor posição do Sol com a
superfície do globo terrestre, constataria formar-se uma linha helicoidal que, durante um ano, iria
do Trópico de Capricórnio ao de Câncer e retornaria ao de Capricórnio. De fato, a declinação do Sol
aumenta desde –23o 27‘ até +23o 27' entre 21 de dezembro e 22 de junho; nos seis meses
seguintes, de 22 de junho a 21 de dezembro, reduz-se de +23o 27' a –23o 27'.
• A mudança da declinação do Sol com o tempo está associada ao movimento de translação da Terra e
é causada pela inclinação do eixo terrestre.

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Variável do Clima: Órbita
Movimentos da Terra  Solstícios e Equinócios

Movimento anual aparente do Sol na direção


meridional, decorrente da inclinação do eixo
da Terra.

• Um habitante da Região Tropical, vivendo em local próximo ao equador, e que, sistematicamente, observa
a própria sombra, no momento da culminação do Sol (meio-dia solar), notaria que, em uma certa época do
ano, sua sombra, àquela hora, estaria orientada para o norte e no restante do ano para o sul. Observaria,
ainda, que o comprimento da sombra mudaria, dia a dia, atingindo um tamanho máximo para o lado norte
e outro (diferente do primeiro) para o lado sul. Caso a pessoa residisse no Hemisfério Sul, o comprimento
máximo anual da sombra ocorreria em 22 de junho e ela estaria orientada para o sul àquela hora.
Reciprocamente, em se tratando de um habitante do Hemisfério Norte, o maior comprimento anual da
sombra seria observado em 21 de dezembro, mas ela estaria dirigida para o norte. Tais observações são
explicadas pelo movimento aparente anual do Sol na direção norte-sul. Assim:
- a declinação do Sol varia entre +23o 27' (em 22 de junho) e –23o 27' (em 21 de dezembro),
aproximadamente;
- em latitudes intertropicais o Sol culmina, zenitalmente, duas vezes por ano; nos trópicos de Câncer e
Capricórnio apenas uma vez; e
- durante cerca de seis meses o Sol ilumina mais um Hemisfério que o outro (o que provoca mudança
das estações do ano).
• Devido ao mencionado movimento helicoidal do vetor posição do Sol (em relação ao referencial
geocêntrico) este astro culmina zenitalmente a cada instante em paralelos diferentes isto é: a culminação
zenital do Sol, em um dado instante, acontece em relação a um único ponto de cada paralelo.
• Culminações zenitais do Sol em pontos dos trópicos e do equador são eventos denominados solstícios e
equinócios, respectivamente. Durante o ano ocorrem dois solstícios: 22 de junho, no Trópico de Câncer e
21 de dezembro, no de Capricórnio. Os equinócios, também em número de dois, verificam-se em 21 de
março e em 23 de setembro. Essas datas são aproximadas porque acontece um ano bissexto (fevereiro com
29 dias) a cada quatro anos.
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Variável do Clima: Órbita
Movimentos da Terra  Precessão dos Equinócios
• A interseção do plano da eclíptica com o globo terrestre forma uma linha, chamada eclíptica,
que pode ser projetada na abóbada celeste. A eclíptica representa a trajetória aparente do Sol
cruzando as constelações zodiacais. Em outras palavras, se um observador, ao meio-dia solar,
projetasse o centro do disco do Sol na abóbada celeste, diariamente, ao final de um ano teria
obtido uma sucessão de pontos que, unidos, formariam a eclíptica.
• Por ocasião dos equinócios, o centro do Sol situa-se na linha de interseção do plano da
eclíptica com o do equador, chamada linha dos equinócios. No momento dos equinócios,
portanto, o centro do disco solar está projetado na abóbada celeste em uma das interseções
do equador celeste com o plano da eclíptica. Ao local da esfera celeste ocupado pelo Sol no
instante do equinócio de março, chama-se ponto vernal.
• A localização do ponto vernal na abóbada celeste, tomada em relação às estrelas
aparentemente fixas, muda com o tempo, afastando-se cerca de 50" para oeste a cada ano.
Esse deslocamento decorre do fato do eixo norte-sul da Terra executar um cone no espaço (ou
seja, os pólos terrestres giram em torno da vertical do plano da órbita), uma vez a cada 25.800
anos, aproximadamente, fenômeno conhecido como precessão dos equinócios. Devido à
precessão dos equinócios, o ponto vernal (e, portanto, a linha dos equinócios) efetua uma
volta completa na eclíptica a cada 25.800 anos (Mascheroni, 1952).
• O deslocamento do ponto vernal, provocado pelo movimento de precessão do eixo da Terra
“semelhante ao que se observa no eixo de um pião em movimento” faz com que a orientação
do eixo da Terra, em um dado ponto da órbita, mude 180o a cada 13.400 anos. Como
conseqüência disto, no início do verão do Hemisfério Sul a Terra estará no trecho da órbita
mais afastado do Sol daqui a 13.400 anos, enquanto que, atualmente, está mais próximo. Isso,
no entanto, não altera as datas de início das estações do ano que continuam estabelecidas em
função dos instantes dos solstícios e equinócios (independentemente da posição da Terra na
órbita). Haverá certamente uma pequena diferença no fluxo de energia solar que, atualmente,
é maior exatamente no verão do Hemisfério Sul (devido à proximidade do Sol) e daqui a
13.400 anos será no verão do Hemisfério Norte. A diferença, no entanto, não é grande haja
vista que a órbita terrestre é quase circular (quando se considera o Sol imóvel).
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Variável do Clima: Órbita
Movimentos da Terra  Cálculo da Declinação do Sol
• Muito embora a declinação do Sol varie continuamente com o tempo, em
Meteorologia ela é considerada como se fosse uma função discreta, assumindo-se
que seu valor não muda ao longo de um dia. O cálculo da declinação do Sol, sob
essa hipótese, torna-se muito mais simples do que aquele exigido para fins
astronômicos.
• O cálculo bem aproximado da declinação (δ) do Sol é realizado com:
δ = 0,3964 + 3,631 sen(F) – 22,97 cos(F) + 0,03838 sen(2F) – 0,3885 cos(2F) +
0,07659 sen(3F) – 0,1587cos(3F) – 0,01021 cos(4F)
• sendo F dado (em graus)  F = 360o * D/365
• Quando uma aproximação um pouco mais grosseira é permitida, pode-se usar uma
fórmula bem simples (Klein, 1977), que assume a órbita da Terra como circular e
também se baseia no número de ordem (D) do dia em questão:
δ = 23,45o sen[360o (284 + D) /365].
• Em ambas as fórmulas anteriores, a declinação do Sol é fornecida em graus e
décimos (veja-se que 0,1o = 6' ).
• Valores da declinação do Sol, obtidos a partir das equações I.6.4 e I.6.5, constam da
tabela seguinte, para fins de comparação. As datas que figuram nessa tabela foram
escolhidas de modo a tornar cada estimativa de δ o mais próximo possível do valor
mais representativo do respectivo mês, que não é necessariamente aquele
correspondente ao dia 15.

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Variável do Clima: Órbita
Movimentos da Terra  Cálculo da Declinação do Sol

D DATA 1/R δo δo aproximado


17 17 JANEIRO 0,9834 –20,90 –20,92
47 16 FEVEREIRO 0,9881 –12,59 –12,95
75 16 MARÇO 0,9945 –2,04 –2,42
105 15 ABRIL 1,0030 9,47 9,41
135 15 MAIO 1,0111 18,68 18,79
162 11 JUNHO 1,0152 23,03 23,08
198 17 JULHO 1,0161 21,33 21,18
228 16 AGOSTO 1,0129 13,99 13,46
258 15 SETEMBRO 1,0053 3,33 2,22
288 15 OUTUBRO 0,9968 –8,22 –9,60
318 14 NOVEMBRO 0,9895 –18,02 –18,91
344 10 DEZEMBRO 0,9846 –22,83 –23,05

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Variável do Clima: Órbita
Movimentos da Terra  Estações do Ano
• Uma translação da Terra está dividida em quatro períodos, denominados de estações do ano,
que duram cerca de três meses cada e se caracterizam por condições atmosféricas próprias e
típicas.

• Os solstícios e os equinócios são os eventos que estabelecem o início das estações do ano em
cada hemisfério. Como conseqüência da inclinação do eixo da Terra ser praticamente
constante, a área iluminada pelo Sol em cada Hemisfério varia ao longo do ano. Exatamente
por isso, o Hemisfério Sul recebe mais energia solar que o Hemisfério Norte entre 23 de
setembro e 21 de março (do ano seguinte), sendo que o máximo de suprimento energético
(maior área iluminada) coincide com o solstício de dezembro. De 21 de março a 23 de
setembro o Hemisfério Sul recebe menos energia solar que o Hemisfério Norte. O suprimento
energético mínimo (menor área iluminada) acontece por ocasião do solstício de junho. Com o
Hemisfério Norte dá-se exatamente o oposto, em relação às datas desses eventos.

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Variável do Clima: Órbita
Movimentos da Terra  Estações do Ano
• As mudanças no comportamento médio da atmosfera, causadas por diferenças no
aquecimento da superfície, são expressas principalmente em termos de variações
na temperatura média, tanto mais acentuadas quanto mais afastada da faixa
equatorial estiver a região que se considere. Alterações no aquecimento, porém,
não afetam apenas a temperatura mas interferem na umidade do ar, nos ventos
predominantes, na chuva etc.
• Na zona equatorial praticamente não se notam diferenças no comportamento da
atmosfera entre as estações; em geral, apenas uma pequena queda na temperatura
do ar é observada.
• Nas demais zonas da Terra, no entanto, as diferenças observadas no
comportamento médio da atmosfera são bem mais acentuadas e aumentam na
direção dos pólos. A vegetação nativa costuma responder a essas mudanças, às
quais ajustam suas fases de desenvolvimento.
• Sabe-se, por exemplo, que muitas das árvores que vegetam nas latitudes médias
perdem suas folhas durante o outono. Por outro lado, após um inverno rigoroso,
que em geral atravessam em hibernação (mínima atividade biológica), as plantas
daquelas regiões iniciam uma intensa atividade vegetativa com a chegada da
primavera, que é a estação das flores. Assim, os frutos vão crescer durante o verão,
quando ocorrem as maiores temperaturas e a máxima atividade fotossintética.
Comportamentos semelhantes são claramente notados em muitas plantas que
vegetam nos estados do Sul do Brasil.
• Nas regiões Nordeste e Norte do Brasil, o termo "inverno" é coloquialmente usado
no sentido de "época chuvosa", provavelmente pelo fato das chuvas, em certas
áreas, serem mais comuns.

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Variável do Clima: Órbita
Variação do Fotoperíodo
• Por causa da rotação da Terra, a luz solar ilumina metade da superfície deste planeta a cada
instante, originando a alternância dos dias e noites. Como o eixo terrestre é inclinado,
acontece que a porção iluminada de cada paralelo varia com a época do ano. Somente por
ocasião dos equinócios é que a metade de cada paralelo está iluminada. Portanto, a duração
dos dias (e, evidentemente, também a das noites) varia ao longo do ano, exceto no equador,
onde duram sempre cerca de 12 horas cada, como será oportunamente demonstrado.

• Define-se fotoperíodo, ou duração efetiva do dia, como o intervalo de tempo transcorrido


entre o nascimento e o ocaso do Sol, em determinado local e data. O fotoperíodo não é o
período total de iluminação, o qual inclui os crepúsculos matutino e vespertino, quando o local
recebe luz solar indiretamente (o disco solar não é sequer parcialmente visível). Para fins civis
o crepúsculo matutino (aurora) se inicia e o crepúsculo vespertino (ocaso) termina quando o
centro do disco solar se encontra a 6o abaixo do plano do horizonte local (18o para os
respectivos crepúsculos astronômicos).

• A fim de que se obtenha o fotoperíodo numa data qualquer, é preciso que se determinem os
instantes do nascimento e do ocaso do Sol. Mas, tanto um como outro, podem ser
interpretados de modo diferente, conforme seja adotado o ponto de vista geométrico, ou não.
Sob o ponto de vista estritamente geométrico, o nascimento e o ocaso do Sol ocorrem quando
o centro do disco solar aparentemente coincide com o plano do horizonte local. Na prática,
porém, o nascimento e o ocaso do Sol são definidos como os instantes em que o bordo do
disco solar parece tangenciar o plano do horizonte local, supostamente desobstruído. Nessas
ocasiões, a verdadeira posição do centro do disco solar é 50' abaixo daquele plano. Isso advém
do fato do raio daquele disco subentender um arco de 16' e da refração atmosférica aumentar
em cerca de 34' o ângulo de elevação do Sol, quando próximo à linha do horizonte.

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Variável do Clima: Órbita
Variação do Fotoperíodo
• Em outras palavras, o desvio sofrido pela luz solar ao atravessar a atmosfera, torna o Sol visível
mesmo quando, geometricamente, se encontra sob o plano do horizonte do observador. Por
comodidade de exposição, o efeito da refração da atmosfera será inicialmente ignorado.
Quando for abordado o processo de cálculo do fotoperíodo, esse efeito será retomado.

• Ainda sob o ponto de vista geométrico, antes do nascimento do Sol existe iluminação direta,
pois uma parte do disco solar já se encontra acima do plano do horizonte local. Também, ao
fim da tarde, a despeito do centro do disco solar ter cruzado o plano do horizonte, o
observador continua recebendo luz direta por algum tempo, até que o bordo desse astro
desapareça.

• Nas regiões tropicais a diferença entre os conceitos geométrico e não geométrico do


nascimento e do ocaso do Sol pode significar apenas alguns minutos adicionais de iluminação.
Nas zonas polares, entretanto, essa diferença pode representar alguns dias de luz a mais. Nos
pólos, de fato, como o ângulo de elevação do Sol é sempre igual a sua declinação, aquela
diferença torna-se expressiva.

• Não se deve confundir fotoperíodo com insolação. Esta representa o número de horas nas
quais, durante um dia, o disco solar é visível para um observador situado à superfície terrestre,
em local com horizonte desobstruído. A insolação é, pois, o intervalo total de tempo (entreo
nascimento e o ocaso) em que o disco solar não esteve oculto por nuvens ou fenômenos
atmosféricos de qualquer natureza. A insolação é sempre menor ou (no máximo) igual ao
fotoperíodo, sendo este designado como insolação máxima teoricamente possível.

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Variável do Clima: Órbita
Variação do Fotoperíodo  Geometria
• Na análise que se segue, três simplificações serão adotadas:
– a refração da atmosfera não será levada em conta;
– será utilizado o conceito geométrico de nascimento e de ocaso do Sol; e
– a variação da declinação do Sol entre o nascimento e o ocaso não será considerada.

• As duas primeiras hipóteses certamente causam erros grosseiros no cálculo do fotoperíodo


para locais situados nas vizinhanças dos pólos, como se viu, mas não acarretam grandes
alterações em se tratando de locais situados na zona tropical. Mesmo assim, será
oportunamente comentado o processo para corrigir os erros por elas introduzidos.
• A análise geométrica da variação do fotoperíodo com a latitude em cada estação do ano será
feita com base na figura abaixo, elaborada a partir do fato de que os raios solares são
praticamente paralelos à linha que une o centro da Terra ao do Sol. Note-se que, por razões
puramente didáticas, manteve-se a Terra numa posição fixa, enquanto que a direção do Sol é
alterada em A, B e C, tal como seria percebida por um observador situado na superfície
terrestre. Em cada latitude, o dia (noite) depende da parte iluminada (escura) do respectivo
paralelo.

Parte iluminada (dia) e não


iluminada (noite) da Terra por
ocasião do solstício de
dezembro (A), dos equinócios
de março e setembro (B) e do
solstício de junho (C).

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Variável do Clima: Órbita
Cálculo do Fotoperíodo
• O estudo do fotoperíodo é importante, na medida em que interfere em várias
atividades civis. Em geral, as pessoas preferem desenvolver atividades turísticas, por
exemplo, na época de maior fotoperíodo, exatamente para desfrutarem ao máximo
do intervalo de iluminação natural em seus passeios. Por outro lado, o racional
aproveitamento do fotoperíodo pode trazer sensível economia de energia elétrica,
ajustando-se o início e o término da jornada de trabalho do comércio, da indústria,
das instituições de ensino etc. de modo a aproveitá-lo melhor. Aliás, a economia de
energia elétrica é o argumento usado para justificar o "horário brasileiro de verão".
• Em atividades agrícolas, por seu turno, o fotoperíodo pode ser decisivo, já que
interfere na fisiologia de muitas espécies vegetais. Para citar apenas um exemplo,
considere-se o caso da cebola (Alium cepa), cujas cultivares podem ser divididas em
três grupos: as que exigem fotoperíodo de 10 a 12 horas; aquelas que precisam de
12 a 13 horas de iluminação durante o ciclo vegetativo; e, ainda, as que necessitam
de mais de 13 horas. Quando cultivada sob condições que não satisfazem às
exigências mínimas quanto ao fotoperíodo, não se processa a formação do bulbo.
• Em contrapartida, se a cultivar for explorada em condições de fotoperíodombem
maior que o exigido, a bulbificação se inicia antes de se completar a maturidade
fisiológica da planta, dando origem a bulbos anômalos ou subdesenvolvidos.

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Variável do Clima: Órbita
Cálculo do Fotoperíodo
• Os exemplos anteriormente mencionados justificam plenamente a inclusão do
cálculo do fotoperíodo na bagagem intelectual de qualquer profissional, desde que
suas atividades tenham relação com a Meteorologia e a Climatologia.
• A equação para o cálculo do fotoperíodo é dada por:

N = ( 2/15 ) * [arc.cos(–tg φ . tg δ)];

• Considerando-se correções devido a distância angular do raio do disco solar (16’), e


a influência da refração atmosférica sobre o raio do disco solar (34’), acrescenta-se
as correções de 50’, ou 0,84o para a manhã e para a tarde, assim:

N = ( 2/15 ) * [(2*0,84) + arc.cos(–tg φ . tg δ)];

• Sendo:
N  número de horas de Sol (Fotoperíodo);
φ  latitude do local;
δ  declinação do Sol;

• Para se calcular o horário de nascimento e ocaso do Sol, utiliza-se:

Nasc_Sol = 12 – (N / 2);
Ocaso_Sol = 12 + (N / 2);
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Variável do Clima: Órbita
Tempo Sideral, Solar e Legal
• A previsão do estado da atmosfera requer o processamento de dados meteorológicos
coletados simultaneamente em diferentes pontos da superfície da Terra. Essas observações
são chamadas sinóticas, porque referem-se a um mesmo momento isto é: são efetuadas nos
mesmos horários em todas as estações meteorológicas que fornecem dados para tais fins.
• Há, no entanto, muitos fenômenos que estão relacionados ao movimento aparente diário do
Sol. Obviamente, a hora indicada pelo relógio não necessariamente reflete esse movimento.
• A variação diária da temperatura do ar, da atividade fotossintética das plantas etc., são
exemplos de oscilações que, normalmente, mantêm uma certa relação com o movimento do
Sol (não necessariamente com o relógio).
• A contagem do tempo para fins civis, porém, em geral, não se ajusta ao movimento aparente
do Sol. Para compreender isso é necessário que se discutam as bases dos diferentes sistemas
cronométricos em uso.
• Pode-se dizer que o dia sideral é o intervalo de tempo que transcorre entre duas passagens
sucessivas de uma estrela virtualmente fixa por um dado meridiano. O dia sideral, aceito como
unidade fundamental de tempo, é dividido em 24 horas siderais, cada uma com 60 minutos
siderais, subdivididos em 60 segundos siderais. Durante uma translação completa a Terra
efetua 366,2422 voltas em torno do seu eixo, voltas essas contadas em relação a uma estrela
aparentemente fixa. Um ano, portanto, eqüivale a 366,2422 dias siderais.
• Define-se dia solar verdadeiro como o intervalo de tempo interposto entre duas culminações
sucessivas do Sol em um determinado meridiano. Para qualquer local da superfície da Terra, o
dia solar verdadeiro começa quando o Sol culmina no meridiano oposto àquele que contém o
local selecionado.
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Variável do Clima: Órbita
Tempo Sideral, Solar e Legal
• O dia solar verdadeiro tem duração variável durante o ano. De fato, se a Terra não possuísse
movimento de translação, teria que girar 360o para que o Sol, ou uma estrela aparentemente
fixa, culminasse duas vezes consecutivas em um meridiano selecionado. Devido ao movimento
de translação, porém, isso só é exato em relação à estrela. Com relação ao Sol, enquanto a
Terra completa uma volta em torno do seu próprio eixo, desloca-se também na órbita. Como
conseqüência, o Sol parece mover-se de leste para oeste, em relação à estrela aparentemente
fixa. A cada dia, portanto, para que o Sol volte a culminar no meridiano selecionado, a Terra
deverá girar 360o mais um certo incremento angular, que é de: 360o /365,2422 = 59'.
• Esse valor, porém, não é constante, pois a velocidade de translação da Terra é maior em
janeiro (periélio) que em julho. Assim, o ano tem somente 365,2422 dias solares (pois uma
rotação completa deixa de ser computada) já que a duração dos dias solares verdadeiros varia
com a velocidade de translação da Terra, tornando-os inconvenientes para a contagem do
tempo civil.

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Variável do Clima: Órbita
Tempo Sideral, Solar e Legal
• Com o objetivo de estabelecer um processo cronométrico mais cômodo, foi idealizado um sol
fictício, denominado sol médio, com as seguintes propriedades:
- a cada dia desloca-se 360o /365,2422 no equador celeste;
- percorre o equador celeste com velocidade angular constante e no mesmo intervalo
de tempo (um ano) que o Sol gasta para percorrer, aparentemente, a eclíptica; e
- encontra-se nos pontos equinociais da esfera celeste com o Sol (verdadeiro).
• Assim, o sol médio foi concebido de modo a "efetuar" 365,2422 voltas por ano "em torno da
Terra", todas com igual duração, mantendo-se sempre no plano do equador celeste.
• Além dos anos sideral e solar médio, costuma-se definir, ainda, o ano trópico, entendido como
o intervalo de tempo necessário para que o Sol (em sua trajetória anual aparente na abóbada
celeste) passe duas vezes consecutivas pelo ponto vernal. O ponto vernal, corresponde à
posição ocupada pelo centro do disco solar, na abóbada celeste, no instante do equinócio de
março. Face à precessão dos equinócios, a duração do ano trópico é inferior à do ano sideral.

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Variável do Clima: Órbita
Anos bissextos
• A cada translação, a Terra não executa um número exato de rotações em torno do eixo. Por
conseguinte, o ano não corresponde a um número exato de dias nem siderais, nem solares
(verdadeiros ou médios). Caso se desejasse considerar cada ano como uma translação
completa da Terra, o Ano Novo deveria ser festejado 365 dias, 5 horas, 46 minutos e 46
segundos após o início do anterior. Em contrapartida, desprezando-se a fração de dia (0,2422
por ano), haveria uma defasagem de 24,22 dias por século.
• Para minimizar o inconveniente provocado pela fração de dia anual, convencionou-se que o
ano teria 365 dias mas que, a cada quatro anos, seria acrescido mais um dia (29 de fevereiro)
ao calendário. Assim, todos os anos divisíveis por quatro possuem fevereiro com 29 dias e são
denominados bissextos. O problema ainda não fica satisfatoriamente solucionado porque 4 x
0,2422 não é um inteiro e sim 0,9688. Então, ao se incluir um dia a mais a cada intervalo de
quatro anos, comete-se um erro de 1–0,9688 = 0,0312 dias em 4 anos. O erro, por excesso,
introduzido a cada ano, seria 0,0312/4 = 0,0078 dias/ano ou 7,8 dias a cada 1000 anos. Torna-
se necessário compensar esse erro, não incluindo 29 de fevereiro em alguns anos bissextos por
milênio.
• Convencionou-se que somente os anos finais de cada século (aqueles terminados em 00) que
fossem divisíveis por 400 seriam bissextos. Os demais, embora divisíveis por 4, não teriam o
dia 29 de fevereiro. O ano 2000, por exemplo, como é divisível por 400 tem 29 dias em
fevereiro (1900 não teve). Esse procedimento corrige a distorção de 7 dias por milênio,
restando, ainda, 0,8 dias, o que é praticamente desprezível.

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Variável do Clima: Órbita
Fusos Horários
• A contagem do tempo depende do meridiano local e, portanto, o relógio teria que ser ajustado
todas as vezes que um eventual deslocamento do observador alterasse significativamente sua
longitude. Como o sol médio executa uma volta em torno da Terra a cada 24 horas, 15o de
longitude correspondem à diferença de 1 hora, ou 15' de longitude implica a alteração de 1
minuto no relógio.
• Evitando que diferentes cidades adotassem horários próprios, gerando sérios problemas,
optou-se por aceitar que:
- a superfície da Terra seria dividida em 24 segmentos, cada um com 15o de longitude,
denominados fusos horários;
- em qualquer ponto de um dado fuso horário se adotaria a hora solar média
correspondente à do seu meridiano central;
- o meridiano de Greenwich seria considerado o meridiano central do fuso de referência,
ao qual estariam relacionados todos os demais.
• O tempo cronometrado em relação ao meridiano de referência é conhecido como Tempo
Médio de Greenwich (abreviadamente TMG).
• A cada intervalo de 15o de longitude, a partir do meridiano de Greenwich, encontra-se o
meridiano central de um fuso horário. No 1º, 2º, 3º, ... fusos a oeste do de Greenwich o tempo
equivale a 1, 2, 3, ... horas mais cedo do que o cronometrado naquele meridiano, ou seja: a
TMG–1 h, TMG–2 h, TMG–3 h, ... respectivamente. Por outro lado, no 1º, 2º, 3º, ... fusos
localizados a leste do de Greenwich, o tempo corresponde a TMG+1 h, TMG+2 h, TMG+3 h,..

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Variável do Clima: Órbita
Fusos Horários
• Qualquer fuso horário possui dois meridianos limítrofes, que o separa dos fusos vizinhos. Haja
vista a necessidade de ajustar o relógio todas as vezes que se cruzasse um desses meridianos,
alguns governos adotaram acidentes geográficos, ou fronteiras políticas (e não os devidos
meridianos limítrofes), como delimitadores práticos para fins de mudança de horário em seus
territórios. Isto é denominado Hora Legal, ou Oficial (específica para o país considerado).
• No Brasil, que se estende do 2º ao 5º fuso a oeste do de Greenwich, adotam-se normalmente
quatro faixas com horas legais distintas. Observe que em Fernando de Noronha a Hora Legal
corresponde a TMG–2 h ou, à Hora Oficial de Brasília mais uma hora; no Recife, cidade situada
no mesmo fuso horário de Fernando de Noronha, adota-se a Hora Legal de Brasília (TMG–3 h).
Note-se, ainda que entre Fernando de Noronha e o Acre há uma diferença de 3 horas. Essa
situação, no entanto, é alterada durante a vigência do Horário Brasileiro de Verão.

Hora Legal no Brasil em relação ao


Tempo Médio de Greenwich (TMG). Não
está incluída a configuração adotada
durante a vigência do Horário Brasileiro
de Verão.

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Variável do Clima: Órbita
Equação do Tempo
• Denomina-se de equação do tempo ( Δt ) à diferença (positiva, negativa ou nula)
entre a hora solar verdadeira (h*) e a hora solar média ( h ), numa data particular.
Para o meridiano central de qualquer fuso:
Δ t = h* – h
• A equação do tempo tem valor variável ao longo do ano conseqüência da
velocidade de translação da Terra não ser constante. Como já mencionado, o tempo
solar médio é uma aproximação, resultante da adoção do sol médio, fictício, que
"gira" em torno da Terra a uma velocidade angular constante. Analisando-a, toma-
se Δt como a correção a ser aplicada à hora solar média para que se obtenha a hora
solar verdadeira, no meridiano central de qualquer fuso horário, no instante
desejado.
• Isso é fácil de compreender colocando sob a forma: h* = h+ Δ t
• onde:
Δt = 0,002733 – 7,343 sen (F) + 0,5519 cos (F) – 9,47 sen(2F) – 3,03cos(2F) –
0,3289sen(3F) – 0,07581cos(3F) – 0,1935sen(4F) – 0,1245cos(4F)
• sendo que:
F =360o *D/365

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Variável do Clima: Órbita
Equação do Tempo
• A hora solar verdadeira, em um dado instante e data, pode ser facilmente obtida,
para o meridiano central de qualquer fuso. De fato: conhece- se h (a hora solar
média) e Δt, restando determinar h*.
• Quando o local em questão não se encontra sobre o meridiano central do seu fuso,
deve-se incluir uma correção de longitude (Δλ), na equação que passa a ser:
h* = h+ Δ t + Δλ.
• A correção Δλ será positiva, se o local estiver a oeste do meridiano central do fuso
(pois o meio-dia solar verdadeiro local vai ocorrer mais tarde que nesse meridiano),
ou negativa se estiver a leste (o meio-dia solar verdadeiro local vai ocorrer mais
cedo). Também é claro que Δλ deverá ser expresso como um intervalo de tempo,
levando-se em consideração a velocidade angular de rotação da Terra (15o/hora).
Assim, para uma diferença de longitude de 5o a correção será de –20 ou +20
minutos, conforme o local esteja a leste ou a oeste do meridiano central do seu
fuso, respectivamente.

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Variável do Clima: Órbita
Equação do Tempo
• A hora solar verdadeira, em um dado instante e data, pode ser facilmente obtida,
para o meridiano central de qualquer fuso. De fato: conhece- se h (a hora solar
média) e Δt, restando determinar h*.
• Quando o local em questão não se encontra sobre o meridiano central do seu fuso,
deve-se incluir uma correção de longitude (Δλ), na equação que passa a ser:
h* = h+ Δ t + Δλ.
• A correção Δλ será positiva, se o local estiver a oeste do meridiano central do fuso
(pois o meio-dia solar verdadeiro local vai ocorrer mais tarde que nesse meridiano),
ou negativa se estiver a leste (o meio-dia solar verdadeiro local vai ocorrer mais
cedo). Também é claro que Δλ deverá ser expresso como um intervalo de tempo,
levando-se em consideração a velocidade angular de rotação da Terra (15o/hora).
Assim, para uma diferença de longitude de 5o a correção será de –20 ou +20
minutos, conforme o local esteja a leste ou a oeste do meridiano central do seu
fuso, respectivamente.

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Variável do Clima: Órbita
Efeito Coriollis
• A movimentação da atmosfera e dos oceanos ocorre sobre superfície esférica do planeta, que
possui um campo gravitacional e que está em grande velocidade de rotação. Desta forma, a
movimentação da atmosfera, dos oceanos, da navegação de longo curso e da balística são
influenciados pelo movimento de rotação da Terra.
• Um referencial local é sempre utilizado para medidas relacionadas com o movimento da
atmosfera e dos oceanos, com a navegação de longo curso, com a balística etc. Na análise
comparativa dessas medições não se pode ignorar o fato daquele referencial se mover em
torno do eixo terrestre, descrevendo uma circunferência a cada dia sideral. No caso específico
dos pólos, o referencial local apenas gira sobre si mesmo, já que o eixo vertical a ele associado
coincide com o próprio eixo da Terra.
• Para que se faça uma idéia inicial do efeito causado pelo emprego de referenciais não inerciais
em estudos do movimento dos corpos, imagine-se que um projétil vai ser disparado de um
local B, visando a atingir um alvo A. Tanto A como B estão localizados no Hemisfério Sul, no
mesmo plano de meridiano, estando A exatamente ao norte de B . Neste exemplo os possíveis
efeitos decorrentes da presença da atmosfera sobre o projétil serão ignorados.
• Serão analisados três instantes distintos:
• 1 - antes de ser lançado, o projétil está animado de uma velocidade tangencial rVTB, dirigida
para leste e causada pelo próprio movimento de rotação da Terra (mas imperceptível para um
observador localizado à superfície terrestre); analogamente, o alvo A também possui uma
velocidade tangencial rV TA, que é maior que rV TB (pelo simples fato do raio do paralelo que
contém A ser maior que o de B);
• 2 – no lançamento o projétil possui uma velocidade inicial rVo e, ainda, a velocidade tangencial
rVTB, conservada por inércia; e
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Variável do Clima: Órbita
Efeito Coriollis
• 3 - algum tempo após, o projétil atingirá o ponto C, localizado a oeste do alvo A, sofrendo um
desvio para a esquerda da trajetória inicialmente prevista.

• Evidentemente, um outro observador localizado fora da Terra (em um referencial imóvel) não
teria constatado desvio algum, veria apenas a Terra girando sob um projétil que se movia na
direção correspondente à resultante dos vetores rVo e rVTB. O desvio teria sido percebido
apenas por observadores solidários à Terra. Note-se que, se a Terra não girasse, o projétil teria
atingido o alvo. Para explicar o desvio introduz-se uma força defletora, atuando sobre qualquer
corpo em movimento livre com respeito a um referencial local. Essa força é puramente inercial
(não existiria se a Terra não girasse) e se chama força de Coriolis.
• Acima está ilustrada uma maneira de simular a força de Coriollis utilizando um disco de papel,
lápis e uma régua. Para um observador no ponto A, o lápis seguiu uma trajetória reta, pois
permaneceu o tempo todo paralelo à régua, no entanto, sobre o papel ele descreveu uma
curva. Eng. Ambiental – Prof. Dr. Nilson C. Ferreira
Variável do Clima: Órbita
Furacão Katrina Furacão Sandy Furacão Andrew

Ciclone Catarina Ciclone Rusty

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Variável do Clima: Pressão Atmosférica
• É a pressão exercida pela atmosfera num determinado ponto. É a força por
unidade de área, exercida pelo ar contra uma superfície. Se a força exercida
pelo ar aumenta em um determinado ponto, consequentemente a pressão
também aumentará. A pressão atmosférica é medida por meio de um
equipamento conhecido como barômetro. Essas diferenças de pressão têm
uma origem térmica estando diretamente relacionadas com a radiação solar e
os processos de aquecimento das massas de ar. Formam-se a partir de
influências naturais, como: continentalidade, maritimidade, latitude, altitude e
outras.
• O ar exerce uma força sobre as superfícies com as quais tem contato, devido ao
contínuo bombardeamento das moléculas que compõem o ar contra tais
superfícies. A pressão atmosférica em uma dada posição é usualmente definida
como o peso por unidade de área da coluna de ar acima desta posição. No nível
do mar uma coluna padrão de ar com base de 1 cm2 pesa um pouco mais que 1
kg.
• Tal pressão equivaleria a uma carga de mais de 500 toneladas sobre um telhado
de 50m2 . Por que o telhado não desaba? Porque a pressão do ar em qualquer
ponto não atua apenas para baixo, mas é a mesma em todas as direções: para
cima, para baixo e para os lados. Portanto, a pressão do ar por baixo do telhado
contrabalança a pressão sobre o telhado.
Eng. Ambiental – Prof. Dr. Nilson C. Ferreira
Variável do Clima: Pressão Atmosférica
• As unidades utilizadas para medir a pressão atmosférica são: polegada ou
milímetros de mercúrio (mmHg), quilopascal (kPa), atmosfera (atm), milibar
(mbar) e hectopascal (hPa), sendo as três últimas, as mais utilizadas no meio
científico. Outra unidade utilizada para se medir a pressão é a PSI (pounds per
square inch), ou libra por polegada quadrada (lb/pol²). Embora comum para
medir pressão de pneumáticos e de equipamentos industriais a lb/pol² é
raramente usada para medir a pressão atmosférica. Embora o ar seja
extremamente leve, não é desprovido de peso. Cada pessoa tem em média uma
superfície do corpo aproximadamente igual a 1 metro quadrado, quando adulto.
Sabendo que ao nível do mar a pressão atmosférica é da ordem de 1 atm
(definida como 101 325 Pa, ou ainda 1013,25 hPa=mbar), isso significa dizer que,
neste local, uma pessoa suportaria uma força de cerca de 100 000 N relativo à
pressão atmosférica. Porém, não sente nada, nem é esmagada por esta força. Isto
acontece devido à presença do ar que está contido no corpo e ao equilíbrio entre
a pressão que atua de fora para dentro e de dentro para fora do corpo. Qualquer
variação na pressão externa se transmite integralmente a todo o corpo, atuando
de dentro para fora, de acordo com o Princípio de Pascal. O peso normal do ar ao
nível do mar é de 1 kgf/cm². Porém, a pressão atmosférica diminui com o
aumento da altitude. De forma simplificada poder-se-á considerar que a pressão
diminui 1 hPa (ou 1 mbar) a cada 8 metros que se sobe. A 3000 metros, é cerca de
0,7 kgf/cm². A 8840 metros, a pressão é de apenas 0,3 kgf/cm².
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Variável do Clima: Pressão Atmosférica
• À medida que a altitude aumenta, a pressão diminui, pois diminui o peso
da coluna de ar acima. Como o ar é compressível, diminui também a
densidade com a altura, o que contribui para diminuir ainda mais o peso da
coluna de ar à medida que a altitude aumenta. Inversamente, quando a
altitude diminui, aumenta a pressão e a densidade.
• A variação vertical da pressão e densidade é muito maior que a variação
horizontal e temporal. Para determinar a variação média vertical da
pressão, consideremos uma atmosfera idealizada que representa a
estrutura média horizontal e temporal da atmosfera, na qual as forças
verticais estão em equilíbrio.

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Variável do Clima: Pressão Atmosférica
• Em regiões montanhosas as diferenças na pressão da superfície de um local
para outro são devidas principalmente a diferenças de altitudes. Para isolar
a parcela do campo de pressão que é devida à passagem de sistemas de
tempo, é necessário reduzir as pressões a um nível de referência comum,
geralmente o nível do mar. A correção da pressão (em milibares) é
aproximadamente igual altitude dividida por 8, ou seja, perto do nível do
mar a pressão cai em torno de 1 mb a cada 8 m de ascensão vertical.
• A pressão atmosférica difere de um local para outro e nem sempre devido a
diferenças de altitude. Quando a redução ao nível do mar é efetuada, a
pressão do ar ainda varia de um lugar para outro e flutua de um dia para
outro e mesmo de hora em hora.
• Em latitudes médias o tempo é dominado por uma contínua passagem de
diferentes massas de ar que trazem junto mudanças na pressão atmosférica
e mudanças no tempo. Em geral, o tempo torna-se tempestuoso quando a
pressão cai e bom quando pressão sobe.

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Variável do Clima: Pressão Atmosférica
• Uma massa de ar é um volume enorme de ar que é relativamente uniforme
(horizontalmente) quanto à temperatura e à concentração de vapor d’água.
Por que algumas massas de ar exercem maior pressão que outras? Uma
razão são as diferenças na densidade do ar, decorrentes de diferenças na
temperatura ou no conteúdo de vapor d’água, ou ambos. Via de regra, a
temperatura tem uma influência muito maior sobre a pressão que o vapor
d’ água.
• A maior presença de vapor d’água no ar diminui a densidade do ar porque o
peso molecular da água (18,016 kg/mol) é menor que o peso molecular
médio do ar (28,97 kg/mol). Portanto, em iguais temperaturas e volumes,
uma massa de ar mais úmida exerce menos pressão que uma massa de ar
mais seca.
• Mudanças na pressão podem dever-se à advecção de massa de ar ou à
modificação de massa de ar. A modificação de uma massa de ar (mudanças
na temperatura e/ou concentração de vapor d’água) pode ocorrer quando a
massa de ar se desloca sobre diferentes superfícies (neve, solo aquecido,
oceano, etc...) ou por modificação local, se a massa é estacionária.

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Variável do Clima: Pressão Atmosférica
• Além das variações de pressão causadas por variações de temperatura e
(com menor influência) por variações no conteúdo de vapor d’água, a
pressão do ar pode também ser influenciada por padrões de circulação que
causam divergência ou convergência do ar. Suponha, por exemplo, que na
superfície da Terra, ventos horizontais soprem rapidamente a partir de um
ponto, como mostrado na figura (a). Esta situação configura divergência de
ar (horizontal). No centro, o ar descendente toma o lugar do ar divergente.
Se a divergência de ar na superfície for menor que a descida de ar, então a
densidade de ar e a pressão atmosférica aumentam.
• Por outro lado, suponha que na superfície ventos horizontais soprem
radialmente em direção a um ponto central, como na figura (b). Este é um
exemplo de convergência de ar. Se a convergência de ar na superfície for
menor que a subida de ar, então a densidade de ar e a pressão atmosférica
diminuem.

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Variável do Clima: Pressão Atmosférica
• Além das variações de pressão causadas por variações de temperatura e
(com menor influência) por variações no conteúdo de vapor d’água, a
pressão do ar pode também ser influenciada por padrões de circulação que
causam divergência ou convergência do ar. Suponha, por exemplo, que na
superfície da Terra, ventos horizontais soprem rapidamente a partir de um
ponto, como mostrado na figura (a). Esta situação configura divergência de
ar (horizontal). No centro, o ar descendente toma o lugar do ar divergente.
Se a divergência de ar na superfície for menor que a descida de ar, então a
densidade de ar e a pressão atmosférica aumentam.
• Por outro lado, suponha que na superfície ventos horizontais soprem
radialmente em direção a um ponto central, como na figura (b). Este é um
exemplo de convergência de ar. Se a convergência de ar na superfície for
menor que a subida de ar, então a densidade de ar e a pressão atmosférica
diminuem.

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Variável do Clima: Pressão Atmosférica
• A pressão atmosférica oscila entre dois máximos (as 10h e as 22h) e dois
mínimos (4h e 16h) na região tropical. Essa oscilação é resultado da atração
gravitacional da lua.

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Variável do Clima: Pressão Atmosférica
• A Terra realiza uma volta em torno de si mesma a cada 24 horas e alguns
minutos. Mas a Lua também se move e isso faz com que o ciclo de marés se
complete a cada 24 horas, 50 minutos e 28 segundos em média. Como são
duas marés, a água sobe e desce a cada 12 horas, 25 minutos e 14
segundos. O fenômeno das marés também é observado na parte sólida do
planeta, mas com menor intensidade. O solo terrestre pode elevar-se até
45 centímetros nas fases de Lua Cheia ou Nova. Mas nós não percebemos,
pois tudo a nossa volta levanta junto e não temos assim uma referência.

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Variável do Clima: Pressão Atmosférica

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Variável do Clima: Pressão Atmosférica
• Após a redução das
pressões superficiais ao
nível do mar, pode-se
traçar mapas de
superfície nos quais
pontos com mesma
pressão atmosférica são
ligados por linhas
chamadas isóbaras. As
letras A e B designam
regiões com máximos e
mínimos de pressão. Por
razões apresentadas mais
adiante uma alta é
geralmente um sistema
de bom tempo, enquanto
uma baixa é geralmente
sistema de tempo com
chuvas ou tempestades.
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Variável do Clima: Pressão Atmosférica
• As altas pressões resultam da descida do
ar frio. A rotação da Terra faz o ar, ao
descer, circular à volta do centro de alta
pressão. Quando o ar quente se eleva
cria, por baixo dele, uma zona de baixa
pressão. Baixas pressões, normalmente
significam mau tempo. Quanto mais
baixa a altitude, maior a pressão.
• As baixas pressões são causadas pela
elevação do ar quente. Este circula no
sentido horário no hemisfério Sul e no
sentido anti-horário no hemisfério
Norte. A medida que o ar, ao subir, Pressão média ao nível do mar em
arrefece, o seu vapor de água Junho-Julho-Agosto (em cima) e em
Dezembro-Janeiro-Fevereiro (em baixo).
transforma-se em nuvens, que podem
produzir chuva, neve ou tempestade.
Simultaneamente, ao nível do solo, há ar
que se desloca para substituir o ar
quente em elevação, o que dá origem a
ventos. Eng. Ambiental – Prof. Dr. Nilson C. Ferreira
Variável do Clima: Pressão Atmosférica
• A pressão atmosférica é medida por barômetros. Há 2 tipos básicos de
barômetros: mercúrio e aneróide. O mais preciso é o barômetro de
mercúrio, inventado por Torricelli em 1643. Consiste de um tubo de vidro
com quase 1 m de comprimento, fechado numa extremidade e aberto
noutra, e preenchido com mercúrio (Hg). A pressão atmosférica média no
nível do mar mede 760 mm Hg.

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Variável do Clima: Pressão Atmosférica
• O barômetro aneróide - sem líquido - é menos preciso, porém mais
portátil que o barômetro de mercúrio. Consiste em uma câmara de metal
parcialmente evacuada, com uma mola no seu interior para evitar o seu
esmagamento. A câmara se comprime quando a pressão cresce e se
expande quando a pressão diminui. Estes movimentos são transmitidos a
um ponteiro sobre um mostrador que está calibrado em unidades de
pressão. Aneróides são frequentemente usados em barógrafos,
instrumentos que gravam continuamente mudanças de pressão. Como a
pressão do ar diminui com a altitude, um barômetro aneróide pode ser
calibrado para fornecer altitudes. Tal instrumento é um altímetro.

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Variável do Clima: Pressão Atmosférica
• A unidade padrão de pressão no Sistema Internacional (SI) é o Pascal (Pa)
(1 Newton/1m2). A pressão média do ar ao nível do mar é 101,325 Kpa ou
1013,25 mb ou 760 mmHg e o intervalo usual de variação está entre 970
mb até 1050 mb. Contudo, já se mediu até 870 mb (no olho do furacão
Tip, em 12/10/79) e 1083,8 mb (em Ágata, na Sibéria, em 31/12/68,
associada a uma massa de ar muito fria).

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Variável do Clima: Circulação Atmosférica Global
• De posse de conhecimentos a respeito dos movimentos Sol-Terra, pressão
atmosférica e efeito coriollis, é possível entender com ocorre a circulação
atmosférica global.
• O Sol aquece toda a Terra mas verifica-se uma distribuição desigual de energia à
sua superfície: as regiões equatorial e tropical recebem mais energia solar que as
latitudes médias e regiões polares.
• A energia recebida por radiação nos trópicos é superior à que essa região é
capaz de emitir enquanto que as regiões polares emitem mais do que recebem.
Se não se verificasse um transporte de energia dos trópicos para as regiões
polares, a temperatura da região tropical aumentaria indefinidamente enquanto
que as regiões polares ficariam com uma temperatura cada vez menor. É este
desequilíbrio térmico que induz a circulação da Atmosfera e dos Oceanos. A
energia é redistribuída das regiões em excesso para as regiões em falta, pela
circulação atmosférica (60%) e correntes oceânicas (40%).
• A transferência da energia do equador para os pólos poderia ser conseguida com
uma célula de circulação com movimento ascendente nos trópicos, movimento
na direcção dos pólos em altitude, movimento descendente sobre os pólos e em
direcção ao equador à superfície. Este modelo de circulação de uma única célula
foi proposto por Hadley no século XVIII.

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Variável do Clima: Circulação Atmosférica Global
• No modelo proposto por Hadley, a
circulação global seria muito simples
(e as condições meteorológicas
monótonas) se a Terra não tivesse
movimento de rotação e se o eixo de
rotação fosse perpendicular ao plano
orbital da Terra em torno do Sol.
• Neste modelo, a atmosfera é aquecida
na linha do equador, os gases se
expandem e sobem, formando uma
zona de baixa pressão.
• Em altitudes elevadas, os gases se
resfriam e se deslocam em direção aos
pólos, onde se resfriam e se
comprimem, formando zonas de alta
pressão.
• Em seguida, os gases de regiões de alta
pressão se deslocam para as regiões
equatoriais de baixa pressão.

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Variável do Clima: Circulação Atmosférica Global
• Como a Terra tem
movimento de rotação, o
eixo de rotação é
inclinado, e existem locais
cobertos com água, solo,
vegetação e gelo. Em vez
de uma circulação
caracterizado por uma
única célula, o modelo de
circulação global consiste
em três células em ambos
os hemisférios. Estas três
células são a célula
tropical (também
denominada de célula de
Hadley), a célula de das
latitudes médias (célula
de Ferrel) e a célula polar.

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Variável do Clima: Circulação Atmosférica Global
• Célula Tropical (célula de Hadley) - Nas baixas
latitudes, o movimento do ar para o equador com o
aquecimento, ascende verticalmente, com
movimeno no sentido dos pólos nos níveis
superiores da Atmosfera. Esta circulação forma a
célula convective que domina o clima tropical e sub-
tropical.
• Célula das latitudes médias (célula de Ferrel) - É
uma célula de circulação atmosférica média nas
latitudes médias, denominada por Ferrel no século
XIX. Nesta célula, o ar move-se para os pólos e para o
Leste junto à superfície e no sentido do equador e
para Oeste nos níveis mais altos.
• Célula Polar - O ar sobe, diverge, e desloca-se para
os pólos. Uma vez sobre os pólos, o ar desce,
formando as altas pressões polares. À superfície o
diverge para o exterior da região de alta pressão.
Ventos de superfície na célula polar são para Leste
(ventos polares de Oeste).
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Variável do Clima: Circulação Atmosférica Global
• Principais padrões da circulação: devido ao efeito da força de
Coriolis, para a direita do movimento (no hemisfério Norte), o
movimento nas três células é alterado. Surgem então, três ventos
característicos à superfície:
· Os ventos alíseos nos Trópicos
· Os ventos predominantes de Oeste nas latitudes médias
· Os ventos polares de Este
• Calmarias equatoriais, ZCIT: as calmarias ocorrem na região junto
ao equador onde os ventos alíseos de ambos os hemisférios se
encontram. Esta é também onde se pode encontrar a Zona de
Convergencia Intertropical (ZCIT). É uma região com temperatura e
umidade elevadas com vento fraco. Migram para Norte a partir de
Julho e para Sul a partir de Janeiro. As florestas tropicais
encontram-se nesta região.
• Latitudes dos Cavalos: é a região entre os ventos alíseos e os
ventos predominantes de Oeste. Nesta região o vento é, em geral,
calmo ou fraco. Denominam-se desta forma pois os barcos
navegando nesta região, jogavam os cavalos ao mar, devido a falta
de alimento e água.
• Frente Polar: localiza-se entre os ventos predominantes de Oeste
e os ventos polares de Este.

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Variável do Clima: Circulação Atmosférica Global
• Cinturas de Pressão:
O modelo de circulação com três células está
associado ao seguinte modelo de distribuição de
pressão:
· Depressões Equatoriais – Uma cintura de baixas
pressões associada à ascensão do ar na ZCIT. A
ascensão do ar quente no equador provoca uma
região de baixa pressão denominada de depressão
Equatorial. À medida que o ar sobe formam-se
nuvens e ocorre precipitação.
· Anticiclones Subtropicais – Uma cintura de altas
pressões associada à subsidência do ar nas
latitudes dos cavalos. Nas latitudes subtropicais o
ar arrefece e desce criando áreas de alta pressão
com céu limpo e pouca precipitação, denominada
de Anticiclones Subtropicais. A subsidência do ar
seco (após precipitação na ZCIT) e quente (devido
Vários outros fatores interferem
à própria subsidência) estão na origem dos
na circulação atmosférica, tais
desertos nestas latitudes.
como os mares, os continentes, o
· Depressão Subpolar – Uma cintura de baixas relevo, entre outros.
pressões associadas às frentes polares.
· Anticiclone Polar – O sistema de altas pressões
associado ao ar polar frio e denso.
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Variável do Clima: Maritimidade e Continentalidade
• Maritimidade é a capacidade das águas oceânicas de conservar calor por
um período maior que as áreas continentais, e influencia diretamente no
clima das regiões costeiras.
• A retenção de calor nas águas oceânicas atinge grandes profundidades. Tal
fato faz com que as temperaturas permaneçam altas, uma vez que o
processo de resfriamento do calor retido no período diurno acontece de
forma lenta.
• Uma característica de áreas influenciadas pela maritimidade é que a
temperatura em períodos noturnos não diminui de forma significativa se
comparada às temperaturas do período diurno (amplitude térmica).
• As regiões próximas de mares e oceanos de clima temperado não
enfrentam invernos tão rigorosos se comparados aos de áreas de mesma
característica climática, mas que se encontram longe da costa.
• Continentalidade corresponde às áreas continentais influenciadas pelo
aquecimento e resfriamento da superfície terrestre. Durante a noite todo
o calor absorvido durante o dia é perdido muito rápido para a atmosfera.
Desse modo, as temperaturas noturnas são mais baixas em relação ao dia,
aumentando assim a amplitude térmica.

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Variável do Clima: Maritimidade e Continentalidade
• A maior ou menor proximidade de grandes quantidades de água exerce
forte influência não só no comportamento da umidade mas também na
variação da temperatura.

• Como funciona esse processo ?


• 1 - A massa líquida absorve o calor mais lentamente, entretanto também
libera, irradia, essa energia de forma lenta.
• 2 - A massa sólida absorve o calor rapidamente, no entanto irradia sua
energia ligeiramente.

• Consequências da Maritimidade/Continentalidade:
• a- Em áreas próximas de grandes massas líquidas menor será a amplitude
térmica diária.
– Ex: A amplitude térmica diária em Salvador é mínima, quase imperceptível
• b- Em áreas de escassez de água (desertos) as amplitudes térmicas diárias
são expressivas. Dias quentes e noites frias.

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Variável do Clima: Maritimidade e Continentalidade
• CORRENTES MARÍTIMAS
• As correntes marítimas são verdadeiros “rios” que circulam nos oceanos
são importantes fatores de influência climática.

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Variável do Clima: Maritimidade e Continentalidade
• INFLUÊNCIAS DAS CORRENTES MARÍTIMAS SOBRE O CLIMA
• a- Formação do deserto de Atacama, do Kalarari e da Califórnia
– Como são correntes frias, provocam resfriamento e condensação do ar no
próprio oceano, as massas de ar daí provenientes chegam secas ao
continente.Esse efeito também faz com que os invernos nessas regiões sejam
rigorosos.
• b- O degelo do mar do Norte
– A corrente do Golfo ou Gulf Stream é quente, pois tem origem na América
Central. Portanto sua temperatura positiva ameniza o frio proveniente da
região próxima do Pólo Norte.

Correntes Área de Influência Efeitos


Humboldt ou Pacífico Sul Formação do deserto de Atacama
Peru (Peru e Chile)
Benguela Sudoeste Africano Formação do deserto de Kalarari
Gulf Stream Norte da Europa Evita o congelamento
do mar do norte
Califórnia Am. do Norte (porção Formação do deserto
do Pacífico) da Califórnia

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Variável do Clima: Latitude e Clima
• A latitude é a medida em angular entre dois paralelos.
• Paralelos são linhas imaginárias que cortam a Terra em fatias horizontais
paralelas à Linha do Equador. Os paralelos mais conhecidos são o Trópico
de Capricórnio, Trópico de Câncer, Círculo Polar Ártico, Círculo Polar
Antártico, e a própria Linha do Equador.
• O que determina o local da Terra por onde passam essas linhas é a medida
do ângulo de incidência dos raios de sol na superfície. Assim, quando o
raio de sol incidir na superfície da Terra em seu maior ângulo de inclinação
teremos a marca de um trópico.
• O nome do trópico será o da constelação que estiver atrás do Sol naquela
época (Câncer ou Capricórnio).
• O raio de sol é energia em forma luminosa. Assim, um raio que incida em
ângulo reto (90 graus) terá uma área de incidência pequena, ou seja, a
dispersão dessa energia no solo será mais concentrada. Já o raio de sol
que incide na superfície da Terra em um ângulo menor (aproximadamente
23 graus, que é a mesma medida dos Trópicos), terá uma área de
incidência muito maior para distribuir sua energia, e por este motivo
transfere menos calor por centímetro quadrado de solo.

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Variável do Clima: Latitude e Clima
• Desta forma, no Equador, onde o raio de sol chega ao solo mais
concentrado, o clima é mais quente. Nos trópicos, onde o raio de sol chega
ao solo mais espalhado, o clima é menos quente. Nos pólos, onde o raio
de sol chega muito mais espalhado, o o clima é muito menos quente.
• No entanto, os pontos mais frios da superfície terrestre não são os pólos,
mas a estação científica sobre o Lago Vostok, na Antártida, e a aldeia de
Oymyakon, na Sibéria (à latitude de 63o 15')

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Variável do Clima: Altitude
• A altitude exerce grande influência sobre a temperatura. Quanto maior a
altitude, mais rarefeito torna-se o ar, ocorrendo também menor irradiação
e, por conseqüência, menores temperatura.. O contrário ocorre em
altitudes baixas .
• Assim, podemos concluir que quanto maior for a altitude menor será a
temperatura. Isso porque a cada 180m de altitude, em média, tem-se uma
diminuição da ordem de 1°C. A altitude, portanto, compensa a latitude. O
relevo, além de influenciar na variação da temperatura em função dos
perfis altimétricos, também influencia na medida em que sua disposição
pode facilitar, desviar ou até impedir a passagem de uma massa de ar.
Influência da Altitude na Temperatura
Cidade Altitude Média Térmica Anual
Vitória-ES Nível do Mar 32,2º C
Belo Horizonte-MG 900 m 20,7º C
Santos-SP Nível do Mar 22,2º C
São Paulo-SP 700 m 18º C
Goiânia-GO 743 m 23oC
Brasília-DF 1000 m 21º C
Florianópolis-SC Nível do Mar 20,5º C
São Joaquim-SC 1353 m 13º C

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Variável do Clima: Massas de Ar
• Massa de ar é uma parcela extensa e espessa da atmosfera, com milhares
de quilômetros quadrados de extensão, que apresenta características
próprias de pressão, temperatura e umidade, determinadas pela região
na qual se origina. Devido às diferenças de pressão, as massas de ar que
compõem a atmosfera estão em constante movimento.
• As massas de ar deslocam-se, primariamente, de regiões onde a pressão
atmosférica é maior para regiões onde a pressão é menor. No entanto, as
massas de ar podem ser deslocar devido a diferenças de temperatura (que
também causam diferenças de pressão) e também pela circulação
atmosférica dominante na região (de efeitos globais).
• Existem grandes extensões da superfície terrestre que têm características
semelhantes, como, por exemplo, as regiões polares, desérticas, as
vastidões marítimas quentes ou frias, etc. Se o ar permanecer estacionário
durante muito tempo sobre essas superfícies, ocorre a formação de
massas de ar influenciadas pelas características da superfície contato.
• As massas de ar oceânicas são úmidas e as continentais geralmente são
secas. Conclui-se então que as diferenças nas incidências dos raios solares
na superfície da Terra são responsáveis pela formação das massas de ar.

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Variável do Clima: Massas de Ar
• Os movimentos do ar (massas de ar e ventos) resultam da distribuição
desigual da energia solar nas zonas de baixas, médias e altas latitudes.
• A diferença de temperatura do ar atmosférico exerce uma função muito
importante na formação de áreas de baixa e alta pressão atmosférica e,
consequentemente, no movimento das massas de ar e dos ventos, pois, os
deslocamentos do ar acontecem de uma área de alta pressão para uma de
baixa pressão.
• O ar aquecido nas zonas de baixas latitudes próximas ao equador se
expande, torna-se leve e sobe (ascende), criando uma área de baixa
pressão ou ciclonal. O ar mais frio e denso das áreas de médias e altas
latitudes desce, fazendo surgir uma área de alta pressão.

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Variável do Clima: Massas de Ar
• Uma vez que as massas apresentam uma certa tendência para igualar as
pressões, estabelece-se, assim, uma dinâmica atmosférica, ou seja, uma
circulação geral de ar quente entre os trópicos e os pólos, passando pelas
zonas de médias latitudes. As áreas frias ou de alta pressão, como as
polares, e as subtropicais ou de latitudes médias são dispersoras de
massas de ar e ventos, e recebem o nome de áreas anticiclonais.
• As quentes ou de baixa pressão atmosférica (de baixa latitude), como as
equatoriais, são receptoras de massas de ar e ventos e são chamadas de
áreas ciclonais.

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Variável do Clima: Massas de Ar
• Conforme a zona em que se desenvolvem são classificadas como
equatoriais (quentes e muito úmidas), tropicais (quentes) e polares (frias)
ou massas de ar marítimas (geralmente muito úmidas) e massas de ar
continentais (geralmente secas).

• Quando uma massa de ar se desloca sobre uma superfície mais fria do que
ela, é chamada uma massa de ar quente. Se a superfície está mais quente
do que ela, é chamada uma massa de ar frio.
• As massas de ar frias são mais instáveis, apresentam boa visibilidade e
permitem a formação de trovoadas e de nuvens cumuliformes. As massas
de ar quentes são mais estáveis e estão associadas a uma visibilidade mais
restrita favorecendo a formação de neblinas e nevoeiros e nuvens do tipo
estratificado.

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Variável do Clima: Massas de Ar
• As massas de ar são o veículo da transferência de calor na atmosfera
através do globo. Quando uma massa de ar se desloca, a sua parte
dianteira passa a ser conhecida por frente.
• A massa de ar em deslocamento vai se modificando, porque encontra
condições de superfície diferentes, e o seu movimento provoca
variações de pressão.
• As massas de ar acabam por chocar umas com as outras, normalmente
nas latitudes médias, produzindo a maioria dos fenômenos
meteorológicos mais interessantes.
• O ar de um lado da frente sopra tipicamente numa direção diferente
do outro lado, o que faz com que o ar convirja ou se empilhe na zona
da superfície frontal. Como o ar quente tende a subir e esfriar, e o
vapor de água tende a condensar. Se há suficiente umidade no ar, há
uma probabilidade aumentada de ocorrência de precipitação.

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Variável do Clima: Massas de Ar
• No seu movimento, as massas de ar de diferentes características de
temperatura, pressão e umidade, encontram-se, dando origem ao
chamado sistema frontal, que é composto, de um modo geral, por uma
frente fria, o motor do sistema, e uma frente quente que a antecede. As
frentes oclusas surgem quando a frente fria, movendo-se mais depressa,
ultrapassa a frente quente e ambas se encontram à superfície, na fase
final do sistema.

• No Hemisfério Norte, os ventos que precedem as frentes são


predominantemente de Sudoeste. Os ventos que ocorrem com a
passagem das frentes frias são mais intensos e mais frios e são, no
Hemisfério Norte, predominantemente de Noroeste. No Hemisfério Sul as
direções dos ventos pré-frontais e pós-frontais são as inversas.

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Variável do Clima: Massas de Ar no Brasil
As zonas climáticas brasileiras são influenciadas pela atuação de cinco massas de ar

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Variável do Clima: Massas de Ar no Brasil
1. Massa Equatorial Continental (mEc)
• É uma massa quente e instável originada na Amazônia Ocidental, que atua sobre todas as regiões
do país. Apesar de continental é uma massa úmida, em razão da presença de rios caudalosos e da
intensa transpiração da massa vegetal da Amazônia, região em que provoca chuvas abundantes e
quase diárias, principalmente no verão e no outono. No verão, avança para o interior do país
provocando as “chuvas de verão”.
2. Massa Equatorial Atlântica (mEa)
• É quente, úmida e originária do Atlântico Norte (próximo à Ilha de Açores). Atua nas regiões
litorâneas do Norte do Nordeste, principalmente no verão e na primavera, sendo também
formadoras dos ventos alísios de nordeste.
3. Massa Tropical Atlântica (mTa)
• Origina-se no Oceano Atlântico e atua na faixa litorânea do Nordeste ao Sul do país. Quente e
úmida, provoca as chuvas frontais de inverno na região Nordeste a partir do seu encontro com a
Massa Polar Atlântica e as chuvas de relevo nos litorais sul e sudeste, a partir do choque com a
Serra do Mar. Também é formadora dos ventos alísios de sudeste.
4. Massa Polar Atlântica (mPa)
• Forma-se no Oceano Atlântico sul (próximo à Patagônia), sendo fria e úmida e atuando sobretudo
no inverno no litoral nordestino (causa chuvas frontais), nos estados sulinos (causa queda de
temperatura e geadas) e na Amazônia Ocidental (causa fenômeno da friagem, queda brusca na
temperatura).
5. Massa Tropical Continental (mTc)
• Originada na Depressão do Chaco, é quente e seca e atua basicamente em sua área de origem,
causando longos períodos quentes e secos no sul da região Centro-oeste e no interior das regiões
Sul e Sudeste.
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Variável do Clima: Relevo
• O planeta Terra é extremamente dinâmico. Desde a sua formação, há
cerca de 4,5 bilhões de anos, vem sofrendo constantes alterações. O
dinamismo da superfície terrestre é resultante de duas forças: as forças
endógenas e as forças exógenas.
• Os terremotos e erupções vulcânicas são exemplos de forças endógenas. O
magma, material incandescente no interior do planeta Terra, causa
pressão sobre a superfície terrestre e é responsável pela formação do seu
relevo.
• As forças exógenas são geradas pela absorção da energia solar na
atmosfera do planeta Terra. Elas influenciam a temperatura, a quantidade
de chuvas, a velocidade dos ventos e outros fatores, sendo responsáveis
pela diferenciação do clima em cada área do planeta. Essas forças agem no
desgaste e na modelagem das formas de relevo, além de limitar a
distribuição dos seres vivos na superfície terrestre.
• As origens da formação do relevo brasileiro remontam o período Pré-
cambriano, há mais de 600 milhões de anos. Essas formações geológicas
são bastante antigas evidenciando uma baixa altimetria resultante de um
desgaste muito longo.

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Variável do Clima: Relevo
• O planeta Terra é extremamente dinâmico. Desde a sua formação, há
cerca de 4,5 bilhões de anos, vem sofrendo constantes alterações. O
dinamismo da superfície terrestre é resultante de duas forças: as forças
endógenas e as forças exógenas.
• Os terremotos e erupções vulcânicas são exemplos de forças endógenas. O
magma, material incandescente no interior do planeta Terra, causa
pressão sobre a superfície terrestre e é responsável pela formação do seu
relevo.
• As forças exógenas são geradas pela absorção da energia solar na
atmosfera do planeta Terra. Elas influenciam a temperatura, a quantidade
de chuvas, a velocidade dos ventos e outros fatores, sendo responsáveis
pela diferenciação do clima em cada área do planeta. Essas forças agem no
desgaste e na modelagem das formas de relevo, além de limitar a
distribuição dos seres vivos na superfície terrestre.
• As origens da formação do relevo brasileiro remontam o período Pré-
cambriano, há mais de 600 milhões de anos. Essas formações geológicas
são bastante antigas evidenciando uma baixa altimetria resultante de um
desgaste muito longo.

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Variável do Clima: Relevo
• A Geomorfologia é a ciência que estuda as formas de relevo e, segundo
ela, podemos dividir o território brasileiro em três categorias: planaltos,
depressões e planícies.
• Planaltos: o processo de erosão é maior que o processo de deposição,
apresentando superfícies irregulares como serras, chapadas e morros.
Exemplo de planalto: planalto das Guianas onde se situa o Pico da Neblina
com 2.993,8 metros, o ponto mais elevado do Brasil.
• Depressões: apresentam predominância dos processos erosivos, em
relação aos processos de sedimentação (deposição). As depressões
situam-se em áreas rebaixadas. Exemplo de depressão: Depressão
Periférica onde se localiza a cidade de Rio Claro no estado de São Paulo.
• Planícies: ao contrário dos planaltos e depressões, são áreas onde o
processo de sedimentação sobrepõe ao processo de erosão.

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Variável do Clima: Relevo
• O clima e o relevo se relacionam mutuamente, enquanto o clima é
responsável pelas forças exógenas que modelam o relevo, através dos
ventos, das chuvas e da temperatura, por outro lado, o relevo influencia o
clima, pois altas cadeias de montanhas podem bloquear e direcionar as
massas de ar.

Monções na Índia, causadas pelo


bloqueio de massas de ar de baixa
Massa Equatorial Continental (mEc)
pressão pelo Himalaia
direcionada para a região central e sul
da América do Sul

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Variável do Clima: Relevo
• Em muitas partes do globo, o relevo provoca as chuvas orográficas.
• A chuva orográfica é a produzida pela ascensão de uma coluna de ar
úmido, que encontra com um obstáculo orográfico, como uma montanha.
Em sua ascensão o ar se esfria até atingir o ponto de saturação do vapor
de água, que origina a chuva.
• A orografia tem um papel importante na quantidade, intensidade,
distribuição espacial e duração da precipitação. Em Nova Zelândia ocorrem
algumas das precipitações mais intensas do planeta, especialmente em
alguns pontos muito localizados dos chamados Alpes Neozelandeses, a
maior parte das quais sobre o lado de barlavento, enquanto o lado de
sotavento é bem mais seco.
• Alguns grandes desertos do mundo, tais com
o deserto do Atacama na América do Sul e o
deserto de Gobi na China, se localizam no
sotavento de grandes cordilheiras.

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Variável do Clima: Relevo
• No sul da Alemanha]], um fenómeno muito conhecido como o föhn se
deve à sombra orográfica dos Alpes. Quando o vento em Baviera, em
Suíça]] ou na Áustria]] vem do sul, a maior parte da humidade que
continha tem produzido chuvas intensas no lado meridional das
montanhas, de forma que ao descer pela vertente setentrional (norte) que
corresponde neste caso à vertente de sotavento, é muito seco e tem
menor capacidade calorífica, chegando ao fundo dos vales ou planícies
com temperaturas anomalamente altas pelo aquecimento adiabático do
ar. Aos secadores de cabelo chama-se-lhes föhn em alemão. No oeste dos
Estados Unidos denomina-se-lhe chinook, nome indígena que faz
referência ao vento do oeste após atravessar as montanhas Rocosas
quando se aquece ao baixar após ter perdido sua humidade na ascensão
pelas laderas ocidentais das cordilleras.

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Variável do Clima: Correntes Oceânicas
• Os oceanos são possuem a função de transferir energia por todo o
planeta. Essa transferência de energia é feita, principalmente através das
correntes marítimas ou oceânicas.
• Em oceanografia, chamam-se correntes oceânicas ou correntes marítimas
ao fluxo das águas dos oceanos, ordenadas ou não, decorrentes da inércia
da rotação do planeta Terra, dos ventos e da diferença de densidade. Suas
movimentações não são bem definidas por haver continentes e ilhas ao
longo da sua movimentação, portanto, correm com grande variabilidade.
Influenciam na pesca, na vida marinha e no clima.

• A costa sul do Brasil é, durante certa


parte do ano, banhada por mais uma
corrente marinha, a Corrente das
Malvinas, proveniente da região do
círculo polar antártico que traz águas
frias do Atlântico Sul, onde chega a ter
contato com a Corrente Circumpolar
Antártica.

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Variável do Clima: Correntes Oceânicas
• A corrente das Malvinas costuma adentrar sob as águas mais aquecidas de
procedência tropical, enquanto que no Atlântico Norte, na região da
península ibérica, as mesmas águas que entram e saem pelo Estreito de
Gibraltar no Mar Mediterrâneo não respeitam esse princípio, devido no
percurso, modificarem o grau de salinidade das águas mais aquecidas
tornando-as mais pesadas.
• As correntes marítimas, se dividem em correntes frias e correntes
quentes:
• Correntes quentes: formam-se na zona intertropical, próxima à Linha do
Equador, e movimentam-se em direção às zonas polares.
• Correntes frias: formam-se nas zonas polares e movimentam-se em
direção à região equatorial.

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Variável do Clima: Correntes Oceânicas
• A corrente termoalina: a circulação termoalina ou termosalina refere-se à
circulação oceânica global movida pelas diferenças de densidade das águas dos
oceanos devidas a variações de temperatura ou salinidade em alguma região
oceânica superficial. O aumento de densidade pode ocorrer devido ao
resfriamento da água, ao excesso de evaporação sobre a precipitação ou ainda à
formação de gelo e consequente aumento de salinidade das águas vizinhas.

Quando um sal é dissolvido na água na


Quando a água é resfriada até água a densidade da solução cresce com
4oC a sua densidade aumenta. a concentração.

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Variável do Clima: Correntes Oceânicas
• O aumento da densidade da água na superfície faz com que esta se afunde e desloque
água profunda. O prosseguimento é um fluxo horizontal, com as águas recém-afundadas
deslocando as antigas residentes no local. Como o processo de formação de águas densas
está principalmente ligado à redução de temperatura ou aumento de salinidade devido à
formação de gelo, geralmente as correntes termoalinas originam-se em altas latitudes.
Estas águas frias e densas afundam e lentamente fluem em direção ao equador.
• A velocidade das correntes termoalinas é muito pequena, cerca de 1 cm/s. Usando-se o
conceito de tempo de residência, que é o tempo médio que uma dada substância (água
profunda, neste caso) permanece no oceano antes de ser reciclada, podem ser
necessários cerca de 500 a 1000 anos para repor toda a água profunda do Oceano
Atlântico.

Na parte azul, a corrente é quente e na parte roxa é fria


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Variável do Clima: Vegetação
ONDE HÁ VIDA NA TERRA?

Exceto pelas calotas polares e os picos permanentemente congelados das


montanhas mais altas, quase todos os ambientes terrestres na Terra podem e
suportam a vida.
Cássio
Eng. Henrique
Ambiental Giusti
– Prof. Cezare
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Variável do Clima: Vegetação
O SOLO COMO SUBSTRATO PARA A VEGETAÇÃO

QUANDO SE INICIA A FORMAÇÃO DOS SOLOS?


Áreas de rochas nuas e outros substratos estéreis criados pelas
erupções vulcânicas ou outros eventos geológicos são gradualmente
transformados em habitas capazes de sustentar comunidades
ecológicas viventes, através de um processo denominado sucessão
primária (BROWN e LOMOLINO, 2006).

Cássio
Eng. Henrique
Ambiental Giusti
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Variável do Clima: Vegetação
O SOLO COMO SUBSTRATO PARA A VEGETAÇÃO

SUCESSÃO PRIMÁRIA

Cássio
Eng. Henrique
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Variável do Clima: Vegetação
O SOLO COMO SUBSTRATO PARA A VEGETAÇÃO

PEDOGÊNSE
Conjunto de processos que atuam na formação do solo.
O processo da sucessão primária envolve a formação de solo, o
desenvolvimento da vegetação e formação de um complemento de
micróbios, plantas e espécies animais (BROWN e LOMOLINO, 2006).

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Eng. Henrique
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Variável do Clima: Vegetação
O SOLO COMO SUBSTRATO PARA A VEGETAÇÃO
PEDOGÊNESE
FATORES DE FORMAÇÃO DOS SOLOS
rocha, clima, relevo, fatores orgânicos e tempo geológico

Cássio
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Variável do Clima: Vegetação
RELAÇÕES ENTRE O CLIMA E OS TIPOS DE SOLOS ZONAIS

Cássio
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Variável do Clima: Vegetação
BIOMAS TERRESTRES

Cássio
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Variável do Clima: Vegetação
Climograma: Quantifica alguns aspectos das relações entre clima e tipos de
vegetação.

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Variável do Clima: Vegetação
DISTRIBUIÇÃO GLOBAL DAS FLORESTAS TROPICAIS E
TEMPERADAS ÚMIDAS

Cássio
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Variável do Clima: Vegetação
DISTRIBUIÇÃO GLOBAL DAS FLORESTAS TROPICAIS E
TEMPERADAS ÚMIDAS
As florestas temperadas úmidas (indicadas por flechas) estão limitadas em
regiões ao longo da costa oeste dos continentes e grandes ilhas nas
latitudes médias.
As florestas tropicais úmidas estão distribuídas muito mais amplamente,
entre latitudes de 10º N e 10º S.

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Variável do Clima: Vegetação
CLIMA SOLOS

BIOMAS
PRECIPITAÇÃO

Cássio
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Variável do Clima: Vegetação
MAPA DE CLIMA DO BRASIL

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Variável do Clima: Vegetação
MAPA DE BIOMAS DO BRASIL

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Variável do Clima: Vegetação
MAPA DE VEGETAÇÃO DO BRASIL

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Variável do Clima: As Influências Antropogênicas
• O ser humano tem uma enorme capacidade de alterar o ambiente. Isso é feito para a
sobrevivência humana. A construção de cidades é de extrema importância para o
desenvolvimento da sociedade, que altera o espaço a fim de estruturar:
– edificações,
– sistemas de saneamento,
– energia elétrica,
– sistemas de transporte,
– reservatórios de água,
– parques industriais, etc.
• Conforme as cidades crescem, ocorrem aumentos significativos de alterações no clima
local, tais como:
– alteração na temperatura,
– diminuição da umidade,
– alteração no regime pluviométrico local,
– alteração na composição atmosférica (mais dióxido de carbono, metano, etc.),
– alteração na circulação atmosférica (devido a edificações de grande porte), etc.
• Todos esses efeitos no clima ocorrem, pois ocorre:
– diminuição da cobertura vegetal,
– aumento na reflexão de raios solares,
– emissão de gases poluentes (transporte, indústrias, geração de energia elétrica, etc.),
– diminuição do volume de água nas redes de drenagem (rios, lagos, etc.)

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Variável do Clima: As Influências Antropogênicas
• Desta forma, nos locais das áreas urbanizadas com maior densidade de edificações, com
maior quantidade de solos impermeabilizados, com menor quantidade de cobertura
vegetal, com maior quantidade de automóveis em circulação, com maior quantidade de
indústrias, formam-se ilhas de calor, que podem ser mapeadas com a utilização de
imagens de satélite.

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Emissões por
combustíveis fósseis

desmatamento
CO2 atmosferico

Sumidouro oceânico

Sumidouro terrestre
(vegetação)

Error analysis:

FF + other emissions: 0.3 PgC/y


Land Use change: 1.0 PgC/y
Atmospheric increase: 0.1 PgC/y
Ocean uptake: 0.5 PgC/y
Corine Le Quere (GCP), 2006
Residual Land use: 1.2 PgC/y
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Evolução temporal do CO2. Fonte: UNEP.

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(B)

A) Emissões de dióxido de carbono provenientes de processos industriais.


B) Emissões de dióxido de carbono proveniente de mudança no uso do solo.
Valores em milhares de toneladas por ano, de acordo com os círculos.
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As calotas polares registram a história da atmosfera
terrestre por milhões de anos, na forma de bolhas de ar
aprisionadas no gelo.

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Um Sistema Terrestre Integrado

... e que tem operado dentro de certos limites por centenas de milhares
de anos!
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Limites Climáticos “Perigosos”
• 0,6 C Branqueamento de corais

• 0,6 C Perda de gelo da Antártica Ocidental

• 0,7 C Desaparecimento da geleira do Kilimanjaro

• 1,0 C Desaparecimento das geleiras dos Andes tropicais

• 1,6 C Início do derretimento da geleira da Groelândia

• 2-3 C Colapso da floresta Amazônica

• 4 C Colapso da corrente termohalina


– Source: Exeter Conference, 2005

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Atmosfera mais quente  maior quantidade de vapor
d’água na atmosfera  aumento da ocorrência de eventos
extremos

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A Conexão entre Aquecimento Global e o
Ciclo Hidrológico

Aquecimento

Temperatura Evaporação

Umidade
Saturated Vapor Pressure
Capacidade
de Reter Atmosférica
Água

Seca Inundação Efeito Intensidade


Estufa da Chuva
t t+20
Temperature oF
Seca Inundação

Created by: Gi-Hyeon Park


Cortesia: S. Sarooshian, U. California-Irvine Eng. Ambiental – Prof. Dr. Nilson C. Ferreira
Furacão Catarina (27 de março de 2004): primeiro furacão
observado no Atlântico Sul!
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¾ das Emissões Brasileiras de CO2 advindas dos
Desmatamentos!

Emissão brasileira de CO2 em 1994 por setor


0%
23%

3%

0%
v

74%

Energia Processos Industriais


Agropecuária Desmatamento e queimadas
Tratamento de resíduos

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Emissões per capita de CO2 por combustíveis
Toneladas de Carbono per capita fósseis + mudança no uso da terra (1994)

Fonte: JCM5 (www.climate.be/jcm) e IVIG/COPPE/UFRJ (www.ivig.coppe.ufrj.br) a partir de


CDIAC (cdiac.ornl.gov) para combustíveis fósseis e UNFCCC (unfccc.int) para LULUCF – absorções
são subtraídas pela cor branca e emissões adicionadas em outra cor. Cortesia: C. Campos, aluno de
doutorado da COPPE/UFRJ.
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Desmatamento na Amazônia Brasileira
35000

30000 2004
Desflorestamento (km² per year)

25000

2005
20000
2006?

15000 Tendência
declinante do
10000 desmatamento?

5000

0
0

5
8*

/9

/9

/9

/9

/9

/0

/0

/0
/8

89

91

94

96

98

00

02

04
77

* m édia annual da década


Dados INPE, 2006
Dados do INPE, 2005

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Radiação Solar
• Insolação= Radiação Solar/ unidade de área

• Depende do ângulo de incidência dos raios solares;

• Ângulo de incidência depende da latitude, do dia do ano e da hora do dia.

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Radiação Solar
Média Anual
• Fluxo Incidente Médio no Equador:
– Ft = S/p = 1367 Wm-2/p435 Wm-2
• Fluxo Incidente Médio Global:
– Fg = S/4 = 1367 Wm-2/4341 Wm-2
S é o valor da constante solar, medido por satélites logo acima da atmosfera terrestre.

• Dependência Latitudinal da Radiação Incidente

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Radiação Solar
Variação Sazonal

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Radiação Solar
Variação Mensal

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Radiação Solar
Variação Diária

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Radiação Solar
Radiação Líquida: Variação Diária
Radiação recebida descontada da radiação emitida: RL=R – R

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Radiação Solar
Média anual de insolação diária no Brasil (horas)

Fonte: ATLAS Solarímétrico do Brasil. Recife : Editora Universitária da UFPE, 2000. (Adaptado)

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Radiação Eletromagnética
Praticamente toda a troca de energia entre a Terra e o resto do Universo
ocorre por radiação, que é a única que pode atravessar o relativo vazio do
espaço. O sistema Terra-atmosfera está constantemente absorvendo
radiação solar e emitindo sua própria radiação para o espaço. Numa média
de longo prazo, as taxas de absorção e emissão são aproximadamente
iguais, de modo que o sistema está muito próximo ao equilíbrio radiativo.
A radiação também tem papel importante na transferência de calor entre
a superfície da Terra e a atmosfera e entre diferentes camadas da
atmosfera.

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Radiação Eletromagnética

• O comprimento de onda (l) é a distância entre cristas (ou cavados) sucessivos; a


frequência de onda (u) é o número de ondas completas (1 ciclo) que passa por um
dado ponto por unidade de tempo (s).
• O comprimento de onde (l) é inversamente proporcional à frequencia (u), que é
diretamente proporcional à energia (e).

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Radiação Eletromagnética

• A radiação eletromagnética pode ser considerada como um conjunto de


ondas (elétricas e magnéticas) cuja velocidade no vácuo é (300.000 km/s).
As várias formas de radiação, caracterizadas pelo seu comprimento de
onda, compõem o espectro eletromagnético.

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Radiação Eletromagnética

• Quando a radiação eletromagnética atingem a superfície, sofrem reflexão,


transmissão e absorção.

• Reflexão: é a capacidade da superfície de um material refletir a luz do sol


(incluindo as ondas de luz visível, infravermelho e ultravioleta) em uma
escala de 0 a 1. Um valor 0.0 indica que a superfície absorve e/ou transfere
toda a radiação solar e um valor de 1.0 indica total reflexão.

• Transmissão: é a passagem dos raios solares na atmosfera (ou qualquer


corpo) que aquecem o nosso ambiente.

• Emissividade: é a capacidade de uma superfície absorver ou emitir radiação


eletromagnética.

• Absorção: toda energia absorvida produz calor (em circunstâncias especiais


algumas ondas se tornam fluorescentes). O calor transita entre altas e
baixas temperaturas. Porém, o calor produzido pela absorção aumenta a
temperatura do material que pode ser conduzido através do material ou
dissipado a partir da sua superfície.

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Radiação Eletromagnética

• Apesar da divisão do espectro em


intervalos, todas as formas de
radiação são basicamente iguais.
Quando qualquer forma de
energia radiante é absorvida por
um objeto, o resultado é um
crescimento do movimento
molecular e um correspondente
crescimento da temperatura.

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Radiação Eletromagnética
• Atmosfera é quase transparente ao visível, no pico do espectro do Sol;
• Atmosfera é muito opaca ao UV;
• Atmosfera é um pouco opaca ao IV, muito opaca em algumas bandas e transparente
em outras;
• N2 não figura na absorção e O2 absorve somente no UV longínquo e um pouco no IV.

• A absorção é dominada pelas moléculas


triatômicas:
• –O3 na banda do UV;
• –H2O, CO2 e outros na banda do IV.
• Moléculas triatômicas tem modos
vibracionais e rotacionais que são
facilmente excitados pela radiação nos
comprimentos de onda do IV.
• Elas estão em baixa concentração na
atmosfera e vulneráveis a ação
antropogênica.

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Radiação Eletromagnética

• Albedo é definido como a razão entre a irradiância eletromagnética refletida


(de forma direta ou difusa) e a quantidade incidente. É uma medida
adimensional e costuma ser apresentada em porcentagem e é um
importante parâmetro radiométrico.

Albedo para algumas superfícies no intervalo visível ( % )


Solo descoberto 10-25
Areia, deserto 25-40
Grama 15-25
Floresta 10-20
Neve (limpa, seca) 75-95
Neve (molhada e/ou suja) 25-75
Superfície do mar (sol > 25°acima do hor.) <10
Superfície do mar (pequena altura do sol) 10-70
Nuvens espessas 70-80
Nuvens finas 25-50

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Observações de Dados Climáticos

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Observações de Dados Climáticos
• O Abrigo da estação meteorológica
encontra-se a uma altura de 1,5 metros
e é construído por ripas de madeira,
pintadas na cor branca, que permitem
uma ventilação natural e ao mesmo
tempo permitem criar condições de
sombra. A porta do abrigo encontra-se
virada para o pólo mais próximo, para
que quando esta se abra, os raios
solares não incidam diretamente sobre
os instrumentos contidos no seu interior,
que são:
- Termometro de máxima e de mínima;
- Psicrómetro;
- Termohigrógrafo;
- Barógrafo;
- Evaporímetro de Piche.

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Observações de Dados Climáticos
• O termômetro de máxima possui um tubo no tubo capilar, o mercúrio que capilar
por onde passa mercúrio quando a temperatura aumenta. Devido a um
estrangulamento, quando a temperatura diminui, o mercúrio não retorna, se o
termômetro estiver na horizontal. Para que o mercúrio regressa ao reservatório é
necessário sacudi-lo energicamente, mas esta operação só é realizada depois de
efetuada e leitura.
• O termômetro de mínima é um termômetro de álcool com um pequeno indicador
móvel, em forma de halteres, introduzido no líquido, que devido força de tensão
superficial, nunca atravessa o tubo. Quando a temperatura sobe, o indicador fica
retido, indicando o valor mínimo atingido.
• Relativamente a esses dois termômetros é importante considerar dois aspectos
fundamentais, para que as observações sejam rigorosas, por um lado, as leituras
devem ser efetuadas sem deslocar os termômetros do seu lugar e feitas o mais
rápido possível, a fim de evitar que a temperatura se altere com a aproximação
do corpo. Por outro lado, deve-se começar por fazer primeiro as leituras das
décimas e só depois dos graus. Estes dois termômetros devem ser os primeiros a
serem lidos.

Termômetro de máxima
em cima e termômetro de
Mínima em baixo.

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Observações de Dados Climáticos
• O Psicrômetro é um aparelho constituído por dois
termômetros idênticos colocados um ao lado do outro,
que serve para avaliar a quantidade de vapor de água
contido no ar. A diferença entre os dois termômetros é
que um deles trabalha com o bulbo seco e o outro com o
bulbo úmido. Esse dispositivo é muito utilizado para a
determinação do ponto de orvalho e da umidade relativa
do ar..
• O termômetro úmido é um termômetro simples envolvido
por uma mangueira bem esticado, cuja extremidade se
encontra mergulhada num recipiente com água
destilada. O seu comprimento deve ser tal que a água
atinja o termômetro na mesma temperatura a que se
encontra no reservatório. A mangueira deve conservar-se
limpa, pois as poeiras e os sais dissolvidos na água tendem
a depositar-se na mangueira, afetando o fluxo da água,
originando assim leituras incorretas.
Termômetro de
• O termômetro seco, como é um termômetro sensível, bulbo seco e
indica-nos a temperatura real do ar no momento da
observação e refere-se sempre à temperatura à sombra e termômetro
sob as condições do abrigo. de bulbo úmido
• Os termômetros, seco e úmido, estão colocados
verticalmente num suporte, um ao lado do outro, dentro
do abrigo. O reservatório do termômetro úmido é
colocado de tal modo que a sua boca se encontra um
pouco mais abaixo do que o próprio termômetro.
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Observações de Dados Climáticos
• O termohigrógrafo realiza o registro semanal da
temperatura e da umidade relativa do ar
• Este equipamento é constituído por:
- Uma caixa metálica;
- Um cilindro com um dispositivo marcador de
tempo, sobre o qual se coloca um gráfico especial
(duplo gráfico);
- Uma barra de metal com duas agulhas de
registro. Cada agulha possui uma extremidade
livre, situada junto ao gráfico, e a outra
extremidade presa a uma fibra sintética. Essa fibra
contrai ou distende de acordo com as variações da
umidade do ar e da amplitude térmica. Termohigrógrafo
• Conforme as condições de temperatura e
umidade, as fibras vão-se distendendo ou
contraindo, provocando oscilações nas agulhas.
Estas, devido ao movimento de rotação do gráfico
registram as variações de temperatura (amplitude
térmica) e de umidade relativa ao longo dos dias
durante uma semana. Ao fim de uma semana os
papéis dos gráficos são substituídos. Nas
substituições dos papéis dos gráficos deve se evitar
as oscilações da agulhas. Este cuidado deve ter-se
diariamente ao manusear os instrumentos
colocados no interior do abrigo.
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Observações de Dados Climáticos
• Barógrafo, é um barômetro registrador, é constituído por uma pilha de
caixas caneladas fixas umas às outras. A expansão e contração destas
caixas é amplificada por um sistema de alavancas apropriado. Este
movimento é depois transmitido ao ponteiro, que vai registrando sobre
um gráfico enrolado em volta de um cilindro. Neste gráfico faz-se o
registro semanal das pressões atmosféricas.

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Observações de Dados Climáticos
• Evaporímetro de piché, é constituído por
um tubo cilíndrico, de vidro, de
aproximadamente 30 cm de
comprimento e 1 cm de diâmetro,
fechado na parte superior e aberto na
inferior. A extremidade inferior é
tampada, depois do tubo estar cheio
com água destilada, com um disco de
feltro, de 3 cm de diâmetro, que deve
ser previamente molhado com água.
Este disco é fixo depois com uma mola.
A seguir, o tubo é preso por intermédio
de uma argola a um gancho situado no
interior do abrigo. A evaporação é
calculada pelo abaixamento do nível da
água no tubo.

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Observações de Dados Climáticos
• Os tanques de evaporação são constituídas por um tanque cilíndrico, em chapa de
ferro galvanizado, com 1,2 m de diâmetro e 26 cm de altura, apresentando,
aproximadamente 1,20 m de superfície evaporante. Esses tanques são apoiados
num estrado de madeira a 7 cm do solo para que o ar possa circular livremente por
baixo.
• O nível da água no tanque deve situar-se sempre próximo de uma marca sinalizada
a 6 cm da borda, e nunca deve baixar a menos de 18 cm da borda. Quando o nível
da água baixa, a influencia do vento diminui, podendo ocorrer diferenças
significativas na evaporação.
• A radiação solar é a fonte de energia responsável pela evaporação no tanque. As
medições são efetuadas num poço amortecedor, rodando um parafuso
micrométrico até que a ponta toque a película da superfície da água. Este poço
consiste num cilindro metálico de 8 cm de diâmetro e 23 cm de altura e serve para
evitar a ondulação da água. O parafuso micrométrico está graduado em intervalos,
permitindo calcular a evaporação até a milésima parte do milímetro.
• A evaporação obtém-se, subtraindo a leitura de cada dia da leitura do dia anterior e
somando a esta diferença da precipitação ocorrida. Se não chover, a evaporação é
igual à diferença das referidas leituras. Se houver necessidade de acrescentar ou
tirar água do tanque, devem-se fazer sempre duas leituras; uma é feita antes de
acrescentar ou tirar a água (serve para fazer a diferença com a leitura do dia
anterior), a outra, é feita depois de acrescentar ou tirar a água (serve para fazer a
diferença com a leitura do dia seguinte). Em dias com precipitação muito elevada é
frequente aparecer resultados de evaporação negativa.

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Observações de Dados Climáticos
• Instalados no tanque existem ainda dois termômetros (um de máxima e
outro de mínima) e um anemômetro a 40 cm. Os dois termômetros
mantêm-se sempre ao nível da água através de flutuadores.

Tanques de evaporação

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Observações de Dados Climáticos
• Termômetro de relva, também chamado
termômetro de mínima na relva, é idêntico
ao termômetro de mínima (termômetro de
álcool) e deve instalar-se num canteiro de
relva, horizontalmente, sobre duas
forquilhas de madeira a uma pequena
altura do solo. Tocando ao de leve na relva
destina-se a obter informação sobre a
geada.
• Quando exposto ao sol, podem aparecer
neste termômetro bolhas na coluna de
álcool . Daí que não se deva deixá-lo
exposto durante o dia. É recomendado
principalmente no verão, após fazer a
leitura da manhã, guardá-lo no abrigo e
torná-lo a colocar no suporte ao fim do dia.

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Observações de Dados Climáticos
• Os termômetros de profundidade
devem ser instalados a 10, 15, 20, 50
e 100 cm. Tratam-se de termômetros
de mercúrio, em que todos , exceto o
de 100 cm, são de tubo dobrado em
ângulo apropriado. A escala situa-se
na parte da haste que emerge do solo.
Assim, a leitura é feita sem se mexer
nos termômetros.
• O termômetro de 100 cm é suspenso
num tubo de ferro enterrado a essa
profundidade. O reservatório de
mercúrio é envolvido em cera, o que
permite a remoção do termômetro do
solo, sem que o seu valor se altere. Na
parte superior, o tubo de ferro é
vedado para não deixar infiltrar a
água.

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Observações de Dados Climáticos
• O udômetro, ou pluviômetro é constituído
por um cilindro metálico, seccionado ao
meio e com uma abertura superior
horizontal (boca) onde se situa um funil. No
interior deste cilindro existe um recipiente
que recolhe de água. A precipitação que
entra, escorre peles paredes do funil sendo
recolhida no recipiente. O funil é concebido
de modo a não haver perdas de chuva e
para tal as suas paredes são suficientemente
profundas e com uma inclinação superior a
45o.
• A medição da precipitação é feita colocando
a água do recipiente ou do próprio cilindro,
no caso de transbordamento, numa proveta
graduada em mm. Ao fazer a leitura da
proveta, deve-se ter o cuidado de a manter
sempre na vertical e colocar a superfície da
água à altura dos olhos. Os udômetros de
medição diária devem ser lidos com
aproximação aos 0,1 mm.
• Este aparelho embora nos dê uma indicação
quantitativa da precipitação, não nos
permite relacionar a quantidade
pluviométrica com o fator tempo. Trata-se
de uma medição feita uma vez por dia e a
uma hora determinada.
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Observações de Dados Climáticos
• Os Instrumentos que permitem conhecer a variação
da precipitação em função do tempo (começo,
duração e intensidade) são denominados udógrafos.
• Um udógrafo é constituído por:
- Um funil de recepção da precipitação;
- Um reservatório que contém um flutuador;
- Um cilindro sobre o qual á colocado o udograma
(gráfico do registro da queda pluviométrica), em cujo
no interior existe um relógio;
- Um depósito na parte interior do aparelho
destinado a recolher a água.
• À medida que o nível da água sobe no reservatório, o
movimento vertical do flutuador é transmitido à um
apêndice metálico, que se desloca sobre o gráfico. O
udograma possui uma graduação de zero até dez
mm, e quando atinge os 10 milímetros ocorre uma
descarga automática da água para o depósito
situado na parte inferior do aparelho. A bóia, após a
descarga, retoma a sua posição inicial que
corresponde à posição zero no udograma. Quando
da colocação do gráfico deve-se escrever a data, o
nome da estação, quando este é retirado, o dia e o
valor da precipitação correspondente.

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Observações de Dados Climáticos
• Para medir a velocidade do vento utilizam-se
anemômetros. Os mais usados são os
anemômetros de copos de forma
hemisférica. Estes copos movimentam-se
com uma velocidade proporcional à do
vento. O resultado á dado em km/h ou em
m/seg. Registrando-se as leituras do
contador sempre à mesma hora em cada dia
e fazendo-se a subtração em dias
consecutivos, o resultado é dado em km/dia.
• A velocidade do vento raramente é
constante durante um período de tempo
considerável. De um modo geral, varia rápida
e continuamente, e as suas variações são
irregulares tanto em período como em
duração - propriedade da turbulência.
• Para quase todos os efeitos é necessário
considerar a velocidade média.

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Observações de Dados Climáticos
• Heliógrafo: Aparelho que mede a Insolação, ou seja, mede o intervalo de
tempo de céu descoberto quando o Sol se encontra acima do horizonte.
• É constituído por uma esfera de vidro maciço e transparente, de 10 cm de
diâmetro, que atua como um filtro da radiação solar e a faz convergir
sobre uma tira de cartão (heliograma), colocada numa concha metálica. A
esfera atua como uma lente convergente em qualquer direção que os
raios solares incidam. O foco forma-se sobre os heliogramas queimando-
os ao longo de uma linha, linha esta que é interrompida sempre que o sol
é ocultado pelas nuvens. Na concha metálica é ainda possível observar-se
uma escala, que tem por finalidade, ajustar o aparelho à latitude da
estação. De fato, este instrumento deve estar perfeitamente nivelado e
orientado, no sentido sul, devido ao movimento anual aparente do sol.

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Observações de Dados Climáticos
• A estação meteorológica automática, é
uma estação que possibilita a observação
de dados climáticos de uma forma
automatizada, segundo um intervalo de
tempo estabelecido. Este sistema é
composto por um conjunto de sensores, os
quais medem, instante a instante, os vários
elementos climáticos.
• Esta informação é enviada para a memória
do sistema, a qual, com base nos valores
instantâneos determina, as médias
horárias dos elementos climáticos
medidos. Estes dados ficam armazenados
até serem exportados via rede ou através
de um computador portátil.
• A estação meteorológica automática
podem conter os seguintes sensores:
Termômetro, higrômetro, anemômetro,
cata-vento, pluviômetro e piranómetro.
Desta forma são medidos os seguintes
elementos: temperatura do ar, umidade
relativa, velocidade e direção do vento,
precipitação e radiação solar global.

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Processando as Observações de Dados Climáticos
• Após a observação sistemática de um conjunto de dados climáticos, obtidos a
partir do registro de instrumentos e/ou sensores instalados em estações
meteorológicas, dá se início ao processamento dos mesmos, a fim de se obter
informações acerca do tempo e do clima.
• Utilizando-se técnicas de estatística, é possível: analisar os dados de variáveis
(temperatura, pressão, pluviometria, etc.) coletados em uma estação, consolidar
variáveis de um conjunto de estações, ou ainda espacializar dados climáticos
considerando observações de conjuntos de estações distribuídas por uma região.
• É possível obter dados diretamente a partir de observações de instrumentos em
estações, ou ainda, a partir de bancos de dados disponíveis em instituições, ou
ainda na internet. Exemplo: dados históricos de PCD (Plataformas de Coleta de
Dados)

http://www.sinda.crn2.inpe.br/P
CD/historico/consulta_pcdm.jsp

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Processando as Observações de Dados Climáticos
http://www.sinda.crn2.inpe.br/PCD/historico/consulta_pcdm.jsp

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Processando as Observações de Dados Climáticos
Depois dos dados serem consultados, eles podem ser exportados para o Excel

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Processando as Observações de Dados Climáticos
• Aplicação de técnicas de estatística
• Média 

• Desvio-Padrão 

• Coeficiente de variação  cv = ; se cv > 0,1  forte dispersão

• Valor Máximo

• Valor Mínimo

• Amplitude = Máximo – Mínimo

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Processando as Observações de Dados Climáticos
• Tomando as temperaturas do ar, observadas pela PCD de Goiânia, para o
ano de 2008, podemos fazer:

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Processando as Observações de Dados Climáticos
• Para calcular valores médios, desvio-padrão, etc., para cada mês,
podemos utilizar a tabela dinâmica do Excel:

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Processando as Observações de Dados Climáticos
• A partir dos resultados da tabela dinâmica podemos produzir gráficos para
visualizar o comportamento da temperatura, por exemplo:

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Processando as Observações de Dados Climáticos
• Em estatística, regressão linear é um método para se estimar a condicional (valor
esperado) de uma variável y, dados os valores de algumas outras variáveis x.
• A regressão, em geral, trata da questão de se estimar um valor condicional
esperado.
• A regressão linear é chamada "linear" porque se considera que a relação da
resposta às variáveis é uma função linear de alguns parâmetros. Os modelos de
regressão que não são uma função linear dos parâmetros se chamam modelos de
regressão não-linear.
• Para se estimar o valor esperado, usa-se de uma equação, que determina a
relação entre ambas as variáveis.

Yi = a + b Xi + ei
• Em que: Yi - Variável explicada (dependente); é o valor que se quer atingir;
• a- É uma constante, que representa a interceptação da reta com o eixo vertical;
• b- É outra constante, que representa o declive da reta;
• Xi - Variável explicativa (independente), representa o fator explicativo na equação;
• ei - Variável que inclui todos os fatores residuais mais os possíveis erros de
medição. O seu comportamento é aleatório, devido à natureza dos fatores que
encerra. Para que essa fórmula possa ser aplicada, os erros devem satisfazer
determinadas hipóteses, que são: serem variáveis normais, com a mesma
variância (desconhecida), independentes e independentes da variável explicativa
X.
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Processando as Observações de Dados Climáticos
• Cálculo de a, b e r2 Considerando as médias de temperatura,
onde 2009 é y e 2008 é x
Mês Temp 2009 Temp 2008
01 27.04032258 26.70242915
02 26.51801802 27.27155172
03 27.25604839 26.91666667
04 27.00652174 26.48333333
05 26.41330645 25.99193548
06 25.59555556 24.68125
07 25.16872428 23.99591837
08 25.28846154 24.05040323
09 25.83982684 25.31799163
10 26.15447154 25.82995951
11 26.89958159 26.51694915
12 27.24395161 26.75

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Processando as Observações de Dados Climáticos
• Cálculo de a, b e r2 Considerando as médias de temperatura,
• SXY = 8.641468708 onde 2009 é y e 2008 é x
• SXX = 13.87895356
• SYY = 6.247676709 Mês Temp 2009 Temp 2008
• a = 10.25771648 01 27.04032258 26.70242915
• b = 0.622631142 02 26.51801802 27.27155172
• r2 = 0.861191733 03 27.25604839 26.91666667
04 27.00652174 26.48333333
• Assim:
05 26.41330645 25.99193548
06 25.59555556 24.68125
07 25.16872428 23.99591837
08 25.28846154 24.05040323
09 25.83982684 25.31799163
10 26.15447154 25.82995951
11 26.89958159 26.51694915
12 27.24395161 26.75

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Processando as Observações de Dados Climáticos
• Teste de hipóteses
Em estatística, um Teste de Hipóteses é um método para verificar se os dados são
compatíveis com alguma hipótese, podendo muitas vezes sugerir a não-validade
de uma hipótese. O teste de hipóteses é um procedimento estatístico baseado na
análise de uma amostra, através da teoria de probabilidades, usado para avaliar
determinados parâmetros que são desconhecidos numa população.
Um Teste de Hipóteses pode ser paramétrico ou não-paramétrico. Testes paramétricos
são baseados em parâmetros da amostra, por exemplo média e desvio padrão. O
uso tanto dos testes paramétricos como dos não-paramétricos está condicionado
à dimensão da amostra e à respectiva distribuição da variável em estudo.
Os testes de hipóteses são sempre constituídos por duas hipóteses, a hipótese nula
H0 e a hipótese alternativa H1.
* Hipótese nula (H0) : é a hipótese que traduz a ausência do efeito que se quer
verificar.
* Hipótese alternativas (H1) : é a hipótese que o investigador quer verificar.
* Nível de significância: a probabilidade de rejeitar a hipótese nula quando ela é
efetivamente verdadeira (ERRO)
Finalidade: avaliar afirmações sobre os valores de parâmetros.

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Processando as Observações de Dados Climáticos
• Teste de t de Student
Teste pareado (quantidades iguais de amostras)

Teste em quantidades diferentes de amostras

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Processando as Observações de Dados Climáticos
• Teste de hipóteses A temperatura média em 2009 foi de
Mês Temp 2009 Temp 2008 26,36873251 oC, em 2008 foi de
01 27.04032258 26.70242915 25,87569902 oC. Numericamente elas
02 26.51801802 27.27155172 não diferentes, mas será que elas são
03 27.25604839 26.91666667 estatisticamente diferentes? Afinal
04 27.00652174 26.48333333 alguns meses de 2008 foram em
05 26.41330645 25.99193548 média mais quentes que 2009 e vice-
06 25.59555556 24.68125
versa.
07 25.16872428 23.99591837
Vamos aplicar o teste de hipóteses t
08 25.28846154 24.05040323
de Student.
09 25.83982684 25.31799163
10 26.15447154 25.82995951
11 26.89958159 26.51694915
12 27.24395161 26.75

H0: As temperaturas médias de 2009 e 2008 são estatisticamente iguais;


H1: As temperaturas médias de 2009 e 2008 são estatisticamente diferentes;

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Processando as Observações de Dados Climáticos
• Exemplo Temp. média 2009 = 26,36873251 oC;
Mês Temp 2009 Temp 2008 Temp. média 2008 = 25,87569902 oC;
01 27.04032258 26.70242915
02 26.51801802 27.27155172 Var. Temp. 2009 = 0,567970609
03 27.25604839 26.91666667 Var. Temp. 2008 = 1,261723048
04 27.00652174 26.48333333
05 26.41330645 25.99193548
06 25.59555556 24.68125
07 25.16872428 23.99591837
08 25.28846154 24.05040323
09 25.83982684 25.31799163
10 26.15447154 25.82995951
11 26.89958159 26.51694915
12 27.24395161 26.75

H0: As temperaturas médias de 2009 e 2008 são estatisticamente iguais;


H1: As temperaturas médias de 2009 e 2008 são estatisticamente diferentes;

t_calculado = 1,262635087

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Processando as Observações de Dados Climáticos
• Exemplo
t_calculado = 1,262635087

Olhando na tabela da distribuição t de


Student, temos para n-1 graus de
liberdade, com significância de 5% o t
crítico.

Graus de liberdade = n1 + n2 - 2
Graus de liberdade= 12 + 12 – 2 = 22

Se t_calculado < t_crítico: H0 é rejeitado

Assim 1,2626 < 2,074, então a podemos


concluir, com 5% de incerteza, que o a
temperatura média observada na estação
meteorológica de Goiânia, em 2009, foi
superior que a temperatura média de
observada em 2008.

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Processando as Observações de Dados Climáticos
• Interpolação de Dados
As estações meteorológicas são distribuídas pela superfície terrestre, e
cada uma delas portanto se localiza em uma determinada coordenada
geográfica (latitude, longitude e altitude).
Desta forma, podemos tratar os dados coletados pelas estações
meteorológicas como amostras do clima, que estão distribuídas no espaço
e no tempo.
A partir dessas amostras, podemos fazer inferências sobre os dados
climáticos no espaço e no tempo, ou seja, podemos estimar as variáveis
climáticas (temperatura, pluviometria, etc.) em locais onde não existem
estações, ou ainda em momentos quando não foram realizadas
observações climáticas. Neste momento, o objetivo é estimar dados
climáticos no espaço, através de alguns métodos de interpolação
disponíveis.
Os dados das estações meteorológicas são pontuais, ou seja, cada estação
corresponde a um ponto no espaço e a esses pontos, estão associados os
dados climáticos, que são submetidos a modelos matemáticos capazes de
estimar valores climáticos no espaço.

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Processando as Observações de Dados Climáticos
MÉTODOS PARA INTERPOLAÇÃO - IDW
Inverse Distance Weighted

 zi/dij
Zj = 260

 1/dij
250

Sendo :
Zj - pto à ser interpolado
285

dij - Distância de Zj para


a amostra Zi
 - Potência para elevar o
peso da distância
260/200 + 250/300 + 285/240
Zj = 1/200 + 1/300 + 1/240 = 265,6664

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Processando as Observações de Dados Climáticos

MÉTODOS PARA INTERPOLAÇÃO - IDW


A interpolação pelo método IDW (Inverse Distance Weighted), é bastante
simples, o modelo matemático leva em consideração a proximidade dos
pontos amostrais ao ponto ou célula que se deseja interpolar. Como o
próprio nome do método diz o peso para a interpolação é calculado de
acordo com a distância inversa, assim os pontos mais próximos terão um
peso maior.
O modelo matemático do método IDW é como se pode ver na página
anterior, a média ponderada. O usuário pode aumentar a influencia do
peso da distância inserindo expoente de valor elevado na variável . Com
o valor  alto os pontos amostrais vizinhos mais próximos exercem uma
maior influência no ponto à ser interpolado, assim a superfície não fica
muito suave aproximando-se mais da superfície real.
Muitos programas que utilizam a interpolação IDW, permitem que o
usuário informe parâmetros tais como número máximo de pontos
amostrais vizinhos e/ou raio máximo de busca à pontos amostrais.

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Processando as Observações de Dados Climáticos
MÉTODOS PARA INTERPOLAÇÃO - SPLINE
Realiza uma interpolação
bidimensional de curvatura
mínima sobre um conjunto de
pontos
resultando em uma superfície
suave que passa exatamente
por todos os pontos amostrais.
Uma superfície spline é
elaborada com o modelo
matemático ao lado. O modelo
matemático irá variar
conforme
o tipo de interpolação
especificada
pelo usuário REGULARIZED ou
TENSION.

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Processando as Observações de Dados Climáticos
MÉTODOS PARA INTERPOLAÇÃO
TIN - TRIANGULAR IRREGULAR NETWORK

5 5-j
Z(x,y) =   qji * x2 * y2
j=0 k=0

Interpolação da rede regular com


polinômio de ordem 5, sendo :
qji - coeficientes do polinômio
x, y coordenadas x e y

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Processando as Observações de Dados Climáticos
Um TIN é construído da seguinte forma, primeiramente unem-se os dois
pontos próximos para formar a aresta mínima da rede. A seguir acrescenta-se
um ponto de cada vez, em ordem crescente de distância ao ponto médio dessa
aresta mais curta. Esta ordenação na adição de novos pontos assegura que o
novo ponto a ser acrescentado sempre cai fora do polígono construído com os
pontos antigos, o novo ponto cai fora do círculo que, centrado no ponto médio
da aresta mais curta, passa pelo último ponto acrescentado; enquanto que o
polígono cai dentro desse círculo. Cada vez que um novo ponto é
acrescentado, deve-se construir triângulos pela conexão desse ponto com
todos os já processados que são “visíveis” do novo ponto e, quando
necessário, trocam-se os triângulos.
De posse da rede de triângulos irregulares, pode-se construir uma rede de
malha retangular regular.
Uma rede retangular possui uma série de vantagens, pois ela, é mais
ordenada que a malha de triângulos irregulares. Esta ordenação melhora a sua
operacionalidade, isto é, o armazenamento dos pontos se faz com menos
memória pois utilizando-se uma matriz para gravar a cota de cada ponto,
dispensa-se o armazenamento das coordenadas planas x e y que ficam
implícitas na posição i, j do elemento da matriz.

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Processando as Observações de Dados Climáticos
A interpolação de dados pode ser realizada em vários programas
computacionais, no entanto, os programas para Sistemas de Informações
Geográficas pode lidar com esse problema de maneira muito adequada.

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Processando as Observações de Dados Climáticos

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Processando as Observações de Dados Climáticos

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