Climatologia Apostila
Climatologia Apostila
Climatologia Apostila
• O clima (do grego para "inclinação", referindo o ângulo formado pelo eixo de
rotação da Terra e seu plano de translação 23o27´) compreende um padrão
dos diversos elementos atmosféricos que ocorrem na atmosfera da Terra.
Fenômenos como frente frias, tempestades, furacões e outros estão associados
tanto às variações meteorológicas preditas pelas leis físicas determinísticas,
assim como a um conjunto de variações aleatórias dos elementos
meteorológicos (temperatura, precipitação, vento, umidade, pressão do ar) cuja
principal ferramenta de investigação é a estatística. As semelhanças em várias
regiões da Terra de tipos específicos caracterizam os diversos tipos de clima,
para o que são consideradas as variações médias dos elementos meteorológicos
ao longo das estações do ano num período de não menos de 30 anos.
Inclinação 23o27´
• Segundo o IPCC: "Clima, num sentido restrito é geralmente definido como 'tempo
meteorológico médio', ou mais precisamente, como a descrição estatística de
quantidades relevantes de mudanças do tempo meteorológico num período de tempo,
que vai de meses até milhões de anos. O período clássico é de 30 anos, definido pela
Organização Mundial de Meteorologia (OMM). Essas quantidades são geralmente
variações de superfície como temperatura, precipitação e vento. O clima num sentido
mais amplo é o estado, incluindo as descrições estatísticas do sistema global."
Eng. Ambiental – Prof. Dr. Nilson C. Ferreira
Definições
Insolação Pluviometria Umidade do Solo Vegetação
Insolação
Umidade do Solo
Temperatura
Vegetação
Aplica-se a
Código Descrição
grupo
Clima das estepes
S B
Precipitação anual total média compreendida entre 380 e 760 mm
Clima desértico
W B
Precipitação anual total média < 250 mm
Clima úmido
f Ocorrência de precipitação em todos os meses do ano A-C-D
Inexistência de estação seca definida
w Chuvas de Verão A-C-D
s Chuvas de Inverno A-C-D
w' Chuvas de Verão-outono A-C-D
s' Chuvas de Inverno-outono A-C-D
Clima de monção
m Precipitação total anual média > 1500 mm A
Precipitação do mês mais seco < 60 mm
T Temperatura média do ar no mês mais quente compreendida entre 0 e 10 °C E
F Temperatura média do mês mais quente < 0 °C E
Precipitação abundante
M E
Inverno pouco rigoroso
Aplica-se
Código Descrição aos grupos
a : Verão quente Temperatura média do ar no mês mais quente ≥ 22 °C C-D
Temperatura média do ar no mês mais quente < 22 °C
b : Verão temperado C-D
Temperaturas médias do ar nos 4 meses mais quentes > 10 °C
Temperatura média do ar no mês mais quente < 22 °C
c : Verão curto e fresco Temperaturas médias do ar > 10 °C durante menos de 4 meses C-D
Temperatura média do ar no mês mais frio > -38 °C
d : Inverno muito frio Temperatura média do ar no mês mais frio < -38 °C D
Temperatura média anual do ar > 18 °C
h : seco e quente Deserto ou semideserto quente (temperatura anual média do ar igual B
ou superior a 18 °C)
Temperatura media anual do ar < 18 °C
k : seco e frio Deserto ou semideserto frio (temperatura anual média do ar inferior a B
18 °C)
A Terra, formada há cerca de 4.5 bilhões de anos, por uma série de colisões
de matéria disponível no sistema solar, a superfície do planeta era um
oceano de rocha derretida, a temperatura passava de 4 mil graus Celsius
Atmosfera Atual
Atmosfera Primitiva
Nitrogênio – N2 78,1%
Vapor de água – H2O 25% Oxigênio – O2 20,9%
Dióxido de carbono – CO2 30% Argônio – Ar 0,93%
Nitrogênio molecular – N2 40% Dióxido de carbono – CO2 0,035%
Metano – CH4 5% Hélio – He 0,00052%
Amoníaco – NH3 Metano – CH4 0,0002%
Monte Evereste
9 Km
Fossa das Marianas
Km 0,2 m
m
km
. 378
6
6 cm
nível médio
dos mares
onde :
b
a= 6.378 km a
b= 6.356 km a
f= 1/298,25
ab
f
a
Latitude (f): define-se latitude de um lugar como sendo o ângulo formado entre a
vertical do lugar e o plano do equador, ou a distância angular contada sobre o
meridiano deste, desde o equador até ele. A latitude varia de 0o a 90o, sendo
considerada negativa no hemisfério sul.
Longitude(l): define-se longitude de um lugar como sendo o ângulo diedro
formado pelo plano meridiano de Greenwich e o plano meridiano do lugar, ou a
distância angular contada sobre o equador desde o meridiano origem (Greenwich)
até o meridiano deste. A longitude varia de 0o a 180o, sendo considerada negativa
a oeste de Greenwich (hemisfério ocidental).
Eng. Ambiental – Prof. Dr. Nilson C. Ferreira
Variável do Clima: Órbita
Latitude, Longitude e Altitude.
COORDENADAS GEOGRÁFICAS DE ALGUMAS CIDADES BRASILEIRAS.
Cidade Latitude Longitude Altitude
Aracaju 10o 55' S 37o 03' W 2m
Belém 1o 28' S 48o 29' W 10 m
Belo Horizonte o
19 56' S o
46 57' W 852 m
Boa Vista 2o 49' N 60o 40' W 99 m
Brasília 15o 47' S 47o 55' W 1152 m
Campo Grande 20o 27' S 54o 37' W 567 m
Cuiabá 15o 36' S 56o 06' W 219 m
Curitiba 25o 26' S 49o 16' W 905 m
Florianópolis 27o 36' S 48o 36' W 24 m
Fortaleza 3o 46' S 38o 31' W 16 m
Goiânia 16o 40' S 49o 15' W 764 m
João Pessoa 7o 07' S 34o 53' W 5m
Macapá 0o 02' N 51o 03' W 12 m
Maceió 9o 40' S 35o 44' W 4m
Manaus 3o 08' S 60o 02' W 21 m
Natal 5o 46' S 35o 12' W 31 m
Niterói 22o 54' S 43o 07' W 3m
Palmas 10o 12' S 48o 21' W 210 m
Porto Alegre 30o 02' S 51o 13' W 10 m
Porto Velho 8o 46' S 63o 46' W 98 m
Recife 8o 11' S 34o 55' W 2m
Rio Branco 9o 58' S 67o 49' W 160 m
Salvador 12o 56' S 38o 31' W 6m
São Luiz 2o 33' S 44o 18' W 4m
São Paulo 23o 33' S 46o 38' W 731 m
Teresina 5o 05' S 42o 49' W 72 m
Vitória 20o 19' S 40o 19' W 2m
Movimento da Terra em torno do Sol visto por um observador situado fora da galáxia (A) e no
Sol (B).
• O Sol se desloca pelo espaço em direção a um ponto da esfera celeste situado nas
proximidades da estrela Vega, resultado do movimento da galáxia onde se encontra,
arrastando todos os astros que compõem o Sistema Solar. Observando-se o Sistema Solar de
um referencial imóvel, situado fora da galáxia, verifica-se que a Terra descreve em torno do Sol
uma trajetória em hélice elíptica.
• De um modo geral, porém, não se considera os movimentos absolutos da Terra, mas naqueles
relativos ao Sol. Exatamente por isso, considera-se o Sol imóvel no espaço, ocupando um dos
focos da elipse que passa a constituir a órbita terrestre. Desse modo, o movimento helicoidal
(tridimensional) da Terra em redor do Sol passa a se efetuar em um plano (bidimensional), que
se chama de plano da eclíptica, no qual se situam os centros dos dois astros (Segunda Lei de
Keppler).
Eng. Ambiental – Prof. Dr. Nilson C. Ferreira
Variável do Clima: Órbita
Movimentos da Terra
• Rigorosamente falando, o centro da Terra descreve uma trajetória suavemente ondulada em
torno do Sol, pois a elipse orbital é descrita pelo centro de massa Terra-Lua, localizado pouco
abaixo da superfície terrestre. Como a Lua efetua um movimento de translação em redor da
Terra, é fácil compreender que este satélite ora se encontra do lado interno, ora do lado
externo da órbita, ocupando o centro da Terra posição oposta. Essa movimentação da Terra,
no entanto, é muito suave e passa inteiramente despercebida.
• Outro aspecto que se deve considerar é o fato da elipse orbital ter uma excentricidade (e) da
ordem de 0,0167, ou seja, é quase uma circunferência. A metade do eixo maior dessa elipse
tem cerca de 149.680.000 km, que é a distância média Terra-Sol. Logo, o produto 149.680.000
(1 + e) km eqüivale à máxima distância Terra-Sol, que se verifica no início de julho (afélio). A
menor distância Terra-Sol (periélio) que ocorre no início de janeiro é 149.680.000 (1 – e) km.
• Em geral, a distância (D) Terra-Sol é expressa em termos da distância média (Dm) através da
relação:
R = D/Dm.
• A fórmula seguinte possibilita o cálculo aproximado de R:
1/R = 1-(0,0009464sen(F)-0,01671cos(F)- 0,0001489cos(2F)-0,00002917sen(3F)-0,0003438cos(4F)).
• F, (em graus) simboliza a fração angular do ano correspondente à data escolhida, ou seja:
F = 360o * D/365,
em que D indica o número de ordem do dia considerado (D = 1 em primeiro de janeiro, D = 41
em 10 de fevereiro.
D = Inteiro ((275*MDA/9) – 30 + DDM) -2
O plano do equador forma um ângulo de 23o 27' com o plano da órbita, o que permite estabelecer,
geometricamente, os trópicos (A e B) e os círculos polares (C e D).
• O plano do equador forma com o da órbita um ângulo de, aproximadamente, 23o 27'. Isso significa
que o eixo da Terra tem a mesma inclinação com respeito à vertical do plano da eclíptica, o que
provoca efeitos extremamente importantes.
• Um observador hipoteticamente instalado no centro da Terra, girando com ela, por causa do
movimento de rotação, veria o Sol mover-se em redor da Terra, deslocando-se de leste para oeste
(já que a Terra gira de oeste para leste). Veria, ainda, que a posição do Sol, a uma mesma hora,
mudaria de um dia para outro, ou seja: que sua declinação variaria com o tempo.
• Caso o observador marcasse, a cada instante, o ponto de interseção do vetor posição do Sol com a
superfície do globo terrestre, constataria formar-se uma linha helicoidal que, durante um ano, iria
do Trópico de Capricórnio ao de Câncer e retornaria ao de Capricórnio. De fato, a declinação do Sol
aumenta desde –23o 27‘ até +23o 27' entre 21 de dezembro e 22 de junho; nos seis meses
seguintes, de 22 de junho a 21 de dezembro, reduz-se de +23o 27' a –23o 27'.
• A mudança da declinação do Sol com o tempo está associada ao movimento de translação da Terra e
é causada pela inclinação do eixo terrestre.
• Um habitante da Região Tropical, vivendo em local próximo ao equador, e que, sistematicamente, observa
a própria sombra, no momento da culminação do Sol (meio-dia solar), notaria que, em uma certa época do
ano, sua sombra, àquela hora, estaria orientada para o norte e no restante do ano para o sul. Observaria,
ainda, que o comprimento da sombra mudaria, dia a dia, atingindo um tamanho máximo para o lado norte
e outro (diferente do primeiro) para o lado sul. Caso a pessoa residisse no Hemisfério Sul, o comprimento
máximo anual da sombra ocorreria em 22 de junho e ela estaria orientada para o sul àquela hora.
Reciprocamente, em se tratando de um habitante do Hemisfério Norte, o maior comprimento anual da
sombra seria observado em 21 de dezembro, mas ela estaria dirigida para o norte. Tais observações são
explicadas pelo movimento aparente anual do Sol na direção norte-sul. Assim:
- a declinação do Sol varia entre +23o 27' (em 22 de junho) e –23o 27' (em 21 de dezembro),
aproximadamente;
- em latitudes intertropicais o Sol culmina, zenitalmente, duas vezes por ano; nos trópicos de Câncer e
Capricórnio apenas uma vez; e
- durante cerca de seis meses o Sol ilumina mais um Hemisfério que o outro (o que provoca mudança
das estações do ano).
• Devido ao mencionado movimento helicoidal do vetor posição do Sol (em relação ao referencial
geocêntrico) este astro culmina zenitalmente a cada instante em paralelos diferentes isto é: a culminação
zenital do Sol, em um dado instante, acontece em relação a um único ponto de cada paralelo.
• Culminações zenitais do Sol em pontos dos trópicos e do equador são eventos denominados solstícios e
equinócios, respectivamente. Durante o ano ocorrem dois solstícios: 22 de junho, no Trópico de Câncer e
21 de dezembro, no de Capricórnio. Os equinócios, também em número de dois, verificam-se em 21 de
março e em 23 de setembro. Essas datas são aproximadas porque acontece um ano bissexto (fevereiro com
29 dias) a cada quatro anos.
Eng. Ambiental – Prof. Dr. Nilson C. Ferreira
Variável do Clima: Órbita
Movimentos da Terra Precessão dos Equinócios
• A interseção do plano da eclíptica com o globo terrestre forma uma linha, chamada eclíptica,
que pode ser projetada na abóbada celeste. A eclíptica representa a trajetória aparente do Sol
cruzando as constelações zodiacais. Em outras palavras, se um observador, ao meio-dia solar,
projetasse o centro do disco do Sol na abóbada celeste, diariamente, ao final de um ano teria
obtido uma sucessão de pontos que, unidos, formariam a eclíptica.
• Por ocasião dos equinócios, o centro do Sol situa-se na linha de interseção do plano da
eclíptica com o do equador, chamada linha dos equinócios. No momento dos equinócios,
portanto, o centro do disco solar está projetado na abóbada celeste em uma das interseções
do equador celeste com o plano da eclíptica. Ao local da esfera celeste ocupado pelo Sol no
instante do equinócio de março, chama-se ponto vernal.
• A localização do ponto vernal na abóbada celeste, tomada em relação às estrelas
aparentemente fixas, muda com o tempo, afastando-se cerca de 50" para oeste a cada ano.
Esse deslocamento decorre do fato do eixo norte-sul da Terra executar um cone no espaço (ou
seja, os pólos terrestres giram em torno da vertical do plano da órbita), uma vez a cada 25.800
anos, aproximadamente, fenômeno conhecido como precessão dos equinócios. Devido à
precessão dos equinócios, o ponto vernal (e, portanto, a linha dos equinócios) efetua uma
volta completa na eclíptica a cada 25.800 anos (Mascheroni, 1952).
• O deslocamento do ponto vernal, provocado pelo movimento de precessão do eixo da Terra
“semelhante ao que se observa no eixo de um pião em movimento” faz com que a orientação
do eixo da Terra, em um dado ponto da órbita, mude 180o a cada 13.400 anos. Como
conseqüência disto, no início do verão do Hemisfério Sul a Terra estará no trecho da órbita
mais afastado do Sol daqui a 13.400 anos, enquanto que, atualmente, está mais próximo. Isso,
no entanto, não altera as datas de início das estações do ano que continuam estabelecidas em
função dos instantes dos solstícios e equinócios (independentemente da posição da Terra na
órbita). Haverá certamente uma pequena diferença no fluxo de energia solar que, atualmente,
é maior exatamente no verão do Hemisfério Sul (devido à proximidade do Sol) e daqui a
13.400 anos será no verão do Hemisfério Norte. A diferença, no entanto, não é grande haja
vista que a órbita terrestre é quase circular (quando se considera o Sol imóvel).
Eng. Ambiental – Prof. Dr. Nilson C. Ferreira
Variável do Clima: Órbita
Movimentos da Terra Cálculo da Declinação do Sol
• Muito embora a declinação do Sol varie continuamente com o tempo, em
Meteorologia ela é considerada como se fosse uma função discreta, assumindo-se
que seu valor não muda ao longo de um dia. O cálculo da declinação do Sol, sob
essa hipótese, torna-se muito mais simples do que aquele exigido para fins
astronômicos.
• O cálculo bem aproximado da declinação (δ) do Sol é realizado com:
δ = 0,3964 + 3,631 sen(F) – 22,97 cos(F) + 0,03838 sen(2F) – 0,3885 cos(2F) +
0,07659 sen(3F) – 0,1587cos(3F) – 0,01021 cos(4F)
• sendo F dado (em graus) F = 360o * D/365
• Quando uma aproximação um pouco mais grosseira é permitida, pode-se usar uma
fórmula bem simples (Klein, 1977), que assume a órbita da Terra como circular e
também se baseia no número de ordem (D) do dia em questão:
δ = 23,45o sen[360o (284 + D) /365].
• Em ambas as fórmulas anteriores, a declinação do Sol é fornecida em graus e
décimos (veja-se que 0,1o = 6' ).
• Valores da declinação do Sol, obtidos a partir das equações I.6.4 e I.6.5, constam da
tabela seguinte, para fins de comparação. As datas que figuram nessa tabela foram
escolhidas de modo a tornar cada estimativa de δ o mais próximo possível do valor
mais representativo do respectivo mês, que não é necessariamente aquele
correspondente ao dia 15.
• Os solstícios e os equinócios são os eventos que estabelecem o início das estações do ano em
cada hemisfério. Como conseqüência da inclinação do eixo da Terra ser praticamente
constante, a área iluminada pelo Sol em cada Hemisfério varia ao longo do ano. Exatamente
por isso, o Hemisfério Sul recebe mais energia solar que o Hemisfério Norte entre 23 de
setembro e 21 de março (do ano seguinte), sendo que o máximo de suprimento energético
(maior área iluminada) coincide com o solstício de dezembro. De 21 de março a 23 de
setembro o Hemisfério Sul recebe menos energia solar que o Hemisfério Norte. O suprimento
energético mínimo (menor área iluminada) acontece por ocasião do solstício de junho. Com o
Hemisfério Norte dá-se exatamente o oposto, em relação às datas desses eventos.
• A fim de que se obtenha o fotoperíodo numa data qualquer, é preciso que se determinem os
instantes do nascimento e do ocaso do Sol. Mas, tanto um como outro, podem ser
interpretados de modo diferente, conforme seja adotado o ponto de vista geométrico, ou não.
Sob o ponto de vista estritamente geométrico, o nascimento e o ocaso do Sol ocorrem quando
o centro do disco solar aparentemente coincide com o plano do horizonte local. Na prática,
porém, o nascimento e o ocaso do Sol são definidos como os instantes em que o bordo do
disco solar parece tangenciar o plano do horizonte local, supostamente desobstruído. Nessas
ocasiões, a verdadeira posição do centro do disco solar é 50' abaixo daquele plano. Isso advém
do fato do raio daquele disco subentender um arco de 16' e da refração atmosférica aumentar
em cerca de 34' o ângulo de elevação do Sol, quando próximo à linha do horizonte.
• Ainda sob o ponto de vista geométrico, antes do nascimento do Sol existe iluminação direta,
pois uma parte do disco solar já se encontra acima do plano do horizonte local. Também, ao
fim da tarde, a despeito do centro do disco solar ter cruzado o plano do horizonte, o
observador continua recebendo luz direta por algum tempo, até que o bordo desse astro
desapareça.
• Não se deve confundir fotoperíodo com insolação. Esta representa o número de horas nas
quais, durante um dia, o disco solar é visível para um observador situado à superfície terrestre,
em local com horizonte desobstruído. A insolação é, pois, o intervalo total de tempo (entreo
nascimento e o ocaso) em que o disco solar não esteve oculto por nuvens ou fenômenos
atmosféricos de qualquer natureza. A insolação é sempre menor ou (no máximo) igual ao
fotoperíodo, sendo este designado como insolação máxima teoricamente possível.
• Sendo:
N número de horas de Sol (Fotoperíodo);
φ latitude do local;
δ declinação do Sol;
Nasc_Sol = 12 – (N / 2);
Ocaso_Sol = 12 + (N / 2);
Eng. Ambiental – Prof. Dr. Nilson C. Ferreira
Variável do Clima: Órbita
Tempo Sideral, Solar e Legal
• A previsão do estado da atmosfera requer o processamento de dados meteorológicos
coletados simultaneamente em diferentes pontos da superfície da Terra. Essas observações
são chamadas sinóticas, porque referem-se a um mesmo momento isto é: são efetuadas nos
mesmos horários em todas as estações meteorológicas que fornecem dados para tais fins.
• Há, no entanto, muitos fenômenos que estão relacionados ao movimento aparente diário do
Sol. Obviamente, a hora indicada pelo relógio não necessariamente reflete esse movimento.
• A variação diária da temperatura do ar, da atividade fotossintética das plantas etc., são
exemplos de oscilações que, normalmente, mantêm uma certa relação com o movimento do
Sol (não necessariamente com o relógio).
• A contagem do tempo para fins civis, porém, em geral, não se ajusta ao movimento aparente
do Sol. Para compreender isso é necessário que se discutam as bases dos diferentes sistemas
cronométricos em uso.
• Pode-se dizer que o dia sideral é o intervalo de tempo que transcorre entre duas passagens
sucessivas de uma estrela virtualmente fixa por um dado meridiano. O dia sideral, aceito como
unidade fundamental de tempo, é dividido em 24 horas siderais, cada uma com 60 minutos
siderais, subdivididos em 60 segundos siderais. Durante uma translação completa a Terra
efetua 366,2422 voltas em torno do seu eixo, voltas essas contadas em relação a uma estrela
aparentemente fixa. Um ano, portanto, eqüivale a 366,2422 dias siderais.
• Define-se dia solar verdadeiro como o intervalo de tempo interposto entre duas culminações
sucessivas do Sol em um determinado meridiano. Para qualquer local da superfície da Terra, o
dia solar verdadeiro começa quando o Sol culmina no meridiano oposto àquele que contém o
local selecionado.
Eng. Ambiental – Prof. Dr. Nilson C. Ferreira
Variável do Clima: Órbita
Tempo Sideral, Solar e Legal
• O dia solar verdadeiro tem duração variável durante o ano. De fato, se a Terra não possuísse
movimento de translação, teria que girar 360o para que o Sol, ou uma estrela aparentemente
fixa, culminasse duas vezes consecutivas em um meridiano selecionado. Devido ao movimento
de translação, porém, isso só é exato em relação à estrela. Com relação ao Sol, enquanto a
Terra completa uma volta em torno do seu próprio eixo, desloca-se também na órbita. Como
conseqüência, o Sol parece mover-se de leste para oeste, em relação à estrela aparentemente
fixa. A cada dia, portanto, para que o Sol volte a culminar no meridiano selecionado, a Terra
deverá girar 360o mais um certo incremento angular, que é de: 360o /365,2422 = 59'.
• Esse valor, porém, não é constante, pois a velocidade de translação da Terra é maior em
janeiro (periélio) que em julho. Assim, o ano tem somente 365,2422 dias solares (pois uma
rotação completa deixa de ser computada) já que a duração dos dias solares verdadeiros varia
com a velocidade de translação da Terra, tornando-os inconvenientes para a contagem do
tempo civil.
• Evidentemente, um outro observador localizado fora da Terra (em um referencial imóvel) não
teria constatado desvio algum, veria apenas a Terra girando sob um projétil que se movia na
direção correspondente à resultante dos vetores rVo e rVTB. O desvio teria sido percebido
apenas por observadores solidários à Terra. Note-se que, se a Terra não girasse, o projétil teria
atingido o alvo. Para explicar o desvio introduz-se uma força defletora, atuando sobre qualquer
corpo em movimento livre com respeito a um referencial local. Essa força é puramente inercial
(não existiria se a Terra não girasse) e se chama força de Coriolis.
• Acima está ilustrada uma maneira de simular a força de Coriollis utilizando um disco de papel,
lápis e uma régua. Para um observador no ponto A, o lápis seguiu uma trajetória reta, pois
permaneceu o tempo todo paralelo à régua, no entanto, sobre o papel ele descreveu uma
curva. Eng. Ambiental – Prof. Dr. Nilson C. Ferreira
Variável do Clima: Órbita
Furacão Katrina Furacão Sandy Furacão Andrew
• Consequências da Maritimidade/Continentalidade:
• a- Em áreas próximas de grandes massas líquidas menor será a amplitude
térmica diária.
– Ex: A amplitude térmica diária em Salvador é mínima, quase imperceptível
• b- Em áreas de escassez de água (desertos) as amplitudes térmicas diárias
são expressivas. Dias quentes e noites frias.
• Quando uma massa de ar se desloca sobre uma superfície mais fria do que
ela, é chamada uma massa de ar quente. Se a superfície está mais quente
do que ela, é chamada uma massa de ar frio.
• As massas de ar frias são mais instáveis, apresentam boa visibilidade e
permitem a formação de trovoadas e de nuvens cumuliformes. As massas
de ar quentes são mais estáveis e estão associadas a uma visibilidade mais
restrita favorecendo a formação de neblinas e nevoeiros e nuvens do tipo
estratificado.
Cássio
Eng. Henrique
Ambiental Giusti
– Prof. Cezare
Dr. Nilson C. Ferreira
Variável do Clima: Vegetação
O SOLO COMO SUBSTRATO PARA A VEGETAÇÃO
SUCESSÃO PRIMÁRIA
Cássio
Eng. Henrique
Ambiental Giusti
– Prof. Cezare
Dr. Nilson C. Ferreira
Variável do Clima: Vegetação
O SOLO COMO SUBSTRATO PARA A VEGETAÇÃO
PEDOGÊNSE
Conjunto de processos que atuam na formação do solo.
O processo da sucessão primária envolve a formação de solo, o
desenvolvimento da vegetação e formação de um complemento de
micróbios, plantas e espécies animais (BROWN e LOMOLINO, 2006).
Cássio
Eng. Henrique
Ambiental Giusti
– Prof. Cezare
Dr. Nilson C. Ferreira
Variável do Clima: Vegetação
O SOLO COMO SUBSTRATO PARA A VEGETAÇÃO
PEDOGÊNESE
FATORES DE FORMAÇÃO DOS SOLOS
rocha, clima, relevo, fatores orgânicos e tempo geológico
Cássio
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Dr. Nilson C. Ferreira
Variável do Clima: Vegetação
RELAÇÕES ENTRE O CLIMA E OS TIPOS DE SOLOS ZONAIS
Cássio
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Variável do Clima: Vegetação
BIOMAS TERRESTRES
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Variável do Clima: Vegetação
Climograma: Quantifica alguns aspectos das relações entre clima e tipos de
vegetação.
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Variável do Clima: Vegetação
DISTRIBUIÇÃO GLOBAL DAS FLORESTAS TROPICAIS E
TEMPERADAS ÚMIDAS
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Variável do Clima: Vegetação
DISTRIBUIÇÃO GLOBAL DAS FLORESTAS TROPICAIS E
TEMPERADAS ÚMIDAS
As florestas temperadas úmidas (indicadas por flechas) estão limitadas em
regiões ao longo da costa oeste dos continentes e grandes ilhas nas
latitudes médias.
As florestas tropicais úmidas estão distribuídas muito mais amplamente,
entre latitudes de 10º N e 10º S.
Cássio
Eng. Henrique
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Variável do Clima: Vegetação
CLIMA SOLOS
BIOMAS
PRECIPITAÇÃO
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Variável do Clima: Vegetação
MAPA DE CLIMA DO BRASIL
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Variável do Clima: Vegetação
MAPA DE BIOMAS DO BRASIL
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Variável do Clima: Vegetação
MAPA DE VEGETAÇÃO DO BRASIL
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Variável do Clima: As Influências Antropogênicas
• O ser humano tem uma enorme capacidade de alterar o ambiente. Isso é feito para a
sobrevivência humana. A construção de cidades é de extrema importância para o
desenvolvimento da sociedade, que altera o espaço a fim de estruturar:
– edificações,
– sistemas de saneamento,
– energia elétrica,
– sistemas de transporte,
– reservatórios de água,
– parques industriais, etc.
• Conforme as cidades crescem, ocorrem aumentos significativos de alterações no clima
local, tais como:
– alteração na temperatura,
– diminuição da umidade,
– alteração no regime pluviométrico local,
– alteração na composição atmosférica (mais dióxido de carbono, metano, etc.),
– alteração na circulação atmosférica (devido a edificações de grande porte), etc.
• Todos esses efeitos no clima ocorrem, pois ocorre:
– diminuição da cobertura vegetal,
– aumento na reflexão de raios solares,
– emissão de gases poluentes (transporte, indústrias, geração de energia elétrica, etc.),
– diminuição do volume de água nas redes de drenagem (rios, lagos, etc.)
desmatamento
CO2 atmosferico
Sumidouro oceânico
Sumidouro terrestre
(vegetação)
Error analysis:
... e que tem operado dentro de certos limites por centenas de milhares
de anos!
Eng. Ambiental – Prof. Dr. Nilson C. Ferreira
Limites Climáticos “Perigosos”
• 0,6 C Branqueamento de corais
Aquecimento
Temperatura Evaporação
Umidade
Saturated Vapor Pressure
Capacidade
de Reter Atmosférica
Água
3%
0%
v
74%
30000 2004
Desflorestamento (km² per year)
25000
2005
20000
2006?
15000 Tendência
declinante do
10000 desmatamento?
5000
0
0
5
8*
/9
/9
/9
/9
/9
/0
/0
/0
/8
89
91
94
96
98
00
02
04
77
Fonte: ATLAS Solarímétrico do Brasil. Recife : Editora Universitária da UFPE, 2000. (Adaptado)
Termômetro de máxima
em cima e termômetro de
Mínima em baixo.
Tanques de evaporação
http://www.sinda.crn2.inpe.br/P
CD/historico/consulta_pcdm.jsp
• Desvio-Padrão
• Valor Máximo
• Valor Mínimo
Yi = a + b Xi + ei
• Em que: Yi - Variável explicada (dependente); é o valor que se quer atingir;
• a- É uma constante, que representa a interceptação da reta com o eixo vertical;
• b- É outra constante, que representa o declive da reta;
• Xi - Variável explicativa (independente), representa o fator explicativo na equação;
• ei - Variável que inclui todos os fatores residuais mais os possíveis erros de
medição. O seu comportamento é aleatório, devido à natureza dos fatores que
encerra. Para que essa fórmula possa ser aplicada, os erros devem satisfazer
determinadas hipóteses, que são: serem variáveis normais, com a mesma
variância (desconhecida), independentes e independentes da variável explicativa
X.
Eng. Ambiental – Prof. Dr. Nilson C. Ferreira
Processando as Observações de Dados Climáticos
• Cálculo de a, b e r2 Considerando as médias de temperatura,
onde 2009 é y e 2008 é x
Mês Temp 2009 Temp 2008
01 27.04032258 26.70242915
02 26.51801802 27.27155172
03 27.25604839 26.91666667
04 27.00652174 26.48333333
05 26.41330645 25.99193548
06 25.59555556 24.68125
07 25.16872428 23.99591837
08 25.28846154 24.05040323
09 25.83982684 25.31799163
10 26.15447154 25.82995951
11 26.89958159 26.51694915
12 27.24395161 26.75
t_calculado = 1,262635087
Graus de liberdade = n1 + n2 - 2
Graus de liberdade= 12 + 12 – 2 = 22
zi/dij
Zj = 260
1/dij
250
Sendo :
Zj - pto à ser interpolado
285
5 5-j
Z(x,y) = qji * x2 * y2
j=0 k=0