Gestao de Custos
Gestao de Custos
Gestao de Custos
1
Gestão de Custos
O que são Custos?
O que são despesas?
CUSTO DESPESA
3
BREVE HISTÓRICO
DA CONTABILIDADE FINANCEIRA À DE CUSTOS
Até a Revolução Industrial (século XVIII), quase só existia a
Contabilidade Financeira (ou Geral), que, desenvolvida na Era
Mercantilista, estava bem estruturada para servir as empresas
comerciais. Ela era suficiente para a apuração do resultado de cada
período, bem como para o levantamento do balanço.
5
DA CONTABILIDADE DE CUSTOS A CONTABILIDADE
GERENCIAL
• O papel principal da Contabilidade de Custos é o de resolver
problemas de mensuração monetária dos estoques e do resultado,
não a de fazer dela um instrumento de administração.
• A Contabilidade de Custos acabou por passar, nessas últimas
décadas, de mera auxiliar na avaliação de estoques e lucros
globais para importante arma de controle e decisão gerencial.
• Com o significativo aumento de competitividade que vem
ocorrendo na maioria dos mercados, o conhecimento dos custos é
vital para saber se, dado o preço, o produto é rentável; ou, se não
rentável, se é possível reduzi-los (definição de preço).
10
DIFERENÇA ENTRE DESPESA E CUSTO
Custos Despesas
Produção Comercial e
Conta Administração
Pessoal x x
Matéria-Prima (consumo) x
Mercadoria (produção) x
Embalagem x
Manutenção x x
Aluguel x x
Marketing x
Comissão de Vendas x
Fretes de entrega x
Limpeza x x
Depreciação (máquinas) x
11
Terminologia em Custos Industriais
“Despesas com matéria-prima” ou “Custos de matéria-prima”?
“Gastos” ou “Despesas de Fabricação”?
“Gastos” ou “Custos de Materiais Diretos”?
“Despesas” ou “Gastos com Imobilização”?
“Custos” ou “Despesas de Depreciação”?
12
Terminologia em Custos Industriais
Gasto - Compra de um produto ou serviço qualquer, que gera sacrifício
financeiro para a entidade (desembolso).
Desembolso — Pagamento resultante da aquisição do bem ou serviço.
Pode ocorrer antes, durante ou após a entrada da utilidade comprada,
portanto defasada ou não do momento do gasto.
Investimento — Gasto ativado em função de sua vida útil ou de
benefícios atribuíveis a futuro(s) período(s).
O investimento tem por objetivo melhorar o desempenho econômico
financeiro da empresa: compra de equipamentos, máquinas para
aumentar a produção, terreno para ampliar as instalações e outros.
- a matéria-prima é um gasto contabilizado temporariamente
como investimento circulante;
- a máquina é um gasto que se transforma num investimento
permanente;
13
Terminologia em Custos Industriais
Custo — Gasto relativo a bem ou serviço utilizado na produção de
outros bens ou serviços.
14
Despesa — Bem ou serviço consumido direta ou indiretamente
para a obtenção de receitas. As despesas independem da
produção.
15
Perdas - Bem ou serviço consumidos de forma anormal e
involuntária. São gastos anormais decorrentes de falhas no
processo que após corrigidas fazem com que desapareçam:
vazamentos em tubulações, máquinas desreguladas, perdas com
incêndios, gasto com mão de obra durante uma greve, material
deteriorado por um defeito anormal e raro de um equipamento
provoca uma perda, e não um custo.
Cabe aqui ressaltar que inúmeras perdas de
pequeníssimo valor são, na prática,
comumente consideradas dentro dos custos
ou das despesas, sem sua separação; e isso é
permitido devido à irrelevância do valor
envolvido. No caso de montantes apreciáveis,
esse tratamento não é correto.
16
Desperdícios - é o esforço monetário que não agrega valor ao
produto. É o consumo de muito recurso para produzir a mesma
quantidade. Exemplos: movimentação desnecessária de material,
estoques em níveis elevados e etc. Tem caráter permanente
enquanto a falha não for corrigido.
17
Terminologia em Custos
19
Resumindo:
A palavra Custo é utilizada somente para o gasto relativo ao
consumo na produção. Gastos que se destinam às fases de
administração, esforço de vendas e financiamento são chamados
de Despesas.
20
EXERCÍCIO PROPOSTO
Classifique os eventos descritos a seguir em Investimento (I), Custo (C), Despesa (D)
ou Perda (P):
( ) Compra de matéria-prima
( ) Consumo de energia elétrica dos escritórios
( ) Utilização de mão-de-obra
( ) Consumo de combustível de equipamentos
( ) Gastos com pessoal do faturamento (salário)
( ) Aquisição de máquinas
( ) Depreciação das máquinas
( ) Remuneração do pessoal da contabilidade geral (salário)
( ) Pagamento de honorários da administração
( ) Depreciação do prédio da empresa
( ) Utilização de matéria-prima (transformação)
( ) Deterioração do estoque de matéria-prima por enchente
( ) Remuneração do tempo do pessoal em greve
( ) Estrago acidental e imprevisível de lote de material
( ) Comissões proporcionais às vendas
21
Custeio por Absorção
Custeio significa Apropriação de
Custos.
Custeio por Absorção é o método
derivado da aplicação dos Princípios de
Contabilidade Geralmente Aceitos. Este
método de custeio, também chamado de
custeio integral, consiste na apropriação
de todos os custos de produção aos
bens elaborados.
O procedimento é fazer com que cada produto ou produção (ou
serviço) absorva parcela dos custos diretos e indiretos, relacionados
à fabricação.
Desta forma, todos os gastos relativos ao esforço de produção são
distribuídos (rateados) para todos os produtos ou serviços feitos.
22
Custeio por Absorção
Empresa de Manufatura
Despesas Custos
Estoque de
produtos
Demonstração de Resultados
Receita
Vendas CPV
Lucro Bruto
Despesas
Lucro Operacional
Fonte: Martins,2006 23
Custeio por Absorção
Empresas Prestadoras de Serviços
Despesas Custos
Demonstração de Resultados
Prestação Receita
de Custo Serviços Prestados
Serviços
Lucro Bruto
Despesas
Lucro Operacional
Fonte: Martins,2006 24
Custeio por Absorção
25
Esquema Básico da Contabilidade de Custos
1º. Passo
3º.Teoricamente,
Passo a separação é fácil: os gastos relativos ao processo de
2º. Passo
produção são custos, e os relativos à administração, às vendas e aos
financiamentos
Aluguel são despesas.
Supervisão
Na prática, entretanto, uma série de problemas aparece pelo fato de não ser
chefia
possível a separação de forma clara e objetiva. Exemplos:
• uma única administração, sem a separação da que realmente
pertence à produção;
• Um departamento de RH que cuida do pessoal da fábrica e da
administração, faz-se a divisão de gastos total em custo e despesa;
• Departamento de contabilidade que engloba a contabilidade financeira e
a contabilidade de custos;
• Almoxarifado que presta serviços à produção e também ao resto da
empresa; manutenção, idem e etc.
26
Esquema Básico da Contabilidade de Custos
1º. Passo
3º. Passo
2º. Passo
Aluguel
Supervisão
chefia
28
2º Apropriar Custos Diretos:
Matéria -prima Mão de obra direta
A 200.000,00 A 50.000,00
B 300.000,00 B 35.000,00
Total 500.000,00 Total 85.000,00
30
E SE BASE DE RATEIO DO CIF = CUSTO DA MOD?
Produto Custo da MOD ($) % CIF ($)
A 50.000 59% 41.300
B 35.000 41% 28.700
Total 85.000 100% 70.000
31
E SE BASE DE RATEIO DO CIF = CUSTO DA MP?
Produto Custo da MP ($) % CIF ($)
A 200.000 40% 28.000
B 300.000 60% 42.000
Total 500.000 100% 70.000
32
CONCLUSÃO:
33
EXERCÍCIO 01:
A indústria X produz dois tipos de produtos: P1 e P2. Em
determinado período, produziu 20.000 caixas do P1 e 16.000
litros do P2, incorrendo nos seguintes custos, comuns aos dois
produtos:
MP ($2,00 o kg): 12.000 kg do P1 e 8.000 kg do P2.
MOD ($5,00 a hora): 6.000 h do P1 e 3.000 h do P2.
Depreciação
DEPARTAMENTALIZAÇÂO
14.400
6.600
15.600
8.400
30.000
15.000
Publicidade
Desp. Adm.
-120.000
-150.000
38
Esquema Básico da Contabilidade de Custos
Departamentalização
Produto Custos Diretos horas máquina % utilização Custos Indiretos custo ttl produto
D 50.000 400 40% 46.000 96.000
E Produto 30.000
Custos Diretos 200
horas máquina20%% utilização23.000
Custos Indiretos 53.000
custo ttl produ
F D 45.000 50.000 400 400 40% 40% 46.000 46.000 91.000 96.000
Total E 125.00030.000 1000 200 20% 115.00023.000 240.00053.000
F 45.000 400 40% 46.000 91.000
Total 125.000 Custos1000
Indiretos 115.000 240.000
Depreciação 20.000
Manutenção Custos35.000Indiretos
Enegia eletrica
Depreciação 30.000 20.000
supervisão
Manutenção 10.000 35.000
outros custos 20.000 30.000
Enegia eletrica
Total supervisão 115.00010.000
outros custos 20.000
Total 115.000
40
Esquema de Custos - Departamentalização
Suponhamos, entretanto, que, ao se analisar mais detidamente o processo
de produção, verifica-se que, apesar de os totais de horas-máquina
consumidos serem aqueles mesmos, existe uma grande
disparidade entre os produtos pelo seguinte: o produto D gasta um
total de 400 hm, distribuídas nos setores de Corte, Montagem e
Acabamento, enquanto que o Produto E só passa pelo Corte, não
necessitando nem de Montagem nem de Acabamento, e o Produto F só
passa exatamente por esses dois últimos setores não precisando passar
pelo Corte. A distribuição total é assim levantada:
41
Esquema de Custos - Departamentalização
Completando essa investigação adicional, verifica-se, também, que o
gasto com os Custos Indiretos de Produção não é uniforme entre os
setores, distribuindo-se:
Novo
rateio
42
Esquema de Custos - Departamentalização
Podemos fazer uma comparação entre os valores dos Custos
Indiretos alocados a cada produto sem a Departamentalização
(uso de uma única taxa horária para todos) e com a
Departamentalização (uma taxa para cada departamento), usando
os quadros anteriores.
43
Esquema Básico da Contabilidade de Custos
Departamentalização
Departamento é a unidade mínima administrativa para a
Contabilidade de Custos, representada por pessoas e
máquinas (na maioria dos casos), em que se desenvolvem
atividades homogêneas. Diz-se unidade mínima administrativa
porque sempre há um responsável para cada Departamento ou,
pelo menos, deveria haver.
Na maioria das vezes um Departamento é um Centro de Custos,
ou seja, nele são acumulados os Custos Indiretos para posterior
alocação aos produtos (Departamentos de Produção) ou a outros
Departamentos (Departamentos de Serviços).
44
Esquema Básico da Contabilidade de Custos
Departamentalização
Os Departamentos de Produção (também conhecidos por
Produtivos) têm seus custos jogados sobre os produtos, já que estes
passam inclusive fisicamente por eles.
45
Esquema Básico da Contabilidade de Custos
Departamentalização
Os Departamentos de Serviços (impropriamente chamados
às vezes de Não produtivos e também conhecidos por
Auxiliares) geralmente não têm seus custos apropriados diretamente
aos produtos, pois estes não passam por eles.
Exemplos de departamentos de serviços:
Administração da Fábrica;
Manutenção;
Almoxarifado;
Expedição;
Controle de Qualidade.
46
Esquema Básico da Contabilidade de Custos
Departamentalização
Alguns custos, embora sejam indiretos em relação aos produtos,
são diretos em relação aos departamentos.
Exemplos:
• Depreciação das máquinas do departamento.
• Custo indireto em relação aos vários tipos de produtos fabricados,
mas diretamente atribuível ao departamento que possui as máquinas.
• Material indireto usado no departamento (requisições).
• Mão-de-obra indireta usada no departamento (apontamentos).
47
Esquema de Custos - Departamentalização
(Bornia, 2002)
49
Matriz de Custos
Total:
Secundário Totais
final
50
Exemplo ilustrativo
1 centro comum: administração geral
1 centro auxiliar: manutenção
2 centros produtivos: usinagem e montagem
4 itens de custos:
SALÁRIOS = 5.000 (Adm.=$2.500, Manut. = $500, Usinagem = $1.500,
Montagem = $500)
DEPRECIAÇÃO = 1.000
ENERGIA ELÉTRICA = 500
MAT. DE CONSUMO = 2.000
51
Rateio Primário
Item de Valor Base de Admin. Manu- Usina- Mon-
custo ($) rateio geral tenção gem tagem
Salários 5.000,00 dado 2.500,00 500,00 1.500,00 500,00
En. elétr. 500,00 potência 50,00 100,00 300,00 50,00
Deprec. 1.000,00 valor 50,00 450,00 500,00 -
Mat. cons. 2.000,00 requis. 200,00 450,00 500,00 850,00
2.800,00 1.500,00 2.800,00 1.400,00
52
Rateio Secundário
Item de Valor
Base de Admin. Manu- Usina- Mon-
custo ($)rateio geral tenção gem tagem
Salários 5.000,00direto 2.500,00 500,00 1.500,00 500,00
En. elétr. 500,00
potência 50,00 100,00 300,00 50,00
Deprec. 1.000,00 valor 50,00 450,00 500,00 -
Mat. cons. 2.000,00
requis. 200,00 450,00 500,00 850,00
2.800,00 1.500,00 2.800,00 1.400,00
número de empregados 280,00 840,00 1.680,00
1.780,00 3.640,00 3.080,00
tempo de manutenção 1.602,00 178,00
5.242,00 3.258,00
Bases de rateio Manu- Usina- Mon-
tenção gem tagem
tempo de manut. (h) - 180 20
número de empr. 5 15 30
53
Rateio Final
O rateio final será baseado nas horas-máquina de
utilização nos centros produtivos.
Pro-
Usinagem Montagem
duto
P1 180 horas 20 horas
P2 10 horas 140 horas
190 h 160 h
Custo-hora (usinagem) = $ 5.242,00 / 190 h = $27,59/h
Custo-hora (montagem) = $ 3.258,00 / 160 h = $20,36/h
Custo Custo
Produto Usinagem Montagem Produção
Total Unitário
P1 180h x 27,59 4.966,20 20h x 20,36 407,20 5.373,40 200 26,87
P2 10h x 27,59 275,90 140h x 20,36 2.850,40 3.126,30 100 31,26
54
CRITÉRIOS DE RATEIO DOS
CUSTOS INDIRETOS
55
ANÁLISE DOS CRITÉRIOS DE RATEIO:
Custos comuns
Os critérios de rateio dos CIF devem ser analisados em todas
as fases de apropriação
1ª FASE:
Separação entre CUSTOS e DESPESAS
Exemplo: aluguel
Produção CUSTO
Administração DESPESA
57
ANÁLISE DOS CRITÉRIOS DE RATEIO:
Custos comuns
3ª FASE:
EXEMPLO:
Custos da Manutenção HORAS DE ATENDIMENTO.
58
ANÁLISE DOS CRITÉRIOS DE RATEIO
4ª FASE:
Distribuição dos CUSTOS INDIRETOS dos Departamentos Produtivos aos
produtos.
O rateio pode ser feito de várias formas:
Exemplo:
Dep. X - produtos M e N
CIF = $5.400 M N TOTAL
MP 5.000 7.000 12.000
MOD 1.000 1.000 2.000
TOTAL C. DIRETOS 6.000 8.000 14.000
CIF ? ? 5.400
TOTAL ? ? 19.400
Horas-Máquina utilizada 1.400 HM 1.000 HM 2.400 HM
59
1ª Forma
Critério de Rateio : horas-máquina
M N
Horas-Máquina utilizada 1.400 HM 1.000 HM 2.400 HM
CIF CD C.TOTAL
Prod. M 3.150 6.000 9.150
Prod. N 2.250 8.000 10.250
TOTAL 5.400 14.000 19.400
60
2ª Forma
Critério de Rateio : MOD
CIF CD C.TOTAL
Prod. M 2.700 6.000 8.700
Prod. N 2.700 8.000 10.700
TOTAL 5.400 14.000 19.400
61
3ª Forma
Critério de Rateio : MP
M N TOTAL
5.000 (42%) 7.000 (58%) 12.000
CIF CD C.TOTAL
Prod. M 2.250 6.000 8.250
Prod. N 3.150 8.000 11.150
TOTAL 5.400 14.000 19.400
62
4ª Forma
Critério de Rateio : TOTAL DO CD
CIF CD C.TOTAL
Prod. M 2.314 6.000 8.314
(43%)
63
Conclusão
Os produtos M e N poderiam sofrer variações de:
68
CC - Centros de Custos
Custos Indiretos Gerencia geral Manutenção Montagem Acabamento Total
Custos
Rateio Adm.
Soma
Rateio Manut.
Total
Produto A
Produto B
Total
69
EXERCÍCIO:3
A Cia. Pasteurizadora Genoveva produz leite tipos C e B, conhecidos no mercado pelas marcas Genoveva
e Genoveva Super, respectivamente. O ambiente de produção é composto por quatro
departamentos: Pasteurização, Embalagem, Manutenção e Administração da Produção. O volume de leite
processado em determinado período foi o seguinte, em litros: Tipo c = 489.786 e Tipo B = 163.262
Sua estrutura de custos, no mesmo período, foi a seguinte (em S).
1. Custos Diretos referentes aos produtos ($): Genoveva = 87.800 e Genoveva Super = 50.400
2. Custos Indiretos ($):
Aluguel = 8.500; Material= 5.200; Depreciação= 4.720; outros= 6.600 e Energia Elétrica= 7.300
Outros dados coletados no período:
Pasteurização Embalagem Manutenção Adm. Produção
Área (m2) 1.100 955 170 275
Consumo Energ. (kWh) 17.000 14.280 1.700 1.020
Horas de Mão de obra 24.000 12.000 2.000 2.000
72
73
74
CAP 8 - ABC
CUSTEIO BASEADO
EM ATIVIDADES
75
ABC – Activity Based Costing
Definição: Método de alocação dos custos que tem por
base as atividades realizadas na organização.
Este método procura reduzir sensivelmente
as distorções provocadas pelo rateio
arbitrário dos custos indiretos.
76
EXEMPLO ILUSTRATIVO
Empresa: Confecções
Produtos: Camiseta, Calça e Vestido
Tempo despendido na produção:
PREÇOS DE VENDA:
Camisetas = $ 10 ; Vestidos = $ 22 ; Calças = $ 16
COMO APURAR O
CUSTO DE CADA Camiseta 18.000 un.
Vestido 4.200 un.
PRODUTO?
Calça 13.000 un.
78
1º Forma: Distribuição dos CIF usando o
Custeio por Absorção
Base de Rateio: MOD utilizada por produto
Corte e Costura
Acabamento
Departamentos de Apoio
Compras
Almoxarifado
Administração da Produção 82
DISTRIBUIÇÃO PRIMÁRIA
COMPRAS ALMOX ADM PROD CORTE ACABAM.
4.200 4.600 ALUGUEL
4.200 = 24.0006.000 5.000
6.500 5.500
ENERGIA5.000
ELETRICA = 14.000
42.000 11.000
4.000 4.500DEPRECIAÇÃO
4.900 9.500
= 32.000 9.100
2.000 1.000
MATERIAL 1.800
DE CONSUMO4.200
= 12.000 3.000
83
DISTRIBUIÇÃO SECUNDÁRIA
86
Identificação das atividades relevantes
Pode acontecer de cada centro de custos desenvolver uma atividade
e, assim, o trabalho já fica bastante facilitado.
O foco principal do ABC são os custos indiretos, e estes estão mais
concentrados nos centros de custos de apoio.
87
Atribuição de custos às atividades
A atribuição de custos às atividades deve ser feita da forma mais criteriosa:
1. alocação direta - quando existe uma identificação clara, direta e
objetiva de certos itens de custos (salários, depreciação, viagens, material
de consumo etc.
2. Rastreamento - é uma alocação com base na identificação da relação
de causa e efeito entre a ocorrência da atividade e a geração dos custos
nº de empregados;
área ocupada;
tempo de mão-de-obra (hr/h);
tempo de máquina (h/m);
quantidade de kwh;
estimativa do responsável pela área etc.
88
• Direcionador de Custos
É o fator que determina o custo de uma atividade. Para efeito de custeio
de produtos, é a maneira como os produtos “consomem” (utilizam) as
atividades. Exemplo:
Atividade: Comprar material Direcionador: n° de pedidos
Receber material n° de recebimentos
Produtos
80%
CIF
70%
60%
50%
avanço tecnológico e a
crescente complexidade dos
sistemas de produção
40%
30%
MOD
93
Direcionador de custos de atividades
Direcionador de custos é o fator que determina o custo de uma atividade.
É a verdadeira causa dos seus custos.
95
Custos Indiretos Aplicados Pelo ABC
96
QUADRO RESUMO:
CIF Aplicado sem Departamentalização
(BASE DE RATEIO = MOD)
101
1) Exercício ABC
A Fábrica de Sapatos Pé Confortável LTDA (exercício de 2010) fez um estudo para implantar o
método ABC, levantando os custos das atividades mais relevantes e seus prováveis
direcionadores. Ela quer saber como fica a distribuição dos CIFs com a utilização deste método.
Atividades Custos $
Comprar materiais 90.000
Desenvolver fornecedores 100.000
Controlar a produção 80.000
Costurar peças 100.000
Montar peças 90.000
Acabar peças 40.000
Total custos indiretos 500.000
Direciondores de atividades Sapatilhas Tenis Social Total
No. Pedidos 10 40 30 80
No. Fornecedores 2 11 7 20
No. De lotes de produção 15 55 30 100
Total horas para costurar 0 600 400 1000
Total horas para Montar 150 750 600 1500
Total horas para Acabar 50 200 250 500
102
Atribuição dos custos no ABC
Custo das Atividades Custo dos Objetos
Sapatilha
Desenvolver fornecedores =$100.000
Desenvolver fornecedores
Controlar a produção
Costurar peças
Montar peças
Acabar peças
Custo total por produto
104
Resumo
Atividades Custos Custo por Dir.
Comprar materiais 90.000 1.125,00
Desenvolver fornecedores 100.000 5.000,00
Controlar a produção 80.000 800,00
= custos / Total Nº Direcionadores
Costurar peças 100.000 100,00
Montar peças 90.000 60,00
Acabar peças 40.000 80,00
Total custos indiretos 500.000
105
Custo das Atividades Custo dos Objetos
Sapatilhas
Comprar materiais = $90.000 $11.250
$10.000
$12.000
Desenvolver fornecedores= $100.000 $0
$9.000
$4.000
Controlar a produção = $80.000 Tênis
$45.000
$55.000
$44.000
Costurar peças = $100.000 $60.000
$45.000
$16.000
Montar peças = $90.000
Social
$33.750
Acabar peças = $ 40.000 $35.000
$24.000
$40.000
$36.000
$20.000106
2) Exercício ABC
A empresa Tiquita produz dois produtos, A e B, cujos preços de venda líquidos de
tributos são, em média, $80 e $95, respectivamente, e o volume de produção e de
vendas é de 12.000 unidades do Produto “A” e 4.490 unidades do “B”, por período.
Em determinado período, foram registrados os seguintes custos diretos por unidade
(em $): Material direto, custo por unidade Prod. A = $ 20 Prod. B = $27,95
MOD, custo por unidade Prod. A = $ 10 Prod. B = $ 5
Atividade $
Inspecionar material 60.000
Armazenar material 50.000
Controlar estoques 40.000
Processar Produtos (maq.) 150.000
Controlar processo (eng.) 200.000
Total dos CIP 500.000
107
2) Exercício ABC ....continuação
Uma análise de regressão e de correlação identificou os direcionadores de
custos dessas e de outras atividades, e sua distribuição entre os produtos, a
saber:
A B
Nº de lotes Inspecionados 3 7
Nº de horas máquina de proc. Produtos 4000 6000
Dedicação do tempo dos eng. 25% 75%
108
3) Exercício extra
A empresa Parma, produtora de laticínios, com CIF total de $ 54.000, produz e
vende: Requeijão (6.000 un. a $30/un. líquido) e Queijo (3.000 un. a $41/un.
líquido). Em determinado período foram registrados os seguintes valores:
Custos diretos:
MP Requeijão = $72.000 MP Queijo = $54.000
MOD Requeijão = $36.000 MOD Queijo = $9.000
ATIVIDADES RELEVANTES: $
Inspecionar matéria-prima 8.000
Armazenar matéria-prima 6.000
Controlar estoques 5.000
Processar produtos (máquinas) 15.000
Controlar processos (engenharia) 20.000
DIRECIONADORES: Requeijão Queijo
Nº de lotes inspecionados e armazenado 15 60
Nº De entrega de produtos aos clientes 120 140
Nº de horas-máquina 4.000 6.000
Nº de horas de transporte 210 295
Dedicação do tempo dos engenheiros(h) 50 150
Haverá variação do lucro, se a empresa adotar Base de Rateio = MOD total, Base de
Rateio = MP total ou ABC? 109
4) Exercício
A empresa Sono Profundo, produtora de travesseiros da cidade de Além Paraiso, dedica-se a
produção de dois produtos: Lunar e Estelar.
Em determinado período, foram registrados os seguintes custos diretos por unidade (em $).
Custos diretos: Lunar Estelar
Matéria Prima 12 18
Mão de obra 6 3
Os CIPs, referentes as atividades mais relevantes, totalizaram R$ 60.000:
ATIVIDADES RELEVANTES: $
Inspecionar matéria-prima 10.000
Armazenar matéria-prima 6.000
Controlar estoques 9.000
Processar produtos (máquinas) 15.000
Controlar processos (engenharia) 20.000
Em uma análise, identificou-se os direcionadores de custos dessas e de outras atividades e sua
distribuição entre os produtos, a saber:
DIRECIONADORES: Lunar Estelar
Nº de lotes inspecionados e armazenado 20 60
Nº de entrega de produtos aos clientes 120 140
Nº de horas-máquina 4.000 6.000
Nº de horas de transporte 210 295
Dedicação do tempo dos engenheiros(h) 50 150 110
4) Exercício...cont.
Os dados em relação à produção e vendas por período são:
Lunar Estelar
Quantidade produzida e vendida (unidades) 9.000 6.000
Preço médio de venda unitário (bruto) $30 $41
111
CUSTOS
PARA
DECISÃO
112
Custo Fixo, Lucro e Margem de
Contribuição
Custos Fixos: São aqueles cuja variação não é afetada pelo
volume total de produção ou de vendas da empresa. Isso
significa que, não importa se a empresa está vendendo pouco ou
muito, eles permanecem os mesmos.
Custos fixos tendem a manter-se constantes, não importa a
variação sofrida pelas receitas da empresa. Exemplos:
• Mão de obra indireta,
• manutenção,
• depreciação,
• aluguel da fábrica e
• seguro. 113
Custo Fixo, Lucro e Margem de
Contribuição
Custos Variáveis: são aqueles que variam proporcionalmente de
acordo com o nível de produção ou atividades. Seus valores
dependem diretamente do volume produzido ou volume de vendas
efetivado num determinado período. Exemplos:
• Matéria-Prima
• Insumos produtivos (Água, Energia)
114
Custo Fixo, Lucro e Margem de
Contribuição
Margem de Contribuição: É o valor que cada unidade
efetivamente traz à empresa, ou seja, sua receita menos seus custos e
despesas variáveis. Representa a contribuição que um produto dá à
empresa, para cobrir todos os custos e despesas fixas e lucro
desejado.
Receita
-
Custos Var. +
CONCEITO Despesas Var
=
Margem de
Contribuição
115
Exemplo:
Uma loja de artesanatos compra um vaso de cerâmica por $16,00 e o
vende por $30,00. Sabendo-se que sobre o preço de venda incidem
impostos no valor de 10% e que a empresa paga uma comissão aos
seus funcionários de 5%, calcule a margem de contribuição
registrada para o vaso de cerâmica.
Receita $30,00
(-) CMV $16,00
(-) Despesas $ 1,50
(-) Impostos $ 3,00
Margem de Contribuição $ 9,50
116
Cálculo da Margem de Contribuição
( MC = PV – CV ):
PRO- PV unitário C. VAR. MC
DUTO unitário unitária
Vendas
500.000 t x $260/t 130.000.000
200.000 t x $180/t 36.000.000 166.000.000
(-) Custo dos Produtos Vendidos
Fixos 35.000.000
Variáveis: 700 x $110/t 77.000.000 -112.000.000
Lucro Bruto 54.000.000
(-) Despesas:
Fixas: 21.000.000
Variáveis:
700.000 t x $10/t 7.000.000
500.000 t x $15/t 7.500.000 -35.500.000
Lucro Liquido 18.500.000
122
Com isso, a empresa está obtendo o seguinte resultado:
127
Custeio Variável x Custeio por Absorção
128
Custeio por Absorção
O Custeio por absorção consiste na apropriação de todos os
custos incorridos no processo de fabricação, mediante
rateio.
Passam a integrar o valor contábil tanto os custos variáveis
quando os fixos, ou seja, o resultado do custo sofre
influência direta do volume produzido.
Custos Fixos
Custos Variáveis
Desvantagem
A principal desvantagem do custeio por absorção consiste
na utilização dos rateios, uma vez que dependendo do
critério pode penalizar determinado produto e beneficiar
outro.
131
Custeio Variável
É o método de custeio em que somente os custos
claramente identificados com os produtos devem ser
apropriados.
132
Figura 4 – Representação gráfica do fluxo no custeio variável
- MÃO-DE-OBRA INDIRETA
- DEPRECIAÇÃO
(-) DESPESAS
- ALUGUEL VARIÁVEIS DE VENDAS
- ENERGIA ELÉTRICA (ILUM)
- SUPERVISÃO
(=) MARGEM DE
CONTRIBUIÇÃO
VARIÁVEIS
- DE VENDAS (-) CUSTOS FIXOS DE
PRODUÇÃO
DESPESAS
FIXAS
(-) DESPESAS
- ADMINISTRATIVAS
ADMINISTRATIVAS
- DE VENDAS
(=) RESULTADO
LUCRO LÍQUIDO
135
Desvantagens
Não aceitação pela legislação tributária para fins de
avaliação de estoques.
136
EXEMPLO DA DISTINÇÃO ENTRE CUSTEIO VARIÁVEL E
POR ABSORÇÃO
Uma empresa apresentou os seguintes dados:
137
Caso a empresa utilizasse o Custeio por
Absorção, a demonstração de resultado seria da
forma descrita a seguir:
Custo de Produção do Período ( CPP)
Custos fixos R$ 12.000,00
(+) Custos variáveis R$ 20.000,00
(=) CPP R$ 32.000,00
Custo da Produção Acabada no Período (CPA)
Como não há estoques iniciais e finais de produtos
em elaboração: CPA=CPP= R$ 32.000,00
Custos de Produtos Vendidos (CPV)
Custo unitário de produto: R$ 32.000,00/ 1.000 =
R$ 32,00: CPV= 800 x R$ 32,00 = 25.600,00
138
Estoque Final de Produtos Acabados
200 unidades x R$ 32,00 = R$ 6.400,00
Demonstração do Resultado
139
Caso a empresa utilizasse o Custeio Variável, a
demonstração de resultado seria da forma descrita a
seguir:
Custo de Produção do Período ( CPP)
Como somente os custos variáveis são computados
como custos de produção, o CPP seria igual o valor
dos Custos Variáveis = R$ 20.000,00
Como não há estoques iniciais e finais de produtos
em elaboração: CPA=CPP= R$ 20.000,00
140
Estoque Final de Produtos Acabados
200 unidades x R$ 20,00 = R$ 4.000,00
Demonstração do Resultado
143
No Custeio variável, o estoque final contém custos variáveis e
pode assim ser calculado:
Custo Variável Unitário: R$ 20.000,00 / 1.000 = R$ 20,00
145
Assinalar a alternativa correta
A valorização de estoques, pelo Custeio Variável, contempla:
a) Todos os custos de transformação;
b) Apenas custos diretos de produção;
c) Apenas os custos variáveis de produção,
d) Todos os custos e despesas variáveis;
e) Todos os custos e despesas identificáveis;
147
Margem de Contribuição
É o excesso do preço de venda em relação aos custos e despesas
variáveis; destina-se a amortizar os custos e despesas fixos e a
formar o lucro da empresa.
148
Margem de Contribuição
De que adiantaria termos Margens de Contribuição positivas em
todos os produtos se a soma de todas elas fosse inferior ao valor dos
Custos e Despesas Fixos? O que pretende-se mostrar agora é
que eles precisam ser devidamente analisados, e não simplesmente
rateados como custos pertencentes a cada unidade de cada produto.
3.500.000
(235.000)
149
Custos Fixos Identificados
São custos que, embora fixos, podem ser identificados com
cada produto, linha de produtos, departamento, filial etc.
São, portanto, custos diretos fixos.
Suponhamos que uma empresa fabrique 5 produtos
Custos Fixos quando
A B C D E são identificados
especificamente com
um produto ou grupo
de produtos, são deles
Departamento Departamento diretamente deduzidos,
X Y sem que entretanto
sejam alocados a
Custos fixos Custos fixos cada unidade.
$540.000/mês $430.000/mês
Fonte: Prfo. Ms. Marcondes,150
Nilton
Segunda Margem de Contribuição
É a Margem de Contribuição deduzida dos
Custos Fixos Identificados.
151
Segunda Margem de Contribuição
Produtos A B C D E TOTAL
Vendas $ 903.000 1.302.000 793.800 1.137.100 1.306.800 5.442.700
(-) CVPV $ -504.000 -770.000 -343.000 -561.700 -792.000 -2.970.700
1a MC $ 399.000 532.000 450.800 575.400 514.800
153
Taxa de Retorno da Margem
de Contribuição
A melhor maneira de avaliar o grau de sucesso de um empreendimento
é calcular o seu retorno sobre o investimento realizado.
157
Taxa de Retorno da Margem de Contribuição
Análise do Retorno sobre o Investimento
L M N TOTAL
2ª Margem de Contribuição 55.000 88.000 87.000 230.000
Investimento identificado 105.000 260.000 170.000 535.000
Taxa de Ret. Identificada 52,4% 33,8% 51,2% 43,0%
Lucro 100.000
Investimento Total 800.000
Tx. Retorno s/ Invest.Total 12,50%
Espremedores Moedores
Custos e despesas variáveis (un) $ 3,50 4,50
Custos e despesas fixos mensais identificados $ 600 800
Custos e despesas fixos comuns aos dois $ 1.500 por mês
160
Fixação do Preço de
Venda e Decisão sobre
Compra ou Produção
161
GESTÃO DE PREÇO
O que é preço?
É o montante cobrado pela
empresa por um produto ou
serviço e pago pelo consumidor,
para que este possa usufruir dos
benefícios e obter a satisfação
esperada.
162
FIXAÇÃO DO PREÇO DE VENDA
É generalizada a idéia de que uma das finalidades da
Contabilidade de Custos é o fornecimento do preço de
venda.
Para administrar preços de venda é necessário conhecer:
• O custo do produto;
• O grau de elasticidade da demanda;
• Os preços de produtos dos concorrentes,
• Os preços de produtos substitutos,
• A estratégia de marketing da empresa,
• O tipo de mercado em que a empresa atua.
163
FORMAÇÃO DE PREÇOS
164
FORMAÇÃO DE PREÇOS COM BASE EM CUSTOS
Nesta forma de calcular preços — preços de dentro para
fora —, o ponto de partida é o custo do bem ou serviço
apurado segundo um dos critérios estudados: Custeio por
Absorção, Custeio Variável etc. Sobre esse custo agrega-se
uma margem, denominada markup.
Gastos não
incluídos
no custo
165
FORMAÇÃO DE PREÇOS COM BASE EM CUSTOS
Suponhamos uma situação bastante simples que apresente os seguintes dados (Custeio por Absorção):
Custo unitário: $8
Despesas Gerais e Administrativas (DGA): 10% da receita bruta (*)
Comissões dos Vendedores (COM): 5% do preço de venda bruto
Tributos (IMP) incidentes sobre o preço de venda: 20% bruto
Margem de Lucro desejada (MLD): 5% sobre a receita bruta
(*) Trata-se de despesas operacionais fixas; o percentual é uma estimativa.
O markup seria, então, calculado da seguinte forma:
DGA = 10%
COM = 5%
IMP = 20%
MLD = 5%
TOTAL = 40% sobre o preço de venda bruto = markup
O preço de venda (PV) será o custo acrescido de 40% do PV:
PV = $8 + 0,4 PV
PV - 0,4PV= $8
0,6 PV = $ 8
Por esse método o preço de venda seria fixado em $13,33.
Esse preço de $13,33 seria, então, uma referência, sujeita a ajustes — para mais ou para
menos — de acordo com as condições de mercado e com negociações específicas com cada
cliente, talvez transação a transação.
166
FORMAÇÃO DE PREÇOS COM BASE EM CUSTOS
Algumas observações importantes:
o custo deve ser o de reposição (ver Capítulo 21), a vista, e em moeda
corrente. Assim, o preço calculado também é para venda a vista;
para calcular preços de venda a prazo, é necessário embutir os encargos
financeiros correspondentes;
se o critério de custeio for o Variável, então o markup terá que ser acrescido
de um percentual estimado para cobrir os custos fixos de produção, não
incluídos no custo do produto;
se os vendedores tiverem vínculo empregatício com a empresa, então o
percentual de comissão deve incluir os encargos sociais;
os tributos a considerar são os incidentes direta e proporcionalmente sobre a
receita, como ICMS, PIS, Cofins, ISS, CPMF etc.;
o lucro desejado pode ser expresso de várias outras formas, inclusive em
valor absoluto, tomando-se por base o capital investido, o custo de
oportunidade etc.
Esse método de calcular preços com base em custos é muito utilizado pelas empresas,
porém apresenta algumas deficiências, como: não considerar, pelo menos
inicialmente, as condições de mercado, fixar o percentual de cobertura das despesas
fixas de forma arbitrária etc. 167
FORMAÇÃO DE PREÇOS COM BASE EM CUSTOS
“RKW”
(abreviação de Reichskuratorium für Wirtschaftlichtlceit).
169
FORMAÇÃO DE PREÇOS COM BASE EM CUSTOS
Custeio Variável
Do forte conhecimento, e cada vez mais sensível no Brasil
moderno e bem mais competitivo, de que o mercado é o
grande definidor do preço, surge a idéia de se utilizar a figura
da Margem de Contribuição para auxiliar nas tomadas de
decisões também relativas à fixação dos preços.
Todavia, das diferentes alternativas de preço, não é melhor
aquela que dá maior Margem de Contribuição por unidade.
O importante é que, no processo de formação de preços,
sejam sempre levados em consideração os aspectos
mercadológicos, econômicos e de custos.
170
FORMAÇÃO DE PREÇOS COM BASE NO MERCADO
É o fator relacionado ao ambiente (mercado) que define o
valor máximo de preço que a empresa deve cobrar pelo
produto. Neste contexto, usa-se a Margem de Contribuição
para auxiliar nas tomadas de decisões relativas à fixação dos
preços.
A Margem de Contribuição Total é utilizada para simular
vários níveis de preço de volumes de venda e então chegar
ao preço de venda ideal .
172
Target costing (Custeio Meta)
Quando uma linha de produção já está montada e
funcionando, a grande maioria de seus custos está fadada a
ser incorrida, tendo em vista estarem, a essa altura,
totalmente definidas as características técnicas do produto. As
reduções de custos que se pode atingir nesse estágio podem
não ser significativas o suficiente de forma a se atingir o custo
meta.
Por outro lado, é na fase de planejamento que existem as
possibilidades de alteração significativa dos custos. Durante o
projeto podem ser alteradas as características do produto.
Nesta fase de projeto a utilização do custo meta se faz mais
eficaz.
173
Target costing (Custeio Meta)
O custo meta, apesar de ser um conceito simples, é também
uma mentalidade de gerenciamento. Para se chegar a um
denominador comum de qual o custo meta e qual o produto a
ser feito, enfim, para se definir uma estratégia empresarial, há
que existir uma integração entre todas as partes da empresa.
• Engenharia;
• Marketing;
• Contabilidade;
• Planejamento e Desenho;
• Compras;
• Segurança e Limpeza
174
Exercício: 1
A NTN-D é uma empresa de prestação de serviços de telecomunicações
(telefonia fixa) que vem operando com um volume de 10.000.000 pulsos de
ligações por mês. Após fazer uma pesquisa de mercado, verificou que precisaria
diminuir o preço do pulso de $ 0,35 para $ 0,30, para conseguir elevar o
número de pulsos para 12.000.000 mensais, atingindo assim a capacidade
máxima de sua planta básica e de atendimento.
A empresa possui a seguinte estrutura de custos, em média e por mês:
• Custos variáveis (por pulso): $ 0,08
• Tributos (sobre a receita) 10%
• Depreciação dos equipamentos: $ 1.150.000
• Outros custos fixos: $ 600.000
• Administração geral da empresa: $ 240.000
A mesma pesquisa mostrou que, caso a empresa baixasse o preço do pulso para
$ 0,275, poderia operar com 15.000.000 pulsos de ligações por mês. Entretanto,
neste caso, necessitaria de um investimento adicional em equipamentos no
valor de $ 1.200.000, que teriam uma vida útil econômica estimada em
cinco anos, e um provável valor residual de $ 60.000. Além disso, os outros
custos fixos aumentariam 15%.
a) $ 0,350
Pede-se calcular o lucro mensal praticando os preços: b) $ 0,300 e
c) $ 0,275. 175
Exercício: 2
O Colégio Maria da Conceição cobra mensalidade no valor de $ 600 e conta com
um total de 450 alunos matriculados. Ao fazer uma pesquisa de mercado,
incluindo os próprios alunos atuais, verificou que precisaria diminuir o valor da
mensalidade para $ 540 para aumentar o número de alunos ao máximo de sua
capacidade, que é de 600 alunos.
O colégio verificou ainda que, caso baixasse o valor da mensalidade para
$ 500, poderia matricular 700 alunos por período. Entretanto, para isso,
necessitaria de um investimento em novas instalações, no valor de $ 3.000.000,
que teriam uma vida útil de 20 anos, e um valor residual de $ 240.000, e ainda
teria um acréscimo nos demais custos fixos de 15%. Considerando-se que:
a) Os tributos incidentes sobre a receita são de 6%
b) Os custos e despesas variáveis com material didático, impressos, xerox, lanches
etc. são de $ 80 por aluno.
c) Os custos e despesas fixos, incluindo o salário dos professores, totalizam
$ 150.000.
Pede-se calcular:
a) O lucro atual por mês;
b) O lucro com mensalidade de $ 540.
c) O lucro com mensalidade de $ 500.
176
Custos Imputados e
Custos Perdidos
Cap. 20
177
Custo de Oportunidade
Esse é um conceito costumeiramente chamado de
“econômico” e “não-contábil”. É um custo para
tomada de decisão.
178
Custo de Oportunidade
Exemplo
Para quem tem R$10.000.000, duas alternativas podem ser
analisadas:
a) Fazer uma aplicação de risco zero (títulos do governo
federal ou caderneta de poupança). Sem inflação, a
poupança rende 6% ao ano.
b) A segunda alternativa é investir numa fábrica de sorvete.
179
Custo de Oportunidade Exemplo
183
CUSTO IMPUTADO
Deduzimos disso duas ideias absolutamente importantes: no cálculo do custo devem estar
todos os valores devidamente corrigidos. Se a Contabilidade está usando dados históricos, é
necessário que eles sejam corrigidos, para que possa ter uma idéia do valor total
inflacionado (ou deflacionado, caso se prefira).
Os valores de Mão-de-obra, Energia, Aluguéis etc. precisam ser corrigidos pelos índices
relativos à inflação observada entre a data em que ocorreram e a data-base escolhida (de
preferência a mais próxima possível do próprio relatório).
Os materiais, pelo índice representativo da inflação entre a compra (mais depois de trazidos
a valor presente) e não o efetivo consumo e a data-base.
As depreciações e as amortizações, pelo relativo também entre a inflação desde a data da
compra do imobilizado ou outro ativo a que se refira e a data-base.
Em segundo lugar, o Custo de Oportunidade é um custo verdadeiro, no sentido de
representar quando está sendo o sacrifício da empresa em investir nesse empreendimento, e
não em outro. Não é contabilizável, mas obrigatoriamente tem que ser levado em
consideração nas análises para tomada de decisões.
185
CUSTOS PERDIDOS
(Sunk Costs)
186
Exercício: 1
A empresa Highlight foi construída em 30 de março com o capital de R$
10.000 e os proprietários esperam um retorno de, no mínimo, 0,5% por
mês. O capital inicial foi total e integralmente utilizado na mesma data
para a produção de um bem com o seguinte custo:
Material = 64 kg a R$ 100/kg
Mão de obra = 180 h a R$ 20/h.
187
Exercício:2
Um investidor com R$ 174.000 decidiu aplicar seu capital numa casa de festas. O
mercado financeiro, na época, oferecia pagamento de juros na ordem de 7,5% ao
mês mais a inflação. Desta forma, o investidor criou uma expectativa de obter um
retorno mínimo de 7,5% a cada período. O preço do evento na casa de festas,
incluindo bebidas, comidas e entretenimento é de R$ 95 por pessoa. No mês de
março a empresa fechou contratos para 2.000 convidados e incorreu nos
seguintes custos e despesas:
Comida e bebida por convidado = R$ 37,00
Mão do obra por convidado = R$ 35,00
Supervisão por período = R$ 1.700
Segurança por período = R$ 1.500
Outros custos fixos = R$ 3.000
Tributos = 8%
189
Custo de Reposição
É o custo necessário à reposição de estoque
Suponhamos, que uma empresa tenha tido como único custo de um produto sua
matéria-prima; esta foi comprada há 120 dias, quando se pagou $10.000 por ela.
Agora, o produto é vendido por $12.000, mas a matéria-prima para refazer hoje o
produto custaria $11.500. Qual o verdadeiro lucro?
LUCRO ECONÔMICO
Receita gerada menos todos os custos (explícitos e
implícitos).
Ou seja, considera todos os custos de oportunidade.
Lucro Econômico = Receita – Custos Explícitos – Custos Implícitos
Lucro Contábil = Receita – Custos Explícitos 193
Exercício - 1
A Empresa Pomposa foi constituída em 30 de março com o capital de $
10.000 e os proprietários esperam um retorno de, no mínimo, 1,5% por
mês. O capital inicial foi total e integralmente utilizado naquela mesma
data para a produção de um bem com o seguinte custo:
Material = 64 kg a R$ 100/kg
Mão de obra = 180 h a R$ 20/h.
194
Exercício - 2
195
Sua estrutura de custos e despesas estimados é a seguinte: .
Empresa Bom Gosto Março Abril Maio
Matéria Prima - $/Kg. 1,20 1,30 1,50
Mão de obra direta (custo fixo) - $ 8.000 8.000 9.000
Custos indiretos de produção (fixos) - $ 2.000 2.336 2.336
Despesas Administrativas - $ 7.600 7.600 8.000
Impostos - % 21% 21% 21%
Comissões - % 5% 5% 5%
Considerando:
• todos os valores em moeda de capacidade aquisitiva constante,
• produção e vendas ocorrendo uniformemente ao longo do mês,
• estoque avaliado pelo critério UEPS (último a entrar primeiro a sair),
• custos e despesas pagos e receitas recebidas dentro do próprio mês,
pede-se calcular:
a) O preço de venda médio unitário objetivado para cada mês.
b) O valor ($) do resultado projetado para o mês de março.
c) Idem, para o mês de abril.
d) Idem, para o mês de maio.
196
Relação
Custo / Volume / Lucro
197
CUSTO X VOLUME X LUCRO
O Planejamento do lucro exige uma compreensão das
características dos custos e de seu comportamento em diferentes
níveis operacionais.
A demonstração de resultado do exercício reflete o lucro somente
em determinado nível das vendas, não se prestando a previsão de
lucro em diferentes níveis e atividades. Portanto, a análise das
relações de Custo/Volume/Lucro é um instrumento utilizado para
projetar o lucro que seria obtido a diferentes níveis possíveis de
produção e vendas, bem como para analisar o impacto sobre o
lucro em função de modificações no preço de venda, nos custos
ou em ambos.
Essa análise é baseada no Custeio Variável e, através dela, pode-
se estabelecer qual a quantidade mínima que a empresa deverá
produzir e vender para que não incorra em prejuízo.
198
Ponto de Equilíbrio ou Ponto de
Ruptura
“Break Even Point”
A empresa está no ponto de equilíbrio quando ela não tem
lucro ou prejuízo, nesse ponto, as receitas totais são iguais
aos custos e despesas totais.
O ponto de equilíbrio é o nível de vendas onde o lucro é
nulo.
Pode ser medido em:
Unidades físicas (Q0) – quantidade onde o lucro = zero.
Unidades monetárias (R0) – receita onde o lucro = zero.
199
Ponto de Equilíbrio
Considerando o exemplo da empresa Alvo, vamos calcular seu
ponto de equilíbrio graficamente.
$ 90.000
0 30.000 Qtde.
CDV
$ 90.000
0 30.000
Qtde.
201
Ponto de Equilíbrio
Custos e Despesas Totais
CDT A reta dos custos e despesas totais sai
$180.000 do nível de $ 90.000, que representam
Variáveis
os custos e despesas fixos, pois,
independentemente do nível de
$ 90.000 atividade eles serão sempre $ 90.000; à
medida que aumenta o volume de
Fixos
atividade, os custos e despesas totais
aumentam, pois aumentam os custos e
0 30.000 despesas variáveis. No nível de 30.000
Qtde.
unidades, os custos e despesas totais
são de $ 180.000.
A receita total é calculada da seguinte
forma:
202
Ponto de Equilíbrio
RT= Quantidade vendida * Preço de Venda Unitário
RT= Q*PVu
RT
$180.000
30.000 Qtde
A receita total pode ser representada por uma reta ascendente, pois à
medida que aumentam as quantidades vendidas, aumenta a receita total.
No nível de 30.000 unidades, a Receita Total é de $ 180.000 (30.000
unidades* $ 6,00).
203
Ponto de Equilíbrio
Sobrepondo o gráfico da Receita Total sobre o gráfico dos Custos e
Despesas Totais, no ponto onde a reta da receita total cruzar com a reta
dos custos e despesas totais, a empresa não terá lucro nem prejuízo.
Esse será seu Ponto de Equilíbrio. Se a empresa vender uma unidade a
mais, ela passará a ter lucro, e se vender uma unidade a menos, passará
a ter prejuízo.
$ RT
CDT
Lucro
$ 180.000
CDV Prejuízo
$ 90.000
CDF
0 30.000 Qtde.
204
Ponto de Equilíbrio
CF + DF CF + DF
PE(Q) = PE($) =
MC ( MC / Pv )
205
Ponto de Equilíbrio
Suponhamos uma empresa com os seguintes dados:
Preço de Venda = $500/un.
Custos + Despesas Variáveis = $ 350/un.
Custos + Despesas Fixas = $ 600.000/mês
Ponto de Equilíbrio = $600.000 / ($500 – $350)
Ponto de Equilíbrio = 4.000 un./mês
Para a transformação do valor em Reais:
4.000 u./mês x $ 500/un. = $ 2.000.000 Ponto de equilíbrio em $
Para esse volume de vendas, o lucro é zero:
Variáveis: 4.000 un. x $ 350/un. = $ 1.400.000
Fixos: = $ 600.000
Soma: = $ 2.000.000 206
Ponto de Equilíbrio
A partir da unidade 4.001, cada margem de contribuição unitária
passa a contribuir para a formação do lucro. Logo, 4.100 unidades
produzidas e vendidas darão um lucro equivalente à soma das
Margens de Contribuição das 100 unidades que ultrapassaram o
Ponto de Equilíbrio:
100 unidades x $ 150/un. = $ 15.000
Comprovação:
Receita total: 4.100 un. X $ 500/un. $ 2.050.000
(-) Custos e despesas totais:
Variáveis: 4.100 x $ 350 = $ 1.435.000
Fixos: = $ 600.000 $ 2.035.000
Lucro: $ 15.000
207
Exercício 01
A empresa X produz um determinado item com os valores abaixo:
Custos Fixos $ 800.000
Custo Variável Unitário $ 300
Receita Unitária $ 700
Calcule:
a) Quantas unidades são necessária para se atingir o ponto de
equilíbrio?
b) Qual a receita total no ponto de equilíbrio?
c) Qual o lucro obtido no ponto de equilíbrio?
d) Qual o lucro se a produção (ou vendas) passar para 2.250
unidades?
208
Exercício 02 - O caso da Empresa “Equilibrada”.
Informações:
Custo do equipamento $200.000,00
Vida útil 20 anos
Despesas administrativas $5.000,00 / ano
Aluguel da fábrica $1.000,00 / ano
Matéria-prima e mão-de-obra direta por unidade $ 60,00
Comissões por unidade vendida $20,00
Preço unitário de venda $400,00
a) Quantas unidades terá que vender para cobrir seus custos fixos?
b) Quanto precisará ganhar no ano para começar a ter lucro?
c) Qual será seu lucro se trabalhar a plena carga?
209
Margem de Segurança
Perdas possíveis sem prejuízo
$ 1.000.000
PE =
$ 240.000 - $ 140.000
PE =10 casas por mês
212
Margem de Segurança
Se a construtora construir e vender 14 casas por mês, obterá um
lucro de:
4 unid./ mês x $ 100.000/unid. = $ 400.000/ mês
Dizemos que a empresa está operando com uma Margem de
Segurança de quatro casas, pois pode ter essa redução sem entrar
na faixa de prejuízo. Em termos percentuais, podemos dizer que
está com uma Margem de Segurança de 28,6%:
(240 x 14) – (240 x 10)
MSq = 4 = 28,6% 240 x 14
14
Em receita, o cálculo é o mesmo:
MS$= $ 3.360.000 - $ 2.400.000 = 28,6%
$ 3.360.000 213
Margem de Segurança
Se passar a uma atividade de produção e venda de 17 unidades por
mês, seu resultado passará a:
7 unid./ mês x $ 100.000/unid. = $ 700.000/ mês
215
Ponto de Equilíbrio Contábil,
Econômico e Financeiro
T-A 23 mai
216
Ponto de Equilíbrio Contábil
Se uma empresa tem as seguintes características:
Custos + Despesas Variáveis = $ 600/un.
Custos + Despesas Fixas = $ 4.000.000/ano
Preço de Venda = $ 800/un.
CF = Custo fixo
CF + DF
PEC= DF = Despesa fixa
MC MC = Margem de contribuição unitária
217
Ponto de Equilíbrio Econômico
Suponha a seguinte situação:
Patrimônio Líquido = $ 10.000.000
Rendimento anual = 10% taxa juros mercado
Lucro mínimo desejado = $ 1.000.000 (Custo de Oportunidade)
O PEE ocorrerá quando a soma das MC totalizar então $5.000.000,
para que, deduzidos os Custos e Despesas Fixos de $4.000.000,
sobrem os $1.000.000 de lucro mínimo desejado:
221
Calcule o resultado contábil,
econômico e financeiro.
Receita de Vendas ( 22.000 x $ 800) 17.800.000
(-) Custos + despesas (22.000 x $ 600) -13.200.000
(-) CD Fixos $ 3.200.000 + $800.000 - 4.000.000
Resultado Contábil 400.000
(-) Custo de Oportunidade -1.000.000
Resultado Econômico (600.000)
+ Deprec. e custo oportunidade 1.800.000
Resultado Financeiro 1.200.000
222
Calcule o resultado contábil,
econômico e financeiro.
Para um volume de vendas = 22.000 unidades
PEC é obtido com 20.000, logo, 2.000 x $200 = $ 400.000
PEE é obtido com 25.000, logo, -3.000 x $200 = -$ 600.000
PEF é obtido com 16.000, logo, 6.000 x $200 = $ 1.200.000
224
Exercícios 2 e 3
2) Uma indústria produz um produto com preço de venda de R$10,00 por
unidade. Os custos variáveis são R$8,00 por unidade e os custos fixos
totalizam R$18.000,00 por ano, dos quais R$4.000,00 são relativos à
depreciação. O Patrimônio Líquido da empresa é de R$50.000,00 e a sua taxa
mínima de atratividade é de 10% ao ano.
Calcule o ponto de equilíbrio contábil, econômico e financeiro.
R0 = Q0 x pv
226
Como as alterações dos
preços de venda e dos
custos e despesas afetam
o Ponto de Equilíbrio?
227
Influência das alterações dos preços de venda
A mudança no preço de venda produz nova MC unitária, sem alteração nos Custos
Fixos.
Se uma empresa tem as seguintes características:
PV (pu) = $ 400/un.
MC = 400 – 150 = $250
CDV (vu) = $ 150/un.
PE = 200 un. mês
CDF = $ 50.000/mês
Se houver aumento do preço de venda, a nova MC Unitária mcu’ será maior que
mcu, o que fará então com que o PE (2) novo seja igual ao anterior multiplicado
pela porcentagem que a antiga mcu representava sobre a nova. Por exemplo,
aumento de 10% no preço de venda
pu’ = $ 400 x 1,10 = $ 440
$ RECEITA' = p'.Q'
RECEITA = p.Q
Novo PE$
Ro CUSTOS = CF + v.Q
Ro'
O fato de termos aumentado 28% nos Custos e Despesas Fixos e com isso
acrescido de 28% também no Ponto de Equilíbrio não é coincidência. Pois, a cada
1% de aumento nos Custos e Despesas Fixos corresponde sempre 1% de aumento
no Ponto de Equilíbrio.
231
Ponto de equilíbrio
Aumento nos custos fixos
$
RECEITA = p.Q
Qo Qo' QUANTIDADE
232
Influência das alterações dos custos e despesas
variáveis
Admitamos que uma firma, com as seguintes características, sofra alterações nos
seus Custos e Despesas Variáveis de 30%:
Custos + Despesas Variáveis: $400/un.
Custos + Despesas Fixos: $1.200.000/mês
Preço de Venda: $600/un.
PEC = 6.000 un./mês ou $ 3.600.000 de vendas
233
Ponto de equilíbrio
Aumento nos custos variáveis
$
RECEITA = p.Q
CUSTOS' = CF + v'.Q
Ro' CUSTOS = CF + v.Q
Ro
236
Exercício - 3
A empresa COMP-ID presta serviços de consultoria e possui a seguinte
estrutura de preços, custos e despesas :
Preços por hora de consultoria, liquido de tributos $250
Despesas Variáveis 25% ( dos honorários cobrados)
Custo Variável por hora de consultoria $100
Custo Fixos Mensais $300.000
Despesas Fixas Mensais $ 50.000
Pede-se:
a) Margem de segurança, em percentual, quando a empresa presta 5.000
horas de consultoria em determinado mês.
b) O PEF, em quantidade de horas, considerando-se que 40% dos custos
fixos são sunk cots.
c) O PEC em quantidade de horas, caso a empresa reduza seu preço de
consultoria em 20%.
237
Exercício - 4
A empresa Limpa Tudo produz apenas dois produtos, enceradeiras e aspiradores
de pó, cujos preços de venda - líquidos dos tributos - são $ 120 e $ 80,
respectivamente, e sobre esses preços ela paga comissões de 5% aos vendedores.
Os custos e despesas fixos, comuns aos dois produtos, são de $ 5.000 por período.
Os custos variáveis são os seguintes:
Enceradeiras Aspiradores
Matéria Prima 2 kg/un. a $8,00/ kg 1kg/un. a $8,00/ kg
Mão-obra-direta 2,5 h/un. a $20,00/h 1,5 h/un. a $20,00/h
238
Exercícios extras
239
Exercício: 1
Uma indústria de chocolates produz e vende dois tipos: Ao leite e amargo. A Industria
utiliza o sistema de custeio por absorção e as principais informações são:
(h/kg)
ATIVIDADES RELEVANTES: $
Inspecionar matéria-prima 8.000
Armazenar matéria-prima 6.000
Controlar estoques 5.000
Processar produtos (máquinas) 15.000
Controlar processos (engenharia) 20.000
243
Exercício: 3 continuação
244
Exercício: 4
A empresa Sono Profundo, produtora de travesseiros da cidade de Além Paraiso,
dedica-se a produção de dois produtos: Lunar e Estelar.
Em determinado período, foram registrados os seguintes custos diretos por unidade
(em $).
Custos diretos: Lunar Estelar
Matéria Prima 12 18
Mão de obra 6 3
Os CIPs, referentes as atividades mais relevantes, totalizaram R$ 60.000:
ATIVIDADES RELEVANTES: $
Inspecionar matéria-prima 10.000
Armazenar matéria-prima 6.000
Controlar estoques 9.000
Processar produtos (máquinas) 15.000
Controlar processos (engenharia) 20.000
245
Em uma análise, identificou-se os direcionadores de custos dessas e de outras atividades e sua
distribuição entre os produtos, a saber:
A empresa possui uma divida de $ 500.000 de curto prazo, contraída junto a um banco
comercial, para financiar seu capital circulante, a vencer no período objeto de análise.
Pede-se calcular:
a) O PEC em unidades físicas (q) e em valor monetário ($) relativo à receita líquida;
b) O PEF em unidades físicas (q) e em valor monetário ($) relativo à receita liquida.
c) O ponto de equilíbrio Econômico (PEE), em unidades físicas, (q), considerando que o
lucro mínimo desejado pelos acionistas é de 10% do capital novo, já descontado o
imposto de renda sobre o lucro que é de 20%.
d) Se o preço de venda sofrer um acréscimo de 15%, qual o PEC em unidades físicas;
e) Se o aumento de 15% for apenas nos custos fixos, qual será o valor do PEC (q) e PEC
($) relativo à receita líquida.
249
Exercício: 8
A Empresa Brisa Suave fabrica 4 modelos de ventiladores. A produção do ano de
2012, em unidades por modelo foi a seguinte:
Brisa Leve: 18.000 unidades
Brisa Norte: 25.000 unidades
Brisa Sul: 30.000 unidades
Brisa caribe: 45.000 unidades
Seus custos departamentais, assim como outras informações referentes a produção
foram as seguintes:
250
Exercício: 8 (continuação)
Pede-se calcular o valor de cada produto considerando que:
a) Os custos da Ger. Adm devem ser rateados aos demais departamentos de
acordo com o número de funcionários;
b) Os custos da área de marketing devem ser rateado da seguinte forma: 50%
Produção, 30% Pintura e 20% Acabamento.
c) O rateio dos custos de manutenção deve ser de acordo com o número de
atendimentos realizados no período, e;
d) Os custos dos departamentos de Produção, Pintura e Acabamento devem ser
distribuídos para os produtos proporcionalmente à quantidade produzida.
Departamentos Gerencia Adm. Marketing Manutenção Produção Pintura Acabamento Total
Custos
Rateio Ger. Adm.
Soma
Rateio Marketing
Total
Rateio Manut.
Total
Brisa Leve
Brisa Norte
Brisa Sul
Brisa Caribe
Total
Exercício: 9
Uma indústria de sabonetes foi constituída em 01de janeiro com o capital
de R$ 80.000. Os sócios tem uma expectativa de retorno de, no mínimo,
8,5% por mês. O capital inicial foi total e integralmente utilizado na
mesma data para a produção de um produto com os seguintes custos:
Matéria prima = 46 kg a R$ 90/kg
Mão de obra = 272h a R$ 25/h.
Supervisão = $ 20.000/mês.
O produto foi vendido em 01 de fevereiro por R$ 32.000, incidindo
impostos de 35% sobre este Valor. Considerando que a inflação de janeiro
foi de 3,5%, pede-se calcular:
O lucro contábil considerando o custo histórico;
O lucro econômico considerando o custo histórico;
O lucro contábil computando a inflação do mês, e;
O lucro econômico computando a inflação do mês.
252
Exercício: 10
A empresa Surpresa produz e vende, na mesma quantidade, os
produtos A, B e C, cujos preços de venda unitário, líquidos de
tributos, são: $550, $400 e $600, respectivamente. Os custos e
despesas fixos comuns aos três produtos são de $700.000 por
período. Os custos e despesas variáveis por unidade são: $200 do
produto A, $300 do produto B e $350 do produto C.
Considerando-se quantidades iguais para os três produtos, pede-se
calcular:
253
Exercício: 11
Para fabricar um produto de sua linha normal de produção,
uma empresa tem os seguintes gastos:
Custos Variáveis $ 120,00 por unidade
Custos Fixos $ 400.000,00 por mês
Despesas Variáveis $ 80,00 por unidade
Despesas Fixas $ 200.000,00 por mês
Sabendo-se que o preço de venda do produto é de $ 250,00 por
unidade, quantas unidades a empresa deverá produzir para atingir o
ponto de equilíbrio contábil?
Qual o ponto de equilíbrio financeiro (q), visto que nos custos fixos
estão incluídos 10% referente à depreciação?
254
Exercício: 12
A Fábrica Pingo de Mel foi constituída em 01-01-x2 com o capital inicial de $100.000
totalmente subscritos e integralizados em moeda corrente nacional e o objetivo é produzir
artigos para festas em geral. Os proprietários esperam um retorno de 6% a.m.
O preço médio de venda do produto acabado é estimado pelo pessoal da área de marketing
em $9,50 por unidade. Os impostos e comissões sobre a receita bruta totalizam 20% do
preço.
Durante o mês de janeiro, ocorreram os seguintes custos e despesas, todos pagos dentro do
próprio mês (em ($):
Aluguel da fábrica: 3.000,00
Supervisão da fábrica: 9.000,00
Matéria prima ($ 3,00/un.): 36.000,00
Mão de obra direta: 24.000,00
Despesas administrativas: 8.000,00
Foram produzidos 12.000 pacotes de confete vendidos em 15 de fevereiro. Considerando-
se que a inflação foi de 3% em janeiro, pede-se para calcular:
O lucro contábil considerando o custo histórico;
O lucro econômico considerando o custo histórico;
O lucro contábil computando a inflação do mês;
O lucro econômico computando a inflação do mês.
255
Exercício - 13
A empresa Toshimp, produtora de televisores, tem um patrimônio liquido (PL, valor da
empresa para os acionistas) de $ 12.000.000 e produz um único modelo, de um único
tamanho. Esse produto é vendido, em media, por $ 555 a unidade, e sobre esse preço
incidem impostos 10%.
O Custo da matéria prima, material de embalagem, peças, partes e componentes é de $
299, 50 por unidade; os custos fixos atingem $ 1.600.000 por período; 20% desse valor
correspondem à depreciação de maquinas e equipamentos da fabrica; e as despesas fixas
de administração e vendas, $ 400.000, também por período.
A empresa possui uma divida de $ 600.000, de curto prazo, contraída junto a um banco
comercial, para financiar seu capital circulante, a vencer no período objeto de analise.
Pede-se calcular:
a) O PEC em unidades físicas (q) e em valor monetário ($) relativo a receita líquida;
b) O PEF em unidades físicas (q) e em valor monetário ($) relativo a receita liquida.
c) O ponto de equilíbrio Econômico (PEE), em unidades físicas, (q), considerando que
o lucro mínimo desejado pelos acionistas é de 10% do PL, já descontado o imposto
de renda sobre o lucro que é de 20%.
256
Exercício: 14
Uma empresa produz quatro produtos identificados como: Básico, Clássico,
Moderno e Arrojado, cujos preços de venda - líquidos dos tributos - são $ 75;
$100; $120 e $150, respectivamente, e sobre esses preços a empresa paga
comissões de 7 % aos vendedores. Os custos fixos de $ 8.000 por período, assim
como as despesas fixas de $6.000 por período, são comuns aos quatro produtos.
Os custos variáveis são os seguintes:
Custos / Produto Básico Clássico Moderno Arrojado
Matéria-prima $/un. 10 20 30 28
Mão-de-obra $/un. 30 48 44 60
257
Exercício - 15
258
Referências:
259