Lógica - Informal e Falácias
Lógica - Informal e Falácias
Lógica - Informal e Falácias
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A
1 1
Unidade 1
Racionalidade
argumentativa
e Filosofia:
Lgica e Filosofia
Captulo III
Noes de lgica
Informal
ndice
ndice
A falcia da diviso
A falcia da petio de princpio ou do
argumento circular
A falcia do apelo ignorncia
O que so argumentos
informais?
Os
argumentos
informais
vlidos
so
argumentos em que a verdade das premissas
(apesar de no tornar a concluso necessariamente
verdadeira) razo suficientemente forte para
acreditarmos na verdade da concluso.
Na mbito da lgica informal, dizer que um
argumento vlido dizer que forte.
A lgica informal admite que os argumentos tenham
graus de fora que oscila entre o muito fraco e o
muito forte, passando pelo moderadamente forte.
O que so argumentos
informais?
O que so argumentos
informais?
O que so argumentos
informais?
Ou seja:
Lgica informal ou no
dedutiva
Se
estudo
da
validade
dos
Os argumentos informais
mais comuns
Os argumentos informais que usamos com mais
frequncia so:
- Argumentos indutivos;
- Argumentos por analogia;
- Argumentos de autoridade;
Os argumentos indutivos
e os seus diversos tipos.
Vejamos o seguinte argumento
indutivo e vlido:
Os argumentos indutivos
e os seus diversos tipos.
Analisemos a premissa: esta diz-nos que, at
data, no caiu neve em Sevilha, nem uma nica
vez.
A concluso diz-nos que, num futuro prximo, irei
a Sevilha e que no verei neve nessa cidade.
Como muito provvel que a concluso seja
verdadeira, o argumento indutivamente vlido,
ou seja, forte.
Tipos de argumentos
indutivos: generalizaes,
previses e por analogia
As generalizaes
As generalizaes so argumentos em que a
concluso acerca de um grupo de objectos
estabelecida observando uma amostra desse
grupo de objectos. A generalizao consiste em
atribuir a todos os casos possveis de certo tipo
aquilo que se verificou em alguns casos desse tipo.
Exemplo:
Cada um dos ces que observei at hoje
ladrava.
Logo, todos os ces ladram.
As generalizaes
A generalizao no garante que a sua
concluso verdadeira.
Como a concluso mais geral do que a
premissa, a generalizao no pode garantir que
um dos casos por observar no venha a refutar a
concluso.
O mximo que conseguimos com este tipo de
argumento legitimidade para tratar a concluso
como sendo muito provvel.
As generalizaes
CUIDADOS A TER COM AS GENERALIZAES QUE FAZEMOS
As previses
As previses so argumentos em que as premissas se
baseiam em casos passados e a concluso se refere a casos
particulares ainda no observados. Tambm tem o nome de
induo para o caso seguinte. Exemplo:
Os argumentos por
analogia
O argumento
por
analogia atribui uma
propriedade a um acontecimento ou objecto por tal
propriedade se ter verificado em algum objecto ou
acontecimento semelhante.
Vejamos o seguinte exemplo:
Como este co muito semelhante ao do
Miguel, tambm deve morder sem razo
aparente.
Os argumentos por
analogia
Neste argumento, usam-se as semelhanas entre o co
do Miguel e o co sob observao para justificar a
atribuio ao segundo da propriedade de morder sem
razo aparente, j verificada no primeiro.
Como frequente em contextos prticos, o argumento
apenas declara que existem semelhanas. Se estas
fossem explicitadas, obtnhamos um argumento com este
aspecto:
O co do Miguel semelhante a este em raa, porte
e olhar nervoso.
O co do Miguel morde sem razo aparente.
Logo, este co morde sem razo aparente.
Os argumentos por
analogia
CUIDADOS A TER COM AS ANALOGIAS QUE FAZEMOS
Regra 1. A
suficiente.
amostra
deve
ser
Os argumentos de apelo
autoridade
Num argumento de apelo autoridade declara-se que
a concluso verdadeira pelo facto de uma pessoa ou
organizao tidas por autoridades no assunto a
declararem verdadeira.
Os argumentos de apelo
autoridade
CUIDADOS A TER PARA QUE UM ARGUMENTO DE
APELO AUTORIDADE NO SEJA FALACIOSO
Regra 1. As pessoas ou organizaes citadas tm de ser
reconhecidos especialistas nas matrias em questo.
Defender o uso de uma vacina por recomendao da Organizao
Mundial de Sade justificado. Mas defender a pena de morte ou o
consumo da cerveja Alpha por recomendao de um famoso futebolista
parece uma clara violao desta regra. A tradio designou esta falcia
por ad verecundiam apelo a uma autoridade no qualificada.
Regra 2. Deve haver consenso entre os especialistas sobre as
matrias em questo.
Se no h consenso entre os especialistas, no faz sentido citar um
especialista para provar uma afirmao.
Exemplos de outras
falcias informais
As falcias so raciocnios ou argumentos sem
validade e que por isso erram ou falham o seu
objectivo. So raciocnios errados.
As falcias podem ser formais e informais.
As falcias formais so erros de raciocnio que
tm unicamente a ver com a forma lgica.
As falcias informais so erros de raciocnio
que no tm a ver somente com a forma lgica.
Exemplo:
Exemplo:
Voc diz que o futebol portugus est mal, mas eu digo-lhe que a sua
opinio no merece crdito, porque voc est mal disposto e
desiludido com os resultados do seu clube.
Falcia da derrapagem ou do
declive ardiloso
Neste tipo de argumento, premissas apenas
provveis so enunciadas como se fossem certas,
escondendo assim o facto de que a concluso
necessariamente menos provvel do que cada uma
das suas premissas. Na verdade, a probabilidade de
uma srie de acontecimentos sempre menor do
que a probabilidade de cada acontecimento.
Exemplo:
Se beberes um copo de vinho, vais beber dois.
Se beberes dois copos de vinho, vais beber trs.
Se beberes trs copos de vinho, vais beber quatro.
Logo, se beberes um copo de vinho, vais tornar-te
alcolico.