Lógica - Informal e Falácias

Fazer download em ppt, pdf ou txt
Fazer download em ppt, pdf ou txt
Você está na página 1de 34

a

i
f
o
s
o
l
i
F
o
n
A
1 1

Unidade 1
Racionalidade
argumentativa
e Filosofia:
Lgica e Filosofia

Captulo III
Noes de lgica
Informal

ndice

Captulo III - Noes de lgica informal


O que a lgica informal
O que so argumentos informais?
Os argumentos informais mais comuns
Os argumentos indutivos e os seus diversos tip
os
Os argumentos de apelo autoridade
A falcia do falso dilema ou da falsa dicotomia
A falcia da derrapagem ou do declive ardiloso
A falcia da composio

ndice

Captulo III - Noes de lgica informal

A falcia da diviso
A falcia da petio de princpio ou do
argumento circular
A falcia do apelo ignorncia

O que a lgica informal?

1 A lgica informal o estudo de


argumentos cuja validade no depende
exclusivamente da sua forma lgica.

2 O estudo da lgica informal


necessrio porque usamos argumentos
que, no excluindo a possibilidade de a sua
concluso ser falsa, nos do razes para
aceitarmos que a concluso plausvel,
provvel ou verosmil.

O que a lgica informal?

3 - A lgica informal necessria para


avaliar os argumentos que, apesar de
dedutivamente invlidos, do algum apoio
concluso.

4 - A lgica informal estuda as regras ou


padres que tornam um argumento forte.

5 - A lgica informal necessria porque


precisamos de uma lgica que no
prescinda de referncias aos contedos.

O que so argumentos
informais?
Os
argumentos
informais
vlidos
so
argumentos em que a verdade das premissas
(apesar de no tornar a concluso necessariamente
verdadeira) razo suficientemente forte para
acreditarmos na verdade da concluso.
Na mbito da lgica informal, dizer que um
argumento vlido dizer que forte.
A lgica informal admite que os argumentos tenham
graus de fora que oscila entre o muito fraco e o
muito forte, passando pelo moderadamente forte.

O que so argumentos
informais?

Vejamos o seguinte argumento:

Joo No acredito que tenha ouro no


meu terreno. Nunca tive notcia de
haver ouro por estas bandas e em
terrenos deste tipo no hbito
encontrar ouro. Alm disso, j abri
poos e caboucos e nunca vi ouro
nenhum.

O que so argumentos
informais?

Apesar de o argumento ser forte pode haver ouro


naquele terreno e a concluso ser falsa.

Ao contrrio da lgica formal (que permite


confirmar a validade do argumento apenas pela
anlise da sua forma) a lgica informal tem
necessariamente de atender ao contedo das
premissas.

O que so argumentos
informais?

Conclumos que um argumento forte quando


pensamos que muito provavelmente a realidade
no vai negar a concluso.

Ou seja:

A lgica informal o estudo de argumentos


cuja validade no depende exclusivamente
da sua forma lgica.

Comparao entre lgica


formal e lgica informal
Lgica formal ou dedutiva

Lgica informal ou no
dedutiva

Objectivo: Estudo dos aspectos


formais da argumentao.

Objectivo: Estudo dos aspectos


concretos da argumentao.

Distingue argumentos vlidos de


invlidos quanto forma lgica.

Distingue graus de fora dos


argumentos. Vlido na linguagem
da
lgica informal significa forte.
Invlido
significa fraco.

Se

a forma do argumento Um argumento forte com


vlida,
premissas
ento
premissas
verdadeiras verdadeiras justifica, mas no
justificam
garante,
e
garantem
concluses A verdade da concluso.
verdadeiras.
O estudo da validade prescinde O

estudo

da

validade

dos

Os argumentos informais
mais comuns
Os argumentos informais que usamos com mais
frequncia so:
- Argumentos indutivos;
- Argumentos por analogia;
- Argumentos de autoridade;

Os argumentos indutivos
e os seus diversos tipos.
Vejamos o seguinte argumento
indutivo e vlido:

Nunca nevou em Sevilha.


Logo, quando este Inverno for a Sevilha, no verei
neve.

Os argumentos indutivos
e os seus diversos tipos.
Analisemos a premissa: esta diz-nos que, at
data, no caiu neve em Sevilha, nem uma nica
vez.
A concluso diz-nos que, num futuro prximo, irei
a Sevilha e que no verei neve nessa cidade.
Como muito provvel que a concluso seja
verdadeira, o argumento indutivamente vlido,
ou seja, forte.

Tipos de argumentos
indutivos: generalizaes,
previses e por analogia

H trs tipos de argumentos indutivos:


- Generalizaes;
- Previses;
- Argumentos por analogia;

As generalizaes
As generalizaes so argumentos em que a
concluso acerca de um grupo de objectos
estabelecida observando uma amostra desse
grupo de objectos. A generalizao consiste em
atribuir a todos os casos possveis de certo tipo
aquilo que se verificou em alguns casos desse tipo.
Exemplo:
Cada um dos ces que observei at hoje
ladrava.
Logo, todos os ces ladram.

As generalizaes
A generalizao no garante que a sua
concluso verdadeira.
Como a concluso mais geral do que a
premissa, a generalizao no pode garantir que
um dos casos por observar no venha a refutar a
concluso.
O mximo que conseguimos com este tipo de
argumento legitimidade para tratar a concluso
como sendo muito provvel.

As generalizaes
CUIDADOS A TER COM AS GENERALIZAES QUE FAZEMOS

Regra 1. A amostra deve ser ampla.


Quanto maior for a amostra observada mais forte o
argumento ser.
Regra 2. A amostra deve ser relevante ou
representativa.
Uma amostra relativamente grande pode ser a base de
uma generalizao mais fraca do que outra baseada
numa amostra menor que contenha informao mais
relevante.
Regra 3. A amostra no deve omitir informao
relevante.
Um argumento, mesmo sendo baseado numa amostra
ampla e relevante, ser fraco se omitir informao
relevante

As previses
As previses so argumentos em que as premissas se
baseiam em casos passados e a concluso se refere a casos
particulares ainda no observados. Tambm tem o nome de
induo para o caso seguinte. Exemplo:

Todos os 27 feijes que retirei deste saco so


brancos.
Logo, o prximo feijo que retirar deste saco
branco.

Os argumentos por
analogia
O argumento
por
analogia atribui uma
propriedade a um acontecimento ou objecto por tal
propriedade se ter verificado em algum objecto ou
acontecimento semelhante.
Vejamos o seguinte exemplo:
Como este co muito semelhante ao do
Miguel, tambm deve morder sem razo
aparente.

Os argumentos por
analogia
Neste argumento, usam-se as semelhanas entre o co
do Miguel e o co sob observao para justificar a
atribuio ao segundo da propriedade de morder sem
razo aparente, j verificada no primeiro.
Como frequente em contextos prticos, o argumento
apenas declara que existem semelhanas. Se estas
fossem explicitadas, obtnhamos um argumento com este
aspecto:
O co do Miguel semelhante a este em raa, porte
e olhar nervoso.
O co do Miguel morde sem razo aparente.
Logo, este co morde sem razo aparente.

Os argumentos por
analogia
CUIDADOS A TER COM AS ANALOGIAS QUE FAZEMOS

Regra 1. A
suficiente.

amostra

deve

ser

Regra 2. O nmero de semelhanas


deve ser suficiente.
Regra 3. As semelhanas verificadas
devem ser relevantes.

Falcias associadas aos


argumentos indutivos

1.Falcia da generalizao precipitada.


Esta falcia ocorre quando uma generalizao se
baseia num
nmero muito limitado de casos.
So exemplos de generalizao precipitada:
concluir, aps uma experincia amorosa falhada, que "as
mulheres so a nossa desgraa";
concluir que as bebidas alcolicas so prejudiciais
porque um familiar morreu devido ao abuso de lcool;
concluir que a marijuana saudvel por ser usada no
tratamento de algumas doenas;

Falcias associadas aos


argumentos indutivos
2. Falcia Depois disso, por causa disso ou
falcia da falsa causa.
Trata-se de um argumento segundo o qual apenas por
um facto se seguir a outro se conclui que o primeiro
causa do segundo. O exemplo seguinte um caso
extremo desta falcia:

Tanto quanto observei, as pessoas que se curaram das


constipaes no deixaram de beber gua durante uma
constipao.
Logo, beber gua cura constipaes.

Os argumentos de apelo
autoridade
Num argumento de apelo autoridade declara-se que
a concluso verdadeira pelo facto de uma pessoa ou
organizao tidas por autoridades no assunto a
declararem verdadeira.

Os argumentos de apelo
autoridade
CUIDADOS A TER PARA QUE UM ARGUMENTO DE
APELO AUTORIDADE NO SEJA FALACIOSO
Regra 1. As pessoas ou organizaes citadas tm de ser
reconhecidos especialistas nas matrias em questo.
Defender o uso de uma vacina por recomendao da Organizao
Mundial de Sade justificado. Mas defender a pena de morte ou o
consumo da cerveja Alpha por recomendao de um famoso futebolista
parece uma clara violao desta regra. A tradio designou esta falcia
por ad verecundiam apelo a uma autoridade no qualificada.
Regra 2. Deve haver consenso entre os especialistas sobre as
matrias em questo.
Se no h consenso entre os especialistas, no faz sentido citar um
especialista para provar uma afirmao.

Exemplos de outras
falcias informais
As falcias so raciocnios ou argumentos sem
validade e que por isso erram ou falham o seu
objectivo. So raciocnios errados.
As falcias podem ser formais e informais.
As falcias formais so erros de raciocnio que
tm unicamente a ver com a forma lgica.
As falcias informais so erros de raciocnio
que no tm a ver somente com a forma lgica.

A falcia do falso dilema ou


falsa dicotomia
As falsas dicotomias consistem em repartir uma
classe de objectos em dois plos incompatveis, que
se supe serem os nicos possveis ou tudo ou
nada.

Exemplo:

Ou ests do nosso lado ou contra ns.


Ou continuo a fumar ou engordo.
No quero engordar.
Logo, no posso deixar de fumar.

Falcia ad hominem ou contra


a pessoa
Argumento que pretende mostrar que uma afirmao
falsa atacando e desacreditando a pessoa que a emite.

Exemplo:
Voc diz que o futebol portugus est mal, mas eu digo-lhe que a sua
opinio no merece crdito, porque voc est mal disposto e
desiludido com os resultados do seu clube.

Falcia da derrapagem ou do
declive ardiloso
Neste tipo de argumento, premissas apenas
provveis so enunciadas como se fossem certas,
escondendo assim o facto de que a concluso
necessariamente menos provvel do que cada uma
das suas premissas. Na verdade, a probabilidade de
uma srie de acontecimentos sempre menor do
que a probabilidade de cada acontecimento.
Exemplo:
Se beberes um copo de vinho, vais beber dois.
Se beberes dois copos de vinho, vais beber trs.
Se beberes trs copos de vinho, vais beber quatro.
Logo, se beberes um copo de vinho, vais tornar-te
alcolico.

A falcia da petio de princpio


ou do argumento circular
Um argumento circular consiste em pretender
provar uma concluso tendo, como premissa, a
prpria concluso. Dito de outra maneira: supe-se
como j provado ou consensual aquilo que se quer
provar.
A Ford Motor Company produz os melhores
automveis dos
EUA. Sabemos que produzem os melhores carros
porque tm os melhores engenheiros. A razo pela
qual tm os melhores engenheiros a de poderem
pagar-lhes mais do que os outros produtores.
Obviamente, podem pagar-lhes mais porque
produzem os melhores carros dos EUA.

A falcia do apelo ignorncia


Esta falcia ocorre quando se argumenta que uma
proposio verdadeira porque no foi provado
que falsa ou falsa porque no foi provado que
verdadeira.
Exemplos:
Ningum provou que Deus existe.
Logo, Deus no existe.
Ningum provou que Deus no existe.
Logo, Deus existe.

Esta falcia ocorre quando a tese dos adversrios


distorcida e deturpada para ser atacada mas isso significa
que se falha o alvo. A tese do adversrio atacada, mas
s depois de ser alterada.
Exemplo:
As pessoas que querem legalizar o aborto, querem
preveno irresponsvel da gravidez. Mas ns
queremos uma sexualidade responsvel. Logo, o
aborto no deve ser legalizado.

Você também pode gostar