Aconselhamento Pastoral

Introduo
O que o aconselhamento pastoral? Que suporte supe? Como se enquadra no campo da teologia? Como o processo teraputico desta pastoral?

Aconselhamento Pastoral

Introduo

1.

O que o Aconselhamento Pastoral?

Com certeza, no dar conselhos! Biblicamente, caminhar junto, amparar. Historicamente, ouvir confisso, disciplinar, dirigir a conscincia. Psicologicamente, terapeutizar. Atualmente, uma teraputica pastoral.

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Introduo

1.1. Alguns textos bblicos:

Como o leo e o perfume alegram o corao, assim o amigo encontra doura no conselho cordial (Pv. 27,9). Onde no h conselhos fracassam os projetos, mas com muitos conselheiros h bom xito (Pv, 15,22). ...e o seu nome ser: ...maravilhoso conselheiro (Is. 9,6). Melhor ouvir a repreenso do sbio, do que a cano dos tolos (Ecl. 7,5).

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Introduo
...mas transformai-vos pela renovao da vossa mente* (Rm. 12,2). ...o que exorta*, faa-o com dedicao; (Rm. 12,8). Exortamo-vos**, irmos, a que admoesteis os insubmissos, consoleis os desanimados**, ampareis os fracos**, e sejais longnimos para com todos (1 Tes. 5,14).
Obs:
* Metamorphethe t anakainsei to nos, mudai-vos pela renovao da razo * Parakaln (parakalo) en t paraklsei, o que chama ao lado (pede), exorte (consolo, discurso persuasivo) . ** Parakaloumen (chama), exorto-vos. ** paramutheisthe tos oligopsyxous, consoleis os desanimados (pequena-psiqu). ** antxesthe (antexomai) tn asthenv (antexomai), ampareis (sustentai) os fracos.

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Introduo

2. Que suporte supe?

Motivao pessoal (cs e ics!) Base bblico-teolgica de apoio Disposio pastoral (dom, ministrio, servio) Viso antropolgica do ser humano Conhecimento da estrutura/dinmica psquica Clnica do processo

Supe

O conselheiro deve ter uma personalidade caracterizada pela cordialidade, sensibilidade, compreenso, cuidado, e a disposio de confrontar as pessoas em uma atitude de amor. (Gary Collins, Aconselhamento Cristo, p.12).

Aconselhamento pastoral no psicoterapia, nem psicanlise, nem tampouco a tentativa de resolver problemas apenas atravs de conselhos. Aconselhamento um relacionamento interpessoal em que o conselheiro assiste ao indivduo em sua totalidade no processo de ajustar-se melhor consigo mesmo e com seu ambiente. (Albert Friesen, Cuidando do ser, p.19).

Supe

Fundamentar-se a partir:

Teologia

Fazer conexo com outras cincias humanas:

Psicologia Antropologia Filosofia Sociologia

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Introduo

3. Como se enquadra no campo da teologia?

rea da Teologia Prtica.

A teologia prtica tambm uma prtica teolgica, pois teologia da ao. (Jlio Zabatiero, Fund. da Teol. Prtica, p.33). uma ao pastoral com orientao teolgico-pastoral, que, de inicio, preciso que haja uma estrutura teolgica.
(R. Sathler-Rosa, Cuidado Pastoral em Tempos de Inseg., p.54).

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Introduo 4. Como o processo teraputico desta pastoral?

Elementos fundamentais:

Relao de ajuda Vnculo de confiana Delimitao de papel e funo tica e capacidade de sigilo Acolhimento, empatia e amor Ambiente fsico adequado Sistema organizado e agenda Tempo delimitado e acompanhamento do processo.

Processo

Modalidade de modelos:

Mais Mais Mais Mais Mais

bblico (Wayne Oates, Jay Adams, etc) Pastoral (Clinebel, A. Friesen, etc) Psicolgico (Gary Collins, Philip Yancey, etc) Humanista (Carl Rogers, Rolo May, P. Frankl) psicodinmico e simbolista (S. Freud, Carl G. Jung)

Ajudando pelo Aconselhamento - Gary Collins

Fundamentos da arte de ajudar (cap.2-3):

Questo: O que ser um ajudador cristo? Se levarmos a Bblia a srio, isso influenciar nossa forma de ajudar as pessoas? Existem abordagens baseadas na Bblia para ajudar, que tambm levem em conta diferenas de personalidade nos ajudadores, a singularidade em cada pessoa ajudada, e a diversidade de problemas encontrados nas situaes de ajuda? Experincia: Paul Tournier: compartilhar a intimidade (texto)

Collins

Aconselhamento de Discipulado:

Diversos modelos e abordagens e confuso de mtodo. Podemos pensar no aconselhamento cristo como aconselhamento de discipulado. uma viso de ajuda que reconhece a centralidade da Grande Comisso e tem o discipulado por meio da Bblia como alvo bsico. Ela supe que Deus fala por meio da Bblia, e tambm revelou a verdade sobre o universo pela cincia, incluindo a psicologia. Os mtodos e tcnicas psicolgicas so tomados de modo srio, mas devem ser testados de acordo com a Palavra de Deus.

Collins

Discipulado Seis Princpios de Ajuda:

1) O ajudador:

Pessoa: em qualquer relacionamento de ajuda, a personalidade, os valores, as atitudes e as crenas do ajudador so de vital importncia. (Gl. 5.22-26; 6.1-10) Empatia: sentir dentro de si, sentir com, amar o outro Cordialidade: sentir cuidado e preocupao pelo outro Autenticidade: palavras e aes coerentes e na medida

Collins

2) O Ajudado:

Outro: as atitudes, motivaes, expectativas e desejos de ajuda da pessoa ajudada so tambm importantes. Vontade: Deus nos criou com livre-arbtrio e difcil ajuda algum relutante a crescer psicologicamente, quanto algum desinteressado espiritualmente. Melhora: pesquisa mostrou trs fatores nas terapias:

Nova perspectiva sobre si mesma e o mudo; Relao emptica e interessada com um ajudador; Esperana para a situao compartilhada.

Jesus: nfase no valor da f, esperana e amor! (Mt. 5.34; 9.28; Mc 9.23-27; Mt. 13.58; Hb 11.1)

Collins

3) O Relacionamento:

A relao de ajuda entre conselheiro e aconselhado de mxima importncia. (tudo entra em jogo no setting) Os relacionamentos de ajuda diferem tanto em natureza quanto em profundidade. (cada caso um caso) Numa relao de ajuda duas pessoas podem ser/estar muito prximas e compartilhar emoes e necessidades.

Todo relacionamento ajudador-ajudado um certo sentido nico. (cada caso uma teoria e prxis)

Collins

4) Sentimentos, pensamentos e aes:

A ajuda deve concentrar-se nas emoes, pensamentos e comportamentos do aconselhado (Fp. 4.4-8).
A ajuda envolve habilidades e tcnicas que os bons ajudadores aprendem, praticam e aperfeioam (Jo. 7.17). Jesus compartilhou emoes com pessoas (Jo. 11).

Quando temos problemas emocionais, nossos pensamentos e atos so afetados, podendo nos desestruturar (Lc. 24.15s).

Collins

5): Habilidades:

A ajuda envolve uma variedade de habilidades que precisam ser aprendidas. (mtodo, processo, tica). Atendimento: Contato visual Linguagem corporal atenta Qualidades verbais: tom, volume, velocidade, tenso.. Trilha verbal: coerncia de discurso Assero: isto faz sentido; estou entendendo o que est querendo dizer; conte mais..; e ento..

Collins

(5: habilidades)

Ouvir e induzir: Prepare-se para ouvir Verifique suas atitudes quanto a ouvir Tome cuidado com o contedo e apresentao Certifique-se de suas emoes e resista distraes Encoraje novas informaes, mas poucas perguntas Voc pensa mais rpido do que ele, no interrompa Evite pregar, repreender, dar conselhos, argumentar Preste ateno nos temas, no com curiosidade

Collins

(5: habilidades)

Apoiar: influenciando, confrontando, ensinando: Reformular, parafrasear, resumir Dar feedback Fazendo auto-revelaes Fazendo sugestes, fornecendo informao Interapretando Estabelecendo conseqncias lgicas Dando diretrizes e fazendo confrontos

Collins

6): Fazer discpulos:

O objetivo final da ajuda fazer das pessoas a quem ajudamos discpulos e discipuladores. A ajuda pode ter uma variedade de alvos, dependendo do problema e do indivduo ajudado. O processo pode no seguir os princpios linearmente O tempo do processo teraputico pode ser bem curto A ajuda pode envolver todo o Corpo de Cristo No se apressar para levar para a espiritualidade O aconselhamento se ocupa da pessoa toda, integral

Processo

Modelo Psicolgico Centrado na Pessoa (Carl Rogers):

1.
2.

Conscincia do processo: permitir-se examinar.

Aceitao e vinculo: relao afetiva de aceitao mtua, plena e livre

do terapeuta e do aconselhando.
3.

Orientao no-diretiva: centrada na pessoa

4.

Experincia imediata: tomada de conscincia de si, seus dificuldades

e potencialidades.
5. 6.

Adquirir afeio em relao a si mesmo. Descoberta de que o centro da personalidade positivo

7.

Tornar-se pessoa: ser seu prprio organismo e experincia.

Processo

Modelo Psic. Comportamental (Patterson & Eisenberg):

1.

Mudana de comportamento (atitudes, posturas, hbitos).

Alterao nos construtos pessoais (idias,crenas, sentimentos). Capacidade para se bem conduzir nas situaes da vida. Conhecimento e habilidade para tomada de decises .

2.

3.

4.

Processo

Processo do Modelo de Relao de Ajuda:

1.

Compreendendo a relao de ajuda

1.

Quem precisa, quem pode ajudar e a relao interpessoal

2.

Atendendo
1.

Ambiente fsico, acolhimento, observao e escuta

Comunicao de contedo, sentimento, imagens, comportamento

3.

Respondendo
1.

4.

Personalizando
1.

Transformao de vtima em agente, fases do personalizar

Orientao formal, mudana e fim do processo de ajuda

5.

Orientando
1.