CENTRO UNIVERSITRIO DE BRASLIA FACULDADE DE CINCIAS JURDICAS E DE CINCIAS SOCIAIS

PROJETO PEDAGGICO DO CURSO DE RELAES INTERNACIONAIS

1. Apresentao O Curso de Relaes Internacionais do Centro Universitrio de Braslia, criado em 1999, tem como objetivo construir no ingressante competncias e habilidades necessrias ao fazer e reflexo de um internacionalista. O curso est pautado pelos princpios da organizao democrtica, pela qualidade do ensino, pelo incentivo pesquisa e pela prtica profissional, que se articulam organicamente a partir do envolvimento de todos os agentes da educao responsveis pela gesto do projeto pedaggico do curso. O estudo das Relaes Internacionais implica responsabilidades complexas e competncias diversas. Diante deste panorama, optamos pelo investimento em uma formao slida, de especificidade internacional, ao contrrio de uma conjuno de disciplinas unidas pelos perfis docentes de outras cincias ou, ao contrrio, abertas em uma pluralidade exagerada, deixando o estudante sem a identidade das Relaes Internacionais como um todo. Esta a orientao do Curso e, quanto ao seu contedo, ser demonstrado neste documento.

2. Breve histrico e situao atual do Curso de Relaes Internacionais.

As Relaes Internacionais consolidam-se em ramo independente do conhecimento no incio do sculo XXI no por acaso, mas por uma construo social prpria da conjuntura ps-segunda Guerra Mundial e, sobretudo, ps Guerra Fria. Realidades como a dissociao da poltica econmica e financeira da social; a intensa liberalizao do comrcio; o compartilhamento crescente da tomada de decises para esferas no-governamentais internacionais e transnacionais; a significativa influncia das decises de um Estado sobre a vida de pessoas que vivem alhures; a institucionalizao das relaes internacionais (mediante a criao de vrios tribunais internacionais e de organizaes internacionais como a ONU, OMC e Mercosul, entre outros entes); as redes de comunicao e o aumento dos atores internacionais (entre Estados, organizaes internacionais e no-governamentais, no esquecendo o reconhecimento ao indivduo de sua personalidade jurdica internacional) renovam as teorias (ou resgatam, como a concepo kantiana de federao de naes Foedus Amphictyonum1), alm de construir a chamada sociedade internacional.

Pode-se observar tambm que o pano de fundo acadmico dos ltimos tempos converge muito para o que Geertz qualificou como mistura de gneros2, o que conduz reflexo crtica de um envergamento profundo de seus prprios mtodos utilizados nas cincias sociais como um todo. As Relaes Internacionais trazem o privilgio de se construrem como campo3 no seio deste \debate epistemolgico e traz em sua totalidade uma postura metodolgica multidisciplinar, capaz de preservar, entretanto a identidade da disciplina. Parte da a compreenso que os planos internos e internacionais no se diferem pela natureza do direito, economia, administrao, antropologia, sociologia, geografia, letras ou poltica, mas que existem alteraes na
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Confira os nove princpios propostos no ensaio Idea de una Historia Universal en Sentido Cosmopolita In KANT, Emmanuel. Filosofia de la Historia. Mxico: Fondo de Cultura Econmica, 1985, pgs. 39-65. 2 Ver Clif ord Geertz Mistura de gner os: a reconfigurao do pensame nto social In: O Sabel Local. Petrpolis: Vozes, 1999. 3 U t i l i z a m o s a a c e p o d e c a m p o t a l c o m o d e s c r i t a p or P i e r r e B o u r d i e u e m Campo do P oder, Campo Intelectual e Ha bitus de Classe In: A

estrutura destes segmentos do conhecimento. O Portugus e os demais idiomas, o direito interno e o internacional, a economia interna e a internacional, por exemplo, possuem a mesma natureza, mas distinta estrutura.

Ento, o estudante em Relaes Internacionais no um generalista, mas um especialista. No estuda o direito, a economia, a poltica, entre outras cincias, de uma forma genrica, mas com o recorte internacional de cada um destes ramos, os quais estruturam o prprio projeto pedaggico do curso. Como horizonte interpretativo, nosso curso no prev o estudo do Direito Internacional, da Economia Internacional e da Poltica Internacional como campos autnomos, mas em estreita conexo (diferente da abordagem propedutica, muito comum em manuais introdutrios daquelas cincias). Por isso no podem ser chamados de Relaes Internacionais os cursos que confundem vocao pedaggica com perspectivas unilaterais e, por via de conseqncia, frgeis do ponto de vista metodolgico e transdisciplinar. Economia internacional ou comrcio exterior no se confundem com Relaes Internacionais, apesar de vises mercadolgicas assim o desejarem. O bacharel em relaes internacionais , antes de tudo, um especialista transdisciplinar.

O Centro Universitrio de Braslia UniCEUB implantou o Curso de Relaes Internacionais no segundo semestre de 1999, cuja estrutura inovadora no projeto pedaggico e na estrutura curricular agrega substancial valor ao profissional egresso. Atento perspectiva das relaes sociais concretas, com liame internacional, e projetando-as com a inteno de desvendar novos nichos laborais para o bacharel em Relaes Internacionais, o Curso do UniCEUB consagra a qualidade do ensino, incentiva e cultiva a pesquisa e alia estes dois patamares de reflexo s atividades de extenso, nas quais as perspectivas tericas e normativas encontram amplo espao crtico.

Os estmulos profissionais adicionais ao ensino so orientados, de um lado, pelos grupos de pesquisa e, de outro, por laboratrios a partir da gesto dos prprios alunos, como o Centro de Simulao Poltica e o SimulREL, os quais sero descritos
Economia das Trocas Simblicas. So Paulo: Ed. Perspectiva, 1999. 4

posteriormente. Ademais, o Ncleo de Estgio Supervisionado um espao de avaliao e reflexo da prtica profissional. Desmitifica-se, assim, de antemo, as separaes formais e burocrticas do ensino, pesquisa e extenso do projeto pedaggico do Curso em tela. O fazer pedaggico crtico e reflexivo vivenciado em nosso curso de forma ininterrupta, a favor da formao de internacionalistas com capacidade crtica, hbil em leituras de contextos, com forte vocao para a interveno internacional qualificada, fugindo em grande medida da viso abrangente que situa o ensino superior condicionado em sua totalidade as exigncias do mercado. Evidentemente, a localizao geogrfica do UniCEUB privilegia o perfil pblico das relaes internacionais ou, na mesma medida, os laos do privado com as instituies pblicas. Com isso, fala-se da dinmica internacional em torno de misses diplomticas, organizaes internacionais, Congresso Nacional, Executivo Federal e tribunais superiores.

Contudo, no se negligencia o fato de que se est formando um profissional para o mundo. O bacharel em Relaes Internacionais tem a oportunidade de cultivar um alargamento crtico de suas vises de mundo e atividades que, alm das funes diplomticas, consulares e acadmicas, direcionam-se consultoria autnoma; a vrios setores da administrao pblica federal, estadual e de grandes municpios; a empresas comerciais, industriais ou de servios - internas ou internacionais; sindicatos de empregados ou de empregadores; associaes empresariais; organizaes nogovernamentais; organizaes e organismos internacionais e instituies financeiras.

A fim de construir uma relao orgnica entre as diretrizes do projeto pedaggico e a gesto acadmica, o Curso de Relaes Internacionais do UniCEUB prope a unio da teoria prtica e viso crtica e tica em disciplinas estruturantes de trs eixos de formao: economia internacional, poltica internacional e direito

internacional. Entretanto, este quadro est dinamizado por disciplinas optativas e atividades intrinsecamente acadmicas (e.g., cursos de extenso regulares, seminrios, grupos de pesquisa e/ou estudos) ou criativamente formativas (e.g., simulaes de negociao e/ou poltica internacional, intercmbios, empresa jnior).

No se pode amarrar vocaes ou a criatividade em uma prancheta, mas para conviver com desafios necessita-se de firmes propsitos. Em nome deste esprito, acredita-se que a considerao isolada da teoria e da prtica artificial. Assim, o ambiente do Curso de Relaes Internacionais do UniCEUB rigorosamente democrtico, com posies e anlises regulares de suas atividades internas, alm de interlocutor privilegiado de inmeros atores internacionais privilegiados, como Embaixadas, Ministrios Pblicos, diversas Assessorias Internacionais dos Ministrios e da Presidncia da Repblicas, organismos internacionais e organizaes no governamentais. A imerso multifacetada da profisso deve, contudo, estar acompanhada de uma viso tica, movida por incessante crtica.

A tica nas relaes internacionais uma questo epistemolgica, pois aceitar o debate sobre a tica j indica quebrar paradigmas e imagens das relaes internacionais e suas teorias4. Assim a postura metodolgica do Curso de Relaes Internacionais do UniCEUB cultiva esta crtica e a construo cientfica baseada em valores, como a paz. Como diz Mervyn Frost: Ethical action in international relations is better understood as doing therapy than as doing battle5.

Essa terapia, evidentemente, no permanece no discurso, mas se transporta para uma prxis do ensino / aprendizagem e da vida institucional do Curso. Um elemento criado para efetivar tal proposta a multiplicidade comunicativa entre os atores diretos da relao universitria, em especial alunos, professores, Diretrio Acadmico (DA) e Diretrio Central dos Estudantes (DCE) do UNICEUB. Estruturalmente, organizam-se trs tipos de debates internos no Curso de Relaes Internacionais, nomeadamente a reunio do colegiado (que abrange todos os professores sem distino e ocorre quatro vezes por semestre), a reunio pedaggica semestral que antecede o incio do semestre e inaugura o fim do mesmo) e as reunies de avaliao de processo, que envolve a representao ampliada de alunos de cada semestre, o Diretrio Acadmico e o DCE). A reunio do colegiado feita com a finalidade de analisar perspectivas ou estabelecer balanos. Participam regularmente o
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Ver SMITH, Steve. The Self-Images of a Discipline: a Genealogy of International Relations Theory In: International Relations Theory Today. Oxford: Polity Press, 1995. 6

coordenador, todos os professores e o representante do diretrio acadmico, e em carter incidental, o Diretrio Central dos Estudantes e a assessoria pedaggica da Faculdade. As reunies pedaggicas que inauguram e finalizam cada semestre esto orientadas para a discusso e fortalecimento das trs reas de nosso projeto pedaggico: direito internacional, poltica internacional e economia internacional. Nelas so discutidas, planejadas e reforadas todas as atividades extra-classe que do suporte a cada rea de conhecimento supracitada na perspectiva interdisciplinar. Este movimento tambm pensado no corpo das disciplinas que compem cada eixo. A ao comunicativa com vistas tanto ao fortalecimento de cada rea bem como a interdisciplinaridade tambm reforada por reunies de interdisciplinaridade, que ocorre em um sbado ao longo do semestre.

J as reunies de avaliao de processo so feitas com a presena do representante de cada semestre (que geralmente rene um grupo de alunos), do Diretrio Acadmico e da equipe de coordenao do curso. Tem como objetivo a avaliao discente a respeito do andamento do semestre do ponto de vista da estrutura oferecida, atividades extra-classe, opes de estgio e desempenho de professores. Passada esta etapa, ocorre uma discusso com os professores de cada semestre a respeito de seu desempenho. A opo metodolgica em no realizar esta reunio com a presena de professores e alunos diretamente envolvidos no semestre tem como finalidade evitar constrangimentos e reunies acusatrias. A diviso em duas etapas proveitosa no sentido de filtrar crticas infundadas e relaes perniciosas entre professores e alunos. Tais reunies tm sido deveras proveitosas em nosso curso.

FROST, Mervyn. Ethics in International Relations: a constitutive theory. Cambridge: Cambridge 7

3. Objetivos do Curso de Relaes Internacionais

3.1. Objetivo geral

O objetivo geral do Curso de Relaes Internacionais do UniCEUB o de oferecer e cultivar nos discentes uma bases tericas interdisciplinares em relao orgnica com a prtica profissional voltada para as relaes internacionais, que possibilite uma atuao responsvel e crtica do profissional, tanto no que se refere poltica internacional, direito internacional, bem como o empreendendorismo e negociao internacional.

3.2. Objetivos especficos

Capacitar os acadmicos em fundamentos e bases sobre as quais se assentam as relaes polticas internacionais para uma viso interdisciplinar e crtica da realidade complexa do cenrio poltico internacional contemporneo.

Cultivar uma compreenso interdisciplinar e prtica do mundo econmico e empresarial que ultrapassa fronteiras, com repercusso no comrcio exterior ou administrao de projetos na rea privada, para fomentar um esprito empreendedor nos acadmicos, aliada ao respeito aos Direitos Humanos.

Habilitar os acadmicos no mundo jurdico, seja na perspectiva de manejar e negociar tratados e contratos internacionais, como transitar por outras fontes e usos do direito internacional pblico e privado, em especial reas especializadas desse uso: ambiental, direitos humanos, direito humanitrio, conflitos armados ou empresarial.

University Press, 1996, 213. 8

3. Metas propostas aos discentes

Conhecer as principais abordagens da teoria poltica e da teoria das relaes internacionais e os modos de produo do conhecimento cientfico; Conhecer alguns dos principais problemas polticos e sociais bem como os atores envolvidos nos mbitos nacional e regional, tais como transio e consolidao democrtica, integrao regional e demandas de reconhecimento tnico e cultural; Dominar as ferramentas bsicas do idioma portugus, ingls e espanhol aplicveis s relaes internacionais; Participao na elaborao e administrao de projetos de cooperao internacional; Conhecer os principais conceitos, vantagens e instrumentos de comrcio exterior; Conhecer os principais fundamentos tericos da economia internacional e seus agentes econmicos; Capacitar os alunos nos mecanismos de negociao pblica e privada internacional; Conhecer o processo de formulao de instrumentos internacionais pblicos e privados, tais como tratados e contratos; Conhecer os principais fundamentos do direito internacional pblico e privado.

4. Perfil do Corpo Docente O perfil do corpo docente atual do Curso de Relaes Internacionais do UniCEUB, quanto titulao, demonstrado na tabela abaixo: Nome do Docente Alaor Silvio Cardoso Aline Maria Thom Arruda Ana Maria Peres Frana Boccucci Antonio Srgio Arajo Matos Carlito Roberto Zanetti Carlos Faban Levicoy Dias Cludio Barra de Castro Titulao Mestre Doutoranda Mestre Mestre Doutor Especialista Mestre
9

1. 2. 3. 4. 5. 6. 7.

8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24. 25. 26. 27. 28. 29. 30. 31.

Cludio Tadeu Cardoso Fernandes Delmo de Oliveira Arguelhes Ftima Faro Francisco Victor Bouissou Frederico Seixas Dias Guilherme Assis de Almeida Hugo Cysneiros Incio Alves Torres Juliana Gonalves Melo Karla Parra Corra Lara Santos de Amorim Marcelo Gonalves do Valle Mrcio de Oliveira Jnior Maria de Ftima Arajo Guimares Meireluce Fernandes da Silva Paulo Roberto M. de Lima Raquel Boing Marinucci Renata de Melo Rosa Renato Zerbini Ribeiro Leo Rodrigo de Azeredo Santos Srvulo Vicente Moreira Tarciso Dal Maso Jardim Vilma de Arajo Frisso Wellington Pereira Carneiro

Mestre Doutor Doutoranda Doutorando Mestre Ps-Doutor Graduado Especialista Doutoranda Graduada Doutora Doutor Doutor Doutoranda Mestre Doutor Mestre Ps-Doutora Doutor Mestre Mestre Doutorando Especialista Doutorando

Graduados: 2 (6%); Especialistas: 3 (10%); Mestres:10 (32%); Doutorandos: 7 (21%); Doutores: 9 (35%)

5. Perfil do Egresso
O perfil esperado do egresso o de um profissional plenamente habilitado a ingressar em atividades profissionais qualificadas dentro do mercado de trabalho que a rea internacional em Braslia oferece a partir dos trs grandes eixos de capacitao terico-prtico no Curso de Relaes Internacionais do UniCEUB: o

estruturante/poltico; o econmico/empreendedor e o jurdico/negociador, .

Primeiro, o perfil do egresso est associado a um profissional com base em temas tericos e situacionais no campo internacional, da geografia poltica, da teoria de relaes internacionais antropologia, da sociologia histria, do manejo instrumental de idiomas aos temas estratgicos, da compreenso institucional das organizaes internacionais e organizaes no-governamentais.
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Segundo, o egresso deve possuir base terica e prtica na rea econmica, com forte desempenho em mercados e comrcio internacional, o que significa conhecer instituies como empresas multinacionais e transnacionais, estar apto para a gesto de negcios, circular no meio empresarial com aptido para empreender na rea de comrcio exterior, o que respaldado pela empresa jnior e pelo Ncleo de Atividades de Estgio.

Terceiro, o egresso dever ter exata noo da dimenso e importncia do direito para as relaes internacionais, tanto do ponto de vista pblico como privado, assim transitando por reas como a ambiental, direitos humanos, conflitos armados, contratos internacionais. Tais habilidades so demonstradas tanto na monografia de final de curso, como nas inmeras atividades extra-0calsse que os alunos tm a oportunidade de participar.

6. Acompanhamento do egresso

O Curso de Relaes Internacionais acompanha o egresso por quatro nveis: capacitao profissional (cursos de extenso/atualizao), relao estgio

profissionalizante/1 emprego, auxlio na organizao empresarial (mediante suporte tcnico da empresa jnior) e apoio ao ingresso na ps-graduao.

O acompanhamento de egressos tambm feito periodicamente pela equipe de auxlio pedaggico Coordenao do Curso de Relaes Internacionais, auxiliando-os no incio de sua vida profissional, atravs de avaliaes desde a perspectiva profissional e pedaggica, a fim de corrigir possveis lacunas na formao acadmica.

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7. Matriz Curricular

7.1.

Composio curricular: matriz em vigor desde 1/2006.

Grade Nova Proposta 1. 2. 3. 4. 5. 1 semestre Lngua Portuguesa Introduo ao Direito Sociologia Iniciao Cincia Introduo s Relaes Internacionais -

Pr-requisitos

6. 7. 8. 9. 10.

Introduo Cincia Poltica Histria das Relaes Internacionais Espanhol Instrumental para Relaes Internacionais Geografia e Relaes Internacionais Sistemas de Direito Comparados 3 semestre Ingls Instrumental para Relaes Internacionais Teoria Poltica Moderna Direito Internacional Pblico Introduo Economia Antropologia das Sociedades Contemporneas 4 semestre Teoria Poltica Contempornea Poltica Externa Brasileira Teoria de Relaes Internacionais I Organizaes Internacionais Economia Poltica Internacional Estgio Supervisionado 5 semestre Mtodos Quantitativos e Estatstica Sociedade Civil nas Relaes Internacionais Comrcio Internacional Teoria de Relaes Internacionais II Direito Internacional dos Conflitos Armados 6 semestre Empresas Multinacionais e Transnacionais Monografia I

5 2

11. 12. 13. 14. 15.

6 10 -

16. 17. 18. 19. 20. 21.

6 7 5,12 13 14

22. 23. 24. 25. 26.

3,15 20 18 19

27. 28.

24 22
12

29. 30. 31.

Comrcio Exterior I Proteo Internacional dos Direitos Humanos Direito Internacional Privado 7 semestre Optativa I Cooperao Internacional Contratos Internacionais Comrcio Exterior II Economia Brasileira Monografia II 8 semestre Optativa II Proteo Internacional do Meio Ambiente Sistema Financeiro Internacional Direito do Comrcio Internacional Relaes Internacionais Contemporneas Monografia Final Optativas Tpicos Especiais em Relaes Internacionais I tica nas Relaes Internacionais Mdia e Relaes Internacionais Direito da Integrao Latino-americana Direito dos Tratados Histria Poltica da Amrica Latina Desenvolvimento Scio-Econmico Tpicos Especiais em Relaes Internacionais II Assuntos Estratgicos Direito Internacional dos Refugiados Negociaes Internacionais Administrao e Relaes Internacionais Formao Econmica da Amrica Latina

24 19 13

32. 33. 34. 35. 36. 37.

25 31 29 14 22

38. 39. 40. 41. 42. 43.

32 19 14 34 16,23,25

25

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CARGA HORRIA: 3.285 horas, nelas includas tica, Cidadania e Realidade Brasileira I e II 30 h/a cada.

TOTAL: 3.285 horas Todas as disciplinas tm carga horria de 75 horas, o que corresponde a 5 crditos.

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7.2.

Contedos Curriculares e Eixos da Organizao Curricular

O Curso de Relaes Internacionais do UniCEUB est organizado em oito semestres, durante os quais os alunos tm a oportunidade de cursar disciplinas tericas e prticas nas reas que conformam o projeto pedaggico do curso. Cada disciplina possui uma carga horria de 75 horas semanais, de acordo a poltica institucional do Centro Universitrio de Braslia, conforme o currculo pleno completo de 3345 horas distribudas de maneira equilibrada em disciplinas especficas, auxiliares e correlatas das Relaes Internacionais orientadas profissionalmente, segundo os termos dos padres de qualidade para cursos de relaes internacionais institudos em mbito nacional.

1o SEMESTRE O primeiro semestre, de acordo com a poltica institucional do UNICEUB, composto pelo Ciclo Bsico. Tem como objetivo realizar a transio entre o ensino mdio e o superior, com reforo Lngua Portuguesa e s noes bsicas da construo de conhecimento cientfico. Ademais, o Ciclo Bsico do curso de Relaes Internacionais possui o diferencial da disciplina Introduo ao Estudo das Relaes Internacionais estrutural a todo o curso: o momento de aproximao com a linguagem prpria da rea e com o escopo do curso. Inicia-se, nessa disciplina, tambm, o estudo transversal de histria das relaes internacionais, que ser, no decorrer da graduao, trabalhada por outras disciplinas. No primeiro semestre, na disciplina Iniciao Cientfica, h igualmente o contato com a epistemologia e o mtodo cientfico, capacitando desde o princpio o acadmico produo acadmica.

Disciplinas: Lngua Portuguesa Sociologia Introduo ao Direito Iniciao Cincia Introduo ao Estudo das Relaes Internacionais
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2o SEMESTRE Neste semestre, o aluno tem a oportunidade de aprofundar as abordagens histricas das Relaes Internacionais, alm de ter acesso aos conceitos fundamentais da cincia poltica. Outro objetivo do semestre apresentar as interconexes da Geografia com as Relaes Internacionais. O ensino de espanhol aplicado s Relaes Internacionais de elevada importncia para o andamento das disciplinas do curso com parte significativa da bibliografia escrita em lngua espanhola. Como alicerce para a compreenso das bases do direito internacional, em suas mltiplas vertentes, encontra-se a disciplina Sistemas de Direito Comparados.

Disciplinas:

Introduo Cincia Poltica Histria das Relaes Internacionais Espanhol Instrumental para Relaes Internacionais Geografia e Relaes Internacionais Sistemas de Direito Comparados

3o SEMESTRE So apresentados os conceitos bsicos da Economia, inaugurando as disciplinas do eixo econmico/empreendedor. A lngua inglesa aprofundada como instrumental bsico e necessrio para a rea (vocabulrio, base gramatical com prtica internacional). Alm do aprofundamento terico na rea da teoria poltica, so aprofundados tambm os campos do direito internacional pblico. apresentada uma rea diferenciada, a Antropologia, onde o aluno ter contato com reflexes sobre o impacto cultural, tnico e religioso nas Relaes Internacionais.

Disciplinas:

Ingls Instrumental para Relaes Internacionais Teoria Poltica Moderna

Direito Internacional Pblico Introduo Economia Antropologia das Sociedades Contemporneas

4o SEMESTRE Introduz-se um componente central da formao do bacharel: a Teoria das Relaes Internacionais. Continua o aprofundamento nas reas de cincia poltica e economia internacional. So aqui inseridas disciplinas sobre o funcionamento das organizaes ligadas s Relaes Internacionais, as de carter governamental. Alm disso, se apresenta a dinmica das relaes do Estado Brasileiro com os demais em Poltica Externa Brasileira. O discente estimulado a desempenhar atividades profissionais no mercado de trabalho na condio de estagirio, sob a superviso de um professor, que organizar a prtica no Ncleo de Estgio Supervisionado.

Disciplinas:

Teoria de Relaes Internacionais I Economia Poltica Internacional Teoria Poltica Contempornea Organizaes Internacionais Poltica Externa Brasileira Estgio Supervisionado

5o SEMESTRE Segue o adensamento no campo terico das Relaes Internacionais. Um dos enfoques de destaque o comrcio internacional e o funcionamento das empresas. O direito continua sendo abordado, mas com um recorte especfico para o campo humanitrio e suas relaes com conflitos armados. Um passo importante para a pesquisa acadmica dado neste semestre, quando se familiarizado com a elaborao de um projeto de pesquisa e com a anlise e elaborao de dados

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quantitativos. A importncia da Sociedade Civil nas Relaes Internacionais contemporneas apresentada.

Disciplinas:

Direito Internacional dos Conflitos Armados Sociedade Civil nas Relaes Internacionais Comrcio Internacional Teoria de Relaes Internacionais II Mtodos Quantitativos e Estatstica

6o SEMESTRE Trabalha-se neste semestre a preparao para o trabalho de monografia, mais especificamente a elaborao do projeto de pesquisa. O estudo do direito direcionado para as reas de proteo do indivduo, bem como o internacional privado. O ponto importante a preparao do aluno para a insero no mercado de trabalho com as disciplinas com enfoque prtico, focalizado sempre na perspectiva de negociador e empreendedor, caso de Comrcio Exterior I e Empresas Multinacionais e Transnacionais.

Disciplinas:

Monografia I Empresas Multinacionais e Transnacionais Comrcio Exterior I Proteo Internacional dos Direitos Humanos Direito Internacional Privado

7o SEMESTRE O aluno inicia o desenvolvimento de sua pesquisa monogrfica, j com orientao de um docente. Outras disciplinas sero fundamentais para melhor preparar a atuao profissional do aluno. Nesse sentido, ressaltam-se as disciplinas de
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Contratos Internacionais, Comrcio Exterior II e Cooperao Internacional. A anlise da Economia Brasileira contempornea contribui para a compreenso da atualidade. Por fim, facultas-se, nesse semestre, a escolha da disciplina eletiva aos discentes.

Disciplinas: Optativa I Cooperao Internacional Contratos Internacionais Comrcio Exterior II Economia Brasileira Monografia II

8o SEMESTRE A atuao prtica ser enriquecida pelas disciplinas referentes ao Sistema Financeiro Internacional, assim como o Direito do Comrcio Internacional. O eixo jurdico/negociador conta com outra disciplina, a Proteo Internacional do Meio Ambiente. Outra disciplina ajuda a aprofundar a abordagem terica e histrica: Relaes Internacionais Contemporneas. Durante o semestre o aluno dever concluir a monografia proposta nos semestres anteriores, sob orientao de um professor.

Disciplinas: Optativa II Proteo Internacional do Meio Ambiente Sistema Financeiro Internacional Direito do Comrcio Internacional Relaes Internacionais Contemporneas Monografia Final

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7.3.

Ementas e Bibliografia

O planejamento das atividades de ensino inclui obrigatoriamente a elaborao do programa das disciplinas que contm ementa, contedo programtico mnimo e bibliografia bsica e complementar. Registramos que antecede a oferta de qualquer disciplina nova o exame, pelo Colegiado do curso, do programa da disciplina que, uma vez aprovado, passa a integrar a matriz curricular do curso. Em funo do volume das ementas, dos programas e das bibliografias do nosso curso, estas foram juntadas como anexo.

7.4.

Trabalho de Concluso do Curso

A partir da unio entre os Ncleos de Monografia de Direito e Relaes Internacionais, formou-se o Ncleo de Monografia da FAJS que tem como elemento de integrao a gesto das etapas de acompanhamento e concluso da monografia, comum aos dois cursos. No mbito do atendimento aos alunos do curso de Relaes Internacionais, o Ncleo se apresenta como espao institucional interno do curso de Relaes Internacionais da FAJS em que so geradas, geridas e catalisadas todas as iniciativas de iniciao cientfica docente e discente. Tal enfoque permite que a atividade de pesquisa, concentrada em termos curriculares na fase final do curso, seja disseminada nos demais momentos da trajetria do alunado, permitindo que tal pilar do processo educacional seja efetivamente integrado ao pilar do ensino. A integrao com o curso de Direito e com o Mestrado em Direito e Relaes Internacionais sobremaneira proveitosa para os alunos de Relaes Internacionais que podem usufruir de uma rede variada de linhas de pesquisa e um contato direto com a continuidade dos estudos acadmicos. A elaborao da monografia de final de curso obedece a etapas definidas de modo claro na composio curricular do curso e na regulamentao do Ncleo, de modo que o aluno seja efetivamente acompanhado durante todo o perodo da construo do seu trabalho. A partir da matrcula do aluno em Monografia II, este recebe orientao individual de um professor-pesquisador at o trmino do trabalho,
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fato que contribui para a capacitao acadmica dos discentes, assim como reduz drasticamente os casos de contrafao. Em Monografia III, o aluno deve concluir o seu trabalho. Para tal, ele deve ser submetido a uma banca examinadora composta por trs professores, sendo o orientador o presidente da banca. A avaliao procedida mediante a apresentao oral e argio do discente perante a banca e por meio da anlise de quesitos previa e genericamente definidos aos quais se atribui pontuao discriminada. A mdia aritmtica dos resultados dever alcanar o mnimo de MS para que o aluno possa concluir Monografia III. Como ponto culminante das atividades desenvolvidas em sala, nos estgios, em pesquisas e nos cursos de extenso, o graduando, no ltimo semestre, dever apresentar uma Monografia de final de curso. Esta dever ser uma atividade de pesquisa cientfica baseada nos conhecimentos adquiridos durante a graduao, nos quais o aluno escolher um determinado assunto no sexto semestre, com auxlio dos Grupos de Estudo e Pesquisa, ligados ao Ncleo de Monografia da FAJS; aperfeioando seu projeto no stimo semestre, inclusive com mtodo de discusso coletiva nas Oficinas de Monografia, proporcionadas pelo Ncleo e, por fim, finalizando e defendendo oralmente sua monografia no oitavo semestre. A estrutura, os procedimentos e detalhes a respeito da Monografia constam no Regimento para a Elaborao de Monografia da FAJS. As vocaes iniciais esto direcionadas ao estudo (i) do direito internacional, principalmente voltada para proteo internacional da pessoa humana, (ii) de economia internacional e comrcio exterior, (iii) meio ambiente, (iv) teoria das relaes internacionais e (v) estudos estratgicos. Sobre tais vocaes so elaborados cursos de extenso regulares, alm de Grupos de Pesquisa e/ou estudo, cadastrados na base\ de dados do CNPq, bem como inmeros projetos de iniciao cientfica, apoiados institucionalmente pelo UNICEUB e/ou pelo CNPq.

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7.5.

Avaliao de Aprendizagem e do Ensino

Quanto avaliao, a coordenao segue as diretrizes da Faculdade de Cincias Jurdicas e Sociais (FAJS) do UniCEUB, atendendo-se a norma regimental que estabelece o mnimo de duas avaliaes escritas. As avaliaes tm variado entre provas escritas, seminrios, resenhas, fichamentos, ensaios, dentre outras formas. O sucesso e as falhas das metodologias de avaliao aplicadas tm sido discutidos em reunies colegiadas, das quais participam o corpo docente e os representantes de alunos, por meio do Diretrio Acadmico, na Assessoria Pedaggica da FAJS e na Comisso Prpria de Avaliao (CPA) e nos cursos de extenso oferecidos pelo UniCEUB aos gestores. exigncia da Coordenao, que os critrios de avaliao a serem empregados durante o semestre devam estar devidamente registrados, e comunicados aos alunos logo na primeira semana de aula, por meio dos Planos de Ensino. A clareza desses critrios fundamental para o relacionamento professoraluno. Em relao avaliao do desempenho dos professores, h dois mecanismos disposio da coordenao. O primeiro a Avaliao Institucional, realizada pela CPA, cujos critrios so discutidos com a Coordenao do Curso. Essa avaliao de resultados de desempenho associada com a avaliao da dinmica de desempenho discente/docente. A outra forma de avaliao instituda, atendendo vocao democrtica do curso, so as reunies de avaliao de processo, descritas no Item 2.

8. Projetos de Sustentao ou Enriquecimento do Curso

8.1.

Pesquisa e Extenso

As relaes internacionais representam espao pouco explorado no Brasil, ao menos sob a perspectiva da potencialidade desse campo de conhecimento. Tem-se feito anlises histricas e polticas, de desenvolvimento institucional (acentuando os aspectos jurdicos) e de processos econmicos. Entretanto, so peas isoladas, no agregadas cientificamente. Como alerta o Min. Paulo Roberto de Almeida, na sua

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busca da pera Relaes Internacionais, preciso buscar a harmonia dos componentes de anlise mediante estudos comparativos e sistemticos6. A partir da sua coordenao, o curso de Relaes Internacionais organiza suas atividades voltadas para a prtica, a pesquisa e a extenso em mltiplos setores atravs dos Grupos de Estudos e Pesquisa, Ncleo de Estgio Supervisionado, a Revista Universitas/Relaes Internacionais, Centro de Simulaes Polticas/SimulREL, Empresa Jnior.

8.2.

Grupos de Estudo e Pesquisa

Os Grupos de Estudos e Pesquisa so dirigidos por um professor assistente de coordenao, envolvendo todos os professores do quadro. Estes professores formam um grupo de trabalho e de discusso permanente, analisando temas sob o contraponto de outros instrumentos de percepo cientfica. ., primeiro, servem como frum de discusso e aperfeioamento de projetos, criados de forma autnoma por um dos professores ou em conjunto. Segundo, so o laboratrio vocacional e criativo do Curso de Relaes Internacionais, neste momento de solidificao. Terceiro, so a instncia natural de criao de linhas de pesquisa, inspirando as monografias de final de curso dos graduandos. Quarto, so o mecanismo de envolvimento dos estudantes, como monitores ou voluntrios, em projetos especficos de Relaes Internacionais. Quinto constituem em instrumento de solidariedade acadmica e profissional entre professores, funcionrios e estudantes. Por fim, so um colegiado responsvel pela concepo e propagao do que se compreende por Relaes Internacionais ou, para muitos, no se compreende. Os Grupos de Estudos e Pesquisa esto divididos da seguinte forma: a) Os Processos Culturais das Relaes Internacionais Coordenadora: Profa. Aline Maria Thom Arruda. Criado desde 2003, este grupo trata dos processos de inter-nacionalizao, trans-nacionalizao e globalizao das culturas. Partindo do suposto de que as culturas no so objetos passveis de mensurao quantitativa e que, portanto requerem uma postura metodolgica distinta do modelo
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Ver ALMEIDA, Paulo Roberto de. As Relaes Internacionais e Poltica Externa do Brasil. Porto 22

explicativo, este grupo de estudo tem por objetivo entender as culturas em seu sentido interpretativo, tal como aquele atribudo por Clifford Geertz, e enunciado por Max Weber onde o sentido e intencionalidade dos atores sociais constituem o foco privilegiado de anlise. A proposta conceitual pensar o fenmeno da globalizao a partir dos hibridismos culturais que provoca sem que com isso "comprometa" a chamada cultura local. Entendendo que os grupos sociais jamais constituram grupos puros ou culturalmente isolados, privilegiamos o lugar das fronteiras, dos limites e da formao do hbrido como loci da cultura, os quais merecem um olhar mais atento e provocador. Entendendo que a cultura pblica, este grupo de estudos investiga as maneiras pelas quais determinados smbolos culturais so reapropriados por distintos atores nacionais, internacionais ou trans-nacionais no sentido de entender como cada ator imprime suas prprias marcas nas chamadas culturas globais e criam algo novo, diferente do originrio, pois a partir do momento da apropriao, o agente social impe uma leitura prpria de um smbolo cultural global. Partindo destas premissas bsicas, este grupo de pesquisa fomenta o debate acerca dos processos de internacionalizao da cultura e verificar em que medida possvel analis-los em profundidade e em fidelidade aos sentidos dados pelos prprios agentes sociais.

Linhas de Pesquisa Total: 3

A construo da desigualdade no Haiti: situaes histricas e experincias atuais Aes Afirmativas no Instituto Rio Branco Estudantes africanos em Braslia: identidade cultural e multiculturalismo

Alegre: Ed. UFRGS, 1998. 23

b) Ncleo de Estudos de Diplomacia Responsvel Coordenadora: Renata de Melo Rosa. Criado em 2006, o Ncleo de Estudos de Diplomacia Responsvel tem como misso observar em profundidade aes significativas de diplomacia responsvel entabuladas de forma bi ou multilateral, tanto entre pases de nveis econmicos desiguais como entre os pases em desenvolvimento, preferencialmente nas aes de combate s desigualdades, excluso e pobreza, com nfase no apoio s polticas de incluso e valorizao da diversidade tnico-racial e combate ao sexismo e ao racismo. No decorrer do ano de 2006, o projeto desenvolvido pelo Ncleo intitulado "Diplomacia Responsvel: a presena do Brasil no Haiti", recebeu apoio financeiro do CNPq, mediante aprovao no Edital 61/2005 e apoio da CAPES, mediante a concesso de bolsa de ps-doutorado para aprofundamento desta pesquisa na cidade de Porto Prncipe/Haiti. Esta bolsa foi destinada lder do grupo. Entre os dias 27, 28 e 29 de maro de 2007, os resultados preliminares desta pesquisa foram amplamente discutidos no Simpsio Internacional "Caminhos de Dilogo para a construo de uma diplomacia responsvel: a presena do Brasil no Haiti", o qual contou com a presena de cerca de 400 pessoas, no campus do UNICEUB.

Linhas de Pesquisa: (Total:4)

A participao poltica das mulheres parlamentares nas Amricas Cmara de Comrcio Solidrio Diplomacia Responsvel: a presena do Brasil no Haiti Relaes Bilaterais Haiti/Taiwan: o que o Brasil tem a ver com isso?

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c) Ncleo de Estudos sobre os Estados Unidos Coordenador: Prof. Frederico Seixas Dias Criado em 2007, este grupo de pesquisa consiste em um ncleo interdisciplinar de estudos avanados sobre a poltica externa estadunidense e sua atual unilateralizao.

8.3.

Revista Universitas/Relaes Internacionais

Com o intuito de divulgar a produo cientfica de professores e alunos, foi projetado no ano 2002 a Revista Universitas / Relaes Internacionais. Para a organizao dessa revista, foi formado um corpo editorial, o qual se responsabiliza pela seleo de artigos, tanto de docentes e discentes do curso, como de colaboradores externos. Esta uma forma de estimular o uso da linguagem cientfica dos alunos em seus trabalhos finais para as disciplinas (j que os melhores trabalhos podem vir a fazer parte da Revista), bem como uma maneira de apresentar comunidade os resultados das pesquisas feitas no mbito dos Grupos de Pesquisa do curso de Relaes Internacionais do UNICEUB. Desde ento, a publicao j editou diversos nmeros, cada qual contemplando um das relaes internacionais: hegemonia e estrutura nas relaes internacionais, a integrao econmica da Amrica Latina, proteo internacional a pessoa humana, poltica internacional contempornea e o futuro do Estado, o Brasil no contexto das migraes internacionais, justia transicional e ps-conflito. Tem marcado, portanto, suas edies pela pertinncia na escolha dos assuntos, bem como a consolidao de uma postura analtica crtica dos fenmenos atinentes ao campo de estudo das Relaes Internacionais, segundo uma dimenso compreensiva. Ademais, motivo de particular satisfao constatar a boa acolhida da publicao na academia brasileira das Relaes Internacionais, bem como no corpo diplomtico da capital.

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8.4.

Centro de Simulaes Polticas/SimulRel

O curso conta com um Centro de Simulaes Polticas (CSP), entidade composta por alunos de todos os semestres. A finalidade primordial do Centro dotar os seus integrantes de conhecimento das prticas necessrias para viabilizar sua participao em modelos de simulaes polticas das reunies de organizaes internacionais. O Centro conta com o acompanhamento de um docente indicado pela Coordenao do Curso. Os encontros todas as sextas-feiras, de 17:30h s 19h. Os modelos, como assim so chamadas tais simulaes, tm uma histria recente em nosso pas, porm j so mais desenvolvidos em outros pases, pois clara a contribuio para o desenvolvimento cultural e intelectual dos estudantes, estimulando os debates construtivos e o respeito s diferenas. A finalidade especfica da Simulao Poltica de Relaes Internacionais do UniCEUB (SimulREL) simular o Conselho de Segurana das Naes Unidas; a Assemblia Geral das Naes Unidas, em seu Quarto Comit, o Comit de Polticas Especiais e Descolonizao; e o Conselho Econmico e Social das Naes Unidas, em sua Comisso de Direitos Humanos. Dessa feita, a SimulRel o modelo do Curso de Relaes Internacionais do UniCEUB, evento em que os conhecimentos e habilidades desenvolvidos no CSP so postos em prtica.

8.5.

SWAP Empresa Jnior

O Curso de Relaes Internacionais conta com a empresa jnior SWAP, cuja finalidade auxiliar os alunos do curso em sua formao profissional e acadmica, promovendo a realizao de programas de capacitao, bem como possibilitando o desenvolvimento de atividades prticas. Tambm presta consultoria internacional, alm de fazer levantamento de dados e pesquisas auxiliando o trabalho dos professores. As atividades so orientadas por um docente encarregado pela Coordenao do curso.

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Com a integrao de todas as empresas juniores do UNICEUB, a SWAP integrou-se ao Ncleo de Empreendorismo do UNICEUB, com sede prpria no Setor Comercial Sul de Braslia.

8.6. Ncleo de Estgio Supervisionado

Outro setor para a prtica, pesquisa e extenso o Ncleo de Estgio Supervisionado. Da mesma forma que os Grupos de Estudos e Pesquisa, o Ncleo tambm dirigido por um professor assistente de coordenao. Esse Ncleo tem algumas competncias especficas, tais como: 1. Fomentar estgios para os estudantes; 2. Estabelecer contatos com instituies voltadas para Relaes Internacionais; 3. Propor convnios acadmicos; 4. Auxiliar a coordenao na concretizao de atividades administrativas e acadmicas.

O estgio, fundamental para a formao do graduando, a oportunidade de contato qualificado com a atuao prtica do curso. Alm da oportunidade de colocar em prtica os conceitos aprendidos na universidade, durante a formao do aluno, tambm cria a oportunidade de desenvolver novos conhecimentos e relaes interpessoais.

Para ser caracterizado como complementao da formao curricular e treinamento, o estgio condizente com o currculo do curso freqentado pelo aluno. Para cada aluno obrigatria a integralizao da carga horria total do estgio previsto no currculo do curso, incluindo-se as horas destinadas ao planejamento, orientao paralela e avaliao das atividades.

A escolha e opo do campo de estgio so de responsabilidade do aluno e devem necessariamente responder s reas de concentrao previstas no projeto pedaggico. O estgio supervisionado pode ser remunerado ou no, ficando a critrio

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do acordo pr-estabelecido entre o Centro Universitrio e a Entidade ou Empresa onde o aluno desenvolver suas atividades.

Os estgios so coordenados pelo Ncleo de Estgio Supervisionado do Curso de Relaes Internacionais. O coordenador do Ncleo responsvel em orientar os alunos na realizao dos seus estgios, coordenar os trabalhos e avaliar os relatrios.

As atividades exercidas dentro de empresas/rgos so supervisionadas por um professor do Ncleo, por intermdio de exame de relatrios que so preparados pelos alunos/empresas ou rgos, periodicamente. Os relatrios devem ser assinados por responsvel no rgo ou empresa onde o aluno desenvolver suas atividades.

Antes de serem encaminhados para as Entidades ou Empresas onde so realizados os estgios, cada aluno recebe informaes gerais sobre o estgio; a forma como este ser desenvolvido e as normas de avaliao.

Aps este primeiro momento, os alunos so conduzidos a participar das atividades desenvolvidas pelos profissionais da rea ou curso, realizando o que for sugerido pelo coordenador do estgio e o orientador de estgio da empresa ou Entidade. Os estagirios, nesta fase, passam a assumir a direo das atividades, desempenhando as tarefas sob superviso do orientador da empresa ou Entidade. Durante o perodo de estgio, o aluno deve elaborar e entregar quatro documentos que serviro de base para a avaliao final.

9. Concluso

Deve-se registrar que todos os esforos do curso no mbito pedaggico tm contribudo para o aprimoramento da formao dos corpos discente e docente da Instituio, acompanhando a dinmica do campo que ora se consolida no ensino superior brasileiro. Como ainda no dispomos de diretrizes curriculares nacionais aprovadas pelo Conselho Nacional de Educao (CNE), nossos parmetros tm sido orientados pelas avaliaes extra-oficiais, como o Guia do Estudante, da Editora
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Abril, que classificou o curso de Relaes Internacionais do UNICEUB como um dos 7 (sete) melhores cursos do Brasil, em um universo de mais de 150 (cento e cinqenta) cursos existentes.

Referncias Bibliogrficas:

ALMEIDA, Paulo Roberto de. As Relaes Internacionais e Poltica Externa do Brasil. Porto Alegre: Ed. UFRGS, 1998.

B OU R D IE U. Pi e r re . C a m po do Po de r, C am p o I nt e le c tu al e Hab i t us de C l as s e In : A E c o no mi a d a s Tr oc a s S i m b l i ca s . So Pau l o : E d . Pe r s pe c ti v a, 19 99. FROST, Mervyn. Ethics in International Relations: a constitutive theory. Cambridge: Cambridge University Press, 1996.

GE E R T Z, C l i f or d. M i s tu ra de g ne ro s : a r ec o nf i gu ra o pe ns a m en t o s oc i al In: O S a be l Lo ca l. P e t r p ol i s : Vo ze s , 19 99.

do

KANT, Emmanuel Idea de una Historia Universal en Sentido Cosmopolita In: Filosofia de la Historia. Mxico: Fondo de Cultura Econmica, 1985. SMITH, Steve. The Self-Images of a Discipline: a Genealogy of International Relations Theory In: International Relations Theory Today. Oxford: Polity Press, 1995.

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