Desigualdades Sociais e As Classes
Desigualdades Sociais e As Classes
Desigualdades Sociais e As Classes
No mundo em que vivemos percebemos que os indivduos so diferentes, estas diferenas se baseiam nos seguintes aspectos: coisas materiais, raa, sexo, cultura e outros.Os aspectos mais simples para constatarmos que os homens so diferentes so: fsicos ou sociais. Constatamos isso em nossa sociedade pois nela existem indivduos que vivem em absoluta misria e outros que vivem em manses rodeados de coisas luxuosas e com mesa muito farta todos os dias enquanto outros no sequer o que comer durante o dia.Por isso vemos que existe a desigualdade social, ela assume feies distintas porque constituda de um conjunto de elementos econmicos, polticos e culturais prprios de cada sociedade.
fato jurdico, e tambm poltico. O poder de dominao que da origem a essas desigualdades.As desigualdades se originam dessa relao contraditria, refletem na apropriao e dominao, dando origem a um sistema social, neste sistema uma classes produz e a outra domina tudo, onde esta ltima domina a primeira dando origem as classes operrias e burguesas.As desigualadas so fruto das relaes, sociais, polticas e culturais, mostrando que as desigualdades no so apenas econmicas mas tambm culturais, participar de uma classe significa que voc esta em plena atividade social, seja na escola, seja em casa com a famlia ou em qualquer outro lugar, e estas atividades ajudam-lhe a ter um melhor pensamento sobre si mesmo e seus companheiros.
As classes sociais
As classes sociais mostram as desigualdades da sociedade capitalista. Cada tipo de organizao social estabelece as desigualdades, de privilgios e de desvantagens entre os indivduos.As desigualdades so vistas como coisas absolutamente normais, como algo sem relao com produo no convvio na sociedade, mas analisando atentamente descobrimos que essas desigualdades para determinados indivduos so adquiridos socialmente. As divises em classes se da na forma que o indivduo esta situado economicamente e socio-politicamente em sua sociedade.Como j vimos no capitalismo, quem tinham condies para a dominao e a apropriao, eram os ricos, quem trabalhavam para estes eram os pobres, pois bem esses elementos eram os principais denominadores de desigualdade social . Essas desigualdades no eram somente econmicas mas tambm intelectuais, ou seja o operrio no tinha direito de desenvolver sua capacidade de criao, o seu intelecto. A dominao da classe superior, os burgueses, capitalistas, os ricos, sobre a camada social que era a massa, os operrios, os pobres, no era s economica mas tambm ela se sobrepe a classe pobre, ou seja ela no domina s economicamente como politicamente e socialmente.
A luta de classes
As classes sociais se inserem em um quadro antagnico, elas esto em constante luta, que nos mostra o carter antagnico da sociedade capitalista, pois, normalmente, o patro rico e d ordens ao seu proletariado, que em uma reao normal no gosta de recebe-las, principalmente quando as condies de trabalho e os salrios so precrios.Prova disso, so as greves e reivindicaes que exigem melhorias para as condies de trabalho, mostrando a impossibilidade de se conciliar os interesses de classes.A predominncia de uma classe sobre as demais, se funda tambm no quadro das prticas sociais pois as relaes sociais capitalistas aliceram a dominao econmica, cultural, ideolgica, poltica, etc.A luta de classes perpassa, no s na esfera econmica com greves, etc, ma em todos os momentos da vida social. A greve apenas um dos aspectos que evidenciam a luta. A luta social tambm est presente em movimentos artsticos como telenovelas, literatura, cinema, etc.Tomemos a telenovela como exemplo. Ela pode ser considerada uma forma de expressar a luta de classes, uma vez que possa mostrar o que acontece no mundo, como um patro, rico e feliz, e um trabalhador, sofrido e amargurado com a vida, sempre tentando ser independente e se livrar dos mandos e desmandos do patro. Isso tambm uma forma de expressar a luta das classes, mostrando essa contradio entre os indivduos.Outro bom exemplo da luta das classes a propaganda. As propagandas se dirigem ao pblico em geral, mesmo aos que no tem condio de comprar o produto anunciado. Mas por que isso?A propaganda capaz de criar uma concepo do mundo, mostrando elementos que evidenciam uma situao de riqueza, iludindo os elementos de baixo poder econmico de sua real condio.A dominao ideolgica fundamental para encobrir o carter contraditrio do capitalismo.
Desenvolvimento e pobreza
O subdesenvolvimento latino-americano tornou-se pauta de discusses na dcada de 50. As proposta que surgiram naquele momento tinham como pano de fundo o quadro de misria e desigualdade social que precisava ser alterado.A Cepal (Comisso econmica para a Amrica Latina, criada nessa decada) acreditava que o aprofundamento industrial e algumas reformas sociais criariam condies econmicas para acabar com o subdesenvolvimento.Acreditava tambm que o aprofundamento da industrializao inverteria o quadro de pobreza da populao. Uma de suas metas era criar meios de inserir esse contingente populacional no mercado consumidor. Contrapunha o desenvolvimento ao subdesenvolvimento e imaginava romper com este ltimo por maio de industrializao e reformas sociais. Mas no foi isso o que realmente aconteceu, pois houve um predomnio de grandes grupos econmicos, um tipo de produo voltado para o atendimento de uma estrita faixa da populao e o uso de mquinas que economizavam mo-de-obra.De fato, o Brasil conseguiu um maior grau de industrializao, mas o subdesenvolvimento no acabou, pois esse processo gerou uma acumulao das riquezas nas mos da minoria, o que no resolveu os problemas sociais, e muito menos acabou com a pobreza.As desigualdades sociais so enormes, e os custos que a maioria da populao tem de pagar so muito altos. Com isso a concentrao da renda tornou-se extremamente perceptvel, bastando apenas conversar com as pessoas nas ruas para nota-la.Do ponto de vista poltico esse processo s favoreceu alguns setores, e no levou em conta os reais problemas da populao brasileira: moradia, educao, sade, etc. A pobreza do povo brasileiro aumentou assustadoramente, e a populao pobre tornou-se mais miservel ainda.
A pobreza absoluta
Quando se fala em desigualdade social e pobreza no Brasil, no se trata de centenas de pessoas, mas em milhes que vivem na pobreza absoluta. Essas pessoas sobrevivem apenas com 1/4 de salrio mnimo no mximo!A pobreza absoluta apresenta-se maior nas regies Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Para se ter uma idia, o Nordeste, em 1988, apresentava o maior ndice (58,8%) ou seja, 23776300 pessoas viviam na pobreza absoluta.Em 1988, o IBGE detectou, atravs da Pesquisa
Nacional por Amostra em Domiclios, que 29,1% da populao ativa do Brasil ganhava at l salrio mnimo, e 23,7% recebia mensalmente de l a 2 salrios mnimos. Pode-se concluir que 52,8% da populao ativa recebe at 2 salrios mnimos mensais.Com esses dados, fica evidente que a mais da metade da populao brasileira no tem recursos para a sobrevivncia bsica. Alm dessas pessoas, tem-se que recordar que o contingente de desempregados tambm muito elevado no Brasil, que vivem em piores condies piores que as desses assalariados.As condies de miserabilidade da populao esto ligadas aos pssimos salrios pagos.