RELATÓRIO Micro

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RELATRIO II ESTRUTURAS FNGICAS MICOSES SUPERFIFICIAIS E SUBCUTNEAS MICOSES SUPERFICIAIS As micoses superficiais da pele, em alguns casos chamadas de tineas,

so infeces causadas por fungos que atingem a pele, as unhas e os cabelos. Os fungos esto em toda parte podendo ser encontrados no solo e em animais. At mesmo na nossa pele existem fungos convivendo pacificamente conosco, sem causar doena. Uma substncia que serve de alimento para os fungos e encontrada na superfcie cutnea, unhas e cabelos se chamam queratina. Quando encontram condies favorveis ao seu crescimento, como: calor, umidade, baixa de imunidade ou uso de antibiticos sistmicos por longo prazo (alteram o equilbrio da pele), estes fungos se reproduzem e passam ento a causar a doena. Manifestaes Clnicas Existem vrias formas de manifestaes das micoses cutneas superficiais, dependendo do local afetado e tambm do tipo de fungo causador da micose. Veja, abaixo, alguns dos tipos mais freqentes: Pitiriase Versicolor: causada por Malassezia furfur (Pityrosporum orbiculare), um microrganismo lipoflico semelhante levedura. O microrganismo encontrado em reas do corpo ricas em glndulas sebceas e faz parte da flora normal da pele. O fungo necessita de um meio suplementado com cidos graxos saturados ou insaturados para que seu crescimento seja mantido. O organismo cresce como levedura em brotamento, embora algumas vezes sejam observadas formas em hifas. As leses da pitirase versicolor ocorrem mais comumente na parte superior do tronco, braos e abdome na forma de discretas leses maculares hiper ou hipopigmentadas e descamam com muita facilidade, conferindo um aspecto seco e calcrio rea afetada.Em raras ocasies, as leses adquirem aparncia papular (elevada), e , em alguns casos em que o folculo piloso envolvido, as leses podem causar foliculite. Piedra branca: A piedra branca, uma infeco dos plos, caudada pelo organismo leveduriforme Trichosporon beigelii. O microrganismo cresce bem em todos os meio laboratoriais, exceto aqueles que contm ciclo-heximida, um antibitico utilizado em alguns meios de cultura para o isolamento seletivo da maioria dos fungos patognicos. Afeta os plos di couro cabeludo, bigode e barba. Caracteriza-se pelo desenvolvimento de crescimento de consistncia pastosa e mole e cor creme ao longo das hastes dos plos infectados. O crescimento ocorre como uma

manga ou um colarinho ao redor do plo e consiste em miclios que sofrem rpida fragmentao em artrocondios. Piedra Preta: A piedra preta, uma infeco superficial dos plos, caudada por Piedraia hortae, um microrganismo que existe no estado perfeito (teleomrfico) quando coloniza a haste do plo. Em geral, as culturas efetuadas a partir de amostras clnicas s fornecem o estado assexuado (anamrfico) do fungo, que consiste em miclios de crescimento lento, de cor marron a pretoavermelhado. O estado teleomrfico um estado em que surgem ascos, que contm ascoporos fusiformes, no interior de estruturas especializadas. Seus principal aspecto clnico consiste na presena de ndulos de consistncia dura, encontrados ao longo da haste infectada do plo. Os ndulos possuem consistncia dura e carboncea e contm ascos. Tinea Nigra O agente etiolgico da tinea nigra, Exophiala werneckii, um fungo dimrfico que produz melanina, conferindo ao microrganismo uma cor marrom a preta. Com isolamento primrio a partir de material clnico, o fungo cresce como levedura, com numerosas clulas em vrios estgios de diviso celular, produzindo estruturas ovais de duas clulas caractersticas. Com o envelhecimento da colnia, surgem hifas alongadas, e, em culturas mais velhas, predominam os miclios e condios. A tinea nigra habitualmente assintomtica, e as manifestaes clnicas consistem em leses maculares bem demarcadas, que aumentam por extenso perifrica. As leses de cor marrom a negra so mais frequentemente observadas nas palmas das mos e plantas dos ps, mas podem ocorrer em outras reas do corpo. Candidases cutneas Vrias espcies de Cndida esto implicadas na candidase. A candidase representa um problema importante nos hospedeiros imunocomprometidos. O espectro das manifestaes clnicas varia desde infeces superficiais da pele at infeces sistmicas potencialmente fatais. E vrias condies, C. albicans, C.tropicalis, C.kefyr (designada anteriormente de C.pseudotropicalis), C. glabrata (designada antigamente Torulopsis Glabrata) e C. parapsilosis fazem parte da flora normal humana. Estas espcies podem ser isoladas das superfcies mucosas sadias da cavidade oral, da vagina, trato gastrintestinal e regio retal. Dermatofitoses As micoses cutneas so causadas por um grupo homogneo de microrganismos estreitamente relacionados, conhecidos como dermatfitos. Embora tenham sido descritas mais de 100 espcies, apenas cerca de 40 so consideradas vlidas, e menos da metade destas ltimas est associada a doena humana. So fungos filamentosos, que formam hifas organizadas em miclios. Alimentam-se da protena humana queratina. Infectam os tecidos superficiais constitudos por clulas mortas e queratinizadas, como as da pele, plos (incluindo cabelo) e unhas, mas no afetam os tecidos vivos. Tambm conhecido como frieira. So classificados em trs gneros (Microsporum, Trichophyton e

Epidermophyton), de acordo com os seus padres de esporulao, certos aspectos morfolgicos do desenvolvimento e necessidades nutricionais. So conhecidos os estados teleomrficos de alguns microrganismos que pertencem aos gneros Microsporum e Trichophyton. So todos Ascomicetos, que foram reclassificados no gnero Arthroderma. MICOSES SUBCUTNEAS As micoses subcutneas incluem um amplo aspectro de infeces fngicas caracterizadas pelo desenvolvimento de leses, geralmente nos locais de traumatismo onde o organismo implantado no tecido. Inicialmente, afetam as camadas mais profundas da derme, tecido subcutneo ou osso. A maioria das infeces exibe um padro de crescimento insidioso e crnico, que posteriormente se estende para epiderme, manifestando-se clinicamente na forma de leses sobre a superfcie da pele. Esporotricose uma infeco crnica caracterizada por leses nodulares e ulcerativas que se desenvolve ao longo das glndulas linfticas que drenam o local primrio de inoculao. Outras formas raramente observadas de esporotricose incluem leses cutneas fixas, esporotricose pulmonar primria e secundria e doena disseminada. O agente etiolgico o fungo dimrfico Sporothrix schenkii. Micetoma O termo micetoma clinicamente descritivo e inclui um amplo aspectro de manifestaes da pele e tecidos mais profundos da derme e tecido subcutneo. A doena caracteriza-se por leses intumescidas, indolentes e deformantes, que contm numerosos trajetos sinusiais de drenagem. Doena causada por fungo ou bactrias. Feo-hifomicose Outra doena clnica causada por vrios fungos dematiceos o feo-hifomicose, um grupo heterogneo de doenas cutneas causadas pro diversos fungos dematiceos. A forma mais comum descrita o cisto feo-hifomictico. A doena no exibe a intensa hiperplasia observada na cromoblastomicose (caracteriza-se pelo desenvolvimento de ndulos verrucosos que aparecem nos locais de inoculao), e, quando os microrganismos so observados ao exame histopatolgico de tecidos, costumam aparecer na forma de fragmentos de hifas septadas e pigmentadas. Tem que ter uma doena de base (oportunistas). Cromomicose uma micose subcutnea de curso crnico, evoluo lenta, causada por fungos demceos, e caracterizada pelo aparecimento de ndulos ou verrugas, ulceradas ou no, principalmente nos membros inferiores. Os agentes etiolgicos dessas micoses so: Phialophora verrucosa, Fonseca pedrosai, Fonseca compacta, Cladosporium carrioni e Rhinocladiela aquaspersa.

Distribui-se mundialmente porm, mais prevalente em regies tropicais.No Brasil, que detm um tero do total de casos, a maioria deles ocorre em indivduos do sexo masculino. Os fungos vivem em matria orgnica, vegetais em decomposio e solo. A transmisso se faz atravs de penetrao de espinhos ou farpas de madeira. Manifestaes clnicas: forma verrucosa, espessamento e escurecimento da derme e epiderme decorrente de hiperceratose e hiperacantose, assemelhando-se elefantase;forma ulcero vegetante, leses de crescimento exuberante, gomosas, exudativas, crostosas, podendo confluir entre si;forma nodular, ocorrem na fase inicial da doena, podendo permanecer estacionrias. Zigomicose Os fungos pertencentes aos Zigomicetos so comuns no meio ambiente. A entidade clnica zigomicose, tambm denominada mucormicose ou ficomicose, abrange um aspecto de infeces semelhantes aspergilose. Os fungos que causam zigomicose crescem rapidamente em todo o meio de cultura sem ciclo-heximida. As espcies de Rhizopus, Absidia e Mucor, forma implicadas na zigomicose. Forma hifas cenocticas e reproduzem-se de forma assexuada pela produo de esporngios, no interior dos quais se desenvolvem os esporangiosporos. Doena de Jorge Lobo A Doena de Jorge Lobo, causada pelo Paracoccidioides loboi,fungo com nomenclatura ainda em discusso, uma micose localizada, crnica e polimorfa que surge predominantemente na Amaznia e nunca fora de regio intertropical. A inoculao parece dar-se por meio de traumatismo. Ocorre em especial no homem lavrador (10 homens : 1 mulher). Manifesta-se por leses queloidiformes ou, ainda, vegetantes, infiltrativas, ulceradas gomosas, entre outras. So geralmente assimtricas e circunscritas a uma regio. Os locais mais afetados so os pavilhes auriculares, membros inferiores e superiores. Quando acometidos, os gnglios mostram-se duros e sem flutuao. Em geral, o paciente mantm bom estado fsico. OBJETIVO GERAL O objetivo geral visa possibilitar aos acadmicos a praticidade de tudo o que foi abordado em sala de aula, dando a oportunidade de visualizao e anlise das caractersticas gerais dos fungos e das micoses superficiais e subcutneas. MATERIAIS E MTODOS EPIS: Luvas, mscaras, toucas, culos de proteo. Materiais de coletas: Aparelho Microscpico, Placa de Petri, Seringa, durex, bistur, lmina, lamnula, puch, gua destilada, corantes (azul de metileno, koh, clorafenicol e hidrxido de potssio).

Amostras de micoses superficiais: Pitirase versicolor: O exame microscpico direto de raspados da pele tratados com colorao com lcali e tcnica de porto. As culturas so efetuadas rotineiramente para confirmar o diagnstico. O microrganismo exige um meio suplementado com cidos graxos para o seu crescimento; Piedra branca: Exame microscpico direto dos pelos. Cultura em gar Sabouraud-dextrose. O crescimento dimrfico: hifas, artrocondios e blastocondios; Piedra preta: Exame microscpico direto dos pelos. A cultura produz a fase assexuada do fungo; Tinea nigra: Exame microscpico direto de raspados da pele tratados com colorao com lcali. A cultura em gar Sabouraud-dextrose produz leveduras pigmentadas (cor marrom a preto) e hifas (dimrficos); Candidase: O teste do tubo germinativo (suab) que constitui um teste rpido e seguro para a identificao de C.albicans. Dermatofitose: O exame direto do plo e da escama til, mas requer o treinamento especial. Os testes mais seguros so cultura fngica e biopsia de pele. Para isso, os raspados de pele devem ser feitos aps desengordur-la com ter ou lcool, caso tenham sido feitos curativos com substncias gordurosas, esse procedimento tem como objetivo diminuir o crescimento de contaminantes. Micoses subcutneas Esporotricose: Culturas realizadas a partir de secreo purulenta aspirada de ndulo e de fragmento de bipsia de leso cutnea; Micetoma: O exame lquido purulento proveniente dos trajetos sinusais no micetoma eumictico quase sempre revela pequenos gros de tecido fngico. Esses elementos podem ser brancos, marrons, amarelos ou pretos, e a sua presena pode ser demonstrada no exame histopatolgico de bipsias das leses; Feo-hifomicose: Coleta com suab. Exame direto e cultura. No caso da lashimaniose, aplicase uma anestesia e faz a raspagem com bistur nas bordas internas da ferida; Cromomicose: Material proveniente das leses (escamas, crostas ou

pus) ou pequeno fragmento de bipsias clarificado com KOH. Observam-se


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clulas arredondadas de contornos bem ntidos, acastanhados, algumas se mostrando em processo de reproduo binria (clulas esclerticas).

Zigomicose: Exame direto: KOH, observam-se hifas largas, no

septadas, irregulares. Cultura; Meio Sabouraud No usar meio com cicloeximida pois impede o crescimento do fungo.
Doena de Jorge Lobo: Para diagnosticar a afeco, procede-se ao exame direto do material da leso, que revela parasitas abundantes, bem como a histopatologia, que mostra histicitos espumosos com riqueza de parasitas. TIPOS DE COLETAS: Escarificao: Puno: Biopsia: Devem ser obtidas amostras representativas da patologia suspeita. O material deve ser dividido em dois frascos estreis diferentes, um contendo formol ao 0.4% e outro contendo soluo salina, destinados ao exame histopatolgico e micolgico, respectivamente. Swab:

Tcnica de Porto: Exame Microscpico Direto e Cultura Conforme as aulas prticas, foram observadas vrias estruturas fngicas, atravs de anlises microscpicas. Tais como: Conidiforo, Macrondio, Microndio, Hifas septadas e Hifas cenocticas. Micoses superficiais: Pitirase Versicolor: leveduras e filamentos; Dermatofitose: bulb endotrix (couro cabeludo);

Tinha nigra: Candidase: levedura simples ou com broto. Micoses subcutneas: Cromomicose: Clulas esfricas de cor cobre em vrios estgios de diviso celular. Feohifomicose: Fragmentos de hifas septadas e pigmentadas. Doena de Jorge Lobo: Micetoma: Uma microcolnia frequentemente denominada de grnulo. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS MICROBIOLOGIA MDICA Terceiro Edio Patrick R. Murray, PHD Ken S. Rosenthal, PHD George S. Kobayashi, PHD Michael A. Pfaller,MD

ANEXO

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