Urquiaga 9
Urquiaga 9
Urquiaga 9
Agrobiologia
Seropdica, RJ
Segundo Urquiaga Segundo Urquiaga Claudia Jantalia Claudia Jantalia Bruno Alves Bruno Alves Robert Boddey Robert Boddey
Pesq. Embrapa Agrobiologia, Pesq. Embrapa Agrobiologia, Prof. Depto. Solos e Fitotecnia, Prof. Depto. Solos e Fitotecnia, UFRRJ UFRRJ
Terrazos andinos
O desenvolvimento da humanidade foi baseado na disponibilidade de solos frteis, gua e biomassa energtica.
Biomassa (Lenha)
Hidro
Nuclear
Biomassa moderna e H2
Gs Natural
Solar
Solar
Petrleo
Carvo
Outro s
Teixeira et al (2006)
Considerando as emisses pela agricultura e uso da terra registradas no Inventrio de GEEs, o Brasil o 4o maior poluidor do planeta
40
20
Anos
Fonte: FAO. (http/www.fao.org)
2500
Consumo de N (Gg)
2000
1500
1000
500
0 1960
1970
1980
1990
2000
(IFA, 2004)
N2 N2 N2
Assumindo-se uma eficincia de uso do fertilizante de 50%, e que 25% do N aplicado passa a formar a matria orgnica do solo
C-MOS
A experincia brasileira!!!!
rea: 8,2 milhes de hectares colhidas, e 9,4 Mha plantadas rea: Produo: 40 milhes de T de acar Produo: acar (3,65% PIB) 24,5 bilhes de litros de lcool lcool
+ 8,5 Bilhes US$ em exportao (acar e lcool) exportao (acar lcool) Empregos: + 4 milhes (diretos e indiretos)
9,35
-N
Pensacola
-N
Batatais
100 Mg de colmos/ ha : 100 Mg de colmos/ ha : 200 kg N ha-1 (cana planta) 200 kg N ha-1 (cana planta) 120 a 180 kg N ha-1 (socarias) 120 a 180 kg N ha-1 (socarias)
Orlando Filho et al., 1980 Orlando Filho et al., 1980
Alta extrao de N
Cana de Acar
Baixas aplicaes de N
80 kg ha-1 socarias 30 kg ha-1 cana-planta
RB 52-454
Presena de bactrias diazotrficas e funcionamento da nitrogenase em plantas de cana-de-acar. (James & Olivares, 1998;
Urquiaga et al, 2005)
Usina Jatiboca OP Destilaria Atenas S/A Fornecedores Minas Gerais Usina Santa Cruz S/A Usina Barcelos S/A Campus Leonel Miranda Rio de Janeiro Usina So Jos OP Usina Santa Cruz OP Usina Iracema S/A So Paulo
Contribuio da FBN (%) na cultura da cana-deacar em diferentes regies do Brasil. Tcnica 15 15 de abundncia natural de 15N ( 15N).
37,9% (0 70%). Boddey et al. (2001) 31,0% (3 76%). Yoneyama et al. (1997)
Em variedades de cana eficientes para FBN, este Em variedades de cana eficientes para FBN, este fenmeno pode contribuir com mais de 60% da fenmeno pode contribuir com mais de 60% da demanda de nitrognio pela cultura demanda de nitrognio pela cultura
Contribuio da Fixao biolgica de nitrognio na nutrio nitrogenada de diferentes variedades de cana de acar. Tcnicas de diluio isotpica de 15N e Balano de N total
35
N accumulation (g N m )
-2
30 25 20 15 10 5 0
Sugarcane variety
*Dados de Urquiaga, Cruz & Boddey, 1992, Soil Sci. Soc. Am. J. 56:105-114
S. ba rb er S. i sp on ta ne um
70 -1 14 3
CB
CB
NA
IA C
SP
SP
SP
79 -2 31 2
52 -1 50
71 -7 99
47 -8 9
56 -7 9
45 -3
KRAKATAU
Contribuio global da fixao biolgica de nitrognio (FBN) em 10 var. de cana de acar em 15 anos de cultivo (13 cortes), estimado pelo balano de N total do sistema soloplanta na profundidade de 0-60cm. Solo Planossolo.
N no Solo Variedades de cana FBN
%
N na P. Area Final N-Total acumulado 1318 cd 1246 cd 1896 a 1657 ab 1199 d 1175 de 1487 bc 1323 cd 901 ef 843 f 9
Balano de N 465 ab*1 -21 b 1513 a 1057 ab 1182 a 639 ab 1200 a 606 ab -217 c 576 ab 17
Inicial
CB 47-89 CB45-3 KRAKATAU SP 70-1143 SP 79-2312 SP 71-1406 SP 71-6163 SP 70-1284 CHUNNEE RB 72-454 CV
35 ab 0b 67 a 55 ab 72 a 54 ab 75 a 45 ab 0b 80 a 70
kg de N ha-1 4925 a 4072 a 5522 a 4254 a 5353 a 4970 a 5374 a 4774 a 5087 a 5070 a 5210 a 4675 a 4475 a 4188 a 4967 a 4251 a 4971 a 3852 a 4273 a 4005 a 12 15
Em cada coluna os valores seguidos pela mesma letra no diferem entre ssi pelo teste Tukey (p=0.05) (Urquiaga et al. em preparao)
2. Nutrio mineral: micronutrientes (Mo) 3. Gentipo vegetal: Variedades 4. Manejo de sementes: Mudas microprop. 5. Manejo da colheita (Colh. Cana crua) 6. Inoculao com bactrias diazotroficas.
Gluconacetobacter diazotrophicus (Cavalcante & Dbereiner, 1988) Herbaspirillum seropedicae (Gilles et al., 1991) H. rubrisubalbicans Burkholderia sp Erwinia; Azotobacter; Erwinia Azotobacter Derxia; Azospirillum; Derxia Azospirillum Enterobacter
(Baldani et al., 1996) (Boddey et al., 1995) (Purchase,1980; Graciolli et al., 1983)
Bactrias
Preparao de sementes
Seleo de estirpes
INOCULANTE
PODE SER UTILIZADO TAMBEM NA FASE DE MICROPROPAGAO APLICADO DIRETAMENTE NOS COLMOS
.e de campo
ENSAIOS DE CAMPO PARA MEDIR A PRODUTIVIDADE INOCULALAO POR IMERSO (30 A 60 MIN)
Efeito da inoculao de bactrias diazotrficas na acumulao de biomassa seca da parte area (MSPA) e razes (MSR), biomassa total e acumulao de nitrognio pela parte area das plantas de cana, var. RB 72454.
Tratamentos Bactrias MSPA g MSR g Biomassa g N total mg
4,02 a4 9,18 a3 13,2 a3 16,45 a2 2,74 a2 7,42 a2 10,16 a2 11,41 a1 4,64 a4 11,01 a3 15,65 a3 31,87 a4 H. seropedicae 3,29 a3 6,26 a2 9,55 a2 15,66 a2 H. seropedicae 2,75 a2 5,05 a1 7,80 a2 11,83 a1 A. amazonense 1,60 a1 1,18 a1 2,78 a1 6,81 a1 Burkholderia sp. 4,08 a4 10,66 a3 14,74 a3 17,45 a1 H. seropedicae 1,97 a1 2,28 a1 4,25 a1 10,65 a1 B. silvatlantica 3,47 a3 2,82 a1 6,29 a1 16,81 a2 Burkholderia sp. 1,62 a1 2,39 a1 4,01 a1 7,67 a1 G. diazotrophicus 3,42 a3 6,67 a2 10,09 a2 10,36 a1 H. rubrisubalbicans 3,48 a3 10,9 a3 14,38 a3 13,10 a1 G. diazotrophicus 2,87 a2 6,81 a2 9,68 a2 11,48 a1 H. rubrisubalbicans 2,55 a2 7,93 a2 10,48 a2 10,74 a1 5,17 a4 14,2 a4 19,37 a4 23,92 a3 3,49 a3 9,49 a3 12,98 a3 13,29 a1 22 27 21 26 1 2 Toletes plantados sem aplicao do tratamento trmico; . Tolete tratado com tratamento trmico antes do plantio. 3. Idem ao controle 2, mas com adio de nitrognio.
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16
Controle 1 Controle2 Controle3 Hb1 Hcc 102 Ys 17 Luc 24 Zms 152 3M Ppcrh 24 Psp 32 IBSBF 172 PRJ 55 M6 Mistura (5 estirpes) Mistura (3 estirpes) CV %
Promoo do crescimento
Inoculado Controle
Impacto da cultura de cana na preservao do solo e o meio-ambiente Influencia da cultura no contedo de matria orgnica do solo e emisso de gases de efeito estufa. 1. Importncia das razes ( 7 a 10 t/ha ano, base seca). 2. Manejo : Queima vs. No queima 3. O etanol de cana e a mitigao do efeito estufa.
Aquecimento Global
CO2
Fotossntese
Por exemplo: 1. leo diesel para arao e preparao do solo 2. Fabricao de fertilizantes (gs natural) e seu transporte e aplicao (leo diesel). 3. A colheita e transporte da cana do campo para a usina. 4. A construo das usinas (cimento, ao etc) e fabricao das mquinas do campo (tratores, arados, colheitadeiras) e o maquinrio da usina.
Estudos em reas sob cana de acar nos Estados de Pernambuco e Esprito Santo indicam que a manuteno da palha (no queima) contribui pouco no incremento do contedo de C no solo.
Estoque de C num Argissolo sob vegetao nativa, pastagem de Brachiaria humidicola e cana de acar, cultivados por 22 anos aps a deforestao.
Campos et al, 2003
Usina Alcon
Conceio da Barra, RJ
Representao dos tratamentos
Vegetao nativa (Floresta) Solo no perturbado
1980
2002
Pastagem (Brachiaria)
Abundancia natural de 13C do perfil do solo sob vegetao nativa, cana de acar e pastagem de B. humidicola
0 20 Depth (cm) 40 60 80 100 -18 -20 -22 13C -24 -26 -28
Sugar Cane Native vegetation Pasture
110
-Q
-N
-V
N Fl +
0-10cm 20-40cm
10-20cm 40-60cm
or es
Resende et al (2005)
ta
Rainfall (mm)
1800 1600
80
a a b a b b b a
Incremento no contedo de C do solo pelo manejo de cana crua = ~300 kg C ha-1 ano-1 em 16 anos
Rainfall (mm)
60
a b
a a a b
a b a a
40
20
0 1984
1986
1988
1990
1992 Year
1994
1996
1998
2000
Emisses gases de efeito estufa, GEE (CO2, N2O e CH4) durante as etapas de produo de bio-etanol
Etapa de produo Gs efeito estufa emitido (por ha) CH4 N2O CO2 CO2 eq.a kg ha-1 ano-1 g de CH4 ou N2O ha-1 ano-1
+9 +3 + 17.017* + 3.413
Comparao das emisses de gases efeito estufa nos sistemas de colheita manual da cana queimada e da colheita mecanizada da cana crua
Emisso N2O CO2 fssil (g ha-1) (kg ha-1) 735 327,6
Colheita manual cana queimada Fonte da emisso 1. A queima da cana 2. Mo de obra e transporte TOTAL
Colheita mecanizada cana crua 1. Combustvel colheitadeira 6.5 2. GEEs embutido na colheitadeira 3. Mo de obra 4. Mineralizao dos resduos TOTAL
1.3 471,4
155 5 151,5
Emisso de GEEs em uma viagem de 100 km percorrida pelo mesmo veiculo com trs combustveis diferentes:
Modelo S10 cabine simples S10 cabine simples S10 cabine simples S10 cabine simples S10 cabine simples Motor 2.8 turbo 2.4 flexpower 2.4 flexpower 2.4 flexpower 2.4 flexpower Combustvel Diesel Gasolina pura Gasolina brasileira (23% etanol) Etanol (milho) Etanol (cana-de-acar)
Rendimento Km/L
O veculo a lcool emitiria somente 20 % dos GEEs do que se rodasse a gasolina pura! Ou O uso do bio-etanol proporciona uma mitigao de 80 % das GEEs emitidas em comparao com o uso de gasolina pura.
Na situao atual, um veculo rodando 100 km com etanol, em vez de gasolina brasileira, reduz as emisses de GEEs em 76%. Comparado com a gasolina pura, a reduo de GEEs de 80%. Se a colheita de cana crua passar dos atuais 40% da rea para 100%, as emisses de GEEs da produo de etanol de cana diminuir dos atuais 3.244 para 2.194,8 kg CO2eq ha-1 ano-1. Caso a prtica da queima para colheita da cana seja completamente eliminada e toda a colheita seja feita mecanicamente, os valores da reduo das emisses alcanaro 87%.
A palha de cana: Fonte adicional de energia, seja como fonte direta (termoeltricas) ou na produo de etanol de segunda gerao
Impacto nas emisses de GEEs da expanso da rea utilizada para a produo de etanol da cana-de-acar
Duas perguntas:
1. Quais terras esto sendo convertidas para a produo de etanol. 2. Qual a diferena das emisses de GEEs no uso atual da terra comparado com a substituio da produo de etanol da cana.
4x106
Hectare
3x106
2x106
Parece que a maior expanso da cana foi nas reas de pastagens de baixa produtividade
1x106
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
Impacto nas emisses de GEE pela mudana no uso da terra para produo de cana
Uma pastagem de baixa produtividade (0.7 unidades animal, UA ha-1 , sob pastejo emite ao redor 2.840 kg CO2eq ha-1 ano-1, principalmente CH4 do rumem e N2O derivado da urina. Se no variar o estoque de C do solo, na mudana da pastagem para cana as emisses de GEE passariam de 2.840 a 3.300 kg CO2eq. Para a mudana das reas produtoras de soja/milho para cana de acar, a emisso adicional de GEE seria de 3.300 1.720 = 1.580 kg CO2eq. Pelo tanto, quando reas sob pastagens ou produtoras de gros passam a ser ocupadas por cana, o aumento na emisso de GEE varia ao redor de 1,5 Mg CO2eq ano-1, o qual muito menor do que a mitigao (>13 Mg ha-1 ano-1) promovida pela produo de etanol.
Potencial de perdas de solo por eroso: Influncia do fator cultura e seu manejo (Fator C)
Cobertura/Tratamento Solo descoberto Algodo Mandioca Soja Milho + Feijo Duas araes e gradagem Caf Cana Pastagem produtiva Eucalipto Mata Fator C Local 1,0 0,530 0,530 0,220 0,209 0,1346 0,11 0,01 0,0025 0,0001 Autor
Santos et al. (1999). Margolis et al. (1985). Prochnow et al. (2005). De Maria et al. (1994) Donzelli et al. (1992) Martins (2005)
Pastagens no Brasil
rea total: 217 Mha Gado: 170 200 Mcab. Pastagens degradadas:130Mha
B. brizantha 4 aos B. brizantha 9 aos
(IBGE, 2008)
Brachiaria Brach/Stylosanthes
Desafios da pesquisa
Zoneamento agrcola Melhoram. Gentico/ Biotecnologia: - Eficincia fotossinttica. - Problemas de estresse ambiental e sanidade. - Interao planta- microrganismos (FBN). Aumentar a eficincia agronmica (N-fertilizante). Aumentar a eficincia industrial da produo de lcool. Otimizar a contribuio da FBN na agricultura. Otimizar o uso de inoculantes
Muito Obrigado!