fasciculo guia gestante
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FASCÍCULO 3
PROTOCOLO DE USO DO GUIA ALIMENTAR
PARA A POPULAÇÃO BRASILEIRA NA
ORIENTAÇÃO ALIMENTAR DA
GESTANTE
Brasília – DF
2021
MINISTÉRIO DA SAÚDE
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
FASCÍCULO 3
GUIA ALIMENTAR PARA A POPULAÇÃO BRASILEIRA
NA ORIENTAÇÃO ALIMENTAR DE GESTANTES
Brasília – DF
2021
2021 Ministério da Saúde. Universidade de São Paulo.
Esta obra é disponibilizada nos termos da Licença CreativeCommons – Atribuição – Não
Comercial – Compartilhamento pela mesma licença 4.0 Internacional. É permitida a
reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte.
A coleção institucional do Ministério da Saúde pode ser acessada, na íntegra, na Biblioteca Virtual em Saúde do
Ministério da Saúde: bvsms.saude.gov.br.
Tiragem: 1ª edição – 2021 – versão eletrônica
Elaboração, distribuição e informações:
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Secretaria de Atenção Primária à Saúde
Departamento de Promoção da Saúde
Coordenação-Geral de Alimentação e Nutrição
Esplanada dos Ministérios, bloco G,
Edifício Anexo, Ala B, 4º andar
CEP: 70058-900 – Brasília/DF
Site: http://aps.saude.gov.br
Ficha Catalográfica
______________________________________________________________________________________________________________________
Brasil. Ministério da Saúde.
Fascículo 3 Protocolos de uso do Guia Alimentar para a população brasileira na orientação alimentar de
gestantes [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Universidade de São Paulo. – Brasília : Ministério da Saúde,
2021.
15 p.: il.
1. Protocolos. 2. Guias alimentares. 3. Atenção primária à saúde. 4. Atenção à saúde. I. Título. II. Universidade
de São Paulo.
CDU 612.3
______________________________________________________________________________________________________________________
Catalogação na fonte – Coordenação-Geral de Documentação e Informação – Editora MS – OS 2021/0101
ORIENTAÇÕES ADICIONAIS
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VALORIZAÇÃO DA PRÁTICA ALIMENTAR
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REFERÊNCIAS
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FASCÍCULO 3| GUIA ALIMENTAR PARA A POPULAÇÃO BRASILEIRA NA ORIENTAÇÃO ALIMENTAR DE GESTANTES
Este terceiro fascículo da série Protocolos de Uso do Guia Alimentar para a População
Brasileira tem como objetivo apresentar o Protocolo de Uso do Guia Alimentar para a
População Brasileira na Orientação Alimentar de Gestantes como um instrumento de apoio
à prática clínica no cuidado individual na Atenção Primária à Saúde (APS).
Para uma orientação alimentar mais adequada, é essencial que o profissional de saúde
esteja atento a aspectos relacionados à vulnerabilidade social e renda, à rede de apoio,
à idade das gestantes e às condições de trabalho da pessoa gestante atendida. Outros
fatores que necessitam de atenção no período gestacional são as alterações fisiológicas
e sintomatologias que podem influenciar o consumo alimentar nesse evento da vida.
São comuns entre gestantes: náuseas, vômitos e tonturas; azia; plenitude gástrica;
constipação intestinal; fraqueza; desmaios; dores físicas, inchaço e alterações bucais. Essas
sintomatologias podem variar ao longo dos trimestres da gestação e são passíveis de manejo
com orientação alimentar adequada para esse evento da vida.
Em casos de alto risco gestacional ou casos mais complexos (como diabetes gestacional
e hipertensão arterial), é necessário envolver uma equipe multiprofissional ou equipes
da atenção secundária especializada para que o diagnóstico e a escolha da conduta mais
adequada sejam realizados na perspectiva de um cuidado integral.
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MINISTÉRIO DA SAÚDE | UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
Quais refeições você faz ao longo do dia? Café da manhã Lanche da manhã Almoço Lanche da tarde Jantar Ceia
ADOLESCENTES, ADULTOS, GESTANTES E IDOSOS
Frutas frescas (não considerar suco de frutas) Sim Não Não sabe
Hambúrguer e/ou embutidos (presunto, mortadela, salame, linguiça, salsicha) Sim Não Não sabe
Bebidas adoçadas (refrigerante, suco de caixinha, suco em pó, água de côco de caixinha,
Sim Não Não sabe
xaropes de guaraná/groselha, suco de fruta com adição de açúcar)
Macarrão instantâneo, salgadinhos de pacote ou biscoitos salgados Sim Não Não sabe
Biscoito recheado, doces ou guloseimas (balas, pirulitos, chiclete, caramelo, gelatina) Sim Não Não sabe
Fonte: http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/documentos/esus/ficha_marcadores_alimentar_v3_2.pdf.
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FASCÍCULO 3| GUIA ALIMENTAR PARA A POPULAÇÃO BRASILEIRA NA ORIENTAÇÃO ALIMENTAR DE GESTANTES
INICIE AQUI
ETAPA 1
Ontem o usuário RECOMENDAÇÃO 1
SIM consumiu feijão? NÃO Estimule o consumo
diário de feijão
VALORIZE A
PRÁTICA ALIMENTAR
RECOMENDAÇÃO 2 ETAPA 2
Oriente que se evite o Ontem o usuário
SIM NÃO
consumo de bebidas ingeriu bebidas
adoçadas adoçadas?
VALORIZE A
PRÁTICA ALIMENTAR
vá para a próxima etapa
ETAPA 3
RECOMENDAÇÃO 3 Ontem o usuário
Oriente que se evite o consumiu alimentos NÃO
SIM
consumo de alimentos ultraprocessados?
ultraprocessados
VALORIZE A
PRÁTICA ALIMENTAR
ETAPA 4 RECOMENDAÇÃO 4
SIM Ontem o usuário NÃO Estimule o consumo diário
consumiu legume de legumes e verduras
VALORIZE A ou verdura?
PRÁTICA ALIMENTAR
ETAPA 5
RECOMENDAÇÃO 5
SIM Ontem o usuário NÃO Estimule o consumo
consumiu fruta?
diário de frutas
VALORIZE A
PRÁTICA ALIMENTAR
ETAPA 6
RECOMENDAÇÃO 6 O usuário tem
Oriente que o ususário coma SIM costume de fazer NÃO
em ambientes apropriados e as refeições em
com atenção frente à TV?
VALORIZE A
PRÁTICA ALIMENTAR
ORIENTAÇÕES
ADICIONAIS
JUSTIFICATIVA:
Feijão e arroz é o prato típico do brasileiro e o consumo deve ser incentivado também durante a gestação.
O consumo dessa combinação melhora a saciedade e promove o bem-estar por ser uma preparação
completa, saborosa e da nossa cultura, além de bastante acessível e um excelente perfil de nutrientes.
O feijão e outras leguminosas são ricos em fibras, proteínas e diversas vitaminas e minerais essenciais
no período gestacional e são fontes de ferro - nutriente essencial para a síntese de células vermelhas
do sangue (hemácias), no transporte do oxigênio no organismo e na prevenção de anemia ferropriva,
comum entre gestantes. O consumo adequado de fibras e ferro está também associado a menor chance
de desenvolver sobrepeso e obesidade, além de auxiliar em quadros de constipação intestinal.
Algumas pessoas podem não ter habilidade para o preparo do feijão. Nesse caso, oriente sobre a relevância
do consumo desse alimento e maneiras de aperfeiçoar o preparo (e isso vale para gestantes ou qualquer
pessoa que faça parte da rede de apoio).
• Para reduzir o tempo de cozimento, facilitar a digestão dos grãos e reduzir a chance de desconfortos
gastrointestinais, como flatulência, oriente que os grãos fiquem de molho antes do cozimento (de 6 a 12 horas),
com a troca da água pelo menos uma vez nesse período, e que não seja utilizada a água de remolho na cocção.
• Se for possível, indique a utilização da panela de pressão para reduzir o tempo de cozimento.
• Oriente o congelamento do feijão em porções para ser consumido ao longo dos dias da semana de forma prática.
• Lentilha e ervilha podem funcionar como opções de substituição que não necessitam deixar de molho ou
do uso de panela de pressão, diminuindo o tempo e facilitando o preparo.
Em casos de gestantes que apresentem dificuldades para a realização de tarefas domésticas, como cozinhar,
por conta de dores físicas e indisposição, estimule que se faça a divisão de tarefas no ambiente familiar e/ou
que se acione uma rede de apoio que assuma essa tarefa.
Oriente a ingestão, na mesma refeição do feijão ou outras leguminosas, de frutas cítricas (como laranja,
acerola, limão e caju - ricas em vitamina C) e frutas ou legumes amarelo-alaranjados (como: mamão e manga
e abóbora e cenoura - ricos em carotenoides, percursores da vitamina A). Isso é particularmente relevante
para gestantes que não consomem carne (fonte importante de ferro).
Atenção para a quantidade de sal, uso de temperos industrializados, carnes salgadas e embutidos (como
linguiça, carne de sol e toucinho), utilizados na preparação do feijão. Alerte que embutidos não funcionam
como substitutos do consumo de carnes em razão do alto teor de sódio e aditivos, podendo causar
complicações na gestação e aumentando o risco de descompensação na pressão arterial. Estimule o uso
de temperos naturais (cheiro-verde, alho, cebola, louro, pimenta do reino, etc.) para dar mais sabor às
preparações e reduzir o uso excessivo de sal. Adicionar legumes e verduras no feijão também pode tornar a
preparação mais saborosa e nutritiva.
FORA DE CASA, os restaurantes que servem refeições preparadas na hora, como “quilos”, “buffets” ou “pratos
feitos”, são boas opções para o consumo de feijão. Valorize refeitórios institucionais (em locais de trabalho e
instituições de ensino) que servem comida fresca e os restaurantes populares. Para algumas pessoas, levar
comida feita em casa (“marmita”) para o local de trabalho ou estudo pode ser outra boa opção.
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FASCÍCULO 3| GUIA ALIMENTAR PARA A POPULAÇÃO BRASILEIRA NA ORIENTAÇÃO ALIMENTAR DE GESTANTES
RECOMENDAÇÃO 2:
ORIENTE QUE SE EVITE O CONSUMO DE BEBIDAS ADOÇADAS
JUSTIFICATIVA:
O sabor acentuado e a praticidade dessas bebidas podem favorecer o consumo. As
bebidas adoçadas não são recomendadas para gestantes, pois são, em geral, adicionadas
de muito açúcar, aromatizantes, corantes e outros aditivos cosméticos, além de muitas
apresentarem cafeína na composição. Tais compostos podem piorar os sintomas comuns
na gestação, como náuseas e vômitos, e, no caso de conterem cafeína, podem aumentar
o risco de abortos, partos prematuros, baixo peso da criança ao nascer e natimorto. O
consumo dessas bebidas pode também interferir na ingestão de água, meio adequado e
seguro de hidratação, que, nesse período, é especialmente importante para melhorar a
circulação sanguínea e a irrigação do útero e da placenta, manter o líquido amniótico em
níveis adequados, estabilizar a pressão arterial, além de eliminar toxinas que aumentam
o risco de infecções urinárias. O organismo humano também tem menor capacidade de
“registrar” calorias provenientes de bebidas adoçadas artificialmente, e esse consumo
durante a gestação pode contribuir para o desenvolvimento de intolerância à glicose,
diabetes gestacional e alteração da microbiota intestinal, além de estar associado ao ganho
de peso gestacional excessivo nas mulheres e maior probabilidade de excesso de peso em
crianças na primeira infância.
Para gestantes que não têm o hábito de consumir água, oriente-a a levar garrafas de água na
imagem: Guia Alimentar
do Ministério da Saúde.
bolsa quando sair de casa, garantindo acesso à água potável durante o dia, além de economizar.
Em casa ou no trabalho, manter sempre visível uma garrafa de água.
JUSTIFICATIVA:
Por conta dos ingredientes, os alimentos ultraprocessados são nutricionalmente desbalanceados - são ricos em
gorduras, açúcares e sódio, muito pobres em fibras, vitaminas e minerais. As características desses alimentos
prejudicam o controle da fome e da saciedade e estimulam o comer sem atenção, induzindo ao consumo
excessivo e à substituição de alimentos in natura ou minimamente processados. Maior consumo de alimentos
ultraprocessados durante a gestação está relacionado ao ganho de peso semanal excessivo e a maiores chances
de retenção de peso pós-parto, fatores esses que se relacionam a desfechos negativos de saúde materno-
infantil, como desenvolvimento de obesidade na mãe, e maior peso ao nascer nos bebês. Além disso, podem
piorar sintomas comuns na gravidez, como náuseas, azia e constipação intestinal, e contribuem para o aumento
do risco de deficiências nutricionais.
Lembre-se de que a publicidade dos alimentos ultraprocessados pode confundir o consumidor. Produtos com
alegações nutricionais, como pães empacotados, barras de cereal, biscoitos e iogurtes, são majoritariamente
alimentos ultraprocessados e devem ser evitados. Estimule que a pessoa faça uma leitura ainda mais atenta do
rótulo de alimentos com dizeres “rico em fibras”, “rico em vitaminas e minerais”, “bom para o coração” e também
de versões modificadas (versões light ou diet).
Nas consultas, valorize o tempo dedicado aos atos de comer e de cozinhar, fale sobre culinária e estimule
esse desenvolvimento e partilha com as pessoas com quem convivem. Por conta de dores físicas e indisposição,
a pessoa pode apresentar dificuldades para a realização de tarefas domésticas, como cozinhar. Estimule a
divisão de tarefas que envolvam a alimentação e/ou que a rede de apoio assuma essa tarefa.
Ajude a família a planejar o tempo designado para a alimentação, como a compra, a organização, o preparo e
o consumo dos alimentos. Incentive o planejamento do que e onde os alimentos serão comprados, preparados
e consumidos. Sugestões:
• Sugira que faça uma lista de compras antes de ir ao mercado, pensando em potenciais refeições que serão
preparadas ao longo da semana.
• Os alimentos não perecíveis podem ser comprados com menos frequência (a cada 15 dias, por exemplo) e os
alimentos frescos e perecíveis, uma ou duas vezes na semana. O planejamento das compras reduz as idas ao
mercado e às feiras.
• Sugira que tenha sempre disponíveis alimentos que possam ser utilizados para preparar rapidamente uma
refeição (macarrão, ovos). Exemplifique que o tempo de preparo de um prato de macarrão com molho de
tomate (estocado no congelador), com legume ou alho e óleo é de apenas 5 minutos a mais do tempo gasto
para preparar um macarrão instantâneo.
• Informe sobre a utilidade de manter preparações caseiras congeladas, como carne moída, feijão, lasanha e
sopas, e até mesmo porções de refeições individuais em marmitas.
FORA DE CASA, oriente que prefiram restaurantes que sirvam refeições preparadas na hora, como “quilos”, “buffets”
ou “pratos feitos”, e que evitem lanchonetes ou redes de comida fast food. Valorize refeitórios institucionais (em
locais de trabalho e instituições de ensino) que servem comida fresca e os restaurantes populares.
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FASCÍCULO 3| GUIA ALIMENTAR PARA A POPULAÇÃO BRASILEIRA NA ORIENTAÇÃO ALIMENTAR DE GESTANTES
JUSTIFICATIVA:
Legumes e verduras são excelentes fontes de vitaminas, minerais, fibras e antioxidantes,
nutrientes essenciais durante a gestação. Seu consumo ajuda na prevenção de desfechos
negativos, como nascimento prematuro, desenvolvimento de anomalias congênitas e
ganho de peso gestacional excessivo. Além disso, as fibras presentes nesses alimentos
contribuem para o metabolismo glicêmico e o funcionamento saudável do intestino,
ajudando evitar a constipação intestinal, que pode ser comum nessa fase.
Oriente para que façam ao menos parte das compras em feiras e sacolões ou varejões, onde
encontrarão mais variedade. Para reduzir custos e aumentar a qualidade, oriente que seja
priorizada a aquisição desses alimentos diretamente dos produtores e que opte sempre por
legumes e verduras da época e da região.
Atenção para a quantidade de sal utilizado na preparação desses alimentos. Estimule o uso de
temperos naturais (como cheiro-verde, alho, cebola, manjericão, gengibre, pimenta-do-reino,
cominho, louro, hortelã, jambu, orégano, coentro, alecrim, pimentão, tomate, entre outros)
para dar mais sabor às preparações e reduzir o uso excessivo de sal e temperos prontos, que
podem intensificar as náuseas e favorecer o aumento da pressão.
Para aqueles que referem não ter o hábito, não gostar desses alimentos ou deixaram de
consumir por causar algum desconforto gastrointestinal, estimule a diversificação dos tipos de
alimento, das formas de preparo, a aprendizagem de novas receitas e o resgate de hábitos e
receitas familiares tradicionais para o preparo de legumes e verduras.
FORA DE CASA, os restaurantes que servem refeições preparadas na hora, como “quilos”,
“buffets” ou “pratos feitos” são boas opções para o consumo de verduras e legumes.
Valorize refeitórios institucionais (em locais de trabalho e instituições de ensino) que
servem comida fresca, os restaurantes populares e as cozinhas comunitárias. Para
algumas pessoas, levar comida feita em casa (“marmita”) para o local de trabalho ou
estudo pode ser outra boa opção.
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MINISTÉRIO DA SAÚDE | UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
RECOMENDAÇÃO 5:
ORIENTE O CONSUMO DIÁRIO DE FRUTAS
JUSTIFICATIVA:
Frutas são excelentes fontes de fibras, vitaminas, minerais e antioxidantes que contribuem
para a prevenção de complicações durante a gestação. Sucos naturais da fruta nem sempre
proporcionam a mesma saciedade e benefícios da fruta inteira, pois a fruta com todas as partes
- casca, bagaço, fibras - tem muitos nutrientes que podem ser perdidos durante o preparo. As
fibras presentes nesses alimentos contribuem para o funcionamento saudável do intestino,
ajudando evitar a constipação intestinal.
Para reduzir custos e aumentar a qualidade, oriente o consumo de frutas da época e da região.
Para pequenos lanches FORA DE CASA, oriente que a pessoa planeje levar frutas práticas
e portáveis, como banana, goiaba, mexerica/tangerina/bergamota e maçã. Se tiver onde
refrigerar, outra alternativa é levar frutas picadas.
Para gestantes que referem não ter o hábito ou não gostar de frutas, estimule o consumo
da fruta de preferência, que experimente as combinações de frutas e se permita experimentar
frutas desconhecidas e que estejam na safra. Sugira a inclusão de frutas em outras receitas,
como bolos, tortas e saladas.
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FASCÍCULO 3| GUIA ALIMENTAR PARA A POPULAÇÃO BRASILEIRA NA ORIENTAÇÃO ALIMENTAR DE GESTANTES
RECOMENDAÇÃO 6:
ORIENTE QUE O USUÁRIO COMA
EM AMBIENTES APROPRIADOS E COM ATENÇÃO
JUSTIFICATIVA:
O ambiente onde comemos pode influenciar a quantidade de alimentos ingeridos e o
prazer que podemos desfrutar da alimentação. Locais limpos, tranquilos e agradáveis
ajudam a concentração no ato de comer e convidam para que se coma devagar e se
aprecie as preparações culinárias. Muitas vezes, a necessidade de comer a qualquer hora,
ou “beliscar”, surge ou se torna mais forte quando somos estimulados visualmente pela
presença do alimento. Refeições feitas em companhia evitam que se coma rapidamente,
também favorecem ambientes de comer mais adequados, pois refeições compartilhadas
demandam mesas e utensílios apropriados.
ORIENTAÇÕES ADICIONAIS
• Vísceras, como fígado, são alimentos fontes de ferro e vitamina A, nutriente essencial
nessa fase da vida. Caso seja do hábito da pessoa, lembre-a da importância de incluir esses
alimentos em uma refeição ao longo da semana.
• Estimule o consumo de água potável nos intervalos entre as refeições. Água é fundamental
na gestação para melhorar a circulação sanguínea e a irrigação do útero e da placenta,
manter o líquido amniótico em níveis adequados, estabilizar a pressão arterial, além de
eliminar toxinas que aumentam o risco de infecção urinária. Além disso, previnem a
desidratação e a constipação, situações comuns nesse evento da vida.
• O consumo de peixes na gestação é recomendado por conta dos ácidos graxos
ômega-3 provenientes desses alimentos, essenciais para o desenvolvimento
do cérebro fetal, melhor visão em bebês prematuros, bem como melhor
saúde cardiovascular durante a vida. Devem ser priorizados peixes com alto
teor de ácidos graxos ômega-3, como sardinha e salmão.
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MINISTÉRIO DA SAÚDE | UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
Para mais informações sobre o Guia Alimentar para População Brasileira (2014),
acesse o site do Ministério da Saúde.
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FASCÍCULO 3| GUIA ALIMENTAR PARA A POPULAÇÃO BRASILEIRA NA ORIENTAÇÃO ALIMENTAR DE GESTANTES
Referências
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Guia alimentar
para a população brasileira. 2. ed., 1. reimpr. Brasília, DF: MS, 2014. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/
bvs/publicacoes/guia_alimentar_populacao_brasileira_2ed.pdf. Acesso em: 5 jan. 2021.
IBGE. Coordenação de Trabalho e Rendimento. Pesquisa de orçamentos familiares 2017-2018: primeiros
resultados. Rio de Janeiro: IBGE, 2020. 69 p.
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