04_Etica

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SEDUC-GO

Ética
1 Ética e moral ..................................................................................................................... 1
2 Ética, princípios e valores ................................................................................................. 9
3 Ética e democracia: exercício da cidadania .................................................................... 11
4 Ética e função pública ..................................................................................................... 15
5 Ética no Setor Público. ................................................................................................... 18

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Ética
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1 Ética e moral

Ética é uma palavra de origem grega “ethos” que significa caráter. Sendo assim, diferentes filósofos
tentaram conceituar o termo ética:
Sócrates ligava-o à felicidade de tal sorte que afirmava que a ética conduzia à felicidade, uma vez que
o seu objetivo era preparar o homem para o autoconhecimento, conhecimento esse que constitui a base
do agir ético. A ética socrática prevê a submissão do homem e da sua ética individual à ética coletiva que
pode ser traduzida como a obediência às leis.
Para Platão a ética está intimamente ligada ao conhecimento dado que somente se pode agir com
ética quando se conhece todos os elementos que caracterizam determinada situação posto que somente
assim, poderá o homem alcançar a justiça.
Para José Renato Nalini1 “ética é a ciência do comportamento moral dos homens em sociedade.2 É
uma ciência, pois tem objeto próprio, leis próprias e método próprio, na singela identificação do caráter
científico de um determinado ramo do conhecimento.3 O objeto da Ética é a moral. A moral é um dos
aspectos do comportamento humano. A expressão moral deriva da palavra romana mores, com o sentido
de costumes, conjunto de normas adquiridas pelo hábito reiterado de sua prática.
Com exatidão maior, o objeto da ética é a moralidade positiva, ou seja, "o conjunto de regras de
comportamento e formas de vida por meio das quais tende o homem a realizar o valor do bem". 4 A
distinção conceitual não elimina o uso corrente das duas expressões como intercambiáveis. A origem
etimológica de Ética é o vocábulo grego "ethos", a significar "morada", "lugar onde se habita". Mas
também quer dizer "modo de ser" ou "caráter". Esse "modo de ser" é a aquisição de características
resultantes da nossa forma de vida. A reiteração de certos hábitos nos faz virtuosos ou viciados. Dessa
forma, "o ethos é o caráter impresso na alma por hábito".5”

Perla Müller6 explica vários aspectos da ética, quais sejam: ética especulativa que é aquela que busca
responder, de forma não definitiva, indagações acerca da moral e de seus princípios de sorte que,
utilizando-se de investigação teórica é possível à ética explicar algumas realidades sociais.
Para a mesma, a ética é ainda pedagogia do espírito, posto que é o estudo dos ideais da educação
moral. A ética pode ser vista também como a medida que o indivíduo toma de si, portanto, é pessoal e
voluntária.
Em suma: “ser ético significa conhecer e cumprir o dever; a ética é a condição que possibilita o
conhecimento do dever. O ‘dever’ repousa, antes de qualquer coisa, no reconhecimento da necessidade
de respeitar a todos como fins em si mesmos e não como meios para qualquer outro objetivo”.
A ética guarda estreita relação com a moral e os princípios, porém com esses não se confunde.
A ética é a ciência que busca estudar a melhor forma de convívio humano. No convívio social se faz
necessário a obediência de certas normas que visam impedir conflitos e promover a paz social, essas
são as normas éticas.
Toda sociedade possui preceitos éticos e esses baseiam-se nos valores e princípios dessa mesma
sociedade e influenciam a formação do caráter individual do ser humano que nessa convive.
Os valores de uma sociedade são baseados no chamado senso comum, ou seja, nos conceitos aceitos
e sentidos por um número indeterminado de pessoas.
Quando se fala em valores, necessariamente deve-se tratar de juízo de aprovação ou reprovação, ou
seja, para determinada sociedade um comportamento pode ser tido como bom e, portanto, aprovado,
enquanto outro é reprovado por ser considerado ruim.
O ser humano é influenciado por esses valores estabelecidos no meio social em que convive de sorte
que passa a adotá-los ainda que inconscientemente. Contudo, para agir com ética é preciso que o homem
reflita sobre seus passos, de forma a adotar determinado comportamento porque, após a devida reflexão,
considerou-o justo. Não existe ética onde há ausência de pensamento.

1
NALINI, José Renato. Conceito de Ética. Disponível em: www.aureliano.com.br/downloads/conceito_etica_nalini.doc.
2
ADOLFO SÁNCHEZ V ÁZQUEZ, Ética, p. 12. Para o autor, Ética seria a teoria ou ciência do comportamento moral dos homens em sociedade.
3
Ciência, recorda MIGUEL REALE, é termo que "pode ser tomado em duas acepções fundamentais distintas: a) como 'todo conjunto de conhecimentos
ordenados coerentemente segundo princípios'; b) como 'todo conjunto de conhecimentos dotados de certeza por se fundar em relações objetivas, confirmadas por
métodos de verificação definida, suscetível de levar quantos os cultivam a conclusões ou resultados concordantes'" (Fílosofia do direito, p. 73, ao citar o Vocabulaire
de Ia phílosophie, de LALANDE).
4
EDUARDO GARCÍA MÁYNEZ, Ética - Ética empírica. Ética de bens. Ética formal. Ética valorativa, p. 12.
5
ADELA CORTINA, Ética aplicada y democracia radical, p. 162.
6
MÜLLER, Perla. Noções de Ética no Serviço Público. Salvador: Jus Podivm, 2014.

1
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Tem-se como valores éticos aqueles sobre os quais o homem exerceu atividade intelectual. Ao
estabelecer juízo de valores sobre determinadas situações ou coisas o homem está atribuindo a esses
conceitos morais.

Moral, portanto, é o fator que determina se algo é bom ou ruim. Pertence a ética, mas, com essa não
se confunde, haja vista que a ética tem como objeto de estudo o comportamento humano em sua forma
mais abrangente e a moral é uma expressão dos valores humanos, ou seja, quando o homem classifica
algo como bom ou como ruim, está expressando seus valores. São esses valores que vão pautar seu
comportamento.
Os atos morais possuem dois aspectos, quais sejam: o aspecto normativo que se traduz nas normas
e imperativos que revelam o dever ser e o aspecto factual que é a aplicação dessas normas no convívio
social.
Os princípios são as regras de boa conduta, ou seja, são os conceitos estabelecidos que regem o
comportamento humano por serem aceitos como bons, portanto, refletem a moral social.

Características da Ética

Imutabilidade: a mesma ética de séculos atrás está vigente hoje;

Validade universal: no sentido de delimitar a diretriz do agir humano para todos os que vivem no
mundo. Não há uma ética conforme cada época, cultura ou civilização. A ética é uma só, válida para todos
eternamente, de forma imutável e definitiva, por mais que possam surgir novas perspectivas a respeito
de sua aplicação prática.

Para melhor compreensão, elencamos demais definições de Ética:

- Ciência do comportamento adequado dos homens em sociedade, em consonância com a virtude.


- Disciplina normativa, não por criar normas, mas por descobri-las e elucidá-las. Seu conteúdo mostra
às pessoas os valores e princípios que devem nortear sua existência.
- Doutrina do valor do bem e da conduta humana que tem por objetivo realizar este valor.
- Saber discernir entre o devido e o indevido, o bom e o mau, o bem e o mal, o correto e o incorreto, o
certo e o errado.
- Fornece as regras fundamentais da conduta humana. Delimita o exercício da atividade livre. Fixa os
usos e abusos da liberdade.
- Doutrina do valor do bem e da conduta humana que o visa realizar.

“Em seu sentido de maior amplitude, a Ética tem sido entendida como a ciência da conduta humana
perante o ser e seus semelhantes. Envolve, pois, os estudos de aprovação ou desaprovação da ação dos
homens e a consideração de valor como equivalente de uma medição do que é real e voluntarioso no
campo das ações virtuosas”7.
Podemos dizer, de um modo geral, que ética é o conhecimento que oferta ao homem critérios para
a eleição da melhor conduta, tendo em conta o interesse de toda a comunidade humana.8

Perla Müller disponibilizou um quadro – resumo sobre Ética:9

ÉTICA
Ethos (grego): caráter, morada do ser;
Disciplina filosófica (parte da filosofia);
Os fundamentos da moralidade e princípios ideais da ação humana;
Ponderação da ação, intenção e circunstâncias sob o manto da liberdade;
Teórica, universal (geral), especulativa, investigativa;
Fornece os critérios para eleição da melhor conduta.

7
SÁ, Antônio Lopes de. Ética profissional. 9ª. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
8
ALMEIDA, Guilherme de Assis; CHRISTMANN, Martha Ochsenhofer. Ética e direito: uma perspectiva integrada. 3ª edição, São Paulo: Atlas, 2009, p.4.
9
BORTOLETO, Leandro; e MÜLLER, Perla. Noções de Ética no Serviço Público. Salvador: Editora Jus Podivm, 2014, p. 15.

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Ética e Moral

Entre os elementos que compõem a Ética, destacam-se a Moral e o Direito. Assim, a Moral não é a
Ética, mas apenas parte dela. Neste sentido, moral vem do grego Mos ou Morus, referindo-se
exclusivamente ao regramento que determina a ação do indivíduo.
Assim, Moral e Ética não são sinônimos, não apenas pela Moral ser apenas uma parte da Ética,
mas principalmente porque enquanto a Moral é entendida como a prática, como a realização efetiva e
cotidiana dos valores; a Ética é entendida como uma “filosofia moral”, ou seja, como a reflexão sobre a
moral. Moral é ação, Ética é reflexão.
Em resumo:
- Ética - mais ampla - filosofia moral - reflexão;
- Moral - parte da Ética - realização efetiva e cotidiana dos valores - ação.

No início do pensamento filosófico não prevalecia real distinção entre Direito e Moral, as discussões
sobre o agir ético envolviam essencialmente as noções de virtude e de justiça, constituindo esta uma das
dimensões da virtude. Por exemplo, na Grécia antiga, berço do pensamento filosófico, embora com
variações de abordagem, o conceito de ética aparece sempre ligado ao de virtude.
O descumprimento das diretivas morais gera sanção, e caso ele se encontre transposto para uma
norma jurídica, gera coação (espécie de sanção aplicada pelo Estado). Assim, violar uma lei ética não
significa excluir a sua validade. Por exemplo, matar alguém não torna a matar uma ação correta, apenas
gera a punição daquele que cometeu a violação. Neste sentido, explica Reale 10: “No plano das normas
éticas, a contradição dos fatos não anula a validez dos preceitos: ao contrário, exatamente porque a
normatividade não se compreende sem fins de validez objetiva e estes têm sua fonte na liberdade
espiritual, os insucessos e as violações das normas conduzem à responsabilidade e à sanção, ou seja, à
concreta afirmação da ordenação normativa”.
Como se percebe, Ética e Moral são conceitos interligados, mas a primeira é mais abrangente que a
segunda, porque pode abarcar outros elementos, como o Direito e os costumes. Todas as regras éticas
são passíveis de alguma sanção, sendo que as incorporadas pelo Direito aceitam a coação, que é a
sanção aplicada pelo Estado. Sob o aspecto do conteúdo, muitas das regras jurídicas são compostas por
postulados morais, isto é, envolvem os mesmos valores e exteriorizam os mesmos princípios.

Sobre o tema Ética e Moral concordamos com Perla Müller:11


Enquanto a ética está contida na reflexão, a moral está contida na ação. A moral, verificada na
ação reiterada no tempo e espaço (costume, hábito), é tida como particular. A ética, de cunho
filosófico, é tida como universal.12
A palavra ‘moral’ vem do latim mos (cujo plural é mores) e significa costume, ou seja, uma longa e
inveterada repetição de atos consagrados como necessários ao bom conviver, como muito bem lembrado
por Elcias Ferreira da Costa ao citar Ulpiano.13
Enquanto a ética, como disciplina filosófica, é especulativa, a moral, seu objeto de estudo, é
normativa.
A moral, portanto, é influenciada por fatores sociais e históricos (espaço – temporais), havendo
diferenças entre os conceitos morais de um grupo para outro (relativismo), diferentemente da ética que,
como dito linhas acima, pauta-se pela universalidade (absolutismo), valendo seus princípios e valores
para todo e qualquer local, em todo e qualquer tempo.
A moral constitui-se como conjunto de normas de conduta que se apresentam como boas,
corretas, ou seja, como expressão do ‘bem’.
A experiência humana cotidiana, responsável pela construção do hábito e do costume, é fonte das
normas morais. A moral é, portanto, pragmática. As normas morais são fórmulas elaboradas pelo
homem para ordenar, regular seu comportamento.
Moral é a característica do comportamento que é conforme as normas morais, assim como legal é
p comportamento que é conforme as normas legais jurídicas.
Observe que a simples existência da moral não significa a presença explícita de uma ética (...), isto é,
uma reflexão que discuta, problematize e interprete o significado dos valores morais.14

10
REALE, Miguel. Filosofia do direito. 19ª. ed. São Paulo: Saraiva, 2002.
11
BORTOLETO, Leandro; e MÜLLER, Perla. Noções de Ética no Serviço Público. Salvador: Editora Jus Podivm, 2014, páginas 16 – 17.
12
A ética tem a pretensão de ser universal, já que quer estabelecer valores e princípios que possam ser considerados universais. Mas sua universalidade não
ultrapassa esta pretensão de encontro de valores e princípios universais, ou seja, válidos e obrigatórios para todo ser racional. Isto porque, como fonte perene,
incessante de investigação e indagação, a ética transforma-se a cada crítica e reflexão posta a si mesmo.
13
In Deontologia Jurídica: ética das profissões jurídicas. Rio de Janeiro: Forense, 2013, p. 04.
14
CHAUÍ, Marilena. Convite à filosofia. São Paulo: Ática, 2012, p. 386.

3
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E assim Müller conclui:15
Quer isto dizer que a ética, enquanto disciplina filosófica, pode modificar, refinar ou aprimorar valores
morais, ou seja, pode incidir para alterar as regras morais enraizadas na sociedade através da avaliação
que faz de princípios e valores morais até então estabelecidos.
A moral, no serviço público, aplica-se às relações de comando e obediência, já que é normativa.
E finaliza com o quadro – resumo de Moral:

MORAL
Mos (latim, plural mores): costume;
Regulação (normatização), comportamentos considerados como adequados a determinado grupo
social;
Prática (pragmática), particular;
Dependência espaço – temporal (relativa); caráter histórico e social.

Questões

01. (SEGEP/MA - Agente Penitenciário - FUNCAB) A Moral:


(A) no sentido prático, tem finalidade divergente da ética, mas ambas são responsáveis por construir
as bases que vão guiar a conduta do homem.
(B) determina o caráter da sociedade e valores como altruísmo e virtudes, ensina a melhor forma de
agir e de se comportar em sociedade, e capacita o ser humano a competir com os antiéticos, utilizando
os mesmos meios destes.
(C) diferencia-se da ética no sentido de que esta tende a julgar o comportamento moral de cada
indivíduo no seu meio. No entanto, ambas buscam o bem-estar social.
(D) é o conjunto de regras aplicadas no cotidiano, usadas eventualmente por cada cidadão, que
orientam cada indivíduo, norteando as suas ações e os seus julgamentos sobre o que é moral ou imoral,
certo ou errado, bom ou mau.
(E) é um conjunto de conhecimentos extraídos da investigação do comportamento humano ao tentar
explicar as regras morais de forma racional, fundamentada, científica e teórica.

02. (FUNPRESP/EXE - Conhecimentos Básicos - CESPE) Acerca da ética e da função pública e da


ética e da moral, julgue o item que se segue.

Os termos moral e ética têm sentidos distintos, embora sejam frequente e erroneamente empregados
como sinônimos.
( ) Certo ( ) Errado

03. (SEDUC/PI - Professor de Filosofia - NUCEPE) Sobre as éticas deontológicas, marque a


alternativa INCORRETA.
(A) Para uma ética deontológica, o conceito central é o de Dever.
(B) Em sua formulação contemporânea, uma ética deontológica assume a prioridade do justo sobre o
bem.
(C) Em Kant, a ética deontológica preconiza uma razão prática autônoma em relação às inclinações
naturais, de caráter universal.
(D) Para uma ética deontológica, o único sentimento apropriado é o de respeito à lei moral, dada a
precedência das normas sobre os desejos.
(E) Para uma ética deontológica, o conteúdo do dever universal é configurado a partir das
consequências do curso de ação escolhido.

04. (TCE/RN - Conhecimentos Básicos - CESPE) Com relação à ética e à moral, julgue o item
seguinte.

A ética é um conjunto de regras e preceitos de ordem valorativa e moral de um indivíduo, de um grupo


social ou de uma sociedade.
( ) Certo ( ) Errado

15
BORTOLETO, Leandro; e MÜLLER, Perla. Noções de Ética no Serviço Público. Salvador: Editora Jus Podivm, 2014, p. 17.

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05. (TCE/RN - Conhecimentos Básicos - CESPE) Com relação à ética e à moral, julgue o item
seguinte.

A efetivação da cidadania e a consciência coletiva da cidadania são indicadores do desenvolvimento


moral e ético de uma sociedade.
( ) Certo ( ) Errado

06. (MPU - Técnico do MPU - CESPE) Com relação a moral e ética, julgue o item a seguir.

A ética é um ramo da filosofia que estuda a moral, os diferentes sistemas públicos de regras, seus
fundamentos e suas características
( ) Certo ( ) Errado

07. (DEPEN - Agente e Técnico - CESPE) Acerca da ética e da moralidade no serviço público, julgue
o item subsecutivo.

Ética e moral são termos que têm raízes históricas semelhantes e são considerados sinônimos, uma
vez que ambos se referem a aspectos legais da conduta do cidadão.
( ) Certo ( ) Errado

08. (CRN/3R/SP e MS - Assistente Administrativo - Quadrix) O ramo da filosofia que trata dos
costumes ou dos deveres do homem para com seus semelhantes e para consigo, sobre como se deve
viver e, portanto, sobre a natureza de certo e errado, bem e mal, dever e obrigação, faz parte dos
conceitos da:
(A) dialética
(B) estética.
(C) essência.
(D) ética.
(E) teologia.

09. (CNEN - Assistente Administrativo - IDECAN) “A ética é o campo do conhecimento que trata da
definição e avaliação do comportamento das pessoas e organizações. A ética lida com a aprovação ou
reprovação do comportamento observado em relação ao comportamento ideal, sendo este definido por
meio de um código de conduta, implícito ou explícito. ” Segundo o conceito de Maximiano, a afirmativa
anterior é
(A) verdadeira.
(B) falsa, pois o código de conduta é sempre explícito.
(C) falsa, pois a ética limita-se ao comportamento das pessoas.
(D) falsa, pois a ética restringe-se à reprovação do comportamento.
(E) falsa, pois a ética limita-se ao comportamento das organizações.

10. (SEDS/TO - Assistente Socioeducativo - FUNCB) Em busca do comprometimento com o cidadão


usuário e com a eficiência, a Administração Pública vem realizando esforços para que seus agentes
conheçam a ciência que teoriza sobre as condutas humanas e sobre o conjunto de valores que devem
orientar o comportamento dos homens em relação aos seus semelhantes. Tal ciência denomina-se:
(A) moral
(B) ética
(C) reflexologia.
(D) principiologia.

11. (SEDS/TO - Assistente Socioeducativo - FUNCB) A ética se apresenta como uma reflexão crítica
sobre:
(A) política.
(B) moralidade.
(C) ação.
(D) trabalho.

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12. (ANTAQ - Conhecimentos Básicos - CESPE) Considerando os conceitos de ética e moral, julgue
o item abaixo.

A ética é a ciência do comportamento moral dos homens em sociedade.


( ) Certo ( ) Errado

13. (Prefeitura de Paranaguá/PR - Economista - FAFIPA) Sobre a ética, assinale a alternativa


INCORRETA.
(A) O objeto principal da ética, como ramo da filosofia, é a reflexão do comportamento humano através
da análise dos valores e normas sociais vigentes em determinado lugar.
(B) Ética e moral nem sempre são sinônimos; a moral seria um conjunto de normas que podem variar
com o momento histórico e cultural de cada sociedade, sendo, na verdade, o objeto de estudo da ética.
(C) Ética vem da palavra romana ethos, que vem de mos ou mores do grego, que significa moral,
caráter ou costumes.
(D) Muitos dividem a ética didaticamente em dois campos: o primeiro cuida dos problemas gerais e
fundamentais relacionados aos valores e normas da sociedade e o segundo, de áreas específicas, como
a ética profissional etc.

14. (SEJUC/RN - Agente Penitenciário - IDECAN) “Toda cultura e cada sociedade institui uma moral,
isto é, valores concernentes ao bem e ao mal, ao permitido e ao proibido, e à conduta correta. No entanto,
a simples existência da moral não significa a presença explícita de uma ética, entendida como filosofia
moral, isto é, uma reflexão que discuta, problematize e interprete o significado dos valores morais.”
(CHAUI, Marilena – Convite à filosofia.)

A partir do trecho anterior, pode-se concluir que:


(A) Ética é o estudo dos valores morais.
(B) Ética e moral são conceitos sinônimos.
(C) Tanto a moral quanto a ética são universais.
(D) Moral é uma ciência, enquanto ética é a conduta humana.

Gabarito

01.C / 02.Certo / 03.E / 04.Certo / 05.Certo / 06.Certo /


07.Errado / 08.D / 09.A / 10.B / 11.B / 12.Certo / 13.C / 14.A

Comentários

01. Resposta: C
Moral - é o conjunto de regras que orientam o comportamento humano dentro de uma sociedade. As
regras definidas pela moral regulam o modo de agir das pessoas. Está associada aos valores e
convenções estabelecidos coletivamente por cada cultura ou por cada sociedade a partir da consciência
individual, que distingue o bem do mal, ou a violência dos atos de paz e harmonia. A moral orienta o
comportamento do homem diante das normas instituídas pela sociedade ou por determinado grupo social.
Diferencia-se da ética no sentido de que esta tende a julgar o comportamento moral de cada indivíduo no
seu meio. No entanto, ambas buscam o bem-estar social.

02. Resposta: Certo


A moral incorpora as regras que temos de seguir para vivermos em sociedade, regras estas
determinadas pela própria sociedade. Quem segue as regras é uma pessoa moral; quem as desobedece,
uma pessoa imoral.
A ética, por sua vez, é a parte da filosofia que estuda a moral, isto é, que reflete sobre as regras morais.
A reflexão ética pode inclusive contestar as regras morais vigentes, entendendo-as, por exemplo,
ultrapassadas.

03. Resposta: E
A deontologia também se refere ao conjunto de princípios e regras de conduta - os deveres - inerentes
a uma determinada profissão. Assim, cada profissional está sujeito a uma deontologia própria a regular o
exercício de sua profissão, conforme o Código de Ética de sua categoria.

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04. Resposta: Certo
A ética é a parte da filosofia que se ocupa do comportamento moral do homem. Ela engloba um
conjunto de regras e preceitos de ordem valorativa, que estão ligados à prática do bem e da justiça,
aprovando ou desaprovando a ação do homem, de um grupo social ou de uma sociedade.
Para Aurélio Buarque de Holanda, ética é "o estudo dos juízos de apreciação que se referem à conduta
humana susceptível de qualificação do ponto de vista do bem e do mal, seja relativamente à determinada
sociedade, seja de modo absoluto”. Enquanto a ética trata o comportamento humano como objeto de
estudo, procurando tomá-lo o mais abrangente possível, a moral se ocupa de atribuir um valor à ação.
Esse valor tem como referências o bem e o mal, baseados no senso comum.

05. Resposta: Certo


"A cidadania nem sempre é uma realidade efetiva, nem para todos. A efetivação da cidadania e a
consciência coletiva dessa condição são indicadores do desenvolvimento moral e ético de uma
sociedade. Para a ética não basta que exista um elenco de princípios fundamentais e direitos definidos
nas Constituições. O desafio ético para uma nação é o de universalizar os direitos reais, permitindo a
todos as cidadanias plenas, cotidianas e ativas".

06. Resposta: Certo


A ética é uma ciência de estudo da filosofia. A ética serve para que haja um equilíbrio e bom
funcionamento social, possibilitando que ninguém saia prejudicado. Neste sentido, a ética, embora não
possa ser confundida com as leis, está relacionada com o sentimento de justiça social.
A ética é construída por uma sociedade com base nos valores históricos e culturais, ou seja, antecede
qualquer lei ou código. Do ponto de vista da Filosofia, Ética é a parte da filosofia que estuda os
fundamentos da moral e os princípios ideais da conduta humana, ou seja, tem como objeto de estudo o
estímulo que guia a ação: os motivos, as causas, os princípios, as máximas, as circunstâncias.
Sócrates, considerado o pai da filosofia, dizia que a obediência à lei era o divisor entre a civilização e
a barbárie. Segundo ele, as ideias de ordem e coesão garantem a promoção da ordem política. A ética
deve respeitar às leis, portanto, à coletividade.
A ética refere-se a um conjunto de conhecimentos advindos da análise do comportamento humano e
dos valores morais, enquanto a moral tem por base as regras, a cultura e os costumes seguidos
ordinariamente pelo homem. Assim, podemos concluir que a ética é uma ciência sobre o comportamento
moral dos homens em sociedade e está relacionada a filosofia. Além disso, A ética pode levar a
modificações na moral, com aplicação universal, guiando e orientando racionalmente e do melhor modo
a vida humana.
Podemos concluir que a ética pode ser normativa, em uma tentativa de alcançar padrões morais que
guiam as nossas atuações da vida. Estuda o certo e o errado, os deveres e assim, propõe códigos morais
ou regras de comportamento.

07. Resposta: Errado


Da análise do discurso das pessoas participantes da enquete e de alguns formadores de opinião no
Brasil, depreende-se que as palavras ética e moral frequentemente são usadas como sinônimos. Esse
fato igualmente se comprova na revisão bibliográfica.
GOLDIM, J.R., citando Robert Veatch, diz que esse dá uma boa definição operacional da ética ao
propor que ela é a “realização de uma reflexão disciplinada das intuições morais e das escolhas morais
que as pessoas fazem”.
Em realidade, Ética e Moral são duas posturas do pensamento metafórico (LAKOFF & JONHSON)
humano. Ambas são geradoras de comportamentos, os quais em determinados momentos se sobrepõem
e que, em outros, atuam em campos opostos.
A Ética está a serviço do pensamento metafórico (predominantemente inconsciente) e do
comportamento de todos os humanos; desde o ateu ou agnóstico até o mais convicto religioso. A laicidade
confere para a Ética um caráter de unicidade.
Por outro lado, a Moral é uma escala dinâmica de valores psicossociais (costumes) interligados e
fundamentados em raízes psicológicas e religiosas. Prova desse fato está na inexistência de uma moral
dos ateus ou dos agnósticos, pois esses devem se orientar por parâmetros éticos.

08. Resposta: D
Dialética - Dialética é uma palavra com origem no termo em grego dialektiké e significa a arte do
diálogo, a arte de debater, de persuadir ou raciocinar.

7
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Estética - Estética é uma palavra com origem no termo grego aisthetiké, que significa “aquele que nota,
que percebe”. Estética é conhecida como a filosofia da arte, ou estudo do que é belo nas manifestações
artísticas e naturais.
Essência - Essência é o substantivo feminino com origem no latim essentia e que indica a natureza,
substância ou característica essencial de uma pessoa ou coisa. Também pode se referir a um aroma ou
perfume.
CORRETA - ÉTICA - Ética é o nome dado ao ramo da filosofia dedicado aos assuntos morais. A
palavra ética é derivada do grego, e significa aquilo que pertence ao caráter.
Teologia - Teologia é o estudo da existência de Deus, das questões referentes ao conhecimento da
divindade, assim como de sua relação com o mundo e com os homens. Do grego “theos” (deus, termo
usado no mundo antigo para nominar seres com poderes além da capacidade humana) + “logos” (palavra
que revela), por extensão “logia” (estudo).

09. Resposta: A
O dicionário de Sérgio Ximenes (2002, pg. 409), define ética como ciência que estuda os juízos moral
referente à conduta humana, virtude caracterizada pela orientação dos atos pessoais segundo os valores
do bem e da decência pública, e a moral conjunto de regras de conduta baseadas nas noções de bem e
de mal. Os estudos de Maximiano (1974, p.294) demonstram que a ética tem sido entendida sob várias
concepções. Assim, a concepção de ética tratada pelo autor afirma que.
“A ética é como a disciplina ou campo do conhecimento que trata da definição e avaliação de pessoas
e organização, e a disciplina que dispõe sobre o comportamento adequado e os meios de implementá-lo
levando-se em consideração os entendimentos presentes na sociedade ou em agrupamentos sociais
particulares”.
Na interpretação de Maximiano (1974, p.371) os valores éticos podem ser absolutos, baseia-se na
premissa de que as normas de conduta são válidas em todas as situações, ou relativa, que as normas
dependem da situação.
Para melhor entender, fez-se um estudo mais aprofundado onde os orientais entendem a ética relativa
de forma que os indivíduos devem dedicar-se inteiramente à empresa, que constitui uma família à qual
pertence à vida dos trabalhadores. Já, para os ocidentais, o entendimento é de que há diferença entre a
vida pessoal e a vida profissional. Assim, encerrado o horário normal do trabalho, o restante do tempo é
do trabalhador e não do patrão. Em relação à ética absoluta, parte-se do princípio de que determinadas
condutas são intrinsecamente erradas ou certas, qualquer que seja a situação, e, dessa maneira, devem
ser apresentadas e difundidas como tal.16

10. Resposta: B
A ética está associada ao estudo fundamentado dos valores morais que orientam o comportamento
humano em sociedade, enquanto a moral são os costumes, regras, tabus e convenções estabelecidas
por cada sociedade.
Moral é o conjunto de regras aplicadas no cotidiano e usadas continuamente por cada cidadão. Essas
regras orientam cada indivíduo, norteando as suas ações e os seus julgamentos sobre o que é moral ou
imoral, certo ou errado, bom ou mau.
No sentido prático, a finalidade da ética e da moral é muito semelhante. São ambas responsáveis por
construir as bases que vão guiar a conduta do homem, determinando o seu caráter, altruísmo e virtudes,
e por ensinar a melhor forma de agir e de se comportar em sociedade.

11. Resposta: B
Ética é um conjunto de conhecimentos extraídos da investigação do comportamento humano ao tentar
explicar as regras morais de forma racional, fundamentada, científica e teórica.
A Ética é a parte da filosofia que estuda a moralidade das ações humanas, isto é, se são boas ou más.
É uma reflexão crítica sobre a moralidade.

12. Resposta: Certo


A Ética é um ramo de estudo que tem por objetivo o estudo do comportamento humano dentro de cada
sociedade.
Ética - é uma ciência sobre o comportamento moral dos homens em sociedade e está relacionada à
filosofia.

16
MAXIMIANO, Antonio Cesar Amaru. Teoria Geral da Administração. São Paulo: Atlas, 1974, p. 371; MAXIMIANO, Antonio Cesar Amaru. Teoria geral da
administração. São Paulo: Atlas, 1974, p. 294. Disponível em: http://www.webartigos.com/artigos/etica-etica-empresarial-moral-e-responsabilidade-social/1700/.

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Moral - um conjunto de normas, aceitas livre e conscientemente, que regulam o comportamento
individual do homem.

13. Resposta: C
Ética é uma palavra de origem grega – ethos – que significa caráter.

14. Resposta: A
A ética está associada ao estudo fundamentado dos valores morais que orientam o comportamento
humano em sociedade, enquanto a moral são os costumes, regras, tabus e convenções estabelecidas
por cada sociedade. A palavra “ética” vem do Grego “ethos” que significa “modo de ser” ou “caráter”.

2 Ética, princípios e valores

Se a ética é disciplina filosófica que lança esforço e olhares, de forma reflexiva e profundamente crítica,
sobre o comportamento humano, afim de valorá-lo como bom, justo (ou mau, injusto), fazendo-o através
da tentativa, perene, de compreensão do sentido da vida e da existência humana, buscando, inclusive,
fornece elementos para correção moral da ação, de imperiosa necessidade o entendimento do que sejam
virtudes, princípios e valores.
Aristóteles, já na Grécia antiga (por volta do século V a. C.), dedicou um livro inteiro ao problema ético:
sua filosofia, em especial no plano da ética, tentou aliar o horizonte teórico-filosófico à dimensão prática
expressa no agir. Em Aristóteles, não é suficiente apenas conhecer, compreender e contemplar a verdade
sobre o bom, o justo, o correto; é necessário fazê-la atuar, agir segundo a verdade conhecida.
A ética – e toda a filosofia, deve expressar-se no agir humano. Por exemplo, de nada adianta saber
fazer fogo, se não se sabe para que e como usá-lo! Quer isto dizer que, nada adianta saber o que é bom,
justo, certo não significa que seremos, em nossas ações, bons, justos, corretos se assim não agirmos. A
ciência nos ensinou a fazer o fogo; mas é nossa consciência moral que nos orientará a como devemos
usá-lo: se para saciar adequada e dignamente a fome aquecendo o alimento, ou para causar dano a
integridade física ou patrimonial alheia incendiando deliberadamente!
O comportamento ético, já dizia Aristóteles, é o agir repetido em conformidade com as respectivas
virtudes (do grego areté). Mas o que são virtudes? Virtudes são excelências, são, no campo ético,
disposições do caráter, ou seja, a propensão (inclinação) a nos comportarmos bem relativamente
àquilo que nos afeta. Ora, as disposições do caráter podem nos levar a comportamentos bem ou mal
diante um sentimento que nos afeta, por exemplo. Mas este comportamento só será virtuoso, se for o
bem comportar-se. Assim, as disposições do caráter podem constituir virtudes ou perversões: se nos
comportarmos bem diante determinada situação, praticamos a virtude (excelência); se nos comportarmos
mal, praticamos a perversão (vício).
Apenas para melhor elucidação: quando somos magoados ou maltratados por uma pessoa, somos
tomados por um sentimento de raiva ou mesmo de ira. Imaginemos que somos um servidor público
responsável pela expedição de certidões que comprovam a existência ou inexistência de ações ajuizadas
em face dos cidadãos. Imaginemos então que aquela pessoa que nos magoou ou maltratou dias antes
vá até a repartição pública onde servimos e precise, com urgência, de uma certidão comprobatória de
inexistência de ações contra ela ajuizadas, para que consiga, rapidamente, vender um imóvel para
levantar dinheiro para fazer frente a despesas com sua saúde debilitada, diante deste quadro podemos
agir de duas formas: ou demoramos, deliberadamente, par expedir a dita certidão, como forma de causar-
lhe dor e sofrimento, e assim irmos à forra com quem nos magoou ou maltratou e neste caso nos
inclinaremos a um comportamento mau (viciado); ou atuaremos com presteza e agilidade, fornecendo-
lhe quanto antes a certidão buscada, tornado eficaz o serviço público e excelente nosso labor, inclinando-
os, assim, a um comportamento bom ,(virtuoso). Veja que nossas disposições de caráter podem pender
para a virtude ou para o vício, sendo que a escolha ética que devemos fazer!
O comportamento ético é, por essência, virtuoso. A virtude, assim, é a potência moral do homem, a
realização mais perfeita de um modo de agir; e o hábito é que torna o homem virtuoso pela prática
reiterada de virtudes, de modo que a virtude é a disposição firme e constante para o que tem valor.
Em um sentido vulgar, “valor” é o preço (ou utilidade) dos bens materiais ou a dignidade (ou mérito)
das pessoas (o valor de um carro ou o mérito de um servidor público).
No campo ético, valores são objetos da escolham oral, os fins da ação ética; é o predicado, a
qualidade que torna algo estimável; é o preferível, o objeto de uma antecipação ou de uma

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expectativa normativa (de um dever ser); é, enfim, possibilidade de escolha, já que nem sempre é
escolhido. Ora, a vida é um bem a que atribuímos altíssima estima; desta forma, a vida é um valor!
Ora, vimos acima que as disposições de caráter do homem podem orienta-lo para a prática do bem
(do que tem valor moral) ou para o mal (do que não tem valor moral); desta forma, de fato o valor é
preferível e uma possibilidade de escolha nem sempre escolhida, já que, como dito, o homem pode
inclinar-se para a perversão, para o vício. Portanto, o valor é objeto de uma escolha moral, de uma escolha
positivamente moral.
No exemplo anterior, do “servidor magoado”, se escolher o caminho virtuoso”, ou seja, cumprir com
presteza e agilidade seu labor ainda que em favor de quem lhe tenha magoado e maltratado, resta
evidente que escolheu o que tem valor positivo, o que deve ser moralmente estimado, já que escolheu
como valores a eficiência e excelência do serviço público em detrimento de qualquer interesse eu pessoal.
E a escolha do que tem valor, deve ser uma constante, deve orientar toda e qualquer de nossas ações,
porque só assim implementaremos o que de fato nos exige a ética.
É o habito, dessa forma, que, orientando o comportamento para a prática de virtudes, nos leva à
observância o valor.
Mas como fazer a escolha entre valores ou entre o que tem e o que não tem valor? O processo de
escolha, como todo processo, se faz por princípios. Princípios, assim, são, de forma geral, pontos de
partida ou fundamentos de um processo. Do ponto de vista filosófico, princípio é o fundamento do
ser, do devir (do vir a ser), do conhecer. Sob a perspectiva especificamente ética, princípio é a fonte, o
substrato em que se funda a ação.
Deste modo, por princípio, deve-se optar pela prática de virtudes, ou seja, inclinar-se para o que tem
valor moral, como forma de implementar o comportamento ético.
Os princípios que pomos, estabelecemos para nós mesmos, como vetores, guias do nosso
comportamento, nos são dados por nosso senso moral, ou seja, “pela maneira como avaliamos nossa
situação e a de nossos semelhantes segundo ideias como as de justiça e injustiça” e eleitos por nossa
consciência moral, ou seja, por nossa faculdade de estabelecer julgamento morais acerca de nossas
próprias escolhas.
Assim, o senso moral nos permite distinguir o justo do injusto, o certo do errado, o bom do mau; mas
é nossa consciência moral que nos torna responsável, perante nós mesmos e os outros, por nossas
escolhas. Nosso senso e nossa consciência moral nos auxiliam a definir, para nós mesmos, os valores
que iremos salvaguardar através de nosso comportamento individual e social.
Finalmente, parece desnecessário destacar que, do servidor público, espera-se a prática de virtudes,
a escolha do que vale moralmente, a orientação do comportamento segundo princípios que o dirijam ao
bem.

VIRTUDES (ARETÉ) VALORES PRINCÍPIOS


Excelências; Objeto de escolha moral; Ponto de partida;
Disposição do caráter para o bem. O preferível Fundamento da ação

Questões

01. (MME - Nível Médio - CESPE) Quando a distribuição de bens por determinado agente público
resulta em benefícios aos desfavorecidos, é correto afirmar que os princípios e valores que regem a
conduta desse agente se baseiam em uma abordagem
(A) com ênfase na garantia de oportunidades a todos.
(B) convencional da ética e do direito público.
(C) utilitária da ética e da justiça social.
(D) moralista dos direitos dos cidadãos.
(E) individualista da ética.

02. (MPOG - Atividade Técnica - FUNCAB) A ética pode ser definida como:
(A) um conjunto de valores genéticos que são passados de geração em geração.
(B) um princípio fundamental para que o ser humano possa viver em família.
(C) a parte da filosofia que estuda a moral, isto é, responsável pela investigação dos princípios que
motivam, distorcem, disciplinam ou orientam o comportamento humano em sociedade.
(D) um comportamento profissional a ser observado apenas no ambiente de trabalho.
(E) a boa vontade no comportamento do servidor público em quaisquer situações e em qualquer tempo
de seu cotidiano.

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03. (EMBASA - Agente Administrativo - IBFC) Assinale a alternativa que preenche corretamente a
lacuna. _______________ constitui o conjunto de valores ou princípios morais que definem o que é certo
ou errado para uma pessoa, grupo ou organização
(A) Comportamento
(B) Atitude
(C) Ética
(D) Responsabilidade

Gabarito

01.C / 02.C / 03.C

Comentários

01. Resposta: C
As decisões éticas podem ser guiadas usando uma abordagem normativa, isto é, usando um conjunto
de normas e valores explícitos ou implícitos. Diante de um problema, a decisão ética pode ser tomada
sob uma abordagem utilitarista, individualista, dos direitos morais e da justiça:
a) Utilitarismo: Basicamente, significa tomar a decisão que traga o maior bem para o maior número de
pessoas, ou seja, para a coletividade. b) Individualismo: considera que as ações são morais quando
promovem os interesses individuais a longo tempo e, em última instância, o maior bem. c) Direitos Morais:
Os indivíduos têm direitos e liberdades fundamentais, que não podem ser retiradas por uma decisão: livre
consentimento, privacidade, liberdade de consciência, liberdade de expressão, direito a tratamento
imparcial e justo e direito à vida e segurança. d) Justiça: pauta-se estritamente por princípios de justiça,
sendo um conceito ético de que as decisões morais são pautadas pela verdade e pela lei, com integridade,
equidade, impessoalidade e imparcialidade.

02. Resposta: C
A ética é a parte da filosofia que estuda a moral, (filosofia moral ou de costumes), reflete sobre os
valores em sociedade na busca da moralidade e consciência para alcançar esses valores morais, porém
a ética inicialmente não estabelece regras.
A ética, portanto, é um termo grego “ETHIKÓS” que significa “modo de ser”, que em aspectos
filosóficos traduz-se o estudo dos juízos na conduta do ser, que é passível do bem e o mal, presente
neste único ser ou em grupo e/ ou sociedade. Está presente em todas as ordens vigentes no mundo, na
escola, na política, no esporte, nas empresas e é de vital importância nas profissões, principalmente nos
dias atuais.17

03. Resposta: C
A palavra ética é de origem grega derivada de ethos, que diz respeito ao costume, aos hábitos dos
homens. Teria sido traduzida em latim por mos ou mores (no plural), sendo essa a origem da palavra
moral. Uma das possíveis definições de ética seria a de que é uma parte da filosofia (e também pertinente
às ciências sociais) que lida com a compreensão das noções e dos princípios que sustentam as bases
da moralidade social e da vida individual. Em outras palavras, trata-se de uma reflexão sobre o valor das
ações sociais consideradas tanto no âmbito coletivo como no âmbito individual.

3 Ética e democracia: exercício da cidadania

Democracia
A democracia é o regime político no qual a soberania é exercida pelo povo da sociedade. O termo
democracia tem origem no grego “demokratía” que é composta por “demos” (que significa povo) e “krátos”
(que significa poder). Segundo o dicionário de significados18, a democracia é um regime de governo em
que todas as importantes decisões políticas estão com o povo, que elegem seus representantes por meio

17
Fonte: http://www.acervosaber.com.br/trabalhos/chs1/etica_2.php
18
https://www.significados.com.br/democracia/

11
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do voto. Ela também, é considerada um regime de governo que pode existir no sistema presidencialista,
onde o presidente é o maior representante do povo, ou no sistema parlamentarista, onde existe o
presidente eleito pelo povo e o primeiro ministro que toma as principais decisões políticas
Sendo a democracia a forma de governo eleita pelo Estado, a cidadania retrata a qualidade dos sujeitos
politicamente livres, ou seja, cidadãos que participam da criação e concordam com a ordem jurídica
vigente. Por democracia entende-se, de forma geral, o governo do povo, como governo de todos os
cidadãos.
Para que a democracia se estabeleça, é necessário o respeito à pluralidade, à transparência e à
rotatividade: a democracia caracteriza-se pelo respeito à divergência (heterogeneidade), pela publicidade
do exercício do poder e pela certeza de que ninguém ou grupo nenhum tem lugar cativo no poder,
acessível a todos e exercido precária e transitoriamente.
O curioso o conceito de democracia, segundo Norberto Bobbio19, é que a democracia é o poder em
público, e de fato, a participação do povo no exercício do poder somente se viabiliza por meio da
transparência, da publicidade, da abertura, quando decisões são tomadas de forma clara e a todos
acessíveis. Somente desta forma, o povo, titular de todo poder, pode eficazmente intervir nas tomadas
de decisões contestando-as, pelos meios legais, quando delas discordarem.

Cidadania
Já a cidadania é o exercício dos direitos e deveres civis, políticos e sociais estabelecidos na
constituição de um país, no caso do Brasil, na Constituição Federal de 198820 (CF). A cidadania pode ser
considerada como a condição do cidadão que vive de acordo com um conjunto de estatutos pertencentes
a uma comunidade politicamente e socialmente articulada. Uma adequada cidadania implica que os
direitos e deveres dos cidadãos estão interligados, e o respeito e cumprimento de ambos contribuem para
uma sociedade mais equilibrada e justa.21

Cidadão
O cidadão é um indivíduo que convive em sociedade, ele é o habitante da cidade, e tem o direito de
gozar de seus direitos civis e políticos do Estado em que nasceu, ou no desempenho de seus deveres
para com este. O cidadão ao ter consciência e exercer seus direitos e deveres para com a pátria está
praticando a cidadania. Assim, a cidadania, isto é, a qualidade de quem é cidadão, se exerce no campo
associativo (da associação civil), pela cooperação de homens reunidos no Estado. Desta forma, a
sobrevivência e harmonia da sociedade – como grupo, associação ode homens que é – depende da vida
cooperativa de seus cidadãos.

Exercício da Cidadania

Exercer a cidadania é muito mais abrangente do que votar, e possuir o direito à voto, o exercício da
cidadania trata-se efetivamente de exercer a participação ativa como cidadão dentro de suas
possibilidades de controle popular os atos da administração pública e dos demais poderes.
Sendo assim, o exercício da cidadania, como gozo de direitos e desempenho de deveres, deve pautar-
se por contornos éticos: o exercício da cidadania deve materializar-se na escolha da melhor conduta
tendo em vista o bem comum, resultando em uma ação moral como expressão do bem.
A sobrevivência e harmonia da vida associativa, como já dito, dependem do nível cooperativo dos
homens reunidos em sociedade, há uma expectativa generalizada a respeito das ações humanas e, em
especial, das ações daqueles que desempenham funções públicas.
O servidor público, antes de exercer a função de servidor, é cidadão do Estado e, como tal, tem
interesse na sobrevivência e harmonia da sociedade como qualquer outro cidadão civil. O bom, correto,
justo, enfim, o ético desempenho de suas funções à frente da coisa pública antes de beneficiar apenas
toda a sociedade, beneficia a ele mesmo.
A conduta desvencilhada dos pilares éticos e violadoras das normas morais podem até trazer algum
benefício temporário ao seu executor, mas as consequências danosas de tal comportamento para si
mesmo se farão sentir com o desenvolver do tempo, já que nenhum Estado pode crescer, desenvolver e
aprimorar-se sob a ação corrupta de seus governantes, gestores e servidores e um Estado assim falido,
inclusive moralmente, retrata a falência mesma dos homens nele reunidos em sociedade.

19
BOBBIO, N.; O futuro da Democracia: Uma defesa das regras do jogo. 6ª Edição – Ed. Paz e Terra, 1997.
20
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm
21
https://www.significados.com.br/cidadania/

12
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Desta forma, o servidor que se desvia do comportamento ético, atenta contra si e toda a sociedade,
violando, em especial, a própria dignidade, já que o trabalho realizado com excelência é o mais caro
patrimônio humano.

Questões

01. (LIQUIGÁS - Profissional Júnior - CESGRANRIO) Na medida em que é editada uma lei,
regularmente votada pelo Congresso Nacional, a qual protege as pessoas com certo grau de deficiência
física, ofertando oportunidades de inserção no mercado de trabalho, está sendo realizado o princípio da
(A) cidadania
(B) organização
(C) proteção
(D) democracia
(E) república

02. (FSC - Advogado - CEPERJ) Dentre os fundamentos da República Federativa do Brasil está
aquele que não está limitado por nenhum outro na ordem interna. Trata-se da:
(A) democracia
(B) cooperação
(C) dignidade
(D) cidadania
(E) soberania

03. (MPOG - Atividade Técnica - FUNCAB) Sobre os direitos políticos, é correto afirmar que:
(A) são inelegíveis, de acordo com o art. 14, § 4º, da Constituição Federal, os inalistáveis e os
analfabetos.
(B) a idade mínima de vinte e um anos é requisito de elegibilidade para candidatura a vereador.
(C) o alistamento eleitoral e o voto são facultativos para os maiores de setenta anos e para os maiores
de dezesseis e menores de dezoito anos, mas não para os analfabetos.
(D) para concorrer a outro cargo, prefeitos devem renunciar ao mandato até três meses antes do pleito.
(E) não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e os brasileiros naturalizados.

04. (DEPEN - Técnico de Apoio - CESPE) No que se refere à ética e ao exercício da cidadania, julgue
o próximo item.
Configura um dos elementos indispensáveis para o exercício da cidadania o efetivo conhecimento a
respeito dos direitos
( ) Certo ( ) Errado

05. (INES - Assistente Social - AOCP). Preencha a lacuna e assinale a alternativa correta.
“A revisão do texto de 1986 processou-se em dois níveis. Reafirmando os seus valores fundantes - a
liberdade e a justiça social -, articulou-os a partir da exigência democrática: a _______________ é tomada
como valor ético-político central, na medida em que é o único padrão de organização político-social capaz
de assegurar a explicitação dos valores essenciais da liberdade e da equidade. É ela, ademais, que
favorece a ultrapassagem das limitações reais que a ordem burguesa impõe ao desenvolvimento pleno
da cidadania, dos direitos e garantias individuais e sociais e das tendências à autonomia e à autogestão
social."
(A) ética
(B) cidadania
(C) democracia
(D) sociedade
(E) justiça social

06. (Prefeitura de Cuiabá - Técnico em Administração Escolar - FGV) Segundo os princípios éticos
e da cidadania, assinale a afirmativa correta.
(A) O servidor público deve proceder de forma diligente no exercício de sua função.
(B) O servidor público pode ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização.
(C) O servidor público pode recusar fé a documentos públicos.
(D) O servidor público pode opor resistência injustificada ao andamento de um documento.
(E) O servidor público pode coagir os subordinados no sentido de filiarem-se a um partido político.

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07. (CRO/PR - Recepcionista - Quadrix) Ética e cidadania são dois conceitos cruciais na sociedade
humana. A ética e a cidadania estão relacionadas com as atitudes dos indivíduos e a forma como estes
interagem uns com os outros na sociedade. A cidadania pode ser compreendida a partir de duas
categorias, que são:
(A) Cidadania Ética e Cidadania Formal.
(B) Cidadania Formal e Cidadania Substantiva.
(C) Cidadania Substantiva e Cidadania Construtiva.
(D) Cidadania Ética e Cidadania Construtiva.
(E) Cidadania Qualitativa e Cidadania Formal.

Gabarito

01.A / 02.E / 03.A / 04.Errado / 05.C / 06.A / 07.B

Comentário

01. Resposta: A
Cidadania é o exercício dos direitos e deveres civis, políticos e sociais estabelecidos pela CF.

02. Resposta: E
A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos estados e Municípios e do
Distrito Federal, constitui-se em Estado democrático de direito e tem como fundamentos:
I - Soberania:
Na definição de Marcelo Caetano, soberania é "um poder político supremo e independente,
entendendo-se por poder supremo aquele que não está limitado por nenhum outro na ordem interna e
por poder independente aquele que, na sociedade internacional, não tem de acatar regras que não sejam
voluntariamente aceitas e está em pé de igualdade com os podres supremos dos outros povos".
É a capacidade de editar suas próprias normas, sua própria ordem jurídica (a começar pela Lei Magna),
de tal modo que qualquer regra heterônoma só possa valer nos casos e nos termos admitidos pela própria
Constituição. A Constituição traz a forma de exercício da soberania popular no art. 14.

03. Resposta: A
a) CORRETA. Art. 14 § 4º São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos.
b) ERRADA.
VI - a idade mínima de:
a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador;
b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal;
c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz
de paz;
d) dezoito anos para Vereador.
c) ERRADA.
II - facultativos para:
a) os analfabetos;
b) os maiores de setenta anos;
c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.
d) ERRADA
§ 6º Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de Estado e do
Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até seis meses antes do pleito.
e) ERRADA
§ 2º Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período do serviço militar
obrigatório, os conscritos.
Brasileiro naturalizado, por óbvio, podem alistar-se como eleitores.

04. Resposta: Errado


Muito embora o exercício efetivo da cidadania seja potencializado nas pessoas que conhecem seus
próprios direitos, e que, por isso mesmo, dispõem de melhores condições para fazê-los valer, não se pode

14
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desprezar, por completo, a possibilidade de um indivíduo, mesmo que desconheça a existência e a
extensão de seus próprios direitos, acabar por praticar atos que configurem o exercício da cidadania.22

05. Resposta: C
A democracia é tomada como valor ético político central, na medida em que é o único padrão de
organização político-social capaz de assegurar a explicitação dos valores essenciais da liberdade e da
equidade. É ela, ademais, que favorece a ultrapassagem das limitações reais que a ordem burguesa
impõe ao desenvolvimento pleno da cidadania, dos direitos e garantias individuais e sociais e das
tendências à autonomia e à autogestão social. Em segundo lugar, cuidou-se de precisar a normatização
do exercício profissional de modo a permitir que aqueles valores sejam retraduzidos no relacionamento
entre assistentes sociais, instituições, organizações e população.

06. Resposta: A
São um dos Principais Deveres do Servidor Público: b) exercer suas atribuições com rapidez, perfeição
e rendimento, pondo fim ou procurando prioritariamente resolver situações procrastinatórias,
principalmente diante de filas ou de qualquer outra espécie de atraso na prestação dos serviços pelo setor
em que exerça suas atribuições, com o fim de evitar dano moral ao usuário.

07. Resposta: B
A cidadania formal é, conforme o direito internacional, indicativo de nacionalidade, de pertencimento a
um Estado-Nação, por exemplo, uma pessoa portadora da cidadania brasileira. Em segundo lugar, na
ciência política e sociologia o termo adquire sentido mais amplo, a cidadania substantiva é definida como
a posse de direitos civis, políticos e sociais.

4 Ética e função pública

De fato, não se pode negar que o desenvolvimento, retificação e refinamento moral da sociedade
impõem que “todas as instituições sociais (públicas e privadas), ao lado dos indivíduos, devem se afinar
no sentido da conquista da cultura da moralidade”. Ora, a reverência da moralidade nas relações entre
particulares, no âmbito individual e privado, é forma de cultivo da futura moralidade na administração da
coisa pública (res publica).23
Da mesma forma, a sobrevivência (individual e coletiva) e harmonia social dependem do eficaz e
satisfatório desempenho moral de todas as atividades do homem. É lugar mais que comum ouvir-se
debates a respeito da ética médica, ética econômica, ética esportiva, e, em especial, ética na gestão da
res pública. E, de fato, a relação entre ética e política é tema dos mais árduos na contemporaneidade.
Historicamente sustentou-se uma distinção entre a “moral comum” e a “moral política”, chegando
Maquiavel a afirmar que o homem político poderia comportar-se de modo diversos da moral comum, como
se o homem comum e aquele que gere a coisa pública ou exerce função pública obedecessem a “códigos”
de ética distintos.
Todavia, atualmente não se duvida da necessária integração ou “afinamento” entre a moral comum e
a moral política. Não se pode imaginar a existência de uma absoluta distinção entre a ética almejada
pelos indivíduos que compõem a sociedade e aquela esperada dos órgãos do Estado, que exercem a
função pública.
Justamente por representarem a coletividade, as instituições públicas devem se pautar, de forma mais
eficaz, pela ética, posto que devem assumir uma posição de espelho dos anseios da sociedade. Para que
o Estado possa gerir a res pública, de forma democrática e não autoritária, este deve gozar de
credibilidade, a qual somente pode ser conquistada com a transparência e a moralidade de seus atos,
para que não seja necessário o uso excessivo da força, o que transformaria um Estado democrático em
uma nefasta tirania.
Cumpre lembrar que, quando se fala em agir ético do Estado, ou das instituições públicas que o
compõem, na realidade devemos nos atentar que o agir ético é sempre exercido por pessoas físicas, já
que o Estado, como uma ficção jurídica que é, não goza de vontade própria. Estas pessoas físicas
incumbidas, definitiva ou transitoriamente, do exercício de alguma função estatal, a quem chamamos de

22
Autor: Rafael Pereira, Juiz Federal - TRF da 2ª Região.
23
BORTOLETO, Leandro; MÜLLER, Perla. Noções de ética no serviço público. Editora Jus Podivm, 2014.

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agentes públicos, é que devem, em última análise, pautar-se pela ética, já que expressam, com seus
atos, a vontade do Estado.
A vontade do Estado é, pois, materializada através dos atos e procedimentos administrativos
executados pelos agentes públicos. Estes atos e procedimentos administrativos que dão forma e
viabilizam a atuação da Administração Pública devem ser entendidos como foco de análise da ética,
constituindo-se seu objeto, quando a questão se refere à ética na Administração Pública.
Embora emanados por ato de vontade dos agentes públicos, os atos e procedimentos administrativos
não podem expressar a vontade individual do agente que os exterioriza. Isto porque os atos e
procedimentos administrativos estão submetidos ao princípio da moralidade administrativa, o que
equivale dizer que o “interesse público está acima de quaisquer outros tipos de interesses, sejam
interesses imediatos do governante, sejam interesses imediatos de um cidadão, sejam interesses
pessoais do funcionário.
Apesar de se reconhecer que a moralidade sempre foi um traço característico necessário ao ato
administrativo, já que não se pode supor a legitimidade de um Estado que não se amolde ao que
moralmente é aceito pela sociedade que o constitui, é com a Constituição Federal de 1988, que o princípio
da moralidade é expressamente elevado à categoria de princípio essencial da administração pública, ao
lado dos princípios da legalidade, da impessoalidade e da publicidade dos atos administrativos, conforme
dispõe seu artigo 37.
Os atos e procedimentos administrativos, portanto, além de se submeterem a requisitos formais e
objetivos para que possam gozar de validade e legalidade (competência, finalidade, fora, motivo, objeto),
devem também se apresentar como moralmente legítimos, sob pena de serem anulados.
Veja-se que neste ponto, aliás, a Constituição Federal também trouxe importante avanço, quando em
seu artigo 5º, inciso LXXIII, inclui a moralidade administrativa dentre os motivos que ensejam a vida da
ação popular a ser proposta por qualquer cidadão que constate uma postura imoral praticada por qualquer
entidade da qual o Estado participe.
É justamente neste ponto que a ética exerce seu papel, permitindo realizar ponderações sobre a
moralidade da vontade expressa em determinado ato ou procedimento administrativo praticado por uma
agente público. Assim, não basta quer o agente público seja competente para emanar o ato administrativo
ou conduzir um procedimento de sua alçada, nem que seja respeitada a forma prescrita em lei, devendo,
antes de tudo, corresponder a uma conduta eticamente aceitável e, sobretudo, pautar-se pela
preponderância do interesse público sobre qualquer outro.
Desta forma, com a finalidade de amoldar a conduta dos agentes públicos dentro do que eticamente
se espera da Administração Pública, visando compeli-los a absterem-se de práticas que não sejam
moralmente aceitáveis, é que surgem as normas deontológicas, ou seja, as regras que definem condutas
correlatas a serem seguidas, positivadas através dos Códigos de Ética.

Questões

01. (SAP e JUS/GO - Agente de Segurança Prisional - FUNIVERSA) Com relação às obrigações
éticas do servidor público, assinale a alternativa incorreta.
(A) Os servidores públicos deverão tratar seus concidadãos com urbanidade, cordialidade e educação.
(B) Os servidores públicos deverão satisfazer suas obrigações perante os cidadãos de boa-fé.
(C) Os servidores públicos não podem incidir em conflitos de interesse que afetem o desempenho de
sua função
(D) Os mandamentos da ética e do direito não se confundem. A única diferença entre eles consiste na
coercibilidade. Logo, os servidores públicos vinculam-se às leis, não podendo ser responsabilizados por
condutas imorais que não lhes sejam expressamente vedadas.
(E) Os servidores públicos estão eticamente obrigados a guardar sigilo de informações obtidas por
meio da função, não lhes sendo permitido utilizar dessas informações para seu próprio interesse.

02. (MPU - Técnico do MPU - CESPE) Acerca de ética e função pública, julgue o item que se segue.
Decoro, por ser uma disposição interna para agir corretamente, não é passível, para o servidor público,
de ser aprendido ao longo de sua carreira.
( ) Certo ( ) Errado

03. (MPU - Técnico do MPU - CESPE) Acerca de ética e função pública, julgue o item que se segue.
Para que a conduta do servidor público seja considerada irrepreensível é suficiente que ele observe
as leis e as regras imperativas.
( ) Certo ( ) Errado

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04. (FUNPRESP/EXE - Conhecimentos Básicos - CESPE) Acerca da ética e da função pública e da
ética e da moral, julgue o item que se segue.
Ainda que a função pública integre a vida particular de cada servidor, os fatos ocorridos no âmbito de
sua vida privada não influenciam o seu bom conceito na vida funcional.
( ) Certo ( ) Errado

05. (FUNPRESP/EXE - Conhecimentos Básicos - CESPE) Acerca da ética e da função pública e da


ética e da moral, julgue o item que se segue.
O servidor está desobrigado de ter conhecimento das atualizações legais pertinentes ao órgão onde
exerce suas funções.
( ) Certo ( ) Errado

Gabarito

01.D / 02.Errado / 03.Errado / 04.Errado / 05.Errado

Comentários

01. Resposta: D
Regras Deontológicas (D 1171/94)
II - O servidor público não poderá jamais desprezar o elemento ético de sua conduta. Assim, não terá
que decidir somente entre o legal e o ilegal, o justo e o injusto, o conveniente e o inconveniente, o oportuno
e o inoportuno, mas principalmente entre o honesto e o desonesto, consoante as regras contidas no art.
37, caput, e § 4°, da Constituição Federal.
III - A moralidade da Administração Pública não se limita à distinção entre o bem e o mal, devendo ser
acrescida da ideia de que o fim é sempre o bem comum. O equilíbrio entre a legalidade e a finalidade, na
conduta do servidor público, é que poderá consolidar a moralidade do ato administrativo.

02. Resposta: Errado


Das Regras Deontológicas
I - A dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia e a consciência dos princípios morais são primados maiores
que devem:
Nortear o servidor público, seja no exercício do cargo ou função, ou fora dele, já que refletirá o exercício
da vocação do próprio poder estatal. Seus atos, comportamentos e atitudes serão direcionados para a
preservação da honra e da tradição dos serviços públicos.
É disposição interna e externa para agir corretamente.

03. Resposta: Errado


Decreto 1.171/94. II - O servidor público não poderá jamais desprezar o elemento ético de sua conduta.
Assim, não terá que decidir somente entre o legal e o ilegal, o justo e o injusto, o conveniente e o
inconveniente, o oportuno e o inoportuno, mas principalmente entre o honesto e o desonesto, consoante
as regras contidas no art. 37, caput, e § 4°, da Constituição Federal.
III - A moralidade da Administração Pública não se limita à distinção entre o bem e o mal, devendo ser
acrescida da ideia de que o fim é sempre o bem comum. O equilíbrio entre a legalidade e a finalidade, na
conduta do servidor público, é que poderá consolidar a moralidade do ato administrativo.
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de
1998).
§ 4º - Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da
função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas
em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.

04. Resposta: Errado


Decreto 1171/94:
Regras Deontológicas:

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VI - A função pública deve ser tida como exercício profissional e, portanto, se integra na vida particular
de cada servidor público. Assim, os fatos e atos verificados na conduta do dia-a-dia em sua vida privada
poderão acrescer ou diminuir o seu bom conceito na vida funcional.

05. Resposta: Errado


D1171 - XIV - São deveres fundamentais do servidor público:
q) manter-se atualizado com as instruções, as normas de serviço e a legislação pertinentes ao órgão
onde exerce suas funções.

5 Ética no Setor Público

A questão ética é um fator imprescindível para uma sociedade e por isso sempre encontramos diversos
autores tentando definir o que vem a ser ética e como ela se interfere em uma sociedade.
O tema “Ética” é por si só polêmico, entretanto causa ainda mais inquietação quando falamos sobre a
Ética na Administração Pública, pois logo pensamos em corrupção, extorsão, ineficiência, etc., porém na
realidade o que devemos ter como ponto de referência em relação ao serviço público, ou na vida pública
em geral, é que seja fixado um padrão a partir do qual possamos em seguida julgar a atuação dos
servidores públicos ou daqueles que estiverem envolvidos na vida pública, entretanto não basta que haja
padrão, tão somente, é necessário que esse padrão seja ético, acima de tudo.
Assim, Ética Pública seria a moral incorporada ao Direito, consolidando o valor do justo. Diante da
relevância social de que a Ética se faça presente no exercício das atividades públicas, as regras éticas
para a vida pública são mais do que regras morais, são regras jurídicas estabelecidas em diversos
diplomas do ordenamento, possibilitando a coação em caso de infração por parte daqueles que
desempenham a função pública.
Todas as diretivas de leis específicas sobre a ética no setor público partem da Constituição Federal
(CF), que estabelece alguns princípios fundamentais para a ética no setor público. Em outras palavras, é
o texto constitucional do artigo 37, especialmente o caput, que permite a compreensão de boa parte do
conteúdo das leis específicas, porque possui um caráter amplo ao preconizar os princípios fundamentais
da administração pública. Estabelece a Constituição Federal:

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: [...]

São princípios da administração pública, nesta ordem:


Legalidade
Impessoalidade
Moralidade
Publicidade
Eficiência

Princípios de natureza ética relacionados à função pública


Além destes cinco princípios administrativo-constitucionais diretamente selecionados pelo constituinte,
podem ser apontados como princípios de natureza ética relacionados à função pública a probidade e a
motivação:

a) Princípio da Probidade: um princípio constitucional incluído dentro dos princípios específicos da


licitação, é o dever de todo o administrador público, o dever de honestidade e fidelidade com o Estado,
com a população, no desempenho de suas funções. Possui contornos mais definidos do que a
moralidade. Diógenes Gasparini24 alerta que alguns autores tratam veem como distintos os princípios da
moralidade e da probidade administrativa, mas não há características que permitam tratar os mesmos
como procedimentos distintos, sendo no máximo possível afirmar que a probidade administrativa é um
aspecto particular da moralidade administrativa.

24
GASPARINI, Diógenes. Direito administrativo. 9ª ed. São Paulo: Saraiva, 2004.

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b) Princípio da Motivação: É a obrigação conferida ao administrador de motivar todos os atos que
edita, gerais ou de efeitos concretos. É considerado, entre os demais princípios, um dos mais importantes,
uma vez que sem a motivação não há o devido processo legal, uma vez que a fundamentação surge
como meio interpretativo da decisão que levou à prática do ato impugnado, sendo verdadeiro meio de
viabilização do controle da legalidade dos atos da Administração.
Motivar significa mencionar o dispositivo legal aplicável ao caso concreto e relacionar os fatos que
concretamente levaram à aplicação daquele dispositivo legal. Todos os atos administrativos devem ser
motivados para que o Judiciário possa controlar o mérito do ato administrativo quanto à sua legalidade.
Para efetuar esse controle, devem ser observados os motivos dos atos administrativos.
Em relação à necessidade de motivação dos atos administrativos vinculados (aqueles em que a lei
aponta um único comportamento possível) e dos atos discricionários (aqueles que a lei, dentro dos limites
nela previstos, aponta um ou mais comportamentos possíveis, de acordo com um juízo de conveniência
e oportunidade), a doutrina é uníssona na determinação da obrigatoriedade de motivação com relação
aos atos administrativos vinculados; todavia, diverge quanto à referida necessidade quanto aos atos
discricionários.
Meirelles25 entende que o ato discricionário, editado sob os limites da Lei, confere ao administrador
uma margem de liberdade para fazer um juízo de conveniência e oportunidade, não sendo necessária a
motivação. No entanto, se houver tal fundamentação, o ato deverá condicionar-se a esta, em razão da
necessidade de observância da Teoria dos Motivos Determinantes. O entendimento majoritário da
doutrina, porém, é de que, mesmo no ato discricionário, é necessária a motivação para que se saiba qual
o caminho adotado pelo administrador. Gasparini26, com respaldo no art. 50 da Lei n. 9.784/98, aponta
inclusive a superação de tais discussões doutrinárias, pois o referido artigo exige a motivação para todos
os atos nele elencados, compreendendo entre estes, tanto os atos discricionários quanto os vinculados.

Questões

01. (IF/CE - Administrador - IF/CE) Em relação à ética na administração pública, é correto afirmar-se
que
(A) o funcionário público deve prestar toda a sua atenção às ordens legais de seus superiores, velando
atentamente por seu cumprimento e evitando a conduta prudente. Os inúmeros erros e o acúmulo de
desvios tornam-se difíceis de corrigir e caracterizam até mesmo prudência no desempenho da atividade
pública.
(B) a função pública deve ser tida como exercício profissional, portanto não se integra na vida particular
do servidor público.
(C) inclusive nos casos de segurança nacional, a publicidade de qualquer ato administrativo constitui
requisito de eficácia, eficiência, moralidade e legalidade, ensejando sua omissão e comprometimento
ético contra o senso comum, imputável a quem denegá-lo.
(D) toda ausência injustificada do servidor de seu local de trabalho é fator de desmoralização do serviço
público, o que quase sempre conduz à desordem nas relações humanas.
(E) o funcionário público não deve falsear a verdade, apenas omiti-la quando contrária aos interesses
da administração.

02. (ANS - Técnico em Regulação - FUNCAB) Com relação à ética no setor público, e de acordo com
os termos do Decreto n° 1.171/1994 (Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder
Executivo Federal), é correto afirmar que:
(A) o trabalho desenvolvido pelo servidor público perante a comunidade deve ser entendido como
acréscimo ao seu próprio bem-estar, já que, como cidadão, integrante da sociedade, o êxito desse
trabalho pode ser considerado como seu maior patrimônio.
(B) o servidor público não poderá jamais desprezar o elemento ético de sua conduta, devendo decidir
apenas entre a legal e o ilegal.
(C) não é dever do servidor público zelar, no exercício do direito de greve, pelas exigências específicas
da defesa da vida e da segurança coletiva.
(D) salvo os casos de segurança nacional, investigações policiais ou interesse superior do Estado e
da Administração Pública, a publicidade do ato administrativo não constitui requisito de eficácia e
moralidade.
(E) com relação à Administração Pública, a moralidade limita-se à distinção entre o bem e o mal.

25
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. São Paulo: Malheiros, 1993.
26
GASPARINI, Diógenes. Direito administrativo. 9ª ed. São Paulo: Saraiva, 2004.

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03. (TRF 4ª REGIÃO - Analista Judiciário Oficial de Justiça Avaliador Federal - FCC) O princípio
que traduz a ideia de que a Administração tem que tratar a todos os administrados sem discriminações,
benéficas ou peculiares denomina-se princípio da:
(A) responsabilidade.
(B) moralidade.
(C) publicidade.
(D) supremacia do interesse público.
(E) impessoalidade.

04. (SEFAZ/RS - Técnico Tributário da Receita Estadual - FUNDATEC) São Princípios da


Administração Pública, expressos na Constituição Federal, exceto:
(A) Legalidade
(B) Probidade
(C) Impessoalidade.
(D) Eficiência.
(E) Publicidade.

05. (TRE/MG - Técnico Judiciário - CONSULPLAN) Os mais modernos postulados da gestão


administrativa, tanto no setor privado quanto no âmbito dos órgãos públicos, determinam que os atos
administrativos observem os padrões usuais de moralidade que estão indissociavelmente vinculados
a critérios de escolha pautados pela
(A) ética
(B) avaliação.
(C) subordinação.
(D) estandardização.

06. (ANS - Técnico em Regulação em Saúde Complementar - FUNCAB) Com relação à ética no
setor público, e de acordo com os termos do Decreto n° 1.171/1994 (Código de Ética Profissional do
Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal), é correto afirmar que:
(A) o trabalho desenvolvido pelo servidor público perante a comunidade deve ser entendido como
acréscimo ao seu próprio bem-estar, já que, como cidadão, integrante da sociedade, o êxito desse
trabalho pode ser considerado como seu maior patrimônio.
(B) o servidor público não poderá jamais desprezar o elemento ético de sua conduta, devendo decidir
apenas entre a legal e o ilegal.
(C) não é dever do servidor público zelar, no exercício do direito de greve, pelas exigências específicas
da defesa da vida e da segurança coletiva.
(D) salvo os casos de segurança nacional, investigações policiais ou interesse superior do Estado e
da Administração Pública, a publicidade do ato administrativo não constitui requisito de eficácia e
moralidade.
(E) com relação à Administração Pública, a moralidade limita-se à distinção entre o bem e o mal.

07. (CREA/SP - Analista Advogado - NR) A administração pública, a teor do que dispõe o art. 37 da
Constituição Federal, deve atender aos seguintes princípios nele contidos:
(A) Legalidade, impessoalidade, moralidade, celeridade, eficiência.
(B) Legalidade, pessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.
(C) Legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.
(D) Legalidade, impessoalidade, contraditório, publicidade e eficiência.
(E) Legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e isonomia.

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Gabarito

01.D / 02.A / 03.E / 04.B / 05.A / 06.A / 07.C

Comentários

01. Resposta: D.
Regras Deontológicas, XII, Decr. 1171/94. Toda ausência injustificada do servidor de seu local de
trabalho é fator de desmoralização do serviço público, o que quase sempre conduz à desordem nas
relações humanas.

02. Resposta: A.
a) Certo. Das regras Deontológicas. V - O trabalho desenvolvido pelo servidor público perante a
comunidade deve ser entendido como acréscimo ao seu próprio bem-estar, já que, como cidadão,
integrante da sociedade, o êxito desse trabalho pode ser considerado como seu maior patrimônio.

03. Resposta: E.
O princípio da impessoalidade estabelece que a Administração Pública, através de seus órgãos, não
poderá, na execução das atividades, estabelecer diferenças ou privilégios, uma vez que deve imperar o
interesse social e não o interesse particular.

04. Resposta: B.
Pelo disposto no artigo 37, caput, da CF/88, a administração pública direta e indireta de qualquer dos
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.

05. Resposta: A.
O princípio da moralidade revela-se intimamente ligado à ideia de honestidade, de probidade
administrativa, de ética. Na linha do exposto, confira-se a seguinte lição de José dos Santos Carvalho
Filho:
"O princípio da moralidade impõe que o administrador público não dispense os preceitos éticos que
devem estar presentes em sua conduta." (Manual de Direito Administrativo, 26ª edição, 2013, p. 21)

06. Resposta: A.
a) Das regras Deontológicas. V - O trabalho desenvolvido pelo servidor público perante a comunidade
deve ser entendido como acréscimo ao seu próprio bem-estar, já que, como cidadão, integrante da
sociedade, o êxito desse trabalho pode ser considerado como seu maior patrimônio.

07. Resposta: C.
Segundo o caput do art. 37, da CF/88, a Administração Pública direta e indireta de qualquer dos
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.

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