Avaliação na Educação Infantil
Avaliação na Educação Infantil
Avaliação na Educação Infantil
De acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Infantil, Resolução CNE/CEB nº
05/2009, define que:
As orientações para avaliação na Educação Infantil estão garantidas nas legislações. Torna-se, assim,
imprescindível que os profissionais se apropriem destas informações e as traduzam em práticas
conscientes e consistentes.
Os processos de avaliação são ações que têm como objetivo elevar sobremaneira a qualidade dos
processos ofertados, tornando-os coerentes com as legislações e com um alto grau de excelência na
oferta educacional.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação, sancionada em dezembro de 1996, estabelece, na sessão II,
referente à educação infantil , art. 31 que “(...) a avaliação far-se-á mediante o acompanhamento e
registro do seu desenvolvimento, sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao Ensino
Fundamental”.
A avaliação é tarefa permanente do educador que deve colecionar produções das crianças; escritas
espontâneas e direcionadas, desenhos e produções artísticas diversas, ensaios de letras, notações
numéricas e afins. As narrativas do educador e anotações como observador da produção de cada um
também contribuem para o processo avaliativo. Com esse material, é possível fazer um
acompanhamento periódico da aprendizagem e formular indicadores que permitam ter uma visão da
evolução de cada criança. O educador deverá avaliar o comportamento das crianças, sua comunicação,
participação e a forma de expressão e socialização no grupo.
Mesmo sem a exigência de que as crianças estejam alfabetizadas na Educação Infantil, todos os
aspectos envolvidos no processo da alfabetização devem ser considerados. Os critérios de avaliação
devem ser compreendidos como referências que permitam análise do seu avanço ao longo do processo,
considerando que essas manifestações não são idênticas entre as crianças.
A partir dos direitos de aprendizagem, no âmbito dos Campos de Experiências, são definidos os
Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento, por faixa etária.
Campos de Experiências:
I. O Eu, o Outro e o Nós;
Abaixo, uma síntese das competências esperadas ao final do ano letivo para Educação Infantil.
A avaliação do desenvolvimento das crianças na Educação Infantil requer um olhar atento e estratégias
específicas. Através da observação atenta, criação de portfólios, escrita espontânea, atividades em
grupo, diálogo com os pais e registros detalhados, os professores poderão avaliar de maneira eficaz e
abrangente o progresso de cada criança. Isso permitirá o planejamento de atividades adequadas às
necessidades individuais e o estímulo contínuo para o seu desenvolvimento integral.
Seguem algumas dicas para os professores da Educação Infantil avaliarem o desenvolvimento das
crianças:
- Registro de observações
Mantenha um registro detalhado das observações feitas sobre cada aluno no Diário de Bordo. Anote
pontos fortes, dificuldades e progressos ao longo do tempo. Esse registro ajudará a ter uma visão global
do desenvolvimento das crianças e a fornecer feedbacks individualizados. A observação da criança, é
um processo de avaliação das aprendizagens e todo o processo precisa ser documentado através de
diferentes registros.
- Portfólio
A criação de um portfólio consiste na formação de um acervo do percurso da criança, contendo
diversas experiências vivenciadas em diferentes momentos, evidenciando a progressão ocorrida, as
potencialidades e singularidades de cada indivíduo. No documento deve conter o acompanhamento da
evolução da escrita, que será realizado mensalmente através de uma atividade avaliativa, contendo
palavras e frase definidas a partir de um campo semântico e ainda: a evolução da notação numérica,
desenhos diversos, produções artísticas realizadas pela criança, fotografias de momentos significativos
e breves narrativas que comunicam e documentam a evolução das experiências das mesmas no
ambiente escolar e outros. Registros essenciais para entender os processos cognitivos, os percursos, o
desenvolvimento e as relações estabelecidas entre o grupo, entre este e o educador e deste com o
ambiente.
- Observação atenta
Uma das formas mais eficazes de avaliar o desenvolvimento da escrita é por meio da observação atenta
dos alunos durante as atividades de escrita. Observe o comportamento das crianças ao segurarem o
lápis, a postura corporal, a coordenação motora fina, o domínio dos traços e a capacidade de formar
letras e palavras.
- Escrita espontânea
Encoraje a escrita espontânea em sala de aula. Proporcione às crianças momentos em que possam
escrever livremente, sem restrições, em suportes diversos. Essa prática oferece um espaço para as
crianças se expressarem, demonstrando suas habilidades e nível de autonomia na escrita.
- Atividades em grupo
Promova atividades em grupo que envolvam a escrita colaborativa. Peça aos alunos que trabalhem
juntos para criar histórias, bilhetes, cartas, cartazes ou projetos. Durante essas atividades, observe a
interação entre as crianças, o compartilhamento de ideias, a colaboração e a compreensão coletiva
sobre o processo de escrita.
O relatório individual da criança é um documento que tem como objetivo registrar o percurso das
experiências da criança e o seu desenvolvimento durante um determinado período. O relatório
representa um recorte do percurso vivenciado por cada criança, suas descobertas, questionamentos,
hipóteses, avanços, dificuldades, interações. Os registros precisam revelar processos de aprendizagem
e desenvolvimento e a forma como as crianças vão construindo o conhecimento a partir de suas
hipóteses provisórias. É um documento destinado à Escola e às famílias. Além de aspectos
relacionados às aprendizagens e ao desenvolvimento, é importante também relatar aspectos de cunho
afetivo, emocional e social. Os sentimentos das crianças, o que você vê e o que você ouve delas. Os
diálogos, frases, pensamentos, brincadeiras e manifestações.
Importante salientar que neste relatório não é apropriado e desejável descrições definitivas e
comparativas a partir de critérios uniformes e padrões pré-estabelecidos.
No decorrer do ano, o professor deverá elaborar dois relatórios individuais, com a periodicidade
semestral. A redação deve ser realizada a partir dos registros e observações realizados durante o
período e os textos deverão ser acompanhados e analisados pelo Especialista em Educação.