Completo Hinduismo
Completo Hinduismo
Completo Hinduismo
1
CAPÍTULO I
O hinduísmo é uma das maiores e mais antigas religiões do mundo. Essa tradição
religiosa teve início com a antiga cultura védica por volta de 3.000 a C. Considerada
uma das religiões mais antiga da humanidade, o hinduísmo tem sua origem na pré-
história e remonta à Índia antiga. Porém é no período pre clássico (1500-550a. C.), idade
do ferro da Índia que os vedas serão escritos pelos invasores arianos instituindo um
conjunto uniforme de crenças e formando o hinduísmo védico onde se cultuava os
Deuses tribais. É importante lembrar que o hinduísmo foi o caminho escolhido pelos
indianos para a liberdade no século XIX quando Mahatma Gandhi conduziu-os pela via
pacífica à independência política. Quando ele foi advogado e político indiano, fundador
da índia independente, Gandhi recebeu o título de “Mahatma” palavra que vem do
sânscrito e que significa “a grande alma”.1 O hinduísmo não há um fundador como em
outras religiões. A partir disso, as divindades (que podem chegar a milhoões) fazem
parte da vida cotidiana. Mesmo existindo templos o culto é realizado normalmente nos
lares, onde existem altares para os deuses favoritos.2
Portanto Ravi Shankar (13 de maio de 1956) é um lider espiritual indiano ele é
frequentemente chamado apenas pelo título honorífico “sri sri, Guruji ou Gurudev”.
Atualmente a religião é a terceira maior do mundo ficando atrás apenas do cristianismo e
do islamismo. Por isso, a nossa parte queríamos chamar dos adeptos de Sanatana de
Dharma, 3que significa eterna lei em sânscrito, o hinduísmo agrupa crenças filosóficas
de vida , tradições culturais e valores. Na India o hinduísmo é a principal religião,
chegando a 80% da população.
1
PRASAD, Ramananda, O bhagavad Gita a canção de Deus, Tradução textos Sri Swami saraswaiti, 2
edição Março de 2005, editado por sociedade internacional Gitã do Brasil, Brasil, 2002-2005, p. 309.
2
Ibid., p. 323.
3
Ibid., p. 341.
2
A crença hindu abrange todo o universo indiano, inferindo em sua forma de
organização social e política. Portanto religião hinduísmo surgiu a partir das tradições
védicas por volta de 3.000 a C. As escrituras sagradas dos vedas vêm dos povos arianos
que habitaram a região do atual Irã. Os escritos dos vedas estabeleceram um conjunto
de crenças que originaram o hinduísmo védico no qual havia o culto aos deuses das
tribos.
O termo persa entrou na Índia pelo Sultanato de Déli e apareceu nos textos do sul
da índia bem como da Caxemira a partir de 1323 d, C., e a partir daí é cada vez mais
utilizado especialmente durante o período da índia britânica. Desde o fim do século
XVIII a palavra passou a ser usada no ocidente como um termo que abrange a maioria
das religiões, espirituais e culturais do subcontiente com a exceção do siquismo,
budismo e jainismo que são religiões distintas.5
4
DIAS, Fabiano, Religião Hinduísmo, educação de Brasil, disponivel em http://www.educamaisbrasil.-
com.br. Postado por Fabiano dias em 04/12/2018 e atualizado pela última vez em 21 de julho de 2020.
Acesso em 18.13. htl.
5
GROSSO, Mato, Participe da religião do wikiconcurso wiki loves, edição 3, Publicado em 13 de abril e
julho, São Paulo, Brasil, disponível em http://www,hinduísmo wikipedia, 13;45 htl.
3
1.2. COMO NASCE O HINDUÍSMO
Portanto tendo sua origem remontada ao ano de 1500 a C., a religião hinduísta
foi estabelecida pelos invasores ariano da India. Os textos védicos antigos descreviam
um universo cercada de água. No período dos arianos ou árias (homens) a explicação de
suas divisões sociais era encontrada nos vedas: da cabeça do Deus primordial saíram os
guerreiros das pernas os produtores e dos pés os servos. O mundo comforme a
concepção desta época foi formado a partir da organização, por força divina de um caos
preexistente. No sistema hinduísta atual há uma série de ramificações que gerara crenças
praticas divrsas características. O hinduísmo tem a sua ênfase no que seria o modo
correto do viver (dharma). Os ocultos hinduístas são realizados tanto em templos e
congregações quanto podem ser domésticos. A cerimónia mais comumente realizada é
relativa à oração (puja). A palavra “Om” representa a vibração que transcende o início o
meio e o fim de todas as coisas vinculado-se desta maneira à imagem da própria
divindade. Os códigos sagrados do hinduísmo são: os vedas, consistindo em escrituras
que incluem canções, hinos dizeres e ensinamento; o Smriti escrituras tradicionais que
incluem o Ramayana, o Mahabarata, e o Bhagavadgita.
6
GUIA, Robson, Hinduísmo, chepkassoff chaves/Radhanath das, e-mail: [email protected].,16;46
htl.
4
Trinidad e Tobago, Reino unido, Canada e estados unidos também representatividade de
seguidores da religião”.7
1.3.1. Brahman
5
que qualquer um deles. Todo o universo provém de Brahman e retorna a ele, ao final de
um lungo período; e os devas surgem e depois se dissolvem em Brahman. Brahman não
é uma divindade providencial que cuide do universo ou dos seres humanos e a quem
devam ser feitas orações e pedidos. Ele não tem qualquer aspecto antromórfico. Não
existem imagens de Brahman, não há templos para ele, não existem representações
icnográficas de qualquer tipo para Brahman. Não existe nenhuma religião propriamente
dita na qual Brahman seja o objeto do culto.
1.3.2. Krishna
10
Cfr,BIANCHINI, Fávia, O Estudo da Religião da Grande Deusa nas Escrituras Indianas e o Canto I do
Devi Gita, “dissetação”, Universidade Federal da Paraíba, Brasil, 2013, p. 201.
11
Cfr, BAGAVAD GITA, Bagavad Gita, disponível em
https://www.gitasociety.com/publicatios2-/childrengita-balinese.pdf . Acesso em 16 Abril, 2024, às 21 h.
6
Brahma: Brahma é um Deus da religião hindu, considerado o criador do universo,
dos deuses e do conhecimento. Brahma é representado com quatro cabeças e quatro
braços aparece sentado em um cisne. Brahma nascido de uma flor de lótus que floresceu
no umbigo de Vishnu.12
Atman: o atman, do sâncrito significa o Deus interior, foi traduzida sempre por Eu. 14
O atman presente em todas as criaturas. Por isso na teoria de samsara diz que o atman
que presente no homem pode reencarna num animal ou numa planta devido ao seu
12
Cfr, AUGUSTO MACHADO DE CAMPOS NETO, Antonio, Op. cit., p. 74.
13
Ibid., p. 76.
14
Cfr, UPANISADES, disponível em https://gita-society.com/wp-content/uploads/pdf/108upanishads.pdf.
Acesso em 16 Abril, 2024, às 22 h.
7
Karma. O atman na religião Católica Podemos dizer a alma, mas é diferente porque o
atman presente em todos os seres pelo que a alma humana cristã não.
1.4. AS ESCRITURAS
Os textos sagrados do hindu se dividem em duas classes diferentes que são: Shruti e
Smriti.15
1. Shurti : Shruti (lit: "aquilo que é ouvido") refere-se primordialmente aos Vedas,
que compõem o mais antigo registro das escrituras hindus.
8
se próximo ou perto", pois os estudantes costumavam sentar-se no solo, próximos a seus
mestres. Os Upanixades organizaram mais precisamente a doutrina védica de auto-
realização, ioga, e meditação, karma e reencarnação, que eram veladas no simbolismo da
antiga religião de mistérios. 17
2. Smritis: Textos hindus além dos shrutis são chamados coletivamente de smritis
("memória"). Os mais célebres dentre os smritis são os poemas épicos, que
consistem do Maabárata (Mahābhārata) e do Ramáiana (Rāmāyaṇa). O
Bagavadguitá (Bhagavad Gītā), parte integral do Mahabárata, e um dos mais
populares textos sacros do hinduísmo, contém ensinamentos filosóficos de
Krishna, uma encarnação de Vishnu, narradas ao príncipe Arjuna às vésperas de
uma grande guerra. O Bhagavad Gītā, narrado por Krishna, é descrito como a
essência dos Vedas.18
17
Cfr, UPANISADES, loc.cit.,
18
Cfr, ESCRITURAS, Hinduísmo, as escrituras do hinduísmo, Loc.cit.,
19
Cfr, Ibid.,
9
Bhagavad Gita: A Bhagavad Gita (Bagavadguitá em português) é considerado parte
do Maabárata (escrito em 400 a.C. ou 300 a.C., é um texto central do hinduísmo, um
diálogo filosófico entre o deus Krishna e o guerreiro Arjuna. Este é um dos mais
populares e acessíveis textos do hinduísmo, e é de essencial importância para a religião.
O Gita discute altruísmo, dever, devoção, meditação, integrando diferentes partes da
filosofia hindu.21
20
GABRIEL, Roger, Purushartha: The Aims of Human Life, 5, 2019, disponível em http://chopra.com/-
blogs/meditation/purusharta-the-4-aims-of-human-life. Acesso em 23 Abril 2024, às 18 h.
21
Cfr, BAGAVAD GITA, Bagavad Gita, Loc.cit.,
10
CAPÍTULO II
A FILOSOFIA DO HINDU
Nyaya trata sobre o método lógico, por isso também chamado de Sistema indiano
de lógica. Segundo este, têm quatro caminhos para o conhecimento: “ a percepção
(pratyaksha), inferência (anumana), analogia (upamana) e testemunha credível
(sabda)”22. É também uma escola conhecida por seu silogismo de cinco partes. Ela
afirma que existem dezesseis Padarthas ou categorias, e que conhecendo-nas pode-se
atingir o objetivo final da liberação. Os dezesseis Padarthas são “pramana, prameya,
samshaya, prayojana, drishtanta, siddhanata, avayava, tarka, nirnaya, vada, jalpa,
vitanda, hetvabhasa, chala, jati e nigraha-sthana”.23 A maioria dessas categorias está
relacionada à lógica e ao debate. Nyaya foi proposto por Gautama Muni ou no outro
texto o nome se escreve de Aksapada Gautama, que é conhecido como Aksapada.
22
SEN K. M, Hinduism, The World Oldest Faith, Pinguin Books, Australia, 1961, p. 78.
23
HINDUÍSMO, Hinduísmo Definição, disponível em
https://nucleoshantishala.com.br/content/uploads-/2020/06/HINDU%C3%8DSMO-Radhanatha-Das.pdf .
Acesso em 05 Abril 2024, às 09 h.
11
Vaisheshika se interessada mais na cosmologia. Segundo essa o objeto material é
formado pelos quatro princípios atómicos que são, “terra, água, fogo e ar” 24. Continuou
que, as substâncias do mundo não são todos materiais. Existem portanto nove
substâncias, incluindo os quatro que são materiais como acima mencionados e os não
materiais são como, “espaço, tempo, éter (akasa), mente e alma”25. Este sistema foi
desenvolvido pelo sábio Kanada. Ele ensinou que existem sete padarthas ou entidades
ontológicas e que entendê-las leva à auto-realização. Kanada também postulou que o
mundo é feito de
átomos (paramanu). Os sete padarthas são dravya(substância), guna (qualidade), karma
(movimento), samanya (generalidade), vishesha (especialidade), samavaya (inerência)
e abhava (não existência).26
Samkhya é a escola ou Sistema fundado por Kapila Muni. Este aceita dois
princípios básicos ou tattvas do universo que são: prakriti ou matéria primordial,
e purusha ou ser consciente individual. O purusha, também chamado de atma, é
imutável, eterno e consciente por sua própria natureza. Prakriti é inerte e sofre
modificações enquanto está associado a um Purusha. A outra contribuição
importantíssima de Samkhya para Hindu é a doutrina de Triguna, ou as três qualidades
da natureza. Esses são as três qualidades: “Sattva (luz, pureza, harmonia), Rajas
(energia, paixão) e Tamas (inércia, escuridão)”27. Estes três qualidades se atuam
diferentemente na evolução. Sattva é responsável para a manifestação e evolução de
Prakriti. Rajas causa toda a actividade e Tamas é responsável pela inércia. A evolução
se faz por vários estados. A primeira modificação de prakriti é chamada Mahat ou a
inteligência cósmica. Este Mahat evolui para Ahankara ou ego. Ahankara dá origem à
mente, cinco sentidos cognitivos, cinco sentidos das ações, cinco tanmatras ou
24
SEN K. M, Op. cit., p. 79.
25
Ibid.,
26
Cfr, SANTOS RIBEIRO DE OLIVEIRA, Miriam, Identidade e Religião na Índia Britânica, “artigo” in
REVER 01 (2014) 152-178, p. 169.
27
Ibid.,
12
elementos sutis que por sua vez evoluem para akasha ou espaço, vayu ou gases, tejas ou
calor e luz, jalamou líquidos e prithvi ou objetos sólidos.28
Purva Mimamsa. Este sistema foi propagado pelo sábio Jaimini, um discípulo de
Veda Vyasa. Purva Mimamsa estabeleceu as bases para a formulação de regras de
interpretação dos Vedas. O principal questionamento da Purva Mimamsa se refere à
natureza das lei naturais (ou darma). Segundo esta linha de pensamento, a natureza do
darma não é acessível à razão ou observação, e deve ser inferida a partir da autoridade
da revelação contida nos Vedas. Esta escola diz que a essência dos Vedas é o Dharma.
Dharma significa os mandamentos encontrados nos Vedas e que estão principalmente na
forma de yajnas. Pela execução do dharma a pessoa ganhará méritos que a levará ao céu
após a sua morte. A pessoa viverá feliz no céu sem enfrentar nenhuma miséria. Se
alguém não segue o dharma ou os deveres prescritos, então incorre em pecado e, como
consequência, sofrerá nos infernos.
28
Cfr. SEN K. M, Hinduism, Op. cit., p.76.
29
Cfr, LAUDAU DE CARVALHO, Matheus, Tradições religiosas, filosofias e história: uma introdução
ao Hinduísmo por Hillary Rodriges, “artigo” Revista dos Alunos do Programa de Pós-graduação em
Ciência da Religião- UFJF 2 (2018) 99-107.
13
De acordo com a escola Advaita-vedânta, a Verdade Absoluta ou Brahman é sem
forma e desprovida de quaisquer atributos. É eterna e consciente. Brahman é a única
realidade. O mundo fenomenal é uma ilusão e é percebido em decorrência da ignorância
sobre Brahman. Os seres individuais não são diferentes de Brahman.
Madhva (1199 - 1278) identificou deus com Vixnu, mas a sua visão da realidade
era puramente dualista, pois ele compreendeu uma diferenciação fundamental entre o
Deus supremo e a alma individual, e o sistema consequentemente foi denominado
Dvaita (dualístico) Vedanta.31
2.2.1. Samsara
14
roupas novas e joga fora as roupas antigas e rasgadas, uma alma encarnada entra em
novos corpos materiais, abandonando os antigos”. 33 A reencarnação é a consequência
das ações que fazemos na vida anterior, ou melhor dizer que a doutrina de reencarnação
está completamente ligada com a doutrina de karma. Os hindus creêm que o atman ou o
ser não morre, mas depois da morte do corpo o atman reencarna no outro ser vivo, que
pode ser humano ou sub-humano para esgotar o karma muito mau. Neste caso, a
reencarnação é uma coisa má para os hindus. Por isso, o objetivo da vida para os hindus
é sair deste ciclo da reencarnação e alcançar a mocsa ou Liberdade.34
2.2.2. Karma
33
Cfr, BAGAVAD GITA, Bagavad Gita, Loc.cit.,
34
Cfr, WAHID, Annsa; SYAH, Yoshy Hendra Hardiya, Konsep Samsara dalam Agama Buddha dan
Hindu, “artigo” Jorna Iman dan Spiritualitas 3 (2023) 385-392.
35
Cfr, Ibid.,
36
Cfr, ATISHA, Irmão, A Doutrina do Karma, tradução de Nair Lacerda, Editora Pensamento, São Paulo,
Brasil, 1980, p. 11.
15
ou levará boa consequência; e se a acção for má poduzirá maus frutos ou má
consequência. Os efeitos da acção são geralmente chamados de Karmaphala em
sâncrito. Os frutos das boas acções trazem prazer e felicidade para aqueles que as fazem,
enquanto os frutos das más acções causam sofrimento e dor para aqueles que as fazem.
Uma das causas de karma que é a reencarnação. 37 Por isso, aos hindus para alcançar a
mocsa é preciso melhorar as ações ou o karma, e assim libertar-se do samsara.
Relacionando com essa doutrina, para o Hinduísmo, Deus não é responsável pelo
prazer e dor de suas criaturas. São as criaturas que são responsáveis por sua própria
felicidade ou sofrimento. Eles sofrem ou gozam devido às consequênicias de suas
próprias acções, sejam boas ou más. Por essa razão, para o Hinduísmo, Deus é
Karmaphaladata- aquele que dá os frutos da acção. Ele é o dispensador definitivo da
justiça. Ele se certifica de que todos ebtenham seu próprio karmaphala, e de ninguém
mais.
2.2.3. Dharma
2.2.4. Mocsa
37
Cfr, Ibid.,
38
Cfr, BAGAVAD GITA, Bagavad Gita, Loc.cit.,
16
Qualquer que seja a maneira na qual o hindu defina a meta de sua vida, existem
diversos métodos (yôgas) que os sábios ensinaram para se atingir aquela meta. Textos
dedicados ao ioga incluem o Bagavadgitá (Bhagavad Gita), os Ioga Sutras, o Hatha
Yoga Pradipika, a Gheranda Samhita, entre outros, e, como sua base filosófico-histórica,
os Upanixades. Os caminhos que um indivíduo pode seguir para atingir a meta espiritual
da vida (moksha) incluem, entre outros: “Bacti-Ioga (caminho do amor e da devoção);
Carma-Ioga (o caminho da acção correta); Raja-Ioga (o caminho da meditação e união
real); Jnana-Ioga (o caminho da sabedoria)”.39
Bacti-Ioga: Krishna ressalta que esse caminho de devoção a Deus e a crença nele é o
melhor, mais seguro e mais fácil de todos. Se qualquer pessoa, independentemente de
sexo ou classe social, dedica-se a Deus e age abnegadamente, ele alcançará a liberação
pela graça de Deus.40 Para dedicar-se mais plenamente o inimigo mais grande que
precisa lutar contra é o ego.
39
VIVEKANANDA, Swami, Quatro Yogas de Auto-Realização, disponível em
https://www.slideshare.net-/slideshow/4caminhos-da-yoga/56505511, Acesso em 12 Abril, 2024, às 8 h.
40
Cfr, Ibid.,
41
Cfr, BAGAVAD GITA, Bagavad Gita, Loc.cit.,
17
subjugada, sem medo, livre por completo da vida sexual, deve meditar em Mim dentro
do coração e Me ver como a meta última da vida.42
CAPÍTULO III
Como acima tratado sobre Braman, isto é o Deus Supremo Absoluto e impessoal,
e Atman que é o eu ou a alma universal, aqui Podemos destacar o valor desta concepção
42
Cfr, VIVEKANANDA, Swami, Quatro Yogas de Auto-Realização, Loc.cit.,
43
Cfr, BAGAVAD GITA, Bagavad Gita, Loc.cit.,
44
Cfr, LAUDAU DE CARVALHO, Matheus, Op.cit., p. 102.
18
ao respeito da vida humana. Os hindus creêm que o Atman ou a alma universal existe
em todas as coisas ou todos os seres, isto é homens, animais e plantas. Além disso diz
que, o atman depois de ter esgotado o carma ou depois de ser libertado do ciclo da
reencarnação vai ao Brahman como a visão dos dualistas (Dvaita) ou se tornar indêntico
ao Brahman como a visão do monismo (Advaita). Com esta concepção do Advaita, a
indentificação do Atman com Brahman, os Upanishads afirmam que, “tudo é Brahman”.
Podemos assim dizer que não há nenhuma distinção entre nós.
A implicação desta ideia é a que temos de respeitar-nos uns aos outros, porque
em nosso eu mais profundo, somos divinos. Todos os seres vivos são divinos em seus
eus mais profundos. Segundo a concepção hinduísta este eu divino que está em nós pode
ser oculto ou coberto pelo “ódio, inveja, medo e outras coisas negativas.” 45 Mas, ele está
lá, no entanto, e ele é o nosso verdadeiro e eterno Eu. Este conceito está no coração de
grande parte da tradição não-violência e repeita da vida no hinduísmo, e está se espalhou
por todo o mundo em outros sistemas de pensamento.
Por exemplo, o Dr. Martin Luther King, Jr. estudou os ensinamentos de Gandhi,
o Famoso líder hindu, e aprendeu o conceito de Atman é Brahman. Dr. King incorporou
em sua teologia cristã e usou-o como uma ideia central em sua teoria da não-violência, a
resistência passiva no movimento americano pelos direitos civis. A razão é uma só,
porque tem em todos os seres vivos, sobre tudo no homem o Atman que é Brahman, o
Deus Supremo Absoluto.46
45
TODAS AS RELIGIÕES, Atman e Brahman, (2013), disponível em https://todasreligiões.wordpress.-
com/2013/12/26/atman-e-brahman/, Acesso em 15 Abril 2024, às 18 h.
46
Cfr, Ibid.,
19
de Deus. A concepção do povo antes de ser cristianizado chegou apenas na coisas
sagradas como uma-lulik, fatuk-lulik, foho-lulik,e etc. o que mais deste é inconcebível e
até que não se pode definir e nomear porque é mais sagrado. Com essa razão muitas
pedras grandes e as montanhas são consideradas sagradas.
Os timorenses quando pediram algo para o divino apenas por meio de uma-lulik,
fatuk-lulik e foho-lulik. Muitos disseram de que eles tiveram o objetivo de pedir para o
mais alto, ou para Aquele que é mais sagrado, mas porque a linguagem humana não
pode defini-lo, então, pediram só por meio dos que a linguagem pode definir. Com essa
razão para obter graças, ou matak-malirin, deve ir pedir pela uma-lulik, ou beber das
nascentes que consideradas sagradas.
Esta concepção ainda está no pensamento dos muitos, e muitos ainda praticam
como o culto de receber matak-malirin ou graças na uma-lulik, mesmo já foram
cristianizados. Por isso que muitos recorreram a uma-lulik para obter as graças, até que
muitos têm medo de não ir a fazer o culto em uma-lulik do que não ir a Igreja para a
missa.
Os hindus afirmam que o Atman, que é a alma universal não morre quando o
corpo morre. O Atman reencarna no outro corpo para esgotar o karma se a vida passada
não foi bem vivida, para que finalmente pode libertar-se do ciclo da reencarnação e
alcançar a libertação onde vai ao Brahman e se torna indêntico com Brahman. Os
timorenses têm também a concepção de que a alma não morre, desde antes da
colonização portuguesa onde os povos não conheciam ainda a religião cristã. Com essa
razão os timorenses valorizam tanto o dia dos defuntos que celebram mundialmente no
dia dois de Novembro.
20
mundo, nos serviços, estudos, etc. Todos estes factos nos mostram que os timorenses
antigamente, antes da colonização e da evangelização da fé cristã já tinham fé na
imortalidade da alma. Estes talvez creiam que os que já morreram já estão muito pertos
com O mais Sagrado, neste caso Deus.
21
CONCLUSÃO
22