Análise - TCC (1)

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 52

INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO KANGONJO DE ANGOLA - ISKA

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ECONÓMICAS E EMPRESÁRIAS


CURSO DE GESTÃO DE EMPRESA

EMPREENDEDORISMO COMO FACTOR DE DESENVOLVIMENTO


LOCAL; Estudo de caso “Município de Viana-Luanda Sul” no ano de 2022

JOANA DE LEMOS FRANCISCO

LUANDA JUNHO – 2023


INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO KANGONJO DE ANGOLA - ISKA

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ECONÓMICAS E EMPRESÁRIAS


CURSO DE GESTÃO DE EMPRESA

EMPREENDEDORISMO COMO FACTOR DE DESENVOLVIMENTO


LOCAL; Estudo de caso “Município de Viana-Luanda Sul” no ano de 2022

Trabalho de Fim de Curso apresentado ao curso de


gestão de Empresas do Instituto Superior Politécnico
Kangonjo De Angola – Iska como requisito para
obtenção do grau de licenciado em gestão de empresas.

AUTORA: JOANA DE LEMOS FRANCISCO

ORIENTADOR: JOSÉ DOS SANTOS

LUANDA JUNHO – 2023

JOANA LEMOS
DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho aos meus pais que me deram todo o apoio do mundo para a realização
dos meus sonhos, e guiaram-me mansamente pelos caminhos correctos e ensinaram-me a
fazer as melhores escolhas ao longo da minha jornada.

JOANA LEMOS
AGRADECIMENTOS

A Deus em primeiro lugar, por me ter dado o galardão da vida, por me guiar e proteger. Após
tantos obstáculos que enfrentei ao longo desta caminhada.

Aos meus pais em especial, por estarem sempre ao meu lado, mesmo a distância, por todo
apoio, pela paciência e carinho nesta minha trajectória académica. As minhas irmãs, pelo
moral para continuar na luta, para hoje chegar nesta linda etapa da minha formação. Aos meus
amigos e colegas por me motivarem e darem forças para persistir naquilo que era o meu
sonho, da concretização da formação superior.

Ao meu orientador, professor José dos Santos, pela orientação, paciência e pela confiança
durante todo esse processo e pela oportunidade de realização deste estudo. Por compartilhar
seu conhecimento, por ser fonte de inspiração, pela cooperação, pelo incentivo e apoio para a
realização deste trabalho.

A Direcção do Instituto Superior Politécnico de Kangonjo de Angola, em especial ao


departamento de ciências económicas e empresarias, muito obrigado por me ajudarem a
concretizar o meu sonho. Sem esquecer o corpo Docente que durante estes quatros anos
tiveram muita audácia e paciência na transmissão de conhecimentos.

E a mim pela resiliência nesta caminhada académica, pela não desistência, sinto-me
orgulhosa, feliz e realizada. Pois foi graças a todo este incentivo colectivo que hoje celebro
este dia tão importante na minha vida que é a minha formatura.

A todos o meu muito obrigada.

JOANA LEMOS
RESUMO

O Presente trabalho foi escrito com objectivo de compreender o impacto do


empreendedorismo no desenvolvimento local com uma análise específica no município de
Viana localizado na província de Luanda composto por vários distritos e com a sua sede na
Vila de Viana distrito da Luanda Sul. O presente trabalho de pesquisa compreende três
capítulos fundamentais dos quais: o primeiro capítulo trata da fundamentação teórica, o
segundo sobre a metodologia da pesquisa e o terceiro capítulo trata da análise e apresentação
dos resultados. No capítulo da fundamentação teórica, foram tidas em conta abordagens
científicas relacionadas ao empreendedorismo incluindo definições de vários percursores,
características do empreendedor, suas categorias, empreendedorismo formal e informal,
desenvolvimento local, o papel das microempresas no processo de desenvolvimento e inclui-
se um programa específico de apoio ao empreendedorismo agrícola. Com relação ao segundo
capítulo, sobre a metodologia, importa referir que o trabalho foi elaborado com base na
pesquisa qualitativa na qual recorreu-se na Administração Municipal de Viana com recurso a
um questionário para a recolha de dados e informações relacionada aos objectivos do
inquérito, os dados foram concedidos pela Administração mediante questões fechadas e
precisas. Concernente ao terceiro capítulo sobre a análise e apresentação dos dados da
presente pesquisa, os mesmos foram apresentados por meio de uma tabela descritivas
composta pelas questões feitas, bem como as opções de resposta, e interpretado na base da
perspectiva qualitativa do autor baseando-se nas respostas concedidas, importa salientar que
os resultados apresentados deram uma luz significativa sobre o impacto do empreendedorismo
para o desenvolvimento do município, a sua importância e as principais linhas de apoio.

Palavra Chave: Empreendedorismo, Desenvolvimento Local.

JOANA LEMOS
ABSTRACT

JOANA LEMOS
EPÍGRAFE

“Oportunidades não surgem. É


você que as cria”.

Chris Grosser

JOANA LEMOS
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURA

MPE’s – Médias, Pequenas e empresas.


INAP – Instituto Nacional de Administração Pública.
PIAAPF – Plano Integrado de Aceleração da Agricultura e Pesca Familiar.

JOANA LEMOS
SUMÁRIO

DEDICATÓRIA ....................................................................................................................... ii
AGRADECIMENTOS ............................................................................................................ iii
RESUMO ................................................................................................................................. iv
ABSTRAT ................................................................................................................................ v
EPÍGRAFE .............................................................................................................................. vi
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURA ............................................................................... vii
INTRODUÇÃO ......................................................................................................................... xi
Formulação do Problema ......................................................................................................xii
Hipoteses ................................................................................ Erro! Marcador não definido.
Objectivos ............................................................................................................................. xii
Objectivo geral .................................................................................................................xiii
Objectivo específicos .......................................................................................................xiii
Delimitação ..........................................................................................................................xiii
Limitação .............................................................................................................................xiii
Justificativa do Estudo ......................................................................................................... xiv
CAPÍTULO I – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................. xv
1.1 Definição de Termos e Conceitos ................................................................................... xv
1.2 Empreendedorismo ......................................................................................................... xv
1.2.1 Evolução histórica do empreendedorismo .............................................................. xvi
1.2.2 Empreendedorismo Formal e Informal .................................................................xviii
1.2.3 Teorias do empreendedorismo ................................................................................ xix
1.2.4 Categorias do empreendedorismo ........................................................................... xxi
1.3 O Empreendedor ...........................................................................................................xxii
1.3.1 Tipos de Empreendedor ........................................................................................xxiii
1.3.2 Características do Empreendedor .......................................................................... xxiv
1.4 Empreendedorismo e sua importância no desenvolvimento local .............................xxviii
1.5 O papel do governo no desenvolvimento local ............................................................. xxx
1.6 A importância das Médias e Pequenas Empresas ........................................................ xxxi
CAPÍTULO II – METODOLOGIA DE INVESTIGAÇÃO .............................................xxxviii
2.1 Tipos de pesquisa .....................................................................................................xxxviii
2.2. Modelo de Abordagem ...…………………………………………………………….. 37
2.3. População, Amostre e Amostragem de Pesquisa …………………………………….. 38
2.4 Técnicas de pesquisas …………......…….……………………………………………. 22
JOANA LEMOS
2.5 Instrumento de tratamento de dados ……………………………………………………. 36
2.6 Variáveis ...……………………………………………………………………………… 37
CAPÍTULO III – APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS ............................ xli
3.1 Unidade de Analise ou Estudo ........................................................................................ xli
CONCLUSÃO …..…………………………………………………………………………. 55
RECOMENDAÇÕES ……………………………………………………………………… 66
BIBLIOGRAFIA ..………………………….......................................................................... 66

JOANA LEMOS
INTRODUÇÃO

O presente trabalho de pesquisa foi elaborado com objectivo de compreender e analisar o


impacto do empreendedorismo no desenvolvimento local e o seu contributo a nível geral,
visto que, empreendedorismo, factor e desenvolvimento local constituem as palavras-chaves
deste trabalho de pesquisa. No decorrer do trabalho procurou-se debruçar e compreender de
forma precisa e salutar, se o empreendedorismo pode contribuir significativamente para o
desenvolvimento local ou não.

Sendo que o presente trabalho de pesquisa esta vinculado a vigência de um regulamento


estabelecido, importa salientar que o mesmo esta estruturado da seguinte forma: Introdução,
Fundamentação Teórica, Metodologia da Pesquisa e Resultados. Fazendo jus ao regulamento,
fazem parte da Introdução os seguintes elementos: Formulação do Problema, objectivos da
Pesquisa, Hipóteses, Delimitação da Pesquisa, Limitação e Justificativa.

No capítulo da Fundamentação Teórica, espelhou-se sobre os principais conceitos relacionado


ao tema da pesquisa, na qual a literatura usada foi sobre Empreendedorismo, Economia e
Desenvolvimento Local. Importa salientar que no teor do capítulo em causa, debruçou-se
sobre empreendedorismo local, tipos de empreendedorismo, factores de desenvolvimento
local, a importância do empreendedorismo nas comunidades ou localidades, e a relação do
empreendedorismo e o desenvolvimento local.

No capítulo da Metodologia da Pesquisa, detalhou-se sobre os métodos, instrumentos e


técnicas de pesquisas, que foram colocadas em evidência para realização da pesquisa. No
capítulo dos resultados, foi feita a apresentação e análises dos dados que foram colectados no
decorrer da pesquisa, mediante a utilização dos instrumentos adequados de colecta de dados.
Que de forma específica foi utilizado um questionário, constituído por questões abertas e
fechadas.

JOANA LEMOS
Formulação do Problema
Problema é a questão ou pergunta específica à qual se pretende dar resposta, Soares (2003, p.
47).

Diante a esta temática, e como forma sequencial do trabalho, relativamente à parte introdutora
até as considerações finais, desenvolveu-se a seguinte pergunta de partida:

 Será que o empreendedorismo constitui um factor relevante para o


desenvolvimento económico local?

Hipóteses
As hipóteses são suposições ou possíveis resposta das perguntas formuladas durante a
pesquisa de um tema, Filipe Pange (2013).

Considerando esta definição e a pergunta de partida, apresentei as seguintes hipóteses que


serão submetidas a verificação, a fim de serem confirmadas ou infirmadas:

H1 - O empreendedorismo tem um impacto positivo no processo de evolução do


município de Viana – Luanda Sul devido a forte iniciativa da população a novos negócios.

H2 - O empreendedorismo é um factor importante no desenvolvimento tanto do país


como do município por contribuir para a criação e geração de novos empregos.

H3 - Os empreendedores têm uma grande dificuldade de acesso ao financiamento para


iniciar os seus negócios.

Objectivos
O objectivo de uma pesquisa tem a intenção de esclarecer aquilo que o pesquisador pretende
desenvolver, desde os caminhos teóricos até os resultados a serem alcançados, Vergara
(2000).

JOANA LEMOS
Objectivo geral

Segundo Soares (2003, p. 46) o objectivo geral apresenta de forma genérica o que pretende o
pesquisador no desenvolvimento do assunto a ser abordado, independentemente das
motivações pessoais que podem ter sido apresentadas na justificativa.

Compreender os efeitos do empreendedorismo no factor de desenvolvimento económico


local.

Objectivo específicos
Objectivo específico é a subdivisão do objectivo geral em outros menores, Soares (2003, p.
46).

 Analisar de que forma o empreendedorismo poderá contribuir na economia do país;


 Verificar o impacto do empreendedorismo no desenvolvimento do município de
viana no ano 2022;
 Descrever os obstáculos enfrentados pelos empreendedores na região.

Delimitação
O tema deve ser delimitado, guardando uma relação espaço–tempo especificando seu
campo de conhecimento e situando a pesquisa geográfica e cronologicamente, ou
seja, no período analisado, originando assim seu título que deve guardar uma relação
directa com o assunto sobre o qual discorre, podendo ser dividido em título geral,
Gonçalves (2005, p.105).

Sendo o tema em estudo de amplitude abrangente, delimitamos o nosso estudo em Angola,


província de Luanda, município de Viana, onde selecionamos a zona Luanda Sul no ano 2022
para o estudo durante um determinado tempo.

Limitação
Relactivamente as limitações do presente trabalho de pesquisa cujo tema é
Empreendedorismo como factor de desenvolvimento local; estudo de caso município de

JOANA LEMOS
Viana-Luanda Sul no ano 2022, importa salientar que as limitações esta relacionado com a
pesquisa em geral, dificuldades no processo de aquisição do material necessário e completo
para realização da pesquisa, a fraca literatura nas várias bibliotecas que debruçam sobre o
tema em causa, bem como a falta de indicadores com dados concretos sobre a pesquisa. E
também dificuldades em entrar em contacto com os empreendedores para fornecerem nos
dados viável para preencher o nosso questionário.

Justificativa do Estudo
A escolha do tema Empreendedorismo como factor de desenvolvimento local, surgiu na
necessidade de aprofundar o conhecimento sobre o empreendedorismo e efectuar um estudo
abrangente sobre a mesma temática, saber o dia a dia dos empreendedores, os desafios que
enfrentam e as suas políticas de expansão dos negócios, até se tornarem empreendedores de
sucesso.

O nosso tema terá uma grande relevância no âmbito económico e social porque vem
ganhando espaço na promoção do desenvolvimento, junto com o fomento da inovação e
crescimento. Por se constituir em mais uma alternativa de combate a pobreza e a exclusão
social, e de promoção do desenvolvimento sustentável.

No âmbito acadêmico nos ajudará a ter uma visão mais ampla sobre o empreendedorismo a
fim de nos dar luzes de tornarmos realidade o sonho de ter o próprio negócio.

E no âmbito profissional, em busca de um crescimento pessoal e colectivo, através do


desenvolvimento da capacidade intelectual para investigar e solucionar problemas, tomar
decisões, ter iniciativa e orientação inovadora.

JOANA LEMOS
CAPÍTULO I – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

1.1 Definição de Termos e Conceitos

No acto da elaboração da presente pesquisa, há dois termos fundamentais a serem definidos


para melhor compreensão da temática, que são: empreendedorismo e desenvolvimento local.

Empreendedorismo – é o processo de criação ou expansão de negócios que são inovadores


ou que nascem a partir de oportunidades identificadas. É claramente uma noção que se
incorpora o início e o fim de empresas, baseado no ideal de Schumpeter, que considerava o
empreendedorismo como o motor fundamental da economia (SCHUMPETER, 1942).

Desenvolvimento Local – o desenvolvimento local é um conceito que aponta primeiramente


para a questão da autonomia municipal, do protagonismo dos actores envolvidos e da
capitalização dos resultados no próprio Município. O desenvolvimento local não decorre ou é
o resultado automático do desenvolvimento gerado em outras esferas de governo, como a
União ou os Estados, podendo possuir elementos muito próprios, envolvendo actores que
habitam, dialogam e transitam também na esfera municipal (ENAP-Brasil, 2018).

1.2 Empreendedorismo

Segundo Filion (1999), o termo empreendedorismo originou-se no século XIX, através de


pessoas que adquiriam algum produto ou serviço, nele desenvolviam alguma melhoria e o
vendiam por um preço maior. O enfoque sobre o empreendedorismo é o econômico
relacionado a inovação e a comportamentalista, concentram-se nas características criativas e
intuitivas dos empreendedores.

De acordo Maximiano (2006), a história do empreendedorismo sempre esteve presente no


mundo. A figura do empreendedor é dominante em toda história do progresso da humanidade.
As grandes navegações, a revolução mercantil e a revolução industrial são apenas alguns dos
eventos promovidos pelo empreendedorismo, envolvendo a tomada de riscos na identificação
e no aproveitamento de oportunidades.

JOANA LEMOS
O empreendedorismo alimenta-se de oportunidades, estas, porém, são de difícil identificação
e em geral, os dados são contraditórios e as informações incompletas. Além dessas
dificuldades, que acompanham naturalmente as oportunidades, ainda existem as dificuldades
pessoais que terão de ser transpostas para sua percepção a fim de padronizar e preparar o
empreendedor a enfrentar os desafios que o empreendedorismo apresenta.

O empreendedorismo é o motor que conduz a economia ao sucesso. Podemos considerar


como a unidades de produção de bens e serviços com o intuito primordial de gerar emprego e
rendimento para as pessoas nelas envolvidas e caracterizam-se pelo baixo nível de
organização e a pequena escala, pela pouca ou nenhuma divisão entre trabalho e capital como
factores de produção e pelo facto das relações de trabalho, quando existentes, serem baseadas
na maior parte das vezes em empregos ocasionais, relações de parentesco ou relações pessoais
e sociais, em lugar de relações contratuais com garantias formais, (International Labour
Organization, 2002).

1.2.1 Evolução histórica do empreendedorismo

Após a queda de Roma, por volta de 476 d.C., até meados do século XVIII, praticamente não
existiu aumentos na geração de riqueza, mas com o advento do empreendedorismo, esse
cenário muda principalmente no ocidente, que apresenta um crescimento exponencial de 1700
a 1900. Assim, ao longo deste cenário, o pensamento empreendedor evolui, evidenciando a
dimensão que o termo alcança, disseminando-se nas escolas de negócios e academias,
(Murphy; Liao; Welsch, 2006).

Neste sentido, o interesse por seu estudo aumenta consideravelmente com uma comunidade
científica reconhecida e expressando-se através de um grande número de conferências, teses,
artigos e publicações científicas sobre o termo empreendedorismo. Mesmo que para muitos o
campo de pesquisa em empreendedorismo seja relativamente novo, os pensamentos pioneiros
sobre o termo não são.

Segundo Astrom (2012), em seu estudo considera que provavelmente a função é tão antiga
como o intercâmbio e o comércio entre os indivíduos na sociedade, mas, no entanto, este

JOANA LEMOS
conceito não era discutido, e somente a partir da evolução dos mercados econômicos os
cientistas se interessaram pelo fenômeno.

Nesta perspectiva de entendimento, Julien (2010), destaca a importância das raízes do


empreendedorismo que estão ligadas em áreas mais antigas e consolidadas como a economia,
ciência do comportamento, psicologia, ciência cognitiva e sociologia. A esse respeito,
estudiosos do empreendedorismo têm emprestados conceitos e teorias das disciplinas
tradicionais e os adaptados para o estudo do empreendedorismo e essa importação de outros
campos de pesquisa é muitas vezes um primeiro passo necessário para criar um campo que
posteriormente desenvolve conceitos únicos com teorias próprias.

A era dos estudos em gestão, nos anos de 1970, por sua vez, foi marcada por mudanças
políticas, econômicas e tecnológicas. Neste contexto, a dinâmica do empreendedorismo torna-
se um tema dominante na sociedade, ela é reconhecida como a era de base multidisciplinar,
pelas pesquisas que envolvem oportunidades, redes de acesso a informações, aos factores
sociológicos, entre outros.

Segundo Landstrom e Benner (2010), descrevem que muitos estudiosos de diferentes áreas se
interessam pelo tema empreendedorismo, com isso o campo cresceu consideravelmente,
porém esse aumento de pesquisa não significa um consenso, apenas reforça a necessidade de
pesquisas sistemáticas direcionadas a uma melhor compreensão do fenômeno.

Na perspectiva de Landstrom, Harirchi e Astrom (2012), o campo de pesquisa sobre


empreendedorismo tornou-se alvo de muita atenção ao longo das últimas cinco décadas, o que
foi fundamental na construção de sua infraestrutura conceitual, no entanto, há uma falta de
consenso sobre o que precisamente se constitui o empreendedorismo. Assim, para os autores é
oportuno olhar para trás de forma mais sistemática analisando o que foi alcançado, tentar
identificar as principais contribuições discutidas de forma a se estabelecer uma base para o
futuro quanto ao desenvolvimento do empreendedorismo e seu campo. Eles ainda destacam a
evolução do campo de estudo em três fases distintas descritas assim:

A primeira denominada de decolagem, diz respeito aos estudos pioneiros sobre o tema, com
pesquisas direcionadas para as características do empreendedor e sua personalidade, apoiadas
em princípios da psicologia, dada a novidade do campo, era fácil para os pesquisadores de

JOANA LEMOS
diferentes áreas realizarem pesquisas sem experimentar discussões mais analíticas sobre a
relevância do estudo. Foi neste período que estudos pioneiros como o David Birch como o
trabalho The Job Generation Process publicada em 1979, mostrando que a maioria dos novos
empregos na época nos Estados Unidos tinham sido criados por novas e pequenas empresas.
Com esses resultados o impacto no empreendedorismo e na comunidade de pesquisa e nos
políticos foi enorme e fundamental para a incorporação das pequenas empresas no contexto
das políticas do desenvolvimento econômico.

A segunda denominada, a fase do Crescimento ligada à construção de uma infraestrutura e à


fragmentação da pesquisa, destacam os anos de 1990 pelo enorme crescimento das
investigações sobre empreendedorismo, o que ocasionou uma disseminação social ampla com
o aumento do número de periódicos científicos, conferências, programas educacionais e
cursos ligados à área. Os autores relatam que essa década não foi apenas marcada pela
migração em larga escala para este campo, pois os estudos que aconteceram dentro e fora dele
ocasionando consequências no desenvolvimento cognitivo, tornando-se altamente
fragmentado, composto essencialmente por trabalho mais empíricos que teóricos.

A terceira fase de Maturidade depois de quase 30 anos de intenções estudos sistemáticos, o


campo de estudo sobre empreendedorismo vem se consolidando tanto em um sentido social
quanto cognitivo. Foi observado que este campo cresceu significativamente e tornou-se um
tema popular de interesse entre os estudiosos de muitas disciplinas diferentes. Como
consequência, ficou mais heterogêneo, com subgrupos de estudos, movendo-se em direções
diferentes, causando uma certa tensão no interior do campo.

1.2.3 Empreendedorismo Formal e Informal

O empreendedorismo informal refere-se aos negócios ou actividades que não estão


regulamentados ou protegidos pelo Estado. Além de danos econômicos, a informalidade pode
comportar riscos significativos para o trabalhador, uma vez que estes possuem pouca proteção
social, ganhos relativamente baixos e altos índices de mortalidade nos pequenos
empreendimentos daí a importância de políticas públicas capazes de facilitar a formalização
de pequenos negócios já existentes e incentivar o surgimento de novos empreendimentos
formais (LAIGLESIA, 2009).

JOANA LEMOS
Segundo Jutting e Laiglesia (2009), a informalidade representa a falta de confiança nas
instituições públicas, ou seja, a percepção negativa do papel do Estado e a compreensão
limitada dos benefícios derivados da segurança social. É basicamente um sinal de contrato
social quebrado, que requer políticas públicas inovadoras, tais como campanhas de
informação sobre os benefícios do trabalho formal e os riscos gerados pela informalidade.

O termo trabalho informal pode ser conferido a inúmeras atividades que são desempenhadas à
margem ou fora da legislação trabalhista, todavia a exceção de algumas ressalvas. Ao passo
que o número de desempregados aumenta, cresce também o volume de pessoas que buscam se
encaixar de alguma maneira no setor informal. Afinal, é um ambiente onde há vaga para
todos, embora devam enfrentar as dificuldades inerentes ao setor. Isto diz respeito a um
campo que absorve pessoas de ambos os sexos, com ou sem formação escolar, das mais
diversas faixas etárias, entre outras tantas características que as distinguem, mas todas com
um objetivo em comum: garantir uma renda financeira (FERNANDES, 2008).

Em Angola, o empreendedorismo formal é representado por empreendimentos que são


devidamente legalizados de acordo a Lei nº 13/11 de 13 de setembro e que cumpram os
pressupostos tributário relacionado ao pagamento de impostos e tributos.

1.2.4 Teorias do empreendedorismo

As principais teorias que abordam o empreendedorismo são: a teoria econômica e a teoria


comportamentalista. A teoria econômica, também conhecida como schumpeteriana,
demonstra que os primeiros a perceberem a importância do empreendedorismo foram os
economistas. Estes estavam primordialmente interessados em compreender o papel do
empreendedor e o impacto da sua actuação na economia. três nomes destacam-se nessa teoria:
Richard Cantillon, Jean Baptiste Say e Joseph Schumpeter.

A teoria comportamentalista, refere-se a especialistas do comportamento humano: psicólogos,


psicanalistas, sociólogos, entre outros. O objectivo desta abordagem do empreendedorismo
foi de ampliar o conhecimento sobre motivação e o comportamento humano.

JOANA LEMOS
Um dos primeiros autores desse grupo a demonstrar interesse foi Max Weber. Ele identificou
o sistema de valores como um elemento fundamental para a explicação do comportamento
empreendedor. Via os empreendedores como inovadores, pessoas independentes cujo papel
de liderança nos negócios inferia uma fonte de autoridade formal. Todavia, o autor que
realmente deu início à contribuição das ciências do comportamento foi David C. McClelland.

Para Hisrich & Peter (2004) apresentam informações sobre o desenvolvimento da teoria do
empreendedorismo e do termo empreendedor a partir da Idade Média até 1985, quando ele
define o empreendedorismo como processo de criar algo diferente e com valor, dedicando o
tempo e o esforço necessário, assumindo os riscos financeiros, psicológicos e sociais
correspondentes e recebendo as consequentes recompensas da satisfação econômica e
pessoal”.

Segundo Zarpellon (2010), apresenta a Teoria Econômica Institucional de Douglas North,


vencedor do Prêmio Nobel de 1993, como marco teórico do empreendedorismo. Ele afirma
que os estudos e publicações sobre empreendedorismo, de maneira geral, utilizam referencial
teórico de autores ligados a duas correntes principais de estudo do empreendedorismo: os
economistas e os comportamentalistas.

O precursor da Teoria Econômica Richard Cantillon associou o empreendedor a


oportunidades de lucro não exploradas e o risco intrínseco a sua exploração, destacando que
Adam Smith é considerado o formulador da teoria econômica o qual vislumbra o
empreendedor como aquele que deseja obter um excedente de valor sobre o custo de produção
(ZARPELLON, 2010),

Para Schumpeter (1988), o empreendedor promove a inovação, sendo essa radical, pois
destrói e substitui esquemas de produção vigentes. Baseado nessa premissa nasce o conceito
de destruição criativa.

De acordo Drucker (1998) afirma que Schumpeter postulava que o desequilíbrio dinâmico
provocado pelo empreendedor inovador, em vez de equilíbrio e otimização, é a norma de uma
economia sadia e a realidade central para a teoria econômica e a prática econômica”. Portanto,
o enfoque predominante desta teoria é construído em torno do marco teórico da teoria
econômica institucional.

JOANA LEMOS
O empreendedorismo é visto mais como um fenômeno individual, ligado à criação de empre-
sas, quer através de aproveitamento de uma oportunidade ou simplesmente por necessidade de
sobrevivência, do que também um fenômeno social que pode levar o indivíduo ou uma
comunidade a desenvolver capacidades de solucionar problemas e de buscar a construção do
próprio futuro, isto é, de gerar Capital Social e Capital Humano (ZARPELLON, 2010).

De acordo North (1990), enfatiza que as Instituições são as regras do jogo em uma sociedade
e, formalmente, são as limitações idealizadas pelo homem, as quais dão forma e regem a
interação humana. As regras do jogo podem ser compreendidas como os direitos de
propriedade, direito comercial, trâmites burocráticos para a abertura de empresas, ideias,
crenças, valores, atitudes em direção aos empreendedores, entre outras, afetam a criação e o
desenvolvimento de novas empresas.

1.2.5 Categorias do empreendedorismo

Segundo Pessoa (2005), define em três os principais tipos de empreendedorismo, o


empreendedorismo corporativo (intra-empreendedor ou empreendedor interno), o
empreendedorismo start-up baseada na criação de novos negócios, empresas e o
empreendedorismo social que cria empreendimentos com missão social, são pessoas que se
destacam onde quer que trabalhem.
O empreendedorismo corporativo pode ser definido como sendo um processo de
identificação, desenvolvimento, captura e implementação de novas oportunidades de
negócios, dentro de uma empresa existente.

Empreendedorismo start-up tem como objectivo dar origem a um novo negócio. Ele analisa o
cenário e diante de uma oportunidade apresenta um novo empreendimento. Os seus desafios
são claros: suprir uma demanda existente que não vem sendo dada devida atenção; buscar e
apresentar diferenciais competitivos em um mercado já existente; vencer a concorrência;
conquistar clientes; e alcançar a lucratividade e a produtividade necessárias à manutenção do
empreendimento.

JOANA LEMOS
O empreendedorismo social é um misto de ciência e arte, racionalidade e intuição, ideia e
visão, sensibilidade social e pragmatismo responsável, utopia e realidade, força inovadora e
praticidade. O empreendedor social subordina o econômico ao humano, o individual ao
colectivo e carrega consigo um grande “sonho de transformação da realidade actual. O
empreendedorismo social difere do empreendedorismo propriamente dito em dois aspectos:
não produz bens e serviços para vender, mas para solucionar problemas sociais, e não é
direcionado para mercados, mas para segmentos populacionais em situações de risco social
(exclusão social, pobreza, miséria, risco de vida).

1.3 O Empreendedor

Segundo Dornelas (2005), a palavra empreendedor (entrepreneur) é de origem francesa que


significa aquele que corre risco e começa algo de novo.

O empreendedor é aquele que cria e inova, que tenta constantemente antecipar-se aos factos e
que tem sempre presente uma visão futura da organização (Dornelas, 2001).

Segundo Chiavenato & Sapiro (2003) corroboram com o conceito, acrescentando que não são
apenas fundadores de grandes organizações que são empreendedores, mas, sim todos os
indivíduos que exploram oportunidades, iniciam projectos criativos, assumem riscos e inovam
continuamente.

De acordo com Shumpeter (1949), empreendedor é aquele que destrói a ordem económica
existente através da introdução de novos produtos e serviços, pela criação de novas formas de
organização, ou pela exploração de novos recursos materiais.

Para Chiavenato (2004) espírito empreendedor é a energia da economia, a alavanca de


recursos, o impulso de talentos, a dinâmica de ideias. Mais ainda: ele é quem fareja as
oportunidades e precisa ser muito rápido, aproveitando as oportunidades fortuitas, antes que
outros aventureiros o façam. O empreendedor é a pessoa que inicia e opera um negócio para
realizar uma ideia ou projecto pessoal assumindo riscos e responsabilidades e inovando
continuamente.

JOANA LEMOS
De acordo a teoria dos autores estudados, verifica-se que ser empreendedor significa possuir,
acima de tudo, o impulso de materializar coisas novas, concretizar ideias e sonhos próprios e
vivenciar características de personalidade e comportamento não muito comuns nas pessoas.

1.3.1 Tipos de Empreendedor

Quando se fala de empreendedorismo e empreendedores importa analisar as razões que levam


alguém a querer ser empreendedor, quais as suas motivações. Estas geralmente estão
associadas a factores como a vontade de criar algo novo, de ter algo seu, a capacidade de
arriscar e de sair da zona de conforto, a curiosidade, a criatividade e ou capacidade de
trabalho. Isto permite traçar o perfil do empreendedor de sucesso, normalmente associado a
pessoas persistente nos objectivos que prosseguem, não desistindo face a possíveis
obstáculos.

Vários são os motivos que levam as pessoas trilharem o caminho de se tornar empreendedor
na qual exige não só dedicação, como também foco, determinação, capacidade de inovação e
adaptação no contexto económico e social do paradigma que se pretende enquadrar.

De acordo Sharma (2020), existem dois tipos de empreendedores que são:

Empreendedor por necessidade; este é o tipo de empreendedor que ao longo do seu


desenvolvimento nunca se interessou muito pela iniciativa empresarial, mas que, num dado
momento da sua vida, e devido a alguma circunstância ou motivo específicos, teve de
enveredar pelo caminho do empreendedorismo. O empreendedor por necessidade trilha um
caminho bastante diferente do empreendedor por vocação dado que, a certa altura da sua vida
e num curto período de tempo, terá que reunir um conjunto de competências que não possui e
estará mais sujeito a cometer erros uma vez que está a traçar um percurso novo, para o qual
lhe falta o saber e o saber fazer. No entanto, estes constrangimentos não são forçosamente
sinal de insucesso. Muitos empreendedores adaptam-se a essa nova realidade e acabam por se
tornar empresários de sucesso.

Empreendedor por vocação; é o tipo de empreendedor que demonstra uma vontade e um


perfil pragmático, muito orientado para a transformação de ideias em negócios de sucesso.

JOANA LEMOS
Normalmente tem como referências outros empreendedores que, desde muito cedo, o
motivaram no sentido de estimular o desenvolvimento de novos projectos. Apresenta desde
muito cedo um perfil empreendedor, demonstrando competências de liderança e capacidade
efectiva para assumirem riscos, características que são depois aplicadas na gestão dos seus
negócios. Tendem a ter um percurso rápido, com capacidade efectiva para resolver de forma
eficiente os problemas que vão surgindo no exercício da sua actividade.

1.3.2 Características do Empreendedor

De entre as várias características que permitem identificar um empreendedor podemos


destacar algumas que se podem considerar inatas como a perseverança, o desejo e vontade de
traçar o rumo da sua vida, a competitividade, a autoestima, o forte desejo de vencer, a
autoconfiança, a flexibilidade. Outras como as competências emocionais, o autoconhecimento
ou a criatividade podem ser desenvolvidas. É essencial que o empreendedor seja receptivo à
inovação e criatividade para melhor identificar as oportunidades, seja realista na apreciação de
novas ideias e persistente na prossecução de um objetivo concreto e bem estabelecido.

Segundo Sharma (2020), as principais características de um empreendedor são:

 Desejo de criar, inovar e gerar desafios


Um empreendedor apresenta sempre uma boa dose de talento e paixão, aliado a um
certo inconformismo perante a rotina. Consegue transformar simples ideias em
negócios efetivos, agir com independência, determinar quais os passos a seguir, abrir
caminhos, decidir o rumo a tomar.

 Utilizar os recursos disponíveis de forma criativa


Ter critério na aplicação de investimentos e postura de contenção de custos é uma
imposição. É fundamental que o empreendedor tenha um planeamento rigoroso e
contido dos seus investimentos, aposte na contenção de custos e reduza ao máximo as
ineficiências e os desperdícios. A aposta na celebração de parcerias estratégicas é
outra forma de otimizar despesa, atenuando custos fixos.

JOANA LEMOS
 Capacidade de Liderança
Um empreendedor tem necessidade de manter o controlo das situações. Para isso, é
importante saber definir objetivos, orientar a realização de tarefas, combinar métodos
e procedimentos práticos, incentivar pessoas para alcançar as metas definidas e criar as
condições para o trabalho em equipa.

 Automotivação e entusiasmo
Uma das caraterísticas mais fortes nos empreendedores é a capacidade de
automotivação relacionada com desafios e tarefas em que acredita, com uma forte
convicção nas suas ideias. Além da compensação financeira, a capacidade de criar,
inovar e de se impor aos desafios são algumas das motivações do empreendedor.

 Apetência para correr riscos e enfrentar incertezas


Assumir riscos faz parte de qualquer atividade e é preciso aprender a geri-los. O
nascimento de qualquer iniciativa empresarial está sempre em volta em incertezas,
com um sem número de desafios pela frente até se tornar um negócio de sucesso.

 Grande nível de autoconfiança e otimismo


A autoconfiança, aliada à persistência e à resiliência, impulsionam o empreendedor a
continuar a acreditar no sucesso e a trabalhar, mesmo quando se depara com más
experiências e falhanços, levando a que a sua capacidade de superar os desafios seja a
garantia na busca do sucesso da ideia de negócio.

 Visão para identificar oportunidades de negócio


Um empreendedor é capaz de olhar para além do óbvio e de ver oportunidades antes
das outras pessoas. A economia, os mercados e a realidade empresarial estão em
constante mutação. Isto exige do empreendedor uma preocupação constante em
identificar novas oportunidades de negócio, diversificar o leque de produtos e serviços
oferecem, abrir novos mercados e conquistar novos clientes.

 Espírito de observação
Para poder aproveitar as oportunidades, há que estar sempre atento e ser capaz de
perceber, no momento certo, as oportunidades de negócio que o mercado oferece. Um

JOANA LEMOS
empreendedor é alguém capaz de, observando o mundo em seu redor, identificar uma
ideia e criar uma solução, quando muitos outros, em condições semelhantes, não o
conseguiram.

 Ser conhecedor do ramo em que actua


Para que o empreendedor alcance o sucesso é essencial manter-se informado e apostar
na sua formação, antecipando decisões estratégicas que lhe permitam andar mais à
frente do que a demais concorrência. Quanto mais dominar o ramo em que pretende
atuar, maiores serão as oportunidades de conseguir ter êxito. Nem sempre se é
conhecedor ou se tem experiência no setor e neste caso, o conhecimento e a formação
fazem toda a diferença. O empreendedor tem que saber antecipar a mudança do
mercado, dos clientes, ajustando os seus produtos e serviços constantemente sem
nunca esquecer de inovar ou pelo menos diferenciar.

 Capacidade de organização e autodisciplina


É necessária autodisciplina, organização e capacidade de utilizar recursos humanos,
materiais e financeiros de forma lógica e racional. A organização facilita o trabalho e
economiza tempo e dinheiro. O empreendedor necessita de capacidade para aplicar
essas características de sucesso a si mesmo e à equipa, uma vez que ninguém o fará
por si. Um empreendedor passa muitas vezes de uma realidade de trabalho por conta
de outrem, numa organização com regras e métodos de trabalho previamente
estabelecidos para uma realidade em que a sua capacidade de autodisciplina e
organização serão determinantes para o sucesso.

 Capacidade de análise e tomada de decisões


O empreendedor vai, permanentemente, ser solicitado a rever a situação do seu
negócio e a redesenhar orientações e planos, devendo ser capaz de tomar decisões
corretas no momento exato, estar bem informado, analisar friamente a situação e
avaliar as alternativas para poder escolher a solução mais adequada. Esta capacidade
requer um bom nível de autoconfiança e vontade de vencer obstáculos.

JOANA LEMOS
 Capacidade de trabalho em equipa
Esta capacidade está intimamente ligada à sua capacidade de liderança. O
empreendedor constrói equipas, delega responsabilidades, acredita na sua equipa e
obtém resultados através dela. Um processo de decisão partilhada é fundamental para
gerir de forma eficiente, reduzindo consideravelmente os riscos e as implicações
negativas de uma determinada decisão. Saber trabalhar em equipa e avaliar riscos
inerentes à atividade é uma das competências mais importantes de um empreendedor
de sucesso.

 Capacidade para transmitir conhecimentos e delegar competências


Numa empresa competitiva, é fundamental que a organização interna funcione, com
deveres e responsabilidades muito claras, de forma a que todos os colaboradores
entendam qual é o seu papel na organização, quais são os seus deveres e
responsabilidades e quem decide o quê. O empreendedor vai gerir e orientar a empresa
no sentido de a fazer avançar. A delegação de competências é um importante fator no
processo de gestão de uma empresa, levando os colaboradores a assumirem
responsabilidades.

 Capacidade de negociação
Esta é uma das características fundamentais para que o empreendedor tenha sucesso.
Deve ter um perfil marcadamente comercial, reforçado por competências de
negociação. Numa negociação de sucesso, ambas as partes ficam satisfeitas com as
condições acordadas e esta não deve ser encarada como uma guerra em que apenas
uma das partes pode ganhar. Se esta situação acontecer, poderá levar a que no futuro, a
outra parte se sinta prejudicada, não voltando a qualquer negociação.

 Gestão por objectivos


É essencial estabelecer objetivos ambiciosos e realistas como base fundamental para a
motivação da equipa, para o planeamento coerente das atividades e para a avaliação do
progresso do negócio.

JOANA LEMOS
1.4 Empreendedorismo e sua importância no desenvolvimento local

O empreendedorismo e desenvolvimento têm sido um tema muito discutido na literatura


nacional e internacional, no entanto poucos estudos têm se preocupado com as políticas
públicas ligadas aos pequenos empreendimentos e sua relação com o desenvolvimento local.
O empreendedorismo tem sido objecto de estudo em diversas áreas do conhecimento, como
na Economia, na Sociologia, na Administração, na Educação, representando um importante
vector de desenvolvimento local por meio da inclusão de classes sociais de baixa renda e
empreendedores que se preocupam em criar novos negócios e inovar os já existentes para
ampliação e aplicação de novos produtos e serviços no mercado local e nacional.

Segundo Cepêda (2012), o termo desenvolvimento é polissêmico e vem sendo discutido nas
ciências sociais há muito tempo. No século XVIII, por exemplo, desenvolvimento estava
relacionado à evolução e ao progresso, o que pode ser observado na obra de A Riqueza das
Nações de Adam Smith. Para esse autor, o desenvolvimento pressupunha evoluir de maneira
crescente a energia contida nas formas de produção, o que geraria crescimento econômico em
pequena e grande escala.

Por um lado, essa integração se expressa tanto na esteira da globalização quanto na da


revolução tecnológica que é capaz de diminuir as distâncias. Por outro, o desenvolvimento
local, por possuir uma dinâmica própria, nem sempre pode ser traduzido como mera
consequência do que acontece em outras esferas de governo.

INAP Brasil descreve que a expressão Desenvolvimento Local deriva para dois conceitos
pertinentes:

Desenvolvimento sendo aquilo que em si pode tomar diferentes manifestações ou acontecer


em diferentes campos da vida do município e que, tradicionalmente, é associado à geração de
renda ou riqueza. É aquela associação automática que qualquer pessoa faz de que desenvolver
é alcançar mais, e neste caso, mais renda, individualmente, ou riqueza, sendo que, nesse caso,
estamos pensando coletivamente sobre um Município, Estado ou País.

JOANA LEMOS
A palavra local, não é sinônimo de pequeno e não restringe necessariamente à diminuição ou
redução. O conceito de local adquire, pois, a conotação de alvo territorial das acções e passa,
assim, a ser definido como o âmbito abrangido por um processo de desenvolvimento em
curso, em geral quando esse processo é pensado, planeado, promovido ou induzido (Franco,
2000).

Local é relativo ao espaço no qual o cidadão vê sua vida e relações acontecerem.

Apesar da importância e relevância do empreendedorismo para o desenvolvimento


econômico, a visão schumpeteriana restringe o sucesso de uma economia a um indivíduo o
empreendedor. Dada a complexidade do ambiente empresarial futuro, os gestores deverão
estar atentos a uma nova maneira de fazer negócios, baseada na crescente velocidade da
informação e na necessidade de se trabalhar coletivamente: parcerias e alianças estratégicas.

Neste sentido, Meyer (2001) evidencia etapas da promoção do desenvolvimento local


ocorridas nos países desenvolvidos, que serviriam como um bom roteiro a ser seguido em
países em desenvolvimento. Estas etapas são, inicialmente a disponibilidade de terrenos; logo
após o apoio e a atração de empresas e faz-se um marketing de imagem local; o próximo
passo é dar apoio com uma agência de desenvolvimento, sucessão empresarial, suporte para
empresas e novos empreendimentos; e por fim fazer a integração com a agenda 21, definir
uma estratégia regional e fazer ligação entre promoção econômica e outras atividades.

O processo de desenvolvimento económico requer a geração de emprego e renda para a


população. Nos países em desenvolvimento, o empreendedorismo pode dar uma grande
contribuição para a criação de novos postos de trabalho. É, portanto, tendo em vista a
relevância dos empreendimentos de micro e pequeno porte para o país que este trabalho se
propõe, que através dos tempos foi sofrendo alterações. Em um segundo momento, tratar-se-á
da importância do empreendedorismo para o desenvolvimento econômico de uma nação,
assim como da importância dos pequenos empreendimentos para o desenvolvimento local e
da importância da formação de parcerias entre os pequenos empreendimentos no intuito de
alavancarem seus negócios.

JOANA LEMOS
1.5 O papel do governo no desenvolvimento local

Os municípios são agentes determinantes para o desenvolvimento da economia local. Os


municípios, em muitos lugares, são responsáveis por fornecer vários serviços e por
implementar as regulamentações, por exemplo, zoneamento da terra, que atingem um amplo
espectro de necessidades do desenvolvimento econômico local. Além de fornecer
infraestrutura física e de outra natureza, eles podem facilitar o desenvolvimento dos negócios,
a atração e permanência de empresas por meio de marketing, de produtos locais, oferecer
incentivos para apoiar a expansão dos negócios, fornecer educação e treinamento, apoiar o
desenvolvimento de pequenos empresários e melhorar a manutenção da infraestrutura.

Com muitas responsabilidades e poucas oportunidades de atrair grandes empresas, a maioria


dos municípios precisa percorrer um caminho alternativo para garantir o desenvolvimento
socioeconômico na sua localidade, outros optam em criar negócios de forma formal e outros
de forma informal. No caso de Angola, em função da centralização dos serviços públicos e a
difícil acesso a informação sobre o processo de criação de negócios, os munícipes optam em
começar de um dia para outro, facto que também resulta por causa da crise que se vive no
país.

De acordo com Figueiredo e Leite (2006), as pesquisas mostram que mais importante do que
a instalação de indústrias nas localidades é a possibilidade de cada cidade desenvolver
determinados talentos e capacidades de sua população, de forma a incentivar a inovação e o
empreendedorismo. Para que esse ambiente surja em determinada localidade, é essencial a
acção conjunta do governo central e local.

De qualquer forma, cabe ao poder público organizar e fomentar o empreendedorismo. Quando


isso ocorre, e cada localidade começa a explorar suas potencialidades, o domínio monopolista
dos grandes centros dá lugar à interdependência. O novo modelo econômico deve estar
baseado no surgimento de empresas criativas, que promovam constantemente essa inovação e
as transformem em oportunidades de produção, emprego e renda.

Os municípios administram uma grande diversidade de procedimentos regulatórios, relativos


ao sector de negócios e geração de novos empreendimentos, tais como: registro, concessão de

JOANA LEMOS
licenças e de alvarás. De acordo esta perspectiva, as principais tarefas do governo local para o
desenvolvimento na economia local são:

 Realizar análises da economia local;


 Facilitar na obtenção de documentos e locais para o exercício económico;
 Prover liderança para o desenvolvimento econômico local;
 Coordenar e financiar a implementação de projetos de desenvolvimento da economia
local;
 Garantir acessibilidade nas vias;
 Garantir energia sustentável;
 Garantir transportes adequados;
 Garantir a alta qualidade dos serviços disponibilizados;
 Promover incentivos fiscais, de desenvolvimento do uso do solo e de marketing, para
atrair o capital privado;
 Promover o desenvolvimento dos negócios locais por meio de políticas de aquisição; e
 Gerar e promover uma atmosfera que estimule o crescimento dos negócios.

1.6 A importância das Médias e Pequenas Empresas

As MPE’s apresentam como característica essencial a figura de um fundador ou de


fundadores. Nascem pequenas como empreendimentos, mas nascem igualmente sob condução
de um indivíduo ou de poucos indivíduos, imbuídos de um desafio, ao mesmo tempo pessoal
e profissional. Há, portanto, um forte componente de individualidade.

Segundo Chiavenato (2008), o avanço da economia depende dos pequenos negócios que
respondem por grande parte da geração de empregos, das inovações, do pagamento de
impostos e da riqueza das nações.

Tanto em empresas familiares como em empresas ainda individuais ou de poucos sócios,


deve-se ressaltar que uma das características essenciais das MPE’s é o empreendedorismo. Na
verdade, pode-se observar, nos casos de criação de pequenas empresas, que os novos
empreendimentos não trazem necessariamente a inovação, mas podem trazer, por vezes,
algumas das características do empreendedor, seja com a descoberta de um novo produto ou
JOANA LEMOS
serviço, novos métodos capazes de revolucionar um processo produtivo, novos mecanismos
de comercialização, distribuição, ações para aproximar consumidor dos produtos, novos
mercados, novas fontes para a fabricação de determinado produto, seja através da prestação de
determinado serviço ou nova forma de organizar o negócio.

1.6.1 Análise de novos negócios no mercado

Muitas pessoas ao andar pela cidade, podem apenas ver multidões e anúncios, enquanto um
empreendedor percebe o que está por trás disso; fluxo de pessoas, vendas, movimentação de
bens, faixas etárias e tipos de comércio, entre outras informações, sendo assim capaz de
identificar boas oportunidades (MAXIMIANO, 2006).

Abrir uma média ou pequena empresa não significa apenas empreender um novo negócio,
gerar empregos, ou fazer girar o enorme ciclo da economia nacional. É uma avassaladora
onda que envolve todos os países ricos e chega intensamente ao nosso País no esteio criado
pelas grandes empresas nas qual o gigantismo e a burocracia impedem a competitividade
(CHIAVENATO, 2008).

O conceito de negócio deve ser desenvolvido com papel, Lápis, alguma pesquisa pessoal,
muita observação, imaginação e simulação. Não é necessário nenhum investimento a não ser
um pouco de tempo do futuro empreendedor. É preciso observar, simular operações de
compra e dos potenciais clientes. Para isso é necessário saber quem decide a compra, tentar
imaginar situações em que potenciais clientes trocariam seu dinheiro pelos produtos ou
serviços oferecidos (DEGEN, 1999).

Segundo o autor Chiavenato (2008), classifica a identificação de oportunidades como


primeiro passo para o desenvolvimento de um produto ou negócio. Geralmente a
oportunidade é uma lacuna detectada ao se avaliar o mercado e os produtos e serviços
oferecidos.

Os autores apresentam uma prespectiva ampla sobre a geração de novos negócios no


mercado, uma vez que os países menos desenvolvidos devem optar pela regração de novos
empreendimentos que por sua vez tranzem novos serviços e produtos no mercado, é
fundamental que as oportunidades sejam criadas a partir dos governos e o próprio povo.

JOANA LEMOS
1.7 Plano Integrado de Aceleração da Agricultura e Pesca Familiar
¨PIAAPF¨

O PIAAPF é um plano integrado lançado em Junho de 2020 pelo Ministério da Agricultura e


Pescas com objetivo de acudir a agricultura e pesca familiar em todo território nacional.

De acordo a descrição do plano, a produção alimentar familiar é sem dúvidas, um pilar muito
importante para a economia angolana, sendo fundamentalmente desenvolvida nos sistemas
agrícolas, pecuários, pescas e silvicultura que utilizam mão de obra familiar intensiva, sendo
que, actualmente este segmento é responsável pela produção de cerca do 81% dos cereais,
92% de raízes e tubérculos e 89% das leguminosas e oleaginosas 85% de carnes, 30% de
peixe. Em Angola, na actividade agropecuária e pesca estão envolvidas mais de 3.015.477
famílias, que criam mais de 5.171.991,27 empregos, o que representa cerca de 51,29% da
população economicamente activa. Em Angola identificam-se pelo menos três tipos de
agricultores familiares, sendo: a) Subsistência, b) Transição (consolidação da comercialização
ou transformação) e c) Consolidados (integração com os mercados), substrato que igualmente
é encontrado no sub-sector na Pesca artesanal e aquicultura e merece uma intervenção
diferenciada.

A produção agropecuária e pesca familiar, entretanto, tem enfrentado sérios desafios para seu
desenvolvimento, como acesso seguro e equitativo da terra, água, pouca cobertura geral de
assistência técnica, facilidades de crédito, reduzido conhecimento, falta de disponibilidade de
factores de produção e artefactos de pesca a preços competitivos. Por outro lado as limitações
em vias rurais para escoamento dos produtos, carência de infraestruturas de armazenamento,
congelação, e processamento para obter preços mais competitivos, limitados investimentos
em tecnologias e inovações, sistemas de irrigação, mecanização e equipamentos,
telecomunicação, ou seja, o ambiente para fazer negócio a nível da produção agropecuária e
pesca familiar tem de se fortalecer com a integração de actores e investimentos ao longo das
cadeias de valor.

JOANA LEMOS
1.8.1 Linhas estratégicas

Na elaboração do presente documento, foi considerado imperativo contextualizar as medidas


preconizadas no quadro mais geral das iniciativas do Executivo. Desta forma, o quadro
abaixo, retirado do Plano de Desenvolvimento de Médio Prazo do Sector Agrário 2018-2022
e do Plano de Desenvolvimento das Pescas em Angola (2016-2020) ilustra o enquadramento
estratégico do actual Plano Integrado de Aceleração da Agricultura e Pesca Familiar:

1.8.2 Recursos humanos

Para o sucesso deste plano é necessário com a devida urgência recrutar e reter técnicos, por
via igualdade salarial com a educação e saúde, principalmente para técnicos que trabalham no
meio rural. O garante da assistência técnica necessária aos produtores só será possível com o
ingresso de novos técnicos e existência de meios técnicos, transportes e outros.

1.8.3 Factores de produção

Angola não produz fertilizantes, sementes, pesticidas, vacinas, medicamentos para uso
animal, artefacto de pesca, redes, anzóis, embalagens e outros semelhantes, pelo facto, para o
garante da produção nacional é necessário o Estado garantir a existência de linhas de crédito
de suporte aos operadores deste segmento anualmente e nos períodos necessários, assim as
respectivas divisas.

1.8.4 Produtos e Animais prioritário

Este plano visa acelerar de forma geral a produção nacional e de forma particular a produção
dos seguintes produtos, preferencialmente produzidos a nível familiar:

Produtos agrícolas prioritários


 Cadeia de valor de milho;
 Cadeia de valor de feijão;
 Cadeia de valor de mandioca;
 Cadeia de valor de batata rena;
 Cadeia de valor de batata doce;

JOANA LEMOS
 Cadeia de valor de massango;
 Cadeia de valor de massambala;
 Cadeia de valor de soja;
 Cadeia de valor de arroz

Produtos animais prioritários:


 Cadeia de valor das carnes;
 Avicultura, caprinos suínos, bovinos;
 Cadeia de valor de ovos;
 Cadeia de valor de leite;
 Tilápia (cacusso);
 Carapau do Cunene;
 Sardinella aurita (Lambula);
 Sardinella maderensis (palheta).

1.8.5 Visão

Tornar o sector produtivo agrário e pesqueiro familiar competitivo e relevante no novo


paradigma de desenvolvimento económico e social do país.

1.8.6. Objectivo geral

 O aumento da produtividade e produção agropecuária, produção de produtos florestais


familiar, pesca e aquicultura ao nível artesanal orientados para o mercado;
 Aumento do número de empregos, maior rendimento das famílias e consequente
crescimento económico;
 Melhoria da segurança alimentar e nutricional, assim como a autossuficiência em
alguns produtos alimentares, permitindo e diversificação das exportações e
substituição das importações e crescimento económico.

1.8.7. Mecanismos financeiros disponíveis

1. Linha de crédito do FADA, de 15 mil milhões de Kwanzas para o financiamento às


explorações agropecuárias familiares, com taxas de juros não superiores a 3%;

JOANA LEMOS
2. Linha de crédito do BDA, de 26,4 mil milhões de Kwanzas, com taxa de 9%, maturidade
de 2 anos e carência de capital de 180 dias, para financiar a compra dos operadores do
comércio e a distribuição aos produtores nacionais dos seguintes produtos: Milho; Arroz;;
Massambala; Massango; Batata Rena; Batata-Doce; Mandioca; Feijão; Ginguba; Girassol;
Soja; Banana de Mesa; Banana Pão; Manga; Abacate; Citrinos; Mamão; Abacaxi; Tomate;
Cebola; Alho; Cenoura; Beringela; Repolho; Pepino; Couve; Bovina; Caprina e Ovina; Suína;
Aves; Ovos (de galinha); Mel; Carapau; Sardinela; Sardinha do reino; Atum; Caxuxu;
Corvinas; Garoupas; Pescadas; Roncadores; Linguado; Peixe-espada; Cacusso, Tilápia,
Bagre, Clarias .

3. Linha de crédito do BDA de 13,5 mil milhões de Kwanzas, com uma taxa de 9%,
maturidade de 2 anos e carência de capital de 180 dias, para financiar as compras das
cooperativas de produtores familiares e dos empresários agropecuários de pequena e média
dimensão, a fornecedores nacionais de sementes melhoradas, fertilizantes, pesticidas, de
vacinas e prestação de serviços;

4. Linha de crédito do BDA de 750 milhões de Kwanzas para financiar projetos de


modernização e de expansão das atividades de um número máximo de 15 cooperativas por
cada província, nos sectores da Agricultura e das Pescas, com um valor máximo de 50
milhões de Kwanzas por cooperativa, com taxa de juro de 7,5% e maturidade equivalente ao
ciclo operacional;

5. Investimento do Fundo Activo de Capital de Risco (FACRA), de 3 mil milhões de


Kwanzas no capital próprio das cooperativas da agricultura, pecuária e pescas, participando
no pagamento da parcela de capital próprio exigida na concessão dos empréstimos a serem
disponibilizados pelo BDA;

6. Linha de crédito do FACRA no valor de 4 mil milhões de Kwanzas para financiar


sociedades de microfinanças, escolas de campo e caixas de crédito comunitárias;

7. Programa de Apoio ao Crédito (PAC), aplica-se aos projectos de investimento que


contribuam directa ou indirectamente na produção interna de bens, insere-se no PRODESI;

JOANA LEMOS
8. Recursos colectados através da Capitalização do Fundo de Apoio ao Desenvolvimento
Agrário (FADA), com os 10% das receitas de importação de produtos de alimentares,
conforme legislação vigente.

JOANA LEMOS
CAPÍTULO II – METODOLOGIA DE INVESTIGAÇÃO

2.1 Tipos de pesquisa

Quanto aos fins está será uma pesquisa descritiva: segundo Vergara (2000) pesquisa
descritiva é aquela que expõe características de determinada população ou de determinado
fenómeno em estudo.

Quanto aos meios será desenvolvido num estudo de caso: este estudo tem como objectivo
preconizar os interesses da pesquisa de forma mais ampla e exaustiva do objecto em estudo,
possibilitando o conhecimento amplo e detalhado do mesmo, pois é um estudo científico que
pesquisa vários conceitos relacionado ao tema, utilizando várias fontes de evidência. Assim
como bibliográfica, documental, que foram o grande motor para justificação de toda
abordagem.

Quanto os objectivos: com a principal finalidade de buscar respostas para o trabalho,


utilizou-se a pesquisa descritiva, com a intenção de descrever as características dos
empreendedores locais como idade, género, etc, através de gráficos para facilitar a
interpretação dos resultados.

2.2 Modelo de Abordagem

Pela natureza do tema, Empreendedorismo como factor de desenvolvimento econômico local,


utilizou-se o modelo de abordagem qualitativo e quantitativo. A pesquisa quantitativa é
caracterizada pelo emprego da quantificação tanto nas modalidades de coletas de informações
quanto no tratamento destas por meios de técnicas de estatísticas. O pressuposto é que tudo
pode ser quantificável e traduzido em números. E a abordagem qualitativa porque foram feitas
descrição e análise de forma sucinta.

JOANA LEMOS
2.3. População, Amostre e Amostragem de Pesquisa

Segundo Gil (2009, p.143) difine população como um conjunto de todo os elementos
implicados num julgamento ou raciocínio.

Assim diz Gil (2007) que quando uma pesquisa envolve a contagem de todos os elementos de
uma população, foi realizado um censo, logo a amostra é a parte do universo selecionada de
acordo com regra própria.

População da pesquisa: Tratando-se de uma pesquisa qualitativa não teremos uma


população como tal, sendo que o objectivo é estudar o impacto do empreendedorismo no
desenvolvimento local será tida em conta informações concidadas pela Administração
Municipal de Viana.

Amostragem: A nossa amostragem é probabilística aleatória, onde todos os elementos da


população em estudo tiveram a mesma chance de serem escolhidos.

2.4 Técnicas de pesquisas

Para o tratamento dos dados da pesquisa usou-se o questionário que é um instrumento


contendo questões para respostas escritas pelo informante com a presença do pesquisador. As
questões são de carácter abertas (resposta livre do respondente), de múltiplas escolhas
(conjunto de respostas para escolhas do informante), e fechadas com as opções do tipo sim ou
não é questões contendem escalas.

2.5 Instrumento de tratamento de dados

Para o tratamento dos dados recolhidos através do questionário, foi usada as tabelas
descritivas, assim os dados apresentados mereceram uma análise e discussão de forma exata
de acordo as características apresentadas por cada elemento analisado. Após a seleção e coleta
de dados, os mesmos foram processados e tratados com o auxílio de programas informáticos
como word e excel do pacote offíce.

JOANA LEMOS
2.6 Variáveis

 Variável independente
Variável independente é o fator manipulado pelo pesquisador com o objectivo de determinar a
relação do fator com o fenômeno observado, para ver que influência exerce sobre um possível
resultado.
X = Empreendedorismo

 Variável dependente
Variável dependente é a propriedade que ou fator que é efeito, resultado, consequência ou
resposta a algo que foi manipulado (variável independente):
Y = Empreendedores
Y = Empreendimentos

JOANA LEMOS
CAPÍTULO III – APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS
RESULTADOS

3.1 Unidade de Analise ou Estudo

Administração Municipal de Viana é o órgão representativo da administração central do


Estado no município com objectivo executar todas acções emanadas pelo governo central,
bem como a implementação de programas para o desenvolvimento económico, social e
cultural de Viana.

Fonte Estrutura
Área Administrativa
Departamento de Recursos Humanos
Administração Municipal Departamento de Comércio
Departamento de Finanças
Área Técnica

A Administração Municipal de Viana prossegue as finalidades nos seguintes sectores:

 Saúde;
 Educação;
 Economia e Comércio;
 Transporte e Urbanismo;
 Saneamento básico;
 Hotelaria e Turismo;
 Segurança Social;
 Habitação;
 Segurança rodoviária;
 Organização e preservação das reservas fundiárias;
 Empreendedorismo;
 Tempos Livres, Juventude e Desportos;
 Cultura.

JOANA LEMOS
3.2. Apresentação da Amostra

Tratando-se de uma pesquisa qualitativa não há uma amostra total dos inquiridos, pós, os
dados que serão apresentados no presente capítulo foram fornecidos pela Administração
Municipal de Viana, por intermédio do Departamento de Comércio.

3.3. Análise e Interpretação dos resultados

3.3.1. Interpretação dos resultados

Conforme se fez menção no capítulo da Metodologia, para recolher os dados usou-se um


questionário, nessa parte do trabalho, será feita a apresentação dos dados que foram
recolhidos através do mesmo mediante a utilização de quadros e interpretação na base teórica.

1. Qual foi o estado do empreendedorismo no município de Viana, no ano de 2022?

Tabela nº 1 – Descrição das opções de resposta


Questão Opções de Respostas
1. Estável (X)
Qual foi o estado do empreendedorismo no 2. Rasoável
município de Viana, no ano de 2022? 3. Instável
4. Adequado
5. Inadequado
Fonte: pesquisa da autora

Segundo os dados fornecidos pela Administração Municipal de Viana, no período de 2022 o


empreendedorismo no município de Viana foi estável, facto que perminitiu um grande
crescimento no ponto de vista de geração de novas empresas ao nível local e que directa e
indirectamente tiveram um contributo no processo de desenvolvimento local.

JOANA LEMOS
2. Como caracteriza o ambiente de negócios em Angola?

Tabela nº 2 – Descrição das opções de resposta


Questão Opções de Respostas
1. Favorável
Como caracteriza o ambiente de negócios em 2. Desfavorável (X)
Angola? 3. Excelente
4. Bom
5. Mau

Fonte: pesquisa da autora

Relactivamente a presente questão, os dados indicam que o ambiente de negócios em Angola


é desfavorável por razões marcoeconómica que o país enfrenta, facto que impede um grande
crescimento de grandes negócios no país.

3. Qual foi o ramo de actividade com maior empreendimento de Viana, no ano 2022?

Tabela nº 3 – Descrição das opções de resposta


Questão Opções de Respostas
1. Tecnologia
Qual foi o ramo de actividade com maior 2. Transportes
empreendimento de Viana, no ano 2022? 3. Agricultura e Indústria
4. Comércio (X)
5. Prestação de Serviços

Fonte: pesquisa da autora

Os dados indicam que no ano de 2022, o ramo de actividade com maior número de
empreendedimento foi a área de comércio, facto que permitiu a geração de várias empresas no
sector comercial no município de Viana.

JOANA LEMOS
4. Quais foram as principais dificuldades que os empreendedores enfrentaram?

Tabela nº 1 – Descrição das opções de resposta


Fonte de Dados Opções de Respostas
1. Falta de espaço para comercialização
Quais foram as principais dificuldades 2. Escassez de materia prima
que os empreendedores enfrentaram? 3. Falta de profissionais capacitado
4. Falta de financiamento (X)
5. Preços altos no mercado
Fonte: pesquisa da autora

Os dados indicam que as principais dificuldades que os empreendedores enfrentaram no


período em análise foi a falta de financiamento bancário, sendo que impossibilitou a
fortificação do capital em vários empreendimentos no município de Viana.

5. Qual foi o número de empresas nascidas e mortas no ano de 2022?

a) Empresas nascidas
Tabela nº 1 – Descrição das opções de resposta
Questão Opções de Respostas
1. Até 100 (X)
Empresas nascidas? 2. Até 500
3. Mais de 500
4. Até 1000
5. Mais de 1000
Fonte: pesquisa da autora

Os dados indicam que no período de 2022, foram nascidas até 100 empresas de vários ramos e
várias categorias no município de Viana.

JOANA LEMOS
b) Empresas mortas

Tabela nº 1 – Descrição das opções de resposta


Fonte de Dados Opções de Respostas
1. Até 100
Empresas mortas? 2. Até 500 (X)
3. Mais de 500
4. Até 1000
5. Mais de 1000
Fonte: pesquisa da autora

Os dados indicam que no período de 2022, foram mortas até 500 empresas de vários ramos e
várias categorias no município de Viana.

6. Quais foram os mecanismos de apoio aos empreendedores do município?

Tabela nº 1 – Descrição das opções de resposta


Questão Opções de Respostas
1. Financiamento Bancário
Quais foram os mecanismos de apoio aos 2. Concessão de espaço para o exercício
empreendedores do município? da actividade comercial
3. Oferta de materia prima
4. Apoio da Administração Local (X)
5. Apoio de programa do governo
central
Fonte: pesquisa da autora

Os dados indicam que os mecanismos de apoio aos empreendedores do município durante o


perído foram os apoios directos da Administração Municipal de Viana.

JOANA LEMOS
7. Quais foram os bancos que disponibilizaram financiamento aos empreendedores no
município?

Tabela nº 1 – Descrição das opções de resposta


Questões Opções de Respostas
1. Banco BPC
Quais foram os bancos que disponibilizaram 2. Banco BIC
financiamento aos empreendedores no município? 3. Banco BAI
4. Banco BFA
5. Banco BCI
6. Nenhum (X)
Fonte: pesquisa da autora.

Segundo os dados fornecidos pela Administração Municipal de Viana, no período de 2022 o


empreendedorismo no município foi estável.

8. Os empreendedores do município cumpriram com as suas responsabilidades fiscais


em 2022?

Tabela nº 1 – Descrição das opções de resposta


Fonte de Dados Opções de Respostas
1. Sim
Administração Municipal de 2. Não
Viana 3. Possivelmente
4. Rasoavelmente
5. Talves
Fonte: pesquisa da autora.

Segundo os dados fornecidos pela Administração Municipal de Viana, no período de 2022 o


empreendedorismo no município foi estável.

JOANA LEMOS
9. Qual foi o ramo de actividade que mais contribuiu para o município no ano de 2022?

Tabela nº 1 – Descrição das opções de resposta


Fonte de Dados Opções de Respostas
1. Comércio (X)
Qual foi o ramo de actividade que mais contribuiu para 2. Prestação de serviços
o município no ano de 2022? 3. Agricultura e Indústria
4. Tecnologia
5. Transporte
Fonte: pesquisa da autora.

Os dados indicam que durante o período de 2022 o ramo que mais contribuiu para o
desenvolvimento económico do município é o ramo de comércio.

10. O empreendedorismo tem um impacto positivo no processo de desenvolvimento do


município?

Tabela nº 1 – Descrição das opções de resposta


Questão Opções de Respostas
1. Sim (X)
O empreendedorismo tem um impacto positivo no 2. Não
processo de desenvolvimento do município? 3. Possivelmente
4. Rasoavelmente
5. Talves
Fonte: pesquisa da autora.

Os dados indicam que o empreendedorismo tem um impacto positivo e que contribui


significativamente no processo de desenvolvimento do município de Viana

JOANA LEMOS
11. O empreendedorismo é um factor importante no desenvolvimento tanto do país
como do município?

Tabela nº 1 – Descrição das opções de resposta


Fonte de Dados Opções de Respostas
1. Sim (X)
O empreendedorismo é um factor importante no 2. Não
desenvolvimento tanto do país como do 3. Possivelmente
município? 4. Rasoavelmente
5. Talves
Fonte: pesquisa da autora.

Os dados indicam que o empreenderorismo é um facto de grande importância no


desenvolvimento tanto do país como do município de Viana.

JOANA LEMOS
CONCLUSÃO

No sentido de conclusão do presente trabalho, importa salientar que concernente aos


objectivos traçados, foram alcançados de acordo as perspectivas que podem ser observados no
presente trabalho, relactivamente as hipóteses levantadas, desde a hipóteses H1, H2 e H3
foram comprovadas e confirmadas de acordo a pesquisa feito de forma específica e tácita.

O presente trabalho de pesquisa demonstrou que num período de promoção do


desenvolvimento local e promoção de micro, médias e pequenas empresas, é necessário que
os empreendedores sejam mais competitivos e inovadores no sentido de corresponderem as
necessidades dos clientes e gerar liquidez nos seus negócios a fim de promoverem o aumento
de produtos e serviços no mercado, bem como promover a geração de novos postos de
trabalho para o aumento da renda nas famílias.

Os resultados obtidos na presente pesquisa apresentam uma visão ampla sobre o


empreendedorismo no município de Viana, sendo que o mesmo tem sido um vector para o
desenvolvimento local, mas em contrapartida os Bancos e outras linhas de financiamento não
têm sido capazes de acudir as principais necessidades de capital dos empreendedores, mas a
administração tem evidenciado esforços para manter e incentivar novos empreendedores no
município.

O presente trabalho não terá limitação de aplicabilidade, o mesmo poderá ser útil para
académicos, empreendedores, empresários, órgãos da administração do Estado, líderes
associativos e outas franjas na sociedade civil. Para académicos o mesmo poderá ser uma
forma de busca de conteúdos relacionados ao empreendedorismo e desenvolvimento local,
para empreendedores e empresários poderá ser utilizado para busca de conhecimento sobre
características de empreendedores e como as empresas podem contribuir para o
desenvolvimento local, para os órgãos da administração do Estado poderá ser útil para recolha
de informações relacionada a dificuldades dos empreendedores e o papel do governo na
promoção do desenvolvimento local, para a sociedade civil será tida em conta várias teorias
apresentadas que podem ajudar o desenvolvimento de qualquer associação da sociedade civil.

JOANA LEMOS
RECOMENDAÇÕES

À Administração Municipal de Viana recomenda-se o seguinte:

 Promover programas específicos de apoio e incentivos aos empreendedores do


município.
 Estabelecer relações de cooperação com bancos e outras instituições financeiras para a
criação de um fundo de apoio aos empreendedores do município.
 Melhorar as vias terciárias para melhorar circulação de pessoas e bens.
 Promover políticas de incentivo aos jovens a criar empreendimentos após a sua
formação académica de nível médio e superior.

JOANA LEMOS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Consultoria e Gestão Unipessoal Lda. (2020): Manual do Empreendedor. 4470-157 Maia,


Portugal.

Chagas, F. C. D. (2000). O ensino de empreendedorismo: panorama brasileiro. In: Instituto


Euvaldo Lodi. Empreendedorismo: ciência, técnica e arte.

Chiavenato, I. (2004). Empreendedorismo: dando asas ao espírito empreendedor. São Paulo:


Saraiva.

Chiavenato, I.; SAPIRO, A. (2003). Planejamento estratégico: fundamentos e


Aplicações. Rio De Janeiro: Elsevier.

Dornelas, J. C. A. (2005). Empreendedorismo: transformando ideias em negócios. 2. ed.


Rio de Janeiro: Elsevir.

Dornelas, J. C. A. (2008). Empreendedorismo: transformando idéias em negócios. Rio de


Janeiro: Elsevier.

Drucker, P. F. (1998). Inovação e espírito empreendedor: práticas e princípios. São Paulo:


Pioneira.

Escola Nacional de Administração Pública. (2018): Políticas Públicas e Desenvolvimento


Local. SAIS - Área 2-A - 70610-900 — Brasília, DF.

Filion, L. J. (1999). Diferenas entre sistemas gerenciais de empreendedores e operadores de


Pequenos negócios. Revista de Administração de Empresas, 39(4), pp. 6-20.

Hisrich, R. D., & Peter, M. P. (2004). Empreendedorismo. Porto Alegre: Bookman.

Markoni E Lakatos: (2007, 2009), Metodologia de Trabalho científico 6ª ed. São Paulo.

Maximiano, A. C. A. (2006): Administração para Empreendedores, Prentice Hall, São


Paulo.

North, D. (1990). Instituciones, cambio institucional y desempeño económico. México:


Fondo de Cultura Económica.

Oliveira, W. H. (1996), Analise Financeira Empreendedora. UNA. Ciências gerenciais,


Belo Horizonte.

Pessoa, E. (2005). Tipos de empreendedorismo: semelhanças e diferenças. Disponível em:


http://www.administradores.com.br./informe-se/artigos/tipos de empreendedores
semlhanças-e-diferenças/10993.>Acesso em: 06 dez. 2010.

Pessoa, S. (2003) Gerenciamento de Empreendimentos. Ed Insular, Florianópolis.

Robbins, S. P. (2005). Comportamento Organizacional. São Paulo: Pearson Prentice Hall.


JOANA LEMOS
Schumpeter, J. A. (1988). A teoria do desenvolvimento econômico. São Paulo, Nova Cultura.

Schumpeter, J. A. (1942): Capitalism, Socialism and Democracy, Nova Iorque: Harper &
Row.

Zarpellon, S. C. (2010). O empreendedorismo e a teoria econômica institucional. Revista


Iberoamericana de Ciências Empresariais y Economia, 1(1), pp. 47-55.

JOANA LEMOS

Você também pode gostar