Análise - TCC (1)
Análise - TCC (1)
Análise - TCC (1)
JOANA LEMOS
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho aos meus pais que me deram todo o apoio do mundo para a realização
dos meus sonhos, e guiaram-me mansamente pelos caminhos correctos e ensinaram-me a
fazer as melhores escolhas ao longo da minha jornada.
JOANA LEMOS
AGRADECIMENTOS
A Deus em primeiro lugar, por me ter dado o galardão da vida, por me guiar e proteger. Após
tantos obstáculos que enfrentei ao longo desta caminhada.
Aos meus pais em especial, por estarem sempre ao meu lado, mesmo a distância, por todo
apoio, pela paciência e carinho nesta minha trajectória académica. As minhas irmãs, pelo
moral para continuar na luta, para hoje chegar nesta linda etapa da minha formação. Aos meus
amigos e colegas por me motivarem e darem forças para persistir naquilo que era o meu
sonho, da concretização da formação superior.
Ao meu orientador, professor José dos Santos, pela orientação, paciência e pela confiança
durante todo esse processo e pela oportunidade de realização deste estudo. Por compartilhar
seu conhecimento, por ser fonte de inspiração, pela cooperação, pelo incentivo e apoio para a
realização deste trabalho.
E a mim pela resiliência nesta caminhada académica, pela não desistência, sinto-me
orgulhosa, feliz e realizada. Pois foi graças a todo este incentivo colectivo que hoje celebro
este dia tão importante na minha vida que é a minha formatura.
JOANA LEMOS
RESUMO
JOANA LEMOS
ABSTRACT
JOANA LEMOS
EPÍGRAFE
Chris Grosser
JOANA LEMOS
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURA
JOANA LEMOS
SUMÁRIO
DEDICATÓRIA ....................................................................................................................... ii
AGRADECIMENTOS ............................................................................................................ iii
RESUMO ................................................................................................................................. iv
ABSTRAT ................................................................................................................................ v
EPÍGRAFE .............................................................................................................................. vi
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURA ............................................................................... vii
INTRODUÇÃO ......................................................................................................................... xi
Formulação do Problema ......................................................................................................xii
Hipoteses ................................................................................ Erro! Marcador não definido.
Objectivos ............................................................................................................................. xii
Objectivo geral .................................................................................................................xiii
Objectivo específicos .......................................................................................................xiii
Delimitação ..........................................................................................................................xiii
Limitação .............................................................................................................................xiii
Justificativa do Estudo ......................................................................................................... xiv
CAPÍTULO I – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................. xv
1.1 Definição de Termos e Conceitos ................................................................................... xv
1.2 Empreendedorismo ......................................................................................................... xv
1.2.1 Evolução histórica do empreendedorismo .............................................................. xvi
1.2.2 Empreendedorismo Formal e Informal .................................................................xviii
1.2.3 Teorias do empreendedorismo ................................................................................ xix
1.2.4 Categorias do empreendedorismo ........................................................................... xxi
1.3 O Empreendedor ...........................................................................................................xxii
1.3.1 Tipos de Empreendedor ........................................................................................xxiii
1.3.2 Características do Empreendedor .......................................................................... xxiv
1.4 Empreendedorismo e sua importância no desenvolvimento local .............................xxviii
1.5 O papel do governo no desenvolvimento local ............................................................. xxx
1.6 A importância das Médias e Pequenas Empresas ........................................................ xxxi
CAPÍTULO II – METODOLOGIA DE INVESTIGAÇÃO .............................................xxxviii
2.1 Tipos de pesquisa .....................................................................................................xxxviii
2.2. Modelo de Abordagem ...…………………………………………………………….. 37
2.3. População, Amostre e Amostragem de Pesquisa …………………………………….. 38
2.4 Técnicas de pesquisas …………......…….……………………………………………. 22
JOANA LEMOS
2.5 Instrumento de tratamento de dados ……………………………………………………. 36
2.6 Variáveis ...……………………………………………………………………………… 37
CAPÍTULO III – APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS ............................ xli
3.1 Unidade de Analise ou Estudo ........................................................................................ xli
CONCLUSÃO …..…………………………………………………………………………. 55
RECOMENDAÇÕES ……………………………………………………………………… 66
BIBLIOGRAFIA ..………………………….......................................................................... 66
JOANA LEMOS
INTRODUÇÃO
JOANA LEMOS
Formulação do Problema
Problema é a questão ou pergunta específica à qual se pretende dar resposta, Soares (2003, p.
47).
Diante a esta temática, e como forma sequencial do trabalho, relativamente à parte introdutora
até as considerações finais, desenvolveu-se a seguinte pergunta de partida:
Hipóteses
As hipóteses são suposições ou possíveis resposta das perguntas formuladas durante a
pesquisa de um tema, Filipe Pange (2013).
Objectivos
O objectivo de uma pesquisa tem a intenção de esclarecer aquilo que o pesquisador pretende
desenvolver, desde os caminhos teóricos até os resultados a serem alcançados, Vergara
(2000).
JOANA LEMOS
Objectivo geral
Segundo Soares (2003, p. 46) o objectivo geral apresenta de forma genérica o que pretende o
pesquisador no desenvolvimento do assunto a ser abordado, independentemente das
motivações pessoais que podem ter sido apresentadas na justificativa.
Objectivo específicos
Objectivo específico é a subdivisão do objectivo geral em outros menores, Soares (2003, p.
46).
Delimitação
O tema deve ser delimitado, guardando uma relação espaço–tempo especificando seu
campo de conhecimento e situando a pesquisa geográfica e cronologicamente, ou
seja, no período analisado, originando assim seu título que deve guardar uma relação
directa com o assunto sobre o qual discorre, podendo ser dividido em título geral,
Gonçalves (2005, p.105).
Limitação
Relactivamente as limitações do presente trabalho de pesquisa cujo tema é
Empreendedorismo como factor de desenvolvimento local; estudo de caso município de
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Viana-Luanda Sul no ano 2022, importa salientar que as limitações esta relacionado com a
pesquisa em geral, dificuldades no processo de aquisição do material necessário e completo
para realização da pesquisa, a fraca literatura nas várias bibliotecas que debruçam sobre o
tema em causa, bem como a falta de indicadores com dados concretos sobre a pesquisa. E
também dificuldades em entrar em contacto com os empreendedores para fornecerem nos
dados viável para preencher o nosso questionário.
Justificativa do Estudo
A escolha do tema Empreendedorismo como factor de desenvolvimento local, surgiu na
necessidade de aprofundar o conhecimento sobre o empreendedorismo e efectuar um estudo
abrangente sobre a mesma temática, saber o dia a dia dos empreendedores, os desafios que
enfrentam e as suas políticas de expansão dos negócios, até se tornarem empreendedores de
sucesso.
O nosso tema terá uma grande relevância no âmbito económico e social porque vem
ganhando espaço na promoção do desenvolvimento, junto com o fomento da inovação e
crescimento. Por se constituir em mais uma alternativa de combate a pobreza e a exclusão
social, e de promoção do desenvolvimento sustentável.
No âmbito acadêmico nos ajudará a ter uma visão mais ampla sobre o empreendedorismo a
fim de nos dar luzes de tornarmos realidade o sonho de ter o próprio negócio.
JOANA LEMOS
CAPÍTULO I – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
1.2 Empreendedorismo
JOANA LEMOS
O empreendedorismo alimenta-se de oportunidades, estas, porém, são de difícil identificação
e em geral, os dados são contraditórios e as informações incompletas. Além dessas
dificuldades, que acompanham naturalmente as oportunidades, ainda existem as dificuldades
pessoais que terão de ser transpostas para sua percepção a fim de padronizar e preparar o
empreendedor a enfrentar os desafios que o empreendedorismo apresenta.
Após a queda de Roma, por volta de 476 d.C., até meados do século XVIII, praticamente não
existiu aumentos na geração de riqueza, mas com o advento do empreendedorismo, esse
cenário muda principalmente no ocidente, que apresenta um crescimento exponencial de 1700
a 1900. Assim, ao longo deste cenário, o pensamento empreendedor evolui, evidenciando a
dimensão que o termo alcança, disseminando-se nas escolas de negócios e academias,
(Murphy; Liao; Welsch, 2006).
Neste sentido, o interesse por seu estudo aumenta consideravelmente com uma comunidade
científica reconhecida e expressando-se através de um grande número de conferências, teses,
artigos e publicações científicas sobre o termo empreendedorismo. Mesmo que para muitos o
campo de pesquisa em empreendedorismo seja relativamente novo, os pensamentos pioneiros
sobre o termo não são.
Segundo Astrom (2012), em seu estudo considera que provavelmente a função é tão antiga
como o intercâmbio e o comércio entre os indivíduos na sociedade, mas, no entanto, este
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conceito não era discutido, e somente a partir da evolução dos mercados econômicos os
cientistas se interessaram pelo fenômeno.
A era dos estudos em gestão, nos anos de 1970, por sua vez, foi marcada por mudanças
políticas, econômicas e tecnológicas. Neste contexto, a dinâmica do empreendedorismo torna-
se um tema dominante na sociedade, ela é reconhecida como a era de base multidisciplinar,
pelas pesquisas que envolvem oportunidades, redes de acesso a informações, aos factores
sociológicos, entre outros.
Segundo Landstrom e Benner (2010), descrevem que muitos estudiosos de diferentes áreas se
interessam pelo tema empreendedorismo, com isso o campo cresceu consideravelmente,
porém esse aumento de pesquisa não significa um consenso, apenas reforça a necessidade de
pesquisas sistemáticas direcionadas a uma melhor compreensão do fenômeno.
A primeira denominada de decolagem, diz respeito aos estudos pioneiros sobre o tema, com
pesquisas direcionadas para as características do empreendedor e sua personalidade, apoiadas
em princípios da psicologia, dada a novidade do campo, era fácil para os pesquisadores de
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diferentes áreas realizarem pesquisas sem experimentar discussões mais analíticas sobre a
relevância do estudo. Foi neste período que estudos pioneiros como o David Birch como o
trabalho The Job Generation Process publicada em 1979, mostrando que a maioria dos novos
empregos na época nos Estados Unidos tinham sido criados por novas e pequenas empresas.
Com esses resultados o impacto no empreendedorismo e na comunidade de pesquisa e nos
políticos foi enorme e fundamental para a incorporação das pequenas empresas no contexto
das políticas do desenvolvimento econômico.
JOANA LEMOS
Segundo Jutting e Laiglesia (2009), a informalidade representa a falta de confiança nas
instituições públicas, ou seja, a percepção negativa do papel do Estado e a compreensão
limitada dos benefícios derivados da segurança social. É basicamente um sinal de contrato
social quebrado, que requer políticas públicas inovadoras, tais como campanhas de
informação sobre os benefícios do trabalho formal e os riscos gerados pela informalidade.
O termo trabalho informal pode ser conferido a inúmeras atividades que são desempenhadas à
margem ou fora da legislação trabalhista, todavia a exceção de algumas ressalvas. Ao passo
que o número de desempregados aumenta, cresce também o volume de pessoas que buscam se
encaixar de alguma maneira no setor informal. Afinal, é um ambiente onde há vaga para
todos, embora devam enfrentar as dificuldades inerentes ao setor. Isto diz respeito a um
campo que absorve pessoas de ambos os sexos, com ou sem formação escolar, das mais
diversas faixas etárias, entre outras tantas características que as distinguem, mas todas com
um objetivo em comum: garantir uma renda financeira (FERNANDES, 2008).
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Um dos primeiros autores desse grupo a demonstrar interesse foi Max Weber. Ele identificou
o sistema de valores como um elemento fundamental para a explicação do comportamento
empreendedor. Via os empreendedores como inovadores, pessoas independentes cujo papel
de liderança nos negócios inferia uma fonte de autoridade formal. Todavia, o autor que
realmente deu início à contribuição das ciências do comportamento foi David C. McClelland.
Para Hisrich & Peter (2004) apresentam informações sobre o desenvolvimento da teoria do
empreendedorismo e do termo empreendedor a partir da Idade Média até 1985, quando ele
define o empreendedorismo como processo de criar algo diferente e com valor, dedicando o
tempo e o esforço necessário, assumindo os riscos financeiros, psicológicos e sociais
correspondentes e recebendo as consequentes recompensas da satisfação econômica e
pessoal”.
Para Schumpeter (1988), o empreendedor promove a inovação, sendo essa radical, pois
destrói e substitui esquemas de produção vigentes. Baseado nessa premissa nasce o conceito
de destruição criativa.
De acordo Drucker (1998) afirma que Schumpeter postulava que o desequilíbrio dinâmico
provocado pelo empreendedor inovador, em vez de equilíbrio e otimização, é a norma de uma
economia sadia e a realidade central para a teoria econômica e a prática econômica”. Portanto,
o enfoque predominante desta teoria é construído em torno do marco teórico da teoria
econômica institucional.
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O empreendedorismo é visto mais como um fenômeno individual, ligado à criação de empre-
sas, quer através de aproveitamento de uma oportunidade ou simplesmente por necessidade de
sobrevivência, do que também um fenômeno social que pode levar o indivíduo ou uma
comunidade a desenvolver capacidades de solucionar problemas e de buscar a construção do
próprio futuro, isto é, de gerar Capital Social e Capital Humano (ZARPELLON, 2010).
De acordo North (1990), enfatiza que as Instituições são as regras do jogo em uma sociedade
e, formalmente, são as limitações idealizadas pelo homem, as quais dão forma e regem a
interação humana. As regras do jogo podem ser compreendidas como os direitos de
propriedade, direito comercial, trâmites burocráticos para a abertura de empresas, ideias,
crenças, valores, atitudes em direção aos empreendedores, entre outras, afetam a criação e o
desenvolvimento de novas empresas.
Empreendedorismo start-up tem como objectivo dar origem a um novo negócio. Ele analisa o
cenário e diante de uma oportunidade apresenta um novo empreendimento. Os seus desafios
são claros: suprir uma demanda existente que não vem sendo dada devida atenção; buscar e
apresentar diferenciais competitivos em um mercado já existente; vencer a concorrência;
conquistar clientes; e alcançar a lucratividade e a produtividade necessárias à manutenção do
empreendimento.
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O empreendedorismo social é um misto de ciência e arte, racionalidade e intuição, ideia e
visão, sensibilidade social e pragmatismo responsável, utopia e realidade, força inovadora e
praticidade. O empreendedor social subordina o econômico ao humano, o individual ao
colectivo e carrega consigo um grande “sonho de transformação da realidade actual. O
empreendedorismo social difere do empreendedorismo propriamente dito em dois aspectos:
não produz bens e serviços para vender, mas para solucionar problemas sociais, e não é
direcionado para mercados, mas para segmentos populacionais em situações de risco social
(exclusão social, pobreza, miséria, risco de vida).
1.3 O Empreendedor
O empreendedor é aquele que cria e inova, que tenta constantemente antecipar-se aos factos e
que tem sempre presente uma visão futura da organização (Dornelas, 2001).
Segundo Chiavenato & Sapiro (2003) corroboram com o conceito, acrescentando que não são
apenas fundadores de grandes organizações que são empreendedores, mas, sim todos os
indivíduos que exploram oportunidades, iniciam projectos criativos, assumem riscos e inovam
continuamente.
De acordo com Shumpeter (1949), empreendedor é aquele que destrói a ordem económica
existente através da introdução de novos produtos e serviços, pela criação de novas formas de
organização, ou pela exploração de novos recursos materiais.
JOANA LEMOS
De acordo a teoria dos autores estudados, verifica-se que ser empreendedor significa possuir,
acima de tudo, o impulso de materializar coisas novas, concretizar ideias e sonhos próprios e
vivenciar características de personalidade e comportamento não muito comuns nas pessoas.
Vários são os motivos que levam as pessoas trilharem o caminho de se tornar empreendedor
na qual exige não só dedicação, como também foco, determinação, capacidade de inovação e
adaptação no contexto económico e social do paradigma que se pretende enquadrar.
JOANA LEMOS
Normalmente tem como referências outros empreendedores que, desde muito cedo, o
motivaram no sentido de estimular o desenvolvimento de novos projectos. Apresenta desde
muito cedo um perfil empreendedor, demonstrando competências de liderança e capacidade
efectiva para assumirem riscos, características que são depois aplicadas na gestão dos seus
negócios. Tendem a ter um percurso rápido, com capacidade efectiva para resolver de forma
eficiente os problemas que vão surgindo no exercício da sua actividade.
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Capacidade de Liderança
Um empreendedor tem necessidade de manter o controlo das situações. Para isso, é
importante saber definir objetivos, orientar a realização de tarefas, combinar métodos
e procedimentos práticos, incentivar pessoas para alcançar as metas definidas e criar as
condições para o trabalho em equipa.
Automotivação e entusiasmo
Uma das caraterísticas mais fortes nos empreendedores é a capacidade de
automotivação relacionada com desafios e tarefas em que acredita, com uma forte
convicção nas suas ideias. Além da compensação financeira, a capacidade de criar,
inovar e de se impor aos desafios são algumas das motivações do empreendedor.
Espírito de observação
Para poder aproveitar as oportunidades, há que estar sempre atento e ser capaz de
perceber, no momento certo, as oportunidades de negócio que o mercado oferece. Um
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empreendedor é alguém capaz de, observando o mundo em seu redor, identificar uma
ideia e criar uma solução, quando muitos outros, em condições semelhantes, não o
conseguiram.
JOANA LEMOS
Capacidade de trabalho em equipa
Esta capacidade está intimamente ligada à sua capacidade de liderança. O
empreendedor constrói equipas, delega responsabilidades, acredita na sua equipa e
obtém resultados através dela. Um processo de decisão partilhada é fundamental para
gerir de forma eficiente, reduzindo consideravelmente os riscos e as implicações
negativas de uma determinada decisão. Saber trabalhar em equipa e avaliar riscos
inerentes à atividade é uma das competências mais importantes de um empreendedor
de sucesso.
Capacidade de negociação
Esta é uma das características fundamentais para que o empreendedor tenha sucesso.
Deve ter um perfil marcadamente comercial, reforçado por competências de
negociação. Numa negociação de sucesso, ambas as partes ficam satisfeitas com as
condições acordadas e esta não deve ser encarada como uma guerra em que apenas
uma das partes pode ganhar. Se esta situação acontecer, poderá levar a que no futuro, a
outra parte se sinta prejudicada, não voltando a qualquer negociação.
JOANA LEMOS
1.4 Empreendedorismo e sua importância no desenvolvimento local
Segundo Cepêda (2012), o termo desenvolvimento é polissêmico e vem sendo discutido nas
ciências sociais há muito tempo. No século XVIII, por exemplo, desenvolvimento estava
relacionado à evolução e ao progresso, o que pode ser observado na obra de A Riqueza das
Nações de Adam Smith. Para esse autor, o desenvolvimento pressupunha evoluir de maneira
crescente a energia contida nas formas de produção, o que geraria crescimento econômico em
pequena e grande escala.
INAP Brasil descreve que a expressão Desenvolvimento Local deriva para dois conceitos
pertinentes:
JOANA LEMOS
A palavra local, não é sinônimo de pequeno e não restringe necessariamente à diminuição ou
redução. O conceito de local adquire, pois, a conotação de alvo territorial das acções e passa,
assim, a ser definido como o âmbito abrangido por um processo de desenvolvimento em
curso, em geral quando esse processo é pensado, planeado, promovido ou induzido (Franco,
2000).
JOANA LEMOS
1.5 O papel do governo no desenvolvimento local
De acordo com Figueiredo e Leite (2006), as pesquisas mostram que mais importante do que
a instalação de indústrias nas localidades é a possibilidade de cada cidade desenvolver
determinados talentos e capacidades de sua população, de forma a incentivar a inovação e o
empreendedorismo. Para que esse ambiente surja em determinada localidade, é essencial a
acção conjunta do governo central e local.
JOANA LEMOS
licenças e de alvarás. De acordo esta perspectiva, as principais tarefas do governo local para o
desenvolvimento na economia local são:
Segundo Chiavenato (2008), o avanço da economia depende dos pequenos negócios que
respondem por grande parte da geração de empregos, das inovações, do pagamento de
impostos e da riqueza das nações.
Muitas pessoas ao andar pela cidade, podem apenas ver multidões e anúncios, enquanto um
empreendedor percebe o que está por trás disso; fluxo de pessoas, vendas, movimentação de
bens, faixas etárias e tipos de comércio, entre outras informações, sendo assim capaz de
identificar boas oportunidades (MAXIMIANO, 2006).
Abrir uma média ou pequena empresa não significa apenas empreender um novo negócio,
gerar empregos, ou fazer girar o enorme ciclo da economia nacional. É uma avassaladora
onda que envolve todos os países ricos e chega intensamente ao nosso País no esteio criado
pelas grandes empresas nas qual o gigantismo e a burocracia impedem a competitividade
(CHIAVENATO, 2008).
O conceito de negócio deve ser desenvolvido com papel, Lápis, alguma pesquisa pessoal,
muita observação, imaginação e simulação. Não é necessário nenhum investimento a não ser
um pouco de tempo do futuro empreendedor. É preciso observar, simular operações de
compra e dos potenciais clientes. Para isso é necessário saber quem decide a compra, tentar
imaginar situações em que potenciais clientes trocariam seu dinheiro pelos produtos ou
serviços oferecidos (DEGEN, 1999).
JOANA LEMOS
1.7 Plano Integrado de Aceleração da Agricultura e Pesca Familiar
¨PIAAPF¨
De acordo a descrição do plano, a produção alimentar familiar é sem dúvidas, um pilar muito
importante para a economia angolana, sendo fundamentalmente desenvolvida nos sistemas
agrícolas, pecuários, pescas e silvicultura que utilizam mão de obra familiar intensiva, sendo
que, actualmente este segmento é responsável pela produção de cerca do 81% dos cereais,
92% de raízes e tubérculos e 89% das leguminosas e oleaginosas 85% de carnes, 30% de
peixe. Em Angola, na actividade agropecuária e pesca estão envolvidas mais de 3.015.477
famílias, que criam mais de 5.171.991,27 empregos, o que representa cerca de 51,29% da
população economicamente activa. Em Angola identificam-se pelo menos três tipos de
agricultores familiares, sendo: a) Subsistência, b) Transição (consolidação da comercialização
ou transformação) e c) Consolidados (integração com os mercados), substrato que igualmente
é encontrado no sub-sector na Pesca artesanal e aquicultura e merece uma intervenção
diferenciada.
A produção agropecuária e pesca familiar, entretanto, tem enfrentado sérios desafios para seu
desenvolvimento, como acesso seguro e equitativo da terra, água, pouca cobertura geral de
assistência técnica, facilidades de crédito, reduzido conhecimento, falta de disponibilidade de
factores de produção e artefactos de pesca a preços competitivos. Por outro lado as limitações
em vias rurais para escoamento dos produtos, carência de infraestruturas de armazenamento,
congelação, e processamento para obter preços mais competitivos, limitados investimentos
em tecnologias e inovações, sistemas de irrigação, mecanização e equipamentos,
telecomunicação, ou seja, o ambiente para fazer negócio a nível da produção agropecuária e
pesca familiar tem de se fortalecer com a integração de actores e investimentos ao longo das
cadeias de valor.
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1.8.1 Linhas estratégicas
Para o sucesso deste plano é necessário com a devida urgência recrutar e reter técnicos, por
via igualdade salarial com a educação e saúde, principalmente para técnicos que trabalham no
meio rural. O garante da assistência técnica necessária aos produtores só será possível com o
ingresso de novos técnicos e existência de meios técnicos, transportes e outros.
Angola não produz fertilizantes, sementes, pesticidas, vacinas, medicamentos para uso
animal, artefacto de pesca, redes, anzóis, embalagens e outros semelhantes, pelo facto, para o
garante da produção nacional é necessário o Estado garantir a existência de linhas de crédito
de suporte aos operadores deste segmento anualmente e nos períodos necessários, assim as
respectivas divisas.
Este plano visa acelerar de forma geral a produção nacional e de forma particular a produção
dos seguintes produtos, preferencialmente produzidos a nível familiar:
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Cadeia de valor de massango;
Cadeia de valor de massambala;
Cadeia de valor de soja;
Cadeia de valor de arroz
1.8.5 Visão
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2. Linha de crédito do BDA, de 26,4 mil milhões de Kwanzas, com taxa de 9%, maturidade
de 2 anos e carência de capital de 180 dias, para financiar a compra dos operadores do
comércio e a distribuição aos produtores nacionais dos seguintes produtos: Milho; Arroz;;
Massambala; Massango; Batata Rena; Batata-Doce; Mandioca; Feijão; Ginguba; Girassol;
Soja; Banana de Mesa; Banana Pão; Manga; Abacate; Citrinos; Mamão; Abacaxi; Tomate;
Cebola; Alho; Cenoura; Beringela; Repolho; Pepino; Couve; Bovina; Caprina e Ovina; Suína;
Aves; Ovos (de galinha); Mel; Carapau; Sardinela; Sardinha do reino; Atum; Caxuxu;
Corvinas; Garoupas; Pescadas; Roncadores; Linguado; Peixe-espada; Cacusso, Tilápia,
Bagre, Clarias .
3. Linha de crédito do BDA de 13,5 mil milhões de Kwanzas, com uma taxa de 9%,
maturidade de 2 anos e carência de capital de 180 dias, para financiar as compras das
cooperativas de produtores familiares e dos empresários agropecuários de pequena e média
dimensão, a fornecedores nacionais de sementes melhoradas, fertilizantes, pesticidas, de
vacinas e prestação de serviços;
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8. Recursos colectados através da Capitalização do Fundo de Apoio ao Desenvolvimento
Agrário (FADA), com os 10% das receitas de importação de produtos de alimentares,
conforme legislação vigente.
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CAPÍTULO II – METODOLOGIA DE INVESTIGAÇÃO
Quanto aos fins está será uma pesquisa descritiva: segundo Vergara (2000) pesquisa
descritiva é aquela que expõe características de determinada população ou de determinado
fenómeno em estudo.
Quanto aos meios será desenvolvido num estudo de caso: este estudo tem como objectivo
preconizar os interesses da pesquisa de forma mais ampla e exaustiva do objecto em estudo,
possibilitando o conhecimento amplo e detalhado do mesmo, pois é um estudo científico que
pesquisa vários conceitos relacionado ao tema, utilizando várias fontes de evidência. Assim
como bibliográfica, documental, que foram o grande motor para justificação de toda
abordagem.
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2.3. População, Amostre e Amostragem de Pesquisa
Segundo Gil (2009, p.143) difine população como um conjunto de todo os elementos
implicados num julgamento ou raciocínio.
Assim diz Gil (2007) que quando uma pesquisa envolve a contagem de todos os elementos de
uma população, foi realizado um censo, logo a amostra é a parte do universo selecionada de
acordo com regra própria.
Para o tratamento dos dados recolhidos através do questionário, foi usada as tabelas
descritivas, assim os dados apresentados mereceram uma análise e discussão de forma exata
de acordo as características apresentadas por cada elemento analisado. Após a seleção e coleta
de dados, os mesmos foram processados e tratados com o auxílio de programas informáticos
como word e excel do pacote offíce.
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2.6 Variáveis
Variável independente
Variável independente é o fator manipulado pelo pesquisador com o objectivo de determinar a
relação do fator com o fenômeno observado, para ver que influência exerce sobre um possível
resultado.
X = Empreendedorismo
Variável dependente
Variável dependente é a propriedade que ou fator que é efeito, resultado, consequência ou
resposta a algo que foi manipulado (variável independente):
Y = Empreendedores
Y = Empreendimentos
JOANA LEMOS
CAPÍTULO III – APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS
RESULTADOS
Fonte Estrutura
Área Administrativa
Departamento de Recursos Humanos
Administração Municipal Departamento de Comércio
Departamento de Finanças
Área Técnica
Saúde;
Educação;
Economia e Comércio;
Transporte e Urbanismo;
Saneamento básico;
Hotelaria e Turismo;
Segurança Social;
Habitação;
Segurança rodoviária;
Organização e preservação das reservas fundiárias;
Empreendedorismo;
Tempos Livres, Juventude e Desportos;
Cultura.
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3.2. Apresentação da Amostra
Tratando-se de uma pesquisa qualitativa não há uma amostra total dos inquiridos, pós, os
dados que serão apresentados no presente capítulo foram fornecidos pela Administração
Municipal de Viana, por intermédio do Departamento de Comércio.
JOANA LEMOS
2. Como caracteriza o ambiente de negócios em Angola?
3. Qual foi o ramo de actividade com maior empreendimento de Viana, no ano 2022?
Os dados indicam que no ano de 2022, o ramo de actividade com maior número de
empreendedimento foi a área de comércio, facto que permitiu a geração de várias empresas no
sector comercial no município de Viana.
JOANA LEMOS
4. Quais foram as principais dificuldades que os empreendedores enfrentaram?
a) Empresas nascidas
Tabela nº 1 – Descrição das opções de resposta
Questão Opções de Respostas
1. Até 100 (X)
Empresas nascidas? 2. Até 500
3. Mais de 500
4. Até 1000
5. Mais de 1000
Fonte: pesquisa da autora
Os dados indicam que no período de 2022, foram nascidas até 100 empresas de vários ramos e
várias categorias no município de Viana.
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b) Empresas mortas
Os dados indicam que no período de 2022, foram mortas até 500 empresas de vários ramos e
várias categorias no município de Viana.
JOANA LEMOS
7. Quais foram os bancos que disponibilizaram financiamento aos empreendedores no
município?
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9. Qual foi o ramo de actividade que mais contribuiu para o município no ano de 2022?
Os dados indicam que durante o período de 2022 o ramo que mais contribuiu para o
desenvolvimento económico do município é o ramo de comércio.
JOANA LEMOS
11. O empreendedorismo é um factor importante no desenvolvimento tanto do país
como do município?
JOANA LEMOS
CONCLUSÃO
O presente trabalho não terá limitação de aplicabilidade, o mesmo poderá ser útil para
académicos, empreendedores, empresários, órgãos da administração do Estado, líderes
associativos e outas franjas na sociedade civil. Para académicos o mesmo poderá ser uma
forma de busca de conteúdos relacionados ao empreendedorismo e desenvolvimento local,
para empreendedores e empresários poderá ser utilizado para busca de conhecimento sobre
características de empreendedores e como as empresas podem contribuir para o
desenvolvimento local, para os órgãos da administração do Estado poderá ser útil para recolha
de informações relacionada a dificuldades dos empreendedores e o papel do governo na
promoção do desenvolvimento local, para a sociedade civil será tida em conta várias teorias
apresentadas que podem ajudar o desenvolvimento de qualquer associação da sociedade civil.
JOANA LEMOS
RECOMENDAÇÕES
JOANA LEMOS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Markoni E Lakatos: (2007, 2009), Metodologia de Trabalho científico 6ª ed. São Paulo.
Schumpeter, J. A. (1942): Capitalism, Socialism and Democracy, Nova Iorque: Harper &
Row.
JOANA LEMOS