03. PROPOSTA DE REDAÇÃO - PIRATARIA
03. PROPOSTA DE REDAÇÃO - PIRATARIA
03. PROPOSTA DE REDAÇÃO - PIRATARIA
TEXTO 3
Pirataria
Pirataria ou pirataria moderna, como alguns denominam, é a prática de vender ou distribuir produtos sem a expressa autorização
dos proprietários de uma marca ou produto. A pirataria é considerada crime contra o direito autoral, a pena para este delito pode
chegar a quatro anos de reclusão e multa.
Os principais produtos pirateados são roupas, calçados, utensílios domésticos, remédios, livros, softwares e CDs. A pirataria,
considerada por muitos especialistas como o crime do século XXI, atualmente movimenta mais recursos que o narcotráfico. O crime
é financiado, em sua maioria, por grandes grupos organizados e máfias internacionais.
Além de poder frustrar o consumidor nos quesitos qualidade, durabilidade e eficiência, a pirataria de certos produtos, como
remédios, óculos de sol e bebidas, por exemplo, pode representar sérios danos à saúde do consumidor.
No âmbito econômico, a pirataria é um grave problema. Em 2001, de acordo com a Business Software Alliance, a prática ilegal
custou à economia global mais de US$ 13 bilhões em impostos, valor que beneficiaria toda a sociedade. Além do mais, centenas de
milhares de empregos deixam de ser criados.
DANTAS, Tiago. "Pirataria"; Brasil Escola. Disponível em <https://brasilescola.uol.com.br/curiosidades/pirataria.htm>. Acesso em 23 de setembro de 2018.
Sugestões de argumentos (para o sim e para o não). Caso deseje, você pode usá-los adaptando-os à sua forma de expressar-se, portanto não os
copie.
1. Desisti de produzir novos álbuns; acho um absurdo que outros lucrem com aquilo que, por lei, é meu direito autoral. Produzir,
comercializar ou comprar produtos piratas também deveria ser entendido como crime.
2. Quando se consome produto pirata, uma grande soma de impostos deixa de ser recolhida e usada para melhorar as condições sociais do
país.
3. A pirataria sem fins lucrativos tem um lado que estimula e divulga a produção independente e democrática.
4. Assim como todos devem ser tratados de forma igual perante a lei, todos devem ter acesso à informação, aos produtos e bens. Isso está
acima dos interesses de uma minoria que quer ficar à custa dos outros.
5. Quem consome produtos piratas deveria ser condenado socialmente. O problema é que se confunde aquele que produz e lucra com
esses produtos com o ambulante que os vende. O ambulante é só a ponta do iceberg, por baixo há uma estrutura criminosa.
6. Seria totalmente impossível controlar quem, como, quando e quanto se consome de produtos piratas, principalmente na área do
entretenimento. Precisamos de novas propostas para reordenar esse comércio paralelo.
7. Do ponto de vista legal, o consumidor de produtos piratas não tem – nem pode ter – a mesma responsabilidade de quem pirateia com
intenção de lucro. São coisas muito diferentes.
8. O incentivo à pirataria e ao comércio informal retira empregos de empregos de empresas que pagam seus impostos e fazem produtos de
qualidade, prejudicando não só a economia, mas também o meio ambiente.
9. Falar em pirataria não tem sentido quando as novas tecnologias possibilitam a cópia e a reprodução, numa escala muito rápida entre a
produção e o consumo. Se isso for crime, seremos todos criminosos.
10. A expressão “pirataria” surgiu entre navegantes europeus do final do século XV para designar aqueles que roubavam produtos para
comercializá-los. Consumir produtos piratas pode ser tão grave quanto comprar produtos roubados.
11. Conheço muitas pessoas pobres como eu que só puderam ter acesso a obras de arte por meio da pirataria. Isso mostra que a discussão
sobre pirataria é de fundo socioeconômico e não criminal.
12. O que deve reger as relações humanas é a ética. Comprar produtos piratas é tão antiético – e grave – quanto comercializá-los. É uma
questão de ter consciência do que é certo e do que não é.