Teorias Críticas Do Currículo
Teorias Críticas Do Currículo
Teorias Críticas Do Currículo
DISCIPLINA TEORIA DO
DESENVOLVIMENTO CURRICULAR
Discentes:
Arisa Semedo
Carla de Brito
Jassira monteiro
Jocelina Moreira
Júlia Silva
Solange Tavares
Telma Martins
Introdução
O trabalho tem como objetivo abalisar a teoria crítica do currículo. E para isso
definimos alguns conceitos relevantes a começar pela:
Teoria - sistema coerente dos conceitos, princípios e técnicas na base de determinado
objeto de estudo1.
Teoria Curricular – é teoria que auxilia na compreensão e descrição de fenômenos
relativos à prática curricular, permitindo-nos compreender o objeto e intenção de um
determinado grupo social.2
Currículo - diz respeito as experiências de aprendizagens, garantidas pelas
instituições de ensino e que os alunos vivenciam. Ele aborda conteúdos a serem abordados
durante o processo educativo, bem como as metodologias a serem utilizadas durante esse
processo. O currículo contribui, e de que maneira na formação integral dos alunos, pois não
somente aborda conteúdos relacionados a prática de ensino e aprendizagem, mas também,
reflete como instrumento que enfatiza a individualidade e o contexto social em que os alunos
estão inseridos, neste sentido as teorias curriculares desempenha um papel crucial nesse
processo, buscando compreender e descrever a prática educativa. Oliveira (2019) citado por
MA (2020)
Teoria crítica do Currículo
As teorias críticas do currículo, por sua vez, surgem entre os finais da década de 1960
e a década de 2000, influenciada pelos Movimentos como a independência das antigas
colônias europeias e os protestos estudantis na França, trazendo à tona discussões sobre
opressão, marginalização e desigualdade social. Essas teorias buscam uma nova compreensão
do currículo, questionando a predominância de saberes e culturas das classes privilegiadas.,
ela resultou-se de vários estudos no campo do currículo que criticam as injustiças e
desigualdades prevalecentes na sociedade, produção e denunciam o papel da escola e do
currículo tradicional na sua reprodução, empenhando-se em indicar vias para a construção de
uma escola e de um currículo que dêem resposta aos interesses dos grupos oprimidos,
discriminados ou desfavorecidos, havia rígido a supervisão e no controle rigoroso dos
processos de ensino aprendizagem baseado em sistematização de um currículo dominante.
Segundo Paes et al (sd), a teoria crítica tem como origem as correntes filosóficas e
sociológicas, como a Escola de Frankfurt, estabelecendo uma reflexão profunda sobre as
estruturas sociais e culturais que moldam a sociedade, esta teoria contrapõe a teoria
1
https://www.infopedia.pt/dicionarios/lingua-portuguesa/teoria
2
https://www.infoescola.com/educacao/teorias-do-curriculo/
tradicional pois esta limita-se apenas em reproduzir conhecimentos, a teoria crítica vai alem
da mera transmissão e reprodução do conhecimento, permite o desenvolvimento integral do
indivíduo, criando nele um espírito crítico.
As teorias críticas, no dizer de Paes et al (sd), carateriza-se por problematizaram a
visão técnica do currículo, enfatizando a prática pedagógica, onde dão mais atenção a como
as aulas estão sendo realizadas e as formas de opressão e violência simbólica presentes nas
práticas escolares, como as avaliações são feita, as escolhas de conteúdos e se as
metodologias utilizadas não estão a desvalorizar determinadas culturas. Além disso, essas
teorias buscam compreender o processo de ensino-aprendizagem em um contexto mais
amplo, considerando as questões sociais e culturais, nesse contexto, entendemos que esta
teoria busca compreender como é que se dão as interações na classe e como a cultura
influencia. A teoria crítica traz uma visão diferenciada da educação, onde os alunos não são
meros recetores do conhecimento, mas sim, agente ativo na construção do conhecimento.
Libâneo (sd) citado por MA (2020) apresenta como funciona a teoria crítica em 6
pontos a saber: Papel da escola, conteúdos de ensino, os métodos, relacionamento professor-
aluno, pressupostos de aprendizagem e as manifestações na prática escolar.
Papel da escola
O objetivo da escola é ajustar as necessidades dos indivíduos com o contexto social,
visando a formação integral do indivíduo e para tal ela deve organizar de forma prática,
contextualizar o currículo com conteúdos significativos que reflitam a vivência do aluno.
Cada indivíduo tem a capacidade de se adaptar ao contexto e essa adaptação se dá por meio
de experiências diárias, cujo objetivo é satisfazer os interesses dos alunos bem como as
demandas sociais. A escola é vista como um espaço socializador dos conhecimentos e saberes
gerais; a escola é um local de ensino e aprendizagem e, relacionamentos sociais, culturais e
políticos.
Conteúdos de ensino
O conhecimento resulta da ação do sujeito em relação ao objeto, levando em conta os
interesses e necessidades do mesmo, neste sentido, os conteúdos a serem ensinados devem
ser estabelecidos com base nas experiências individuais e nas situações que o sujeito vivencia
no seu dia a dia quanto aos diferentes desafios cognitivos e situações problemáticas. “Dá-se,
portanto, muito mais valor aos processos mentais e habilidades cognitivas do que a conteúdos
organizados racionalmente.” Libâneo (sd) citado por MA (2020). O foco está na questão de
"aprender a aprender", ou seja, dá mais importância a como o indivíduo aprende do que o
próprio saber adquirido.
Métodos
A ideia de "aprender fazendo", isso valoriza a prática, esta ideia é um elemento
essencial nesta teoria, visto que ela foca nas tentativas experimentais, a pesquisa, a
descoberta, a relação social, sujeito e meio, o método de solução de problemas e participação
ativa do aluno no processo de ensino e aprendizagem. Esta teoria valoriza a vivência e a
aprendizagem dos alunos através da ação. Dão mais importância ao trabalho em grupo, não
apenas como técnica, mas como condição essencial do desenvolvimento mental. Os passos
básicos do método ativo segundo Libâneo (sd) citado por MA (2020) são:
a) colocar o aluno numa situação de experiência que tenha um interesse por si mesma;
b) o problema deve ser desafiante, como estímulo à reflexão;
c) o aluno deve dispor de informações e instruções que lhe permitam pesquisar a
descoberta de soluções;
d) soluções provisórias devem ser incentivadas e ordenadas, com a ajuda discreta do
professor;
e) deve-se garantir a oportunidade de colocar as soluções à prova, a fim de determinar
sua utilidade para a vida.
Relacionamento professor-aluno
De acordo com Libâneo (sd) citado por MA (2020), “não há lugar privilegiado para o
professor”, ou seja, o professor não é a única fonte de conhecimento, ele tem um papel de
auxiliador, facilitador e incentivador do aluno a participar ativamente no processo de ensino e
aprendizagem em vez do transmissor de conhecimento, com o objetivo de levar o aluno a
refletir, e ter um pensamento crítico. A relação professor e aluno é fundamental para o
processo de ensino e aprendizagem, pois favorece uma interação ativa entre os dois e cria um
clima de respeito, mútuo, colaboração, valorização e os alunos sentem-se mais motivados
para a construção do seu próprio conhecimento.
Pressupostos de aprendizagem
A motivação é um elemento fundamental no processo de ensino e aprendizagem, portanto
quanto mais um problema estimula a a curiosidade e o interesse dos alunos, maior ele se
sente mais motivado para aprender, então cabe ao professor criar situações de aprendizagens
desafiantes. “Assim, aprender se torna uma actividade de descoberta, é uma auto-
aprendizagem, sendo o ambiente apenas o meio estimulador. É retido o que se incorpora à
atividade do aluno pela descoberta pessoal; o que é incorporado passa a compor a estrutura
cognitiva para ser empregado em novas situações.
Avaliação
A avaliação nesta teoria é contínua, permitindo acompanhar o processo de
aprendizagem. A avaliação sendo um elemento fundamental no processo de ensino e
aprendizagem, serve não somente para medir o desempenho do aluno, mas também um meio
de obter informações sobre o desenvolvimento do processo de ensino e aprendizagem,
permitindo identificar as dificuldades dos alunos e também sobre a prática do professor.
Conclusão
Esta teoria traz uma nova forma de ver o currículo, como um espaço de transformação
social. Segundo o autor Frankfurt, essa teoria oferece uma lente poderosa para analisar e
questionar as estruturas de poder e as desigualdades presentes em diversas esferas da
sociedade, incluindo a educação. No sistema educativo, a aplicação a teoria crítica pode
revelar aspetos poucos exploradores do sistema educativo, contribuindo para Uma
compreensão mais profunda dos desafios e das possibilidades de transformação.
Referências
Paes, Luciane Rocha. Monteiro, Alcioni da Silva; Vinente, Neila Gonçalves; Almieira,
Janilda Aragão. Nogueira, Eulina Maria Leite. (sd). Uma Reflexão Pertinente Sobre A
Teoria Crítica Do Currículo.
https://editorarealize.com.br/editora/anais/conedu/2018/TRABALHO_EV117_MD1_
SA2_ID8911_13092018165222.pdf;
MA. Dinis A. Gabriel. (2020). Teoria Tradicional Vs Teoria Crítica Do Currículo.
https://www.academia.edu/83555686/TEORIA_TRADICIONAL_VS_TEORIA_CR
%C3%8DTICA_DO_CURRICULO;
Oliveira, Emanuelle. (s.d). Teorias do currículo.
https://www.infoescola.com/educacao/teorias-do-curriculo/
Dicionário Infopédia. https://www.infopedia.pt/dicionarios/lingua-portuguesa/teoria