Incretinas GLP1
Incretinas GLP1
Incretinas GLP1
POSICIONAMENTO nº 3
Editores Médicos:
Coordenação Editorial:
Definições básicas
Por tratar-se de um novo conceito no tratamento do diabetes, é importante ter em mente algumas
definições básicas, que são essenciais para a compreensão dos mecanismos de ação dos
incretinomiméticos e dos inibidores da enzima DPP-IV (Tabela 1).
Nosso entendimento sobre o diabetes como uma doença metabólica evoluiu consideravelmente
após a descoberta da insulina, em 1920. A insulina foi identificada como um hormônio regulador
dos níveis circulantes da glicose e o diabetes foi considerado como uma doença da secreção
deste hormônio, uma vez que sua aplicação diminuía os níveis da glicose e tem sido utilizada até
hoje como base do tratamento do diabetes tipo 1. Após o advento do radioimunoensaio e a
capacidade de se medir os níveis de insulina, foi identificado um grupo de pacientes com diabe-
tes que tinha níveis elevados de insulina, resultando daí o conceito de resistência à insulina, que
é uma das bases para se entender a fisiopatologia do diabetes tipo 2. Nesse período também, os
estudos de fisiologia revelaram que outros hormônios tinham efeitos glicorregulatórios e que
vários hormônios contribuíam para a homeostase da glicemia. Nos anos 50, constatou-se que o
glucagon era o principal estímulo para a produção hepática da glicose. Essa descoberta levou a
um entendimento das relações entre insulina e glucagon, permitindo, assim, o conceito do diabe-
tes como doença bi-hormonal.
Durante as primeiras 8-12 horas de jejum, o principal mecanismo pelo qual a glicose se torna
Os níveis de GLP-1 são baixos no estado de jejum e aumentam pela ingestão de uma refeição
mista ou refeições ricas em gorduras e carboidratos. Sua secreção ocorre nas células L do íleo e
cólon e age também diminuindo os níveis de glucagon e diminuindo o esvaziamento gástrico. A
diminuição do glucagon ocorre apenas no estado pós-prandial e não afeta a ação do glucagon
na manutenção da glicemia no estado de jejum. Sua ação diminuindo o esvaziamento gástrico
contribui para a diminuição da elevação da glicemia no estado pós-prandial (Figura 1).
Precocemente, no diabetes tipo 2, a função da célula beta está alterada no estado pós-prandial,
o que é evidenciado pela perda da resposta rápida da secreção de insulina após uma refeição.
Ocorre também uma resistência periférica à ação da insulina e, assim, a patogênese do diabetes
tipo 2 passou a ser caracterizada pela combinação de uma série de fatores que incluem a resis-
tência à insulina no fígado, músculo e tecido adiposo, um progressivo declínio da massa e da
função das células beta e um defeito na supressão dos níveis de glucagon, aumentando a produ-
ção hepática de glicose.
Pacientes com diabetes apresentam também uma diminuição dos níveis de GLP1 no estado
pós-prandial, o que contribui para o quadro clínico do diabetes tipo 2, pois diminui o estímulo
fisiológico da secreção de insulina e não contribui para a supressão do glucagon.
Os agentes farmacológicos que mimetizam a ação das incretinas são conhecidos como incretinomi-
méticos. Estas substâncias exercem sua ação anti-hiperglicêmica por diversos modos, assim como
as incretinas, inclusive aumentando a secreção de insulina de forma glicose-dependente. Em outras
palavras, os incretinomiméticos aumentam a secreção de insulina apenas no estado de hiperglicemia.
Várias substâncias com propriedades análogas ao GLP-1 têm sido desenvolvidas, com a carac-
terística principal de serem resistentes à ação da enzima DPP-IV. Duas substâncias: liraglutida
(Novo Nordisk, Dinamarca) e CJC-1131 (Conjunchem, Canadá) têm sido as mais estudadas e
testadas clinicamente e são análogas ao GLP-1. A liraglutida está na fase II de experimentação
clínica. A exenatida, que não é um análogo e sim um agonista do GLP-1, é o primeiro incretino-
mimético aprovado para uso clínico em alguns países.
A liraglutida é um análogo sintético do GLP-1. Nas fases iniciais de pesquisa clínica, a liraglutida
mostrou diversas ações glicorregulatórias similares às ações do GLP-1 endógeno. A liraglutida supri-
me a excursão glicêmica pós-prandial, reduz a glicemia de jejum, aumenta a primeira fase de secreção
de insulina após refeições e suprime a produção pós-prandial de glucagon. Em estudos de fase II, a
liraglutida obteve reduções de 0,8% na hemoglobina glicada em comparação com o placebo. Os
efeitos colaterais mais freqüentes foram náuseas e outras queixas gastrointestinais leves.
Nos estudos com 30 semanas de duração, utilizando doses de 5 ou 10 µg duas vezes ao dia
em injeções subcutâneas, a exenatida reduz a HbA1C, a glicemia de jejum e as excursões
glicêmicas pós-prandiais. A média de redução da HbA1C com 10 µg foi de 1% em comparação
com o placebo. Como efeito benéfico adicional foram observadas perdas de 1,6 a 2,8 kg com
10 µg comparadas com perdas de 0,3 a 0,9 kg com placebo. Nos estudos abertos com exenatida
por 52 semanas houve uma redução de 1,1 ± 0,1% na HbA1C com 48% dos pacientes atin-
gindo valores menores que 7%, sugerindo um efeito duradouro da exenatida sobre o controle
glicêmico. Estes mesmos pacientes tiveram uma redução progressiva do peso até valores de
- 4,4 ± 0,3 kg. A exenatida é bem tolerada, mas seu uso é acompanhado de queixas leves a
moderadas de náuseas. Hipoglicemias são observadas apenas quando em associação com
sulfoniluréias.
Um estudo recente foi projetado para testar a hipótese do uso da exenatida como uma alternativa
ao uso da insulina glargina. Este estudo foi randomizado, aberto, com duração de 26 semanas e
conduzido em uma população de indivíduos diabéticos tipo 2, com IMC médio de 31 kg/m2, com
um controle glicêmico inadequado. Os resultados não demonstraram inferioridade da exenatida
em relação à insulina glargina. Os dois grupos tiveram reduções semelhantes de HbA1C (média
de 1,1%); no entanto, ocorreu uma perda de peso de -2,3 kg no grupo exenatida em comparação
com ganho de peso de 1,8 kg no grupo glargina. A freqüência de hipoglicemia foi semelhante nos
dois grupos com predomínio de eventos noturnos no grupo glargina e eventos diurnos no grupo
exenatida.
Estudos farmacológicos indicam que a exenatida não deve ser utilizada após as refeições, bem
como não pode ser usada em indivíduos com comprometimento intenso da função renal (depu-
ração de creatinina < 30 mL/min ou doença renal terminal). Por outro lado, não são necessários
ajustes de dose quando associada a estatinas, digoxina, inibidores de enzima conversora (IECAs)
ou anticoagulantes, como a warfarina.
Em resumo
Além disso, existe uma melhora da principal morbidade médica subjacente: a obesidade. A redu-
ção de peso em combinação com o potencial de preservação, ou mesmo recuperação, da função
da célula beta constituem uma ampliação do espectro clínico dos incretinomiméticos. Novos
estudos e a experiência prolongada poderão confirmar estas hipóteses.
As incretinas, e particularmente o GLP-1, apresentam uma série de ações biológicas que tem
efeito favorável em facilitar o controle do diabetes, tais como a capacidade de estimular a secre-
ção de insulina de modo glicose-dependente, inibir a produção do glucagon, diminuir o apetite,
retardar o esvaziamento gástrico e, pelo menos em modelos experimentais, ter a capacidade de
preservar/aumentar a massa de células beta-pancreáticas. De todos esses efeitos, o mais impor-
tante parece ser a supressão do glucagon, pois esse hormônio é o principal determinante da
produção hepática de glicose. Os pacientes diabéticos do tipo 2 apresentam uma hiperglucagonemia
inadequada na presença de níveis elevados da glicemia, conseqüente de uma deficiência na se-
creção do GLP-1 que se observa já nos estágios iniciais dessa patologia.
O que inviabiliza o uso terapêutico do GLP-1 é a sua vida média plasmática extremamente curta
(menor que 3 min) devida à sua rápida inativação pela enzima dipeptidilpeptidase 4 (DPP-IV). Para
contornar essa limitação foram desenvolvidas três estratégias: o desenvolvimento de agonistas do
receptor do GLP-1 como, por exemplo, a exenatida (Byetta®), a síntese de análogos do GLP-1 resis-
tentes à inativação enzimática, como o liraglutida e a criação de agentes inibidores da DPP-IV. Tanto
os agonistas quanto os análogos do GLP-1 têm demonstrado sua eficácia na terapêutica sem causar
hipoglicemia, mas apresentam o inconveniente de serem drogas injetáveis. Os inibidores da DPP-IV
são ativos por via oral, mas podem potencializar a ação de outros peptídeos que também são degrada-
dos por esta enzima. Em conjunto, essas estratégias terapêuticas são denominadas como “baseadas
em incretinas” e se constituem num desenvolvimento promissor no tratamento do diabetes.
INIBIDORES DA DPP-IV
Com o uso dos inibidores da DPP-IV, os níveis de GLP-1 ativo aumentam de 2 a 3 vezes. Este
aumento representa uma atividade biológica menor do que a obtida com o uso dos análogos
ou dos agonistas do GLP-1, situação na qual o aumento é de cerca de cinco vezes o basal. Por
esse motivo, com o uso dos inibidores da DPP-IV, não há retardo significativo do esvaziamento
gástrico nem redução do peso. O mecanismo de ação dos incretinomiméticos está resumido na
Figura 2.
Outra diferença é que, além das incretinas, há outros peptídeos regulatórios que são substratos
da DPP-IV, tais como substância P, neuropeptídeo Y, enterostatina, GLP-2, MCP, PYY, entre
outros. Alguns destes peptídeos têm ação insulinotrópica. Seu eventual incremento, devido à
inibição da DPP-IV, poderia contribuir para o efeito terapêutico dos inibidores da DPP-IV, como é
o caso do peptídeo ativador da adenil-ciclase pituitário (PACAP), do peptídeo liberador de gastri-
na (GRP) e possivelmente do GIP. Este último, apesar de ser uma incretina insulinotrópica, apre-
senta pouco efeito em pacientes diabéticos do tipo 2.
Apesar da multiplicidade de peptídeos que podem ter sua atividade aumentada com a inibição
da DPP-IV, o perfil de segurança observado nos estudos clínicos sugere a existência de vias
INCRETINOMIMÉTICOS
Inibidores da enzima DPP-IV
REDUÇÃO DA GLICEMIA
alternativas de degradação para estes peptídeos bioativos que compensam a inativação dessa
enzima.
Assim, esta nova opção de tratamento tem sido objeto de intensa competição, com 12 inibidores
da DPP-IV em desenvolvimento. Destes, a sitagliptina (Januvia®) acaba de ser lançada no Brasil,
a vildagliptina tem previsão de lançamento para abril de 2007 e a saxigliptina ainda está em fase
III de desenvolvimento.
Indicações e doses
A dose preconizada para a sitagliptina (Januvia) é de 100 mg por dia em uma única tomada e
Eficácia clínica
Tanto a glicemia de jejum quanto a glicemia pós-prandial contribuem para a redução da hemo-
globina glicada. Na maioria dos estudos, a glicemia pós-prandial cai cerca de 50 mg/%, enquanto
que a glicemia de jejum apresenta queda de aproximadamente 20 mg/%.
Segurança
Como era de esperar, por exibirem efeito estimulador da secreção de insulina apenas quando os
níveis plasmáticos da glicose se encontram acima de 90 mg/%, os inibidores da DPP-IV não
causam hipoglicemia. Os eventos adversos mais comuns verificados nos ensaios clínicos foram
faringite, náusea e cefaléia. Não houve diferença na ocorrência de eventos adversos sérios entre
os pacientes que receberam placebo ou inibidores da DPP-IV.
A melhor indicação atual do seu uso parece ser no tratamento inicial do diabetes, em monotera-
pia ou em combinação com as drogas que atuam na resistência à insulina (metformina e/ou
glitazonas). A eficácia e a segurança do uso dos inibidores da DPP-IV com outras combinações
terapêuticas ainda não estão bem estabelecidas.
Os inibidores da DPP-IV constituem uma classe inovadora de agentes orais para o tratamento do
diabetes tipo 2. A sua tolerabilidade e segurança parecem ser uma das principais vantagens do
seu uso, embora ainda sejam necessários estudos de longo prazo.
Em resumo
1. Ausência de hipoglicemias
4. Efeitos colaterais
O perfil de efeitos adversos é muito favorável. O principal efeito observado com a exenatida é a
náusea que diminui progressivamente ao longo do tratamento. Os inibidores da DPP-IV pratica-
mente não apresentam efeitos colaterais. Pode haver apenas um aumento de infecções do trato
respiratório superior e, eventualmente, diarréia. No entanto, considerando que a enzima DPP-IV
está amplamente distribuída no organismo especialmente nos linfócitos deve-se ficar atento para
o aparecimento de eventuais efeitos adversos ainda não descritos com o uso continuado destes
medicamentos.
5. Farmacodinâmica
A exenatida tem uma vida média de 2 a 4 horas e os níveis séricos permanecem elevados por 4
a 6 horas após uma injeção subcutânea, necessitando, portanto, 2 injeções diárias, idealmente
antes das refeições. Os inibidores da DPP-IV são bem absorvidos por via oral e a duração do
efeito é de aproximadamente 24 horas de tal maneira que é suficiente uma dose por dia. Em
pacientes com insuficiência renal deve-se reduzir a dose.
A exenatida é recomendada para pacientes com diabetes tipo 2 que não atingiram um controle
satisfatório com um ou dois agentes orais em associação com metformina e/ou sulfoniluréia. A
sua eficácia é semelhante ao da insulina glargina, porém apresenta a vantagem de uma perda
de peso continuada. Faltam ainda estudos nas etapas mais precoces do diabetes, em associa-
ção com tiazolidinedionas ou insulina e comparação direta com outros agentes anti-hiperglicêmicos
orais.
As gliptinas são eficazes como monoterapia em pacientes com controle inadequado após mu-
dança de estilo de vida e em associação com metformina e tiazolidinedionas. Também são ne-
cessários que sejam desenvolvidos mais estudos comparando a sua eficácia com as outras
alternativas atualmente existentes no tratamento do diabetes.
Para avaliar o possível efeito na preservação das células beta e, portanto, na prevenção do
diabetes, é imperativo o desenvolvimento de estudos clínicos com os agentes incretinomiméti-
cos e os inibidores da DPP-IV em pacientes com risco elevado para o desenvolvimento de diabe-
tes, por exemplo, com teste de tolerância alterado à glicose.
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