Cópia de Psicologia médica (2).PDF

Universidade Federal do Rio de Janeiro
Medicina - Disciplina: Psicologia Médica
Protocolo Spikes
Grupo: Alan Duarte, Felipe Fernandes, Giuseppe Roste, Henrique

Fernandes, Jeferson Kelvin e Marcelo Porto
Roteiro
1 Introdução 2 Os 6 passos
3 Discussão
1
Introdução
Má Notícia:
“Qualquer informação que afeta

seriamente e de forma adversa a visão
de um indivíduo sobre seu futuro”
S PIKES – Um Protocolo em Seis Etapas
para Transmitir Más Notícias :
Inquérito informal pela Sociedade Americana de Oncologia
● Clínica (ASCO) em 1998, com 700 participantes, mostrou que a
transmissão de más notícias é frequente e é considerada por
eles uma importante habilidade de comunicação.
U ma Tarefa Frequente, mas Estressante
Transmitir más notícias pode ser particularmente estressante

●
quando :
● O médico é inexperiente;
● O paciente é jovem;
● Há perspectivas limitadas de um tratamento bem sucedido.
O s pacientes Querem a Verdade
Inquérito publicado em 1982 indicou que :

● 96% queriam saber se tivessem um diagnóstico de câncer;
● 85% queriam, nos casos de um prognóstico muito grave, saber
uma estimativa realística de quanto tempo teriam de vida;
R esultados Clínicos
O modo como a má notícia é discutida pode afetar:

● A compreensão da informação pelo paciente;
● A satisfação com o cuidado médico;
● O nível de esperança;
● A adaptação psicológica subsequente .
O bjetivos de Entrevista de Más Notícias
Recolher informação do paciente. Isto permite ao médico determinar o

●
conhecimento do paciente e suas expectativas e preparo para ouvir a má notícia.
● Prover informação inteligível, de acordo com as necessidades e desejos do

paciente.
● Apoiar o paciente utilizando habilidades para reduzir o impacto emocional e a
sensação de isolamento experimentados pelo receptor da má notícia.

● Desenvolver uma estratégia sob a forma de um plano de tratamento com a
contribuição e colaboração do paciente

2
Os 6 passos
S setting up
● Plano para a comunicação da notícia
● Esperar os sentimentos ruins e a frustração de comunicar a notícia
● Conseguir privacidade - da maneira que for possível
● Levantar a possibilidade de trazer alguém
● Conectar-se com o paciente: olho a olho, toque, eliminar distrações
●
Evitar interrupções
●
P patient’s perception
“before you tell, ask”
● Ter uma ideia de como o paciente idealiza sua condição médica:
+ saber ao que o paciente atribui mais importância
+ saber como ele se sente
+ saber o que ele entende sobre o que foi feito até então
● Corrigir possíveis mal entendidos
● Direcionar a forma de comunicação
● Determinar se o paciente está apresentando alguma interpretação negacionista

(esperançosa, omissão de fatos, interpretação idealista etc).
●
I invitation
Deixar o paciente nos convidar para contarmos a ele sobre a sua doença.
● Avaliar o quanto ele quer ou não saber sobre sua doença e prognóstico:
○ “Que tipo de informação o senhor deseja sobre a sua doença?”
○ Informações detalhadas ou um esboço geral?
● Respeitar a vontade do paciente e seus limites.
● Se o paciente não quiser saber dos detalhes, mostre-se disponível para conversar em
um momento futuro ou para falar com um parente ou amigo.
●
K knowledge
Dar informação e conhecimento ao paciente.

● Anunciar com delicadeza que más notícias estão por vir – “Infelizmente não trago
boas notícias…”
● Ser objetivo e claro acerca das informações:
○ Evite rodeios e termos técnicos
● Informar aos poucos, buscando conferir o progresso de sua compreensão.
● Evite frases como “Não há mais nada a fazer”, ao contrário, busque sempre valorizar
os cuidados paliativos, o alívio dos sintomas.
E Emotions
“Abordar as emoções do paciente com respostas afetivas”
● Observar a emoção do paciente (medo, raiva, tristeza)

● Nomear a emoção percebida para si e estimular o paciente a falar sobre isso através
de perguntas abertas
● Identificar a razão da emoção; caso haja dúvida se existe relação ou não com o
diagnóstico, perguntar ao paciente
● Após dar o espaço necessário ao paciente, demonstrar compreensão através de uma

afirmativa a respeito, ou ainda de comunicações não verbais
S
●
Strategy and Summary
Avaliar o entendimento do paciente sobre o que foi abordado
+ Perceber falhas na compreensão do paciente evita expectativas irreais
● Compreender os objetivos específicos do paciente, certificando-se de que ele

receba o melhor tratamento possível + Essa postura enquadra as expectativas do
paciente dentro das possibilidades de abordagem
3
Discussão
Aplicação na prática médica
Oncologia Diagnóstico de Diagnóstico de

demência HIV
● Artigo original
● Comunicação efetiva ● Grande desafio ● Impacto psicossocial
como base do cuidado ● Adaptação: SPIKES-D ● Adesão do tratamento
ao paciente
Ensino do protocolo SPIKES
● Aumentar o ensino de habilidades
comunicativas no curso médico
● Treinamento através do protocolo SPIKES
+ técnicas experenciais (ex: "role play")
● Aumento da confiança de médicos e
estudantes de medicina
Conclusão
● Importante que haja uma abordagem individualizada para cada
situação, isso é, não deve ser um protocolo rígido
● Melhora da experiência tanto para o médico quanto para o
paciente
● A boa comunicação entre médico-paciente é a base para o
entendimento do quadro clínico e a adesão ao tratamento

Bibliografia
➔ Artigo original: Baile, Walter F., et al. "SPIKES—a six-step protocol for delivering bad
news: application to the patient with cancer." The oncologist 5.4 (2000): 302-311
➔ Tradução do artigo original: Baile, Walter F., et al. "SPIKES–Um protocolo em seis etapas
para transmitir más notícias: aplicação ao paciente com câncer." The Oncologist 5 (2000):
302-11.
➔ Livro: Dohms, Marcela, and Gustavo Gusso. Comunicação Clínica: Aperfeiçoando os
Encontros em Saúde. Artmed Editora, 2021
➔ Artigo extra 1: Peixoto, Vanessa Giffoni de Medeiros Nunes Pinheiro, Rosiane Viana Zuza
Diniz, and Clécio de Oliveira Godeiro Junior. "SPIKES-D: a proposal to adapt the SPIKES
protocol to deliver the diagnosis of dementia." Dementia & Neuropsychologia 14 (2020):
333-339
➔ Artigo extra 2: Lobo, Ângelo Souza, and Maria Alice Ferreira Leal. "Comunicação de más
notícias: a revelação do diagnóstico de HIV/Aids e seus impactos psicológicos." CIAIQ2019
2 (2019): 549-558.
➔ Artigo extra 3: Lino, Carolina Arcanjo, et al. "Uso do protocolo Spikes no ensino de
habilidades em transmissão de más notícias." Revista Brasileira de Educação Médica 35
(2011): 52-57.

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Medicina - Disciplina: Psicologia Médica

Grupo: Alan Duarte, Felipe Fernandes, Giuseppe Roste, Henrique

“Qualquer informação que afeta

Transmitir más notícias pode ser particularmente estressante

Inquérito publicado em 1982 indicou que :

O modo como a má notícia é discutida pode afetar:

Recolher informação do paciente. Isto permite ao médico determinar o

● Prover informação inteligível, de acordo com as necessidades e desejos do

sensação de isolamento experimentados pelo receptor da má notícia.

contribuição e colaboração do paciente

● Corrigir possíveis mal entendidos

● Direcionar a forma de comunicação

● Determinar se o paciente está apresentando alguma interpretação negacionista

● Respeitar a vontade do paciente e seus limites.

Dar informação e conhecimento ao paciente.

● Informar aos poucos, buscando conferir o progresso de sua compreensão.

“Abordar as emoções do paciente com respostas afetivas”

● Observar a emoção do paciente (medo, raiva, tristeza)

● Após dar o espaço necessário ao paciente, demonstrar compreensão através de uma

● Compreender os objetivos especíﬁcos do paciente, certiﬁcando-se de que ele

Oncologia Diagnóstico de Diagnóstico de

● Aumentar o ensino de habilidades

comunicativas no curso médico

● Treinamento através do protocolo SPIKES

+ técnicas experenciais (ex: "role play")

● Aumento da conﬁança de médicos e

situação, isso é, não deve ser um protocolo rígido

● Melhora da experiência tanto para o médico quanto para o

● A boa comunicação entre médico-paciente é a base para o

entendimento do quadro clínico e a adesão ao tratamento

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