Requerimento de revisao adm

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O requerente solicita a revisão do indeferimento de seu

pedido de aposentadoria especial. Alega que trabalhou


como frentista e chefe de pista em posto de gasolina,
exposto a agentes nocivos como hidrocarbonetos e
benzeno. Argumenta que essa atividade deve ser
considerada especial por periculosidade e exposição a
agentes cancerígenos, mesmo após 1997. Apresenta
PPP e LTCAT comprovando a exposição. Pede o
reconhecimento do tempo especial de 1982 a 2017 e a
concessão de aposentadoria especial desde a data do
requerimento, permitindo a permanência no trabalho.
Subsidiariamente, requer aposentadoria por tempo de
contribuição com reafirmação da DER. Cita
jurisprudência favorável e alega inconstitucionalidade
da exigência de afastamento da atividade especial.
Solicita que seja concedido o benefício mais vantajoso,
com base na IN 77/2015 do INSS.

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AO ILMO (A). SR (A). GERENTE EXECUTIVO DA AGÊNCIA DA PREVIDÊNCIA


SOCIAL DE ${processo_cidade}

NB ${informacao_generica}

${cliente_nomecompleto}, ${cliente_qualificacao}, residente e domiciliado em Santa


Maria/RS, vem, por meio de seus procuradores, apresentar

PEDIDO DE REVISÃO DO ATO DE INDEFERIMENTO DO BENEFÍCIO,

com fulcro no art. 561 da IN nº 77/2015. Subsidiariamente, requer seja o presente,


recebido como Recurso Ordinário com fulcro nos arts. 537 c.c 543, §1º, da Instrução
Normativa 77/2015 e art. 16, II do Regimento Interno do Conselho de Recursos do
Seguro Social.
I – DO CABIMENTO DA REVISÃO DO ATO DE INDEFERIMENTO

O presente caso, trata-se de pedido de revisão do ato de indeferimento, agendado


como RECURSO, eis que o sistema do INSS não permite o agendamento de
PEDIDO DE REVISÃO DO ATO DE INDEFERIMENTO.

Inobstante a falha do sistema, a Instrução Normativa INSS/PRESS nº 77/2015, prevê


claramente a possibilidade de pedido de revisão do ato de indeferimento. Veja-se o
que dispõe a IN 77/2015:

Art. 561. No caso de pedido de revisão de ato de indeferimento, deverão ser


observados os seguintes procedimentos:

[...]

Parágrafo único. Quando a decisão não atender integralmente ao pleito do interessado,


o INSS deverá oportunizar prazo para recurso.

Art. 568. É de dez anos o prazo de decadência de todo e qualquer direito ou ação do
segurado ou beneficiário para a revisão do ato de concessão de benefício, a contar do
dia primeiro do mês seguinte ao do recebimento da primeira prestação ou, quando for o
caso, do dia em que tomar conhecimento da decisão indeferitória definitiva, no
âmbito administrativo, levando-se em consideração:

[...]

Parágrafo único. Em se tratando de pedido de revisão de benefícios com decisão


indeferitória definitiva no âmbito administrativo, em que não houver a interposição de
recurso, o prazo decadencial terá início no dia em que o requerente tomar
conhecimento da referida decisão.

Dessa forma, ante a impossibilidade de agendamento do pedido de revisão do ato de


indeferimento, o requerente agendou Recurso Administrativo, porém, o presente
expediente deve ser recebido e conhecido como pedido de revisão do ato de
indeferimento, nos termos do art. 561 da IN 77/2015.

II– PEDIDO SUBSIDIÁRIO – RECEBIMENTO COMO RECURSO

1. DO RECONHECIMENTO DO DIREITO NA INSTRUÇÃO DO RECURSO

Na remota hipótese de se entender que não é cabível o pedido de revisão do ato de


indeferimento o presente requerimento deve ser recebido como recurso administrativo,
reconhecendo-se o direito já na agencia do INSS.
Veja-se que, de acordo com o art. 539 da IN 77/2015, a agência do INSS, após a
instrução do Recurso Ordinário, pode reconhecer o direito do segurado, deixando
de encaminhar o recurso para junta de Recursos. É o que prevê o:

Art. 539. Quando houver interposição de recurso do interessado contra decisão do INSS, o processo
deverá ser encaminhado para a Unidade que proferiu o ato recorrido e, no prazo estabelecido para
contrarrazões, será promovida a re-análise, observando-se que:

I - se a decisão questionada for mantida, serão formuladas as contrarrazões e o recurso deverá ser
encaminhado à Junta de Recursos;
II - em caso de reforma parcial da decisão, o recurso será encaminhado para a Junta de Recursos para
prosseguimento em relação à matéria que permaneceu controversa; e

III - em caso de reforma total da decisão, deverá ser atendido o pedido formulado pelo recorrente e
o recurso perderá o seu objeto, sendo desnecessário o encaminhamento ao órgão julgador.

Na mesma toada, o art. 34 do Regimento Interno do Conselho de Recursos do Seguro Social:

Art. 34. O INSS pode, enquanto não tiver ocorrido a decadência, reconhecer expressamente o
direito do interessado e reformar sua decisão, observado o seguinte procedimento:

I – quando o reconhecimento ocorrer


na fase de instrução do recurso ordinário o INSS
deixará de encaminhar o recurso ao órgão julgador competente;

Giza-se inda que, a Instrução Normativa 77/2015 prevê que o INSS pode reconhecer o
direito a qualquer tempo enquanto ainda não ocorrida a decadência:

Art. 553. O INSS pode, enquanto não ocorrida a decadência, reconhecer expressamente o direito do
interessado e reformar sua decisão, independentemente das decisões recursais, observado o seguinte
procedimento:

I - quando o reconhecimento ocorrer após a chegada do recurso no CRPS, mas antes de qualquer decisão
colegiada, a comprovação da reforma da decisão deverá ser encaminhada ao órgão julgador que decidirá a
respeito da extinção do processo; ou
II - quando o reconhecimento ocorrer após o julgamento pelo CRPS, em qualquer instância, o INSS
deverá encaminhar os autos com a devida comprovação ao órgão julgador que proferiu a últi ma
decisão.

Dessa forma, instruído o Recurso cabe à agência do INSS reanalisar o direito do


segurado ao benefício, e, caso reconhecido o direito implantar o benefício.

Somente será necessário o envio do processo para Junta Recursal, na hipótese de a


agencia considerar que ainda não está comprovado o direito.

2. DA TEMPESTIVIDADE DO RECURSO
A teor do disposto no art. 543 da Instrução Normativa 77/2015, a intempestividade
SOMENTE poderá ser reconhecida quando comprovado que houve intimação oficial
na forma do Regimento Interno da CRPS. Veja-se a previsão do §3º do art.543 da IN
77/2015:

Art. 543. O recurso intempestivo do interessado deve ser encaminhado ao respectivo


órgão julgador com as devidas contrarrazões do INSS, apontada a ocorrência da
intempestividade.

§1º A constatação da intempestividade não impede a revisão de ofício pelo INSS


quando incorreta a decisão administrativa.

[...]

§3º A intempestividade do recurso só poderá ser invocada se a ciência da decisão


observar estritamente o contido no § 2º do art. 28 do Regimento Interno do CRPS,
devendo tal ocorrência ficar devidamente registrada nos autos.

Nessa esteira, destaca-se o disposto no Regimento Interno do CRPS:

Art. 28. A intimação será efetuada por ciência no processo, por via postal com aviso
de recebimento, por telegrama ou por outro meio que assegure a regularidade da
ciência do interessado ou do seu representante, sem sujeição a ordem de preferência.

§1º Na impossibilidade de intimação nos termos do caput, a cientificação será efetuada


por meio de edital.

§ 2º Considera-se feita a intimação:

I - se pessoal, na data da ciência do interessado ou de seu representante legal ou,


caso haja recusa ou impossibilidade de prestar a nota de ciente, a partir da data
em que for dada a ciência, declarada nos autos pelo servidor que realizar a intimação;

II - se por via postal ou similar, na data do recebimento aposta no comprovante, ou


da nota de ciente do responsável;

III - se por edital, quinze dias após sua publicação ou afixação.

§ 3º - Presumem-se válidas as intimações dirigidas ao endereço residencial ou


profissional declinado nos autos pela parte, beneficiário ou representante, cumprindo
aos interessados atualizar o respectivo endereço sempre que houver modificação
temporária ou definitiva.

§ 4º A intimação será nula quando realizada sem observância das prescrições


legais, mas o comparecimento do interessado supre sua falta ou irregularidade.

Destaca-se que o Regimento Interno do CRSS, aprovado pela Portaria 116/2017,


manteve idêntica redação no seu artigo 28.
No presente caso não houve intimação formal acerca do indeferimento, pois
conforme se depreende do processo administrativo, não há ciência do interessado ou
de seu representante legal, nem aviso de recebimento referente a intimação postal,
nem de intimação por meio de edital.

Portanto, nos termos do §3º do art. 543 da Instrução Normativa INSS/PRESS


77/2015, não é possível deixar de conhecer o recurso sob alegação de
intempestividade.

De outro lado, conforme previsão do §1º do art. 543, da IN 77/2015, a constatação da


intempestividade não impede a revisão de ofício pelo INSS quando incorreta a
decisão administrativa.

Tal determinação encontra regulamentação no inciso II do art. 13 do Regimento


Interno do Conselho de Recursos do Seguro Social:

Art. 16. Incumbe ao Conselheiro relator das Câmaras e Juntas:

II - propor à composição julgadora relevar a intempestividade de recursos, no corpo


do próprio voto, quando fundamentadamente entender que, no mérito, restou
demonstrada de forma inequívoca a liquidez e certeza do direito da parte;

Assim, estando devidamente comprovado o direito deve ser relevada intempestividade


do recurso.

III– DA INTIMAÇÃO PARA SUSTENTA&Ccedi

Ao Senhor (a) Gerente Executivo da Agência da Previdência Social de São


João da Boa Vista- SP

URGENTE

ERRO MATERIAL NO ATO DE CONCESSÃO

NB: XXXXX

Protocolo: XXXXX
FULANO DE TAL, inscrito (a) no CPF nº XXXXXX, RG nº XXXXXXXX, residente
e domiciliado na rua BXXXXXXXX, vem à presença de Vossa Senhoria, com
fulcro no art. 561 da IN 77/2015 e da PORTARIA CONJUNTA Nº 2
/DIRBEN/DIRAT/INSS de 30/08/2019, requerer a presente

REVISÃO DO ATO DE INDEFERIMENTO DO PEDIDO ADMINISTRATIVO

pelos fundamentos a seguir expostos:

Houve requerimento administrativo de Aposentadoria por idade RURAL no


dia 26/10/2020, sob nº de protocolo xxxxxxx, o segurado preencheu todos
os requisitos para a concessão do benefício.

Analisando os autos do processo administrativo constatei erro material no


indeferimento do benefício.

Note-se que o pedido formulado foi o de aposentadoria por idade Rural mas
a autarquia analisou o pedido como aposentadoria por idade Urbana e
indeferiu pelo falo do segurado ainda não possuir idade mínima de 65 anos.

O Erro encontra-se justamente nesse ponto 7. Onde o INSS afirma:

7. (...)“No caso concreto trata-se de segurado do sexo masculino solicitando


aposentadoria por idade urbana sem ter completado o requisito etário de
sessenta e cinco anos de idade.”

O pedido formulado foi de aposentadoria por idade RURAL e não URBANA.

Desta forma, requer a Revisão do ato de indeferimento do requerimento


administrativo para o fim de sanar o erro material apresentado e conceder o
benefício ao segurado nos termos legais.

Termos em que pede deferimento.

São Joao da Boa Vista, 23 de junho de 2021.


advogado

OAB/SP

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