Resolução_Lista_de_Exercícios_02
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ESCOLA DE MINAS
Curso de Bacharelado em Engenharia Ambiental
Disciplina: PRO 242 Economia II
LISTA DE EXERCÍCIOS 2
Aluna:
Emanuella Araújo dos Santos
Professora:
Vanessa Criscuolo Parreiras de Oliveira
Ouro Preto – MG
Setembro/2024
1. Defina inflação.
Conflito entre salários e preços: Este conflito é uma manifestação direta da luta entre
trabalhadores e empregadores. Os trabalhadores buscam aumentos salariais para
preservar seu poder de compra diante da inflação, enquanto os empregadores tentam
controlar os custos para manter a rentabilidade. Essa dinâmica pode resultar em
negociações acirradas e até greves, refletindo a tensão entre a necessidade de aumento
salarial e a capacidade das empresas de arcar com esses custos
Conflito entre diferentes grupos de renda: A inflação não afeta todos os grupos sociais
de maneira uniforme. Trabalhadores, aposentados e beneficiários de programas sociais
podem experimentar impactos desiguais, levando a disputas sobre a distribuição de
recursos e benefícios. Por exemplo, aposentados podem ver seus rendimentos fixos
perderem valor real, enquanto trabalhadores podem lutar por aumentos salariais que não
acompanham a inflação, gerando tensões sociais e políticas.
3. Discuta como as fontes de inflação diferem em função das condições de cada país.
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suscetível a flutuações de oferta e a choques externos, como crises financeiras ou
desastres naturais.
Altas taxas de inflação provocam uma série de distorções econômicas que afetam tanto
os consumidores quanto as empresas, resultando em consequências significativas para a
economia como um todo. A seguir, uma integração das principais distorções causadas
pela inflação:
Perda do poder de compra: A inflação reduz o valor real da moeda, fazendo com que
consumidores e trabalhadores tenham que gastar mais para adquirir os mesmos bens e
serviços. Isso pode levar a uma diminuição no padrão de vida, especialmente para aqueles
com rendimentos fixos, como aposentados e trabalhadores com salários não ajustados. A
erosão do poder de compra pode resultar em uma redução da qualidade de vida e em um
aumento da insatisfação social.
Erosão de poupanças: A inflação alta desestimula a poupança, uma vez que o valor real
das economias diminui ao longo do tempo. Isso pode resultar em uma menor
disponibilidade de capital para investimentos futuros, prejudicando o crescimento
econômico a longo prazo. A falta de incentivos para poupar pode levar a um ciclo de
consumo imediato, em vez de investimentos que poderiam beneficiar a economia no
futuro.
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Distúrbios na alocação de recursos: A inflação pode distorcer os preços relativos,
levando a decisões de consumo e investimento que não refletem a verdadeira escassez ou
demanda por bens e serviços. Isso pode resultar em superprodução de alguns produtos e
subprodução de outros, comprometendo a eficiência econômica e a alocação de recursos.
Aumento das taxas de juros: Para combater a inflação, os bancos centrais podem
aumentar as taxas de juros, o que encarece o crédito. Isso pode desestimular o
investimento e o consumo, levando a uma desaceleração econômica. O aumento das taxas
de juros pode também impactar negativamente o mercado de capitais, uma vez que os
investidores buscam alternativas mais seguras em um ambiente de alta inflação.
Conflitos distributivos: A inflação pode exacerbar as tensões sociais, uma vez que
diferentes grupos podem ser afetados de maneira desigual. Trabalhadores podem exigir
aumentos salariais para compensar a perda de poder aquisitivo, enquanto empregadores
tentam controlar custos, levando a conflitos e greves. Essa dinâmica pode criar um
ambiente de instabilidade social e econômica.
5.1. Explique como, no Brasil, a distorção causada pelo processo inflacionário foi
minimizada pelo mecanismo da correção monetária.
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No Brasil, a distorção causada pelo processo inflacionário foi minimizada pelo
mecanismo da correção monetária através da indexação de diversos instrumentos
financeiros e contratos a índices que refletem a inflação. Esse mecanismo foi crucial para
proteger o poder de compra dos cidadãos e a estabilidade econômica em um contexto de
alta inflação.
Teoria da Inflação de Demanda: Esta corrente argumenta que a inflação ocorre quando
a demanda agregada na economia supera a oferta agregada. Em outras palavras, quando
há um aumento na demanda por bens e serviços que não é acompanhado por um aumento
correspondente na produção, os preços tendem a subir. As causas da inflação de demanda
podem incluir:
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• Aumento dos gastos do governo, que pode ocorrer em períodos de expansão fiscal.
Essa teoria sugere que, para controlar a inflação de demanda, é necessário implementar
políticas monetárias e fiscais restritivas, como aumento das taxas de juros ou redução dos
gastos públicos.
Teoria da Inflação de Custos: Esta corrente, por outro lado, foca nas causas da inflação
que se originam do lado da oferta. A inflação de custos ocorre quando os custos de
produção aumentam, levando as empresas a repassarem esses custos mais altos aos
consumidores na forma de preços mais elevados. As principais causas da inflação de
custos incluem:
Para controlar a inflação de custos, as políticas podem incluir medidas para aumentar a
produtividade, subsídios para setores afetados ou intervenções diretas no mercado de
trabalho.
Política monetária expansionista: A redução das taxas de juros pelo banco central pode
facilitar o acesso ao crédito, incentivando tanto o consumo das famílias quanto os
investimentos das empresas. Um aumento na oferta de dinheiro na economia pode levar
a um aumento na demanda, contribuindo para a inflação.
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Crescimento populacional: Um aumento na população pode levar a um aumento na
demanda por bens e serviços, especialmente em áreas como habitação, alimentação e
transporte. Se a oferta não acompanhar esse crescimento populacional, a inflação pode
ocorrer.
7.1. Quais medidas devem ser tomadas para controlar uma inflação de
demanda?
Para controlar a inflação de demanda, diversas medidas podem ser adotadas, que incluem:
Política Monetária Restritiva: O banco central pode aumentar as taxas de juros para
desestimular o consumo e o investimento. Taxas de juros mais altas encarecem o crédito,
reduzindo a quantidade de dinheiro disponível para gastos e investimentos, o que pode
ajudar a conter a demanda agregada. Além disso, o banco central pode implementar
medidas para reduzir a quantidade de dinheiro em circulação, como a venda de títulos
públicos, o que também ajuda a controlar a inflação ao diminuir a liquidez na economia.
Política Fiscal Restritiva: O governo pode optar por reduzir seus gastos ou aumentar
impostos para diminuir a demanda agregada. A redução de gastos públicos pode ser feita
em áreas como infraestrutura ou serviços sociais, enquanto o aumento de impostos pode
reduzir a renda disponível das famílias e, consequentemente, o consumo.
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ou aumentar suas participações na distribuição do "bolo econômico". Por exemplo, os
trabalhadores podem exigir salários mais altos para compensar o aumento do custo de
vida, o que, por sua vez, pode levar as empresas a aumentarem os preços para cobrir os
custos salariais mais altos.
Políticas de Renda: Medidas como controle de preços e salários, embora possam ser
implementadas para conter a inflação, podem levar a distorções no mercado. Se os preços
forem mantidos artificialmente baixos, isso pode resultar em escassez de produtos, o que
pode, paradoxalmente, aumentar a inflação quando os controles são removidos.
8.2. Que medidas devem ser tomadas para controlar uma inflação de custos?
Para controlar a inflação de custos, várias medidas podem ser implementadas, incluindo:
Controle Direto de Preços: O governo pode estabelecer limites máximos para os preços
de bens e serviços essenciais. Essa abordagem, embora possa oferecer alívio temporário,
pode levar a distorções no mercado e escassez se os preços forem mantidos artificialmente
baixos.
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salariais que não permitam aumentos acima de um certo percentual, especialmente em
setores onde os aumentos salariais não são acompanhados por aumentos de produtividade.
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Conflitos Distributivos: A inflação também é alimentada por conflitos distributivos,
onde diferentes agentes econômicos (empresários, trabalhadores e governo) tentam
manter ou aumentar suas participações na distribuição do "bolo econômico". Isso leva a
pressões inflacionárias, à medida que cada grupo busca proteger seus interesses.
O sistema de metas de inflação é uma estratégia de política monetária que visa controlar
a inflação e ancorar as expectativas de mercado em relação à evolução dos preços. As
principais características desse sistema incluem:
Estabelecimento de Metas: O governo, por meio do Banco Central, define uma meta de
inflação a ser alcançada em um determinado período, geralmente anual. Essa meta é
divulgada publicamente, permitindo que agentes econômicos ajustem suas expectativas
em relação à inflação futura.
Âncora Nominal: O sistema de metas de inflação serve como uma "âncora" nominal,
orientando as expectativas de mercado. Ao fixar uma meta, o Banco Central busca
influenciar as decisões de consumo, investimento e formação de preços, ajudando a
estabilizar a economia.
Flexibilidade: Embora haja uma meta a ser alcançada, o sistema permite certa
flexibilidade para lidar com choques temporários que possam afetar a inflação. O Banco
Central pode ajustar suas políticas em resposta a eventos inesperados, evitando a
caracterização de descumprimento da meta em casos de choques transitórios.
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Essa meta é divulgada publicamente, permitindo que os agentes econômicos ajustem suas
expectativas.
Índice de Preços: O índice oficial utilizado para medir a inflação e estabelecer a meta é
o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é elaborado pelo IBGE.
O IPCA reflete a variação de preços de uma cesta de bens e serviços consumidos pelas
famílias brasileiras.
Política Monetária Ativa: O Banco Central, por meio do Comitê de Política Monetária
(COPOM), se reúne a cada 45 dias para avaliar a situação econômica e decidir sobre a
taxa de juros básica (SELIC). As decisões são tomadas com base nas expectativas de
inflação e na necessidade de ajustar a política monetária para atingir a meta.
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