EDUCAÇÃO E GESTÃO AMBIENTAL INTEGRADA EM CONDOMINIOS
EDUCAÇÃO E GESTÃO AMBIENTAL INTEGRADA EM CONDOMINIOS
EDUCAÇÃO E GESTÃO AMBIENTAL INTEGRADA EM CONDOMINIOS
Brasília
2008
FERNANDO ANTÔNIO BAPTISTA
Monografia apresentada à
Universidade Cândido Mendes
como requisito parcial à obtenção
do título de pós-graduado em
Educação Ambiental.
Brasília
2008
À minha filha Carolina Brêttas
Baptista, bióloga, como eu, e sem a
qual não teria sido possível este
trabalho.
AGRADECIMENTOS
Introdução .......................................................................................................... 1
Conclusão ........................................................................................................ 30
Introdução
minimização de deposição de lixo nos aterros, aumentando sua vida útil, além
de ser simples podendo contar com a participação da população para
conscientização sobre problemas de desperdício e valorização de recicláveis
presentes no lixo (Dubois, 1999; Secretaria do Meio Ambiente, 2008).
Em localidades onde a coleta seletiva e a reciclagem são atuantes, pode
tornar-se uma fonte de renda e emprego. Estima-se que o Brasil movimenta R$
8 bilhões anuais com o setor, gerando renda a 800 mil catadores e
empregando formalmente 50 mil pessoas apenas em indústrias relacionadas
com o reaproveitamento de lixo seco. O Brasil é o país com maior índice de
coleta e reutilização de latinhas de alumínio do mundo, 96,5% de
aproveitamento (Jornal do Senado, 2008).
Nesse contexto, o objetivo central é a implantação da coleta seletiva no
condomínio da SQS 404 – bloco ‘L’, situado em Brasília/DF, abrindo
discussões sobre padrões de consumo e gestão participativa. Para tal, o
presente trabalho irá descrever as etapas necessárias para a implantação da
coleta seletiva na comunidade em questão, porém a efetiva realização do
projeto não será concluída. Para que o objetivo seja alcançado, será
necessária a identificação do perfil da comunidade alvo à qual será proposta a
idéia e como analisar os tipos de resíduos produzidos pela comunidade em
questão.
A implantação se fundamenta na separação pelos moradores, dos
materiais recicláveis (papéis, vidros, plásticos e metais) do restante do lixo. Ela
pode começar como uma experiência-piloto, e ampliada aos poucos. O
primeiro passo é a realização de uma campanha informativa junto à
comunidade alvo, convencendo-a da importância da reciclagem e orientando-a
para que separe o lixo em recipientes para cada tipo de material.
Para tanto, o Governo do Distrito Federal distribuiu a princípio, panfletos
instruindo toda a população sobre como separar o lixo seco do lixo orgânico.
Uma questão secundária na qual o estudo se baseia é a de definir que
este trabalho tenha como pressuposto a educação partindo de modo íntimo
pela comunidade, respeitando-se as diferenças de cada personagem que a
compõe.
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Capítulo 1
Educação Ambiental
A B
C D
Capítulo 2
Como implantar um sistema de coleta seletiva?
gerado. As reuniões têm que ser destinadas a todas as faixas etárias, desde
criança até idosos, para que se crie uma noção de educação ambiental.
A coleta seletiva tem grande valor social e otimiza a reciclagem, porém é
considerada antieconômica, pois pode gerar grandes custos relacionados com
a estocagem e transporte ao seu destino. Entretanto, deve-se considerar a
coleta convencional como também geradora de custos, entre eles destacam-se
o transporte para o aterramento do lixo, despesas com a descontaminação do
solo e da recuperação vegetal de áreas degradadas (Grimberg apud Dubois,
1999). Dessa forma, percebe-se que o maior problema é a falta de incentivo e
apoio governamental.
Deve-se convencer todos os condôminos, ou pelo menos a maior parte
deles, a participar do sistema, destacando seus reais benefícios para a
comunidade, a coleta só é efetiva se contar com a participação da maioria. O
sistema é dividido em três etapas principais: planejamento, implantação e
manutenção.
2.1. Planejamento
Questionário
3) Liste os quatro materiais mais presentes no seu lixo diário na ordem em que
são encontrados (apenas lixo seco):
1º ______________________
2º______________________
3º ______________________
4º ______________________
5) Quais dos materiais presentes no seu lixo você acha que podem ser
reciclados ou reaproveitados?
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
Figura 2.3. Esquema da disposição e utilização das lixeiras grandes no edifício e fotos atuais do local.
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2.2. Implantação
Figura 2.4. Exemplo de panfleto informativo que deverá ser fixado nas portarias. (Fonte: CEMPRE 2009).
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2.3. Manutenção
Capítulo 3
Breve estudo de casos
CÉU ABERTO 76
ATERRO CONTROLADO 13
ATERRO SANITÁRIO 10
USINA DE COMPOSTAGEM 0,9
USINA DE INCINERAÇÃO 0,1
(Fonte: IBGE, 1991)
O sistema de coleta seletiva de lixo em Angra dos Reis foi descrito por
Pequeno (2002) durante o período de 1997 a 2000. No decorrer do período
relatado o programa foi muito bem sucedido. Nota-se um apoio da Prefeitura
Municipal essencial à manutenção do programa. O sistema adotou a
concepção de remuneração do lixo reciclável fornecido pela população na
forma de troca por alimento, cimento e material escolar. Estabeleceu-se uma
tabela de troca de acordo com o valor de marcado dos componentes do lixo,
baseada na quantidade e constituição do material. A Prefeitura Municipal ainda
montou uma estrutura para recolhimento, recebimento, beneficiamento e
comercialização do material coletado, que contava com galpões, veículos,
embarcações, usinas de beneficiamento, funcionários operacionais e estrutura
administrativa. Apesar de o sistema ser de alto custo financeiro para
implantação e manutenção, pôde-se verificar a diminuição dos impactos
ambientais e melhoria na geração de renda da população participante.
Conclusão
Referências Bibliográficas
LIMA, Luiz Mário Queiroz. Tratamento de lixo. 2 ed. São Paulo: Hemus, 1991.