Código de Obras de Rio Branco - AC

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LEI Nº 1732 DE 23 DE DEZEMBRO DE 2008

"INSTITUI O CÓDIGO DE OBRAS E


EDIFICAÇÕES DO MUNICÍPIO DE RIO BRANCO
E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS".

O PREFEITO DO MUNICÍPIO DE RIO BRANCO-ACRE, usando das atribuições que são conferidas por Lei, FAÇO
SABER, que a Câmara Municipal de Rio Branco aprovou e eu sanciono a seguinte Lei:

TÍTULO I
PARTE GERAL

Capítulo I
DAS CONDIÇÕES GERAIS E PRELIMINARES

Art. 1ºFica ins tuído o Código de Obras e Edificações do Município de Rio Branco, Estado do Acre,
obje vando disciplinar e estabelecer os procedimentos administra vos e execu vos e as regras gerais e
específicas a serem consideradas no projeto, licenciamento, execução, manutenção e u lização de obras,
edificações, construções e equipamentos, no interior dos limites dos imóveis em que se situem, inclusive os
des nados ao funcionamento de órgãos ou serviços públicos.

Art. 2º Toda e qualquer obra de construção, edificação, ampliação, reforma ou demolição depende de
prévio licenciamento por parte do Município, conforme disciplinado por este Código e nas normas con das
nos seguintes disposi vos legais, sem prejuízo de novas regras e normas a viger no país após a edição desta
Lei:

I - Lei Municipal nº 1.611 de 27 de outubro de 2006 - Plano Diretor de Rio Branco;

II - Lei Federal nº 10.257 de julho de 2001 - Estatuto da Cidade;

III - Lei Orgânica do Município de Rio Branco;

IV - Normas técnicas per nentes à matéria aprovadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT);

V - Demais legislações ambientais e urbanís cas, federal, estadual e municipal no que tange ao tema
versado.

Art. 3º Consideram-se partes integrantes deste Código, as tabelas e desenhos que o acompanham, sob a
forma de Anexos, numerados nos incisos I a VIII, com o seguinte conteúdo:

I - Anexo 1 - Glossário (conceitos, siglas e abreviaturas);

II - Anexo 2 - Tabela de Penalidades;

III - Anexo 3 - Carimbo Padrão de Projeto - art. 16, § 2º;

IV - Anexo 4 - Desenho do Passeio/calçada padrão (diferentes dimensões, com e sem jardim) - arts. 61, § 1º;
68; 69 caput e II;

V - Anexo 5 - Desenho das rampas nas calçadas - art. 79;

VI - Anexo 6 - Desenho das reentrâncias de ven lação e iluminação - art. 94;

VII - Indicações gráficas de vagas de estacionamento/esquema de circulação e acesso de veículos - art. 96, §
1º, art. 102;

VIII - Dimensões mínimas de áreas de manobra - art. 98, § 5º.

Capítulo II
DAS FINALIDADES E DOS PRINCÍPIOS

Art. 4º O presente Código tem as seguintes finalidades:

I - Regular a a vidade edilícia;

II - Atribuir direitos e responsabilidades aos atuantes na a vidade edilícia;

III - Ins tuir procedimentos, atos administra vos e mecanismos des nados ao controle da a vidade edilícia;

IV - Estabelecer diretrizes básicas de conforto, higiene, salubridade e segurança a serem atendidas nas obras
e edificações no território do Município;

V - Definir critérios a serem atendidos na preservação, manutenção e intervenção em edificações existentes.

Art. 5º A aplicação do Código de Obras e Edificações do Município de Rio Branco reger-se-á pelos seguintes
princípios:

I - Simplificação dos procedimentos administra vos relacionados ao licenciamento;

II - Valorização do usuário do equipamento comunitário e daquele a quem se des na a habitação,


assegurando o conceito de uso universal, condizente com a dignidade humana;

III - Prioridade do interesse cole vo frente o individual;

IV - Tratamento diferenciado às edificações que apresentem impactos urbanís cos e sociais sobre a cidade;
V - Garan a de acesso à edificação regular para toda a população;

VI - Preservação, sempre que possível, das peculiaridades do ambiente urbano, nos seus aspectos ecológico,
ambiental, histórico, cênico-paisagís co, turís co e geotécnico;

VII - Garan a de que o espaço edificado observa padrões de qualidade que sa sfaçam as condições mínimas
de segurança, conforto, higiene e saúde dos usuários e dos demais cidadãos, como também a esté ca do
Município e das habitações.

Capítulo III
DOS DIREITOS E RESPONSABILIDADES DOS ATUANTES NA ATIVIDADE EDILICIA

SEÇÃO I
DO MUNICÍPIO

Art. 6º O Município de Rio Branco concederá licença a projetos e obras, observando os padrões urbanís cos
definidos pelo Plano Diretor, e fiscalizará sua execução e término, respeitando as condições de estabilidade,
segurança e salubridade estabelecidas nesta Lei, não se responsabilizando por qualquer sinistro ou acidente
decorrente de deficiência de projeto, execução ou u lização.

Parágrafo Único - O Município deverá assegurar, através do respec vo órgão competente, o acesso aos
munícipes a todas as informações con das na legislação rela va ao Plano Diretor, Posturas, Perímetro
Urbano, Parcelamento do Solo, Uso e Ocupação do Solo, per nentes ao imóvel a ser construído ou a vidade
em questão.

Art. 7º O Poder Execu vo Municipal apresentará denúncia aos órgãos incumbidos de fiscalização do
exercício profissional, contra os profissionais ou empresas, que sejam contumazes na prá ca de infração a
esta Lei.

Parágrafo Único - O Município remeterá, mensalmente, à seção local do Conselho Regional de Engenharia,
Arquitetura e Agronomia (CREA), relação completa e detalhada das construções licenciadas, contendo os
seguintes dados:

I - Nome do proprietário;

II - Local da obra e finalidade;

III - Autor do projeto;

IV - Data da aprovação do projeto;

V - Responsável técnico pela obra;

VI - Área da edificação.
SEÇÃO II
DO PROPRIETÁRIO E DO POSSUIDOR

Art. 8º O direito do proprietário ou a quem este oficialmente autorizar em promover e executar obras em
seu imóvel, mediante prévio requerimento e licenciamento do Município, pressupõe a observância das
condições previstas nesta Lei, respeitados o direito de vizinhança e das demais normas aplicáveis, desde que
devidamente assis do por profissional legalmente habilitado assegurando-lhes todas as informações
cadastradas nos bancos de dados do Município rela vas ao imóvel, desde que não afrontem o direito à
privacidade ou sigilo das informações de terceiros.

Parágrafo Único - Se o proprietário da obra não for o mesmo do terreno e não sendo aquele enquadrado
como possuidor, o Município deverá exigir autorização do proprietário da gleba, com firma reconhecida,
para que o requerente construa sobre a área.

Art. 9º Considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não, de algum dos
poderes inerentes à propriedade.

Art. 10 Poderá o possuidor exercer o direito previsto no ar go 8º deste Código, condicionado a


apresentação de Cer dão Nega va Judicial de pendências ou discussões sobre a propriedade do imóvel
ocupado, bem como que comprove o domínio ú l da posse mansa, ininterrupta, con nua, pacífica e de boa
fé do bem imóvel durante os úl mos 5 (cinco) anos antecedentes à requisição solicitada.

Art. 11 Responde o requerente pela veracidade dos documentos apresentados, não implicando a sua
aceitação, pelo Poder Público Municipal, em reconhecimento do direito de propriedade sobre o imóvel.

Parágrafo Único - Verificada a falsidade documental, encaminhar-se-á cópia do processo administra vo à


autoridade competente, respondendo o requerente por seus atos perante a Administração Municipal, sem
prejuízo das cominações penais ou danos civis.

Art. 12O proprietário da obra, a qualquer tulo, é responsável integralmente pela manutenção das
condições de estabilidade, segurança e salubridade do imóvel, as demais edificações e equipamentos, bem
como pela observância das prescrições desta Lei e da legislação correlata.

Parágrafo Único - A responsabilidade prevista no caput deste ar go estende-se aos demais sucessores na
propriedade ou posse do imóvel.

Art. 13 Na hipótese da documentação apresentada não descrever suficientemente as caracterís cas sicas,
as dimensões, limites e a área do imóvel serão exigidos outros documentos ou esclarecimentos
complementares.

§ 1º Quando houver discrepância entre as medidas do imóvel constantes do tulo de propriedade e as reais
existentes no local, o proje sta deverá obedecer às medidas existentes no local se estas forem menores do
que as registradas no Cartório de Imóveis, para efeito de recuos, afastamentos, taxa de ocupação e altura da
edificação.

§ 2º Para o cálculo do coeficiente de aproveitamento deverá ser u lizada a área real, existente no local,
consoante o critério u lizado no parágrafo primeiro.

SEÇÃO III
DO PROFISSIONAL LEGALMENTE HABILITADO E DA RESPONSABILIDADE TÉCNICA

Art. 14 Considera-se profissional legalmente habilitado, o técnico devidamente registrado ou com visto
junto ao órgão federal fiscalizador do exercício profissional - CREA, cadastrado perante o Município, nos
termos do parágrafo único do art. 231 da Lei do Plano Diretor, e adimplente com a Fazenda Municipal,
podendo atuar como pessoa sica ou como tular ou representante de pessoa jurídica, respeitadas, neste
caso, as atribuições e limitações estabelecidas pela en dade representada.

Parágrafo Único - Para os fins tributários o profissional tem a faculdade de proceder a seu cadastro junto ao
órgão competente para quitação anual do imposto (ISSQN) ou por ocasião do serviço, nos termos do Código
Tributário Municipal.

Art. 15 Somente os profissionais legalmente habilitados no respec vo órgão fiscalizador do exercício


profissional-CREA poderão projetar, calcular ou executar obras no território deste Município.

Art. 16 É obrigatória a assistência de profissional habilitado na elaboração de projetos, na execução e na


implantação de obras bem como na elaboração de pareceres técnicos, sempre que assim o exigir a legislação
federal rela va ao exercício profissional, ou a critério da Prefeitura Municipal de Rio Branco, sempre que
entender conveniente.

§ 1º Os projetos, seus elementos e planilhas de cálculos deverão ser acompanhados pela respec va
Anotação de Responsabilidade Técnica - ART, devidamente registrada no órgão competente.

§ 2º Os projetos de que trata o § 1º deverão conter: assinatura do proprietário da obra, assinatura(s) do


autor e/ou do responsável técnico, quando for o caso, e demais informações conforme carimbo apresentado
no Anexo III.

§ 3º Quando o proprietário da obra for pessoa jurídica, os projetos deverão ser assinados pelos seus
respec vos representantes legais.

§ 4º Para os empreendimentos de interesse social o Município promoverá assistência técnica gratuita à


população de baixa renda através do serviço de Engenharia, Arquitetura e Agronomia Pública, mediante
convênio a ser firmado com en dades profissionais sediadas no Município.

Art. 17 O profissional legalmente habilitado poderá atuar, individual ou solidariamente, como Autor de
projeto ou como Responsável Técnico da Obra, ou em ambos os casos, assumindo sua responsabilidade
perante a Municipalidade no ato do protocolo do pedido de licenciamento ou do início dos trabalhos no
imóvel.

Parágrafo Único - Para fins de fiscalização, são a vidades que caracterizam o inicio de uma
construção/edificação, isoladamente ou em conjunto:

I - Nivelamento do terreno;
II - Confecção do gabarito;

III - Abertura de valas para fundações;

IV - Colocação de tapumes; e

V - Execução das fundações.

Art. 18 Para os efeitos desta Lei serão considerados:

I - Autor, o profissional responsável pela elaboração de projetos, que responderá pelo conteúdo das peças
gráficas, descri vas, especificações e exeqüibilidade de seu trabalho.

II - Responsável Técnico, o profissional responsável pela direção técnica das obras, em qualquer de suas
fases, respondendo por sua correta execução e adequado emprego de materiais, conforme projeto aprovado
na Prefeitura e observância das Normas Brasileiras Registradas - NBR.

Parágrafo Único - O licenciamento expedido pelos órgãos municipais competentes, não induz qualquer
responsabilidade do Poder Público Municipal pela elaboração de projetos, cálculos, especificações ou pela
execução de obras, por estes respondendo exclusivamente os profissionais envolvidos.

Art. 19 É facultada a qualquer tempo a subs tuição ou a transferência da responsabilidade profissional,


devendo a obra ficar paralisada enquanto não houver a assunção de responsabilidade por novo técnico.

§ 1º A con nuidade de execução da obra e a subs tuição de profissionais deverão ser precedidas de o cio,
dirigido à Prefeitura Municipal, assinado pelo proprietário da obra e pelo novo responsável técnico, o qual
deverá apresentar a nova guia de Anotação de Responsabilidade Técnica (ART).

§ 2º A desistência do profissional de con nuar responsável pela obra, sem a prévia comunicação à Prefeitura
Municipal, não o isenta da responsabilidade assumida.

§ 3º Poder Público Municipal se exime do reconhecimento de direitos autorais ou pessoais decorrentes da


aceitação de transferência de responsabilidade técnica ou da solicitação de alteração de projeto.

Capítulo IV
DAS CONDIÇÕES RELATIVAS À APRESENTAÇÃO DE PROJETOS

Art. 20 As obras a serem licenciadas pelo órgão municipal competente observarão, para efeito de análise,
cinco procedimentos dis ntos de apresentação de projetos, de acordo com as categorias de edificações
discriminados na tabela abaixo:

Tabela 1 - Categorias de Edificações


____________________________________________________________________________
| | TIPO DE EDIFICAÇÃO |
|============|===============================================================|
|CATEGORIA| 1|Imóvel residencial unifamiliar térreo, sem laje de cobertura e |
| | |com área construída até 70 m² |
| |--|---------------------------------------------------------------|
| | 2|Imóvel residencial unifamiliar com área construída de até 200 |
| | |m² |
| |--|---------------------------------------------------------------|
| | 3|Imóvel residencial unifamiliar com área construída acima de 200|
| | |m² |
| |--|---------------------------------------------------------------|
| | 4|Imóvel comercial e de serviço com área construída de até 200 m²|
| |--|---------------------------------------------------------------|
| | 5|Imóvel residencial multifamiliar e demais usos |
|_________|__|_______________________________________________________________|

Parágrafo Único - A documentação necessária a ser apresentada para todos os procedimentos previstos
neste ar go se encontra discriminada no quadro do Art. 33.

Art. 21 Os projetos das obras enquadradas no Procedimento da Categoria 1 poderão ser apresentados de
forma simplificada, desde que constem, no mínimo, os seguintes elementos:

I - Planta de situação e locação do imóvel, pelo menos em papel formato A4, com informações a respeito da
taxa de ocupação, taxa de permeabilidade e coeficiente de aproveitamento;

II - Memorial descri vo simplificado do projeto, com a declaração de seu autor de que aquele atende às
exigências deste Código e das demais normas da legislação em vigor.

Parágrafo Único - São isentos da Taxa de Licenciamento para a execução de obras, os contribuintes
alcançados pela hipótese constante no caput deste ar go, desde que possua um único imóvel no Município.

Art. 22 As obras enquadradas nos Procedimentos das Categorias 2, 3, 4 e 5 devem ter seus projetos
arquitetônicos apresentados por completo em 2 (duas) vias impressas, no mínimo, em número de pranchas
e escalas convencionais, adequadas e necessárias à sua plena compreensão e dobradas convenientemente
em formato A4.

§ 1º É requisito para a obtenção do habite-se o fornecimento do projeto arquitetônico "as built" em meio
digital.

§ 2º As obras enquadradas no Procedimento da Categoria 4 e 5 devem, além das exigências con das no
caput deste ar go, observar as normas de acessibilidade.

§ 3º O projeto completo referido no caput do ar go compreende:

I - Plantas baixas dos pavimentos;

II - Dois cortes, sendo um longitudinal e o outro transversal;

III - Elevações da edificação para as vias;

IV - Planta de locação, situação e cobertura;

V - Quadro de áreas.

Art. 23 Os projetos de reforma e ampliação que contemplem mudança de uso e/ou acréscimo de área ao
imóvel são necessariamente reenquadrados para adequá-los às regras previstas no ar go 20, e observarão,
ainda, as convenções gráficas, iden ficando paredes a demolir, construir e/ou conservar, conforme as
normas técnicas da ABNT.

Capítulo V
DOS ESTUDOS DOS IMPACTOS URBANÍSTICOS E AMBIENTAIS

Art. 24 A localização, construção, instalação, ampliação, modificação e operação de empreendimentos e


a vidades considerados efe va ou potencialmente poluidores, bem como os empreendimentos e a vidades
capazes, sob qualquer forma, de causar significa va degradação ambiental, dependerão de prévio
licenciamento do órgão ambiental competente, nos termos da legislação federal, estadual e municipal
vigentes e resoluções do Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA, sem prejuízo de outras licenças
legalmente exigíveis.

Art. 25 Além dos casos previstos na legislação federal e estadual, o Estudo Prévio de Impacto Ambiental -
EIA será exigido nas hipóteses e formas previstas na Lei nº 1.330, de 23 de setembro de 1999, que dispõe
sobre a Polí ca Municipal de Meio Ambiente.

Art. 26 Deverão ser objeto de Estudo Prévio de Impacto sobre a Vizinhança - EIV os empreendimentos que:

I - Por suas caracterís cas peculiares de porte, natureza ou localização, possam ser geradores de alterações
nega vas no seu entorno;

II - Venham a ser beneficiados por alterações das normas de uso, ocupação ou parcelamento vigentes na
zona em que se situam, em virtude da aplicação de algum instrumento urbanís co previsto.

§ 1º Lei municipal específica definirá os empreendimentos e a vidades, públicos ou privados, referidos nos
incisos I e II do caput deste ar go, bem como os parâmetros e os procedimentos a serem adotados para sua
avaliação, conforme disposto nos ar gos 36, 37 e 38 do Estatuto da Cidade.

§ 2º O EIV deverá contemplar os efeitos posi vos e nega vos do empreendimento ou a vidade quanto à
qualidade de vida da população residente na área e suas proximidades, incluindo a análise, dentre outras,
das seguintes questões:

I - Adensamento populacional;

II - Equipamentos urbanos e comunitários;

III - Uso e ocupação do solo;

IV - Valorização imobiliária;

V - Geração de tráfego, alterações das condições de circulação e demanda por transporte público;

VI - Ven lação e iluminação;

VII - Paisagem urbana e patrimônio natural e cultural;


VIII - Geração de ruídos;

IX - Definição das medidas mi gadoras dos impactos nega vos, bem como daquelas intensificadoras dos
impactos posi vos.

§ 3º Os documentos integrantes do EIV são públicos e deverão ficar disponíveis para consulta pelos
interessados antes de sua aprovação.

§ 4º O Estudo Prévio de Impacto de Vizinhança - EIV não subs tui a elaboração e a aprovação de Estudo
Prévio de Impacto Ambiental - EIA requeridas nos termos da legislação ambiental.

§ 5º O empreendimento ou a vidade, obrigado a apresentar o Estudo Prévio de Impacto Ambiental - EIA,


requerido nos termos da legislação per nente, fica isento de apresentar o Estudo Prévio de Impacto de
Vizinhança - EIV, desde que atenda, naquele documento, todo conteúdo exigido por esta Lei.

Art. 27A expedição do alvará de construção para os empreendimentos e a vidades considerados efe va ou
potencialmente poluidores, bem como os empreendimentos e a vidades capazes, sob qualquer forma, de
causar significa va degradação ambiental fica vinculado à apresentação da licença de instalação concedida
pelo órgão ambiental federal, estadual e/ou municipal.

TÍTULO II
DA ORDENAÇÃO URBANÍSTICA DA ATIVIDADE EDILÍCIA

Art. 28 Mediante procedimento administra vo, precedido de requerimento do interessado e, pagas as taxas
devidas, o Município licenciará a obra ou serviço e emi rá as respec vas Cer dões, fornecendo os dados ou
consen rá na execução e implantação de obras e serviços, e exercerá o controle da a vidade edilícia.

Capítulo I
DOS ATOS ADMINISTRATIVOS NECESSÁRIOS AO CONTROLE DA ATIVIDADE EDILÍCIA

Art. 29São atos administra vos precedentes à execução de a vidades relacionadas a este Código, citadas
no ar go 2º:

I - Alvará de Autorização;

II - Cer dão de Viabilidade Urbanís ca;

III - Cer dão de Consulta Prévia de Projeto Arquitetônico;

IV - Alvará de Licença para Construção;

V - Alvará de Licença para Regularização;

VI - Alvará de Licença para Demolição;


VII - Habite-se;

VIII - Alvará de Licença de Mudança de Uso.

IX - A administração, a seu critério, poderá criar outros documentos administra vos de acordo com as suas
necessidades de gerenciamento da a vidade edilícia e exigências urbanís cas.

SEÇÃO I
DO ALVARÁ DE AUTORIZAÇÃO

Art. 30 A Autorização é documento de solicitação obrigatória, mas de concessão precária, des nado a
licenciar uma ocorrência específica, com prazo determinado, sendo que as seguintes a vidades dependerão
obrigatoriamente de Autorização:

I - Implantação de edificação transitória;

II - Implantação e u lização de canteiro de obras em imóvel dis nto daquele da execução das obras objeto
da licença;

III - Avanço de tapumes sobre parte do passeio público;

IV - Abertura sob o passeio para escoamento de águas pluviais e o rebaixamento de meio-fio;

V - Abertura no pavimento de vias para execução de obras que necessitem passagem.

Art. 31Por requisição do interessado, o Município concederá, a tulo precário, Autorização precedida,
quando necessária, da apresentação de croqui de localização e locação no terreno, informando as áreas.

§ 1º A autorização de que trata o caput deste ar go, poderá ser revogada quando constatado
desvirtuamento do seu objeto inicial.

§ 2º A hipótese prevista no inciso V do caput do ar go 26 será precedida do comprovante de quitação dos


custos de recuperação do patrimônio público lesado com a intervenção.

§ 3º O prazo de validade da Autorização, e de cada renovação, dependerá de sua finalidade e não excederá
trinta dias a par r de sua expedição, excetuando-se para fins de implantação de canteiros de obras que
dependerá da apresentação do seu cronograma.

SEÇÃO II
DA CERTIDÃO DE VIABILIDADE URBANÍSTICA

Art. 32 A Cer dão de Viabilidade é procedimento opcional que antecede o início dos trabalhos de
elaboração do projeto, devendo o interessado formalizá-la ao órgão competente do Município.
Art. 33A Cer dão de Viabilidade terá validade de seis meses e fornecerá as informações necessárias para
que o projeto cumpra a Lei do Plano Diretor, em especial no que diz respeito ao po de a vidade permi da,
o uso pretendido, índices e parâmetros constru vos, a fim de orientar o trabalho do profissional.

SEÇÃO III
DA CERTIDÃO DE CONSULTA PRÉVIA DE PROJETO ARQUITETÔNICO

Art. 34A Cer dão de Consulta Prévia de Projeto Arquitetônico é procedimento opcional que visa municiar o
responsável técnico pela elaboração do projeto das informações necessárias ao desenvolvimento do estudo
preliminar subme do à consulta, ou realizar eventuais correções, em etapa anterior à conclusão do projeto
básico.

SEÇÃO IV
DO ALVARÁ DE LICENÇA PARA CONSTRUÇÃO

Art. 35O Alvará de Licença para Construção é documento administra vo, de solicitação obrigatória,
des nado a autorizar a execução das seguintes obras:

I - Movimento de terra;

II - Muro de arrimo ou equivalente;

III - Edificação nova;

IV - Reforma;

V - Reconstrução;

VI - Subs tuição;

VII - Demolição voluntária;

VIII - Ampliação.

§ 1º O movimento de terra e/ou muro de arrimo, quando vinculados à edificação nova ou reforma, poderão
ser aprovados e licenciados pelo Alvará de Construção da obra principal.

§ 2º Em havendo nova construção, o Alvará de Demolição, previsto no art. 45, deste, poderá ser expedido
conjuntamente com o Alvará de Construção.

§ 3º Independem da expedição do Alvará de Construção, as seguintes a vidades:

I - Abrigos provisórios para a guarda e depósito de materiais em obras previamente licenciadas;

II - Instalação de toldos para a proteção de aberturas;


III - Reparos internos e subs tuição de aberturas;

IV - Subs tuição de telhas, de calhas e de condutores em geral;

V - Pequenos reparos que não impliquem na alteração estrutural do prédio e nem alterem a finalidade de
u lização;

VI - Cobertura de uso residencial para autos, desde que removíveis e não afetem as condições de ven lação
e iluminação;

VII - Muros até 3.00 m (três metros) de altura;

VIII - Reparos em fachadas ou no reves mento de edificações, ou reforma de prédios, quando não
implicarem em alteração das linhas arquitetônicas;

IX - Limpeza ou pintura externa ou interna de prédios, muros ou grades.

§ 4º O disposto no parágrafo 3º não se aplica a imóvel com valor histórico-cultural, o qual será licenciado
pela Prefeitura após avaliação técnica do setor de Patrimônio Histórico e Cultural federal, estadual e/ou
municipal, dependendo da proteção a que es ver vinculado.

Art. 36Para a expedição do Alvará de Construção deverão ser apresentados os seguintes documentos, de
acordo com o quadro abaixo:

Tabela 2 - Documentos e Projetos para expedição do Alvará de Construção


_______________________________________________________________________________
| ITEM| DOCUMENTOS / PROJETOS | CATEGORIAS |
| | | DE EDIFICAÇÃO |
| | |----+----+----+----+----|
| | | 1 | 2 | 3 | 4 | 5 |
|=====|================================================|====|====|====|====|====|
| a |Certidão Negativa de Tributos ou comprovante de| X | X | X | X | X |
| |pagamento do último IPTU | | | | | |
|-----|------------------------------------------------|----|----|----|----|----|
| b |Cópia dos documentos pessoais. RG e CPF para| X | X | X | X | X |
| |pessoa física, e CNPJ para pessoa jurídica. | | | | | |
|-----|------------------------------------------------|----|----|----|----|----|
| c |Título de propriedade do terreno | X | X | X | X | X |
|-----|------------------------------------------------|----|----|----|----|----|
| d |Inscrição da obra no INSS | - | X | X | X | X |
|-----|------------------------------------------------|----|----|----|----|----|
| e |Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) de| X | X | X | X | X |
| |autoria de projeto e execução da obra | | | | | |
|-----|------------------------------------------------|----|----|----|----|----|
| f |Planta de situação - localização da obra na| X | X | X | X | X |
| |quadra | | | | | |
|-----|------------------------------------------------|----|----|----|----|----|
| g |Projeto Arquitetônico Simplificado - 02 (duas) | X | - | - | - | - |
| |vias | | | | | |
|-----|------------------------------------------------|----|----|----|----|----|
| h |Memória Descritivo Simplificado - 02 (duas) vias| X | - | - | - | - |
|-----|------------------------------------------------|----|----|----|----|----|
| i |Projeto Arquitetônico Completo - 02 (duas) vias | - | X | X | X | X |
|-----|------------------------------------------------|----|----|----|----|----|
| j |Memória Descritivo - 02 (duas) vias | - | X | X | X | X |
|-----|------------------------------------------------|----|----|----|----|----|
| l |Projeto de prevenção e combate a incêndio e| - | - | X | X | X |
| |pânico | | | | | |
|_____|________________________________________________|____|____|____|____|____|

§ 1º Para as obras consideradas Pólos Geradores de Tráfego - PGTs deverão ser apresentados projetos de
sinalização e trânsito aprovados pelo órgão competente.
§ 2º Para as obras enquadradas no procedimento da categoria 5 e, no caso de edificações mul familiares a
par r de 12 unidades habitacionais, deverão ser apresentados os projetos aprovados pelas concessionárias
de serviços públicos, e/ou outros documentos por elas exigidos.

§ 3º Os empreendimentos classificados como Usos Perigosos - UPE, nos termos do art. 57, I, da Lei 1.611/06
- Plano Diretor, independente da área construída, deverão obedecer ao procedimento da Categoria 5.

§ 4º Não estando o imóvel escriturado em nome do requerente, nem sendo este enquadrado nas condições
estabelecidas no art. 10 desta Lei, para a aprovação do projeto, aquele deverá apresentar um termo de
autorização do proprietário, com firma reconhecida em cartório, e cer dão de inscrição no Cadastro
Imobiliário do Município em nome do proprietário.

§ 5º Não será permi da a edificação em loteamentos, desmembramentos ou fracionamentos clandes nos.

Art. 37 O Alvará de Licença para Construção terá validade de 1 (um) ano, podendo ser renovado por igual
período, por sucessivas vezes que se fizerem necessárias, devendo o pedido de renovação ser deferido
dentro do prazo do alvará anterior.

Art. 38 O órgão competente da Prefeitura fará, no prazo de trinta dias, o exame detalhado dos elementos
que compõem o projeto, devendo as eventuais exigências adicionais decorrentes do exame
preferencialmente a serem feitas de uma só vez.

Parágrafo Único - Não sendo atendidas as exigências por parte do requerente no prazo máximo de sessenta
dias, o processo será indeferido e arquivado.

SUBSEÇÃO I
DA PARALISAÇÃO OU INTERRUPÇÃO VOLUNTÁRIA DE OBRAS

Art. 39 Quando a construção ficar paralisada por mais de cento e vinte dias, a contar da data da primeira
no ficação, o proprietário fica obrigado a:

I - Providenciar o fechamento do terreno no alinhamento do logradouro,

II - Remover andaimes e tapumes, eventualmente existentes, deixando o passeio em perfeitas condições de


uso.

Parágrafo Único - As disposições desta Subseção serão aplicadas também às construções que já se
encontram paralisadas na data de vigência desta Lei.

SUBSEÇÃO II
DA MODIFICAÇÃO DE PROJETO APROVADO

Art. 40 O Alvará de Licença para Construção poderá, enquanto vigente, ser subs tuído para constar
eventuais alterações de dados ou a aprovação de projeto modifica vo ou subs tu vo em decorrência de
revisão do projeto original.

Parágrafo Único - O procedimento para modificação ou subs tuição do projeto aprovado deverá seguir o
trâmite da aprovação previsto no art. 33, desta Lei.

SEÇÃO V
DO ALVARÁ LICENÇA DE REGULARIZAÇÃO

Art. 41 Para concessão do Alvará de Licença para Regularização de construção será exigida a documentação
de acordo com a categoria em que es ver enquadrada, nos termos do art. 20, desta Lei.

Art. 42 A Prefeitura poderá fornecer Alvará de Licença para Regularização para construções executadas
irregularmente, desde que, sejam respeitadas as normas desta Lei e outras correlatas a matéria.

§ 1º As obras irregulares serão classificadas em duas categorias:

a) Obras sem documentação: obras de acordo com os padrões urbanís cos e técnicos, porém sem alvará de
construção ou Habite-se ou ambos;
b) Obras em desacordo com os padrões urbanís cos e técnicos: obras que, além da irregularidade
documental, apresentam itens em desacordo com o Plano Diretor de Rio Branco ou leis específicas ou
ambos,

§ 2º O requerimento do Alvará de Licença para Regularização será acompanhado do pedido para a


expedição do Habite-se.

Art. 43 A regularização de obra residencial unifamiliar clandes na ou irregular, em desconformidade com a


legislação vigente, será passível de aprovação desde que apresente as seguintes condições:

I - Seja comprovado que a obra foi edificada até a data da promulgação da Lei nº 1.611/2006 - Plano Diretor
Municipal;

II - Condições mínimas de salubridade

III - Não tenha sido erigida em área non aedificandi ou de preservação ambiental;

IV - Não avance os limites e dimensões do terreno, conforme documento de propriedade;

V - Não se situe em loteamento clandes no e respeite as normas de uso e ocupação do solo vigentes.

VI - Apresente uso compa vel com as legislações vigentes

VII - Não possua telhado ultrapassando a testada do terreno;

VIII - Não "jogue" água sobre o terreno vizinho ou sobre a calçada.

Art. 44 A regularização do imóvel não isenta o proprietário da obra de eventuais multas ou dívidas
incidentes sobre o mesmo.
Art. 45 O Poder Execu vo, mediante Decreto, poderá ins tuir programa de regularização de construções
irregulares, comprovadamente existentes antes da publicação da presente lei, de forma a regularizá-las
perante o órgão competente, com a conseqüente inscrição do imóvel no Cadastro Imobiliário do Município.

§ 1º O interessado deverá protocolizar o requerimento de regularização da construção no órgão


competente, atendendo as exigências e requisitos estabelecidos no Decreto que ins tuir o programa,
observados as prescrições desta Lei, as do Plano Diretor e demais correlatas.

§ 2º Cumpridas as exigências, será expedido Alvará de Licença para Regularização de construção em nome
do requerente, o qual não se cons tui em ato administra vo declaratório ou cons tu vo de direito pessoal
ou real sobre o imóvel onde foi erigida a construção, objeto da regularização.

Art. 46 Poderá haver flexibilidade de índices e taxas, a critério da Municipalidade, nos casos em que o
imóvel do par cular tenha sofrido considerável prejuízo, como desapropriação de parte do terreno em razão
da realização de obras públicas de infra-estrutura tais como: saneamento, alargamento de vias, praças.

SEÇÃO VI
DA DEMOLIÇÃO VOLUNTÁRIA

Art. 47 A demolição de qualquer edificação deverá ser realizada mediante prévia solicitação e aprovação do
Município, através da emissão do Alvará de Licença para Demolição, salvo a que ver por objeto:

I - Muros com altura inferior a três metros, em sua maior dimensão ver cal;

II - Construções em madeira ou material similar

III - Construções térreas em alvenaria com área inferior a 100,00 m² e pé-direito inferior a 3,00m.

§ 1º A demolição em edificação deverá ser efetuada sob responsabilidade de profissional legalmente


habilitado.

§ 2º O procedimento de solicitação do Alvará de Licença para Demolição deverá ser acompanhado do


documento de propriedade do lote ART de responsabilidade técnica e representação gráfica.

Art. 48 O Alvará de Licença para Demolição terá prazo de validade de 1 (um) ano, renovável por igual
período, devendo o pedido de renovação ser deferido dentro do prazo do alvará anterior.

§ 1º Em qualquer demolição, o responsável técnico ou o interessado, conforme o caso deverá adotar todas
as medidas necessárias e possíveis para garan r a segurança dos operários e do público, das benfeitorias
urbanas e privadas existentes e das propriedades vizinhas.

§ 2º O órgão municipal competente poderá, sempre que julgar conveniente, estabelecer horário dentro do
qual uma demolição deva ou possa ser executada.

§ 3º Após a conclusão de demolição, o proprietário da obra deve comunicar o fato à Prefeitura, para a
atualização do Cadastro Imobiliário.
§ 4º No caso de nova construção, o Alvará de Licença para Demolição pode ser expedido conjuntamente
com o Alvará de Licença para Construção.

SEÇÃO VII
HABITE-SE

Art. 49 O Habite-se é documento de solicitação obrigatória quando da conclusão da obra licenciada, com
Alvarás de Licença para Construção ou de Regularização sendo que nenhuma edificação poderá ser ocupada
sem que seja procedida a vistoria pela Prefeitura e expedido o respec vo Habite-se.

§ 1º A vistoria e a emissão do Habite-se serão requeridos pelo proprietário da obra ou pelo profissional
técnico responsável, anexando, para tanto:

I - Requerimento padrão;

II - Cópia do Alvará de Construção;

III - Cópia do projeto arquitetônico aprovado;

IV - Cópia do projeto arquitetônico aprovado em formato digital em mídia compa vel com tecnologia usual;

V - Laudo de vistoria de segurança contra incêndios, expedido pelo setor competente do Corpo de
Bombeiros, para os casos em que a lei exija sistema de prevenção e combate contra incêndios;

VI - Cópia dos atestados de vistoria e recebimento das instalações prediais por parte das concessionárias de
serviços públicos responsáveis, quando necessários.

§ 2º No ato em que o interessado requisitar o respec vo Alvará será cobrada a Taxa de Habite-se além do
recolhimento do respec vo ISSQN, conforme dispõe o Código Tributário do Município, com exceção das
obras que se enquadram no Procedimento da Categoria 1, previstas no art. 20, I, desta Lei.

Art. 50 Durante a vistoria deverá ser verificado o cumprimento das seguintes exigências:

I - edificação em condições de habitabilidade;

II - obra executada de acordo com os termos do projeto aprovado pela Prefeitura.

Considera-se obra concluída aquela integralmente executada de acordo com o projeto aprovado e o
Art. 51
cumprimento das demais exigências da legislação municipal, além de atender aos seguintes requisitos:

I - Remoção de todas as instalações do canteiro de obras, entulhos e sobras de materiais;

II - A execução das instalações prediais ver sido aprovada pelos órgãos estadual e municipal, ou pelas
concessionárias de serviços públicos, conforme o caso;

III - O passeio do logradouro correspondente ao edi cio es ver inteiramente construído, reconstruído ou
reparado com material an derrapante, suportando as canalizações de águas pluviais sob o mesmo, quando
for o caso, podendo reservar área permeável, desde que garanta livre acesso com segurança aos
transeuntes;

IV - Tenha cumprido todos os requisitos constantes para aprovação, mesmo que exigidos por outros órgãos
municipais.

Art. 52 Por ocasião da vistoria, sendo constatado que a edificação não está de acordo com o projeto
aprovado, o(s) responsável (is) técnico(s) pela execução da obra, bem como o proprietário, serão autuados
de acordo com as disposições deste Código e obrigados a:

I - regularizar o projeto, caso as alterações possam ser aprovadas, ou;

II - proceder à demolição, ou as modificações necessárias para adequar a obra ao projeto aprovado.

Parágrafo Único - Estando as obras em consonância com o projeto aprovado, o Município fornecerá Habite-
se no prazo de até 30 (trinta) dias, a contar da data da nova vistoria.

Art. 53 Poderão ser aceitas pequenas alterações que não descaracterizem o projeto aprovado, nem
impliquem em divergência superior a 3% (três por cento) entre as medidas lineares externas e/ou 5% (cinco
por cento) da área construída, verificadas entre o projeto aprovado e as executadas na obra, sem prejuízo
dos recuos mínimos legais obrigatórios, desde que observada a legislação vigente à época do licenciamento
inicial da obra, e pagas as taxas devidas em razão da área excedente.

Art. 54 Será concedido Termo de Habite-se Parcial, após vistoria da Prefeitura, unicamente nos seguintes
casos:

I - Obra composta de parte comercial e residencial (uso misto), e puder ser u lizada de forma independente;

II - Construção de mais de uma edificação no mesmo lote.

Parágrafo Único - O Habite-se Parcial não exclui a necessidade do Habite-se Total que deve ser concedido ao
final da obra.

SEÇÃO VIII
DO ALVARÁ DE LICENÇA DE MUDANÇA DE USO

Art. 55 O Alvará de Licença de Mudança de Uso consiste em documento administra vo que atesta que a
edificação existente e devidamente regularizada teve seu uso alterado para outra a vidade, residencial,
comercial ou de serviço e atende as condições de vagas de estacionamento e padrões de incomodidades
estabelecidas pela Lei nº 1.611/06 - Plano Diretor e demais normas per nentes à matéria.

Art. 56Na expedição do alvará de licença para construção, este deverá especificar as condições de uso da
edificação.

§ 1º Poderá o Município fornecer licença para a mudança de uso da edificação, a requerimento do


proprietário ou possuidor, atendidos os disposi vos do Plano Diretor.
§ 2º Para os pedidos de mudança de uso de uma edificação regularmente aprovada pela Municipalidade,
deverá ser apresentado atestado oferecido por profissional habilitado garan ndo as condições de uso para a
u lização proposta.

§ 3º Para o caso da edificação não atender às condições mínimas para o uso pretendido, deverá ser
solicitada reforma, que respeitará todo o procedimento de aprovação e recebimento das obras descrito
nesta Lei, precedendo a expedição do Alvará de Funcionamento para o novo uso, nos termos do Código
Tributário Municipal, quando for o caso.

TÍTULO III
DO ASPECTOS GERAIS DAS OBRAS

Capítulo I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 57 A execução da obra será iniciada após a expedição da documentação correspondente, nos termos
do art. 25 desta Lei, cujo Alvará deverá ser man do no local da obra, juntamente com o projeto aprovado,
facilmente acessível à fiscalização de obras da Prefeitura Municipal.

Parágrafo Único - O canteiro de obras compreenderá a área des nada à execução e desenvolvimento das
obras, serviços complementares, implantação e instalações temporárias necessárias à sua execução, tais
como alojamento, escritório de campo, depósitos, estande de venda e outros.

Art. 58Durante a execução da obra caberá ao responsável técnico orientar quanto às medidas de segurança
necessárias para a proteção dos que nela trabalham, dos pedestres, das propriedades vizinhas e das vias e
logradouros públicos; e ao proprietário, adotá-las, observados o disposto neste Capítulo e nas normas
técnicas brasileiras vigentes.

Art. 59 A implantação do canteiro de obras em local dis nto da execução daquela somente terá seu Alvará
de Autorização concedido pelo órgão competente do Município, nos termos do caput art. 27 desta Lei.

Art. 60É vedada a permanência de qualquer material de construção nas vias e logradouros públicos, bem
como a sua u lização como canteiro de obras ou depósito de entulhos.

Parágrafo Único - A não re rada dos materiais de construção ou do entulho autoriza a Prefeitura Municipal
proceder à remoção do material encontrado em via pública, dando-lhe o des no conveniente, e a cobrar dos
executores da obra a despesa de remoção, aplicando-lhes as sanções previstas neste Código.

Art. 61 Nenhum elemento do canteiro de obras poderá prejudicar a arborização da via, a iluminação
pública, a visibilidade de placas, avisos ou sinais de trânsito e outras instalações de interesse público.

Qualquer execução de serviço ou obra em logradouro público deverá, previamente, ser comunicada
Art. 62
às en dades de serviço público porventura a ngidos pela intervenção, para as devidas providências.

Parágrafo Único - O passeio público danificado em decorrência da realização de obras deve ser restaurado
pelo proprietário ou possuidor, no prazo assinalado pelo órgão competente expedidor da autorização.
Art. 63 Quando as técnicas de engenharia não permi rem ou o seu custo for excessivamente alto para a
consecução das obras, os tapumes e andaimes deverão ocupar, no máximo, a metade da largura do passeio,
preservando 50% (cinqüenta por cento) do espaço inteiramente livre e desimpedido ao trânsito de
pedestres.

§ 1º O proprietário ou possuidor deverá solicitar prévia autorização do Município para ocupar a parte
disponível do passeio, sendo que, a autorização será precedida de análise in loco das condições de uso por
intermédio dos técnicos municipais responsáveis pelo deferimento da autorização.

§ 2º A parte do passeio livre de qualquer obstáculo não poderá ser inferior a 1,00m (um metro), exceto
quando a sua largura total inviabilizar a aplicação deste disposi vo, caso em que o construtor deverá
executar uma passarela para pedestres avançando sobre a via, conforme anexo, com largura não inferior a
1,00m (um metro), sem obstáculos e degraus, e com proteção de segurança aos transeuntes.

§ 3º A largura de 1,00m (um metro), a que se refere o parágrafo anterior, deverá estar livre de quaisquer
obstáculos.

Capítulo II
DAS OBRAS PÚBLICAS

Art. 64 De acordo com o que estabelece a Lei Federal nº 125, de 3 de dezembro de 1935 e Lei Federal
8.220, de 04 de setembro de 1991, não poderão ser executadas, sem licença do Município, devendo
obedecer as determinações do presente Código, ficando, entretanto isentas de pagamento de emolumentos,
as seguintes obras:

I - Construção de edi cios públicos;

II - Obras de qualquer natureza em propriedade da União, do Estado ou do Município;

III - Obras a serem realizadas por ins tuições oficiais ou para-estatais quando para a sua sede própria.

Art. 65 O processamento do pedido de licença para obras públicas será feito com preferência sobre
quaisquer outros processos.

Art. 66O pedido de licença será feito pelo órgão ou Ente Público interessado, por meio de o cio dirigido ao
Secretário Municipal da pasta responsável pelo licenciamento, devendo aquele ser acompanhado do projeto
completo da obra a ser executada.

Parágrafo Único - Os projetos deverão ser assinados por profissionais legalmente habilitados, sendo a
assinatura seguida de indicação do cargo, quando se tratar de funcionário que deva, por força do o cio,
executar a obra. No caso do técnico não pertencer ao quadro funcional público da en dade, o profissional
responsável deverá sa sfazer as disposições e exigências do presente Código.

Art. 67 Os contratantes e executores das obras públicas estão sujeitos ao pagamento das licenças rela vas
ao exercício da respec va profissão, excetuando-se os funcionários públicos de carreira, que devam executar
as obras em razão do emprego, função ou cargo público.
Art. 68 As obras pertencentes à municipalidade ficam sujeitas, na sua execução, à obediência das
determinações do presente Código, quer seja a repar ção que exerce ou sob cuja responsabilidade estejam
as obras.

Capítulo III
DO MOVIMENTO DE TERRA

Art. 69A execução do movimento de terras obedecerá às normas técnicas brasileiras, ao disposto neste
Código e no direito de vizinhança.

Art. 70 Deverá ser solicitado Alvará de Licença para Construção, nos termos do art. 32, I, para movimento
de terra em terrenos cujas alterações topográficas sejam superiores a 1,00m (um metro), de desnível e/ou
mil metros cúbicos (1.000 m³) de volume de terra, ou em terrenos alagadiços.

Art. 71Qualquer movimento de terra, em área superior a 300 m² (trezentos metros quadrados), deverá ser
executado prevendo o reaproveitamento da camada de solo superficial, com devido controle tecnológico, a
fim de assegurar a estabilidade, a drenagem, prevenir a erosão e garan r a segurança dos imóveis e
logradouros limítrofes.

Art. 72 O aterro cuja altura prevista seja superior a 5,00 m (cinco metros), medidos a par r da conformação
original do terreno, está sujeito ao prévio licenciamento pela Prefeitura, nos termos do art. 32, desta Lei,
precedido de explanação quanto aos obje vos da obra, acompanhada de laudo técnico firmado por
profissional de engenharia, anotação de responsabilidade técnica - ART e o projeto simplificado da
movimentação de terra.

Art. 73 No caso da existência de vegetação de preservação, definida na legislação específica, deverão ser
providenciadas as devidas autorizações junto aos órgãos competentes.

Art. 74 Para os serviços de bota-fora e áreas de emprés mo em glebas de terra será obrigatória a
apresentação de projeto à Secretaria Municipal do Meio Ambiente, a quem compete emi r a Autorização de
Bota Fora ou Emprés mo de jazida, nos termos da legislação especifica.

Capítulo IV
DOS PASSEIOS, CALÇADAS E MEIO FIO

Art. 75 Compete ao proprietário ou possuidor do imóvel que tenha qualquer face do lote para logradouros
públicos construir o passeio confrontante ao seu lote, conforme padrão estabelecido em Anexo, além de
mantê-lo em bom estado de conservação.

Parágrafo Único - O reves mento do passeio deverá ser de material an derrapante, resistente e capaz de
garan r a formação de uma super cie con nua, sem ressalto ou depressão e não interrompida por degraus
ou mudanças abruptas de nível.

Art. 76 As calçadas seguirão os parâmetros estabelecidos por este código, em atenção às diretrizes gerais
estabelecidas pelo Plano Diretor Municipal, conforme modelos definidos em Anexo desta lei, observadas as
seguintes diretrizes:

I - Deverão apresentar inclinação, do alinhamento predial em direção ao logradouro, de, no mínimo, 2%


(dois por cento), e, no máximo, 3 % (três por cento), visando ao escoamento das águas pluviais;

II - Quando possuírem largura igual ou superior a dois metros (2,00m) deverá ser prevista uma faixa
longitudinal sem qualquer pavimentação, des nada à permeabilização do solo conforme padrões definidos
em anexo desta lei;

III - Quando verem largura inferior a 2m não haverá faixa des nada à permeabilização do solo.

Parágrafo Único - A faixa gramada (e os passeios com rede elétrica conterão arborização na proporção de
uma (1) espécie arbórea a cada dez metros (10m), observadas as orientações do órgão competente do
Município, vedados obstáculos que dificultem a circulação de pedestres e a livre captação das águas pluviais,
tais como muretas, bancos, jardineiras, canteiros, bordas ou saliências.

Art. 77 Qualquer que seja o elemento pertencente ao imóvel somente pode projetar-se sobre a área da
calçada, se edificado a uma altura superior a dois metros e sessenta cen metros (2,60m) e balanço máximo
de um terço (1/3) da largura da calçada, desde que a via já esteja implantada no padrão definido pelo Plano
Diretor Municipal.

§ 1º Nos casos em que a via não es ver nos padrões do Plano Diretor Municipal será permi do o balanço
máximo de um terço (1/3) da largura da calçada existente no local.

§ 2º É exigida a autorização por parte do órgão municipal competente nos casos de implantação de qualquer
mobiliário urbano, sinalização, vegetação ou outros, sobre a calçada.

Art. 78 Fica expressamente proibida a construção de qualquer elemento sobre os passeios, tais como
degraus, rampas ou variações bruscas, abaixo ou acima do nível dos mesmos, para dar acesso às edificações
ou às áreas de estacionamento de veículos no interior dos lotes.

Art. 79 Todo mobiliário urbano edificado em calçada e local de uso cole vo deve atender às exigências
con das nas NBR´s específicas, quanto ao seu uso, instalação e sinalização.

Art. 80Nas áreas em que houver descon nuidade entre a calçada e o limite do lote, principalmente quando
se tratar de serviços com tráfego de veículos é obrigatório que se estabeleça uma faixa com tratamento
diferenciado de acordo com as normas de acessibilidade - NBR 9050/2004 -, de modo a permi r a sua fácil
iden ficação às pessoas portadoras de deficiência visual.

Art. 81 Nos cruzamentos de vias o alinhamento das calçadas deve ser concordado através de arco de
circunferência, que mantenha suas respec vas larguras.

Art. 82 Para execução de calçadas com declividade longitudinal superior a quatorze por cento (14%) é
necessária análise prévia por parte do órgão municipal de licenciamento e controle com a finalidade de
serem adotadas as soluções per nentes para cada caso.

Art. 83 É vedada a colocação de objetos e disposi vos delimitadores de estacionamento e garagens nas
calçadas, quando não autorizados pelo órgão municipal gestor de transportes e trânsito urbanos.
Art. 84 É permi do o rebaixamento do meio fio mediante Autorização do Poder Público, nos termos do art.
27, § 2º, IV, deste Código, nos seguintes casos:

I - Para dar acesso ao lote, na dimensão mínima suficiente para o tráfego seguro de veículos;

II - Para acessibilidade, conforme NBR 9050/2004;

III - Para dar acesso às vagas de estacionamento existentes no recuo frontal do lote desde que previamente
aprovado pelo órgão municipal gestor de transportes e trânsito urbanos.

Art. 85 O rebaixamento do meio fio atenderá às seguintes condições:

I - O comprimento da rampa de acesso não ultrapassará cinqüenta cen metros (50 cm) devendo ser
perpendicular ao alinhamento do lote;

II - Nos casos de imóveis situados em esquina, para os de uso residencial unifamiliar a distância mínima será
de quatro metros (4,00m) do alinhamento do lote, e para os demais usos situar-se a uma distância mínima
de cinco metros (5,00m), desde que jus ficada pelo autor do projeto e aceita pelo órgão municipal gestor de
transportes e trânsito urbanos;

III - Não resultar prejuízo para arborização e iluminação pública;

IV - Cada imóvel residencial poderá rebaixar ao meio-fio até 30% da testada do lote, e no caso de imóvel
comercial esse limite será de até 50%.

§ 1º O acesso de veículos em postos de serviços e de abastecimento, o pleito estará sujeito à aprovação do


órgão municipal gestor de transportes e trânsito urbanos.

§ 2º Será admi do o rebaixamento de meio fio para acesso de veículos com parâmetros especiais aos
definidos neste ar go, mediante projeto especifico avaliado e aprovado pelo órgão gestor competente.

Art. 86 O proprietário de terreno de esquina, ou em terrenos que por sua condição sica dificultem a
acessibilidade - a critério do órgão municipal responsável pelo licenciamento da construção, fica obrigado a
executar a construção de rampas de acessibilidade para transição entre o leito carroçável e o passeio em
todas as vias que margeiam sua u lização, conforme o padrão definido em anexo e conforme as NBR´s
específicas, sem nenhum ônus para o Município.

Capítulo V
DO FECHAMENTO DOS TERRENOS

Art. 87O terreno não edificado e não u lizado, público ou privado, deverá ser obrigatoriamente fechado no
alinhamento das suas divisas, tendo seu fechamento altura mínima de um metro e vinte cen metros
(1,20m).

Art. 88 É facultada a construção de fechamento (muro, cerca, grade ou similares) no alinhamento das
divisas dos terrenos edificados, públicos ou privados, compe ndo ao proprietário ou possuidor do imóvel
conservar o fechamento do lote e calçadas existentes.

Art. 89É permi da a instalação de cerca energizada, que será executada acima do elemento de fechamento
e com altura superior a dois metros e vinte cen metros (2,20m) em relação aos passeios e aos imóveis
vizinhos, sendo obrigatória fixação de placas informa vas, nas quais constarão advertências por escrito e
símbolos, nos locais de maior visibilidade, em todo o seu perímetro.

TÍTULO IV
DAS CONDIÇÕES GERAIS RELATIVAS ÀS EDIFICAÇÕES

Capítulo I
DA CLASSIFICAÇÃO E DO DIMENSIONAMENTO DOS COMPARTIMENTOS

Art. 90 Todo compar mento da edificação deve ter dimensões e formas adequadas, de modo a
proporcionar condições de higiene, salubridade, conforto ambiental, térmico, acús co e proteção contra a
umidade, ob dos pelo adequado dimensionamento e emprego dos materiais das paredes, cobertura,
pavimento e aberturas, bem como, das instalações e equipamentos, condizentes com a sua função e
habitabilidade.

Art. 91 Conforme sua des nação, de acordo com o tempo de permanência humana em seu interior, os
compar mentos da edificação classificam-se em:

I - De uso prolongado;

II - De uso transitório;

III - De uso especial.

§ 1º Consideram-se compar mentos de uso prolongado àqueles que abrigam as funções de dormir ou
repousar, trabalhar, comercializar, estar, ensinar, estudar, preparar e consumir alimentos, reunir, recrear e
tratar ou recuperar a saúde.

§ 2º Consideram-se compar mentos de uso transitório aqueles que abrigam as funções de higiene pessoal,
guarda e troca de roupas, circulação e acesso de pessoas, serviços de limpeza e manutenção, e de depósito.

§ 3º Consideram-se compar mentos de uso especial àqueles que, apresentam caracterís cas próprias e
peculiares, conforme sua des nação, tais como os que se des nam as salas de projeção cinematográfica,
espetáculos, eventos, que abriguem equipamentos para tratamento de saúde, exposição, beleza e esté ca,
laboratórios fotográficos, imagem e som, telefonia, informá ca, e outros similares.

§ 4º Compar mentos para outras des nações ou denominações não indicadas neste Capítulo serão
classificados por similaridade.

Art. 92 Conforme o uso a que se des na, todo compar mento da edificação deve ter dimensões, pés
direitos e áreas mínimas estabelecidas de acordo com o quadro abaixo:
________________________________________________________________________________
| COMPARTIMENTO | ÁREA MÍNIMA (m²) | DIMENSÃO MÍNIMA(m)| PÉ DIREITO|
| | | | MÍNIMO(m) |
|===========================|====================|===================|===========|
|Sala | 7,00| 2,40| 2,50|
|---------------------------|--------------------|-------------------|-----------|
|Quarto(s) | 7,50| 2,30| 2,50|
|---------------------------|--------------------|-------------------|-----------|
|Cozinha | 3,60| 1,50| 2,40|
|---------------------------|--------------------|-------------------|-----------|
|Banheiro | 1,80| 1,00| 2,40|
|---------------------------|--------------------|-------------------|-----------|
|Lavabo | 1,40| 0,80| 2,20|
|---------------------------|--------------------|-------------------|-----------|
|Quarto de empregada | 3,50| 1,50| 2,40|
|---------------------------|--------------------|-------------------|-----------|
|Área de serviço |- | 1,00| 2,40|
|---------------------------|--------------------|-------------------|-----------|
|Garagem residencial | 12,00| 2,40| 2,20|
|___________________________|____________________|___________________|___________|

Art. 93 Nas edificações comerciais o pé direito mínimo será de 3,00m, e no caso de mezaninos será
acrescida de uma altura mínima de 2,50m - inclusive nos projetos em que houver aproveitamento da
inclinação da cobertura, situação em que esta será o ponto mais elevado.

Art. 94 Nas edificações industriais de pequeno porte, tais como serralherias, marcenarias, produção
artesanal de bijuterias, confecções, alimentos, entre outros, deverão possuir pé direito mínimo de 3,00m.

Art. 95 A área mínima da unidade imobiliária residencial é de trinta metros quadrados (30,00m²), em
condições de habitabilidade e com no mínimo um banheiro, de acordo com o estabelecido nesta lei.

Art. 96 Nas edificações de apartamentos e unidades residenciais do po "qui nete" ou habitação de


interesse social, compostos de sala, cozinha, um quarto e um banheiro, será permi da a redução das áreas
dos seguintes compar mentos:

I - Da cozinha para até três metros quadrados (3,0m²);

II - Da sala para até seis metros quadrados (6,0m²);

III - Do quarto para até seis metros e cinqüenta cen metros quadrados (6,5m²).

Parágrafo Único - Em se tratando de cozinha, sala e quarto conjugados a área mínima total deste ambiente
será de quinze metros quadrados (15,0 m²), incluindo-se a área do banheiro.

Capítulo II
DA INSOLAÇÃO, ILUMINAÇÃO E VENTILAÇÃO

Art. 97 Toda edificação deve ser projetada com a observância e orientação dos pontos cardeais, atendendo,
sempre que possível, aos critérios mais favoráveis de ven lação, insolação e iluminação.

Art. 98Para efeito de insolação, iluminação e ven lação, salvos os casos expressos, todos os
compar mentos da edificação devem dispor de abertura direta para o exterior.

§ 1º As aberturas, para os efeitos deste ar go, devem distar um metro e cinqüenta cen metros (1,50m) no
mínimo, de qualquer parte das divisas do lote, medindo-se tal distância da extremidade da abertura mais
próxima da divisa em direção perpendicular a esta, conforme disposto no Código Civil Brasileiro.

§ 2º A super cie da abertura voltada para o exterior, des nada à insolação, iluminação e ven lação, por po
de compar mento, não pode ser inferior à área determinada no quadro abaixo:
_______________________________________________________________________
| COMPARTIMENTO | ÁREA MÍNIMA DOS VÃOS (ESQUADRIAS) |
|================================|======================================|
|a) De uso prolongado. |1/8 da superfície do piso |
|--------------------------------|--------------------------------------|
|b) De uso prolongado comercial |1/12 da superfície do piso |
|--------------------------------|--------------------------------------|
|c) De uso transitório |1/10 da superfície do piso |
|________________________________|______________________________________|

§ 3º Locais des nados ao preparo, manipulação ou depósito de alimentos deverão ter aberturas para o
exterior ou sistema de exaustão que garantam a perfeita re rada dos gases e fumaça para o exterior, não
interferindo nega vamente nos lotes vizinhos e nem na qualidade do ar.

Art. 99 São dispensados de iluminação e ven lação direta e natural os ambientes que se des nam a:

I - Compar mentos que pela sua u lização jus fiquem a ausência dos mesmos, conforme legislação própria,
mas que disponham de iluminação e ven lação ar ficiais;

II - Closet;

III - Depósitos de utensílios e despensa com área inferior a seis metros quadrados (6,00m²);

IV - Corredores e halls até seis metros (6,00m);

V - Demais compar mentos de uso transitório.

Parágrafo Único - Corredores e halls com comprimento acima de seis metros (6m) deverão possuir
ven lação mecânica.

Art. 100Os meios mecânicos de ven lação e iluminação são de responsabilidade do autor do projeto,
devendo ser dimensionados conforme as normas da ABNT.

§ 1º Havendo previsão de ven lação mecânica é obrigatória apresentação da Anotação de Responsabilidade


Técnica - ART, registrada no CREA, para a concessão do licenciamento da obra, salvo no caso de uso de
aparelhos de pequeno porte, onde haja reduzida solicitação de ven lação.

§ 2º Admite-se para os compar mentos de permanência prolongada des nados ao trabalho, iluminação
ar ficial e ven lação mecânica, contanto que o responsável técnico legalmente habilitado garanta a eficácia
do sistema através da apresentação da Anotação de Responsabilidade Técnica - ART do respec vo projeto,
para as funções a que se des na o compar mento, condicionado à existência de gerador de energia próprio.

Art. 101 A ven lação e iluminação de compar mentos de permanência prolongada ou transitória podem
ser feitas através de poços de ven lação, pá os ou reentrâncias, observadas as condições mínimas
estabelecidas em anexo.

Art. 102 Os compar mentos de uso transitório podem ser iluminados e ven lados por abertura zenital, a
qual terá área equivalente a dez por cento (10%) da área do compar mento.
Capítulo III
DOS ACESSOS ÀS EDIFICAÇÕES E ESTACIONAMENTOS

Art. 103 Para as edificações residenciais, as áreas des nadas ao estacionamento ou à guarda de veículos,
cobertas ou não, deverão atender aos preceitos do Plano Diretor e, para as des nadas ao uso comercial ou
industrial, além das áreas de estacionamento, deverão des nar áreas para carga e descarga, nos termos
desta Lei.

§ 1º Nos projetos devem constar obrigatoriamente as indicações gráficas da localização de cada vaga e o
esquema de circulação e acesso dos veículos, conforme anexo.

§ 2º Será admi da a u lização de equipamento mecânico para estacionamento de veículos de forma que
atenda ao número mínimo de vagas para estacionamento e as exigências para acesso e circulação de
veículos entre o logradouro público e o imóvel.

§ 3º Os acessos aos estacionamentos públicos, comerciais ou residenciais mul familiares deverão ser
providos de sinalização sonora e luminosa de advertência.

Art. 104A entrada e saída do estacionamento, da garagem e dos pá os de carga e descarga devem ser
projetadas de modo a não criar ou agravar problema de tráfego nas vias que lhes dão acesso, devendo,
quando o lote ver frente para mais de um logradouro, serem efetuadas, sempre que possível, pela via de
menor hierarquia, observada a orientação técnica do órgão municipal gestor de transportes e trânsito
urbanos.

Parágrafo Único - Será admi da a apresentação de proposta alterna va dos parâmetros definidos no caput
deste ar go, mediante projeto específico avaliado e aprovado pelo respec vo órgão gestor.

Art. 105 A área de estacionamento ou guarda de veículos é parte essencial do projeto a ser aprovado pelo
órgão municipal competente, e, exceto para as edificações residenciais, faculta-se que seja localizada em
outro imóvel, em parqueamento priva vo, em edi cio garagem, existente ou construído simultaneamente à
obra licenciada, desde que nas proximidades desta, e em conformidade com as diretrizes do Plano Diretor.

§ 1º Os locais alterna vos previstos neste ar go deverão situar-se em perímetro que não exceda a distância
máxima de até duzentos metros (200m) do ponto médio da testada principal do lote edificável, bem como,
deverão prever, pelo menos, local para embarque e desembarque, quando for o caso.

§ 2º As áreas referidas neste ar go terão sua vinculação estabelecida nos tulos representa vos de
propriedade, mediante averbação às margens das respec vas matrículas de ambos os imóveis, devendo tal
gravame constar em todos os documentos expedidos pelo órgão municipal de licenciamento e controle e
somente poderão ter suas des nações alteradas quando ficar assegurada a subs tuição por outra área, com
vagas em quan dade correspondente à da área subs tuída, observado distancia referida no § 1º deste
ar go, após a adoção dos procedimentos previstos no caput deste parágrafo.

§ 3º A concessão do "Habite-se do edi cio garagem precederá à da edificação a que está vinculado,
considerando-se edi cio garagem os que des narem para tal fim mais de metade de sua área construída
total."

§ 4º As dimensões mínimas das vagas de estacionamento serão de dois metros e cinqüenta cen metros
(2,50m) de largura e cinco metros (5,00m) de comprimento, e deverão ser apresentadas mediante projeto
específico, avaliado e aprovado pelo órgão municipal gestor de transportes e trânsito urbano.

§ 5º As dimensões mínimas das áreas de manobra obedecerão ao disposto em anexo.

§ 6º Nas edificações com mais de um uso não residencial, a área a ser des nada a estacionamento e guarda
de veículos é o resultado da soma das exigências de áreas rela vas a cada uso, conforme disposto no Anexo
IV do Plano Diretor Municipal.

Art. 106 A área livre resultante de recuo frontal, pode ser considerada para efeito de cálculo de área de
estacionamento ou guarda de veículos, desde que o recuo seja igual ou superior a cinco metros (5,00m),
respeitados os espaços de passeio e as regras de acesso ao lote.

Parágrafo Único - A área de recuo frontal a que se refere o caput deste ar go não é levada em conta para o
cálculo da área de estacionamento se houver previsão do alargamento da via.

Art. 107Nos estacionamentos situados em níveis rebaixados ou elevados, em relação ao passeio, as rampas
de acesso devem atender às seguintes condições mínimas:

I - Nas vias arteriais e coletoras, o início da rampa será a par r do recuo frontal necessário ao alargamento
da via;

II - Nas vias locais, o início da rampa será a par r da divisa frontal do terreno;

III - Observarão os parâmetros conforme tabela abaixo:


________________________________________
| Tipo / |Estacionamento|Carga/Descarga|
| Parâmetro|de veículos de| de veículos |
| | passeio e | utilitários e|
| |utilitários de| caminhões. |
| |pequeno porte.| |
|==========|==============|==============|
|Inclinação| 25%| 15%|
|Máxima | | |
|----------|--------------|--------------|
|Altura mi-| 2,20 m| 4,00 m|
|nima entre| | |
|o piso e| | |
|qualquer | | |
|obstáculo | | |
|----------|--------------|--------------|
|Raio míni-| 5,00 m| 7,00m|
|mo para| | |
|curva (in-| | |
|terno) | | |
|__________|______________|______________|

Art. 108 As áreas mínimas des nadas para carga e descarga, e vaga de estacionamento de veiculo, de
caráter permanente e em edificações com uso enquadrado como Pólos Geradores de Tráfego - PGT não
podem ser des nadas em logradouro público e são definidas nos parâmetros geométricos de áreas de
estacionamento, conforme anexo.

Art. 109 Obje vando reduzir as interferências indesejáveis no tráfego, a quan dade de vagas exigidas para
cada empreendimento é variável em função da natureza do uso, em conformidade com o Anexo IV - Vagas
para Estacionamento - do Plano Diretor Municipal.

§ 1º Para usos não discriminados no citado Anexo IV, o cálculo de vagas ficará sujeito às seguintes diretrizes:
I - uso Ins tucional, Comercial, Serviços e outros usos não enquadrados no inciso II: uma (1) vaga para cada
trinta e cinco metros quadrados (35 m²);

II - uso Industrial: uma (1) vaga para cada cem metros quadrados (100 m²).

§ 2º Para efeito de cumprimento da exigência prevista neste ar go, são estabelecidas as seguintes
condições:

I - O local para carga e descarga, quando aplicável, deverá ser atendido dentro do lote do empreendimento;

II - O local de embarque e desembarque de passageiros, quando for o caso, deve ser atendido dentro do lote
do empreendimento, inclusive para aqueles que requeiram análise especial pelo órgão gestor de transporte
e trânsito.

III - As exigências de vagas de estacionamento deverão ser aplicadas para imóveis novos e para aqueles com
mudança de uso, reformados ou não;

IV - As exigências de vagas de estacionamento para os imóveis reformados sem mudança de uso, mas com
acréscimo de área, limitar-se-ão à área de acréscimo;

V - As áreas de estacionamento devem permi r total independência de acesso e manobra, sem obstáculo de
qualquer espécie.

§ 3º Quando se tratar de imóveis, não residenciais, reformados sem mudança de uso, mas com acréscimo de
área, e de imóveis com mudança de uso, reformados ou não, poderão ser atendidas as exigências referentes
às vagas de garagem/estacionamento, mediante vinculação à edificação, nos termos do art. 98 e parágrafos,
deste.

Art. 110É vedada a mudança de uso na área reservada à garagem ou estacionamento, ressalvados os casos
excepcionais em que exista uma autorização temporária concedida pelo órgão municipal de licenciamento e
controle e pelo órgão gestor de transportes e trânsito urbanos.

Art. 111 São computadas no cálculo da área total de construção, as áreas cobertas des nadas a
estacionamento, abrigo e guarda de veículos, de acordo com o disposto no art. 64, inciso I, do Plano Diretor
Municipal.

Parágrafo Único - Os subsolos deverão atender as taxas de permeabilidade, estabelecidas para as zonas ou
áreas, dispostas no Plano Diretor.

Art. 112 Será dispensada a reserva de área para estacionamento e guarda de veículos, nos seguintes casos:

I - Edificações em lotes situados em logradouros onde não seja permi do o tráfego de veículos;

II - Imóveis tombados ou de interesse histórico, cultural e ar s co, independente do uso pretendido, a


critério do órgão responsável pelo licenciamento.

Art. 113 Nos locais públicos ou privados de uso cole vo será reservado número de vagas às pessoas
portadoras de deficiência sica, em conformidade com o estabelecido na NBR específica e demais normas
da legislação em vigor, com a sinalização, rebaixamento de guias e localização adequada, nos termos do art.
115, VII, desta Lei.

Capítulo IV
DAS EDIFICAÇÕES DESTINADAS A GARAGENS E ESTACIONAMENTOS

Art. 114 As edificações des nadas a garagens em geral para efeito desta Lei classificam-se em garagens
par culares individuais, garagens par culares cole vas e garagens comerciais. Deverão atender às
disposições da presente Lei que lhes forem aplicáveis, além das seguintes exigências:

I - Ter pé-direito mínimo de 2,20m (dois metros e vinte cen metros);

II - Não ter comunicação direta com compar mentos de permanência prolongada;

III - Ter sistema de ven lação permanente.

§ 1º As edificações des nadas a garagens par culares individuais deverão atender, ainda, às seguintes
disposições:

I - largura ú l de 2,50m (dois metros e cinqüenta cen metros);

II - profundidade mínima de 4,50m (quatro metros e cinqüenta cen metros).

§ 2º As edificações des nadas a garagens par culares cole vas deverão atender, ainda, ás seguintes
disposições:

I - Ter estrutura, paredes e forro de material incombus vel;

II - Ter vão de entrada com largura mínima de 3,00m (três metros) e, no mínimo, 2 (dois) vãos, quando
comportarem mais de 50 (cinqüenta) carros;

III - Ter locais de estacionamento;

IV - ("box"), para cada carro, com uma largura mínima de 2,50m (dois metros e cinqüenta cen metros) e
comprimento de 5,00 (cinco metros);

V - O corredor de circulação deverá ter a largura mínima de 3,00m (três metros), 3,50m (três metros e
cinqüenta cen metros) ou 5,00m (cinco metros), quando os locais de estacionamento formar, em relação
aos mesmos, ângulos de 30º, 45º ou 90º, respec vamente;

VI - Não serão permi das quaisquer instalações de abastecimento, lubrificação ou reparos em garagens
par culares cole vas.

§ 3º As edificações des nadas a garagens comerciais deverão atender, ainda, às seguintes disposições:

I - Ser construídas de material incombus vel, tolerando-se o emprego de madeira ou outro material
combus vel nas esquadrias e estrutura de cobertura;
II - Quando não houver circulação independente para acesso e saída até os locais de estacionamento, ter
área de acumulação com acesso direto do logradouro que permita o estacionamento eventual de um
número de veículos não inferior a 5%(cinco por cento) da capacidade total da garagem;

III - Ter piso reves do com material lavável e impermeável;

IV - Ter as paredes dos locais de lavagem e lubrificação reves das com material resistente, liso, lavável e
impermeável.

Capítulo V
DAS PORTAS

Art. 115 Os vãos de passagens e portas deverão assegurar um fluxo livre de pessoas suficientes nos
compar mentos a que se des nam, de acordo com as normas da ABNT.

O dimensionamento das portas deverá obedecer a uma altura mínima de 2,10m (dois metros e dez
Art. 116
cen metros) às seguintes larguras mínimas:

I - Portas externas principais: oitenta cen metros (80 cm);

II - Portas internas: setenta cen metros (70 cm);

III - Portas internas secundárias, a exemplo de closets, despensas, depósitos, e portas de banheiros: sessenta
cen metros (60 cm).

Parágrafo Único - Portas corta-fogo deverão atender à NBR 11742, e demais normas correlatas.

Art. 117 As portas de edi cios de acesso ao público, inclusive as de elevadores, devem ter um vão livre
mínimo de oitenta cen metros (80 cm), e naquelas com mais de uma folha, pelo menos uma delas deve
atender a esta condição, de conformidade com o estabelecido na NBR específica e demais normas da
legislação em vigor.

Parágrafo Único - As portas para deficientes deverão ter as dimensões e disposições em planta que
possibilitem ao cadeirante a ter acesso e conforto na sua u lização de conformidade com a NBR 9050, e
demais normas correlatas.

Capítulo VI
DA ACESSIBILIDADE

A promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida é


Art. 118
regulamentada nos termos deste Capítulo e da legislação federal e estadual e municipal específica.

Art. 119 Todos os logradouros públicos e edificações públicas ou privadas de uso cole vo devem garan r o
acesso, circulação e u lização por pessoas portadoras de deficiências ou com mobilidade reduzida,
atendendo as seguintes condições e de conformidade com as normas de mobilidade e acessibilidade.
I - Observar a compa bilidade entre a altura para a colocação de disposi vos de controle/acionamento de
equipamentos e sua u lização por pessoas de menor estatura e em cadeira de rodas;

II - Dimensionar espaços compa veis com a adequada circulação de pessoas que fazem uso de instrumentos
de apoio, tais como bengalas, muletas, andadores, cadeiras de rodas, tripés e cães de guia;

III - U lizar materiais de piso com caracterís cas diferenciadas nas circulações, tanto para facilitar a
orientação de pessoas com problemas visuais, quanto para demarcar elementos de maior interesse, como
ex ntores de incêndio, telefones públicos, lixeiras e similares;

IV - Dimensionar adequadamente patamares, degraus, escadas, rampas, guias de balizamento e circulação;

V - Dimensionar adequadamente as aberturas, como sejam, portas, janelas e passagens diversas;

VI - Reservar assentos para portadores de necessidades especiais nos locais des nados a reuniões ou
aglomerações, conforme recomendado pela ABNT;

VII - Prever vagas específicas para portadores de necessidades especiais em estacionamentos,


dimensionadas e quan ficadas de acordo com a ABNT;

VIII - Hotéis, apart-hoteis ou similares devem dispor de unidades de hospedagem adaptadas às pessoas
portadoras de deficiência motora, e/ou com mobilidade reduzida na proporção definida nas Normas
Técnicas da ABNT per nentes à matéria.

Parágrafo Único - Tratando-se de prédios históricos ou tombados pelo Patrimônio Público, a adaptação ou
alteração da estrutura para a compa bilização das exigências con das no caput deste ar go só será
permi da após a prévia aprovação do órgão municipal de licenciamento e controle, nos termos do art. 32, §
4º, desta Lei.

Art. 120O Município deverá implantar Plano de Acessibilidade para adequação das edificações de uso
cole vo existentes, bem como editar lei específica às suas peculiaridades.

Capítulo VII
DAS CIRCULAÇÕES VERTICAL E HORIZONTAL

Art. 121 As circulações deverão assegurar um fluxo livre de pessoas ou de público suficientes nos
compar mentos a que servem de ligação, de acordo com as normas da ABNT.

§ 1º As escadas de uso priva vo terão largura mínima de oitenta cen metros (80 cm), e oferecerão
passagem com altura mínima de dois metros (2,00m).

§ 2º Nas edificações de uso cole vo residencial, sem elevador, a largura das escadas será de, no mínimo um
metro e vinte cen metros (1,20m).

§ 3º Nas edificações residenciais mul familiares ou não residenciais, com elevador, a largura das escadas
deverá atender às normas especificas, em função do fluxo de pessoas.
§ 4º Nas escadas de uso ni damente secundário e eventual, como para depósitos, garagens, dependência de
empregada e casos similares, será permi da a redução de sua largura até o mínimo de sessenta cen metros
(60 cm).

§ 5º A existência de elevador em uma edificação não dispensa a construção de escada.

Art. 122 O dimensionamento dos degraus será feito de acordo com a fórmula de Blondel: 2h + b = 0,63m a
0,64m (onde h é a altura de degrau e b e a largura), obedecendo aos seguintes limites:

I - Altura máxima de dezenove cen metros (19 cm);

II - Largura mínima de vinte e cinco cen metros (25 cm).

§ 1º Nas escadas circulares o dimensionamento dos degraus deverá ser feito no eixo quando sua largura for
inferior a um metro e vinte cen metros (1,20m).

§ 2º Quando a largura da escada circular for maior que um metro e vinte cen metros (1,20m), a largura
mínima de vinte e cinco cen metros (25 cm) deverá ser medida no máximo a sessenta cen metros (60 cm)
do bordo interior;

§ 3º Nas escadas em leque será obrigatória a profundidade mínima do degrau de sete cen metros (7 cm),
junto do bordo interior do degrau.

§ 4º Sempre que o número de degraus for superior a dezesseis (16) será obrigatório intercalar um patamar
com a extensão mínima de oitenta cen metros (80 cm) e/ou proporcional à largura da escada.

§ 5º As escadas retas ou circulares deverão ter patamares espaçados, no máximo de 3,50 (três metros e
cinqüenta cen metros) de altura um do outro.

Art. 123 Nas edificações des nadas a auditórios, cinemas, teatros e similares, as escadas serão
dimensionadas em função da lotação máxima e deverão atender:

I - As saídas deverão ter largura mínima de 1,50m (um metro e cinqüenta cen metros) para uma lotação
máxima de cem (100) lugares, a ser aumentada à razão de 1 mm (um milímetro) por lugar excedente;

II - Sempre que a altura a vencer for superior a 2,50m (dois metros e cinqüenta cen metros), devem ter
patamares, os quais terão profundidade de 1,20m (um metro e vinte cen metros);

III - Não poderão ser desenvolvidas em leque ou caracol;

IV - Quando subs tuídas por rampas, estas deverão ter inclinação menor ou igual a 10% e ser reves das de
material an derrapante.

Art. 124 Nos espaços e edi cios de acesso ao público deverão ser executadas rampas quando houver
desnível maior que um cen metro e cinco milímetros (1,05cm), observando as exigências da NBR específica
e demais normas da legislação em vigor.

Parágrafo Único - As rampas e escadas devem ser dimensionadas de acordo com as exigências da norma
específica e demais normas da legislação em vigor.

Art. 125Nas edificações des nadas a auditórios, cinemas, teatros e similares, as portas, circulações e
corredores serão dimensionadas em função da lotação máxima:

I - Quanto às portas:

a) Deverão ter a mesma largura dos corredores;


b) As de saída da edificação deverão ter largura total (soma de todos os vãos) correspondendo a 1 cm (um
cen metro) por lugar, não podendo cada porta ter menos de 1,50m (um metro e cinqüenta cen metros) de
vão livre, e deverão abrir de dentro para fora;

II - Quanto aos corredores de acesso e escoamento do público, deverão possuir largura mínima de 1,50m
(um metro e cinqüenta cen metros), a qual terá um acréscimo de 1 mm (um milímetro) por lugar excedente
à lotação de 150 (cento e cinqüenta) lugares: quando não houver lugares fixos, a lotação será calculada na
base de 1,60m2 (um metro e sessenta cen metros quadrados) por pessoa;

III - Quanto às circulações internas à sala de espetáculos:

a) os corredores longitudinais deverão ter largura mínima de 1,00m (um metro), e os transversais de 1,70m
(um metro e setenta cen metros);
b) as larguras mínimas terão um acréscimo de 4 mm (um milímetro) por lugar excedente a 100 (cem)
lugares, na direção do fluxo normal de escoamento da sala para as saídas.

Art. 126A circulação interna e faixas livres em circulações dos edi cios de uso cole vo e mul familiares
deve atender à norma específica.

Parágrafo Único - Excetuam-se das exigências con das no caput deste ar go:

I - Os mezaninos e o primeiro pavimento acima do térreo com área igual ou inferior a cinqüenta metros
quadrados (50,00 m².) u lizados exclusivamente para a vidades secundárias e sem acesso aberto ao
público;

II - Os locais de acesso restrito, tais como casa de máquinas e reservatórios.

Art. 127 O gabarito máximo permi do para edificação de uso residencial sem elevador é de quatro (4)
pavimentos, incluindo o térreo, não podendo a altura da escada, tomada da cota de soleira do prédio ao
piso do úl mo pavimento, ser superior a doze metros (12,00m).

Parágrafo Único - Os imóveis que não estejam obrigados à instalação de elevador, nos termos do caput deste
ar go, poderão indicar especificações técnicas e de projeto que facilitem a instalação de um elevador
adaptado.

Art. 128As edificações com mais de quatro (4) pavimentos deverão ser servidas no mínimo por dois (2)
elevadores.

Parágrafo Único - Pelo menos um dos elevadores da edificação deve ser dotado de sistema de segurança que
garanta a sua movimentação, mesmo em caso de pane no sistema por falta de energia elétrica.
Art. 129Em nenhuma hipótese é admi do o elevador como único meio de acesso aos pavimentos da
edificação.

Art. 130 É dispensado o acesso por meio de elevador ao úl mo pavimento da edificação quando este for de
uso exclusivo do penúl mo pavimento ou quando des nado exclusivamente a serviços gerais do
condomínio.

Art. 131 Os projetos que prevejam escadas rolantes deverão apresentar desenhos técnicos específicos, bem
como cálculo de tráfego e o estudo de acessibilidade anexados ao memorial descri vo do projeto
arquitetônico.

Capítulo VIII
DA TECNOLOGIA AMBIENTAL SUSTENTÁVEL

Art. 132 Os resíduos sólidos devem ser devidamente acondicionados em recipientes coletores, podendo ser
separados para posterior reu lização ou reciclagem, ou envio, à sua des nação final, quando for o caso, no
local licenciado pelo órgão municipal responsável pela limpeza pública, sendo vedados os seguintes
procedimentos:

I - Lançamento de águas servidas em vias públicas e na rede de drenagem do Município de Rio Branco;

II - Depositar, descarregar, entulhar, infiltrar ou acumular no solo, em propriedade pública ou privada,


resíduos sólidos, salvo nos locais especificados pelo Município.

Parágrafo Único - Os Geradores de resíduos das construções civis são responsáveis pelo seu gerenciamento,
conforme Resolução CONAMA nº 307, de 5 de julho de 2002.

Art. 133As edificações de uso residencial unifamiliar adotarão o suporte coletor de lixo domiciliar, nos
termos estabelecidos no art. 84, desta Lei.

Art. 134 Todas as edificações, ressalvado o disposto no art. 130, desta Lei, possuirão compar mento ou
recipiente coletor apropriado para armazenar os resíduos sólidos, indicadas e/ou especificadas em projeto.

§ 1º Os compar mentos e recipientes de que trata o caput deste ar go serão dimensionados de acordo com
a geração diária dos resíduos e com a freqüência de coleta estabelecida pelo órgão municipal responsável
pela limpeza pública, capazes de suportar o acumulo de resíduos por, no mínimo, quarenta e oito (48) horas.

§ 2º Os receptáculos deverão ser executados de maneira a permi r iluminação, ven lação e limpeza
apropriadas, permi ndo o acesso para coleta local.

§ 3º Havendo produção de resíduos sólidos especiais, o compar mento deve ser dimensionado de acordo
com a coleta própria, na forma da legislação aplicável à espécie.

Art. 135As edificações, com exceção daquelas de uso residencial unifamiliar, previstas no art. 130, desta Lei,
possuirão compar mento para disposição de resíduos sólidos dentro do lote, incluindo a previsão de
instalações para a coleta sele va.
Art. 136 Os compar mentos para disposição de resíduos sólidos devem dispor de:

I - Piso e reves mento das paredes em material impermeável e lavável;

II - Ponto de água para lavagem e ralo para escoamento das águas, não devendo estas ser encaminhadas
diretamente para as galerias coletoras.

Parágrafo Único - Os compar mentos de acondicionamento dos resíduos sólidos devem ser fechados, com
capacidade suficiente para armazenar os outros recipientes do pré-acondicionamento, conforme normas
técnicas específicas reguladoras.

Art. 137 As indústrias químicas e farmacêu cas, drogarias, laboratórios de análises clínicas e pesquisas ou
quaisquer estabelecimentos que produzam resíduos de serviços de saúde disporão de compar mento ou
recipiente coletor para acondicionamento dos seus resíduos, devidamente iden ficados com simbologia de
substância infectante, em local que proporcione sua separação dos resíduos comuns não infectantes,
conforme normas do Ministério da Saúde,

Capítulo IX
DAS INSTALAÇÕES SANITÁRIAS

Art. 138 A quan dade de peças sanitárias varia pelo uso e metragem quadrada do ambiente, conforme
quadro abaixo:
_________________________________________________________________________
| Comércio e serviços em geral | 1 lavatório e 1 vaso sanitário para|
| | cada 100 m² ou fração de área útil |
|====================================|====================================|
|Edificações que abrigarem atividades|Instalações sanitárias separadas por|
|de alimentação com permanência|sexo - 1 lavatório e 1 vaso|
|prolongada, como bares, lanchonetes|sanitário para cada 100 m² ou fração|
|e restaurantes |de área útil, sendo no mínimo um|
| |conjunto para cada sexo. |
|------------------------------------|------------------------------------|
|Açougues, peixarias e|1 lavatório, 1 vaso sanitário e 1|
|estabelecimentos congêneres |chuveiro para cada 150 m² ou fração|
| |de área útil |
|------------------------------------|------------------------------------|
|Edificações destinadas a|1 lavatório e 1 vaso sanitário para|
|escritórios, consultórios e estúdios|cada 70 m² ou fração de área útil |
|de caráter profissional. | |
|------------------------------------|------------------------------------|
|Edificações destinadas a fins|Instalações sanitárias separadas por|
|educacionais |sexo, na seguinte proporção:|
| |Lavatórios - 1 para cada 40 alunos|
| |Vasos sanitários - 1 para cada 20|
| |alunos. |
| |As instalações destinadas ao pessoal|
| |de serviço serão dimensionadas a|
| |razão de 1 conjunto para cada 20|
| |pessoas. |
|____________________________________|____________________________________|

§ 1º Da proporção definida no caput deste ar go, 3% das instalações sanitárias deverão estar adaptadas a
portadores de necessidades especiais, sendo no mínimo 1 por instalação sanitária.

§ 2º As instalações des nadas ao pessoal auxiliar de serviço serão dimensionadas a razão de 1 conjunto para
cada 20 pessoas.
Capítulo X
DOS POSTOS DE COMBUSTÍVEIS E DOS DEPÓSITOS DE PRODUTOS QUÍMICOS, INFLAMÁVEIS E EXPLOSIVOS

Art. 139 Devido à sua natureza, as edificações e instalações previstas neste Capítulo, deverão estar
localizados nas zonas estabelecidas pelo Plano Diretor, sendo que os interessados na sua implantação
deverão submeter o pedido de aprovação da construção junto à Prefeitura Municipal, atendendo normas
específicas quanto as suas instalações.

Capítulo XI
DAS INSTALAÇÕES ESPECIAIS

Art. 140 Consideram-se instalações especiais:

I - Tipo I - as estações de radiocomunicação e telecomunicação definidas como o conjunto de equipamentos,


aparelhos acessórios, disposi vos e demais meios necessários para comunicação à distância, bem como as
instalações que os abrigam e complementam, associados às estruturas de sustentação, qualquer que seja a
natureza da tecnologia u lizada;

II - Tipo II - as torres de estrutura complexa (metálica ou de concreto armado) para transmissão de energia
elétrica em alta tensão, igual ou superior a 69 kV (sessenta e nove kilowolts).

Art. 141 É vedada a implantação das instalações do Tipo II, nos seguintes locais:

I - Praças, canteiros centrais e vias públicas;

II - Edificações para reunião de público, especialmente:

a) Centros comunitários;
b) Centros culturais;
c) Escolas;
d) Hospitais;
e) Museus e teatros;
f) Parques urbanos.

Parágrafo Único - Ficam sujeitas à aprovação específica do Departamento de aprovação de projetos as torres
que tenham implicações visuais de vizinhança com construções importantes do ponto de vista histórico,
cultural e ambiental.

Art. 142 Fica estabelecida uma faixa não edificante de 30m (trinta metros) ao longo das linhas de
transmissão das instalações Tipo II, sendo 15m (quinze metros) para cada lado da linha de transmissão mais
externa.

Art. 143 A superveniência de normas técnicas mais restri vas, para a implantação das instalações especiais
previstas neste Capítulo, terá aplicação imediata sobre as novas instalações projetadas, segundo os preceitos
da nova regulamentação.
Art. 144 A implantação das instalações especiais do Tipo I é vedada em distância inferior a 30 m (trinta
metros) de hospitais, clínicas, casas de saúde, centros de saúde e assemelhados;

Art. 145 A edificação de torres de telecomunicação e radiodifusão e congêneres, independente da sua


altura e des nação, deverá atender as seguintes diretrizes mínimas:

I - Preservação da Paisagem Urbana: distância mínima de 120m de edi cios de caráter histórico e cultural;

II - Fica Proibido o uso de publicidade nas torres;

III - As torres estaiadas deverão ser ancoradas em área própria (no mesmo terreno) e ficar livres de
obstáculos sicos e visuais.

IV - Atender a Portaria 1.141/GM5, de 8 de dezembro de 1987 (Aeronáu ca) ou a que vier subs tuir.

V - Atender a Resolução CONAMA nº 4 de 09 de outubro de 1995 - implantação de natureza perigosa ou a


que vier subs tuir.

Art. 146 Na Zona de Ocupação Prioritária - ZOP, fica autorizada a construção de torres para o uso de
equipamento eletrônico de tecnologia do po wireless (comunicação via onda de rádio), limitada a altura de
até 15m (quinze metros) medidos do solo - nível do terreno, devendo a obra ser precedida do Estudo de
Impacto de Vizinhança e da aprovação do projeto pelo órgão municipal competente.

Capítulo XII
DA TOPONÍMIA E DA NUMERAÇÃO

Art. 147 Toda edificação terá sua numeração fornecida pelo Cadastro Imobiliário do Município.

Parágrafo Único - A definição da numeração obedecerá a critérios estabelecidos em norma técnica


administra va complementar.

Art. 148 A denominação e renomeação das vias e logradouros públicos municipais são definidas nos termos
da legislação aplicável.

Capítulo XIII
DOS RESERVATÓRIOS DE RETARDAMENTO E REAPROVEITAMENTO DE ÁGUAS PLUVIAIS

Art. 149 A polí ca municipal para o controle de cheias e alagamentos, consiste em acumular, o máximo
possível, os excedentes hídricos a montante, possibilitando o retardamento do pico das enchentes, para as
chuvas de curta duração e maior intensidade.

Art. 150 Para efeito de aplicação desta Lei, ficam definidos os seguintes mecanismos de contenção de
cheias:
I - Reservatórios de retenção - são disposi vos capazes de reter e acumular parte das águas pluviais,
provenientes de chuvas intensas, de modo a retardar o pico de cheias, aliviando assim, os canais ou galerias
de jusante responsáveis pela micro-drenagem;

II - Reservatórios de acumulação - são disposi vos com obje vo de reter os excedentes hídricos localizados,
resultantes da micro-drenagem. Seu principal obje vo é acumular as águas pluviais e possibilitar o seu
aproveitamento para fins de irrigação, limpeza e outros usos que não cons tuam abastecimento para uso na
alimentação e higiene.

Art. 151 É obrigatória a implantação de reservatório de retenção nos novos empreendimentos, ampliações
e/ou reformas, independente do uso e localização, nas seguintes situações:

I - que impermeabilizarem área igual ou superior a 5.000,00m² (cinco mil metros quadrados).

II - com área igual ou superior a 5.000,00m² (cinco mil metros quadrados), que necessitem de redução
comprovada da taxa de permeabilidade estabelecida no Plano Diretor.

Parágrafo Único - A obrigatoriedade de que trata o caput deste ar go não se aplica aos imóveis que
contenham unidades de interesse de preservação histórico cultural.

Art. 152 O reservatório de retenção deverá obedecer aos seguintes requisitos:

I - Atender às normas sanitárias vigentes, podendo ser abertos ou fechados, com ou sem reves mento,
dependendo da altura do lençol freá co no local;

II - Apresentar volume adequado, compa vel com a área contribuinte de montante, e dimensionadas em
conformidade com os fatores sicos, hidráulicos e hidrológicos da área de contribuição;

III - O retardamento, bem como o volume armazenado deverá ser aprovado pelo Órgão Municipal
competente;

IV - Ser resistente aos esforços mecânicos;

V - Permi r fácil acesso para manutenção, inspeção e limpeza;

VI - Garan r esgotamento total;

VII - Ser dotado de extravasor que encaminhe paula namente por gravidade o volume reservado à rede de
drenagem natural ou ar ficial.

Parágrafo Único - O dimensionamento do volume necessário para o reservatório de acumulação ou retenção


deverá ser calculado mediante a aplicação da seguinte fórmula:

V=KxIxA

Onde:

V = volume do reservatório
K = constante dimensional = 0,20
I = intensidade da chuva = 0,080m/h (IMAC)
A = área impermeabilizada do lote

Art. 153 É obrigatória a implantação de reservatório de acumulação de águas pluviais para fins não potáveis
e, no mínimo, um ponto de água des nado a essa finalidade, nas edificações residenciais mul familiares que
possuam vinte ou mais unidades habitacionais.

§ 1º Para fins desta Lei considera-se:

I - R1: 1 (uma) unidade habitacional unifamiliar por lote;

II - R2: conjunto de 2 (duas) ou mais unidades habitacionais, agrupadas horizontal ou ver calmente, com no
máximo 2 (dois) pavimentos, todas com entrada independente e com frente para via oficial existente (casas
geminadas ou casas sobrepostas);

III - R3: conjunto de 2 (duas) ou mais unidades habitacionais em lote, agrupadas horizontal ou ver calmente,
com no máximo 2 (dois) pavimentos, em condomínio, e todas com entrada independente com frente para a
via interna de pedestre ou de veículos;

IV - R4: 1 (uma) unidade habitacional mul familiar ver cal, com mais de 2 (dois) pavimentos, por lote;

V - R5: conjunto de 2 (duas) ou mais unidades habitacionais mul familiares ver cais por lote.

§ 2º A capacidade mínima do reservatório de acumulação de águas pluviais será calculada somente em


relação às águas captadas do telhado, com base no seguinte quadro:

V=kxixa

Onde:

V = volume do reservatório
K = constante dimensional = 0,20
I = intensidade da chuva = 0,080m/h (IMAC)
A = área impermeabilizada do lote.

Art. 154Nas reformas com acréscimo de áreas, o reservatório de acumulação será calculado em relação à
área impermeabilizada acrescida, e será exigida sua instalação quando:

I - A área acrescida em razão da reforma, ou seu somatório - se forem sucessivas, for igual ou superior a cem
metros quadrados (100m²); e,

II - O somatório da área impermeabilizada existente e a construir resultar em área superior a quinhentos


metros quadrados (500m²).

Art. 155 As águas pluviais captadas serão acumuladas em reservatórios, providos de grelhas ou outro
disposi vo para retenção de material grosseiro, como folhas, pedaços de madeira, restos de papel, corpos
de pequenos animais, entre outros, para o interior do referido reservatório.

Art. 156 O reservatório des nado à acumulação deve atender às seguintes condições:
I - Ser construído de material resistente a esforços mecânicos e possuir reves mento;

II - Ter suas super cies internas lisas e impermeáveis;

III - Permi r fácil acesso para inspeção e limpeza;

IV - Possibilitar esgotamento total;

V - Ser protegido contra a ação de inundações, infiltrações e penetração de corpos estranhos;

VI - Possuir cobertura e vedação adequadas de modo a manter sua perfeita higienização;

VII - Ser dotado de extravasor que possibilite o deságüe na rede de drenagem, ou no reservatório de retardo
quando for o caso;

VIII - Quando conectado ao reservatório de retardo, ser dotado de disposi vo que impeça o retorno.

Art. 157 A limpeza e desinfecção do reservatório de acumulação e/ou retardo é de responsabilidade


daquele que de ver a posse da edificação e deverá ocorrer a cada seis meses ou quando houver
intercorrência de ordem sanitária, com agravo à saúde.

Parágrafo Único - A desinfecção deverá ser feita por um agente desinfetante a uma concentração mínima de
50 mg/L, com tempo de contato mínimo de doze horas para o uso da água.

Art. 158 As águas captadas dos telhados terão des nação menos nobre, só podendo ser u lizadas em
lavagens de automóveis, pisos e regas de jardins.

Parágrafo Único - As águas deverão ser man das em reservatórios, em perfeitas condições sanitárias, de
forma que seu padrão de qualidade seja isento de:

I - Materiais flutuantes:

II - Odor e aspecto indesejáveis;

III - Óleos e graxas.

Art. 159É terminantemente vedada qualquer comunicação entre o sistema des nado à água não potável e
o proveniente da rede pública, de forma a garan r sua integridade e qualidade.

Art. 160 O ponto de água des nado à u lização das águas reservadas deverá estar protegido, em nicho com
por nhola com fecho, perfeitamente iden ficada e com a seguinte inscrição:

"ÁGUA IMPRÓPRIA PARA CONSUMO HUMANO"

"USAR SOMENTE PARA REGA DE JARDIM, LAVAGEM DE PISOS EXTERNOS E AUTOMÓVEIS."

Art. 161 As águas pluviais provenientes de pavimentos descobertos impermeáveis, tais como
estacionamentos, pá os, etc. deverão ser diretamente encaminhadas à rede de drenagem ou ao
reservatório de retenção.

Art. 162Para fins de licenciamento da obra junto ao órgão municipal competente, o projeto do sistema de
retenção e/ou de acumulação deverá ser parte integrante da documentação apresentada.

Parágrafo Único - A localização do reservatório de retenção e/ou de acumulação deverá estar indicada nos
projetos e sua implantação será condição para a emissão do "Habite-se".

Art. 163A autoridade sanitária municipal no exercício de suas funções fiscalizadoras tem competência para
fazer cumprir as leis e regulamentos sanitários, expedindo in mações, impondo penalidades referentes à
prevenção de tudo quanto possa comprometer a saúde, tendo livre ingresso em todos os lugares onde
convenha exercer a ação que lhe é atribuída.

Art. 164 O não cumprimento das prescrições que referirem-se aos reservatórios de acumulação e retardo
constantes nesta lei, implicará na punição ao proprietário de acordo com as sanções previstas nesta lei

Parágrafo Único - Em caso de reincidência, no mesmo exercício, as multas serão lavradas com valor
correspondente ao dobro da anteriormente aplicada.

TÍTULO V
DA FISCALIZAÇÃO

Capítulo I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 165 A fiscalização edilícia do Município é exercida pelos Fiscais de Obras e Urbanismo, sendo a estes
garan do o livre acesso a todas as dependências da obra.

Art. 166 Deverá ser man do no local da obra o documento que comprove a regularidade da a vidade
edilícia em execução, sob pena da aplicação dos procedimentos fiscais previstos nesta lei.

Art. 167 Fica o proprietário, preposto, responsável técnico ou encarregado da obra, obrigados a prestarem
os esclarecimentos necessários e exibir os documentos relacionados ao fiel cumprimento das a vidades de
fiscalização, sempre que solicitados.

Art. 168 Sempre que o fiscal, no exercício regular de suas a vidades, for de qualquer maneira impedido de
exercer suas funções, poderá requisitar apoio policial.

Capítulo II
INFRAÇÕES

Considera-se infração toda ação ou omissão que importe em inobservância dos preceitos desta Lei
Art. 169
e demais instrumentos legais emanados do Município, no exercício regular do seu poder de polícia.

Art. 170 Considera-se infrator a pessoa sica ou jurídica, de direito público ou privado, que se omi r ou
pra car ato em desacordo com a legislação vigente, ou induzir, auxiliar ou constranger alguém a fazê-lo.

Parágrafo Único - Presumem-se solidariamente responsáveis pela infração, devendo a penalidade pecuniária
ser aplicada individualmente:

I - O proprietário da obra, promitente comprador, cessionário, promitente cessionário ou detentor de posse,


ou administrador;

II - O profissional responsável técnico;

III - Terceiros contratados para execução de obras ou serviços que estejam em desacordo com o presente
Código;

IV - Quem tenha dado causa ao ato infracional.

Art. 171 A alegação de desconhecimento da Lei não isenta o infrator das penalidades pela infração
pra cada.

Art. 172 As infrações serão apuradas mediante processo administra vo próprio, observadas as hipóteses
infracionais e respec vas penalidades conforme estabelecido nesta Lei.

Art. 173 Cons tuem infrações às disposições deste Código, as seguintes:

I - Iniciar obra/serviço sem o Alvará de Licença para Construção ou sem Autorização, não sanar a
irregularidade no prazo estabelecido pelo setor competente;

II - Executar obra/serviço em desacordo com o projeto aprovado e licenciado;

III - Inobservar as prescrições sobre andaimes e tapumes;

IV - Depositar material constru vo ou de entulhos no passeio e demais logradouros públicos, e não os re rar
no prazo estabelecido pela autoridade fiscal;

V - Não for obedecido o embargo imposto pelo Município;

VI - Ocupar a edificação sem o Habite-se de Conclusão Total ou Habite-se de Conclusão Parcial;

VII - Vencido o prazo de licenciamento, prosseguir a obra/serviço sem o devido pedido de prorrogação do
prazo;

VIII - Forem falseadas cotas e indicações do projeto ou quaisquer elementos do processo;

IX - Executar aterro, bota-fora, escavação ou qualquer serviço de terraplanagem, sem o licenciamento e o


acompanhamento pelo responsável técnico devidamente habilitado;

X - Forem executados muros de arrimo, ou qualquer outro po de contenção de aterros, sem o devido
licenciamento, nos casos em que a Lei o exigir;

XI - Não forem observadas as exigências legais rela vas à acessibilidade, com relação a passeio público,
acessos a edificações e a todos os ambientes internos destas, sejam públicas ou par culares des nadas ao
público;

XII - Não promover a restauração do passeio público danificado no prazo assinalado pela municipalidade.

Capítulo III
DAS PENALIDADES

Os infratores aos preceitos desta Lei e demais instrumentos legais serão punidos, de forma isolada
Art. 174
ou cumula va, sem prejuízo das sanções administra vas, civis e penais cabíveis.

Quando o infrator dos disposi vos deste Código for responsável pelo projeto arquitetônico da obra
Art. 175
ou responsável por sua execução, ser-lhe-ão aplicáveis as seguintes penalidades:

I - Advertência;

II - Multa;

III - Suspensão.

§ 1º Quando se verificarem irregularidades em projeto ou na construção de obras que resultem em


advertência, multa ou suspensão do profissional, idên ca penalidade será imposta à empresa a que aquele
pertença e que tenha com ele responsabilidade solidária.

§ 2º Quando o infrator for a empresa responsável pela elaboração do projeto ou pela execução da obra de
qualquer po, as penalidades aplicáveis serão iguais às especificadas nos itens I a III do presente ar go.

§ 3º O Município, através de seu órgão competente, representará ao CREA/ACRE, contra profissional ou


empresa que, no exercício de suas a vidades profissionais violar as disposições deste Código e demais leis
municipais em vigor, concernentes à matéria.

Art. 176 Quando o infrator for o proprietário da obra, as penalidades aplicáveis serão as seguintes:

I - Multa;

II - Embargo de obra ou serviço;

III - Interdição;

IV - Cassação do Alvará de Licença;

V - Demolição parcial ou total da obra.

Art. 177As multas e demais penalidades a que se refere o ar go anterior não isentam o infrator da
obrigação de reparar o dano resultante da infração, nem o desobrigam do cumprimento da exigência que a
houver determinado.
Art. 178Quando o infrator incorrer, simultaneamente, em mais de uma infração, as multas e outras
penalidades são aplicadas independentemente.

SEÇÃO I
DAS MULTAS E DO VALOR

Art. 179 A pena de multa consiste na aplicação de sanção pecuniária a ser paga pelo infrator, no prazo de 30
(trinta) dias.

§ 1º As multas serão fixadas em Unidades Fiscais do Município de Rio Branco - UFMRB, classificando-se de
acordo com as infrações.

§ 2º Para os efeitos desta Lei, a UFMRB é a vigente na data de pagamento da multa.

§ 3º Na aplicação da multa, atender-se-á à natureza e gravidade da infração, ao prejuízo concreto que a


a vidade tenha causado ao interesse público e, também, os antecedentes do infrator.

§ 4º A multa poderá ser aplicada cumula vamente com outras penalidades, independentemente da
obrigação de sanar os danos resultantes da infração.

§ 5º O pagamento da multa não implica regularização da situação nem obsta nova autuação, caso
permaneça a irregularidade.

§ 6º As multas não pagas nos prazos legais após o recebimento da no ficação, serão inscritas em dívida a va
e executadas judicialmente.

§ 7º Os débitos decorrentes de multas não pagas nos prazos legais, terão os seus valores monetários
atualizados com base nos coeficientes oficiais de correção monetária, em vigor na data de liquidação das
importâncias devidas.

§ 8º As multas pagas espontaneamente, sem interposição de recurso terão 50% (cinqüenta por cento) de
desconto.

Art. 180 Nos casos de reincidência, as multas poderão ser aplicadas por dia ou em dobro.

Parágrafo Único - Para os fins desta Lei, considera-se reincidência o come mento, pela mesma pessoa sica
ou jurídica, de nova infração da mesma natureza.

Art. 181 As multas serão aplicadas, tendo como referência a área total da obra, de acordo com a
classificação a seguir:

I - Obra até 19,0m² - 05 UFMRB;

II - 20,0 a 49,0m² - 10 UFMRB;

III - 50,0m² a 99,0m² - 15 UFMRB;


IV - A cada 100,0m² - 20 UFMRB.

§ 1º Em caso de execução de serviços em desacordo com esta Lei, a multa aplicada será de 20 UFMRB.

§ 2º Para as infrações previstas nos incisos IV e XII do ar go 173 a multa aplicada será de 5 UFMRB.

Art. 182 A multa a ser aplicada pela inobservância das normas de técnicas de acessibilidade no passeio
público e acesso a edificações públicas ou privados de atendimento ao público será de 20 UFMRB.

SEÇÃO II
EMBARGO DE OBRA OU SERVIÇO

Art. 183 O embargo da obra ou serviço cons tui em ordem de paralisação imediata da obra ou serviço que
esteja sendo efe vada em desacordo com as disposições desta Lei, consis ndo na proibição do seu
prosseguimento enquanto não regularizada perante o Poder Público Municipal.

Art. 184 O Embargo da obra ou serviço será imposto pela autoridade competente, que mandará lavrar o
termo e no qual fará constar as providências exigíveis para o prosseguimento da obra, sem prejuízo de
imposição de outras penalidades.

§ 1º O embargo só será levantado após o cumprimento das exigências consignadas no respec vo termo.

§ 2º Salvo nos casos de ameaça ao meio ambiente, à saúde ou à segurança pública, o embargo deve ser
sempre precedido da no ficação.

§ 3º O fiscal deve zelar pelo fiel cumprimento do Termo de Embargo, podendo solicitar auxílio de força
policial, quando necessário.

Art. 185 Qualquer obra ou serviço será embargada sem prejuízo das multas e outras penalidades, quando:

I - No ficada a obra, o proprietário ou responsável pela mesma, não atender as exigências determinadas
pela autoridade fiscal;

II - For desrespeitado o respec vo projeto aprovado em seus elementos essenciais.

III - Quando durante sua execução apresentar indícios de risco em sua estabilidade ou comprometer a
estabilidade de edificação vizinha.

IV - Es ver sendo executada sem Alvará de Licença nos casos em que a Lei exigir;

V - Es ver em desacordo com esta Lei e com as demais normas da legislação em vigor.

Art. 186 Constatada resistência ao embargo deverá o fiscal encarregado da vistoria:

a) Expedir novo auto de infração e aplicar multas diárias até que a regularização da obra seja comunicada ao
órgão fiscalizador;
b) Requisitar força policial, requerendo a imediata abertura de inquérito policial para apuração da
responsabilidade do infrator pelo crime de desobediência, previsto no Código Penal, bem como para outras
medidas judiciais cabíveis.
c) Apreender os materiais e equipamentos u lizados no come mento da infração.

Art. 187A resistência ao embargo ensejará ao profissional responsável pela obra, também, a aplicação da
multa diária prevista.

Parágrafo Único - Tomando o profissional todas as medidas cabíveis a ele para sustar o andamento das
obras, demonstrado por provas inequívocas através de procedimento administra vo posterior à aplicação
das penalidades, aquele será isento do pagamento da penalidade prevista.

Art. 188 Para os efeitos desta Lei considera-se resistência ao embargo a con nuação dos trabalhos no
imóvel sem a adoção das providências exigidas no respec vo termo.

SEÇÃO III
INTERDIÇÃO

A interdição será aplicada, além das hipóteses previstas no art. 227, da Lei 1.611/06 - Plano Diretor
Art. 189
do Município de Rio Branco, quando oferecer risco iminente à saúde e ou à segurança pública.

Art. 190 A interdição será imposta pelo departamento competente, em termo próprio, a vista de laudo
técnico elaborado por órgão ou profissional habilitado da Municipalidade ou outras ins tuições
competentes, através de processo administra vo, garan do sempre o devido processo legal, após a
interdição realizada, em razão da defesa da saúde e ou da segurança pública.

§ 1º Expedido o Termo de Interdição da edificação, da dependência ou área, o imóvel permanecerá


interditado até a regularização da infração e o pagamento da multa cabível, de acordo com as disposições
deste Código.

§ 2º Enquanto interditado é proibido, a qualquer tulo, o ingresso de pessoas no imóvel, exceto aquelas
autorizadas pela autoridade competente.

§ 3º Não atendida a ordem administra va de interdição, deve o processo administra vo, devidamente
instruído, ser encaminhado à Procuradoria Jurídica do Município para obtenção da ordem judicial.

SEÇÃO IV
DA DEMOLIÇÃO

Art. 191 Demolição é a determinação administra va para anular total ou parcialmente o que foi executado
em desacordo com as determinações desta Lei e das demais normas da legislação em vigor.

Art. 192 Será imposta a demolição, total ou parcial, quando a obra embargada ou interditada es ver:

I - Sendo executada sem o Alvará de Licença para construção e não atender as exigências técnicas
estabelecidas nesta Lei para sua regularização;
II - Sendo executada em desacordo com o projeto aprovado, nos seus elementos essenciais;

III - Comprovadamente em risco iminente de desabamento;

IV - Ameaçando a saúde ou segurança pública, e o proprietário não adotar as providências que o município
determinar.

Art. 193 No caso previsto nos incisos I e II do ar go 192, a ordem da demolição será sustada quando:

I - O proprietário da obra ou o seu responsável, no prazo improrrogável de 15 (quinze) dias úteis, contados
da no ficação, submeter ao Município novo projeto, devidamente adequado, desde que atendido os
requisitos estabelecidos na Lei;

II - Executar os procedimentos necessários à adequação da obra ao projeto aprovado.

Art. 194 Será executada imediatamente a demolição de obra, pelo agente fiscal, quando:

I - Erigida em áreas de preservação ambiental;

II - Em área sujeitas a deslizamento de terra;

III - Em áreas que comprovadamente integram o patrimônio público.

§ 1º Se o proprietário dos bens se achar no local da demolição serão os mesmos entregues à sua
responsabilidade, fato que será devidamente cer ficado pelo fiscal responsável pela demolição.

§ 2º Não estando presente o proprietário, os materiais, objetos, equipamentos e outros bens que se
acharem no local da demolição serão apreendidos, onde se lavrará o competente Termo de Apreensão, e
conduzidos ao depósito municipal, que ficarão à disposição do proprietário, devendo serem re rados no
prazo de 10 (dez) dias contados da data da entrada.

§ 3º Não sendo os bens apreendidos, re rados no prazo estabelecido no parágrafo anterior, serão levados a
leilão para pagamento dos custos do serviço.

§ 4º Os bens que apresentarem sinais de deterioração ou não servirem para serem leiloados serão
inu lizados.

Art. 195 Determinada a demolição e esta não for cumprida pelo proprietário da obra, o Município poderá
executá-la, mediante processo administra vo, devidamente instruído.

Parágrafo Único - Quando a demolição for executada pelo Município, o proprietário ficará responsável pelo
pagamento dos custos dos serviços a tulo de despesa administra va.

SEÇÃO V
CASSAÇÃO DA LICENÇA PARA CONSTRUIR A EDIFICAÇÃO
Art. 196A penalidade de cassação de licença para construir a edificação será aplicada ao proprietário nos
seguintes casos:

I - Quando for modificado projeto aprovado pelo órgão competente da Prefeitura, sem ser solicitada ao
mesmo a aprovação das modificações consideradas necessárias através de projeto modifica vo;

II - Quando forem executados serviços em desacordo com os disposi vos desta Lei.

Capítulo IV
PROCESSO DE APLICAÇÃO DAS PENALIDADES

SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 197 O processo de aplicação das penalidades às infrações desta Lei segue as normas estabelecidas
neste capítulo.

Art. 198O infrator será cien ficado do ato que iniciará o procedimento administra vo, bem como de todos
os outros de natureza decisória ou que lhes imponham a prá ca de qualquer ato, como segue:

I - Pessoalmente por servidor municipal, se possível, mediante entrega de uma das vias ao autuado,
representante legal ou preposto, com contra-recibo;

II - Por carta com AR, acompanhado de cópia do auto;

III - Por edital expedido pelo órgão encarregado da no ficação e publicado na imprensa oficial ou em jornal
de grande circulação ou afixado em dependência franqueada ao público, se o infrator não puder ser
encontrado pessoalmente ou por via postal, ou não for conhecido.

§ 1º Nos casos previstos nos incisos I e II deste ar go, será considerada perfeita a in mação entregue no
endereço indicado pelo contribuinte para tal fim;

§ 2º Considera-se feita a no ficação:

I - Pessoalmente, na data da ciência do no ficado ou preposto;

II - Via postal, na data do seu recebimento ou se esta for omi da 15 (dias) dias após a entrega da no ficação
à agência postal;

III - Por edital, 3 (três) dias após sua publicação.

Art. 199A cien ficação da no ficação ou do auto de infração, quando não efetuados pessoalmente ao
no ficado/infrator,será transmi da através de correspondência com aviso de recebimento, encaminhada
para o endereço consignado no cadastro municipal, ou para endereço expressamente indicado pelo
responsável, ou em úl mo caso, para o endereço onde foi pra cada a infração.

Parágrafo Único - A lavratura da no ficação preliminar e do auto de infração incumbe, priva vamente, aos
servidores que tenham competência para essa fiscalização, conforme determina as atribuições per nente a
cada cargo.

Art. 200 As infrações come das pelo responsável técnico serão apuradas em processo administra vo
próprio.

SEÇÃO II
NOTIFICAÇÃO

Art. 201 A No ficação tem por finalidade alertar e comunicar o munícipe quanto ao come mento de
irregularidades, exigências legais a serem atendidas, solicitar documentação ou providências ou ainda
solicitar comparecimento no setor competente;

Art. 202Verificada a infração é expedida no ficação ao infrator, para que no prazo de 02 (dois) dias úteis, a
par r do recebimento, apresente jus fica va, que poderá ser feita através de formulário disponibilizado
pelo órgão fiscalizador.

§ 1º A jus fica va poderá se apreciada pelo fiscal que procedeu à no ficação ou por pessoa designada pela
Gerência.

§ 2º Após análise da jus fica va, poderá ser concedido prazo para regularização da(s) pendência(s), que não
poderá exceder 30 (trinta) dias, desde que o no ficado demonstre que já havia adotado as medidas
necessárias para regularizar a situação mediante este órgão e a obra não apresente irregularidades
irreversíveis.

§ 3º A prorrogação do prazo referido no parágrafo anterior só poderá ser concedida por uma única vez,
mediante requerimento, e o no ficado demonstrar que não sanou as pendências por culpa exclusiva da
Administração Municipal, caso fortuito ou força maior.

Art. 203 A no ficação deve ser feita em formulário próprio, em 03 (três) vias de igual teor e forma, uma das
quais é entregue ao no ficado, contendo os seguintes elementos:

I - Nome do no ficado ou denominação que o iden fique;

II - Local e data da lavratura da no ficação;

III - Prazo para regularizar a situação;

IV - Indicação da infração verificada;

V - Assinatura do no ficado e do fiscal.

Parágrafo Único - A regularização da situação pode incluir a demolição parcial ou total, o desmonte ou a
execução de outros trabalhos e obras julgados necessários pela Municipalidade.
SEÇÃO III
AUTO DE INFRAÇÃO

Art. 204 O auto de infração cons tui em peça fiscal u lizada para apurar e aplicar ao infrator as penalidades
por infração às disposições da presente Lei e legislação complementar.

Art. 205O auto de infração será lavrado, em 03 (três) vias de igual teor, com precisão e clareza, e constarão
as seguintes informações:

I - Local, data e hora da lavratura;

II - O nome do infrator ou denominação que o iden fique;

III - Endereço de ocorrência e de correspondência;

IV - Descrição do fato cons tu vo da infração;

V - Indicação dos disposi vos desta Lei e das demais normas da legislação em vigor infringidos e a
penalidade prevista;

VI - Prazo para apresentação da defesa;

VII - Nome, função e assinatura do autuante, e de testemunhas quando houver.

§ 1º Na lavratura do auto, as omissões ou incorreções não acarretarão nulidade se do processo constar


elementos suficientes para determinação da infração e do infrator.

§ 2º Se o infrator ou quem o representar não puder ou não quiser assinar o auto, far-se-á menção desta
circunstância, cer ficando-a no respec vo auto.

§ 3º A aposição da assinatura do infrator ou de seu representante no auto de infração não cons tui
formalidade essencial à sua validade, nem implica em confissão, bem como sua recusa não será considerada
agravante.

§ 4º Havendo reformulação ou alteração do auto de infração, será devolvido ao contribuinte autuado o


prazo de defesa prevista nesta Lei.

SEÇÃO IV
DEFESA E EXECUÇÃO

Art. 206 O infrator poderá oferecer defesa ou impugnação em processo administra vo às infrações
come das no prazo de 05 (cinco) dias úteis, contados da ciência da autuação ou da lavratura do auto de
infração.

§ 1º A defesa far-se-á por pe ção, instruída com a documentação necessária à comprovação dos fatos e os
argumentos ar culados.

§ 2º A defesa apresentada fora do prazo será considerada intempes va.

§ 3º A apresentação da defesa no prazo legal suspende a exigibilidade da multa até à decisão da autoridade
administra va competente.

Art. 207 A defesa ou impugnação do auto de infração será apreciada e julgada pela Comissão de Recursos
Fiscais de Urbanismo, nomeada por Decreto Municipal, devendo a decisão ser proferida no prazo de 30
(trinta) dias.

§ 1º A Comissão de Recursos Fiscais apreciará e julgará em primeira instância.

§ 2º A Comissão, antes do julgamento de defesa ou de impugnação, se entender necessário, poderá


determinar o pronunciamento do autuante e a realização de diligência, para esclarecer questões duvidosas.

Art. 208Da decisão de primeira instância caberá recurso a Procuradoria Jurídica do Município, no prazo de
05(cinco) dias úteis, contados da data da ciência da decisão em primeira instância, pelo autuado.

§ 1º O recurso far-se-á por pe ção do autuado, nos próprios autos, facultada a juntada de documentos.

§ 2º É vedado, em uma só pe ção, interpor recursos referentes a mais de uma decisão, ainda que versem
sobre o mesmo assunto e alcancem o mesmo recorrente, salvo quando as decisões forem proferidas em um
único processo.

§ 3º Da decisão de segunda instância, não caberá pedido de reconsideração.

Art. 209 Não tendo sido interposto recursos ou julgados improcedentes, e não tendo havido o pagamento
espontâneo da multa ou cumprimento das demais obrigações impostas, no prazo concedido, será observado
o seguinte:

I - No caso de multa, será inscrita em Dívida A va e encaminhada, acompanhada de cópia da no ficação e


autuação, para a Procuradoria Jurídica, a fim de ser promovida a execução fiscal;

II - No caso de embargo, interdição ou demolição, será o expediente encaminhado à Procuradoria Jurídica


para adoção das medidas judiciais cabíveis;

III - No caso de obras realizadas pelo Município em decorrência da inércia do responsável, será o valor
lançado em divida a va e,após no ficado o devedor da inscrição, será encaminhado à Procuradoria para
execução.

Capítulo V
DAS EDIFICAÇÕES E ATIVIDADES NÃO CONFORMES

Art. 210 As obras em andamento, em desconformidade com este Código, serão toleradas, desde que
estejam regularizados, em conformidade com a legislação anterior, não prejudicando a solicitação de
renovação de Alvará expedido.
Art. 211 As edificações irregulares poderão ser regularizadas desde que atendam aos parâmetros
estabelecidos por este Código e a a vidade exercida no imóvel esteja de acordo com o Plano Diretor
Municipal.

Art. 212 Não serão regularizadas em nenhuma hipótese, as edificações que:

I - Avançarem sobre áreas de preservação permanente, salvo casos especiais definidos em Lei;

II - Avançarem sobre áreas de risco, áreas inundáveis, fundos de vale, faixas de escoamento de águas
pluviais, galerias, canalizações, linhas de transmissão de energia de alta tensão, oleodutos e faixas de
domínio de rodovias;

III - Avançarem sobre logradouros ou áreas públicas;

IV - Estejam erigidas em imóvel resultante de parcelamento implantado irregularmente, salvo casos


especiais definidos em Lei;

V - Não tenham condições de habitabilidade comprovada por perícia de profissional habilitado.

TÍTULO VI

Capítulo I
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 213 Os projetos e outras solicitações regularmente subme dos à apreciação do Poder Público
Municipal em data anterior a entrada em vigor deste Código serão analisados de acordo com a legislação
vigente à época de sua protocolização.

Parágrafo Único - Os projetos e outras solicitações de que trata este ar go poderão, a pedido do interessado,
ser examinados conforme as disposições deste Código, no caso deste ser mais benéfico para o requerente.

Art. 214 Ficam assegurados os direitos decorrentes dos atos administra vos de que trata a Lei anterior.

Art. 215 Os casos omissos do presente Código serão dirimidos pela autoridade competente, depois de
ouvido o Conselho Municipal de Urbanismo.

Art. 216O Código de Obras do Município de Rio Branco deverá ser revisto e atualizado, obedecendo ao
período máximo de 02 (dois) anos.

Art. 217 Os anexos referidos nos incisos I e III a VIII do ar go 3º do presente Código serão regulamentados
por Decreto do Execu vo Municipal, a ser editado em 30 (trinta) dias a par r da sanção da presente Lei.

Art. 218 Este Código entrará em vigor, na data de sua publicação, revogando-se as disposições em contrário,
em especial a Lei nº 611, de 19 de junho de 1986.

Rio Branco-Acre, 23 de dezembro de 2008, 120º da república, 106º do Tratado de Petrópolis, 47º do Estado
do Acre e 125º do Município de Rio Branco.

Raimundo Angelim Vasconcelos


Prefeito de Rio Branco

Download: Anexos (www.leismunicipais.com.br/AC/RIO.BRANCO/A1732-2008.zip)

Data de Inserção no Sistema LeisMunicipais: 17/11/2011

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