Relatorio a Volta Do 1 Ao Mes

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A volta do

1% ao mês?
Com o novo ciclo de alta de juros, o investidor
brasileiro pode voltar a sonhar com o 1% ao mês
na tranquilidade da Renda Fixa?

A VOLTA DO 1% AO MÊS?

Por Marx Gonçalves


Publicado em 20/09/2024

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Taxas de juros elevadas

Ao longo de 2024, o cenário macroeconômico foi marcado por elevadas incertezas,


tanto no Brasil como lá fora.

No cenário internacional, a principal dúvida girava em torno do momento em que o


Banco Central dos Estados Unidos (Fed) iniciaria cortes nas taxas de juros, em meio
a um desaquecimento do mercado de trabalho e à desaceleração gradual da inflação
rumo à meta.

Já no Brasil, as principais incertezas estavam relacionadas ao risco fiscal, intensifica-


do após a alteração da meta do Arcabouço Fiscal, e ao crescimento econômico acima
da capacidade produtiva, impulsionado pelas expansões fiscais e um mercado de
trabalho apertado — fatores que representam riscos para a inflação.

Esse cenário perdurou até o segundo semestre.

Para a decisão de juros de setembro, o Copom se deparou com uma inflação de servi-
ços ainda persistente e acima do centro da meta, além de expectativas inflacionárias
cada vez mais desancoradas.

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O orçamento fiscal para 2025 também não trouxe notícias animadoras, na maioria
devido a previsões excessivamente otimistas para receitas e despesas.

Como resultado, o câmbio permanece pressionado, acrescentando um ingrediente


adicional de risco inflacionário em meio ao já desafiador cenário para o Copom.

Esses fatores ofuscaram qualquer impacto positivo que o anúncio antecipado de


Gabriel Galípolo para a presidência do Banco Central poderia ter gerado, levando o
mercado a manter elevados prêmios de risco na curva de juros.

Embora a incerteza externa tenha diminuído no início deste segundo semestre, com
os sinais claros de desaceleração da economia norte-americana levando o Fed a
iniciar cortes nos juros, o mesmo não ocorreu no Brasil, na maioria devido à falta
de um ajuste fiscal crível.

Por esse motivo, o Copom voltou a elevar a Selic pouco mais de quatro meses após
o término do último ciclo de cortes, visando controlar as expectativas inflacionárias
e alcançar o centro da meta no horizonte relevante.

Na busca por antecipar os próximos movimentos do comitê, o mercado já projeta


uma Selic terminal em torno de 11,75% a.a. para 2024 e 12,25% a.a. para 2025.
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Ainda não sabemos, de fato, qual será o tamanho desse ciclo de alta, mas a atual
precificação do mercado nos parece bastante razoável, considerando os desafios
mencionados. Além disso, independentemente da magnitude desse movimento, é
certo que ele beneficia diretamente os títulos pós-fixados, sejam eles atrelados à
Selic ou ao CDI.

Caso o cenário projetado pelo mercado se confirme, teremos a tão sonhada volta
do retorno de 1% ao mês investindo em renda fixa.

Pensando nisso, selecionamos três títulos bancários com excelentes remunerações


e de emissores com boas avaliações de crédito para você que deseja aproveitar
esse cenário e aumentar a rentabilidade da sua carteira, mesmo mantendo uma
postura conservadora.

Oportunidades de pós-fixados
A VOLTA DO 1% AO MÊS?

1) CDB Daycoval 110% CDI com liquidez diária

O Banco Daycoval está oferecendo um CDB com remuneração de 110% do CDI,


liquidez diária e vencimento em setembro de 2027 (1095 dias) em sua plataforma
de investimentos. A oferta possui valor mínimo para aplicação de R$ 1 mil e valor
máximo de R$ 100 mil.

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Considerando o cenário projetado pelo mercado para a trajetória futura da Selic
nos próximos 12 meses, estimamos que o CDB possa gerar uma rentabilidade bruta
de 13,1% para os investidores, equivalendo a um rendimento bruto médio de 1,03%
ao mês.

Destaques do Banco Daycoval

Quanto à segurança, o Daycoval manteve sua solidez nos resultados do 1º semestre


de 2024.

Sua carteira de crédito ampliada já soma R$ 58,4 bilhões, sendo 68,8% destinada a
empresas, 26,8% a crédito consignado, 4% a veículos e 0,4% a crédito com garantia
de imóvel.

O lucro líquido recorrente alcançou R$ 749 milhões, representando um crescimen-


to de 23% em relação ao mesmo período do ano anterior, o que proporcionou um
ROAE recorrente de 23,2%.

Além disso, o Índice de Basileia foi elevado para 14,2%, proporcionando uma boa
margem em relação ao mínimo exigido pelo Banco Central.
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Dessa forma, considerando a solidez do banco em suas operações de crédito para
empresas, a elevada rentabilidade observada nos últimos anos e sua base financei-
ra bem estruturada, sentimos confiança em recomendar o investimento nesse CDB
emitido pela instituição.

2) CDB Banco BMG 120% do CDI com liquidez diária

Outro CDB que nos agrada nesse contexto é o emitido pelo Banco BMG. O banco
prorrogou sua campanha de aniversário e segue oferecendo um CDB com rendi-
mento de 120% do CDI, com liquidez diária e vencimento em 1 ano.

A oferta está disponível na plataforma do banco para novos clientes ou para aque-
les que não investiram nos últimos três meses, com aporte mínimo de R$ 50 e
máximo de R$ 150 mil.

Assumindo as mesmas condições mencionadas anteriormente, nossa estimativa de


rentabilidade para essa aplicação é de aproximadamente 14,37% para os próximos
12 meses, também sem considerar o imposto de renda. Isso equivale a uma ren-
tabilidade média mensal de 1,13% a.m., o que é excelente para o nível de risco da
aplicação.

Destaques do Banco BMG


A VOLTA DO 1% AO MÊS?

Com 94 anos de história e capital aberto desde 2019, o BMG atua no crédito ao
varejo, atendendo tanto pessoas físicas quanto jurídicas, e no atacado, oferecendo
serviços financeiros estruturados e de investment banking para companhias dos
segmentos Corporate e Middle Market.

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Desde a abertura de capital, o banco apresentou um forte crescimento na cartei-
ra de crédito, impulsionado pela digitalização nos últimos anos. No entanto, essa
expansão veio acompanhada de um aumento nos custos e na inadimplência, o que
pressionou as margens, o lucro líquido e o ROAE do banco a partir de 2020, resul-
tando em um prejuízo de R$ 14 milhões no segundo trimestre de 2023.

Essa trajetória gerou um importante ponto de atenção para a sustentabilidade das


operações no longo prazo. Em resposta, a nova direção implementou um reposicio-
namento estratégico a partir do segundo semestre de 2023, focado em rentabilida-
de e eficiência.

Esse reposicionamento teve como objetivo aumentar a qualidade dos ativos, re-
duzir custos e fortalecer a oferta de produtos consignados, área na qual o banco
possui especialização.

A nova estratégia já apresenta resultados positivos, com o aumento do ROAE, que


atingiu 10,8% no segundo trimestre de 2024, em comparação a -1,5% no mesmo
período do ano anterior.

A sua carteira de crédito apresentou uma leve redução em relação ao mesmo pe-
ríodo de 2023 (-1,5%), totalizando R$ 24,3 bilhões. Em relação à sua composição, a
parcela de crédito consignado permaneceu elevada, representando 64,5%, sendo
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essa uma modalidade de crédito considerada mais segura.

Além disso, o Índice de Basileia foi de 13,9%, ampliando a sua margem de seguran-
ça em relação ao mínimo exigido pelo Banco Central.

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Assim, considerando a elevada participação do crédito consignado, considerado
mais seguro, e o redirecionamento estratégico do banco, que já apresenta resul-
tados positivos em termos de rentabilidade, sentimos confiança em recomendar
produtos de renda fixa de curto prazo do BMG, como o CDB mencionado.

3) LCA ABC 96% CDI com liquidez após 280 dias

Como uma ótima opção de título isento de imposto de renda, destacamos a LCA do
Banco ABC, que oferece remuneração de 96% do CDI, com vencimento em setembro
de 2026 (730 dias) e liquidez disponível após 280 dias.

Para fins comparativos, para o mesmo prazo de 280 dias, um CDB precisaria ter uma
remuneração de 120% do CDI para ser equivalente a essa LCA, considerando a alí-
quota de imposto de renda aplicável de 20%. A oferta está disponível na platafor-
ma de investimentos do ABC e exige um valor mínimo de aporte bastante acessível,
de R$ 1 mil.

Para essa aplicação, estimamos uma rentabilidade de 11,35% para os próximos 12


meses. Embora esse ganho estimado corresponda a uma média mensal de 0,9%, ele
é isento de imposto de renda.

Na prática, isso significa que esse retorno equivale a uma rentabilidade de 13,75%
de um CDB (com média mensal de 1,08%), tornando a LCA uma ótima opção.

Destaques do Banco ABC


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O Banco ABC também manteve consistência em seus resultados no 1º semestre de


2024.

O crescimento da carteira de crédito expandida em relação ao mesmo período de


2023 foi de 11%, atingindo R$ 48,2 bilhões. Além disso, a carteira permanece bem di-

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versificada entre diversos setores da economia, reduzindo o seu risco setorial.

O lucro líquido recorrente foi de R$ 473 milhões no semestre, valor 21% acima do
mesmo período de 2023. Com isso, o ROAE recorrente foi elevado de 14,8% para
15,6%.

Além disso, o Índice de Basileia foi elevado para 16,3%, e o caixa e equivalentes de
caixa permanecem em níveis confortáveis em relação à carteira de crédito.

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Portanto, o crescimento da rentabilidade observado nos últimos anos, a carteira de
crédito diversificada e com risco controlado, e a robustez do Índice de Basileia nos
proporcionam a confiança necessária para recomendar também investimentos de
renda fixa do Banco ABC.

Conclusão

Há ótimas oportunidades na Renda Fixa, mas lembre-se de sempre considerar o


risco do emissor. Todas as recomendações que a Nord Research faz para seus leito-
res ou clientes são resultado de uma minuciosa análise na capacidade do emissor
de um título honrar suas obrigações.

Não há mágica: empresas ou bancos oferecendo títulos com taxas muito acima da
média de mercado podem ser um sinal de alerta. Nós temos uma lista de emissores
aprovados e de emissores que você deve ficar longe.

Para acessar todos esses benefícios, faça sua assinatura na série Renda Fixa PRO
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Com as recomendações gratuitas acima, você já pode fazer ótimos investimentos,


buscando uma rentabilidade bruta em torno de 1% ao mês.

Mas o mais importante é continuar atento às mudanças no cenário econômico, pois


elas podem tornar outros investimentos mais atraentes. Por isso, os títulos reco-
mendados possuem liquidez diária ou prazos de resgate abaixo de um ano.
A VOLTA DO 1% AO MÊS?

Conte com a Nord para auxiliar você nesta jornada.

Bons investimentos!

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Em observância à Resolução CVM 20/2021 eu, Marx Gonçalves,
responsável principal pelo presente relatório de análise, declaro
que: i) as opiniões aqui contidas foram elaboradas por mim de
forma independente e autônoma, inclusive em relação à Nord
Research.

As taxas e vencimentos expostos foram verificados no dia 18 de


A VOLTA DO 1% AO MÊS?

setembro de 2024. A disponibilidade dos títulos nas plataformas


depende da oferta disponível em cada um dos bancos.

Nord Research, 2024. Rua Joaquim Floriano, 100 - Itaim Bibi


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