PA 2036-2013 RTA

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 11

RELATÓRIO TÉCNICO AMBIENTAL

Razão Social: PORTO DE AREIA SÃO GERALDO LTDA.

Empreendimento: Extração de areia

Localização: Leito do rio Grande

Município de Uberaba - MG

FEVEREIRO/2013
Sumário

1. APRESENTAÇÃO.........................................................................................3
2. INFORMAÇÕES GERAIS............................................................................3
2.1.Nome e Razão Social da Empresa.............................................................3
2.2. Nome dos Profissionais que elaboraram o RTA......................................3
2.3. Endereços.................................................................................................4
3. LOCALIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO..............................................5
4. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO......................................5
5. DESENVOLVIMENTO DA LAVRA..........................................................5
6. GEOLOGIA...................................................................................................6
7. IMPACTOS AMBIENTAIS..........................................................................7
7.1.Impactos Negativos...................................................................................7
7.2.Impactos Positivos....................................................................................9
8. MEDIDAS MITIGADORAS........................................................................10
9. REABILITAÇÃO DA ÁREA APÓS DESATIVAÇÃO............................10
1. APRESENTAÇÃO

O presente RELATÓRIO TÉCNICO AMBIENTAL foi elaborado de acordo com a


orientação básica fornecida pela SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE E TURISMO
UBERABA/MG para o licenciamento ambiental do setor mineral.

Apresenta informações sobre o PORTO DE AREIA SÃO GERALDO LTDA., no


empreendimento localizado no leito do rio Grande, Distrito Sede do município de Uberaba
(MG).

2. INFORMAÇÕES GERAIS

2.1. NOME E RAZÃO SOCIAL DA EMPRESA

PORTO DE AREIA SÃO GERALDO LTDA.

CNPJ: 19.061.472/0001-82

2.2. NOME DOS PROFISSIONAIS QUE ELABORARAM O RTA

RESPONSÁVEIS TÉCNICOS:

José Ivonez Alexandre

Geólogo e Espec. em Enga Segurança do Trabalho CREA/MG 7460-D

Praça Dom Eduardo, 140 Loja 11 - Bairro Mercês.

Telefone (034) 3312-9560, 3312-9625 e 9978-5795

38060-280 UBERABA (MG)


Karina Juvencio Piassa

Bióloga CRBIO 076579/04-D

Praça Dom Eduardo, 140 Loja 11 - Bairro Mercês.

Telefone (034) 3312-9560, 3312-9625 e 9134-3504

38060-280 UBERABA (MG)

2.3. ENDEREÇOS:

DO EMPREENDIMENTO

Leito do rio Grande Bairro Industrial III

CEP: 38.044-795 - UBERABA - MG

DA EMPRESA

Rua Dona Ana Leopoldina de Oliveira, 130

Bairro: Jardim Induberaba.

Telefone (034) 3316-4473

CEP: 38.040-190 - UBERABA (MG)


DA EMPRESA CONSULTORA

MEDIUM ASSESSORIA AMBIENTAL LTDA.

Praça Dom Eduardo, 140 Loja 11 - Bairro Mercês.

Telefone (034) 3312-9560 Telefax (034) 3312-9625

e-mail: [email protected]

CEP: 38060-280 - UBERABA (MG)

3. LOCALIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

O empreendimento de extração de areia abrangido por este estudo


está situado no leito do rio Grande, bairro industrial III no município de Uberaba/MG.

Coordenadas geográficas de localização do empreendimento (Datum SAD 69):

Latitude: 20° 01 51,060 S

Longitude: 47° 52 41,308

4. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

Trata-se de uma atividade de explotação de areia e de acordo com a


Deliberação Normativa DN 74/04 do COPAM, tal atividade se classifica como: A-03-01-8 -
Extração de areia para uso imediato na construção civil.
. Produção bruta: 15.000 t/ano (areia)

A implantação e a operação do empreendimento, no local, são justificadas pela


demanda do mercado consumidor local, representado pelo setor da construção civil que irá
consumir toda a produção da empresa.

5. DESENVOLVIMENTO DA LAVRA

O processo de extração da areia é realizado através da dragagem no leito do


rio por sucção e recalque com bomba acionada por motor diesel, montada sobre barcaça, que
vai depositando o bem mineral no compartimento existente no corpo do barco.

As tubulações de sucção e de recalque são constituídas por tubos de ferro


fundido, com diâmetro de 6 (seis) polegadas.

Após o carregamento do barco este é deslocado até um atracadouro existente


nas proximidades da área de estocagem do material.

Para classificação granulométrica do material dragado, assim como para a


remoção de materiais indesejáveis (galhos e folhas) e outros elementos que possam
comprometer a qualidade final do produto, são instaladas no ponto final da tubulação de
descarga do barco, peneiras estáticas adequadas para essa finalidade.

6. GEOLOGIA

Geologicamente, a área está situada na borda oriental da bacia do Paraná,


unidade tectônica que engloba uma área aproximada de 1.600.000 km 2.
A bacia do Paraná representa um geossinclínio de forma elipsoide, com
seu eixo maior na direção NNE-SSW e se encontra encravada no embasamento pré-
cambriano dos estados de Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná, Santa
Catarina e Rio Grande do Sul, estendendo-se, ainda, aos vizinhos Paraguai, Argentina e
Uruguai.

Estratigraficamente, na área do empreendimento ocorre o Grupo São


Bento de idade Cretácea, representado pelo conjunto de rochas do derrame basáltico do
trape do Paraná, aliado às intercalações das camadas do arenito Botucatu, principal
fonte das areias que alimentam os depósitos fluviais da bacia do rio Grande.

Outra fonte que também pode ser relacionada como de alimentação dos
depósitos de areia é o constituído pela Formação Bauru, representada pela fácies Ponte
Alta, admitida por Barbosa et al. como de idade cretácea superior, compreendendo um
conjunto de arenitos muito calcíferos, claros e calcários conglomeráticos, que ocorrem
acima dos tufitos do fácies Uberaba, também pertencentes à mesma formação Bauru.

7. IMPACTOS AMBIENTAIS

Recursos Hídricos in 12o Fórum dos Presidentes de Sindicatos Rurais do Triângulo


Mineiro e Alto Paranaíba Araguari - MG, 10-12-1997).

Na atividade mineraria podem ser identificados impactos negativos e


impactos positivos sobre o meio ambiente, os quais estão particularizados a seguir, com
enfoque específico na atividade de extração de areia, ora em estudo, consideradas as
técnicas empregadas na extração e estocagem desse material. A partir do diagnóstico e
da descrição do ambiente realizados, foram identificados e avaliados os impactos
ambientais presentes ou que têm possibilidade de surgir no futuro.

7.1. IMPACTOS NEGATIVOS

1. SUPRESSÃO DE VEGETAÇÃO Para a instalação da tubulação de


descarga da areia nos paióis existe a necessidade de retirada da vegetação da faixa ciliar.
No caso específico deste projeto a clareira é no máximo de três (3) metros de largura,
sendo que destes somente 2/3 partes, ou seja, dois metros são de corte raso da
vegetação.

2. EROSÃO - O impacto da chuva sobre o solo desprotegido, nas áreas


onde a cobertura vegetal foi removida, provoca sua desagregação e arraste.

3. ASSOREAMENTO a sucção da areia no fundo do leito fluvial


interfere no ritmo de assoreamento do canal, mantendo o gradiente e promovendo as
ações erosivas naturais nas partes altas da bacia.

4. IMPACTOS SOBRE O RIO O processo de extração de areia não


utiliza produtos químicos, a não ser o óleo diesel e os óleos lubrificantes usados no
motor da barca e na bomba de sucção/recalque. O revolvimento da camada sedimentar
depositada no fundo do rio causa um aumento da taxa de turbidez de suas águas e
arrasta parte da biota aquática e das partículas orgânicas, que são fontes de alimentos
para os peixes.

5. INTERFERÊNCIA SOBRE A FAUNA A operação de extração de


areia com a utilização de bombas de sucção acionadas por motores diesel provoca uma
evasão ou mesmo alterações nos hábitos da fauna local.

6. EMISSÕES ATMOSFÉRICAS As operações de carregamento e


transporte da areia tendem a aumentar os teores de material particulado na atmosfera.
Nas áreas de estocagem, em razão da umidade natural do material, a evolução de
poeiras é irrelevante. Nas vias de acesso, principalmente nos períodos de estiagem, a
evolução de poeiras é mais acentuada. Outra fonte poluidora é a constituída pelas
emissões dos motores da draga e dos veículos que operam continuamente na área. Tais
emissões são típicas dos motores de combustão interna (CO, CO2, SOx, aldeídos,
hidrocarbonetos, etc.).

7. RUÍDOS E VIBRAÇÕES Os ruídos são produzidos pelos motores


dos equipamentos citados no item anterior. Como não são utilizados explosivos nessa
atividade minerária, não são identificadas fontes de vibrações relevantes.

8. TREPIDAÇÃO Este impacto é provocado principalmente pela


movimentação de máquinas e veículos, afetando estradas, pontes e edificações
existentes no entorno e ao longo das vias de escoamento.

9. EFLUENTES LÍQUIDOS As atividades humanas geram esgotos


sanitários, potencialmente poluidores.

10. EFLUENTES SÓLIDOS A exemplo do item anterior, a atividade


humana, aliada à operação extrativa, gera resíduos sólidos (lixo doméstico).

11. ALTERAÇÕES NAS VIAS DE TRÁFEGO A implantação de um


empreendimento necessariamente irá proceder a alterações nas vias de tráfego da região,
contribuindo para o aumento dos índices de poluição atmosférica e sonora, da
trepidação e dos riscos de acidentes de trânsito.

12. CONFLITOS DE USO DA ÁGUA E DO SOLO A implantação do


projeto e sua subsequente operação afetarão a qualidade da água e do solo para outros
usos, gerando conflitos.
7.2 IMPACTOS POSITIVOS

Apesar de a atividade extrativista não empregar número elevado de


pessoas, é inegável a importância regional da extração de areia, quando se considera a
geração de empregos diretos na construção civil.

A extração de areia do leito fluvial contribui para o desassoreamento da


calha do manancial, fazendo com que no período chuvoso não ocorram
transbordamentos danosos, que comprometam as atividades agrícolas. Outro fator de
relevância é o aumento de retenção de água na área ocupada pela barragem ou pela
calha do manancial.

Outro aspecto positivo é a conservação das estradas vicinais pelas quais


se faz o escoamento da produção do bem mineral, permitindo tráfego permanente, e
contribuindo de forma global para o bem estar de toda a população residente e usuários
do entorno do empreendimento.

Por fim, considerando que a empresa pagará os impostos pertinentes à


atividade, estará contribuindo para o desenvolvimento do município.

8. MEDIDAS MITIGADORAS

Um empreendimento minerário de qualquer natureza, planejado a partir


de sua concepção e análise de viabilidade econômica, deve contemplar o uso racional
dos recursos naturais, aliando ao retorno do investimento um significativo ganho
ambiental.

A Constituição de 1988 exige a recuperação do meio ambiente degradado


pela exploração de recursos minerais. Apesar desta exigência legal, a preocupação do
empreendedor deve ser tal que, ao implantar medidas que minimizem ou anulem os
impactos negativos sobre o meio ambiente, desde o princípio do projeto, esteja
consciente de que, antes de constituírem despesas, significam redução de custos, uma
vez que não estará infringindo dispositivos legais.

9. REABILITAÇÃO DA ÁREA APÓS DESATIVAÇÃO

Quando da paralisação definitiva do empreendimento, o empreendedor


deverá adotar as seguintes medidas mitigadoras do impacto gerado nas áreas utilizadas
como depósito da areia produzida, a fim de permitir o uso posterior da área:

. restabelecimento da topografia do terreno, com o nivelamento das leiras


pela retirada do material utilizado na sua construção;

. escarificação do solo para permitir a recomposição da flora, com plantio


de árvores de espécies nativas;

. remoção das dragas, dos tubos e dos demais equipamentos de apoio.

Você também pode gostar