Heresiologia _apost
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COORDENAÇÃO ACADÊMICA
DEPARTAMENTO DE TEOLOGIA
João Pessoa / PB
Janeiro / 2002
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"Amados, não deis crédito a qualquer
espírito: antes, provai os espíritos se procedem
de Deus, porque muitos falsos profetas
têm saído pelo mundo afora."
(I João 4:1)
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Heresiologia
I - História e Heresias
1.1Definição de Termos
1.2Perspectiva Bíblica
1.3Grupos heréticos que surgiram na história da Igreja.
II - Seitas e Heresias
2.1. Que é uma Seita?
2.2. Classificação das Seitas.
2.3. Características das Seitas.
2.4. Razão do êxito das Seitas.
IV - Ortodoxia e Heresia
4.1. Ortodoxia e Credo
4.2. Cosmovisão Cristã
4.3. As crenças do Cristianismo Ortodoxo
V - Demonologia e Heresia
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Teste de Sondagem
1º Dia de Aula
1 - Nome
3 - Pastor ou Dirigente
4 - De acordo com a sua freqüência nos cultos, tente dizer a mensagem central do seu pastor.
5 - Tente diferenciar
Seita
Heresia
Religião
Cristianismo
A palavra grega hairesis significa: (1) uma escolha, e.g., Lv 22.18, 21 (LXX),
onde “dádivas segundo a escolha deles” significa ofertas voluntárias; (2) uma opinião
escolhida, sendo que a única ocorrência no NT é 2 Pe 2.1, onde “opiniões destruidoras” são
causadas por ensinos falsos [daí “heresias” na ARA]; (3) uma seita ou partido (que sustenta
certas opiniões), aplicada no NT (a) a saduceus e fariseus (At 5.17; 15.5), (b) aos cristãos (At
24.14; 28.22; em 24.14, Paulo substitui “heresia” por “caminho”, possivelmente porque ele
mesmo já tivesse atribuído à palavra o mau sentido) e (c) a uma seita ou facção dentro do
corpo cristão (sendo sinônimo de “cisma”, “partido, “facção”, em 1 Co 11.19; Gl 5.20),
resultando não tanto do falso ensino quanto da falta de amor e da auto-afirmação, que levam a
divisões dentro da comunidade cristã. O significado atribuído a hairesis, em 2 Pedro, veio a
predominar no uso cristão. A heresia é uma negação deliberada da verdade revelada,
juntamente com a aceitação do erro. Considerava-se que os credos continham o padrão da
verdade e da crença correta, e eles mesmos contradiziam formalmente vários ensinos falsos,
e.g., arianismo, apolinarismo, nestorianismo e eutiquianismo. A união entre Igreja e o Estado
depois de Nicéia causou, com o passar do tempo, penalidades legais contra hereges. O uso de
Paulo e Lucas (nº 3 acima) sobrevive em, e.g., a história X. v. 21-22 de Eusébio, onde o
cristianismo é “nossa santíssima heresia, e na Epístola 185 de Agostinho, comentário valioso
sobre a idéia cristã primitiva de heresia.
A Igreja Católica Romana faz distinção entre heresia, cisma (a desunião por
falta de amor) e apostasia (o abandono do cristianismo). A heresia pode ser “formal” (a
adesão a uma falsa doutrina por um católico romano batizado) ou “material” (a falsa doutrina
sustentada na ignorância por um não-romano).
A era que presenciou o advento de Jesus Cristo foi uma época rica de religiões,
que iam desde o Animismo crasso e dos rituais sexuais adotados em grande parte do mundo,
até os panteões romanos, com seus deuses, e as misteriosas crenças dos gregos. Basta ler a
obra de Gibbon, Declínio e Queda do Império Romano para vermos claramente a
multiplicidade de deuses e deusas, bem como os sistemas filosóficos que figuram no
horizonte religiosos daquela era da história. O Judaísmo cessara com suas atividades
missionárias, já que os judeus se achavam debaixo do tacão de ferro do paganismo romano
que lhes era adverso. Seus escribas e rabinos haviam interpretado e reinterpretados tanto a lei
de Deus e acrescentado a ela tantas emendas que Jesus chega a dizer o seguinte, aos líderes
religiosos de seus dias: “Por que transgredis vós também o mandamento de Deus, por causa
da vossa tradição? ... E assim invalidastes a palavra de Deus, por causa da vossa tradição” (Mt
15.3, 6).
E foi no meio desse torvelinho de filosofias humanas deterioradas e de
revelação divina deturpada que apareceu o Filho de Deus e, com seus ensinamentos e
exemplo, revelou o homem divino, e com seu poder miraculoso, sua morte vicária e sua
ressurreição corpórea, abriu um atalho no emaranhado de dúvidas e temores dos homens
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quando levantado da terra para atrair todos a si. Acertadamente alguém já disse que o homem
tem liberdade para aceitar ou rejeitar a Jesus Cristo, e a Bíblia como Palavra de Deus; tem
liberdade para fazer oposição a ele e até para desafiá-lo. Mas não tem liberdade para alterar a
mensagem essencial das Escrituras: a boa-nova de que Deus ama os perdidos e ama tanto que
enviou ao mundo seu Filho unigênito para que todos pudéssemos viver por intermédio dele.
Juntamente com esse evangelho da graça de Deus, o Senhor anunciou e
profetizou que seus seguidores iriam enfrentar provações e tribulações, tanto dentro como fora
da igreja, e que uma das maiores dificuldades que teriam seria a presença de falsos cristos e
falsos profetas, que viriam em seu nome e enganariam a muitos (Mt 24.5), Jesus estava tão
preocupado com essa questão que certa vez disse:
“Acautelai-vos dos falsos profetas, que se vos apresentam disfarçados em
ovelhas, mas por dentro são lobos roubadores. Pelos seus frutos os conhecereis. Colhem-se,
porventura, uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos? Assim, toda árvore boa produz bons
frutos, porém a árvore má produz frutos maus. Não pode a árvore boa produzir frutos maus,
nem a árvore má produzir frutos bons. Toda árvore que não produz bom fruto é cortada e
lançada ao fogo. Assim, pois, pelos seus frutos os conhecereis. Nem todo o que me diz:
Senhor, Senhor! Entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está
nos céus. Muitos, naquele dia, hão de dizer-me: Senhor, Senhor! Porventura, não temos nós
profetizado em teu nome, e em teu nome não expelimos demônios, e em teu nome não
fizemos muitos milagres? Então, lhes direi explicitamente: nunca vos conheci. Apartai-vos de
mim, os que praticais a iniqüidade.” (Mt 7.15-23)
Cristo revelou que haveria falsos profetas. O Filho de Deus não tinha dúvida de
que isso ocorreria. E as heresias dos primeiros cinco séculos da era cristã comprovam a
veracidade de suas predições. Cristo disse ainda que os frutos dos falsos profetas seriam
visíveis e que a igreja iria identificá-los prontamente. Não nos esqueçamos de que os frutos de
uma árvore má, além de éticos e morais, poder ser também doutrinários. Talvez uma pessoa
possa ser até ética e moralmente correta, segundo os padrões humanos. Mas se der as costas a
Jesus Cristo, rejeitando-o como Senhor e Salvador, o fruto dela será ruim, e deverá ser
repudiado, pois não passa de um simulacro da verdade. O apóstolo João compreendeu bem
isso quando disse: “Eles saíram de nosso meio; entretanto, não eram dos nossos; porque, se
tivessem sido dos nossos, teriam permanecido conosco; todavia, eles se foram para que
ficasse manifesto que nenhum deles é dos nossos” (1 Jo 2.19).
Então a Bíblia de fato fala de falsos cristos, falsos profetas e falsos apóstolos,
bem como de “obreiros fraudulentos, transformando-se em apóstolos de Cristo. E não é de
admirar, porque o próprio Satanás se transforma em anjo de luz. Não é muito, pois, que os
seus próprios ministros se transformem em ministros de justiça; e o fim deles será conforme
as suas obras.” (2 Co 11.13-15).
Então a perspectiva bíblica com relação a esses falsos profetas e seus falsos
ensinos é a de que devemos ter compaixão e amor por aqueles que foram envolvidos nos
ensinos deles, mas também precisamos nos opor vigorosamente às doutrinas, com o supremo
objetivo de ganhar a alma do indivíduo, e não de discutir com ele. Não podemos esquecer que
os adeptos dessas seitas são almas pelas quais Jesus morreu, pois “ele é a propiciação pelos
nossos pecados, e não somente pelos nossos próprios, mas ainda pelos do mundo inteiro” (1
Jo 2.2).
A Associação dos Bancos dos Estados Unidos utiliza para treinamento de
pessoal um recurso, que exemplifica bem o nosso objetivo. Todos os anos eles levam a
Washington centenas de caixas para ensiná-los a identificar o dinheiro falso, que sempre
acarreta enormes prejuízos para o tesouro do país. O mais interessante é que, nos quinze dias
de duração do treinamento, nenhum dos “caixas” manuseia cédulas falsas; só lidam com notas
verdadeiras. É que a direção da associação está convencida de que, se o funcionário estiver
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bem familiarizado com o dinheiro verdadeiro, identificará o falso assim que este lhe cair nas
mãos, por mais perfeita que seja a falsificação.
A verdade é que, quando os cristãos se familiarizarem com as doutrinas
fundamentais da fé, saberão identificar facilmente os falsos ensinos que divergem dos do
cristianismo bíblico.
As seitas têm lucrado muito com o fato de a igreja cristã não compreender bem
os ensinos e não criar uma metodologia prática para evangelizar seus adeptos, refutando seus
argumentos.
É verdade que a estrutura doutrinária delas contém inúmeras verdades, todas
elas, diga-se de passagem, retiradas de fontes bíblicas. Mas acham-se tão mescladas de erros
humanos que acabam mais mortíferas que uma mentira frontal. Além disso. Algumas seitas
têm dado ênfase a aspectos que a igreja cristã tem ignorado, como cura divina (Ciência
Cristã), profecias (testemunhas de Jeová e Mormonismo) e outros.
(a) Os Nazarenos. Estes eram judeus cristãos que haviam aceitado as doutrinas
da religião cristã. Usavam somente o Evangelho de Mateus em hebraico, mas, ao mesmo
tempo, reputava Paulo um autêntico apóstolo. Em distinção a outras seitas judaicas eles criam
na divindade e no nascimento virginal de Jesus. E apesar de se obrigarem na prática a uma
estrita observância da lei, não exigiam isso da parte dos cristãos gentios. Conforme diz
Seeberg, “Na realidade, foram cristãos da raça judia, ao passo que os outros dois grupos
foram apenas judeus cristãos”.
(b) Os Ebionitas. Esta seita era formada, realmente, por continuadores dos
oponentes judaizantes do apóstolo Paulo, e era farisaica em sua natureza. Seus adeptos se
recusavam a reconhecer o apostolado de Paulo, a quem reputavam apóstata da lei, além de
exigirem de todos os cristãos que se submetessem ao rito da circuncisão. Sua idéia de Cristo
era similar à de Cerinto, o que provavelmente se devia ao desejo que tinham de manter o
monoteísmo do Velho Testamento. Negavam tanto a divindade de Cristo como o Seu
nascimento virginal. Na opinião deles, Jesus Se distinguia de outros somente por uma estreita
observância da lei, tendo sido escolhido como Messias por causa de Sua piedade legal. Ter-
se-ia tornado cônscio de tal coisa por ocasião de Seu batismo, quando recebeu o Espírito, o
que O capacitou a realizar Sua tarefa, isto é, a obra de um profeta e mestre. Relutavam em
pensar nEle como alguém sujeito ao sofrimento e à morte.
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O gnosticismo também era um movimento sincretista, dentro da esfera do
cristianismo. Segundo Seeberg afirma, o gnosticismo era pagão, e não cristão gentílico. Ele
propunha dar solução aos problemas que se originaram no pensamento religioso do mundo
pagão, e meramente dava às suas discussões um colorido um tanto cristão. Walther assevera
que o gnosticismo é o “... furto de alguns trapos cristãos para cobrir a nudez do paganismo”.
a.3. Ensinos principais do gnosticismo. Um traço dualista percorre o sistema
todo e se manifesta na posição que diz haver dois princípios originais ou deuses, que se
oporiam um ao outro como superior e inferior, ou mesmo como bom e mau. O deus supremo
ou bom é um abismo insondável. O mundo não foi criado pelo deus bom, ma provavelmente
foi o resultado de uma queda no “pleroma”, sendo obra de uma divindade subordinada, talvez
hostil. Esse deus subordinado se chama Demiurgo, sendo identificado com o Deus do Velho
Testamento, descrito como um ser inferior, limitado, cheio de paixões e vingativo. É
contrastado com o Deus supremo, fonte de bondade, da virtude e da verdade, o qual Se
revelou em Cristo.
O mundo da matéria, por ser produto de um deus inferior, talvez mau, é
essencialmente mau. Encontra-se no mesmo, porém, remanescentes do mundo-espírito, a
saber, a alma humana, uma fagulha de luz vinda do mundo superior de pureza que, de modo
inexplicável, viu-se enredado na matéria má. No gnosticismo cristão, Cristo é o emissário
especial do reino da luz enviado a este mundo de trevas a fim de conceder libertação. Ele é
representado como um ser celestial que apareceu em corpo fantasmagórico, ou como um ser
terrestre, com um poder ou espírito superior que se associou temporariamente.
A participação na redenção, ou vitória sobre o mundo, só foi obtida através dos
ritos secretos da associação gnóstica. A iniciação nos mistérios de casamento com Cristo, de
um peculiar batismo, de nomes mágicos e de uma unção especial, mediante a qual foi obtido o
conhecimento secreto do Ser, tornou-se a vereda da redenção.
A ética ou filosofia moral que acompanhava essas idéias acerca da redenção,
era dominada por uma falsa estimativa da sensualidade, resultando ou em rígida abstinência
ascética ou em vil carnalidade, gerada da certeza que nada realmente poderia atrapalhar os
favorecidos pelo céu. A doutrina da ressurreição dos mortos não era reconhecida. Quando a
alma finalmente fosse libertada da matéria, retornaria ao “pleroma”, e isso seria o fim.
a.4 Significação histórica do gnosticismo. Muitos foram arrastados, por algum
tempo, pelas suas ousadas especulações ou pelos seus ritos místicos, mas a grande maioria
dos crentes não foi enganada pelas suas fantásticas simulações ou por suas atrativas
promessas de felicidade secreta. O gnosticismo foi vencido pelas refutações diretas dos Pais
da Igreja, pela preparação e circulação de breves declarações dos fatos fundamentais da
religião cristã (regras de fé), e pela mais racional interpretação do Novo Testamento, com a
limitação do seu cânon, com exclusão de todos os falsos evangelhos, atos e epístolas que
então circulavam.
A Igreja também derivou proveito real do aparecimento do movimento
gnóstico, porém só de modo indireto. Aprendeu a determinar claramente os limites da
revelação divina e as relações entre Velho e Novo Testamento. Outrossim, tornou-se
agudamente consciente da necessidade de traçar breves declarações da verdade, baseadas em
fórmulas batismais correntes, que poderiam servir como padrões de interpretação (regras de
fé).
TIPOS DE GNOSTICISMO
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Trata-se de duas estruturas mitológicas que procuram explicar o problema do mal em
termos do seu relacionamento com o processo da criação.
DOUTRINAS PRINCIPAIS
- Deus é impar e não gerado (agennetos). Fora de Deus, tudo o mais foi criado ex
nihilo (do nada), através da vontade de Deus.
- O Logos (Cristo) é um intermediário entre Deus e os homens. Ele começou antes
do tempo, mas não seria eterno, o que significa que houve tempo em que o Logos
não existia, embora Deus já existisse.
- O Logos foi criado por Deus (genets). Nasceu (gennetos), o que, aponta para a
filiação por adoção.
- O Logos encarnado (Jesus Cristo) é assim inferior a Deus, embora seja objeto
próprio da adoração, por causa de sua elevada posição, estando acima de todas as
demais criaturas. Nessa exaltação, Ele é tanto Senhor quanto Redentor.
Posteriormente o Arianismo sofreu diversas subdivisões. (E.B.T.F. Vol. 1.p.271 /
E.H.T. Vol.1 p.105)
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II - SEITAS E HERESIAS
2.1 - O QUE É UMA SEITA?
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Congregacional e a seguir, à Igreja Adventista. Em 1874, fundou formalmente o movimento.
Em 1879, começou a publicação do periódico “Torre de Vigia de Sião”, hoje chamada “A
Sentinela”.
O sucessor de Russell, Joseph Rutherford, efetuou 148 alterações doutrinárias no
sistema de crenças da seita.
No Brasil – Eles começaram em 1920. Sua sede nacional nasceu e continua em São
Paulo.
DOUTRINAS:
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- batismo pelos mortos, batismo por procuração e casamento para a eternidade
em que o casal se compromete a não contrair novas núpcias em caso de viuvez, para se
encontrarem no céu.
O Mormonismo considera o Livro de Mormon acima da Bíblia. O Artigo 8 da regra de
fé declara: “Cremos se a Bíblia Palavra de Deus, o quanto seja correta sua tradução,
cremos também ser o Livro de Mórmon a palavra de Deus”! Exige restrições para se crer na
Bíblia, entretanto para o livro de Mórmon nenhuma restrição é apresentada.
- Não reconhecem o conceito bíblico de Deus, e daí negam a Trindade.
- Jesus Cristo é polígamo, cuja única diferença entre Ele e nós é que Ele é
primogênito, negam sua concepção virginal.
- Não há salvação sem a Igreja Mórmon.
Só no ano passado 318 mil pessoas se converteram ao mormonismo em 162 países ao redor
do mundo, graças ao trabalho de 56.530 missionários, quase todos jovens e do sexo
masculino. Essa Igreja tem experimentado um crescimento muito maior que varias
denominações evangélicas. Eles eram 1 milhão de fiéis em 1957. Hoje são mais de 10
milhões. Poderão ser 23 milhões no ano 2030 e 52 milhões daqui a 40 anos. De cada dez
mórmons, sete vivem no continente americano. O maior crescimento ocorre nos Estados
Unidos, onde 95% dos mórmons são brancos. Depois é na América Latina, com 3,4 milhões
de membros. Só no Brasil são 590 mil.
( Revista Ultimato, Nº 255, p.16 ).
MENINOS DE DEUS (Também conhecida como A FAMÍLIA). – Seu fundador foi David
Brandt Berg, nasceu em Oakland, estado da Califórnia, nos Estados Unidos da América, a 18
de Fevereiro de 1919.
Pastoreou uma Igreja Cristã no Estado do Arizona, em 1949. Porém, com um ano
depois, em 1950, deixou o pastorado, após uma desavença com a liderança da Igreja. O
incidente deixou-o profundamente amargurado e ele passou a desprezar permanentemente a
religião organizada.
Sua Crença de que Deus tinha um destino e uma a missão especial para ele surgiu
pouco depois disso.
Em 1968 consegue seus primeiros seguidores; criaram então uma revolução nas
Igrejas do Arizona..
Em 1970, de setenta e cinco pessoas, em um ano e meio, o grupo cresceu para
duzentas e cinqüentas pessoas.
Os Meninos de Deus, que agora intitulam-se Família do Amor, contam com sete mil
membros em aproximadamente oitenta países.
A autoridade na Seita é David Berg, homem considerado e que se considera um dos
profetas de sua geração.
O sistema de doutrina se processa por meio de cartas. Por isso, é difícil sistematizar
suas crenças acerca de Deus.
Jesus foi uma criação de Deus; Não acreditam na Trindade.
Sua Moral é pervertida, pois é comum a troca de casais na Seita.
A tônica no slogan da Seita, no entanto é o destaque que se deve desistir de tudo,
incluindo a família, para seguir a Jesus.
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TABERNÁCULO DA FÉ – Fundada por William Marrion Branham (1906 - 1965). Ele era
chamado pelos seus adeptos de o profeta do Século e mensageiro do Apocalipse. Juntamente
com os demais fundadores de seitas, Branham arroga para si a mesma autoridade dos profetas
e apóstolos das Sagradas Escrituras, e nega a doutrina bíblica da TRINDADE. São modalistas
e batizam em água mencionando apenas o nome de Jesus. (Antonio Gilberto)
IGREJA LOCAL DE WITNESS LEE – "Seu principal líder é Witness Lee. Conhecida por
seu ônibus 'Expolivro' e por seu jornal Árvore da Vida. Faz proselitismo camuflado, sectário,
e, desleal em nossas igrejas. São modalistas. Ensinam que a Divindade consiste em uma só
pessoa. Como Sabélio. Usam até o nome Trindade, mas são avessos a esse ensino bíblico”.
(Antônio Gilberto, p36).
ARIE MAHIKARI
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PRINCIPAIS DOUTRINAS
Deus – É tarefa difícil definir a concepção de deus na SNI, pois trata-se de
ensinos contraditórios. Ora Deus assume identidade pessoal, particular; ora ele é tudo e tudo é
Deus, panteísmo.
Jesus – A SNI nega a deidade absoluta de Jesus e sua ressurreição corporal
dentre os mortos. O Jesus físico que sofreu parece não ter existido, uma vez que não existe o
sofrimento.
Salvação – Segundo a SNI, a salvação consiste em o ser humano se
conscientizar que é “filho de Deus”, originalmente sem imperfeição. O pecado, a doença,
enfim, todos os males pelos quais passamos são ilusão, produzidos pela falta de
autoconfiança. Quando o individuo toma conhecimento dessa “Realidade Prima” (da Mente
de Deus), a idéia de pecado desaparece. Sendo assim, a fé em Cristo não confere salvação,
nem libertação do pecado, uma vez que o pecado não existe.
Via após a morte – Assim como as doenças e o pecado, a morte não existe. É
uma ilusão. Faz parte do “mundo fenomenal” (material), que é ilusório. O mundo espiritual é
semelhante ao mundo material.
OBS: A SNI considera-se “ultra-religiosa”, misturando todas as religiões e
extraindo apenas o que há de bom em todas elas.
HARE KRISHNA – A Origem dos Hare Krishna data do século XV d.C. quando
Chaitanya Mahaprabhu desenvolveu as Doutrinas do Krishnaísmo, a partir da seita
hindu do vishnuismo. Esse sistema crê que cada indivíduo deve atravessar uma série
de vidas sucessivas (reencarnações), para livrar-se das dívidas acumuladas de suas
ações (Karma).
Em 1965, o Krishnaísmo chegou à América do Norte através de Abbay Charran De
Bhaktivedanta Swami Phabhupada, um idoso expositor indiano da adoração a Krishna.
DOUTRINAS PRINCIPAIS:
Deus – é Krishna (Personalidade Suprema de Norayana). Abraçam o hinduismo
tradicional (panteísmo essencial). Para eles, todos eles são um só (Brahma, Siva, Fogo,
lua, estrelas, céu, sol e Krishna).
Jesus Cristo – é reduzido a um mero filho de Krishnna.
A Salvação – precisa ser merecida mediante uma série de obras.
Em resumo: Nenhuma harmonia pode haver entre a seita Hare Krishna e o Cristianismo
bíblico.
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conhecidos como “messiânicos”, que o cultuam como “salvador”, o “messias”, o “mestre”, a
quem oferecem orações diárias.
No Brasil, a IMM chegou em 1955, na cidade de São Paulo, onde está
localizada sua sede nacional, mas foi fundada oficialmente em 1965. a sede mundial fica no
Japão, em Atami. O número de adeptos do Brasil está em torno de 90.000 (segundo
estimativas do próprio grupo).
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PRINCIPAIS DOUTRINAS
Bíblia – o kardecismo não crê na sua inspiração divina, nem na sua infabilidade. A
Bíblia só é citada quando convém aos interesses do kardecismo.
Deus – “Há um Deus, inteligência suprema, causa primária de todas as coisas. Ele é
eterno, imutável, imaterial, único, onipotente, justo e bom”.
Jesus – Sua humanidade é defendida por Kardec, entretanto, sua divindade é negada.
Jesus era tão somente um espírito puro que foi enviado pelo Pai a fim de
cumprir uma missão.
Espírito Santo – Kardec interpretou, Jo 14.16 e 17a, estas palavras de Jesus como se
cumprindo no Espiritismo. Assim, o Espírito Santo predito por Jesus seria a
doutrina dos espíritos puros, superiores e bons,codificada por ele.
Salvação – Segundo Kardec, o destino dos homens na terra como no céu depende de
seguinte princípio: “Fora da caridade não há salvação”. Assim, a fé em Jesus
não confere salvação. Os pecados não podem ser perdoados pelos méritos de
Cristo. Ele foi apenas um exemplo de vida abnegada a favor do próximo.
Cada um deve expiar seus próprios pecados através da reencarnação.
Vida após a morte – não há nem céu nem inferno, tais como são concebidos pelo
cristianismo. Tanto o céu quanto o inferno são estados de consciência dos
espíritos desencarnados. O céu consiste em progredir moral e
intelectualmente, visando aperfeiçoamento, até atingir o grau máximo na
evolução; já o inferno consiste dos sofrimentos pelos quais passa o espírito
que, quando desencarna, carrega faltas de ordem moral, revelando uma
natureza impura e imperfeita.
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Vida após a morte – Como já foi dito, o RC apregoa a doutrina da reencarnação. A
Terra é vista como um mundo de Escolaridade. Os espíritos estão distribuídos em 33 classes,
de acordo com o grau de evolução de cada um.
Obsessão – Mas, a principal preocupação do RC são os espíritos “obsessores”.
Praticamente o RC gira em torno deles. Seriam seres que, quando encarnados, levaram vida
irregular, repleta de falhas de toda a espécie. Após desencarnarem, iriam para o Astral
Inferior, e de lá iriam infernizar a vida dos encarnados.
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quiumbas (espíritos obsessores). Tornou-se sinônimo de feitiçaria. Originalmente, porem, era
o nome pelo qual designava-se um líder espiritual de tradição banto, especialmente em
Angola e no Congo.
CIÊNCIA CRISTÃ - Sua fundadora foi Mary Ann Morse Bake Glover Patterson
Eddy. Ela nasceu em Bow, estado de New Hampshire, em 1821. Seus pais foram membros da
Igreja Congregacional, a qual defendia uma restrita doutrina da predestinação, que deixava a
jovem Mary revoltada. (McDowell, p.155).
À Semelhança de muitas outras seitas, a Ciência Cristã reivindica ter recebido
revelações que vão "além da Bíblia” - isto é, novas verdades divinas que antes eram mantidas
ocultas.
Embora a Ciência cristã afirme ser uma reafirmação do cristianismo primitivo e puro,
ela nega tudo quanto a Palavra de Deus considera sagrado.
A pessoa de Jesus é rebaixada a verdade ideal que vem para curar a enfermidade e o
pecado, através da Ciência Cristã, atribuindo todo o poder a Deus. Jesus "é o nome do homem
que, mais do que qualquer outro homem apresentou o Cristo, a verdadeira idéia de Deus...
Jesus é o homem humano, e Cristo é a idéia divina, o que explica a dualidade de Jesus, o
Cristo" (Science and Health 473.9-16).
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Não há salvação na Ciência Cristã e o mal não existe.
A Ciência Cristã, porquanto nem é cientifica nem é cristã, visto que toda doutrina
básica do cristianismo histórico é rejeitada.
NOVA ERA - "A Nova Era ensina práticas espirituais há muito vivenciadas pelos
egípcios, babilônicos, druidas, hindus, polinésios e o outros. A Crença na
reencarnação, o contato com espíritos, a cura psíquica, o uso de fetiches, a entonação
de mantras, a adivinhação e magia figuram nos registros escritos mais antigos da
humanidade (Noda, Nova Era, p 3 )
PRINCIPAIS DOUTRINAS
- Toda realidade é uma – A idéia de que “tudo é um“ é básica para a Nova Era, ela
permeia o movimento em todas as suas várias manifestações.
- Tudo é Deus. Panteísmo.
- O homem é Deus.
- O problema do homem é a ignorância.
- A solução é uma nova consciência.
- Reencarnação e Karma.
- A Era de Aquários.
Promovem a idéia de que Deus lhes revelou alguma coisa de especial. Usualmente, são
“verdades” que nunca haviam sido reveladas, mas que ultrapassaram e contradizem todas
revelações anteriores. Justificam sua existência ao afirmarem que têm algo mais do que
apenas a Bíblia e sua “mensagem inadequada.” É quase como se sentissem que a firme
asserção de sua própria exclusividade serve de prova suficiente de terem sido ungidos por
Deus.
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A Bíblia, ato contínuo, é reinterpretada, usualmente, com textos fora de seu contexto,
para justificar as doutrinas peculiares da seita. Sem um padrão objetivo e razoável para
compreenderem o que a Bíblia ensina, os membros das seitas ficam ‘a mercê dos caprichos
Teológicos de seus respectivos presidentes. As reinterpretações são de modo diferente daquilo
que tem sido feito pelo cristianismo ortodoxo.
Algumas seitas contam com escritos sagrados ou outra fonte de autoridade que torna a
Bíblia uma fonte secundária.
“ Essa informação abre porta para os livros sagrados adicionais deles, isto é,
como fontes autoritativas superiores à Bíblia. Na Ciência Cristã, a Bíblia é caracterizada
como equivocada, corrompida e inferior aos escritos de Mary Baker Eddy, fundadora da
Seita.
A Igrejas da Unificação crê que a Bíblia está incompleta, ao passo que o livro do
Reverendo. Moon, Princípio Divino, é que é a verdadeira fonte de autoridade para eles” .
(McDowell e Stewart, p.15 ).
Outra característica das seitas é o seu ataque frontal contra o cristianismo ortodoxo.
Elas sempre argumentam que a Igreja afastou-se da verdadeira fé.
Um sinal seguro de algumas seitas é que elas dizem publicamente uma coisa, mas
internamente crêem em outra coisa, inteiramente diferente. Muitas organizações intitulam-se
Cristãs, quando, de fato, negam os pontos fundamentais da fé cristã.
O Exemplo mais patente é o mormonismo.
Não dão o devido valor à Santa Trindade, ou chegam mesmo a negá-la inteiramente.
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As seitas usualmente são conhecidas por seus líderes que centralizaram em suas mãos
toda a autoridade, considerando-se mensageiro de Deus com acesso ímpar ao trono do Todo-
Poderoso.
Conclusão:
A Marca mais reveladora de uma seita é aquilo que ela pensa da pessoa, do Senhor
Jesus. Todas a seitas, em última análise, negam o fato de que Jesus Cristo é Deus Filho, a
Segunda Pessoa da Santíssima Trindade, a única esperança da humanidade.
Todos nós precisamos ser amados, sentir-nos necessários, sentir que nossas vidas têm
um rumo e um significado. Nesses momentos difíceis, muitas seitas oferecem um senso
insuspeito de aceitação e de orientação.
Amor
Sentimento de Utilidade
Idealismo
Aceitação e Orientação.
As seitas prosperam porque muitas vezes os cristãos têm falhado na sua influencia
vital no mundo.
Se a Igreja falhar em prover um calor espiritual sério e cuidadoso e um ensino vivo da
Palavra de Deus, aqueles com necessidades espirituais encontrarão outros caminhos de as
preencher.
Muitas seitas aproveitam-se da ignorância, e tentam impressionar as pessoas sem
informação com uma falsa erudição.
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III – RELIGIÃO E HERESIA
3.2.1 – Religião
Religião e Cristianismo
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3.3 - Os Blocos Religiosos do Mundo
1. – Budismo
2. – Confucionismo,
3. – Hinduísmo,
4. – Taoísmo,
5. – Jainismo,
6. – Xintoísmo,
7. – Zoroastrismo,
8. – Sikhismo,
9. – Islamismo, e
10. – Judaísmo.
3.3.1 – Budismo
Teve início na Índia, cerca de 500 a.C. O povo da época ficara desiludido ante certas
crenças do hinduismo, inclusive o sistema de cartas, que se tornaram extremamente
complexo. Nasceu, portanto o Budismo, dentro do hinduísmo, sob a liderança de Siddhatha
Gautana, ensina de uma forma diferente, do hinduismo, a reencarnação, o karma e o nirvana
(que é a iluminação final, a compreensão espiritual de que tudo é vazio). O Zen-Budismo é a
corrente mais influente dessa religião/Filosofia. É "uma ramificação do Budismo onde a
lógica, o racional e a razão são considerados tabus. Estimula o pensamento intuitivo e a busca
egocêntrica de uma autoridade subjetiva" (Costa, p.190).
Atualmente está deixando de ser uma religião local e tornando-se uma religião
mundial, prevendo-se um crescimento igual ao do Islã e do Hinduismo. Tem grande
resistência ao cristianismo e seus ensinos, e os cristãos não têem-se empenhado muito na
evangelização dos budistas. O Japão é um dos países mais representativos desta religião.
“Siddharta Gautana buscou a resposta aos problemas na vida de doença, envelhecimento e
morte. Sua filosofia é a seguinte: achou como sendo de que existe uma tristeza essencial que
permeia o universo, sofrimento é encontrado em todos os aspectos da existência (a primeira
verdade nobre – “dukkha”). Sofrimento é conseqüência do caráter fundamental da existência
– todas as coisas são transientes. Tudo muda e a vida de todo ser termina em morte. É esta
caraterística de mudança que é a natureza inerente de tristeza. Embora possa-se sentir
Felicidade por um momento, as condições logo mudam e a Felicidade não estará mais.”
(Margareth Adiwardna, Fenomenologia, p.28).
3.3.2 – Confucionismo
Principais Doutrinas
Adoração aos Ancestrais – Trata-se da veneração dos espíritos dos mortos por
seus parentes vivos. Crê-se que os ancestrais podem controlar as fortunas de seus
descendentes. Se a família provê para as necessidades dos ancestrais, estes, por
sua vez, fazem coisas boas sucederem a seus parentes vivos. Mas se os ancestrais
forem negligenciados, então toda sorte de males sobrevirão aos vivos. Daí,
algumas vezes os vivos temem os mortos (McDowell e Stewart. P.69).
Piedade Filial – Devoção e obediência dos membros mais jovens da família aos
mais idosos.
Princípios Doutrinários
O Jen – regra-áurea, a regra da reciprocidade, ou seja, não fazer aos outros o que
não queremos que os outros façam a nós.
O Chun – Tzu – (gentil – homem) – verdadeira varonilidade, ideal do adepto
confucíonista.
O Cheng – ming – Consiste na retificação de nomes. Para que haja uma sociedade
ordeira, cada um deve desempenhar o papel que lhe cabe. Em conseqüência, um
rei deve agir como um rei, um cavaleiro como um cavaleiro, etc.
O Te – (poder) – Poder pelo qual os governantes virtuosos inspiram seus
governados à obediência, através do bom exemplo.
O Li - Está intimamente ligado com Confúcio. Reveste-se de certa variedade de
significados, dependendo do contexto. Pode significar propriedade, reverência,
cortesia, ritual ou o padrão ideal de conduta.
O Wen – Refere-se às artes pacíficas, às quais Confúcio tanto dava valor. Estão
incluídas a música, a poesia e a arte.
O Confucionismo é encarado por alguns como um sistema ético que ensina como um
homem deve relacionar-se com os seus semelhantes. Abordando principalmente a conduta
moral, mas por trás de sua ética encontra-se uma preparação para a vida ulterior.
Por mais de dois mil anos, seus ensinos têm afetado profundamente um quarto da
população do globo; tornando-se a religião oficial da China.
3.3.3 – Hinduismo
Não somente é um dos mais antigos sistemas religiosos, como é também dos mais
complexos. Escreveu John Noss: “Não é uma religião só, antes, uma Família de Religiões... O
hinduismo é fluido e mutante...” (Noss. p.88).
“ A Filosofia hindu começou 6.000 anos atrás com o surgimento de um sistema de
crença baseada na aceitação de força indescritível, impessoal, sem qualquer atributos – o “
Brahmar”, que originou numa cosmovisão monística de repercussões sem fim, resultando em
Filosofia bem diferentes das do Ocidente. As idéias foram escritas nos Vedas (1.000 a-C. –
500 A .D), Veda significa conhecimento. A parte mais importante, Upanishads, trata de
questões fundamentais como o significado da vida e da natureza do universo. Os seres vivem
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num processo contínuo de reencarnações até se livrarem através de iluminação, subindo à
existência superior fora do tempo e espaço. O Hinduismo não tem fundador nem profeta, sem
estrutura eclesiástica nem institucional, nem um conjunto de crença. Há uma distinção entre
o nível de crença popular com os rituais e filosofias.” (Adiwardana, p.22).
3.3.4 – Taoísmo
YANG YIN
Macho Fêmea
Positivo Negativo
Bom Mal
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Luz Trevas
Vida Morte
Verão Inverno
Atividade Passividade.
De conformidade com o taoísmo “mesclar-se com o ciclo (do universo), sem fazer esforço, é
unir-se ao Tao, e, portanto, encontrar realização”. – Essa é a expressão do Yin e Yang.
3.3.5 – Jainismo
O Jainismo é uma religião legalista, pois o indivíduo só obteria sua própria salvação por meio
de uma rígida autonegação. Nessa religião não há liberdade, apenas deveres.
3.3.6 – Xintoísmo
Os japoneses são um povo que ama sua terra e que acredita que as ilhas do arquipélago
japonês foram a primeira criação divina. As duas doutrinas fundamentais são: O Japão é o
país dos deuses, e seus habitantes são os descendentes dos deuses. Esse idealismo nacional, o
amor pelo país, é a principal razão do fato de que o xintoísmo tem-se limitado ao Japão.
O ensino da superioridade do povo japonês e de sua terra, acima de todos os demais
povos da terra, é diretamente oposto aos ensinos bíblicos.
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3.3.7 – Zoroastrismo
É uma religião sem igual; salienta a eterna batalha entre o bem e o mal, e tem exercido
um impacto maior do que o pequeno número de seus seguidores (cerca de cem mil) poderia
sugerir. Foi fundada por um homem que viveu perto de seiscentos anos antes do nascimento
de Cristo, Zoroastro. Sua terra de origem: área religiosamente fértil da Babilônia (modernos
Irã e Iraque). Foi com a idade de trinta anos que ele recebeu iluminação. Segundo diz o relato,
Zoroastro recebeu uma visão às margens do rio Daitya, quando lhe apareceu uma figura
enorme (Vohu Manah [ bom pensamento ]). A figura levou Zoroastro à presença do sábio
Senhor, Ahura-Mazdda, o qual instrui-o quanto a verdadeira religião.
O livro sagrado do zoroastrismo é conhecido como o “Avesta”, que foi originalmente
escrito em uma antiga língua iraniana, avestan. O Avesta contém hinos, orações e instruções
rituais (eqüivale a uma décima parte do volume da Bíblia).
De acordo com Zoroastro, há uma só verdadeira deidade que deve ser adorada. Seu
nome é Ahura-Mazda (Senhor sábio).
Qualidades que Zoroastro atribui a Ahura-Mazda:
Criador,
Aquele que tudo vê,
Onisciente
Poderosíssimo
Amigável
Pai da Justiça ou Direito
Pai da Boa mente
Beneficente
Generoso
O Espírito mais generoso.
Embora Ahura-Mazda seja tido como a deidade suprema, ele sofreria a oposição de
uma força poderosa, conhecida como Angra Mainyu, o “espírito mau”. Desde o
começo da existência, esses dois espíritos antagônicos têem-se combatido
mutuamente; são co-iguais desde o começo do tempo, e continuarão a combater-se um
ao outro até o fim do mundo.
O Zoroastrismo foi uma das mais antigas religiões a ensinar o triunfo final do bem
sobre o mal. No fim, haverá punição para os maus e recompensa para os bons.
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Uma das idéias de alguns eruditos religiosos é que o zoroastrismo tem tido um
profundo efeito na formulação da doutrinas de três grandes religiões: o judaísmo, o islamismo
e o cristianismo.
Porém, eruditos ortodoxos discordam dessa posição, quando se refere ao
cristianismo.
O Deus concebido pelo Zoroastrismo pode ser similar ao Deus revelado na Bíblia, mas
há diferenças capitais. Ahura-Mazda não é o Deus Todo-Poderoso, porquanto é apenas igual
em poder a Angra Mainyu. Os dois são co-iguais e eternos. Mas em consonância com a
Bíblia, Deus é o único Ser Todo-Poderoso, ao passo que seu arquinimigo, Satanás, é tão-
somente um ser criado.
A prática do zoroastrismo envolve muito de ocultismo e de superstição. A adoração do
zoroastrismo é de natureza legalista e impessoal, refletindo a sua idéia de um deus impessoal,
Ahura-Mazda.
O Zoroastrismo pode assemelhar-se superficialmente ao cristianismo bíblico, mas
quando os confrontamos de perto, fica claro que há grandes diferenças que os põem em
campos opostos.
3.3.8 – Sikhismo
3.3.9 – Islamismo
A Fé islâmica é uma das grandes forças impulsionadoras nas vidas de muitas das
nações do Oriente Próximo e Médio, da Ásia Ocidental e do norte da África. O impacto dessa
fé sobre o mundo vem aumentando constantemente. Atualmente, o islamismo é a religião de
mais rápido crescimento no mundo.
Os primórdios da historia do islamismo giram em torno da figura humana central da
religião: Maomé. Nasceu por volta de 570 d.C. na cidade de Meca, na Arábia. Morreu em 632
d.C. porém foi 622 que deu-se o início do islmaismo quando aconteceu a Hégira (fuga de
Maomé).
As Cinco Colunas de Fé
O Deus concebido pelo islamismo é por demais caprichoso, por demais afastado do ser
humano, não podendo envolver-se nem interessar-se pessoalmente pelos homens. Esse Deus
do islamismo não somente é impessoal, mas também enfatiza o julgamento com a exclusão do
amor, e motiva os homens através do temor, e não através da graça.
O Islamismo é uma religião missionária agressiva. Está hoje espalhada por vários
países do mundo, além dos tradicionais países muçulmanos.
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Argentina - 350 mil muçulmanos
Suriname - 80 mil
Guiana - 65 mil
Europa - 25 milhões
Nos Estados Unidos – com crescimento atual, no ano 2015 serão o segundo
grupo religioso.
Declaração de Fé
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Uma das grandes figuras da história judaica foi Moses Maimonides, um judeu
espanhol que viveu no século XII d.C. Pensador sistemático, Maimonides procurou condensar
as crenças básicas do judaísmo, seu credo continua sendo seguido pelas formas tradicionais
do judaísmo. Esse credo é expresso através destas treze crenças fundamentais:
1. Creio, com perfeita fé, que o Criador – bendito seja o Seu nome – é o Criador e Guia de
tudo quanto foi criado; e que somente Ele fez, continua fazendo e fará todas as coisas.
2. Creio, com perfeita fé, que o Criador – bendito seja o Seu nome – é Um, e que não há
unidade fora Dele, e que somente Ele é o nosso Deus, que era, e será.
3. Creio, com perfeita fé, que o Criador – bendito seja o Seu nome – não tem corpo, e que Ela
está livre de todas as propriedades da matéria, não tendo qualquer forma.
4. Creio, com perfeita fé, que o Criador – bendito seja o Seu nome – é o primeiro e o último.
5. Creio, com perfeita fé, que o Criador – bendito seja o Seu nome – é o único a quem se deve
orar, não sendo correto orar a qualquer ser além dEle.
6. Creio, com perfeita fé, que todas as palavras dos profetas são verazes.
7. Creio, com perfeita fé, que a profecia de Moisés, nosso mestre – paz a ele – é veraz, e que
ele foi o principal dos profetas, tanto dos que o antecederam quanto dos que o seguiram.
8. Creio, com perfeita fé, que essa Torah inteira, agora em nossa possessão, é a mesma que foi
dada a Moisés, nosso mestre – paz a ele.
9. Creio, com perfeita fé, que essa Torah não será modificada, e que nunca haverá qualquer
outra Lei da parte do Criador – bendito seja o Seu nome.
10. Creio, com perfeita fé, que o Criador – bendito seja o Seu nome – conhece cada ato dos
filhos dos homens, bem como todos os seus pensamentos, segundo foi dito: Foi Ele quem
moldou os corações de todos eles, e que atenta a todas as suas obras.
11. Creio, com perfeita fé, que o criador – bendito seja o seu nome – recompensa àqueles que
guardam os seus mandamentos e pune àqueles que os transgridem.
12. Creio com perfeita fé, na vinda do Messias e embora Ele se demore, esperarei diariamente
pela sua vinda.
13. Creio com perfeita fé, que haverá o reavivamento dos mortos, no tempo em que isso
agrade ao Criador – bendito seja o seu nome, e exaltada seja a sua fama para todo o
sempre.
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IV – ORTODOXIA E HERESIA
4.1.1 – Ortodoxia – Vem do grego “orthós”(reto) é dóxa (opinião). Daí essa palavra veio a
indicar “crença correta”. Começou a ser usado, este termo, na antiga Igreja Cristã devido a
duas influências maiores: a oposição ao judaísmo e o conflito contra as heresias, mormente o
gnosticismo. Os cristãos valiam-se de textos de prova do Antigo Testamento no esforço para
mostrar que o cristianismo estava levando avante os melhores elementos do judaísmo, a
verdadeira essência dessa fé, em combinação com as novas revelações trazidas por Jesus e
pelos demais apóstolos. Isso tudo originou o credo.
Credo dos Apóstolos - Esse credo é usado no culto da Igreja Catódica e também por muitos
grupos protestantes, como uma afirmação tradicional de crenças fundamentais:
Credo:
“Creio em Deus, o Pai Todo-Poderoso, criador do céu e da terra. E em Jesus Cristo,
Seu Filho unigênito e nosso Senhor, o qual foi concebido pelo Espírito Santo, nasceu da
virgem Maria, sofreu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado. Desceu ao
inferno. Ao terceiro dia ressuscitou dentre os mortos. Subiu ao céu e assenta-se à direita de
Deus Pai, Todo-Poderoso. Dali virá para julgar a vivos e mortos. Creio no Espírito Santo, na
Santa Igreja Universal, na comunhão dos santos, no perdão dos pecado, na ressurreição do
corpo e na vida eterna. Amém.”
Essa forma do credo é uma elaboração local de uma forma romana mais antiga, usada
no sudoeste da França no século VII. No século XV divulgou-se por tirânio Rufino, que foi
escrito pelos apóstolos, sob a inspiração do Espírito Santo de Deus, pouco depois da
ressurreição de Cristo. A Tradição confirmava tal afirmação, porém não aceitou como veraz
posteriormente.
Credo Atanasiano – Originou-se no Ocidente, mas os seus conceitos tiveram vasta influência
por toda a Igreja. Foi incluído como um apêndice nos Ofícios Horários da Igreja Ortodoxa
Oriental.
Credo:
“Quem tiver de ser salvo, antes de tudo é mister que se apegue à fé católica, fé
essa que, se alguém não a guardar sã e sem mácula, sem dúvida perecerá
eternamente. E a fé católica é esta”.
Credo Niceno – Entre os anos 313 e 590 A.D. isto é, de Constantino a Gregório I, a Igreja
Católica obteve a supremacia do Mundo Romano. E foi durante esse tempo que ela formulou
os seus principais credos. Por ocasião do concílio de Nicéia, em 325 A.D. foi formulado o
chamado Credo Niceno. A Principal distinção do credo Niceno foi o seu ensinamento sobre a
relação ente Deus Pai e Deus Filho. Especialmente formulado para derrotar o arianismo. A
principal declaração emergente promove a doutrina da eterna geração de Cristo, onde a
palavra ‘gerado’ não indica começo, e, sim, posição no seio da Trindade. Não demorou a ser
usado como o credo batismal padrão da Igreja Ortodoxa Oriental.
Credo:
Creio em Deus Pai, o Pai Todo-Poderoso, criador dos céus e da Terra, e de
todas as coisas visíveis e invisíveis. E no Senhor Jesus Cristo, o Filho Unigênito de Deus, luz
de luz, verdadeiro Deus do verdadeiro Deus, gerado, não feito; sendo de uma substância com
o Pai, por quem todas as coisas foram feitas; que por nós homens e por nossa salvação veio
dos céus e foi encarnado pelo Espírito Santo da Virgem Maria, e foi feito homem; foi
crucificado por nós sob Pôncio Pilatos. Ele sofreu e foi enterrado; e no terceiro dia
ressuscitou, segundo as escrituras, e ascendeu aos céus, e está sentado a direita do Pai. E
voltará de novo, com glória, para julgar tanto os vivos quanto os mortos, cujo o Reino não
terá fim.
E Creio no Espírito Santo, o Senhor e doador da vida, que procede do Pai e do
Filho, que com o Pai e o Filho é adorado e glorificado; que falou pelos profetas.
E Creio na única Igreja Cristã e Apostólica. Reconheço um batismo pela
remissão dos pecados, e aguardo a ressurreição dos mortos, e a vida do mundo que vem.
Amém.
James W. Sire:
Deus é infinito e pessoal (Triúno), transcendente e imanente, onisciente, soberano e bom.
Deus criou o cosmos (ex-nihilo) do nada. Para operar com uniformidade de causa e efeito
num sistema aberto.
O Homem é criado a imagem e semelhança de Deus, e por tanto possui personalidade,
auto-transcendência, inteligência, moralidade e criatividade.
Deus pode e se comunica com o homem.
O Homem foi criado bom, mas na queda a imagem de Deus foi desfigurada, porém não
destruída. Cristo redimiu o homem e iniciou a restauração, embora o homem possa optar a
redenção.
A morte: eterna vida com Deus, ou eterna separação.
A ética é transcendente, baseada no caráter de Deus como bom (Santo e Amoroso).
A história é linear: uma seqüência de eventos significativos levando ao cumprimento do
plano de Deus para o homem.
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ANEXO 1
Credo Betelino
40
ANEXO 2
41
ANEXO 3
Judaísmo
42
ANEXO 4
43
ANEXO 5
44
ANEXO 6
DENOMINAÇÕES
IGREJA IGREJA
CATÓLICA IGREJA ORTODOXA
PROTESTANTE (CONSTATINOPLA)
Facção 1.517
IGREJA
OCIDENTAL
ROMANA
(1054)
45