Estudos entomologia geral
Estudos entomologia geral
Estudos entomologia geral
O êxito dos insetos como grupo que vem sobrevivendo há cerca de 300 milhões de anos é
devido ao fato de possuírem pelo menos seis principais vantagens, na luta incessante pela
sobrevivência: Capacidade de vôo, Adaptabilidade, Exoesqueleto, tamanho pequeno,
metamorfose e tipo especializado de reprodução.
Capacidade de vôo: Dotados de asas, puderam os insetos dispersar através do globo, e quando
as condições de um determinado local se tornam desfavoráveis, simplesmente alçam vôo em
busca de outro. O vôo lhes conferiu grandes vantagens sobre os animais presos à terra, como a
busca ativa de outro sexo para reproduzir-se, a procura de alimentos numa grande área, e a
fuga com êxito aos inimigos.
Tamanho pequeno: O seu reduzido tamanho é uma vantagem para a sobrevivência, pois uma
migalha de alimento é um banquete, uma gotícula de água mata-lhe a sede, e uma pedrinha
no deserto proporciona-lhes sombra. Assim, muitos insetos ocupam minúsculos abrigos, onde
conseguem encontrar alimentação e proteção contra os seus inimigos.
Filo Arthropoda
Principais Características:
• Pernas Articuladas: origem do nome do Filo (gr. Arthron = articulação; podes = pernas).
• Simetria bilateral: as metades do corpo cortado longitudinalmente por um plano vertical são
semelhantes entre si.
• Heteronomia: corpo c/ divisões distintas, formadas pela fusão ou não de grupos de
segmentos embrionários. Assim, o corpo apresenta-se dividido em cabeça, tórax e abdome.
Apresenta os apêndices fixos (olhos composto e Ocelos) e os móveis (antenas e peças bucais).
São apêndices sensoriais (olfato, audição, tato e gustação) e, desse modo, apresentam
inúmeras modificações e estruturas para desempenhar essas funções.
• Escapo. É o primeiro artículo, em geral o mais desenvolvido, e articula-se à cabeça por meio
de uma parte basal mais dilatada (bulbo).
• Pedicelo. É o segundo antenômero, geralmente curto, porém às vezes pode ser dilatado para
abrigar o órgão de Johnston (função auditiva).
Tipos de Antenas
• Plumosa. Flagelo c/ inúmeros pelos, assemelhando-se a uma pena. É a antena típica dos
machos de pernilongos.
• Aristada. Flagelo com um único artículo com uma cerda (pêlo) denominado arista. É antena
típica das moscas.
• Composta. Formada pela combinação de uma antena geniculada (dobrada) com um outro
tipo, por exemplo, genículo-capitada, genículo-moniliforme.
Peças Bucais
• Labro ou Lábio Superior. É uma peça articulada ao epistoma. Pode movimentar-se para
baixo e para cima, com função de proteção e manutenção dos alimentos, que são triturados
pelas mandíbulas.
• Maxilas. Duas peças auxiliares das mandíbulas durante a alimentação. Cada maxila é
formada por várias peças, algumas c/ função tátil e gustativa ou função mastigadora.
• Lábio ou Lábio Inferior. Peça ímpar, constituída pela fusão de duas maxilas nos artrópodes
primitivos. Apresenta função tátil e de retenção de alimentos.
• Epifaringe. Localizada na parte interna ou ventral do labro. É constituída por uma dobra
recoberta por pêlos sensoriais, com função gustativa.
• Hipofaringe. Inserida junto ao lábio. Possui função gustativa, tátil e de canal salivar em
muitos insetos.
• Mastigador
• Sugador Labial.
• Sugador Maxilar.
• Lambedor.
• Memorrincos. Aparelho bucal sugador labial ou picador sugador tanto na forma jovem como
no adulto.
• Hipognata. Peças bucais dirigidas para baixo e cabeça vertical em relação ao eixo do corpo
(90º). Ex.: gafanhoto, baratas etc.
• Prognata. Peças bucais dirigidas para frente e cabeça horizontal em relação ao eixo do corpo
(180º). Ex.: Tesourinhas, cupins etc.
• Opistognata. Peças bucais dirigidas para baixo e para trás, formando um ângulo menor que
90º. Ex.: cigarras, percevejos, pulgas etc.
• Mesotórax - é o mediano e
• Coxa. Normalmente curta e grossa; articula-se ao tórax por meio da cavidade coxal.
• Trocanter. Segmento curto entre a coxa e o fêmur.
• Tíbia. Segmento delgado e quase tão longo quanto o fêmur; pode apresentar espinhos e
esporões
Tarsos
Tarso. Porção articulada, constituída por articulos denominados tarsômeros, que variam de 1 a
5. De acordo c/ o número de tarsômeros, os insetos podem ser agrupados em:
Podem ser ainda criptotetrâmeros quando aparentam ter apenas 3 tarsômeros, mas na
realidade possuem 4, pois o 3º articulo fica entre o 2º e o 4º, e criptopentameros quando o o
4º tarsômero está oculto entre o 3º e o 5º, aparentando apenas 4 articulos em vez de 5.
Heterômeros. Diferente número de tarsômeros em pelo menos um par de pernas, como nas
fórmulas tarsais: 3-5-5, 4-5-5, 5-4-4, 5-5-4.
Pós-tarso. Parte distal da perna, também chamado de pré-tarso. As garras tarsais são
estruturas presentes na extremidade apical de todas as pernas. Entre as garras pode haver
uma expansão membranosa, que é oarólio.
Tipos de pernas
Preensoras. Fêmur desenvolvido com um sulco, onde se aloja a tíbia recurvada. Servem para
apreender outros animais, inclusive outros insetos, entre o fêmur e a tíbia. É o primeiro par de
pernas das baratasd’água.
Escansoriais. Tíbia, tarso e garra tarsal com formação típica para agarrar o pêlo (ou cabelo) do
hospedeiro, para a sua fixação. São os três pares de pernas dos piolhos hematófagos.
Coletoras. Servem para recolher e transportar grãos de pólen. Primeiro segmento do tarso
bastante desenvolvido, provido de pêlos, a superfície externa da tíbia é lisa e com longos pêlos
nas laterais, formando uma espécie de “cesto” para o transporte do pólen. É o terceiro par de
pernas das abelhas.
Adesivas. Alguns tarsômeros das pernas anteriores são dilatados e pelosos, formando uma
“ventosa”. São as pernas anteriores dos machos de algumas espécies de besouros aquáticos,
que auxiliam sua fixação durante a cópula.
Asas
-Radial (R). Bifurca-se em um ramo indiviso R1 e num segundo ramo (setor radial – Rs) que se
divide, e cada bifurcação divide-se novamente,originando-se 4 ramos terminais: R2, R3, R4 e
R5;
-Medianas (M). Situadas abaixo das radiais, iniciando-se no meio da asa, denominadas M1,
M2, M3 e M4.
Anais (A). Não ramificadas, percorrem a parte inferior da asa (região anal)
Estruturas de acoplamento
Jugo. Projeção do lobo jugal da asa anterior, que se encaixa na margem costal da asa posterior,
permanecendo presa entre o jugo e a margem anal da asa anterior. Ex.: algumas espécies de
mariposas.
Frênulo. Cerda ou várias cerdas inseridas no ângulo umeral da asa posterior, que se prende à
asa anterior por um tufo de cerdas, chamado de retináculo. Nos machos, o frênulo é
constituído por uma única cerda, e nas fêmeas por 2 ou 3 cerdas. Ex.: muitas espécies de
mariposas.
Hâmulos. Diminutos ganchos da parte mediana da margem costal da asa posterior, que se
prendem na margem anal da asa anterior. Ex.:abelhas e mamangavas.
Amplexiforme. Nas borboletas, o acoplamento das asas não é feito por estruturas, mas pela
expansão da região do ângulo umeral da asa posterior sobre a qual se apoia a região anal da
asa anterior.
Tipos de asas
Membranosa. Asa fina e flexível com as nervuras bem distintas. A maioria dos insetos
apresenta o par posterior das asas desse tipo.
Hemiélitro. Asa anterior de percevejos, com a parte basal dura (cório) e apical flexível
(membrana) onde estão as nervuras
Élitro. Asa anterior dura, que recobre a asa posterior do tipo membranosa. Ex.: besouros e
tesourinhas.
Franjada. Asas com longos pelos nas laterais. Ex.: tripes, microlepidópteros e
microimenópteros.
• É a terceira região do corpo dos insetos, que se caracteriza pela segmentação típica,
simplicidade de estrutura e ausência geral de apêndices locomotores.
• Apesar da sua aparência simplificada, o abdome é uma região altamente especializada, que
contém as principais vísceras; também essa é a região onde ocorrem os movimentos
respiratório.
•Séssil ou aderente. Abdome liga-se ao tórax em toda a sua largura. Ex: baratas, gafanhotos,
besouros etc.
•Livre. Constrição pouco pronunciada na união do abdome com o tórax. Ex: moscas, abelhas,
borboletas etc.