Dardot Laval-2009-A nova razão do mundo

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A nova razão do mundo.

Ensaio sobre a sociedade neoliberal

Pierre Dardot e Christian Laval

*INTRODUÇAO

 O capitalismo é indissociável da história de sus transformações, de seus


descarrilamentos, das lutas que o transformam, das estratégias que o renovam.

 O neoliberalismo transformou profundamente o capitalistamo, transformando a


sociedade.

 NEOLIBERALISMO: é um sistema normativo sobre o mundo inteiro, estendendo a


lógica do capital a todas as relações sociais.

*¿Se ha superado a crise?

 Com o Neoliberalismo o que está em jogo é a forma de nossa existência, a forma como
somos levados a nos comportar, a nos relacionar com os outros e com nós mesmos.

 Nova razão do mundo:


Aspecto político (o poder)
Aspecto económico (capitalismo financeiro)
Aspecto social (individualização)
Aspecto subjetivo (novo sujeito)

 O Neoliberalismo como racionalidade, capacidade de estruturar e organizar a ação


dos governantes, e a própria conduta dos governados.

*La idea del neoliberalismo como racionalidade tiene implicaciones en las


condideraciones sobre los sujetos, los indivíduos, etc...

 O neoliberalismo é a razão do capitalismo contemporâneo.

 Neoliberalismo (segunda definição): conjunto de discursos, práticas, e dispositivos


que determinam um novo modo de governo dos homens segundo o principio de
concorrência.

*Crisis de la democracia.

 Crise global do neoliberalismo como modo de governar as sociedades.

* ¿Qué hay de nuevo en los años 1970 y en el 2007?

1. CRISE DO LIBERALISMO E NASCIMIENTO DO NEOLIBERALISMO

 Crise do liberalismo: 1880-1930.

*La crisis de la civilización liberal queda recogida en La Gran Transformación (1944) de


Polanyi.

 A necessidade prática de intervenção governamental para fazer frente as mutações


organizacionais do capitalismo, aos conflitos de classe que amenaçam a “propriedade
privada” e ás novas relações de força internacionais é que põe em crise o liberalismo
dogmático.

 Toqueville, Mill, Spencer

 Spencer fiz uma virada na historia do liberalismo. Da DST para o da concorrência


como necessidade vital.

 Se constitui a COMPETIÇAO como norma geral da existência individual e coletiva,


tanto da vida nacional como internacional.

 Sumner, Keynes, Hobsbawm, Polanyi,...

 Novo liberalismo (Keynes): como salvar do próprio liberalismo o que é possível do


sistema capitalista?

 A Grande Transformaçao: é o fim da civilização do século XIX, a morte do liberalismo


econômico e da sua utopia.

 Neoliberalismo: intervenção do Estado mais oposição a uma ação que entrave o jogo
da concorrência

 O neoliberalismo de raices spencerianas acepta la intervención del Estado ya que, a


diferencia de Spencer, no cree que el orden del mercado sea algo natural, sino una
construcción política e histórica.

2. O COLOQUIO WALTER LIPPMANN OU A REINVENÇAO DO LIBERALISMO

 Se é verdade que a crise do liberalismo teve como sintoma um reformismo social cada
vez mais pronunciado a partir do fim do século XIX, o neoliberalismo é uma resposta a
esse sintoma, ou ainda, uma tentativa de entravar essa orientação ás políticas
redistributivas, assistenciais, planificadoras, reguladoras e protecionistas que se
desenvolveram desde o fim do século XIX, uma orientação vista como uma degradação
que conduzia diretamente ao coletivismo.

 Colóquio Walter Lippmann, Paris 1938, é o momento fundador do Neoliberalismo.


Promovido por o filosofo Louis Rougier. Lançamento da tradução francesa do libro de
Lippmann An inquiry into the principles of the good society  o liberalismo nao se
identifica com o laissez-faire.

 A Sociedade Mont-Pèlerin conseguiu encarnar a corrente norte-americana e a


corrente alemã. Essa junção dos neoliberais ocultou um dos aspectos principais da
virada que se deu na história do liberalismo moderno: a teorização de um
internvecionismo propriamente liberal.

Rougier não haverá “retorno do liberalismo” se não houver uma refundação teórica da
doutrina liberal e se dela não se deduzir uma politica liberal ativa, que evite os efeitos
negativos da crença metafísica no laissez-faire.

 Debate: o que fazer para combater essas tendências (redistribuição de renda,


proteção social, etc...)? Reatualizar o liberalismo dentro de um novo contexto ou revisá-
lo profundamente?
 Crise do belle époque do liberalismo: laissez-faire (Lionel Robins, Jaques Rueff, Von
Mises, Hayek) ou intervencionismo liberal (Von Rüstow, Henri Truchy)? Para os
primeiros os fatores principais do caos devem ser buscados na traição progressiva dos
princípios do liberalismo clássico; para os segundos, as causa da crise são encontrada no
próprio liberalismo clássico.

Robbins – Rueff: nostalgia de um mercado espontaneamente autorregulado.

*NO EXISTIÓ NUNCA UN MERCADO AUTOREGULADO (Consultar Polanyi sobre la ficción


de mercado autorregulado). http://www.sinpermiso.info/textos/el-regreso-de-karl-polanyi

Para eles não se pode falar de uma “crise do liberalismo”, ja que foi a política
intervencionista que gerou a crise.

Louis Rougier: retorno ao liberalismo  refundação das bases teóricas do liberalismo e


definição de uma nova política. Distinçao entre um naturalismo liberal e um liberalismo
ativo. Intervencionismo jurídico do Estado contrapõe-se a um internvencionismo
administrativo.

 A ideia decisiva do colóquio é que o liberalismo clássico é o principal responsável


pela crise por que ele passava.

 Dois erros: 1) comfundir as regras de funcionamento de um sistema social com leis


naturais intangíveis, 2) primazia do econômico sobre o politico.

 Novidade do neoliberalismo  a ordem de mercado pode se pensar como uma


ordem construída –e nao como uma ordem natural-, portanto, tem condiciones para
estabelecer um verdadeiro programa político visando a seu estabelecimento e sua
conservação permanente. PROGRAMA POLÍTICO.

 Para Lippmann no século XIX a dogmática liberal descolou-se das práticas reais dos
governos. Enquanto os liberais discutiam sentenciosamente a extensão do laissez-faire e
a lista dos direitos naturais, a realidade política era a da invenção de leis, instituições e
normas de todos os tipos, indispensáveis para a vida econômica moderna.

 Lippmann: “Se a propriedade privada está tao gravemente comprometida no mundo


moderno, é porque as classes favorecidas, resistindo a qualquer mudança em seus
direitos, provocaram um movimento revolucionário que tende a aboli-las”. Pag. 85.

 A agenda do neoliberalismo, para Lippmann, é guiada pela necessidade de uma


adaptação permanente dos homes e das instituições a uma ordem econômica
intrinsecamente variável, baseada em uma concorrência generalizada e sem trégua.

 O neoliberalismo repousa sobre a dupla constatação de que o capitalismo inaugurou


um período de revolução permanenten na ordem econômica, mas que os homens nao se
adaptam espontaneamente a essa ordem de mercado cambiante, porque se formanan
num mundo diferentes. (pag 90)

 Mais ainda, a política neoliberal deve mudar o próprio homem. “Os verdadeiros
problemas das sociedades modernas colocam-se em qualquer lugar onde a ordem social
nao seja compatível com as necessidades da divisão social dos trabalho” (pag91)

*Submisión total de la política a la economía!!! (igual que los neoliberales


conservadores)
*Esta idea queda associada a la “mentalidade de mercado” de Polanyi, y a la artificialidad
y correlación de fuerzas a la que responde el capitalismo, y la caída del liberalismo a
finales del siglo XIX.

3. O ORDOLIBERALISMO:

9. A FÁBRICA DO SUJEITO NEOLIBERAL

 Hipóteses: a concepção que vê a sociedade como uma empresa constituída de


empresas necessita de uma nova norma subjetiva, que não é mais exatamente aquela do
sujeito produtivo das sociedades industriais.

*Los indivíduos que viven bajo la lógica neoliberal presentan cuadros psíquicos
semejantes?

 Homem neoliberal – Homem competitivo

 O passo inaugural consistiu em invertar o homem do cálculo, que exerce sobre si


mesmo o esforço de maiximizaçao de prazeres e dos dores requeridos pela exisencia de
relações de interesse entre os indivíduos. (pág 326).

 O momento neoliberal caracteriza-se por uma homogeneização do discuros do


homen en torno da figura de empresa.
 Uma subjetividade que tá inteiramente envolvida na atividade que se exige
ele cumpra.
 Suprimir qualquer sentimento de alienação.

 A novidade consiste em promover uma “reação em cadeia”, produzindo “sujeitos


empreendedores” que, por sua vez, reproduzirão, ampliarão e reforçarão as relações de
competição entre eles, o que exigirá, segundo a lógica do processo autorrealizador, que
eles se adaptem subjetivamente às condições cada vez mais duras que eles mesmos
produziram.

*Isto não acontece no capitalismo industrial?

 Importancia das técnicas de controle no governo das condutas.

 A racionalidade empresarial apresenta a vantagem incomparável de unir todas as


relações de poder na trama de um mesmo discurso. (pag. 331)

 Empresa de si mesmo.

“A empresa de si mesmo nao é uma filosofia ou uma ideologia: é um movimento que


fornece experiências e ferramentas que levam as pessoas a evoluir em seus contextos de
vida (empresas, bairros, família, etc...). É uma técnica de desenvolvimento para toda a
vida”. Bob Aubrey. (pag- 337).

 Apresentaçao da PNL: “nao se trata de dizer o que é verdadeiro e o que nao é. Trata-
se de perguntar qual é a forma mais eficaz e mais construtiva de se comunicar com
alguém”.

*Concepçao republicana da liberdade


*Teoría da eleçao racional

 Qual é a diferença em relação ao homem econômico clássico?

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