2 Apresentação Elza

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02/2023

IDADE
OBES O
RE PES
SOBPEDIATRIA
GRUPO 4
Conceito A obesidade é representada pelo acúmulo excessivo de gordura
corporal em extensão tal, que acarreta prejuízos à saúde dos
indivíduos.

A sua etiologia é multifatorial com interação entre fatores


genéticos, metabólicos, nutricionais, psicossociais, ambientais
e as mudanças no estilo de vida parecem estar envolvidas na
sua gênese.

Reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como a


maior epidemia de saúde pública mundial, com elevação de sua
prevalência tanto em países desenvolvidos como nos países em
desenvolvimento estando associada às doenças crônicas não
transmissíveis que vêm afetando mais precocemente crianças e
adolescentes.
PRESIDENTE
PRUDENTE
EPDEMIOLOGIA
Na pesquisado Programa Saúde na Escola foram avaliados
Em 2022, até o início de 2.610 alunos de zero a 10 anos de idade. Conforme balanço
outubro, o Sistema Único de parcial na faixa etária infantil 35% dos alunos estão com
Saúde (SUS) acompanhou mais peso inadequado acima do recomendado. Deste total:
de 4,4 milhões de adolescentes 20% estão com risco de sobrepeso; 10% com sobrepeso e
entre 10 e 19 anos de idade, 5% obesidade. Já em relação aos 1.238 adolescentes de 10
segundo o Sistema de Vigilância a 19 anos que foram avaliados, o estudo aponta que 29%
Alimentar e Nutricional do estão acima do peso. Em relação ao número apresentado:
Ministério da Saúde. Desses, 18% estão com risco de sobrepeso; 9% já estão com
quase 1,4 milhão foram sobrepeso e outros 2% com obesidade. Os dados estão
diagnosticados com sobrepeso, cadastrados no Sistema de Vigilância Alimentar e
obesidade ou obesidade grave. Nutricional (Sisvan).
PRATICIDADE
ECONOMIA
A transição nutricional é um processo de modificações
sequenciais no padrão de nutrição e de consumo, que
acompanha mudanças econômicas, sociais e
demográficas no perfil de saúde das populações. E
nesse novo perfil, a urbanização determinou
mudanças nos padrões de comportamento alimentar
que, juntamente com a redução da atividade física,
vem desempenhando importante papel.
PREVENÇÃO DA OBESIDADE
- No pré-natal

Orientação nutricional materna e


controle do ganho de peso corporal.
A prevenção da obesidade começa desde o
pré-natal com os cuidados que a mãe deve
ter com seu ganho de peso e alimentação
balanceada.

Promoção do aleitamento materno


Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), os
seguintes esforços deverão ser feitos para
promover o aleitamento materno e mantê-lo
exclusivo até o sexto mês de vida e
complementado até dois anos ou mais:
tecido adiposo do
obeso

Liberação alterada de adipocinas

TNF-a Adiponectina
FISIOPATOLOGIA

Leptina IL-6
Gasto Energético
Ingestão alimentar
Produção de glicose
hepática Inflamação
Acúmulo ectópico de
Inflamação lipídeos
Acúmulo ectópico de Resistência à insulina
Captação de glicose lipídeos
oxidacao AGL Resistência à insulina
Glicólise
Gliconeogenese

Resistência Insulínica Sistêmica


Anamnese

1. História da obesidade - idade de início, relação com fatores desencadeantes, tentativas


anteriores de tratamento e percepção da família sobre o problema.
2. Antecedentes pessoais - alto ou baixo peso ao nascer, ganho de peso acentuado no primeiro
ano de vida e uso de medicamentos (anti-histamínicos, corticosteroides e
imunossupressores, psicotrópicos, entre outros).
3. Antecedentes familiares - dados relacionados à obesidade e doença cardiovascular
precoce.
4. Uso de drogas, álcool (1 g=7 kcal) e tabaco .
5. Antecedentes alimentares - tempo de aleitamento materno; introdução da alimentação
complementar e seus aspectos quantitativos e qualitativos.
6. Hábitos alimentares - esses dados são obtidos com base em informações sobre o dia
alimentar habitual e/ou pelo recordatório de 24 horas, além da frequência de consumo dos
alimentos com maior densidade energética.

DIAGNÓSTICO
Anamnese

Deve-se investigar também a dinâmica da refeição: onde é realizada, se ocorre com ou


sem a presença de pais e irmãos, em que ambiente, horários, intervalos, o tempo gasto, se
ocorre repetição, se há ingestão concomitante de líquidos, como é a mastigação.

Comportamento e estilo de vida - comportamento com familiares e colegas da escola,


rendimento escolar. Investigar a presença de ansiedade, depressão e compulsão
alimentar. Pesquisar como a criança ou o adolescente vai para a escola, a periodicidade e a
duração das atividades físicas curriculares e extracurriculares realizadas por eles, o tempo
gasto com televisão, videogames e computador e quais são as brincadeiras e atividades
que eles preferem.

Investigar bullying.

DIAGNÓSTICO
A relação circunferência abdominal/estatura (CA/E) é
ISDA considerada adequada menor ou igual a 0,5, sendo
Respiração oral, roncos, paradas considerada, quando alterada, risco de adiposidade
respiratórias durante o sono, central.
sibilância, fadiga aos esforços;
Alterações na pele;
Resposta vacinal;
Dor ou edema em articulações
dos membros inferiores;
Dor abdominal, retroesternal e
hábito intestinal;
Alterações menstruais;
Sono agitado;
Alterações comportamentais.
SINAIS DE ALARME
Manifestações visíveis a olho nú

Acantose nigricans
Xantelasma

Escala de tanner
LABORATÓRIAIS

até 2 anos - sem screening para perfil lipídico


2 - 8 anos - perfil lipídico somente nas condições
de risco CV*
9 - 11 anos - screening universal com não-HDL-C
(IDL+LDL+VLDL). Se estiver aumentado
(≥ 145 mg/dL), fazer o perfil lipídico completo.
12 - 16 anos - perfil lipídico somente nas condições
de risco CV*
17 - < 20 anos - screening universal com não-HDL-
C. Se estiver aumentado (≥ 145 mg/dL), fazer o perfil
lipídico completo.
Resistência insulínica

Glicemia de 100 a 125 mg/dL ou uma Síndrome metabólica


hemoglobina glicada de 5,7 a
Aplicação controversa na pediatria. SBP (2007)
6,4%.
define como critérios para identificar a síndrome
Resistência insulínica: Glicemia de
metabólica em adolescentes de 10 a 16 anos:
100 a 125 mg/dL ou uma
aumento da circunferência abdominal (CC ≥ p90),
hemoglobina glicada de 5,7 a
mais dois outros critérios entre:
6,4%.
hipertensão arterial sistêmica (PAS ≥ 130 ou ≥ PAD
Hiperandrogenismo e SOP 85 mm Hg), hipertrigliceridemia (≥
150 mg/dL), HDL baixo (< 40 mg/dL), glicemia de
jejum elevada (≥ 100).
Crescimento e puberdade precoce
- aceleração do crescimento linear
Dislipidemia
e da idade óssea, menarca mais
precocemente. Relacionada geralmente a RI, co-m aumento principalmente de
TG e VLDL.
Quanto maior o IMC, maior a elevação de TG e a redução de HDL-
C, com ajustes para a idade.
Plano terapêutico e dietoterapia

1º PASSO: Planejamento alimentar: Rotina, equilíbrio dos grupos alimentares,


aumento do consumo de FLV, redução de sucos e AUP. Atividade física
ESTRUTURADA, redução de telas. 3 a 6 meses.

2° PASSO: Plano alimentar estruturado: Ajuste calórico, intensificação da atv.


física e redução de comportamentos sedentários.

3º PASSO: Além dos anteriores, maior envolvimento de equipe multiprofissional,


acompanhamento mais próximo, estratégias com a família para maior
engajamento.

4° PASSO: Déficit calórico + acompanhamento especializado e medicação.

Abordagens dietéticas que objetivam encorajar as crianças e os familiares a


selecionarem grupos alimentares com menor densidade energética e a diminuírem o
tamanho das porções são boas estratégias para a perda de peso na infância.
Abordagens Dietéticas Atividade Física

1. Incentivar consumo de 5 porções de


1. Diminuir atividades sedentárias como ver
frutas e vegetais diariamente
televisão, internet e jogar vídeo game para 2
2. Diminuir consumo de alimentos com alta
horas por dia
densidade calórica como gorduras
2. Participar de exercícios divertidos e
saturadas, salgadinhos e alimentos com
adequados para a idade
alto índice glicêmico, como doces
3. Aumentar a intensidade, frequência e
3. Diminuir consumo de bebidas açucaradas
duração das atividades físicas gradualmente
e/ou com aromatizantes
e de acordo com a tolerância da criança e ou
4. Diminuir o consumo de alimentos fora de
adolescente
casa, em particular fast-foods
4. Praticar mais de 1 hora de atividade física
5. Fazer o desjejum todos os dias
diariamente
6. Não pular refeições
BRASIL. Pesquisa nacional de saúde: 2019: atenção primária à saúde e informações
antropométricas: Brasil / IBGE, Coordenação deTrabalho e Rendimento. - Rio de
Janeiro: IBGE, 2020.

Obesidade na infância e adolescência -Manual de Orientação / Sociedade Brasileira


de Pediatria. Departamento Científico de Nutrologia.
3ª. Ed. - São Paulo: SBP. 2019.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Pesquisa de Orçamentos


Familiares 2008-2009: antropometria e estado nutricional de crianças, adolescentes e
adultos do Brasil. Brasília; 2010.

Martins, K. P. dos S.; Santos, V. G. dos; Leandro, B. B. da S.; Oliveira, O. M. A. de.


Transição nutricional no Brasil de 2000 a 2016, com ênfase na desnutrição e
obesidade. Asklepion: Informação em Saúde, Rio de Janeiro, RJ, v. 1, n. 2, p. 113-132,
2021.
Campagnolo PDB, Vitolo MR, Gama CM, Stein AT. Prevalence of overweight and
associated factors in southern Brazilian adolescents. Public Health. 2008;122:509-15.

Bernardo CO, Pudla KJ, Longo GZ, Vasconcelos FAG. Fatores associados ao estado
nutricional de escolares de 7 a 10 anos: aspectos sociodemográficos, de consumo
alimentar e estado nutricional dos pais. Rev. Bras. Epidemiol. 2012;15:651-61.

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