Sermão de Santo António de Padre António Vieira
Sermão de Santo António de Padre António Vieira
Sermão de Santo António de Padre António Vieira
Contextualização histórico-literária
Contexto histórico (em Portugal e no mundo)
Contexto literário (plano estético e artístico)
No seculo XVII estamos na época do Barroco, etilo dominado pela estética.
De gosto e de sensibilidade, predominou durante cerca de um século. Este
estilo manifestou-se na literatura, na pintura, na arquitetura, na música, na
culinária, no vestuário, no teatro, nas manifestações religiosas. Parte da
crise dos renascentistas, e gera uma forma diferente de ver o mundo, um
dualismo entre o espírito e a razão. E um estilo extravagante, exagerado (o
uso abusivo de adornos) uso de cores fortes e dourados, exuberantes
rendas.
A arte barroca manifesta-se em duas fases:
O cultismo- que corresponde à sobrecarga de ornamentos retóricos e
formais, com predomínio de troca de palavras, de imagens e construções.
Concetismo- consiste nos jogos de conceitos, entendidos como palavras de
engenho.
Capítulo I
Capítulo II
Características elogiadas:
ovem e não falam;
são obedientes, atentos e devotos;
comportam-se de maneira diferente dos homens;
Esta referência às virtudes dos peixes sugere, por inferência, os
defeitos dos homens (oposição), à exceção de Santo António, que
evidencia as qualidades atribuídas aos peixes (analogia).
Louvor das virtudes dos peixes em particular
Características de peixes que merecem elogios:
Peixe Tobias (o poder curativo da cegueira e o afastamento dos
demónios);
Capítulo III
Rémora (a persistência);
Torpedo (o poder persuasivo);
Quatro-olhos (a capacidade de distinção entre o bem e o mal);
No contexto deste elogio ressalta a analogia com Santo António:
curava os ouvintes da cegueira e afastava os demónios;
como pregador, orientava e indicava o caminho correto aos homens;
fazia tremer os homens, convertendo-os;
alertava os homens para a existência do céu e do inferno;
Repreensão dos vícios dos peixes em geral
Confirmação
Capítulo IV
Peroraçã
Capítulo
Quatro-olhos
Contraste com os homens
Salienta a existência do bem e do mal do céu e do inferno, critica os
homens no sentido de que este não são capazes de destingir o bem e o mal.
Viera usa o céu e o inferno como forma de persuadir o homem a adotar
determinados comportamentos. Os homens sendo racionais claramente não
se comportam como tal, assim quatro-olhos seria mais merecedor de uma
lama racional. O autor pretende criticar também aqueles que dão
demasiada importância a sua imagem e vaidade. “porque neste mundo todo
é vaidade” página 29.
Veieira faz uma comparação também com Santo António, enaltecendo-o as
suas virtudes, dizendo que santo António está sempre atentos a tentações e
vícios.
“Oh que bem informara estes quatro-olhos uma alma racional, e que bem
empregada fora neles, melhor que em muitos homens!” (l.94)