Quadril Mmii
Quadril Mmii
Quadril Mmii
ROTEIRO PRÁTICO DE
ANATOMIA HUMANA
DO MEMBRO INFERIOR
Três Lagoas
O cíngulo é constituído pelos dois ossos do quadril, que se unem anteriormente na sínfise
púbica e posteriormente se articulam com a parte superior do sacro.
– VÉRTEBRAS LOMBARES
Corpos volumosos
Forame vertebral triangular
Pedículos curtos e espessos
Lâminas curtas e espessas
Processo espinhoso quadrilátero
Processos articulares superiores e inferiores com facetas no plano sagital. Isto influirá nos
movimentos executados pela coluna lombar.
Processos mamilares
Processos costais
Processos acessórios
V – VÉRTEBRAS SACRAIS
Fundem-se, formando o sacro
Base
Promontório sacral
Partes laterais
Faces pelvina e dorsal
Forames sacrais pelvinos e dorsais
Face auricular
Crista sacral mediana
Crista sacral intermédia
Crista sacral lateral
Cornos sacrais
Hiato sacral
Canal sacral - conteúdo: saco dural, filamento terminal, parte mais inferior da cauda eqüina
e o filamento da dura-máter.
Ápice sacral
Superfície ou face auricular que se articula com o osso do quadril
Tuberosidade sacral
OBS.: Diferenças sexuais do sacro: na mulher o sacro é mais amplo e curto do que no homem.
VI – VÉRTEBRAS COCCÍGEAS
Consistem de 3 a 5 vértebras que se encontram fundidos, formando o cóccix.
Ápice
Base
Cornos
TÁLUS
cabeça do tálus METATARSAIS I à V
face articular navicular base metatarsal
colo do tálus corpo metatarsal
corpo do tálus cabeça metatarsal
tróclea do tálus tuberosidade do metatarsal V
processo lateral do tálus
face articular calcânea anterior FALANGES DOS DEDOS DOS PÉS
face articular calcânea média (PODODÁCTILOS)
face articular calcânea posterior
sulco do tálus
processo posterior do tálus FALANGE PROXIMAL I à V
tubérculo medial base da falange
tubérculo lateral corpo da falange
cabeça da falange
CUBÓIDE
CUNEIFORME LATERAL
Articulação sacroilíaca:
Entre o sacro e a asa do ílio
Classificação morfológica: sinovial plana
Classificação funcional: não axial
Movimento e eixo:
Deslizamento simples – eixo: não há
Articulação do Quadril:
* Classificação: articulação sinovial esferóide triaxial
* Movimentos executados: flexão – extensão, adução – abdução, circundação e rotação
* Eixos dos movimentos:
- flexão e extensão: eixo látero- lateral
- adução e abdução: eixo ântero- posterior
- rotação: eixo longitudinal
* Lábio acetabular
* Ligamento transverso
* Cápsula articular:
- Ligamento iliofemoral
- Ligamento pubofemoral
- Ligamento isquiofemoral
- Ligamento da cabeça do fêmur
Articulação do Joelho:
* Classificação: juntura sinovial gínglimo monoaxial
* Movimentos executados: flexão - extensão
* Eixos dos movimentos:
- flexão e extensão: eixo látero- lateral
* Ligamentos
- Ligamento colateral tibial
- Ligamento colateral fibular
- Ligamentos cruzados anterior e posterior
- Menisco medial.
- Menisco lateral.
- Ligamento patelar.
- Bolsas sinoviais:
* bolsa supra-patelar situa-se acima da patela e profundamente ao tendão do m. quadríceps.
* bolsa infra-patelar é constituída por um acumulo de tecido adiposo revestido pela membrana
sinovial e situa-se profundamente ao ligamento patelar.
Articulação do Tornozelo:
* Classificação: sinovial, gínglimo e monoaxial
* Movimentos realizados: flexão dorsal e flexão plantar
* Eixos dos movimentos:
- dorsiflexão e flexão plantar: eixo latero- lateral
* Ligamentos
- Ligamento medial ou deltóide
- Ligamento talofibular anterior
- Ligamento talofibular posterior
- Ligamento calcâneo-fibular
Articulações Intertársicas:
Articulações Tarsometatársica:
* Classificação: juntura sinovial plana monoaxial
Articulações Intermetatársicas:
* Classificação: juntura sinovial plana monoaxial
Articulações Metatarsofalângicas:
* Classificação: juntura sinovial condilar biaxial
* Movimentos realizados: flexão – extensão, adução – abdução
* Eixos dos movimentos:
- flexão e extensão: eixo látero- lateral
-adução e abdução: eixo crânio- caudal
Articulações Interfalângicas:
* Classificação: juntura sinovial gínglimo monoaxial
* Movimentos realizados: flexão – extensão
* Eixos dos movimentos:
- flexão e extensão: eixo látero-lateral
Flexão Plantar
Músculo acessório: Tibial posterior, fibular longo, fibular curto, flexor longo do
hálux, flexor longo dos dedos e plantar.
Dorsiflexão e Inversão do Pé
Inversão do Pé
Eversão do Pé
Motores principais: Flexor curto dos dedos, flexor longo dos dedos e flexor
longo do hálux
.
ARTÉRIAS
1. Aa. ilíaca comum
Ramos: Aa. ilíacas interna e externa.
2. A. ilíaca interna
Ramos parietais: Aa. glútea superior, obturatória, umbilical, glútea inferior e
pudenda interna.
Ramos viscerais: Aa. retais, vesicais e uterina.
T. I. - paredes, órgãos pélvicos, períneo e raiz da coxa.
Aa. obturatória e glúteas superior e inferior - parede pélvica.
A. pudenda interna - períneo e reto.
3. A. ilíaca externa
Ramos: Aa. epigástrica inferior e circunflexa profunda do ílio.
T. I. - membro inferior e parede anterolateral do abdome.
5. A. femoral profunda
Ramos: Aa. circunflexa lateral da coxa, circunflexa medial da coxa e 1ª, 2ª e 3ª
perfurantes.
T. I. - coxa.
VEIAS
DRENAGEM VEIA CAVA INFERIOR
1. MEMBRO INFERIOR
Veias superficiais
Vv. digitais dorsais
Vv. intercapitulares
Vv. digitais comuns
Arco venoso dorsal
Vv. marginais lateral e medial
Rede venosa dorsal do pé
V. safena parva
Formação: pela veia marginal lateral da rede venosa dorsal do pé.
Localização: passa posteriormente ao maléolo lateral, sobe posteriormente pela perna,
perfura a fáscia e corre
em seu desdobramento, aprofunda-se no terço superior da perna, entre as cabeças lateral e
medial do músculo
gastrocnêmio para desembocar na veia poplítea.
Drenagem: pé e perna.
Desembocadura: veia poplítea. (alguns casos na veia safena magna).
V. safena magna
Formação: pela veia marginal medial da rede venosa dorsal do pé.
Localização: passa anteriormente ao maléolo medial, sobe medialmente pela perna, passa
posteromedialmente ao joelho, sobe medialmente pela coxa; abaixo do ligamento inguinal
aprofunda-se, atravessa o hiato safeno na fáscia para desembocar na veia femoral.
Drenagem: pé, perna, parede abdominal e genitália externa.
Tributárias: veias safena acessória (medial e/ou lateral), pudenda externa superficial,
epigástrica superficial e circunflexa superficial do ílio.
Desembocadura: veia femoral.
VEIAS PROFUNDAS
Plexo Lombossacral
Os ramos ventrais dos nervos lombares penetram no ventre do músculo psoas maior,
onde formam o plexo lombar propriamente dito (principalmente L2 a L4). O plexo sacral
encontra-se anteriormente ao músculo piriforme e é constituído pelos ramos ventrais de L4,
L5, S1, S2, S3 e S4 (divisão superior de S4). A parte inferior de L4 e todo L5 formam o
tronco lombossacral, que entra na constituição do plexo sacral, fazendo cm que os plexos
sejam conhecidos como plexo lombossacral.
I - Nervo femoral:
Origem espinhal: L2, L3 e L4
Desce para atingir a região anterior da coxa posteriormente ao ligamento inguinal,
lateralmente aos vasos femorais.
Ramos cutâneos: nervo cutâneo anterior da coxa (que se divide em ramos medial e
intermédio) e nervo safeno (que inerva a pele da região ântero-medial da perna).
Motores: para os músculos ilíaco, pectíneo (inervação inconstante), sartório e quadríceps
(vasto medial, vasto intermédio, vasto lateral e reto da coxa).
IV - Nervo genito-femoral:
Origem espinhal: L1 e L2
Desce anteriormente ao músculo psoas maior e dividi-se em ramos genital e femoral.
O ramo genital entra no canal inguinal e inerva o músculo cremaster e o escroto (ou os
grandes lábios) e a parte adjacente da coxa.
O ramo femoral inerva a pele da região sobre o trígono femoral.
B) Nervo tibial:
Encontra-se no compartimento posterior da perna, onde envia ramos musculares para o sóleo,
gastrocnêmios medial e lateral, plantar, poplíteo, tibial posterior, flexor longo do hálux e
flexor longo dos dedos. Dá também ramos sensitivos para a pele do calcanhar e da planta.
Finalmente dividi-se em nervos plantares medial e lateral, que inervam os músculos e a pele
da planta do pé.
N. Obturatório N. Isquiático
Em prono. 1/3 da
distância entre a
tuberosidade isquiática e
o trocânter maior
(palpação indireta).
N. Isquiático
ou Ciático
N. Femoral
N. Tibial
N. Fibular
N. Safeno (ramos
infrapatelares)
Medial a patela,
sob o fêmur ou
tíbia.
N. Sural
A B DERMÁTOMOS . A: Vista
anterior de MI; B: Vista posterior
de MI. Su sucostal T12; II ílio-
inguinal L1; DRL ramo lombar
dorsal L1,2,3; DRS ramo dorsal
sacral S1, 2, 3; LCT cutâneo
lateral da coxa L2,3; O obturador
L2,3,4; MCT cutâneo medial da
coxa L2,3; PCT cutâneo posterior
da coxa S1,2,3; LC cutâneo
lateral da panturrilha L4,5,S1; Sa
safeno L3,4; S sural L5, S1,2; MC
calcâneo medial S1,2; DP fibular
profundo; SP fibular superficial
L4,5,S1; M&I cutâneo medial e
intermédio da coxa L2,3; FG
ramo femoral do genitofemoral
L1,2; IH ílio-hipogástrico L1.
L4-L5 Dorsiflexores
Inervação sensitiva
A) Nervos cutâneos superiores da nádega (clúneos superiores)
* Origem: divisões laterais dos ramos dorsais de L1, L2 e L3
B) Nervos cutâneos médios da nádega (clúneos médios)
* Origem: divisões laterais dos ramos dorsais de S1, S2 e S3
C) Nervos cutâneos inferiores da nádega (clúneos inferiores)
* Origem: nervo cutâneo posterior da coxa
D) Nervo perfurante cutâneo
* Origem: ramos ventrais de S2 e S3
E) Nervo iliohipogátrico
* Origem: ramo ventral de L1
Fáscia
A fáscia da região glútea reveste o músculo glúteo máximo e, em seguida, continua para adiante
como a aponeurose glútea sobre o músculo glúteo médio. Inferiormente a aponeurose continua
como trato iliotibial da fáscia lata. Superiormente, a fáscia glútea está aderida à crista ilíaca e
posteriormente ao ligamento sacrotuberal. Está unida à pele ao longo da prega glútea, abaixo da
borda inferior do músculo glúteo máximo.
Musculatura
O glúteo máximo, o glúteo médio e o glúteo mínimo, do plano superficial para o profundo,
nesta ordem, formam a massa da nádega.
A) Músculo glúteo máximo:
* Inervação: nervo glúteo inferior
* Ação: extensão e rotação lateral da coxa
B) Músculo glúteo médio:
* Inervação: nervo glúteo superior
* Ação: rotação medial e abdução da coxa
C) Músculo glúteo mínimo:
* Inervação: nervo glúteo superior
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL
CURSO DE MEDICINA – CPTL
BBPM 2 - ROTEIRO DE ANATOMIA
U HUMANA - MMII
Relações anatômicas
Compartimentos suprapiriforme e infrapiriforme
Os ligamentos sacrotuberal e sacroespinhal formam, juntamente com os ossos, os limites dos
forames isquiáticos maior e menor.
O músculo piriforme divide o forame isquiádico maior em 2 compartimentos: supra e
infrapiriforme.
A) Elementos que deixam a pelve pelo compartimento suprapiriforme: artéria glútea superior,
veias glúteas superiores e nervo glúteo superior
B) Elementos que deixam a pelve pelo compartimento infrapiriforme: n. pudendo, n glúteo
inferior, n. isquiádico, n. para o m. quadrado da coxa, n. para o m. obturatório interno, n. cutâneo
posterior da coxa, vasos glúteos inferiores e a. pudenda.
Nervos
Nervo glúteo superior: divide-se em um ramo superior que inerva o músculo glúteo médio e um
ramo inferior que inerva os músculos glúteos mínimo e tensor da fáscia lata.
* Origem: L4, L5 e S1
Nervo glúteo inferior: divide-se em ramos que inervam o músculo glúteo máximo.
* Origem: L5, S1 e S2
Nervo isquiádico: maior nervo do corpo humano. Compõe-se de dois nervos: o nervo tibial e o
nervo fibular, que estão unidos. Desce diante do glúteo máximo e a seguir penetra na coxa.
* Origem: L4, L5, S1, S2 e S3
Nervo cutâneo posterior da coxa: desce profundamente ao glúteo máximo junto com os vasos
glúteos inferiores e o nervo isquiádico. Emite os nervos inferiores da nádega, ramos perineais para
a cútis da genitália externa e os ramos femoral e sural para a pele do dorso da coxa e da sura.
* Origem: S1, S2 e S3
Nervo pudendo: fornece a maior parte da inervação do períneo.
* Origem: S2, S3 e S4
Vasos
Artéria glútea superior:
* Origem: artéria ilíaca interna
* Ela emite dois ramos: superficial e profundo. O ramo superficial divide-se em ramúsculos que
penetram no músculo glúteo máximo. O ramo profundo acompanha o nervo glúteo superior e
assim como esse nervo, também se divide em ramos superior e inferior.
Artéria glútea inferior: situa-se sob o glúteo máximo e desce medialmente ao nervo isquiádico,
juntamente com o nervo cutâneo posterior da coxa
* Origem: artéria ilíaca interna
* Ramos:
- musculares
- artéria satélite do nervo isquiádico
- ramo descendente: participa da anastomose cruciforme.
Artéria pudenda interna: entra no períneo através do forame isquiádico menor. Dá ramos que
irrigam os órgãos genitais.
* Origem: arteira ilíaca interna
Veias glúteas superior e inferior: acompanham as respectivas artérias e desembocam na veia ilíaca
interna. Comunicam-se com as tributárias da veia femoral e provêm uma via importante para o
retorno venoso do sangue do membro inferior, pois podem estabelecer esse retorno se a veia
femoral for obstruída.
Observação
A região apropriada para injeções intramusculares é o quadrante lateral e superior da nádega e
também a parte anterior da região glútea (parte que contem o músculo tensor da fáscia lata). Isso
porque essas regiões são relativamente avasculares e livres de nervos principais.
Inervação sensitiva
A) Nervo cutâneo posterior da coxa
* Origem: S1, S2, S3
B) Nervo cutâneo lateral da coxa
* Origem: divisões posteriores dos ramos ventrais de L2 e L3
C)Nervo obturatório
* Origem: divisões anteriores dos ramos ventrais de L3 e L4
D) Ramos cutâneos anteriores
* Origem: nervo femoral (L2, L3, L4)
Musculatura
A) Músculo bíceps femoral:
* Inervação:
- Porção longa (medial): porção tibial do nervo isquiádico
- Porção curta (lateral): porção fibular comum do nervo isquiádico
* Ação:
Nervos
Nervo isquiádico: maior nervo do corpo humano. Compõe-se de dois nervos: o nervo tibial e o
nervo fibular, que estão unidos. Desce diante do glúteo máximo e a seguir penetra na coxa.
* Origem: L4, L5, S1, S2 e S3
O nervo isquiádico se bifurca nos ramos: nervo fibular comum e nervo tibial. Embora a separação
desse nervo possa ocorrer em qualquer nível da região glútea ou da coxa, ela usualmente ocorre
no terço distal da coxa.
Vasos
A vascularização da região é dada pelas artérias perfurantes, cuja origem é na artéria femoral
profunda.
Relações anatômicas
Hiato tendíneo
No 1/3 inferior da coxa, encontramos o hiato tendíneo, um orifício formado entre pontos de
inserção do músculo adutor magno no fêmur que permite a passagem da artéria femoral da região
anterior para a posterior, passando a se chamar artéria poplítea, e a passagem da veia poplítea da
região posterior para anterior, passando a se chamar veia femoral.
A tela subcutânea dessa região contém muita gordura. É bastante espessa na virilha, onde forma
duas camadas: a camada profunda, membranácea e fina e a camada superficial.
Inervação sensitiva
A) Ramos cutâneos anteriores da coxa
* Origem: nervo femoral
B) Nervo cutâneo lateral da coxa
* Origem: L2 e L3
C) Nervo obturatório
* Origem: L3 e L4
D) Ramo femoral do nervo genitofemoral
* Origem: n. genitofemoral (L1, L2)
E) Ílio-inguinal
* Origem: L1
F) Ílio-hipogastrico
* Origem: L1
Veias superficiais
Veia safena magna:
* Origem: extremidade medial do arco venoso dorsal do pé
* Desembocadura: v. femoral
* Passa anteriormente ao maléolo medial e cruza a face medial da tíbia em companhia do nervo
safeno. Corre para cima ao longo da margem medial da coxa, atravessa a fáscia crivosa, que
ocupa o hiato safeno. Perfura a bainha femoral e desemboca na veia femoral.
Tributárias da veia safena magna:
* Veias safenas acessórias medial e lateral
* Veias pudendas externas
* Veia circunflexa superficial do íleo
* Veia epigástrica superficial
Fáscia
A fáscia lata é a fáscia da coxa, e os elementos a ela relacionados são:
* Hiato safeno: É uma abertura ovóide na fáscia lata atravessada pela v. safena magna para chegar
de encontro na v. femoral.
* Fáscia crivosa: É a camada profunda da tela subcutânea, situada sobre o hiato safeno e perfurada
pela v. safena magna e suas tributárias.
* Septos intermusculares medial e lateral: expansões internas da fáscia lata até o fêmur,
delimitando três compartimentos: anterior, posterior e medial.
* Trato ílio-tibial: é um espessamento da fáscia lata em sua porção lateral, sob o músculo vasto
lateral, que se estende para dentro como o septo intermuscular lateral. Os músculos glúteo
máximo e tensor da fáscia lata estão inseridos no trato.
* Septo ileopectíneo:
- Compartimento vascular: contém os vasos femorais
- Compartimento muscular:contém o músculo iliopsoas e o nervo femoral
* Bainha femoral: é uma bainha formada anteriormente pela fáscia transversal e posteriormente
pela fáscia ilíaca, e envolve a arteria femoral, a veia femoral e o canal femoral. Essas estruturas
estão separadas por dois septos anteroposteriores.
→ Canal femoral: contém gordura e alguns vasos linfáticos. Sua extremidade superior,
denominada ânulo femoral, é fechada por tecido extraperitoneal. É importante cirurgicamente
devido a sua relação com hérnias, ou seja, a protrusão de tecido extraperitoneal através do ânulo
femoral.
Musculatura
Musculatura do compartimento anterior da coxa:
A) Músculo sartório:
* Inervação: nervo femoral
* Ação: flexão da perna e da coxa
B) Músculo iliopsoas: duas porções: uma porção lateral (ilíaca) e uma porção medial
(psoas maior)
* Inervação: parte psoas maior – ramos do plexo lombar
parte ilíaca – nervo femoral
* Ação: flexão da coxa (principal flexor da coxa), quando a coxa esta fixa faz flexão de
tronco
C) Músculo pectíneo:
* Inervação: ramo anterior do nervo obturatório ou nervo femoral
* Ação: adução da coxa e auxilia na sua flexão
D) Músculo quadríceps femoral:
- Músculo vasto lateral
- Músculo vasto medial
- Músculo vasto intermédio
- Músculo reto da coxa
* Inervação: nervo femoral
* Ação: extensão da perna
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Relações anatômicas
Trígono femoral:
Localiza-se no terço superior da face anterior da coxa.
* Limites:
- Medial: borda medial do músculo adutor longo
- Lateral: borda medial do músculo sartório
- Superior: ligamento inguinal
- Assoalho: músculos iliopsoas, pectíneo e adutor longo
- Teto: fáscia lata e fáscia crivosa
* Conteúdo: nervo femoral, artéria femoral, veia femoral, linfonodos e gordura
Canal dos adutores:
Localiza-se no terço médio da porção medial da coxa.
* Limites:
- Lateral: músculo vasto medial
- Medial: músculos adutor longo e adutor magno
- Teto: músculo sartório e fáscia subsartorial
* Conteúdo: vasos femorais, nervo safeno, nervo para o vasto medial e artéria genicular
descendente
Nervos
Os nervos que atingem a região ântero-medial da coxa são ramos do plexo lombar.
A) Nervo femoral: maior ramo do plexo lombar. Emerge da borda lateral do músculo psoas
maior e penetra na coxa.
* Origem: L2, L3 e L4
* Ramos: musculares, termina dando uma divisão anterior (ramos cutâneos anteriores e ramo para
o sartório) e uma divisão posterior (ramos musculares para o quadríceps da coxa e nervo safeno).
→ Nervo safeno: terminação do nervo femoral. Desce com os vasos femorais através do trígono
femoral e em seguida torna-se cutâneo. Desce na perna com a veia safena magna, inervando a pele
na face medial da perna e do pé.
* Origem: L3 e L4
* Ramos: anterior e posterior
Vasos
A) Artéria Femoral: é a continuação da artéria ilíaca externa, abaixo do nível do ligamento
inguinal e é o principal tronco arterial que irriga o membro inferior. No terço superior da coxa é
relativamente superficial no trígono femoral. No terço médio situa-se profundamente no canal dos
adutores. No terço inferior, o nome da artéria é mudado para poplítea, quando passa através do
hiato tendíneo.
Ramos da artéria femoral:
* Artéria epigástrica superficial: ascende em direção ao umbigo.
* Artéria circunflexa superficial do íleo: corre em direção à espinha ilíaca
ântero-superior
* Artérias pudendas externas: dão ramos inguinais e ramos para a genitália
externa.
* Artéria nutrícia do fêmur
* Artéria femoral profunda; origina três artérias perfurantes e termina como
a quarta perfurante.
* Artéria circunflexa lateral do fêmur:
Ramos: ascendente (se anastomosa com a artéria glútea superior), transverso (anastomose
cruciforme) e descendente (vai para o joelho).
* Artéria circunflexa medial do fêmur.
Ramos: ascendente (se anastomosa com as artérias glúteas), transverso (anastomose cruciforme) e
acetabular (se anastomosa com o ramo acetabular da artéria obturatória)
* Artéria descendente do joelho: divide-se em ramos safeno e articular. O ramo safeno acompanha
o nervo safeno até o joelho e anastomosa-se com a artéria inferior medial do joelho. Os ramos
articulares descem até a juntura do joelho.
B) Artéria Obturatória: é um ramo da artéria ilíaca interna e deixa a pelve pelo forame obturado.
Dá origem a ramos anterior e posterior. O ramo posterior dá o ramo acetabular. Essas artérias, ou
seus ramos, formam importantes anastomoses para o membro inferior.
C) Veia femoral: continuação da veia poplítea acima do hiato tendíneo. Sobe através do canal dos
adutores ficando póstero-lateral e depois posterior à artéria femoral. Em seguida, passa através do
trígono femoral, ficando posterior e depois medial à artéria femoral. Penetra na bainha femoral e
termina tornando-se a veia ilíaca externa, atrás do ligamento inguinal.
A fossa poplítea é uma área em forma de losango que se situa na região posterior do
joelho. Seus limites são:
* Lateral superior: músculo bíceps femoral
* Lateral inferior: músculos plantar e gastrocnêmio lateral
* Medial superior: músculos semitendíneo e semimembranáceo
* Medial inferior: músculo gastrocnêmio medial
* Teto: fáscia poplítea
* Assoalho: face poplítea do fêmur, ligamento poplíteo obliquo do joelho e fáscia sobre o m.
poplíteo.
* Conteúdo: vasos poplíteos, n. tibial, n. fibular comum, n. cutâneo posterior da coxa, ramo
genicular do n. obturatório, v. safena parva, linfonodos, bolsas e gordura
Vasos:
A) Artéria Poplítea
* Limite proximal: hiato tendíneo
* Terminação: Artéria tibial anterior
Tronco tíbio-fibular
* Ramos colaterais:
- Artérias surais
- Artérias geniculares: situam-se ao redor da articulação do joelho, onde se anastomosam.
São:
Artéria superior lateral do joelho
Artéria superior medial do joelho
Artéria inferior medial do joelho
Artéria inferior lateral do joelho
Artéria média do joelho (não participa da anastomose do joelho, mas nutre a articulação
genicular)
Inervação sensitiva
A) Nervo cutâneo medial da sura:
* Origem: nervo tibial
B) Nervo cutâneo lateral da sura:
* Origem: nervo fibular comum
C) Nervo comunicante fibular:
* Origem: nervo cutâneo lateral da sura
D) Nervo sural:
* Formação: nervo cutâneo medial da sura e nervo comunicante fibular
E) Nervo safeno:
* Origem: nervo femoral
F) Nervo fibular superficial:
* Origem: nervo fibular comum
Veias superficiais
A)Veia safena parva: veia relacionada com a tela subcutânea da região posterior da perna
* Origem: extremidade lateral do arco venoso dorsal do pé
* Desembocadura: v. poplítea
Fáscia
* A fáscia da perna é chamada de fáscia crural, e envia septos intermusculares que dividem a
perna em três compartimentos: anterior, lateral e posterior. No compartimento posterior,
separando o grupo muscular superficial do profundo, encontra-se a fáscia (ou septo) transversa
profunda da perna. Espessamentos da fáscia nessa região formam os retináculos dos flexores
(superior e inferior).
Musculatura
- GRUPO SUPERFICIAL:
Nervos
A) Nervo tibial: se distribui na região posterior da perna, lança ramos calcaneares mediais
e, ao nível do tornozelo, emite seus ramos terminais:
- Nervo plantar medial
- Nervo plantar lateral
B) Nervo fibular comum: se divide em nervo fibular superficial e nervo fibular profundo.
O superfcial se distribui no compartimento lateral da perna e, mais distalmente, se torna o
superficial. Já o profundo se encontra no compartimento anterior da perna.
Vasos
A) Artéria poplítea: emite os seguintes ramos terminais:
* Artéria tibial anterior (se direciona ao compartimento anterior da perna)
* Tronco tíbio-fibular
B) Tronco tíbio-fibular: origina o ramo circunflexo da fíbula e se divide em artéria tibial posterior
e artéria fibular, que são os vasos encontrados na região posterior da perna.
C) Artéria tibial posterior:
Ramos:
* Musculares
* Artéria nutrícia da tíbia
* Ramo maleolar posterior medial (dá ramos calcaneares para a rede calcanear)
* Artérias plantares medial e lateral
D)Artéria fibular:
Ramos:
* Musculares
* Artéria nutrícia da fíbula
* Ramos comunicante
* Ramo perfurante
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Inervação sensitiva
- Os nervos que fazem a inervação sensitiva da região antero-lateral da perna são:
A) Nervo safeno (ramo terminal do nervo femoral)
B) Nervo cutâneo lateral da sura (ramo do nervo fibular comum)
C) Nervo fibular superficial (ramo terminal do nervo fibular comum)
-Os nervos responsáveis pela inervação sensitiva da região dorsal do pé são:
A) Nervo fibular superficial, através de seus ramos:
* Nervo cutâneo dorsal medial do pé
* Nervo cutâneo dorsal intermédio do pé
B) Nervo cutâneo dorsal lateral (ramo do nervo sural).
C) Ramo medial do nervo fibular profundo.
Veias superficiais
* Na tela subcutânea pode-se encontrar o arco venoso dorsal do pé, de onde se originam as veias
safena magna (medialmente) e safena parva (lateralmente).
Fáscia
* A fáscia crural envia os septos intramusculares anterior e posterior, que fazem a delimitação dos
compartimentos anterior e lateral. Espessamentos da fáscia formam, na região antero-lateral, os
seguintes retináculos:
- retináculo dos extensores (superior e inferior)
- retináculo dos fibulares (superior e inferior)
Musculatura
- Músculos do compartimento anterior:
A) Músculo tibial anterior:
* Inervação: n. fibular profundo
* Ação: dorsiflexão e inversão do pé
B) Músculo extensor longo do hálux:
* Inervação: n. fibular profundo
* Ação: extensão do hálux e auxílio na dorsiflexão do pé
C) Músculo extensor longo dos dedos:
* Inervação: n. fibular profundo
* Ação: extensão dos dedos, dorsiflexão e eversão do pé
D) Músculo fibular terceiro:
* Inervação: n. fibular profundo
* Ação: eversão do pé
-Músculos do compartimento lateral
A) Músculo fibular longo:
* Inervação: n. fibular superficial
* Ação: flexão plantar e eversão do pé
B) Músculo fibular curto:
* Inervação: n. fibular superficial
* Ação: eversão do pé
-Músculos do dorso do pé:
A) Músculo extensor curto dos dedos:
* Inervação: ramo lateral do n. fibular profundo
* Ação: extensão dos dedos
B) Músculo extensor curto do hálux:
* Inervação: ramo lateral do n. fibular profundo
* Ação: extensão do hálux
Nervos
A) Nervo fibular comum: se divide dando seus ramos terminais:
* Nervo fibular superficial – compartimento lateral da perna
* Nervo fibular profundo – compartimento anterior da perna
Vasos
A) Artéria tibial anterior:
Um dos ramos terminais da artéria poplítea; origina os seguintes ramos:
- Artéria recorrente tibial anterior.
- Artéria recorrente tibial posterior (inconstante)
- Artéria maleolar anterior medial.
- Artéria maleolar anterior lateral.
B) Artéria dorsal do pé:
Continuação da artéria tibial anterior; origina os seguintes ramos:
- Artéria társica lateral.
- Artéria társica medial.
- Artéria arqueada.
- Artérias metatársicas e digitais dorsais.
- Ramo plantar profundo
Musculatura
- Músculos da primeira camada:
A) Músculo flexor curto dos dedos:
* Inervação: n. plantar medial
* Ação: flexão das falanges medias sobre as proximais dos dedos II a V
B) Músculo abdutor do hálux:
* Inervação: n. plantar medial
* Ação: flexão e abdução do hálux
C) Músculo abdutor do dedo mínimo:
* Inervação: n. plantar lateral
* Ação: abdução e flexão do dedo minimo
- Músculos da segunda camada:
A) Tendão do músculo flexor longo dos dedos
B) Músculo quadrado plantar (flexor acessório)
* Inervação: n. plantar lateral
* Ação: auxilia o m. flexor longo dos dedos
C) Músculos lumbricais:
* Inervação: 1o: n. plantar medial
2o 3o e 4o : n. plantar lateral
Prof. Dr. Adalberto Vieira Corazza 33
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL
CURSO DE MEDICINA – CPTL
BBPM 2 - ROTEIRO DE ANATOMIA
U HUMANA - MMII
Vasos e nervos
Os vasos e nervos da região plantar, apesar de difícil identificação, devem ser estudados a seguir:
A) Artérias plantares medial e lateral.
* Origem: artéria tibial posterior
B) Nervos plantares medial e lateral:
* Origem: nervo tibial