Resumo Enem História 2024 Completo

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HISTÓRIA

Da Idade Média à Idade Moderna

Feudalismo
- Introdução à História: A história é uma ciência em constante evolução, mais complexa
que a simples memorização de datas e nomes. A periodização (Idade Antiga, Idade
Média, Idade Moderna e Idade Contemporânea) é uma ferramenta didática que ajuda
a entender as diferentes características de cada período.

A Estrutura do Feudalismo
- Economia: O feudalismo, surgido no século IX, era essencialmente agrícola. A terra era
o principal meio de produção, administrada por senhores feudais, enquanto os
camponeses, chamados servos, trabalhavam as terras em troca de proteção. Existiam
tributações como banalidade, talha e corveia.

- Sociedade: A sociedade feudal era estratificada em três classes: Clero, Nobreza e


Campesinato. A mobilidade social era quase inexistente. A vassalagem estabelecia
relações entre senhores e vassalos, onde proteção e terras eram trocadas por lealdade
militar.

- Política: O feudalismo não tinha um poder centralizado; cada feudo era autônomo, mas
sob a influência da Igreja Católica, que atuava como uma instituição unificadora e
reguladora das normas sociais. Apesar de rígida, essa sociedade passou por revoltas,
principalmente devido à fome.

Renascimento Comercial e Urbano

- Transformações Econômicas: A partir do Renascimento, o comércio começou a


ressurgir, levando ao crescimento das cidades comerciais (burgos) e à formação da
burguesia. As cruzadas foram importantes para reavivar o comércio mediterrâneo,
embora os objetivos militares tenham fracassado.
- Crise do Feudalismo: No século XIV, fatores como guerras, fomes e a Peste Negra
levaram à crise do sistema feudal. A perda populacional e a instabilidade social
resultaram em mudanças significativas nas relações de poder.

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João Gabriel Rodrigues da Silveira
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HISTÓRIA
-Formação dos Estados Modernos: A centralização política emergiu como solução para
os problemas sociais. A nobreza e o clero apoiaram a figura do rei, enquanto a burguesia
encontrou no Estado uma forma de ampliar seus interesses comerciais.

O Antigo Regime

- Definição: O Antigo Regime refere-se ao conjunto de características dos Estados que


se formaram na Idade Moderna, incluindo o absolutismo monárquico, mercantilismo e
uma sociedade estamental.
- Absolutismo Monárquico: O absolutismo é um sistema político onde o rei concentra
poder. As classes sociais, especialmente a nobreza e o clero, viam o rei como uma
proteção contra revoltas camponesas. A legitimidade do poder monárquico era
frequentemente justificada pela teoria do direito divino, que sustentava que os reis
eram designados por Deus.
- Mercantilismo: O mercantilismo visava acumular riqueza através de metais preciosos
e a intervenção do Estado na economia. A política mercantilista variou entre os países,
com a França, Inglaterra e Holanda adotando estratégias distintas, que incluíam
aumento do comércio e práticas como o tráfico negreiro e o colonialismo.

O período da transição da Idade Média para a Idade Moderna


foi marcado por mudanças econômicas, sociais e políticas
profundas, que prepararam o desenvolvimento dos Estados
modernos e a consolidação de novas relações de poder e
comércio no cenário europeu

Expansão Marítima e Colonialismo

EXPANSÃO MARÍTIMA

O Pioneirismo Português
- Formação do Estado Português: O Estado de Portugal se consolidou durante a
Reconquista, lutando contra os mouros e conquistando a independência em 1139. O
evento mais marcante foi a Revolução de Avis e a vitória na Batalha de Aljubarrota em
1385.
- Centralização do Poder: Para enfrentar Castela, a monarquia portuguesa buscou apoio
da nobreza, concedendo terras como recompensa. O cronista Zurara sugeriu que
Portugal deveria "virar as costas para a Europa e se lançar ao mar", o que levou ao início
da expansão marítima.

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Fatores da Expansão Marítima:
- Localização Geográfica: Portugal, com suas costas atlânticas, já possuía experiência em
navegação, utilizando técnicas desenvolvidas para o comércio no Mediterrâneo.
- Desenvolvimento de uma Burguesia: O contato com comerciantes europeus
enriqueceu a burguesia e possibilitou o financiamento das expedições. A Escola de
Sagres foi um centro de inovações tecnológicas para a navegação.
- Interesse da Igreja Católica: A Igreja suportou a expansão, buscando novas terras e fiéis
para aumentar sua influência.

O Périplo Africano:

- O projeto português de alcançar as Índias se concretizou através da exploração da costa


africana, iniciada com a conquista de Ceuta em 1415.
- Bartolomeu Dias chegou ao Cabo da Boa Esperança em 1488, e Vasco da Gama chegou
à Índia em 1498, estabelecendo comércio lucrativo e rompendo o monopólio das
cidades italianas.

Descobrimento da América e Tratado de Tordesilhas:


- Cristóvão Colombo, em 1492, descobriu as Américas a serviço da Espanha, resultando
em debates sobre a divisão do novo mundo entre as Coroas.
- A Igreja propôs um acordo, mas Portugal, preocupada com sua hegemonia,
estabeleceu o Tratado de Tordesilhas em 1494, dividindo as novas terras entre Portugal
e Espanha.

A CHEGADA AO BRASIL
- Em 22 de abril de 1500, Pedro Álvares Cabral chega ao Brasil enquanto se dirigia para
as Índias. A expedição focava em garantir o monopólio sobre a rota marítima até as
Índias, previsto no Tratado de Tordesilhas. Inicialmente a terra foi chamada de Vera Cruz
( Porto Seguro - Bahia).
O frei Henrique Soares realizou 2 missas, sendo em 26 de abril a 1º ( na caravela) e em
1º de maio em terra firme.
Após descoberta, a esquadra seguiu para as Indias e 1 embarcação retornou, com a
Carta de Pero Vaz de Caminha, para informar o Rei das descobertas.

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PRÉ-COLONIA 1500-1530

Inicialmente não se houve interesse em colonizar o Brasil, apenas realizando a


exploração de Pau-Brasil. Em 1501, Gaspar Lemos explorou o litoral, estudou os rios e
percebeu a enorme quantia do material explorado.

Explorações de guardas e Policiamentos eram feitas, nas primeiras décadas, para evitar
o contrabando, furto e invasões. Como a de Cristovão jacques de 1516 a 1526.
O sistema de feitorias foi implantado, do qual era entrepostos comercias para
armazenar madeiras. Mesmo com grande exploração a Coroa terceirizou o corte e
venda.

A COLONIZAÇÃO DO BRASIL

Se deu pela queda do comércio com o Oriente, o grande custo no transporte de


especiarias das Indias e a ameaça constante dos franceses no litoral brasileiro.
Iniciou-se em 1530, com Martim Afonso de Souza, que tinha como objetivo percorrer
todo litoral em busca de preciosidades, expulsar os franceses se os achasse e organizar
nucleos de povoamento. Em 22/01/1532, ele fundou a VILA DE SÃO VICENTE.

CÁPITANIAS HEREDITÁRIAS
A coroa estava sem recursos financeiros para colonizar, logo, terceirizou através da
implantação do sistema de capitanias hereditárias, em 1534, dividindo o Brasil em 15
grandes extensões para 12 donatários.

O donatário era um homem nomeador pelo Rei, que teria autoridade máxima na terra,
sendo essa última direito hereditário de seu filho.

Principais docs: Carta de Doação, que conferia a posse ao donatário e a Carta de foral
que estabelecia os direitos e deveres do donatário.

Sendo eles: Criar vilas e distribuir terras, exercer autoridade judicial e administrativa,
escravizar os indios, receber 5% dos lucros sobre a venda de Pau-Brasil, dar 10% do
lucro da terra ao Rei e 20% dos lucros das preciosidades extraídas a Coroa.

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HISTÓRIA
Os resultados foram tristes, em virtude da falta de recursos, revoltas indigenas,
dificuldade no plantio e pouca ajuda da Coroa, apenas 2 capitanias deram certo: São
Vicente e Pernambuco. Com esse fracasso, foi instituido o Governo Geral do Brasil, em
1548.

Buscando centralizar a administração da colonia, ajudar os donatarios e defender a


colonia.

O regimento de Amerim estabelecia as atribuições do novo Governador do Brasil;


Militar, Judiciaria, administrativa e eclesticas. Além do Governador Geral, surgiram
outros cargos para ajudar, como o ouvidor-mor, que cuidava da justiça, provedor mor
que cuidava das finanças e o capitão mor, que era responsavel pela defesa da colonia.

OS PRIMEIROS GOVERNADORES:

● Tome de Souza ( 1549-1553)

Ele trouxe os primeiros jesuitas, Fundou Salvador, deu inicio a pecuaria e


incentivou as “entradas”, que eram expedições para o interior do Brasil em
busca de metais preciosos.

● Duarte Da Costa ( 1553-1558)


Trouxe o jesuíta: José Anchieta, do qual em 1554 fundou, com Manuel da
Nobrega, o Colégio de São Paulo de Piratininga, que junto dele nasceu a Vila de
São Paulo.
1555: Os franceses invadiram o RJ, liderador por Nicolau Durand, e fundaram o
povoamento chamado França Antártida, sem soldados e armas o governador
brasileiro não conseguiu expulsá-los.

● Mem de Sá ( 1558-1572)
Expulsou os franceses em 1567, com ajuda de Estácio de Sá e Anchieta.
Promoveu guerras de exterminio indígenas e incentivou a importação de
escravos africanos.

DIVISÃO DO BRASIL EM 2
Em 1572 o Rei de Portugal dividiu o Brasil em 2 Governos, o do Norte com sede
em Salvador e do sul com Sede no RJ. Mas não deu certo também, se unindo
novamente em 1578, mantendo a sede em Salvador. Nesse meio tempo,
Portugal foi anexada pela espanha, dando inicio a União Ibérica.

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HISTÓRIA
● Camaras municipais
Eram instituições importantes para a comunicação da Coroa com as
principais vilas. Os homens bons debatiam, semelhantes aos atuais
vereadores, e tinham liberdade para tratar de assuntos administrativos,
judiciarios e de tributação. Com tanto poder, começaram a desobedecer
ordens de funcionáriosdo Rei, forçando assim a criação do CONSELHO
ULTRAMARINO, em 1642, que centralizava as tarefas administrativas da
colonia e diminuiu o poder das camaras.

● A América Portuguesa:
- Período Pré-colonial: Inicialmente, o interesse português era voltado principalmente
ao Oriente, com pouca exploração das terras brasileiras no início.
- Capitanias Hereditárias: Em 1530, Portugal iniciou a colonização com as capitanias,
doando terras a donatários. O sistema não teve sucesso devido ao desinteresse dos
donatários e ao isolamento.
- Governo Geral: Criado em 1548 para centralizar a administração sob um governador
geral, com Salvador como a primeira capital.
- Câmaras Municipais: Foram formadas para administração local, essenciais para a
estrutura de poder colonial, envolvendo os “Homens Bons”.

A América Espanhola:

- A conquista foi facilitada pela superioridade bélica dos espanhóis e pelas doenças que
afetaram as populações nativas.
- A colonização se desenvolveu por meio de capitulações, onde a Coroa concedia
permissões aos conquistadores.
- A economia espanhola se concentrou na agricultura, pecuária e, especialmente,
mineração, utilizando trabalho indígena sob sistemas como Mita e Encomienda.

A América Inglesa:

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- As colônias inglesas foram fundadas por grupos como os puritanos que buscavam
liberdade religiosa. A economia no Norte desenvolveu-se com pequenas propriedades,
comércio e indústrias.
- O comércio triangular envolvia a troca de produtos e escravos entre as colônias, a
Inglaterra e a África. No Sul, a colonização baseou-se em latifúndios de monocultura que
utilizavam mão de obra escrava.

Entender a expansão marítima e o colonialismo é


essencial para a compreensão das relações políticas,
econômicas e sociais que moldaram não só a história da
América Latina, mas também do mundo. Cada uma
dessas fases tem consequências diretas na formação e
transformação das sociedades até os dias atuais.

Renascimento e Reforma

A transição de épocas, como o Renascimento e a Reforma, não deve ser limitada a datas
específicas. A modernidade é uma série de transformações políticas, econômicas, sociais
e culturais complexas. A formação dos Estados modernos e a expansão marítima já
fazem parte dessa transição.

● O RENASCIMENTO CULTURAL

-O Humanismo
O Renascimento foi um movimento cultural que trouxe profundas mudanças nas
relações sociais e na vida urbana. Uma nova concepção de vida emergiu, promovida
principalmente pelo humanismo, que valorizava o ser humano e o conhecimento
científico. As características principais desse movimento incluem:
-Antropocentrismo: O foco no homem como centro do universo.
-Racionalismo e Cientificismo: A importância do conhecimento científico e da
observação da natureza.

-Hedonismo: A valorização do prazer e da busca pela beleza na vida cotidiana.

O Renascimento Italiano
O Renascimento começou nas cidades italianas no século XIII e se estendeu pelos
séculos seguintes. Principais características incluem:

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- Desenvolvimento nas cidades ricas, especialmente vinculadas ao comércio.
- O mecenato, onde a burguesia e nobres financiavam as artes para obtenção de status
social.
- Influência da cultura clássica e dos sábios bizantinos, que ajudaram na recuperação
de textos antigos.

- A invenção da imprensa, que facilitou a disseminação do conhecimento.

Principais Artistas Italianos

Os artistas renascentistas se destacaram em várias obras notáveis, como:

- Sandro Botticelli: "Primavera" e "O Nascimento de Vênus".


- Leonardo da Vinci: "A Virgem dos Rochedos" e "Monalisa".

- Michelângelo: "Teto da Capela Sistina" e "Pietá".

- Rafael: "A Escola de Atenas" e "Madona da Manhã".

A Expansão do Renascimento na Europa

No século XVI, o Renascimento se espalhou pela Europa, alimentado por guerras e


invasões que facilitavam o contato cultural. No entanto, isso ocorreu paralelamente à
decadência do Renascimento Italiano, que enfrentava crises econômicas e o impacto
da Reforma Religiosa e da Contrarreforma.
● A REFORMA PROTESTANTE E A REFORMA CATÓLICA
A Reforma Protestante, surgida em um contexto de transformação social e econômica,
foi impulsionada por questionamentos internos à Igreja Católica.
Antecedentes
Movimentos anteriores já haviam contestado a Igreja, mas a forte repressão e um
clima de teocentrismo dificultaram a sua evolução.

● A Reforma Luterana
Martinho Lutero criticou a corrupção do clero e propôs que a salvação seria alcançada
pela fé e não por obras. Seus "95 teses" desencadearam um movimento que culminou
em sua excomunhão e na formação de um novo grupo religioso, com apoio da
nobreza.

● A Reforma Anabatista

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Os anabatistas buscaram uma forma primitiva de cristianismo, rejeitando a hierarquia
e defendendo o rebatismo. Lutero, por outro lado, não apoiou suas aspirações,
temendo por uma divisão social.
● A Reforma Anglicana
Henrique VIII rompeu com a Igreja Católica para formar a Igreja Anglicana. Essa
reforma, motivada por interesses políticos e pessoais, teve impactos significativos na
propriedade das terras e começou a enriquecer a burguesia agrária.

● A Reforma Calvinista
João Calvino formou um movimento que enfatizava a predestinação, com uma ética de
trabalho que se associou ao crescimento da burguesia e ao capitalismo.
● A Reforma Católica
Em resposta ao Protestantismo, a Igreja Católica promoveu o Concílio de Trento e
adotou medidas que tentaram reafirmar seu poder, organizzando o clero e reprimindo
opositores através da Inquisição e do INDEX.

ECONOMIA COLONIAL

A economia colonial brasileira pode ser dividida em três fases principais: a economia
do açúcar, a mineração e a diversificação econômica. Vou explicar cada uma delas.
● Economia do Açúcar (Séculos XVI e XVII)
- Cana-de-açúcar: A principal atividade econômica no início da colonização foi a
plantação de cana-de-açúcar, especialmente nas regiões Nordeste.
- Sistema de plantation: Esse sistema era caracterizado por grandes latifúndios
monocultores que utilizavam mão de obra escrava. Os senhores de engenho eram os
proprietários das terras e das instalações para produção do açúcar.
- Exportação: O açúcar produzido era exportado principalmente para a Europa, onde
havia alta demanda. O Brasil se tornou um dos maiores exportadores de açúcar do
mundo.
- Mão de obra: Inicialmente, os indígenas foram utilizados como mão de obra, mas a
partir do século XVII, os africanos escravizados passaram a ser a principal fonte de
trabalho nas plantações.

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● Economia da Mineração (Século XVIII)

- Descobrimento de Minas: A descoberta de ouro em Minas Gerais, Goiás e Mato


Grosso transformou a economia colonial. Isso levou ao chamado "Ciclo do Ouro".
- Exploração mineral: A extração do ouro era feita por garimpos e pela construção de
lavras (minas).
- Impactos econômicos: O ouro trouxe riqueza para alguns, mas também exigiu
investimentos em infraestrutura e comércio. Cidades como Ouro Preto e Mariana
cresceram rapidamente.
- Dívidas com a Coroa: A Coroa Portuguesa impôs altos impostos sobre a mineração
(como o quinto), o que gerou descontentamento entre os colonos e contribuiu para
movimentos como a Inconfidência Mineira.

● Diversificação Econômica (Século XVIII e XIX)

- Agricultura diversificada: Com o declínio da produção açucareira e da mineração,


houve uma tentativa de diversificar a economia com culturas como café, tabaco e
algodão.
- Café: A partir do final do século XVIII e especialmente no século XIX, o café tornou-se
o principal produto de exportação, principalmente nas regiões Sudeste (São Paulo e
Rio de Janeiro).
- Indústria artesanal: Embora o Brasil colonial fosse predominantemente agrário, havia
algumas atividades industriais artesanais, como tecelagem e cerâmica.
- Comércio interno: O comércio interno cresceu com o aumento da população urbana
e as necessidades das cidades.

● Aspectos Sociais
- Estratificação social: A sociedade colonial era marcada por uma forte hierarquia
social, com os senhores de engenho e mineradores no topo, seguidos pelos
comerciantes, artesãos e trabalhadores livres. Os escravizados ocupavam a base da
pirâmide social.
- Resistência dos escravizados: Ao longo dos séculos, houve várias formas de
resistência dos escravizados, incluindo fugas e revoltas.

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### 5. Conclusão
A economia colonial brasileira foi moldada por sua geografia rica em recursos naturais
e pela exploração intensa desses recursos através do trabalho escravo. As atividades
econômicas passaram por transformações significativas ao longo dos séculos,
influenciando não apenas a estrutura econômica mas também as relações sociais na
colônia.

Revoluções Inglesas e seu contexto

AS REVOLUÇÕES INGLESAS
As Revoluções Inglesas, incluindo a Revolução Puritana (1642-1649) e a Revolução
Gloriosa (1688), marcam um ponto crucial na história ocidental, simbolizando a
transição de uma monarquia absolutista para uma monarquia parlamentar, uma
estrutura que perdura até os dias de hoje. Embora ambas as revoluções e a Revolução
Francesa sejam classificadas dentro de revoluções burguesas em oposição a regimes
absolutos, o processo na Inglaterra teve um caráter menos universal em comparação
com o que ocorreu na França, o que explica a maior notoriedade do evento francês.

● Antecedentes
Para compreender as motivações das Revoluções Inglesas, é essencial destacar a
Magna Carta de 1215. Este documento foi uma resposta da nobreza ao Rei João, que
havia ampliado seu poder sem limites, resultando em sua obrigação de reconhecer os
direitos dos nobres e a necessidade de consentimento para tributos, o que introduziu
os elementos básicos do parlamentarismo inglês.
Durante o absolutismo, duas dinastias dominavam: os Tudor (1485-1603) e os Stuart
(1603-1649). A dinastia Tudor, com figuras como Henrique VIII e Elisabeth I, é
associada ao crescimento econômico e estabilidade política. Porém, a morte de
Elisabeth I em 1603 desencadeou uma crise sucessória que resultou na ascensão de
Jaime I da dinastia Stuart.
Jaime I enfrentou problemas significativos, especialmente com a "Conspiração da
Pólvora" em 1603, onde católicos insatisfeitos tentaram assassinar o rei. A falha desta
conspiração aumentou a repressão religiosa, resultando na emigração de muitos não -
anglicanos, especialmente para a nova Inglaterra.
● A Revolução Puritana

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O reinado de Carlos I (1625-1649), que tentou impor o anglicanismo sobre a Escócia
presbiteriana, intensificou conflitos. Ao buscar aprovação parlamentar para tributos
para financiar a guerra na Escócia e fracassar, Carlos I optou por desmantelar o
Parlamento, provocando uma crescente controvérsia.
A Revolução Puritana culminou em 1642, resultando na guerra civil entre os
"cavaleiros" (nobres apoiadores do rei) e os "cabeças redondas" (burgueses puritanos).
Esse conflito resultou na captura e execução de Carlos I em 1649, sendo um evento
simbólico devido à então prevalente ideia do direito divino dos reis.

● O Protetorado de Cromwell
Após a execução do rei, Oliver Cromwell se autoproclamou Lord Protetor e assumiu
funções de governo com uma abordagem autoritária, fechando o Parlamento e
reprimindo grupos radicais. Seu regime é marcado por medidas que fortaleceram a
Marinha britânica e conflitos como a guerra anglo-holandesa. Com a morte de
Cromwell em 1658, a república instaurada resultou em uma visão negativa do período,
levando à renúncia de sua dinastia
● A Revolução Gloriosa
A restauração da monarquia Stuart com Carlos II trouxe algum respeito pelas
prerrogativas parlamentares, mas seu irmão Jaime II tentou restabelecer o catolicismo,
levando o Parlamento a depô-lo e convidar Guilherme de Orange para assumir o trono.
Esta transição, realizada de maneira pacífica, estabeleceu a monarquia parlamentar,
inserindo os princípios do Bill of Rights, que limitava os poderes do monarca e
foreshadowed uma nova era política onde “o rei reina, mas não governa”.

ILUMINISMO

O Iluminismo, um movimento filosófico e intelectual do século XVIII, introduziu ideias


que fundamentaram o liberalismo e o racionalismo, criticando o Antigo Regime e
defendendo princípios como direitos naturais.

● Principais Filósofos
Entre os principais filósofos iluministas, o trabalho de Jean-Jacques Rousseau destaca-
se, especialmente sua obra "O Contrato Social", que fundamenta que o poder do

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HISTÓRIA
governante deriva do consentimento dos governados. Voltaire, defensor do deísmo e
crítico do clero, e Montesquieu, com sua proposta de divisão de poderes em "O
Espírito das Leis", também são figuras chave.
Despotismo Esclarecido
Apesar da censura de muitos pensadores iluministas, alguns monarcas, conhecidos
como déspotas esclarecidos, incorporaram ideias liberais em suas políticas
administrativas, como o Marquês de Pombal em Portugal e Catarina da Rússia.

Liberalismo Econômico
Os pensadores do Iluminismo não se limitaram ao campo político; também
introduziram conceitos econômicos, como a Fisiocracia de François Quesnay, que
pregava a não intervenção estatal na economia e a valorização da agricultura.

INDEPENDÊNCIA DOS ESTADOS UNIDOS

● Antecedentes
A Revolução Americana pode ser vista como uma continuação do espírito
revolucionário da época, sendo influenciada pelas condições políticas na Inglaterra,
que levou muitos a se mudarem para a Nova Inglaterra.
● Fim da Negligência Salutar e Início dos Protestos
Após a Guerra dos Sete Anos, a Grã-Bretanha procurou aumentar impostos nas
colônias, encerrando um período de "negligência salutar". A imposição de impostos
como a Lei do Selo e o ataque ao chá, simbolizado pela Festa do Chá de Boston, gerou
resistência entre os colonos.

Processo de Independência
Em 1774, colonos se reuniram no Congresso Continental, mas a recusa da Grã -
Bretanha em atender suas demandas levou à elaboração da Declaração de
Independência de 1776 por Thomas Jefferson, refletindo ideais iluministas. A
subsequente guerra contra a Grã-Bretanha resultou na vitória dos colonos em 1783,
estabelecendo os Estados Unidos como um exemplo de emancipação colonial que
inspirou outros movimentos no mundo.

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HISTÓRIA
MINERAÇÃO
Com a queda dos preços do açúcar no mercado internacional, a economia colonial
portuguesa começou a passar por dificuldades. A descoberta de ouro em Minas Gerais
nos anos 1690, em expedições bandeirantes, marcou o início da mineração como
motor econômico no século XVIII. Esta atividade não apenas manteve o açúcar como
um importante produto de exportação, mas também exigiu que a Coroa portuguesa
organizasse a exploração das riquezas minerais da região. A criação da Intendência das
Minas fez parte dessa organização, com responsabilidades que incluíam a criação de
áreas de exploração e a coleta do chamado "quinto", a contribuição de 20% sobre a
produção mineral destinada à Coroa.
A necessidade de conter o contrabando também se destacou durante esse período. As
ordens religiosas foram proibidas em Minas Gerais para evitar a facilitação do tráfico
de ouro sem a devida tributação, levando a expressões populares que refletiam a
esperteza de esconder metais preciosos. Além do ouro, os diamantes foram extraídos
na região, mas a dificuldade de cobrança de impostos sobre esses gemas levou à
criação do Distrito Diamantino.
A mineração teve um enorme impacto social, resultando em uma corrida por
oportunidades que levou a um crescimento demográfico. Contudo, uma pequena elite
conseguiu se beneficiar dos lucros da mineração, enquanto uma classe marginalizada,
composta por escravos, indígenas e pobres, não viu melhorias em suas condições de
vida. Assim, as transformações socioeconômicas geraram uma nova classe média
urbana composta por funcionários públicos e comerciantes, alterando a dinâmica das
relações sociais.
A transferência do eixo econômico do Nordeste para o Sudeste também foi
significativa, culminando na mudança da capital de Salvador para o Rio de Janeiro para
facilitar o escoamento das riquezas. O surgimento de novas cidades, como Vila Rica
(atual Ouro Preto), foi caracterizado por uma arquitetura barroca que refletia o
progresso econômico.

INVASÕES HOLANDESAS:

As invasões holandesas no Brasil Colonial ocorreram principalmente no século XVII,


durante o período de expansão do Império Holandês, que buscava expandir seu
comércio e influência na América Latina.
A primeira invasão aconteceu em 1624, quando os holandeses ocuparam a cidade de
Salvador, na Bahia. No entanto, essa ocupação durou apenas um ano, pois os
portugueses conseguiram retomar a cidade em 1625, com o apoio da Coroa
espanhola.

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HISTÓRIA
A segunda e mais significativa invasão ocorreu em 1630, quando os holandeses
conquistaram a capitania de Pernambuco. A partir daí, estabeleceram um governo que
se estendeu por diversas áreas do Nordeste, incluindo partes da Paraíba, Rio Grande
do Norte e Alagoas. O governo holandês foi liderado pelo conde João Maurício de
Nassau-Siegen, que assumiu o cargo em 1637 e ficou até 1644.
Durante o governo de Nassau, houve um grande desenvolvimento cultural e
econômico. Ele promoveu obras de infraestrutura, como a construção de pontes e
canais, e incentivou as artes e a ciência. No entanto, apesar das melhorias, a
insatisfação entre os colonos portugueses cresceu devido à opressão fiscal e à
imposição da religião protestante.
A resistência dos portugueses culminou em revoltas locais, como a Insurreição
Pernambucana, que começou em 1645. Após uma série de batalhas e conflitos, os
holandeses foram finalmente derrotados em 1654. A restauração do domínio
português marcou o fim das invasões holandesas no Brasil.

● insurreição permabucana
A Insurreição Pernambucana foi um movimento de resistência dos portugueses contra
os holandeses, ocorrendo de 1645 a 1654. Iniciou em 28 de dezembro de 1645, com
líderes como André Vidal de Negreiros e João Fernandes Vieira. As batalhas mais
importantes foram as de Guararapes, em 1648 e 1649, que foram decisivas para a
vitória portuguesa. A insurreição resultou na rendição dos holandeses em 1654,
restaurando o controle sobre Pernambuco e fortalecendo a identidade nacional entre
os colonos.

PRINICAIS TRATADOS E LIMITES

Durante o período colonial do Brasil, diversos tratados definiram limites territoriais e


relações entre potências. O Tratado de Lisboa, assinado em 1681, estabeleceu os
limites entre as colônias portuguesas e espanholas na América do Sul, reconhecendo a
posse portuguesa sobre a maior parte do Brasil.
Mais tarde, o Tratado de Madri, de 1750, modificou esses limites, adotando o princípio
do uti possidetis, que reconhecia as terras ocupadas. Contudo, conflitos continuaram,
levando ao Tratado de Badajoz em 1801, que reafirmou as fronteiras estabelecidas e
garantiu a posse portuguesa sobre a região do Brasil. Esses tratados foram
fundamentais para moldar a geopolítica da América do Sul durante a colonização.

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HISTÓRIA
ADM POMBALINA
Refere-se ao período em que o Marquês de Pombal, Sebastião José de Carvalho e
Melo, implementou reformas entre 1750 e 1777. Seu objetivo era modernizar a
administração colonial e aumentar a arrecadação de impostos para a metrópole.
Pombal promoveu a centralização do poder, reduzindo a influência da Igreja e dos
grupos aristocráticos. Criou novas instituições, como a Intendência das Minas, para
controlar a exploração mineral, e incentivou a agricultura e a indústria. Também aboliu
o sistema de capitanias hereditárias e instituiu o Diretório dos Índios, visando integrar
as populações indígenas.
Essas reformas resultaram em um aumento significativo da produção econômica, mas
também geraram descontentamento entre os colonos, contribuindo para o surgimento
de movimentos de resistência. A administração pombalina deixou um legado
importante na história do Brasil.

MOVIMENTOS NATIVISTAS:

Os movimentos nativistas no Brasil colonial foram expressões de descontentamento


contra a metrópole e os interesses de grupos externos. Cada um desses movimentos
teve suas particularidades e consequências, que refletem a luta por autonomia e
melhores condições de vida.

● Aclamação de Amador Bueno (1640)


Razão: Ocorreu em São Paulo, quando Amador Bueno foi aclamado como rei por
colonos insatisfeitos com a falta de autonomia. Os paulistas desejavam um líder local
que representasse seus interesses contra o controle português.
Consequência: Embora não tenha resultando em uma mudança formal de governo, a
aclamação evidenciou o desejo de autonomia e fortaleceu a identidade regional.

● Revolta de Beckman (1684)


Razão: Liderada pelos irmãos Manuel e Thomas Beckman no Maranhão, essa revolta se
opôs ao monopólio do comércio da Companhia de Comércio do Maranhão. Os colonos
exigiam liberdade comercial e melhores condições para suas atividades econômicas.
Consequência: A revolta foi reprimida, mas expôs as fragilidades da companhia e
resultou em algumas mudanças nas políticas comerciais, além de intensificar o
sentimento de resistência entre os colonos.

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HISTÓRIA
● Guerra dos Emboabas (1708-1709)
Razão: Esse conflito em Minas Gerais ocorreu entre os emboabas (forasteiros) e os
paulistas pela posse das minas de ouro. Os líderes paulistas incluíam Antônio de
Almeida, enquanto os emboabas eram comandados por André Fernandes.
Consequência: A vitória dos emboabas consolidou seu controle sobre as minas e
diminuiu a influência paulista na região, reforçando tensões regionais que
perdurariam.

● Guerra dos Mascates (1710-1711)


Razão: Essa guerra ocorreu em Pernambuco entre os comerciantes da cidade de
Olinda e os da Vila de Recife. Os olindenses, liderados por João Fernandes Vieira e
outros, se opuseram ao domínio recifense, motivados por rivalidades econômicas e
sociais.
Consequência: A vitória dos recifenses fortaleceu seu poder econômico e político na
região, intensificando as divisões sociais entre as duas cidades.

● Revolta de Felipe dos Santos (1720)*


Razão: Também em Minas Gerais, Felipe dos Santos liderou uma revolta contra a
cobrança excessiva de tributos pela Coroa portuguesa. Ele buscava maior autonomia
para a colônia diante das injustiças fiscais impostas.
Consequência: A revolta foi reprimida pelas autoridades portuguesas, resultando em
punições severas. Contudo, evidenciou o crescente descontentamento com o governo
colonial e as desigualdades sociais da época.

Esses movimentos refletem a crescente insatisfação dos colonos com o controle


metropolitano e as desigualdades sociais na época, sendo marcos importantes na
construção da identidade brasileira e no caminho para futuras lutas pela
independência.

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HISTÓRIA
MOVIMENTOS SEPARATISTAS

Inconfidência Mineira

Data:1789
*Líderes:* Tiradentes, Cláudio Manuel da Costa, Alvarenga Peixoto
*Razões:* - Aumento da carga tributária, especialmente a derrama. - Insatisfação com
a exploração econômica pela Coroa portuguesa.- Influência das ideias iluministas e
desejo de criar uma república independente.
*Consequências:* - Descobrimento do movimento antes de sua efetivação. - Prisões e
julgamentos dos envolvidos. - Execução de Tiradentes, que se tornou um mártir da
independência.

Inconfidência Baiana
*Data:* 1798-1799

*Líderes:* João de Deus do Nascimento, Luiz Gonzaga das Virgens

*Razões:*
- Insatisfação com as condições sociais e econômicas na Bahia.

- Opressão dos escravizados e monopólio do comércio pela Coroa.

- Desejo de autonomia política e melhorias nas condições de vida dos pobres.


*Consequências:*

- Descobrimento do movimento antes da concretização.

- Prisões e punições severas para os inconfidentes.

### 3. Revolução Pernambucana

*Data:* 1817-1818

*Líderes:* Domingos José Martins e outros membros da elite local

*Razões:*

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HISTÓRIA
- Opressão fiscal e busca por maior autonomia política.

- Desejo de implementar reformas sociais e econômicas.


- Apoio popular ao movimento por melhorias nas condições de vida.

*Consequências:*

- Repressão pelas forças portuguesas após cerca de um ano de conflitos.


- Prisões ou execuções dos líderes revolucionários.

- Legado importante na luta pela independência do Brasil.


Esses movimentos foram fundamentais para expressar o descontentamento com o
domínio colonial português e ajudaram a preparar o caminho para a independência do
Brasil em 1822.

### Política Externa de Dom João VI


Dom João VI chegou ao Brasil em 1808, fugindo das tropas napoleônicas que invadiram
Portugal. Sua chegada marcou uma mudança significativa na política externa brasileira,
que até então estava subordinada a Portugal. Ele promoveu a abertura dos portos
brasileiros às nações amigas, permitindo o comércio direto com outros países,
especialmente a Inglaterra. Essa medida fortaleceu a economia local, mas também
trouxe dependência econômica em relação aos ingleses.

### Revolução do Porto


Em 1820, a Revolução do Porto ocorreu em Portugal, levando à exigência de que Dom
João retornasse a Portugal e restabelecesse a ordem constitucional. O movimento
buscava restaurar a monarquia constitucional e limitar os poderes do rei. Como
resultado, Dom João VI foi forçado a voltar para Portugal em 1821, deixando seu filho,
Dom Pedro, como regente no Brasil.

### Processo de Independência no Brasil


Com a saída de Dom João VI, cresceu o descontentamento entre os brasileiros. O
movimento pela independência ganhou força, especialmente com as pressões para
que o Brasil fosse tratado como uma colônia subordinada. Dom Pedro foi pressionado
a retornar a Portugal, mas decidiu ficar no Brasil em resposta ao clamor popular por
autonomia. Em 7 de setembro de 1822, ele proclamou a independência do Brasil às
margens do riacho Ipiranga, marcando um momento decisivo na história brasileira.

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HISTÓRIA
### Guerras de Independência

Após a declaração de independência, o Brasil enfrentou conflitos armados com as


tropas leais à Coroa portuguesa. As guerras de independência ocorreram em várias
regiões do país, incluindo Minas Gerais e Bahia. Embora houvesse resistência
significativa por parte dos portugueses, o exército brasileiro conseguiu consolidar seu
controle e garantir a independência.

### Reconhecimento da Independência


O reconhecimento formal da independência do Brasil por Portugal ocorreu apenas em
1825, após negociações diplomáticas. O Tratado de Rio de Janeiro foi assinado entre os
dois países, estabelecendo formalmente o Brasil como uma nação independente e
reconhecendo Dom Pedro I como seu imperador.
Esses eventos foram fundamentais para moldar o futuro do Brasil como uma nação
soberana e estabelecer as bases para sua política interna e externa nas décadas
seguintes.

A Revolução Francesa (1789)

A Revolução Francesa foi um marco crucial na história ocidental, simbolizando a crise


do Antigo Regime no século XVIII. Seus ideais de liberdade inspiraram revoluções
posteriores na Europa e na América, enfatizando a busca por formas de governo mais
liberais e nacionalistas.

Antecedentes
O Iluminismo surgiu no século XVIII, promovendo ideais de liberdade que contestavam
o Absolutismo francês. A aristocracia desfrutava de privilégios como a isenção de
impostos, enquanto o resto da população, incluindo o campesinato e a burguesia,
enfrentava dificuldades financeiras. Esse cenário se agravou devido ao desgaste

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HISTÓRIA
econômico do Estado, causado por gastos excessivos da nobreza e pelas guerras, como
a Guerra dos Sete Anos e a Guerra de Independência dos EUA.
As condições de vida dos camponeses eram severas, culminando em ações de revolta
conhecidas como jacqueries. O Tratado de Éden-Rayneval exacerbou a balança
comercial desfavorável, e com a deterioração das condições agrícolas nos anos 1780, a
insatisfação social rapidamente se acumulou.

● O Processo Revolucionário
Em 1787, Luís XVI convocou a Assembleia dos Notáveis para discutir a tributação da
aristocracia, mas foi insuficiente já que os nobres rejeitaram o pedido. Desesperado, o
rei chamou os Estados Gerais, um órgão que não se reunia há mais de um século, que
representava três ordens: clero, nobreza e burguesia. Essa estrutura favorecia a
aristocracia em votações, aumentando a insatisfação do terceiro estado (burguesia).
Diante do impasse, o terceiro estado retirou-se e formou a Assembleia Nacional
Constituinte, pretendendo elaborar uma constituição. A queda da Bastilha em 14 de
julho de 1789 representou uma ação simbólica do povo contra a monarquia.

A Monarquia Constitucional

Durante esta fase, liderada pelos girondinos, houve uma luta pela criação de direitos
civis e pela limitação do poder do rei. A **Declaração dos Direitos do Homem e do
Cidadão** é um marco dessa época. Em 1790, a **Constituição Civil do Clero**
nacionalizou os bens da Igreja e transformou os clérigos em funcionários públicos, mas
gerou oposição do clero, que se tornou “clero refratário”.
Após uma tentativa de fuga, Luís XVI foi preso. A ameaça externa levou ao aumento do
fervor patriótico, resultando na criação do novo hino da França, a "Marselhesa". Em
1792, com a defesa da República pelos jacobinos, o rei foi guilhotinado em 1793,
marcando a transição para a fase da **Convenção Nacional**.

A Convenção Nacional

De 1792 a 1794, os jacobinos implementaram reformas para atender os populares,


como o sufrágio universal masculino e a abolição da escravidão. No entanto, a **lei
dos máximos** para controlar a inflação foi contestada por comerciantes, levando ao
mercado negro.
A ameaça de contra-revolução e a pressão externa culminaram no autoritarismo do
governo jacobino, conhecido como **Terror Jacobino**. O surgimento de

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HISTÓRIA
instabilidade levou ao golpe do “9 Termidor” em 1794, resultando no retorno dos
girondinos pelo governo do **Diretório**.

O Diretório
Entre 1794 e 1799, o Diretório reverteu muitas medidas jacobinas, restaurando o voto
censitário. A instabilidade política continuou, com tentativas de golpe, como a
**Conspiração dos Iguais**. A ascensão de Napoleão Bonaparte se deu nesse
contexto, culminando em seu golpe de estado no “18 Brumário” em 1799, que
instaurou o **Consulado**.

Império Napoleônico e Congresso de Viena

● Consulado (1799-1804)
Napoleão, como primeiro-cônsul, promoveu a anistia de presos políticos e
reestabeleceu laços com a Igreja através da **Concordata de 1801**. Para fomentar o
desenvolvimento, criou instituições como o **Banco da França** e o **Código Civil
Napoleônico**, que defendia a propriedade privada.

● Império Napoleônico (1804-1815)


Em 1804, Napoleão se autoproclamou imperador. Após vitórias iniciais, enfrentou
derrotas significativas, como na Batalha de Trafalgar. Para minar a economia britânica,
implementou o **Bloqueio Continental**. Contudo, em 1812, a campanha na Rússia
resultou em enormes perdas. Em 1814, Napoleão foi forçado a abdicar, exilando-se em
Elba, mas retornou brevemente em 1815 antes de ser derrotado na Batalha de
Waterloo.

● Congresso de Viena (1815)


O Congresso de Viena foi convocado para restaurar a ordem na Europa pós-Napoleão.
Sob liderança do príncipe Metternich, o encontro buscou o retorno das monarquias
depostas e o estabelecimento de novo equilíbrio territorial. A **Santa Aliança** foi
criada para intervir em revoluções liberais e nacionalistas, embora tivesse eficácia
limitada devido a divergências internas.

As Revoluções Francesas marcaram uma reconfiguração não apenas na França, mas


em todo o Ocidente, semeando os ideais de liberdade, igualdade e fraternidade que
continuariam a moldar sociedades e governos nas décadas seguintes. A ascensão e
queda de Napoleão ilustra as tensões de poder, ideologia e a luta por novas formas de
governo em um continente em transformação.

Independência da América Espanhola

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HISTÓRIA
Antecedentes
O processo de independência das colônias espanholas na América teve suas raízes nas
transformações sociais, políticas e econômicas que se iniciaram no século XVIII na
Europa. Durante esse período, as ideias iluministas começaram a circularem,
influenciando a busca por liberdades e direitos individuais. Com as invasões
napoleônicas no início do século XIX, o controle espanhol sobre suas colônias se
fragilizou, especialmente quando Napoleão forçou a abdicação do rei Fernando VII em
1808, desestabilizando o governo espanhol e criando um vácuo de poder.
As Reformas Bourbônicas, implementadas pela coroa espanhola para revitalizar o
Pacto Colonial e reprimir o contrabando, apenas aumentaram a insatisfação das elites
criollas — aqueles de ascendência espanhola nas Américas. Enquanto as relações
comerciais se dinamizavam, a elite começava a reconhecer as vantagens do livre
comércio, sustentando sua busca por independência sob ideais iluministas.
Apesar do desejo de liberdade, a estrutura social permaneceu elitista . As classes
populares, embora envolvidas, não experimentaram mudanças significativas após a
independência, pois a liderança das revoltas era dominada pelos criollos, que viam um
movimento com viés popular como uma ameaça a seus interesses.
Fatores externos também influenciaram o processo: os Estados Unidos, através da
Doutrina Monroe em 1823, buscavam limitar a ingerência europeia nas Américas,
enquanto a Inglaterra, necessitando de novos mercados para sua produção industrial,
apoiava a independência das colônias espanholas.

● Início dos Movimentos de Emancipação


Os primeiros movimentos de independência começaram em 1808, com levantes nas
principais cidades coloniais que, no entanto, careciam de apoio externo em meio aos
conflitos europeus. Assim, muitos dos levantamentos iniciais fracassaram. Mas, com o
Congresso de Viena em 1815, a tentativa de recolonização da Espanha encontrou
resistência nas colônias, que agora dispunham do apoio de Inglaterra e Estados
Unidos, resultando na emancipação de várias delas.

Líderes notáveis emergiram desse processo, destacando-se Simón Bolívar, conhecido


como o "Libertador", com outros como José Gaspar Francia, Sucre, Santander e San
Martín, cada qual liderando movimentos significativos em suas respectivas regiões.
O México apresentou um caso peculiar, começando com o padre Miguel Hidalgo em
1810, que liderou uma revolta popular. Após sua execução, a liderança da revolta
passou para outro padre, Morelos, também executado, antes que a elite criolla,
preocupada com as tendências radicais das revoltas, assumisse o controle sob o
comando de Itúrbide, que se autoproclamou imperador (1822) mas foi forçado a
abdicar em 1823.

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HISTÓRIA
Pós-Independência

Após a independência em 1826, Bolívar tentou unir as nações recém-formadas em


uma federação, mas seu projeto foi frustrado por interesses locais, dando lugar ao
caudilhismo. Esse fenômeno caracterizou o exercício do poder por líderes locais com
tendências autoritárias, evidenciando a fraqueza das instituições democráticas nas
novas repúblicas.

#### 2. Primeiro Reinado (1822-1831)

**2.1 Política**

No Brasil, a frágil aliança entre D. Pedro I e as elites que possibilitaram sua


independência não perdurou. As divergências quanto ao projeto político se
intensificaram. Enquanto D. Pedro I buscava consolidar um poder monárquico, a elite
desejava uma constituição que limitasse seu controle.

Para abordar essa questão, a “constituinte da mandioca” foi convocada. Este nome
deriva da exigência censitária de que os participantes possuíssem uma quantidade
específica de terra. Desgostoso com o andamento da assembleia, D. Pedro I fechou-a e
formou um conselho de estado para redigir uma nova constituição.

**2.2 A Constituição de 1824**

A nova constituição, outorgada em 25 de março de 1824, estabelecia um governo


monárquico hereditário e uma divisão dos poderes entre Executivo, Legislativo,
Judiciário e um poder Moderador exclusivo do Imperador. A carta permitia a D. Pedro I
influenciar diretamente os outros poderes, enquanto consagrava a Igreja Católica
como a religião oficial do país.

Apesar de concentrar poder no Imperador, a constituição não garantiu estabilidade ao


governo de D. Pedro I, que enfrentou instabilidades políticas e sociais.

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HISTÓRIA
**2.3 Economia e Conflitos**

A economia durante o Primeiro Reinado foi marcada por crises. O governo herdou
dívidas significativas e enfrentou a deprecição dos preços de produtos agrícolas,
essenciais para a economia local.
Conflitos importantes ocorreram, como a Confederação do Equador (1824), um
movimento federalista e republicano que foi reprimido militarmente, e a rebelião da
Cisplatina (1825), que buscava a anexação ao Reino da Prata, resultando na
independência do Uruguai em 1828.

**2.4 Crise e Abdicação**


A crise de D. Pedro I se intensificou com a pressão da imprensa e temores de uma
restauração do colonialismo português. Incidentes como o assassinato do jornalista
Líbero Badaró exacerbaram a tensão. A "noite das garrafadas" em março de 1831
refletiu um clima de revolta contra suas políticas.
Com a insatisfação generalizada e sem apoio, D. Pedro I renunciou em 7 de abril de
1831, transferindo a regência ao seu filho, Pedro de Alcântara, que posteriormente se
tornaria Imperador do Brasil.

O período regencial no Brasil, que ocorreu entre 1831 e 1840, foi marcado por
instabilidade política e social, com várias regências que tentaram governar o país na
ausência de Dom Pedro II, que era menor de idade.

A Regência Trina Provisória foi estabelecida logo após a abdicação de Dom Pedro I.
Composta por três membros — José da Costa Carvalho e Melo (Marquês de Olinda),
Manuel Alves Branco e Joaquim da Silva Ferreira — essa regência enfrentou desafios
como revoltas regionais e a necessidade de estabilizar o governo. Durante esse
período, ocorreram movimentos importantes, como a Revolta dos Malês em 1835, que
foi uma insurreição de escravizados muçulmanos na Bahia.

Em seguida, a Regência Trina Permanente assumiu o governo em 1834, composta


pelos mesmos membros da regência provisória. Essa nova configuração buscou dar
continuidade à estabilidade política, mas enfrentou crises, como a Revolução
Farroupilha no Rio Grande do Sul (1835-1845), que reivindicava maior autonomia para
a província. A regência também promoveu reformas administrativas e educacionais.

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HISTÓRIA
A Regência Una de Feijó começou em 1835 com o objetivo de centralizar o poder em
um único regente. Feijó tentou implementar políticas para conter as revoltas
provinciais e promover reformas, mas sua gestão enfrentou dificuldades e
descontentamento, levando à sua renúncia em 1837.

Por fim, a Regência de Araújo Lima (1837-1840) trouxe uma abordagem mais
conservadora ao governo. Araújo Lima buscou restaurar a ordem e estabilizar as
finanças do país. Durante seu governo, houve uma tentativa de pacificar as províncias
em revolta e promover um diálogo com os liberais.

REVOLTAS REGENCIAIS
durante o período regencial no Brasil, ocorreram diversas revoltas que refletiram o
descontentamento popular e as tensões sociais. Aqui estão os resumos das principais
revoltas:

*Cabanagem (1835-1840)*
A Cabanagem ocorreu na província do Grão-Pará e foi liderada por uma coalizão de
indígenas, mestiços e pobres. As causas incluíam a desigualdade social, a exploração
econômica e a insatisfação com o governo central. O movimento começou em 1835
com a tomada da capital, Belém. Os cabanos proclamaram um governo próprio, mas
enfrentaram forte repressão do governo imperial. A revolta foi brutalmente reprimida,
resultando em um grande número de mortes e um legado de violência na região.

*Revolta dos Malês (1835)*


A Revolta dos Malês foi uma insurreição de escravizados muçulmanos na Bahia,
ocorrendo em janeiro de 1835. Os líderes eram principalmente escravizados de origem
africana que buscavam liberdade e a abolição da escravidão. O movimento começou
com um plano para libertar os escravos e estabelecer um governo muçulmano. No
entanto, a revolta foi rapidamente controlada pelas forças do governo. As
consequências incluíram uma maior repressão sobre a população negra e um aumento
das tensões raciais na sociedade brasileira.

*Revolução Farroupilha (1835-1845)*


A Revolução Farroupilha, também conhecida como Guerra dos Farrapos, ocorreu no
Rio Grande do Sul e foi liderada por figuras como Bento Gonçalves e Giuseppe
Garibaldi. Os farroupilhas lutaram contra a centralização do poder e reivindicavam
maior autonomia para a província. A revolta começou em setembro de 1835 com a
captura da cidade de Porto Alegre. Durante o conflito, os rebeldes proclamaram a
República Rio-Grandense. A guerra se estendeu por quase dez anos e terminou com

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HISTÓRIA
um acordo que garantiu algumas concessões ao Rio Grande do Sul, mas sem
independência total.

*Sabinada (1837-1838)*
A Sabinada ocorreu na Bahia e foi liderada por Francisco Sabino Almeida Oliveira. Os
revoltosos buscavam autonomia para a província da Bahia e proclamaram uma
república em 1837. O movimento teve apoio popular considerável, mas acabou sendo
reprimido pelo governo imperial em 1838. As consequências incluíram prisão e exílio
de muitos líderes da revolta, além de uma intensificação da repressão política na
região.
*Balaiada (1838-1841)*
A Balaiada se deu no Maranhão e foi liderada por figuras como Manuel Francisco dos
Anjos Ferreira (Balaio) e outros líderes populares. As causas incluíam a miséria da
população rural e a insatisfação com as elites locais. A revolta começou em 1838 e
envolveu camponeses em busca de melhores condições sociais. Apesar das vitórias
iniciais dos revoltosos, o movimento foi sufocado pelo governo imperial em 1841,
resultando em muitas mortes e uma maior repressão nas áreas afetadas.
*Golpe da Maioridade (1840)*
O Golpe da Maioridade não é uma revolta no sentido tradicional, mas sim um
movimento político que visava antecipar a maioridade de Dom Pedro II para estabilizar
o país após anos de instabilidade durante as regências. Em 23 de abril de 1840, Dom
Pedro II foi declarado maior de idade aos 14 anos, assumindo o trono imediatamente.
Essa mudança trouxe esperança de pacificação política e desenvolvimento ao Brasil
imperial.
Essas revoltas destacam as tensões sociais, políticas e econômicas que marcaram o
período regencial no Brasil, refletindo as lutas por autonomia, liberdade e justiça social
nas diversas regiões do país.

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HISTÓRIA

TRANSFORMAÇÕES POLÍTICAS E SOCIAIS OCORRIDAS NO SÉCULO XIX

No século XIX, o nacionalismo e o liberalismo ganharam força em várias regiões,


questionando o autoritarismo presente nos Estados europeus. As revoluções de 1848,
especialmente a chamada Primavera dos Povos, foram marcos importantes na luta
pela afirmação da nacionalidade e exacerbaram rivalidades nacionais. Embora as
revoluções liberais da primeira metade do século tenham, em grande parte,
fracassado, as aspirações por liberdade e unificação nacional permaneceram vivas.
Unificação Italiana
Após 1815, o Congresso de Viena impôs novas divisões na Itália. A península estava
fragmentada em vários estados sob controle de potências estrangeiras, especialmente
a Áustria. A unificação italiana começou a ser idealizada, em parte devido à forte
industrialização da região do Piemonte, onde surgiu a figura central da unificação :
**Camilo di Cavour**, primeiro-ministro do Reino da Sardenha (Piemonte). Cavour
buscou alianças, incluindo um acordo com Napoleão III da França, para enfrentar a
dominação austríaca.
Giuseppe Garibaldi, outro importante líder da unificação, buscou implementar uma
república popular e foi fundamental na conquista de territórios no sul da Itália através
de sua liderança das "Camisas Vermelhas". No entanto, Garibaldi reconheceu a
necessidade de evitar divisões internas e optou por submeter sua causa ao rei Vítor
Emanuel II, formando assim um governo unificado.
A unificação progrediu com a **Guerra Austro-Prussiana** (1859), que resultou na
anexação da Lombardia pela Itália. Posteriormente, a Itália consolidou seu território
com a perda da *Veneza* para a nova aliança prussiana em 1866, e finalizou sua
unificação com a anexação de Roma em 1870, após a retirada das tropas francesas
devido à **Guerra Franco-Prussiana**. A questão romana permaneceu complexa até
1929 com o Tratado de Latrão, que reconheceu a soberania do Vaticano.

Unificação Alemã

A unificação da Alemanha ocorreu sob a liderança da Prússia, que, após o Congresso


de Viena de 1815, se viu em uma posição de destaque como potência industrial. O

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HISTÓRIA
governante Otto von Bismarck promoveu a unificação através de uma política de
"ferro e sangue", que envolveu guerras estratégicas.
As etapas-chave incluíram a Guerra dos Ducados Dinamarqueses em 1864, onde a
Prússia e a Áustria uniram forças para conquistar Schleswig e Holstein. A guerra contra
a Áustria em 1866 resultou na dissolução da Confederação Germânica e na formação
da Confederação Germânica do Norte, liderada pela Prússia. O clímax da unificação
alemã foi alcançado na Guerra Franco-Prussiana (1870-1871), que resultou na vitória
prussiana e na declaração do Império Alemão no Palácio de Versalhes. A derrota da
França resultou na perda das regiões ricas de Alsácia e Lorena.

Estados Unidos no Século XIX

● Formação Territorial
No início do século, o território dos EUA era restrito às Treze Colônias. O desejo de
expansão territorial, conhecido como “Marcha para o Oeste”, motivou a anexação de
vastas áreas através de compras e guerras, como a bem-sucedida guerra contra o
México (1846-1848), que resultou na perda de quase metade do território mexicano.
Os EUA também adquiriram a compra de Louisiana (1803), Flórida (1819), Alasca
(1867), e a cessão de Oregon (1846) da Inglaterra.

● Guerra de Secessão
As tensões entre o Norte industrial e o Sul agrário culminaram na **Guerra de
Secessão** (1861-1865), acentuadas pela questão da escravidão. O Norte, que
defendia a manutenção de um mercado livre e a abolição da escravidão, opôs-se ao
Sul, que dependia da mão-de-obra escrava. A eleição do abolicionista **Abraham
Lincoln** como presidente em 1860 levou o Sul a se separar, declarando a secessão.
Durante o conflito, Lincoln promulgou o **Homestead Act** e a **Proclamação de
Emancipação**, que aboliu a escravidão. A Guerra terminou com a rendição do Sul e
significou um período de reconstrução que viu o surgimento de grupos racistas, como
a **Ku Klux Klan**, e a imposição de leis segregacionistas.

Imperialismo (Neocolonialismo)

● Neocolonialismo

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HISTÓRIA
O texto descreve como o colonialismo europeu tradicional evoluiu para um novo
imperialismo, com o mundo capitalista em busca de novos mercados e matérias-
primas, expandindo-se pela África e Ásia a partir da Revolução Industrial. Entre 1875 e
1914, potências como Grã-Bretanha, França, Alemanha e EUA dividiram vastas áreas
africanas e asiáticas.

● A Expansão Europeia na África


Com a Conferência de Berlim (1884-1885), as potências europeias formalizaram a
partilha da África, desconsiderando as culturas locais e criando fronteiras artificiais.
Conflitos, como a **Guerra dos Bôeres**, surgiram devido à busca por recursos, como
ouro e diamantes.

● A Conquista da Índia e subjugação da China


A presença britânica na Índia cresceu a partir do domínio da Companhia das Índias
Orientais, solidificando o controle através da repressão a rebeliões, como a Revolta
dos Cipaios (1857-1859). Na China, o comércio de ópio se tornou uma questão central,
levando a guerras e à abertura forçada do país ao comércio ocidental, resultando na
divisão do território em áreas de influência controladas por potências estrangeiras.

Assim, o século XIX foi um período de intensas transformações, tanto na afirmação de


estados-nações na Europa quanto na expansão imperialista dos Estados Unidos e das
potências europeias, moldando o cenário político e social do mundo moderno.

Do Segundo Reinado à República

Segundo Reinado (1840-1889)

Política
No contexto de instabilidade territorial causada por rebeliões durante o período
regencial, a elite agrária brasileira, composta por liberais e conservadores, percebeu a
necessidade do restabelecimento da monarquia. Em 1840, ocorreu o golpe da
maioridade, que colocou o jovem Dom Pedro II no trono. Apesar de os liberais terem
arquitetado o golpe, o Segundo Reinado se destacou pela estabilidade política,
resultado da "política das conciliações", onde liberais e conservadores se uniram para
evitar o surgimento de forças radicais. Os interesses comuns incluíam a manutenção
da escravidão e do latifúndio, com divergências em relação à centralização política.

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HISTÓRIA
A criação do “Ministério das Conciliações” em 1853 simbolizou essa relação entre os
dois grupos e, apesar de episódios de conflito, como as "eleições do cacete", a
conciliação predominou.

Uma característica marcante foi o "parlamentarismo às avessas", em que o imperador


escolhia o presidente do conselho de ministros. A última revolta notável do período foi
a Rebelião Praieira em 1848, originada por conflitos de poder local e marcada por um
forte sentimento anti-lusitano, além de influências do socialismo utópico decorrente
da "Primavera dos Povos" na Europa.

**1.2 Economia**
O governo de Pedro II também se destacou pelo crescimento econômico,
principalmente devido à produção de café. O “surto industrial” começou com a Tarifa
Alves Branco de 1844, que aumentou as taxas de importação de produtos com
semelhantes nacionais, favorecendo a indústria nacional, mas também provocando
retaliações inglesas, como o Bill Aberdeen, que buscava coibir o tráfico de
escravizados.

Em 1850, a Lei Eusébio de Queiroz proibia o tráfico atlântico eficazmente, abrindo


espaço para a imigração europeia em vez do uso de mão de obra escrava. A Lei de
Terras de 1850 limitava a aquisição de terras a compra, dificultando o acesso de
imigrantes e ex-escravizados, concentrando riqueza nas elites. O crescimento industrial
foi impulsionado por valores que deixavam de ser investidos no tráfico, levando ao
desenvolvimento de infraestruturas e do setor urbano, especialmente em São Paulo,
que se tornaria o principal centro produtivo de café.

**1.3 Cultura**
Pedro II também teve um papel fundamental na construção de uma identidade
nacional. O Império investiu em instituições culturais como o IHGB e o Colégio Pedro II,
além de ter servido como mecenas para diversos movimentos artísticos, como o
Romantismo, que ajudaram a moldar a imagem do Brasil.

**1.4 Política Externa**


Durante este período, a política imperial brasileira se voltou para a questão platina,
evitando conflitos que ameaçassem sua hegemonia na região. O principal embate foi a
Guerra do Paraguai (1864-1870), resultante de conflitos no Uruguai entre os Blancos,
aliados de Solano López, e os Colorados, apoiados pelo Brasil. A intervenção militar
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HISTÓRIA
brasileira culminou na guerra que devastou o Paraguai e elevou o Brasil à condição de
potência regional, mas com altos custos financeiros e militares.

#### 2. A Crise do Segundo Reinado

**2.1 Questão Abolicionista**


Após a Guerra do Paraguai, a escravidão tornou-se um debate central na política. O
gradualismo da abolição resultou na Lei do Ventre Livre (1871), que libertava os filhos
de escravas, e na Lei dos Sexagenários (1885), que libertava escravos com mais de 65
anos. A abolição final se deu com a Lei Áurea (1888), mas sem compensação aos
proprietários, que se ressentiram e passaram a apoiar a causa republicana.

**2.2 Questão Militar**


Os militares, descontentes após a guerra e influenciados pelo positivismo, perderam
apoio ao governo imperial. A ideologia positivista propagava a ideia de que a República
era um avanço inevitável e necessário.

**2.3 Questão Religiosa**


O conflito entre Dom Pedro II e a Igreja Católica, especialmente após a desobediência
do imperador a ordens papais, desgastou ainda mais a monarquia. As prisões de
clérigos que obedeceram à Igreja acentuaram o afastamento do imperador da
instituição religiosa.
Esses fatores culminaram na proclamação da República em 15 de novembro de 1889,
com a família real sendo forçada a deixar o país.

#### 3. A Consolidação da República


Após a Proclamação da República, o Brasil viveu um período de incertezas e divisões
políticas, conhecido como “República da Espada”. Como primeiro presidente, Deodoro
da Fonseca enfrentou conflitos políticos e a insatisfação com a sua abordagem
autoritária, resultando em sua renúncia em 1891.
O governo de Floriano Peixoto, que assumiu após Deodoro, também foi tumultuado
por revoltas e crises, como a Revolta Federalista e a Segunda Revolta da Armada.
Floriano consolidou seu poder por meio de forte repressão e apoio dos congressistas.
Assim, a República se estabeleceu em meio a tensões entre diferentes grupos
republicanos e a elite agrária, causadas pela falta de consenso sobre a governança e
pela defesa de interesses regionais. A transição do Imperialismo para a República

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HISTÓRIA
representou uma série de conflitos e mudanças que moldaram a trajetória política do
Brasil no final do século XIX.

A Grande Guerra (1914-1918)

Contexto e Causas:
A Primeira Guerra Mundial, conhecida como uma guerra "sem precedentes", pode ser
vista como o evento inaugural de um século marcado por conflitos e radicalismos,
sendo chamada de "era dos extremos" por historiadores como Eric Hobsbawm. As
tensões na Europa, responsáveis pela eclosão do conflito, podem ser atribuídas ao
imperialismo acirrado e ao nacionalismo. A Alemanha ameaçava a hegemonia da
Inglaterra e buscava expandir sua influência, enquanto a França e a Alemanha
disputavam colônias na África. O Império Russo estava interessado na região dos
Bálcãs, dominada pela Áustria-Hungria.

Alianças:
Na véspera da guerra, a Europa estava dividida em duas alianças: a Tríplice Aliança
(Alemanha, Império Austro-Húngaro e Itália) e a Tríplice Entente (Reino Unido, França
e Rússia). Esse sistema de alianças significava que a entrada de um país no conflito
poderia envolver seus aliados, potencializando a escala da guerra.

Estopim da Guerra:
O assassinato do arquiduque Francisco Ferdinando em Sarajevo, realizado pelo grupo
terrorista sérvio "Mão Negra", foi o estopim. O Império Austro-Húngaro retaliou,
acionando a política de alianças.

Desenvolvimento do Conflito:
O primeiro ano da guerra foi marcado por "guerra de movimentos", mas logo
transformou-se em "guerra de trincheiras", onde os soldados enfrentavam condições
extremas. As trincheiras se tornaram um símbolo da guerra, marcadas por doenças,
deterioração e uma vida insuportável.
Novas Tecnologias de Guerra:
A guerra introduziu novas armas, como gás mostarda, tanques, aeronaves e
submarinos (especialmente os alemães), resultando em um número de mortos sem
precedentes, estimado em cerca de 8 milhões.

Envolvimento Global:

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HISTÓRIA
Além do combate direto na Europa, o conflito teve impactos nas colônias e envolveu
potências como os EUA e Japão. A participação das mulheres aumentou, pois elas
foram requeridas para o trabalho nas indústrias.
Eventos Decisivos de 1917:
O ano de 1917 foi crucial. Os Estados Unidos entraram no conflito após ataques a
embarcações americanas por submarinos alemães. Enquanto isso, a Revolução
Bolchevique na Rússia resultou na saída do país da guerra através do Tratado de Brest -
Litovski, que cedeu vastos territórios aos alemães.

Fim da Guerra e Consequências:


A guerra terminou em 1918 com a rendição da Alemanha. O Tratado de Versalhes de
1919 impôs duras penalidades aos alemães, incluindo indenizações e perda de
colônias. Isso fomentou o revanchismo, uma das muitas consequências da guerra, que
também resultou no colapso dos Impérios Austro-Húngaro e Turco-Otomano e na
formação de novos países, como Polônia e Iugoslávia.

Revolução Russa (1917)

Antecedentes:
Até 1917, a Rússia era uma monarquia absolutista sob o czar Nicolau II, com uma
população majoritariamente camponesa e analfabeta. A industrialização tardia e
dependente exacerbou as tensões sociais, levando ao crescimento do proletariado.

● Partido Operário Socialdemocrata Russo:


A criação do POSDR dividiu-se em mencheviques (que esperavam a evolução
capitalista) e bolcheviques (que defendiam a ação revolucionária imediata). Lênin, líder
bolchevique, promovia a ideia de uma ditadura do proletariado.

● Revoltas e Conflitos:
A Rússia enfrentou a derrota na Guerra Russo-Japonesa (1904-1905) e as revoltas
subsequentes, incluindo o Domingo Sangrento (1905), que resultaram em um leve
movimento liberal. A Primeira Guerra Mundial gerou pesadas derrotas, deterioração
econômica e revoltas populares.

● Revolução de Fevereiro:
Em 1917, a Revolução de Fevereiro depôs o czar e estabeleceu um Governo Provisório
interessado em continuar na guerra, contrastando com os Sovietes que clamavam por
paz e reforma agrária.
● Revolução Bolchevique:
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HISTÓRIA
Lênin retornou à Rússia e conduziu um movimento de revolução bolchevique em
outubro, resultando em retirar a Rússia da guerra e implementar confisco de
propriedades. A guerra civil surgiu entre os bolcheviques e o Exército Branco.
● Consolidação do Poder Comunista:
A vitória do Exército Vermelho significa a ascensão do Partido Comunista e a formação
da União Soviética em 1922. Lênin introduziu a NEP (Nova Política Econômica) para
restaurar a economia.

● Poder de Stalin:
Após a morte de Lênin em 1924, começou uma luta pelo poder entre Trotsky e Stalin,
onde Stalin defendia a construção do socialismo em um único país, resultando na
expulsão de Trotsky e na consolidação do regime de Stalin.

A Crise de 1929

● Causas e Contexto:
A crise econômica de 1929, originada nos EUA, foi impulsionada por excessos da
produção e especulação financeira, culminando na queda da bolsa de Nova Iorque em
outubro (Quinta-Feira Negra), o que desencadeou uma crise global.

● Impactos Mundiais:
A crise afetou a produção industrial e o desemprego mundial, com cerca de 15 milhões
de americanos perdendo empregos e países como o Brasil sendo severamente
impactados na sua economia do café.

● Respostas à Crise:
A crise levou a uma reavaliação das políticas econômicas. O New Deal de Franklin D.
Roosevelt respondeu com intervenções estatais, reformas sociais, publicamente
financiadas e subsídios agrícolas.

A economia americana começou a se recuperar após 1935, mas a plena recuperação


só ocorreu com o envolvimento na Segunda Guerra Mundial, que solidificou o papel
dos EUA como potência global.

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HISTÓRIA

A República Velha e a Era Vargas no Brasil representam duas fases fundamentais na história
política e social do país, com a República Oligárquica iniciando em 1884 e a Era Vargas se
estendendo de 1930 a 1945. Vamos examinar detalhadamente a República Oligárquica e
suas características, seguida pela transição para a Era Vargas.

### 1. República Oligárquica (1884-1930)

**1.1 Aspectos Políticos**

A República Oligárquica marcou a transição para um governo civil no Brasil, sendo que em
1894, um civil assume a presidência pela primeira vez. O governo era fundamentado em
princípios liberais e federalistas, mas rapidamente os elementos oligárquicos se tornaram
proeminentes.

Os presidentes eram frequentemente controlados por oligarquias locais, amplamente


influenciadas pela agro-exportação, particularmente o café, que predominava na economia. A
concentração de terras e a desigualdade social permitiram que uma elite agrária dominasse a
política, resultando em uma falta de representatividade das classes trabalhadoras e
camponesas.

A Constituição de 1891 estabeleceu um sistema eleitoral que excluía as mulheres e


analfabetos, além de manter o voto aberto, que facilitava a manipulação eleitoral, originando
práticas de "voto de cabresto" controladas por coronéis locais. Este fenômeno, conhecido
como "coronelismo", exemplificava o vínculo entre latifundiários e os eleitores, onde os
coronéis garantiam a subordinação através de favores e coerções.

Além disso, a Política dos Governadores promovia alianças entre os governantes locais e o
governo federal, garantindo os interesses das elites locais. A política do "café com leite", que
se referia ao revezamento na presidência entre Minas Gerais e São Paulo, exemplifica a
manipulação do sistema político a favor dessas oligarquias.

**1.2 Aspectos Econômicos**

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HISTÓRIA
Durante a República Oligárquica, a economia era fortemente circunscrita à agro-exportação,
com o café se destacando como principal produto. Entre 1888 e 1895, o Brasil experimentou
um crescimento acentuado na produção cafeeira, porém, a partir de 1896, enfrentou uma
crise com a queda dos preços do café, afetando a balança de pagamentos e a capacidade do
governo em saldar dívidas.

As reformas financeiras implementadas sob a presidência de Campos Sales, especialmente o


Funding Loan, buscavam restaurar a capacidade do governo federal de pagar suas dívidas e
estabilizar a moeda. A crise econômica persistiu, levando à criação do Convênio de Taubaté em
1906, que visava valorizar o café através da compra de excedentes pelo governo.

PRESIDENTES:

# 1. *Marechal Deodoro da Fonseca (1889-1891)*

- *Data:* Proclamou a República em 15 de novembro de 1889.

- *Principais Acontecimentos:* Deodoro foi o primeiro presidente do Brasil, assumindo o cargo


após a Proclamação da República. Seu governo enfrentou crises políticas e sociais, e ele
renunciou em 23 de novembro de 1891.

### 2. *Floriano Peixoto (1891-1894)*

- *Data:* Assumiu após a renúncia de Deodoro.

- *Principais Acontecimentos:* Floriano foi o segundo presidente e enfrentou forte oposição,


incluindo a Revolta da Armada. Ele consolidou o poder central e fez reformas administrativas.
Seu governo é marcado por autoritarismo e repressão.

### 3. *Prudente de Morais (1894-1898)*

- *Data:* Tomou posse em 15 de novembro de 1894.

- *Principais Acontecimentos:* Primeiro presidente civil do Brasil, Prudente enfrentou crises


econômicas e sociais, como a Revolta de Canudos (1896-1897). Seu governo buscou estabilizar
o país e promoveu uma política de conciliação.

### 4. *Campos Sales (1898-1902)*

- *Data:* Iniciou seu mandato em 15 de novembro de 1898.

- *Principais Acontecimentos:* Campos Sales implementou a política do "café com leite", que
buscava equilibrar os interesses das oligarquias estaduais. Ele adotou medidas para enfrentar a
crise financeira, como a renegociação da dívida pública.

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HISTÓRIA
### 5. *Rodrigues Alves (1902-1906)*

- *Data:* Assumiu em 15 de novembro de 1902.

- *Principais Acontecimentos:* Seu governo é conhecido pela modernização urbana do Rio de


Janeiro, incluindo reformas sanitárias. Rodrigues Alves também enfrentou epidemias como a
febre amarela e a varíola.

### 6. *Afonso Pena (1906-1909)*

- *Data:* Tomou posse em 15 de novembro de 1906.

- *Principais Acontecimentos:* Focado em obras públicas e na expansão da infraestrutura,


Afonso Pena promoveu o desenvolvimento do interior do país. Seu governo foi interrompido
por sua morte em abril de 1909.

### 7. *Nilo Peçanha (1909-1910)*

- *Data:* Assumiu após a morte de Afonso Pena.

- *Principais Acontecimentos:* Nilo Peçanha continuou as políticas de seu antecessor e se


destacou pela promoção da educação e saúde pública. Seu governo foi breve e terminou com
sua renúncia.

### 8. *Hermes da Fonseca (1910-1914)*

- *Data:* Iniciou seu mandato em 15 de novembro de 1910.

- *Principais Acontecimentos:* Hermes buscou uma política nacionalista e enfrentou várias


revoltas regionais, como a Revolta Paulista (1924). Seu governo também lidou com tensões
políticas entre militares e civis.

### 9. *Wenceslau Braz (1914-1918)*

- *Data:* Assumiu em 15 de novembro de 1914.

- *Principais Acontecimentos:* Durante sua presidência, o Brasil participou da Primeira Guerra


Mundial ao lado dos Aliados. Wenceslau Braz enfrentou desafios econômicos devido à guerra
e à instabilidade política interna.

### 10. *Delfim Moreira (1918-1919)*

- *Data:* Assumiu após a morte de Wenceslau Braz.

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HISTÓRIA
- *Principais Acontecimentos:* Delfim Moreira exerceu um mandato interino devido à
fragilidade do governo após a guerra, focando na recuperação econômica e na estabilização
política.

### 11. *Epitácio Pessoa (1919-1922)*

- *Data:* Tomou posse em 15 de novembro de 1919.

- *Principais Acontecimentos:* Epitácio implementou reformas sociais e trabalhistas, além de


promover o desenvolvimento industrial no país. Seu governo também enfrentou movimentos
sociais crescentes.

### 12. *Artur Bernardes (1922-1926)*

- *Data:* Iniciou seu mandato em 15 de novembro de 1922.

- *Principais Acontecimentos:* Bernardes teve um governo marcado por repressão aos


movimentos opositores, especialmente durante a Revolta Paulista (1924). Sua administração
lidou com crises políticas e sociais significativas.

### 13. *Washington Luís (1926-1930)*

- *Data:* Assumiu em 15 de novembro de 1926.

- *Principais Acontecimentos:* Washington Luís foi o último presidente antes da Era Vargas.
Seu governo enfrentava uma grave crise econômica devido à queda dos preços do café,
levando à insatisfação popular que culminaria na Revolução de Outubro em 1930.

**1.3 Movimentos Sociais Rurais**

Entre os importantes movimentos sociais deste período destacam-se Canudos e o Contestado.

- **Canudos (1896-1897)**: Fundado por Antônio Conselheiro, um líder messiânico, Canudos


atraiu muitos sertanejos em busca de melhores condições de vida. O arraial, que cresceu
rapidamente, desafiou a elite local e a Igreja, que temiam a perda de controle social e político.
O governo brasileiro enviou tropas para reprimir o movimento, resultando na destruição de
Canudos e no massacre de seus habitantes, conforme narrado por Euclides da Cunha em "Os
Sertões".

- **Contestado (1912-1916)**: Este movimento surgiu na região entre Paraná e Santa Catarina
devido à desapropriação de terras para a construção de uma ferrovia, que prejudicou
posseiros e pequenos agricultores. Sob a liderança de José Maria, os habitantes formaram uma
comunidade que contestava a ordem vigente e buscava recuperar suas terras. A repressão do
governo foi brutal e resultou em uma guerra prolongada.
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HISTÓRIA
**1.4 Movimentos Sociais Urbanos**

- **Movimento Operário**: Com raízes entre imigrantes que traziam ideais


anarcossindicalistas, o movimento operário se tornou bastante ativo, especialmente após a
Revolução Bolchevique em 1917, levando à fundação do PCB em 1922.

- **Revolta da Vacina (1904)**: Esta revolta emergiu em resposta à vacinação obrigatória


contra a varíola, em meio a reformas urbanas que deslocaram a população pobre dos centros
urbanos. A falta de informação e resistência da população culminaram em protestos violentos
no Rio de Janeiro.

- **Revolta da Chibata (1910)**: Motivada pelo uso de castigos corporais na Marinha, a


revolta liderada por marinheiros se intensificou após um incidente de punição extrema. O
governo acabou por ceder às demandas dos amotinados, abolindo os castigos físicos.

**1.5 Crise da República Oligárquica**

Por volta de 1922, a situação política da República Oligárquica começou a se desestabilizar. O


movimento modernista, a Semana de Arte Moderna e o tenentismo representaram expressões
de descontentamento com a hegemonia oligárquica e abriram caminho para uma nova política
no Brasil.

O tenentismo, liderado por oficiais de baixa patente, buscava moralizar a política, combatendo
a corrupção e propondo o voto secreto. O assassinato de João Pessoa, vice de Vargas na chapa
opositora, foi o estopim para a Revolução de 1930, que resultou na deposição do presidente
Washington Luís.

### 2. Era Vargas (1930-1945)

*1. Contexto Pré-Vargas (até 1930)*

- *Crise de 1929:* A Grande Depressão afetou a economia brasileira, especialmente o setor do


café, que era a principal exportação do país. A crise gerou descontentamento social e político.

- *Revolução de 1930:* Em resposta à crise e à insatisfação com o governo de Washington


Luís, Getúlio Vargas liderou uma revolta que resultou na deposição do presidente. Vargas
assumiu a presidência provisória em 24 de outubro de 1930.

### *2. Governo Provisório (1930-1934)*

- *Ato Institucional:* Vargas instaurou um governo provisório e tomou medidas para


consolidar seu poder, como a centralização da administração e a criação de novas leis
trabalhistas.

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HISTÓRIA
- *Reformas Sociais e Econômicas:* O governo promoveu intervenções na economia, como a
valorização do café e a industrialização. Criou o Ministério do Trabalho em 1930, visando
regulamentar as relações trabalhistas.

- *Movimento Tenentista:* Durante esse período, houve uma série de rebeliões militares
(tenentismo) que buscavam reformas políticas e sociais.

### *3. Constituição de 1934*

- *Nova Constituição:* Em 16 de julho de 1934, foi promulgada uma nova constituição que
estabeleceu direitos trabalhistas e ampliou os direitos políticos, como o voto feminino.

- *Eleições Gerais:* Vargas foi eleito indiretamente pela Assembleia Constituinte, assumindo a
presidência constitucional em 15 de novembro de 1934.

### *4. Governo Constitucional (1934-1937)*

- *Aumento da Repressão:* O governo começou a reprimir opositores políticos, especialmente


os comunistas e integralistas (movimento fascista brasileiro).

- *Ação Integralista Brasileira:* Fundada por Plínio Salgado em 1932, esse movimento ganhou
força e se tornou um dos principais opositores ao governo.

- *Crise Política:* A instabilidade política levou à busca por um regime mais autoritário.

### *5. Estado Novo (1937-1945)*

- *Golpe de Estado:* Em 10 de novembro de 1937, Vargas deu um golpe e instaurou o Estado


Novo, um regime autoritário que dissolveu partidos políticos e censurou a imprensa.

- *Nova Constituição:* Foi promulgada uma nova constituição em 1937 que consolidava os
poderes do presidente e estabelecia um regime totalitário.

#### Principais Características do Estado Novo:

- *Censura à Imprensa:* Controle rigoroso sobre os meios de comunicação.

- *Repressão Política:* Prisão de opositores políticos e perseguição a grupos considerados


ameaças ao regime.

- *Propaganda Estatal:* Vargas utilizou propaganda para promover sua imagem como “pai dos
pobres” e defensor dos trabalhadores.

#### Políticas Econômicas:

- *Industrialização:* Fomento à indústria nacional através da criação de estatais como a


Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) em 1941.

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HISTÓRIA
- *Desenvolvimento da Infraestrutura:* Investimentos em obras públicas, como estradas e
energia elétrica.

#### Relações Internacionais:

- *Alinhamento com os Aliados na Segunda Guerra Mundial:* O Brasil declarou guerra ao Eixo
em 1942. Enviou tropas para lutar na Itália (Força Expedicionária Brasileira - FEB).

### *6. Fim da Era Vargas (1945)*

- *Pressões Internas e Externas:* Com o fim da Segunda Guerra Mundial e as pressões por
democratização, Vargas enfrentou crescente oposição política.

- *Renúncia:* Em 29 de outubro de 1945, Getúlio Vargas renunciou à presidência devido à


pressão militar e popular.

### *Legado da Era Vargas*

A Era Vargas teve um impacto duradouro no Brasil:

- *Modernização da Economia:* Iniciativas que impulsionaram a industrialização e


transformaram o Brasil em uma nação mais urbanizada.

- *Direitos Trabalhistas:* Implementação de leis trabalhistas que garantiram direitos


fundamentais aos trabalhadores brasileiros.

- *Centralização do Poder Executivo:* Fortalecimento do papel do presidente na política


brasileira.

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HISTÓRIA

Fascismos, II Guerra Mundial e Pós-1945

● FASCISMOS

O conceito de fascismo e outras ideologias radicais começaram a emergir com força no século
XX, especialmente após a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), um período que destruiu a
imagem idealizada da guerra e deixou profundas marcas na sociedade, particularmente entre
os jovens combatentes. A crença na possibilidade de progresso foi intensamente abalada por
traumas e pela normalização da violência. No contexto da guerra, os comunistas, liderados por
figuras como Lênin e Trotsky, criticaram o conflito, atribuindo-o a disputas imperialistas e
defendendo a solidariedade entre os trabalhadores.

Com a crise econômica culminando na Grande Depressão de 1929, as ideologias radicais, como
o fascismo e o comunismo, ganharam força. O humor político e econômico deteriorou-se
enormemente, e os valores do liberalismo e da democracia ficaram em xeque. O fascismo se
tornou uma resposta ao temor da revolução comunista, especialmente na Itália e na
Alemanha.

● Características do Nazi-Fascismo:

- Anticomunismo: A busca por eliminar fisicamente os comunistas e a União Soviética era um


mandato central.

- Antiliberalismo: Um desprezo por liberdades individuais e um desejo por um Estado forte e


ditatorial.

- Totalitarismo: O Estado dominava todos os aspectos da vida pública e privada, subordinando


o indivíduo.

-Militarismo/Expansionismo: Investimentos massivos em militarização e uma ideologia de que


a guerra poderia regenerar a nação.

- Corporativismo: Remoção do parlamento e substituição por assembleias corporativas que


buscavam unir patrões e empregados.

-Nacionalismo: O fortalecimento radical da nação para rivalizar com outros países.

● Fascismo na Itália

Após a Grande Guerra, a Itália enfrentou instabilidade, inflação e descontentamento social.


Benito Mussolini fundou o Partido Nacional Fascista em 1921, prometendo restaurar a ordem.
Em 1922, ele organizou a "Marcha sobre Roma", pressionando o governo e levando à sua
entrada no poder. Sob sua liderança, Mussolini assinou o Tratado de Latrão em 1929,

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HISTÓRIA
estabelecendo as bases da relação entre o estado italiano e a Igreja Católica. Em busca de
expansão, liderou a invasão da Etiópia nos anos 30.

● Nazismo na Alemanha

Após a Primeira Guerra, a Alemanha passou pela humilhante República de Weimar, que
enfrentou descontentamento popular e revoltas sociais. Adolf Hitler, aproveitando a situação,
começou a disseminar suas ideias por meio do Partido Nazista. O livro "Mein Kampf" expôs
suas ideias antissemitas e racistas, culpando judeus e comunistas pela crise no país. Com o
colapso econômico de 1929, os nazistas ganharam apoio e, em 1933, Hitler se tornou
chanceler, eliminando todos os partidos exceto o nazista. Isso marcou o início de um regime
totalitário que buscava a reestruturação da Alemanha e a expansão territorial.

SEGUNDA GUERRA MUNDIAL (1939-1945)

Os conflitos que culminaram na Segunda Guerra Mundial foram precedidos por tensões não
resolvidas da Primeira Guerra e pela política expansionista de regimes fascistas. A invasão da
Polônia pela Alemanha, em 1º de setembro de 1939, levou à declaração de guerra por parte da
França e do Reino Unido.

● Guerra Civil Espanhola (1936-39)

O conflito na Espanha englobou a luta entre forças nacionalistas, apoiadas por Hitler e
Mussolini, e o governo republicano da Frente Popular, apoiado pela URSS. Esse confronto
serviu como um campo de teste para táticas militares que seriam usadas na Segunda Guerra.

● O Avanço Nazista

A blitzkrieg alemã resultou em rápidas vitórias na Europa Ocidental em 1940. A Alemanha


ocupou a França e diversas nações, estabelecendo governos colaboracionistas. No entanto, a
resistência se organizou sob a liderança de De Gaulle. Em 1941, a invasão da URSS e o ataque a
Pearl Harbor pelos japoneses mudaram o curso da guerra, levando os EUA ao conflito.

● A Derrota do Eixo

Os aliados contra as potências do Eixo começaram a se firmar com vitórias significativas, como
Stalingrado e El-Alamein, com os EUA e a URSS colaborando cuidadosamente em conferências
como a de Teerã. A grande operação D-Day em 1944 levou à libertação da França, culminando
na captura de Berlim em maio de 1945.

● Pós-Guerra e Criação da ONU

Após a guerra, a Conferência de Yalta criou duas áreas de influência na Europa, dividindo -a
entre potências ocidentais e socialistas. A Conferência de Potsdam deu continuidade a essa
divisão e foi estabelecido o Tribunal de Nuremberg para julgar os crimes da guerra. A ONU foi
criada para promover a paz e a cooperação internacional, refletindo as lições tiradas do
conflito. O Japão foi derrotado através dos bombardeios de Hiroshima e Nagasaki, significando
o uso devastador de armas nucleares e encerrando a Segunda Guerra Mundial.
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HISTÓRIA
A Segunda Guerra Mundial resultou em aproximadamente 60 milhões de mortos e teve um
impacto profundo na configuração geopolítica mundial, estabelecendo as bases para a Guerra
Fria e mudando o curso da história na segunda metade do século XX.

*1. Contexto e Constituição de 1946*

- *Fim da Era Vargas:* Após a renúncia de Getúlio Vargas em 1945, foi instaurado um governo
militar que preparou o retorno à democracia.

- *Nova Constituição:* Em 18 de setembro de 1946, foi promulgada a nova constituição, que


restabeleceu a democracia no Brasil. A constituição garantiu direitos civis e políticos, além de
direitos sociais.

### *2. Governo Eurico Gaspar Dutra (1946-1951)*

- *Posse:* Eurico Gaspar Dutra assumiu a presidência em 31 de janeiro de 1946.

#### Principais Acontecimentos:

- *Política Externa:* Dutra alinhou o Brasil aos Estados Unidos durante a Guerra Fria e
participou da criação da Organização das Nações Unidas (ONU).

- *Economia:* Enfrentou problemas econômicos, como inflação e desemprego. Implementou


uma política econômica voltada para o desenvolvimento industrial.

- *Reformas Trabalhistas:* Embora tenha sido um governo conservador, manteve algumas


conquistas trabalhistas do governo Vargas.

#### Fatos Importantes:

- *Crise Econômica:* A instabilidade econômica levou a greves e protestos.

- *Eleições de 1950:* O governo Dutra não conseguiu conter o descontentamento popular, o


que preparou o terreno para a volta de Getúlio Vargas.

### *3. Governo Getúlio Vargas (1951-1954)*

- *Posse:* Getúlio Vargas foi eleito indiretamente em 31 de janeiro de 1951.

#### Principais Acontecimentos:

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HISTÓRIA
- *Desenvolvimento Econômico:* Vargas implementou o nacionalismo econômico e promoveu
a criação da Petrobras em 1953, visando à exploração do petróleo no Brasil.

- *Política Social:* Expandiu os direitos trabalhistas e lançou programas sociais voltados para a
educação e saúde.

#### Fatos Importantes:

- *Crise Política:* Enfrentou forte oposição da elite política e dos militares. Em agosto de 1954,
após uma tentativa de assassinato contra um jornalista crítico ao governo, Vargas se viu
cercado por crises políticas.

- *Suicídio:* Em 24 de agosto de 1954, Getúlio Vargas cometeu suicídio em seu gabinete, em


um ato que chocou o país e aumentou sua popularidade póstuma.

### *4. Governo Jânio Quadros (1961)*

- *Posse:* Jânio Quadros tomou posse em 31 de janeiro de 1961 após vencer as eleições com
uma plataforma populista e reformista.

#### Principais Acontecimentos:

- *Política Externa Inusitada:* Jânio adotou uma política externa independente, buscando
aproximação com países socialistas (como a União Soviética) e fez gestos simbólicos como a
visita ao líder cubano Fidel Castro.

- *Reformas Internas:* Tentou implementar reformas administrativas e combater a corrupção.

#### Fatos Importantes:

- *Renúncia:* Em 25 de agosto de 1961, após apenas sete meses no cargo, Jânio renunciou
inesperadamente, alegando forças ocultas que lhe impediam governar. Sua renúncia deixou
um vácuo político no país.

### *5. Governo João Goulart (1961-1964)*

- *Assunção ao Cargo:* João Goulart assumiu a presidência em setembro de 1961 após uma
breve crise política que resultou na adoção do regime parlamentarista como solução
temporária. Em 1963, voltou ao regime presidencialista.

#### Principais Acontecimentos:

- *Reformas de Base:* Goulart propôs reformas sociais profundas, como reforma agrária e
reforma tributária, visando atender às demandas populares.

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HISTÓRIA
- *Movimento Trabalhista:* Fortaleceu os sindicatos e buscou apoio das classes trabalhadoras.

#### Fatos Importantes:

- *Crise Política e Social:* O governo enfrentou crescente oposição da elite econômica e


militar. Em março de 1964, manifestações contra o governo se intensificaram.

- *Golpe Militar:* Em 31 de março de 1964, um golpe militar depôs Goulart, instaurando uma
ditadura que duraria até 1985.

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HISTÓRIA

A Guerra Fria

Guerra Fria (1947-1991)

Após a Segunda Guerra Mundial, o mundo se organizou em uma política bipolar dominada
pelos Estados Unidos (EUA) e pela União Soviética (URSS), que lideravam dois sistemas
antagônicos: o capitalismo e o socialismo. Os EUA promoviam a democracia e a liberdade,
defendendo valores capitalistas, enquanto a URSS propunha o socialismo como alternativa ao
domínio burguês e aos problemas sociais.

Historiadores divergem sobre a início da Guerra Fria. Alguns a consideram iniciada em 1945
com o fim da Segunda Guerra, enquanto outros estabelecem 1947 como o ponto de partida,
com a formulação da Doutrina Truman, que tinha como objetivo conter a expansão do
comunismo.

● Cominform e Plano Marshall

A URSS criou o Cominform, uma agência destinada a coordenar e propagar o socialismo em


outros países. Em resposta, os EUA implementaram o Plano Marshall, que consistia em
oferecer ajuda econômica aos países europeus aliados, facilitando sua recuperação eco nômica
e, assim, consolidando a força do capitalismo. O COMECON foi criado pela URSS para integrar
economicamente os países socialistas.

● Alianças e Espionagem

Em um contexto de "paz impossível e guerra improvável", como afirmou o sociólogo Raymond


Aron, formaram-se alianças militares: a OTAN (1949), do lado capitalista, e o Pacto de Varsóvia
(1955) do lado socialista. Essa rivalidade também resultou na criação de agências de
espionagem como a CIA (EUA) e a KGB (URSS).

● Corrida Armamentista e Espacial

A Guerra Fria testemunhou uma intensa corrida armamentista que começou quando os EUA
lançaram bombas atômicas sobre Hiroshima e Nagasaki em 1945. A URSS retaliou ao
desenvolver suas próprias armas nucleares em 1949, iniciando uma competição por
supremacia militar. Este confronto também se estendeu à exploração espacial, com o
lançamento do Sputnik I pela URSS em 1957 e a missão Apollo 11 dos EUA em 1969.

● Revolução Chinesa (1949)

A Revolução Chinesa trouxe o maoísmo como uma variante do socialismo, promovendo uma
revolução desde o campo. O Partido Comunista Chinês (PCC), sob a liderança de Mao Tse-
Tung, emergiu após uma longa guerra civil e, em 1949, proclamou a República Popular da

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HISTÓRIA
China. Apesar de inicialmente distante da URSS, China e URSS formaram uma aliança que
posteriormente se deterioraria devido a diferenças ideológicas.

Guerra da Coreia (1950-1953)

O confronto militar ocorreu na península da Coreia, dividida ao longo do paralelo 38 em 1945


entre uma Coreia do Norte comunista e uma Coreia do Sul capitalista. A invasão da Coreia do
Sul pela do Norte em 1950 levou à intervenção das Nações Unidas, predominantemente
lideradas pelos EUA, e à participação de forças chinesas. O conflito resultou em um impasse e
na manutenção da divisão da Coreia até os dias atuais.

● A coexistência pacífica (1953-1962)

A morte de Stalin em 1953 e a ascensão de Nikita Kruschev possibilitaram um período de


"coexistência pacífica". Kruschev condenou os excessos de Stalin e buscou um diálogo
diplomático com os EUA, incluindo encontros com presidentes americanos.

● Revolução Cubana (1959) e a Crise dos Mísseis

A Revolução Cubana, que derrubou Fulgêncio Batista, resultou em Cuba se alinhar com a URSS
após a nacionalização de setores econômicos. A tentativa de invasão da Baía dos Porcos pelos
EUA falhou. Em 1962, a descoberta de mísseis soviéticos em Cuba gerou uma crise que quase
levou a um confronto nuclear. A crise foi resolvida com um acordo que garantiu o
reconhecimento do governo de Castro pelos EUA em troca da remoção dos mísseis.

● A Détente (1962-1979)

Este período de distensão foi marcado por um relaxamento do conflito, com acordos como o
Tratado de Não-Proliferação Nuclear sendo assinados. Contudo, conflitos periféricos
continuaram.

● Guerra do Vietnã (1960-1975)

A luta pelo controle do Vietnã culminou em uma guerra entre o Vietnã do Norte comunista e o
Vietnã do Sul capitalista, apoiado pelos EUA. Após uma série de eventos, incluindo a Ofensiva
do Tet em 1968, a resistência vietnamita e uma crescente oposição à guerra nos EUA levaram
à retirada americana e à unificação do Vietnã sob regime comunista em 1975, resultando na
ascensão do comunismo também em Laos e Camboja.

O período da Guerra Fria é complexo, repleto de tensões ideológicas, conflitos armados e a


constante busca por influência. O embate entre os blocos capitalista e socialista moldou não

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HISTÓRIA
apenas a política internacional, mas também as sociedades dentro desses países e nas nações
vulneráveis, frequentemente vistas como peças em um tabuleiro estratégico de poder global.

DESCOLONIZAÇÃO AFRO-ASIÁTICA

● Contexto Histórico

Após o término da Segunda Guerra Mundial, um movimento global por independência


começou a surgir nas colônias de países africanos e asiáticos que, durante longos períodos,
haviam sido dominadas por potências imperialistas europeias. A descolonização afro-asiática
se desdobrou em três modalidades: Pacífica, Violenta e Tardia. Esse processo foi marcado por
lutas de resistência que começaram ainda durante o período colonial.

● Conceito de Descolonização

A expressão "descolonização" é considerada pejorativa, pois pode sugerir que a iniciativa para
a independência partiu dos colonizadores, enquanto, na realidade, foram os próprios africanos
e asiáticos que lutaram pela sua libertação. O Pan-Africanismo e outros movimentos anti-
racistas também tiveram importância significativa nesta luta.

● Importância das Lideranças e do Contexto Global

Figuras como Ho Chi Minh, Ben Bella e Gandhi emergiram como líderes fundamentais na luta
pela independência. O contexto da Guerra Fria influenciou fortemente esses movimentos, uma
vez que tanto os Estados Unidos quanto a União Soviética buscavam expandir seu alcance e
influência, apoiando as lutas independentistas em troca de alianças geopolíticas. Essa
intervenção gerou uma série de tensões e conflitos civis nos países da África e Ásia.

● Conferência de Bandung

Em 1955, uma conferência foi realizada em Bandung, Indonésia, com a presença de países
africanos e asiáticos recém-independentes, onde foi proclamado o princípio do "não-
alinhamento". Este movimento buscava evitar a aliança com as superpotências da Guerra Fria
e enfatizava questões de combate ao racismo e à proliferação de armas nucleares.

Descolonização na África

❖ Argélia:

- A Argélia foi colonizada pela França a partir de 1830 e, em 1954, a Frente de Libertação
Nacional (FLN) foi formada, dando início a uma violenta luta pela independência. Com milhares
de argelinos apoiando a causa, o massacre de uma passeata pacífica em 1961 intensificou a

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resistência contra a ocupação francesa. A Argélia conseguiu sua independência em 1962 após
intensos conflitos e mobilizações políticas.

❖ África do Sul:

- Embora a África do Sul tenha alcançado sua independência antes da Segunda Guerra
Mundial, o apartheid foi implementado em 1948, segregando brancos e negros de forma
brutal. A luta contra o apartheid, que durou décadas e ganhou apoio global, culminou na
abolição do regime em 1990, tendo Nelson Mandela como um dos principais símbolos da
resistência.

❖ Índia:

- A independência da Índia em 1947 foi liderada por Mahatma Gandhi, que promoveu a
resistência pacífica à dominação britânica por meio de desobediência civil e protestos. A
independência trouxe também a partição do território em dois Estados, Índia e Paquistão, o
que gerou violências sectárias.

❖ Descolonização Tardia

A descolonização tardia observa a luta pelas independências das colônias portuguesas, como
Angola e Moçambique, na década de 1970. Portugal estava relutante em soltar suas colônias
até que a Revolução dos Cravos, em 1974, resultou na queda do governo autoritário e na
independência das colônias. Em Angola, a transição se complicou em uma guerra civil entre o
MPLA e a UNITA, que durou até 2002. Moçambique também enfrentou uma guerra civil entre
a FRELIMO e a RENAMO, que durou até 1992.

A descolonização afro-asiática foi um processo complexo, repleto de revoltas, lutas e


negociações que culminaram na emancipação de muitas nações. Este movimento refletiu não
apenas a busca por autodeterminação, mas também os efeitos colaterais da Guerra Fria e das
mudanças geopolíticas globais. A luta pela independência deixou legados duradouros nas
sociedades africanas e asiáticas, com narrativas de resistência que ainda ressoam nas lutas
contemporâneas por justiça social e igualdade.

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HISTÓRIA

*1. Golpe Militar de 1964*

- *Data:* 31 de março de 1964.

- *Acontecimento:* Um golpe militar depôs o presidente João Goulart, que enfrentava


crescente oposição política e social. O golpe foi apoiado por setores da sociedade civil e
pelos Estados Unidos, que temiam a ascensão do comunismo na América Latina.

### *2. Presidência de Castelo Branco (1964-1967)*

- *Posse:* Humberto de Alencar Castelo Branco assumiu a presidência em 15 de abril de


1964.

#### Principais Acontecimentos:

- *Ato Institucional Número Um (AI-1):* Promulgado em 9 de abril de 1964, o AI-1 deu ao


governo poderes para cassar mandatos e suspender direitos políticos.

- *Reformas Econômicas:* Implementou reformas que visavam estabilizar a economia, como


o Plano de Ação Econômica do Governo (PAEG), que promoveu crescimento econômico e
investimento em infraestrutura.

#### Fatos Importantes:

- *Constituição de 1967:* Em 24 de janeiro de 1967, foi promulgada uma nova constituição


que consolidou o regime militar e restringiu ainda mais os direitos civis.

### *3. Presidência de Costa e Silva (1967-1969)*

- *Posse:* Artur da Costa e Silva assumiu a presidência em 15 de março de 1967.

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HISTÓRIA
#### Principais Acontecimentos:

- *Ato Institucional Número Cinco (AI-5):* Em 13 de dezembro de 1968, o AI-5 foi


promulgado, suspendendo garantias constitucionais e permitindo ao governo fechar o
Congresso Nacional, censurar a imprensa e reprimir a oposição.

- *Repressão Política:* Intensificação da repressão contra opositores, com prisões, torturas e


desaparecimentos forçados.

#### Fatos Importantes:

- *Movimento Estudantil:* O período viu um aumento na mobilização estudantil contra o


regime militar, culminando em protestos massivos.

### *4. Presidência do General Emílio Garrastazu Médici (1969-1974)*

- *Posse:* Emílio Garrastazu Médici assumiu a presidência em 30 de outubro de 1969.

#### Principais Acontecimentos:

- *Milagre Econômico:* O Brasil viveu um período de crescimento econômico acelerado


conhecido como "Milagre Brasileiro", com altas taxas de crescimento do PIB.

- *Repressão Intensificada:* O governo Médici continuou a repressão política com ainda


mais vigor. O DOI-CODI (Destacamento de Operações Internas – Centro de Operações de
Defesa Interna) se tornou um símbolo da repressão.

#### Fatos Importantes:

- *Censura à Mídia:* A censura se aprofundou, com controle rígido sobre jornais, revistas e
qualquer forma de expressão artística.

### *5. Presidência do General Ernesto Geisel (1974-1979)*

- *Posse:* Ernesto Geisel tomou posse em 14 de março de 1974.

#### Principais Acontecimentos:

- *Abertura Política Lenta:* Geisel iniciou um processo gradual conhecido como "abertura
lenta", buscando distensionar a política brasileira e abrir espaço para uma transição
democrática.

- *Anistia:* Em agosto de 1979, foi promulgada a Lei da Anistia, que perdoou crimes políticos
cometidos por opositores e agentes do Estado durante o regime militar.

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HISTÓRIA
### *6. Presidência do General João Baptista Figueiredo (1979-1985)*

- *Posse:* João Baptista Figueiredo assumiu a presidência em 15 de março de 1979.

#### Principais Acontecimentos:

- *Continuação da Abertura Política:* Figueiredo continuou o processo de abertura política


iniciado por Geisel. Promoveu eleições indiretas para governadores e iniciou discussões
sobre uma nova constituição.

- *Crise Econômica:* O Brasil enfrentou sérios problemas econômicos no final do seu


governo, incluindo inflação alta e dívida externa crescente.

#### Fatos Importantes:

- *Eleições Diretas Já:* Nos anos finais da ditadura, cresceu o movimento popular pela
redemocratização, culminando nas campanhas pelas "Diretas Já" em 1983 e 1984.

### *Transição para a Democracia*

- Com a pressão popular crescente e as manifestações pela volta da democracia, Figueiredo


convocou eleições indiretas para presidente em janeiro de 1985.

- O novo presidente eleito foi Tancredo Neves, que faleceu antes da posse; José Sarney
assumiu a presidência.

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HISTÓRIA

**Mundo Atual: A Nova República no Brasil**

1. Contexto da Nova República*

A Nova República começou com a redemocratização do Brasil após o fim do regime militar
em 1985. Este período é caracterizado pela busca de uma nova ordem democrática, com a
promulgação de uma nova constituição e a realização de eleições diretas.

### *2. Constituição de 1988*

- *Data de Promulgação:* 5 de outubro de 1988.

- *Principais Mudanças:*

- Estabelecimento dos direitos humanos como fundamento da sociedade.

- Fortalecimento da democracia com a garantia do voto direto.

- Criação do Sistema Único de Saúde (SUS) e do Sistema Único de Assistência Social (SUAS).

- Ampliação dos direitos trabalhistas e sociais.

- Garantia da liberdade de expressão e do direito à informação.

A Constituição é considerada uma das mais avançadas do mundo em termos de direitos


sociais e civis.
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### *3. Presidentes da Nova República*

#### *3.1. Tancredo Neves (1985)*

- *Mandato:* Eleito em janeiro de 1985, mas não chegou a assumir o cargo.

- *O que Aconteceu:*

- Tancredo Neves foi o primeiro presidente civil eleito após o regime militar, escolhido
indiretamente pelo Colégio Eleitoral. Sua eleição representou um momento histórico na
transição para a democracia.

- No entanto, ele adoeceu gravemente antes da posse e foi internado com problemas de
saúde. Tancredo faleceu em 21 de abril de 1985, apenas algumas semanas antes de sua
posse, o que gerou um clima de luto e incerteza política no país.

#### *3.2. José Sarney (1985-1990)*

- *Mandato:* De 15 de março de 1985 até 15 de março de 1990.

- *Principais Feitos:*

- Assumiu após a morte de Tancredo Neves, primeiro presidente civil após o regime militar.

- Enfrentou uma grave crise econômica marcada por hiperinflação.

- Implementou o Plano Cruzado em 1986, que inicialmente congelou preços e salários, mas
teve efeito temporário.

#### *3.3. Fernando Collor de Mello (1990-1992)*

- *Mandato:* De 15 de março de 1990 até 29 de setembro de 1992.

- *Principais Feitos:*

- Implementou o Plano Collor, que confiscou parte das poupanças dos brasileiros para
controlar a inflação.

- Promoveu um discurso anti-corrupção e liberalização econômica.

- *Acontecimentos Importantes:*

- Sofreu um processo de impeachment em decorrência de acusações de corrupção e


envolvimento em esquemas ilícitos.

#### *3.4. Itamar Franco (1992-1994)*

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HISTÓRIA
- *Mandato:* De 29 de setembro de 1992 até 1º de janeiro de 1995.

- *Principais Feitos:*

- Assumiu após o impeachment de Collor e estabilizou a economia.

- Implementou o Plano Real, que criou uma nova moeda (o real) e controlou a inflação.

#### *3.5. Fernando Henrique Cardoso (1995-2003)*

- *Mandato:* De 1º de janeiro de 1995 até 1º de janeiro de 2003.

- *Principais Feitos:*

- Consolidou o Plano Real e promoveu políticas econômicas que estabilizaram a inflação.

- Reeleito em 1998, implementou reformas estruturais, como a reforma da previdência e


privatizações em setores como telecomunicações e energia.

#### *3.6. Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010)*

- *Mandato:* De 1º de janeiro de 2003 até 1º de janeiro de 2011.

- *Principais Feitos:*

- Implementou programas sociais como o Bolsa Família, que ajudaram a reduzir a pobreza
no Brasil.

- Promoveu políticas voltadas para inclusão social e crescimento econômico sustentado.

3.7. Dilma Rousseff (2011-2016)*

- *Mandato:* De 1º de janeiro de 2011 até seu impeachment em agosto de 2016.

- *Principais Feitos:*

- Primeira mulher presidente do Brasil; continuou as políticas sociais iniciadas por Lula.

- *Acontecimentos Importantes:*

- Sofreu um processo de impeachment sob acusações fiscais, resultando na sua destituição.

#### *3.8. Michel Temer (2016-2018)*

- *Mandato:* De agosto de 2016 até dezembro de 2018, após o impeachment da Dilma


Rousseff.

- *Principais Feitos:*

- Implementou reformas trabalhistas e da previdência visando ajustar as contas públicas.

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HISTÓRIA
### *4. Jair Bolsonaro (2019-2022)*

- *Mandato:* De janeiro de 2019 até dezembro de 2022.

- *Principais Feitos:*

- Adotou uma agenda econômica liberal com Paulo Guedes como Ministro da Economia,
promovendo privatizações e reforma da previdência em sua gestão.

- Politicamente controverso, seu governo foi marcado por polarização política intensa e
crise sanitária devido à pandemia da COVID-19, onde enfrentou críticas pela gestão da crise.

### *5. Governo Luiz Inácio Lula da Silva (2024)*

Luiz Inácio Lula da Silva tomou posse novamente em janeiro de 2023 para um terceiro
mandato. Em sua nova gestão, ele busca promover políticas voltadas para a inclusão social,
combate às desigualdades econômicas, além do enfrentamento das questões ambientais e
mudanças climáticas.

### *Conclusão*

A Nova República é um período complexo na história brasileira que se caracteriza por


avanços democráticos significativos e desafios econômicos constantes. A promulgação da
Constituição Federal em 1988 foi um marco fundamental na construção do Estado
democrático brasileiro, refletindo anseios por justiça social e direitos humanos. S

AMÉRICA LATINA

⮚ A Revolução Mexicana (1910-1920)

Este movimento é frequentemente considerado uma das primeiras revoluções do século XX e


decorreu de um contexto de ditadura sob Porfírio Díaz. A insatisfação popular culminou na
ascensão de líderes como Francisco Madero e Emiliano Zapata, que buscavam reformas
agrárias e sociais. A revolução teve várias etapas com governos transitórios até a Constituição
de 1917, que estabeleceu avanços sociais significativos, embora a implementação tenha sido
lenta.

⮚ O Governo Perón na Argentina (1946-1955)

Juan Domingo Perón chegou ao poder através de eleições democráticas e promoveu uma série
de reformas trabalhistas e nacionalizações. O período, conhecido pelo crescimento do
populismo, viu a ascensão dos direitos dos trabalhadores, mas também resultou na
centralização do poder e no autoritarismo.

⮚ Ditadura Argentina (1976-1983)

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HISTÓRIA
O golpe militar de 1976, que resultou no governo de Jorge Rafael Videla, foi uma resposta à
crescente instabilidade política e social. A ditadura implementou políticas de repressão,
resultando em aproximadamente 30 mil desaparecidos e uma violação extrema dos direitos
humanos, com o surgimento de movimentos como as Mães da Praça de Maio. A derrota na
Guerra das Malvinas (1982) acelerou o fim do regime e segue-se a redemocratização em 1983.

⮚ O Governo Allende e a Ditadura Chilena (1970-1988)

Salvador Allende, eleito em 1970, enfrentou oposição fortíssima, particularmente dos EUA,
que interviram para desestabilizar seu governo. O golpe militar de 11 de setembro de 1973
levou Augusto Pinochet ao poder, resultando em um regime de repressão que violou
severamente os direitos humanos. O regime endureceu até a realização de um plebiscito em
1988, que resultou na transição para um governo democrático.

⮚ Revolução Sandinista (1979)

A Revolução Sandinista resultou na queda da ditadura dos Somoza na Nicarágua e na ascensão


de um governo socialista liderado por Daniel Ortega. A administração sandinista enfrentou a
oposição dos "contras", financiados pela CIA, mas conquistou avanços em educação e saúde.
Essas reformas foram decisivas, embora o governo tenha perdido terreno nas eleições de
1990.

CRISE DO SOCIALISMO

⮚ A Era Gorbachev (1985-1991)

Mikhail Gorbachev implementou reformas chamadas perestroika (reforma econômica) e


glasnost (transparência e liberdade de expressão) na URSS. Sob suas diretrizes, foi iniciado um
processo de desagregação dos regimes comunistas na Europa Oriental, culminando com a
queda do Muro de Berlim em 1989 e o colapso final da União Soviética em 1991.

O MUNDO APÓS A GUERRA FRIA: A NOVA ORDEM MUNDIAL

O fim da Guerra Fria resultou numa nova ordem mundial, caracterizada por uma configuração
multipolar e a ascensão do neoliberalismo, que enfatizava a liberalização do mercado e a
mínima intervenção estatal. Esse novo paradigma, embora promova crescimento para alguns,
exacerbou desigualdades e precariedades nos países em desenvolvimento, suscetíveis a crises

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