Linguagem Inclusiva e Não Sexista

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O que é linguagem inclusiva e não sexista?

É a linguagem que tem a intenção de reverter,


por meio de palavras ou estruturas escolhidas,
uma situação de discriminação e ocultação de
grupos socialmente minorizados.

Exemplos: mulheres, pessoas LGBTQIA+,


grupos étnicos e raciais, pessoas idosas
ou jovens, pessoas com deficiência.

Pretende evitar também a ambiguidade de


certas mensagens que utilizam o masculino
como forma de comunicação neutra e genérica.

É uma linguagem que busca dar visibilidade e


representatividade para todas as pessoas e
todos grupos sociais.
Abandonando o uso do X, @ e *
Não são pronunciáveis: Esses símbolos não podem ser
usados na linguagem verbal, logo, não têm a capacidade
de alterar a forma como falamos.

Não tornam as coisas mais fáceis de entender: Quanto


mais simples e direta é a nossa linguagem, melhor nos
fazemos entender. Se a intenção é escrever textos fáceis
e didáticos, evite a utilização desses símbolos.

Não são acessíveis para leitores de tela: programas de


leitura de tela não pronunciam corretamente texto com
símbolos, desta forma, pessoas com deficiência visual
não conseguirão compreender a mensagem. Também
dificultam ou impedem a leitura por pessoas disléxicas

Substitua ( ) por /

Os parênteses trazem uma informação adicional, acessória.


Para dar equivalência a ambos os gênero, utilize a barra.
Ao invés de escrever Prezados (as), opte por Prezados/as.
Como evitar palavras com marcação de gênero?

Utilize termos neutros como pessoa, indivíduo,


sujeito, gente, população, alguém e pessoal
para retirar o gênero marcado diretamente.

Ao i Suprima pronomes pessoais, de


nvé
tod s de tratamento e possessivos, artigos
os o
s pr dizer definidos e indefinidos quando
diga ese
tod nte
pes as a s, representam marcação de gênero.
soa s
s pr
ese
nte
s Você pode dizer a pessoa que você namora
no lugar de sua namorada, por exemplo.

Nem sempre sabemos a identidade de


gênero ou conhecemos a orientação sexual
da pessoa com quem conversamos ou a
quem nos referimos.
Como evitar palavras com marcação de gênero?

Substitua adjetivos e adjetivos


substantivados com marcação
de gênero por uma preposição Intitulado pode ser
seguida de um substantivo ou substituído por a
reestruture a frase. pessoa com título.
Afiliado, por a pessoa
com afiliação.

Utilize a voz passiva e o gerúndio


como formas de desgenerificar.

No lugar de dizer Todos os trabalhadores


poderão ir ao jantar com as suas esposas,
utilize: O pessoal do trabalho poderá ir ao
jantar acompanhado.

E ao invés de dizer Eles estão preocupados


com isso, diga: As pessoas estão
preocupadas com isso.
Alternância da marcação de gênero?

Em textos formais, tente nomear a forma feminina, dar prevalência


a esta ao longo do texto ou alternar as marcações de gêneros.

Como, por exemplo, prezadas e prezados colegas; excelentíssimos


e excelentíssimas; e, no decorrer do texto, conforme essas
marcações sejam reiteradas, alterná-las na ordem.

Características étnico-raciais

O termo afrodescendente passou


a ser adotado oficialmente depois da
Conferência de Durban (África do Sul),
sobre racismo e xenofobia, realizada
pela Organização das Nações Unidas,
no ano de 2001.

No Brasil, no campo político,


educacional e literário, usa-se
prioritariamente os termos
população negra e pessoas negras.
Pessoas com deficiência

A Convenção sobre Direitos das Pessoas


com Deficiência, adotada pela ONU em 2006,
foi ratificada pelo Brasil com equivalência de
emenda constitucional e operacionalizada no
nosso ordenamento jurídico por meio da Lei
Brasileira de Inclusão da Pessoa com
Deficiência - Lei nº 13.146/2015.

Ambas as normas, internacional e nacional,


elegem como a expressão mais correta se
referir a pessoas com deficiência (PcD).

Pode-se utilizar também as expressões


pessoa que tem deficiência ou
que nasceu com deficiência.

Pessoa portadora de deficiência (PPD) ou portadora


de necessidades especiais (PNE) são termos
errados e devem ser evitados.
Dicas

Usar o termo adequado faz com que a


pessoa a quem se refere não se sinta
inferiorizada ou discriminada e evita
constrangimentos;

Não há uma única expressão correta


válida para todos os tempos e espaços;

Quando não souber a identidade de gênero da pessoa, procure


utilizar termos neutros;

Quando souber a identidade de gênero da pessoa, utilize


corretamente a marcação de gênero que a pessoa com quem
você conversa prefere;

Sempre que possível, tente utilizar a linguagem inclusiva e não


sexista. Não se acanhe em parar no meio da frase e pensar ou
pedir ajuda. Tenha calma e aprenda no processo, a linguagem
neutra se torna hábito por meio da prática constante.
Entre em contato e construa com a gente!

Gostaríamos de adicionar outras formas de neutralização,


para que este guia seja cada vez mais completo para a
construção de uma linguagem inclusiva e não sexista.

Se quiser contribuir, envie uma mensagem com o assunto:


LINGUAGEM INCLUSIVA

[email protected]

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