Minuta de Instrucao Normativa

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GOVERNO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO, DA CULTURA, DO ESPORTE E DO


LAZER - SEEC
COORDENADORIA DE DESENVOLVIMENTO ESCOLAR – CODESE
SUBCOORDENADORIA DE ENSINO MÉDIO – SUEM

MINUTA DE INSTRUÇÃO NORMATIVA

Dispõe sobre as orientações e


procedimentos para a avaliação da
aprendizagem na Formação Geral Básica e
nos Itinerários Formativos que compõem as
estruturas curriculares das escolas do
Ensino Médio Potiguar integrantes da Rede
Estadual de Educação do Rio Grande do
Norte.

A Secretaria de Estado da Educação da Educação, da Cultura, do Esporte e do


Lazer - SEEC, no uso de suas atribuições legais, e com vistas a orientar a
Rede Estadual de Ensino sobre os procedimentos da avaliação no Ensino
Médio Potiguar,

CONSIDERANDO:
- As Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica DCNEB/2013;
- As Diretrizes Curriculares Nacionais do Ensino Médio (DCNEM) - 2018;
- A Resolução nº 3/2018-CEB/CNE, de 21 de novembro de 2018;
- As Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Profissional e Tecnológica,
constantes na Resolução nº 01/2021-CNE/CP, de 05 de janeiro de 2021;
- A Portaria nº 356/2019-SEEC/GS, que trata sobre avaliação de estudantes da
Educação Básica, nas etapas de Ensino Fundamental e Ensino Médio, na Rede
Estadual de Ensino do Rio Grande do Norte e dá providências correlatas;
- O Parecer nº 02/2021-CEE/CEB/RN, de 22 de dezembro de 2022, que dispõe
sobre a aprovação do Referencial Curricular do Ensino Médio Potiguar e das
Estruturas Curriculares - Ensino Médio Potiguar e Ensino Médio Profissional
Potiguar;
- A Portaria nº 493/2021-SEEC/GS, de 23 de dezembro de 2021, que homologa o
Parecer nº 02/2021-CEE/CEB/RN;
- Que o Ensino Médio é composto por séries anuais, estruturadas, de forma
indissociável, pela Formação Geral Básica (FGB) e Itinerários Formativos (IFs);
- A necessidade de subsidiar as escolas do Ensino Médio Potiguar quanto aos
procedimentos de avaliação da aprendizagem;
- A necessidade de assegurar que todas as unidades escolares adotem
procedimentos pedagógicos e administrativos unificados relativos à avaliação do
estudante do Ensino Médio Potiguar.

INSTRUI:
I - Pressupostos

A Avaliação é parte integrante do processo formativo e tem por objetivo contribuir


para o pleno desenvolvimento do estudante, sua formação para o exercício da
cidadania e sua qualificação para o mundo do trabalho. Seus resultados mediam a
ação pedagógica e deve:
1. Ter caráter diagnosticador, mediador e emancipador, devendo ser realizada de
forma contínua e cumulativa, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os
quantitativos e dos resultados ao longo do período letivo sobre eventuais exames
finais.
2. Considerar as vivências cotidianas dos estudantes no contexto escolar, sua
capacidade de criar, seus saberes e suas referências culturais, visando apropriar-se
dos objetos de conhecimento, a fim de desenvolver suas competências, habilidades,
atitudes e valores necessários para a resolução de problemas e o pleno exercício da
cidadania.

II - Rendimento

1. Os resultados do processo avaliativo da aprendizagem, por componente


curricular na Formação Geral Básica (FGB), serão computados no final de cada
bimestre.
2. Os registros da avaliação da aprendizagem na Formação Geral Básica ocorrem
em escala numérica com notas de 0,0 (zero) a 10,0 (dez) por componente curricular,
com registros de notas bimestrais ao final do ano letivo.
3. A média simples na Formação Geral Básica é de 6,0 (seis) pontos por
componente curricular.
4. Os resultados do processo avaliativo da aprendizagem nos Itinerários Formativos
(IFs) serão computados no final de cada bimestre, considerando as modalidades e
ofertas.
5. Nas Unidades Curriculares (UC) dos Itinerários Formativos, com duração
semestral/anual, os registros do resultado do processo avaliativo do estudante dar-
se-ão:
5.1 ao final de cada bimestre, por meio de notas de 0,0 (zero) a 10,0 (dez),
sendo 6,0 (seis) a pontuação mínima para a aprovação em cada unidade
curricular;
5.2 para o cômputo das notas do bimestre/semestre/ano das unidades
curriculares dos Itinerários Formativos, o professor deverá analisar o
desempenho dos estudantes com base nas atividades desenvolvidas durante o
processo formativo. Em se tratando de unidades curriculares ministradas por
dois professores, a análise e deliberação sobre o desempenho dos estudantes
deverão ser realizada conjuntamente;
5.3 para a composição das notas do bimestre/semestre das unidades
curriculares da Educação Profissional e Tecnológica em Tempo Integral, o
cômputo dar-se-á dentro do próprio semestre, por meio de notas de 0,0 (zero) a
10,0 (dez), sendo 6,0 (seis) a pontuação mínima para a aprovação em cada
unidade curricular.

6. Nas unidades curriculares de Projeto de Vida, Eletivas Orientadas, Orientação


Acadêmica, Práticas Experimentais e Oficinas Formativas será observada a
participação (envolvimento, engajamento e desempenho) do estudante e registrada,
bimestralmente, a nota equivalente ao percentual de participação, utilizando os
seguintes parâmetros:

Percentual de Participação Nota Equivalente

até 30% 6,0

de 31% a 60% 6,1 até 8,0

de 61% a 100% 8,1 até 10,0


7. A recuperação das aprendizagens será contínua e desenvolvida no decorrer do
bimestre e/ou do semestre, pelo próprio docente do componente curricular da
Formação Geral Básica ou da unidade curricular do Itinerário Formativo ou, ainda,
pela equipe docente das áreas do conhecimento propedêutica e técnica, junto ao
estudante que apresenta dificuldades nas aprendizagens.

III - Controle de frequência

1. O cômputo de frequência do estudante será realizado sobre o total de horas


letivas referentes às aulas previstas e dadas, com a exigência de frequência mínima
de 75% (setenta e cinco por cento), considerando tanto a Formação Geral Básica
quanto os Itinerários Formativos.
2. A frequência do estudante será registrada, diariamente, pelo docente de cada
componente ou unidade curricular e devidamente registrada no sistema.
3. Constatada a inassiduidade do estudante no mês, o docente deverá informar à
coordenação pedagógica da escola para a realização da busca ativa e outros
mecanismos de contenção de evasão e abandono.
4. A equipe pedagógica realizará o controle sistemático da frequência dos
estudantes, adotando as medidas necessárias para que possam compensar
ausências que ultrapassem o limite de 20% (vinte por cento) do total das aulas
dadas ao longo de cada mês letivo.
5. As atividades de compensação de ausências serão realizadas nos componentes
curriculares da Formação Geral Básica, nas unidades curriculares dos Itinerários
Formativos e incorporadas ao processo avaliativo.
6. O Conselho de Classe deverá analisar a frequência, considerando a carga
horária e o aproveitamento escolar do estudante, nas atividades de compensação
de ausências na Formação Geral Básica, nas unidades curriculares dos Itinerários
Formativos, e decidir sobre o rendimento final do estudante.

IV - Promoção e progressão parcial

1. O registro do desempenho do estudante nos componentes curriculares da


Formação Geral Básica e nas unidades curriculares dos Itinerários Formativos será
expresso por meio de notas, as quais podem variar no intervalo de 0,0 (zero) a 10,0
(dez).
1.1 Especificamente para a unidade curricular de Projeto de Vida, a avaliação
dar-se-á por meio da elaboração cotidiana de diários de bordo e da construção de
um portfólio individual. O desenvolvimento do portfólio será em etapas bimestrais
cumulativas, ao longo do ano letivo, para cada série.
2. O Conselho de Classe decidirá sobre a promoção ou progressão parcial, com
base no desempenho global do estudante, em conformidade com a legislação
educacional vigente, conforme critérios abaixo:
2.1 Nos componentes curriculares da Formação Geral Básica e unidades
curriculares dos Itinerários Formativos, por ser um processo formativo, os
professores, durante cada bimestre, devem fazer recuperação contínua das
aprendizagens. Caso não atinja a média anual, o estudante ficará em
dependência.
2.2 O estudante do Ensino Médio Potiguar, da 1ª e 2ª séries, reprovado em até
2 (dois) componentes curriculares da Formação Geral Básica e em até 2 (duas)
unidades curriculares dos Itinerários Formativos, será promovido em regime de
progressão parcial.
2.3 O estudante aprovado em regime de progressão parcial realizará a
dependência dos componentes curriculares da Formação Geral Básica e das
unidades curriculares dos Itinerários Formativos, sob a responsabilidade dos
professores e da equipe pedagógica, os quais organizarão um plano de estudo
contemplando os objetos de conhecimento, as habilidades significativas, bem
como o cronograma das avaliações.
2.4 O estudante com direito a progressão parcial deverá submeter-se às
avaliações dos componentes curriculares da Formação Geral Básica e das
unidades curriculares dos Itinerários Formativos no primeiro semestre do ano
letivo subsequente.
3. O estudante da 3ª série, que não obtiver aprovação, terá as seguintes opções,
previstas na Portaria nº 356/2019-SEEC/RN, de 08 de outubro de 2019:
I. ser submetido à avaliação especial;
II. submeter-se às avaliações na Comissão de Exames de Certificação em
Educação de Jovens e Adultos, desde que, no ato da inscrição, tenha 18 anos
completos;
III. matricular-se no ano/semestre subsequente no mesmo ano/série/período da
reprovação, podendo solicitar à gestão da escola, por meio de requerimento, o
aproveitamento dos componentes curriculares e/ou unidades curriculares
concluídos com êxito.
4. O Conselho de Classe deve subsidiar o processo de avaliação escolar, conforme
Portaria-SEI nº 400, de 26 de novembro de 2019, artigo 5º, incisos: IV, V e VII.
4.1 O Conselho de Classe deve orientar as discussões sobre a avaliação,
considerando os estudantes que necessitam de recomposição das
aprendizagens, entendidos como aqueles que:
4.1.1 durante o ano em curso, não alcançaram os resultados esperados,
por meio das estratégias para recuperação contínua das aprendizagens;
4.1.2 não melhoraram os resultados e, ainda, demonstram lacunas nas
aprendizagens ao final da série;
4.1.3 estão em regime de dependência.

V - Mobilidade do estudante

1. A mobilidade do estudante poderá ocorrer, a qualquer momento do ano letivo,


somente nas seguintes situações:
1.1 por mudança de turno na mesma unidade escolar;
1.2 por mudança de endereço para outra unidade escolar - havendo vaga na
escola de destino.
2. Em caso de mobilidade do estudante, a enturmação nos Itinerários Formativos
atende prioritariamente às seguintes condições:
2.1 para a mesma trilha de aprofundamento cursada até o momento da
transferência na escola de origem, caso ela seja ofertada na escola de destino;
2.2 para outra trilha de aprofundamento ofertada na escola de destino, que
contemple, prioritariamente, uma mesma área que o Itinerário Formativo em
curso na escola de origem;
2.3 por transferência de escolas da rede municipal, privada e outros sistemas de
ensino para as escolas estaduais da rede:
2.3.1 o estudante será matriculado e a equipe gestora deverá analisar a
trajetória curricular através dos documentos expedidos pela escola de origem
e a escola de destino considerará:
2.3.1.1 a complementação da carga horária exigida nos componentes
curriculares da Formação Geral Básica;
2.3.1.2 a adaptação curricular, se houver necessidade;
2.3.1.3 a recuperação da aprendizagem;
2.3.1.4 o aproveitamento dos estudos realizados até o momento da
transferência.

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