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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ


INSTITUTO DE TECNOLOGIA
FALCULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA

WELLINGTON LIMA BOTELHO

IMPLEMENTAÇÃO DE UM SISTEMA DE MEDIÇÃO DE DESEMPENHO PARA


MÁQUINAS PESADAS

BELÉM - PA
2024
WELLINGTON LIMA BOTELHO

IMPLEMENTAÇÃO DE UM SISTEMA DE MEDIÇÃO DE DESEMPENHO PARA


MÁQUINAS PESADAS

Trabalho de Conclusão do Curso de


Engenharia Mecânica da Universidade Federal
do Pará como requisito parcial para obtenção
do título de Bacharel em Engenharia Mecânica

Orientador: Prof. Felipe Ribeiro Teixeira

BELÉM - PA
2024
WELLINGTON LIMA BOTELHO

IMPLEMENTAÇÃO DE UM SISTEMA DE MEDIÇÃO DE DESEMPENHO PARA


MÁQUINAS PESADAS

Trabalho de Conclusão do Curso de


Engenharia Mecânica da Universidade Federal
do Pará como requisito parcial para obtenção
do título de Bacharel em Engenharia Mecânica

Orientador: Prof. Felipe Ribeiro Teixeira

Data da aprovação: ____/____/______

Conceito: _______________________

BANCA EXAMINADORA

_____________________________________________________
Prof. Dr. Felipe Ribeiro Teixeira
Orientador – FEM/ITEC/UFPA

____________________________________________________
Prof. Dr. Harley dos Santos Martins
Membro – FEM/ITEC/UFPA

____________________________________________________
Prof. Dr. Sergio Aruana Elarrat Canto
Membro externo
Dedico estre trabalho aos meus pais e ao meu irmão.
AGRADECIMENTOS

Primeiramente, gostaria de agradecer a mim mesmo, por todos os desafios enfrentados


e superados ao longo desta jornada acadêmica.
Agradeço em especial aos meus pais e meu irmão, por todo suporte fornecido e apoio
aos meus estudos e em encarar os desafios sempre com otimismo.
Aos meus familiares, por todo suporte em me adaptar em uma nova realidade de vida
longe da minha cidade natal.
Agradeço a minha namorada por toda ajuda e suporte nos momentos finais do
desenvolvimento deste trabalho e no incentivo para conseguir me manter focado e preparado a
concluir mais uma etapa em minha vida/carreira.
Aos meus amigos que construí na faculdade que fizeram parte de momentos únicos da
minha trajetória acadêmica, as quais me proporcionaram experiências incríveis, pelo suporte
nas horas difíceis da graduação e pelo companheirismo. Guardarei com carinho todos vocês
em minha memória.
Ao meu professor orientador deste presente trabalho, pelos conselhos e por todo o
suporte fornecido em um dos momentos mais importantes da minha carreira.
Agradeço a todos os gestores com quem pude trabalhar ao longo da minha trajetória
acadêmica nas empresas onde estagiei, pelos conselhos de carreira, feedbacks de melhoria e
por me incentivarem a correr atrás dos meus objetivos de vida.
Agradeço a instituição UFPA, por todas as oportunidades de desenvolvimento
profissional que tive acesso, aos projetos de extensão que participei e que me auxiliaram a
desenvolver meu propósito de vida/carreira.
Aos professores da graduação da faculdade de Engenharia Mecânica que
compartilharam suas experiências e seus conhecimentos para que eu pudesse me construir
como um profissional qualificado.
Agradeço a todos os profissionais que contribuíram indiretamente para que eu
estivesse aqui nesse momento da minha vida, realizando um sonho.
―A vida é muito curta para ser pequena.‖
(Benjamin Disraeli)
RESUMO

Apresentar a implementação
O presente trabalho visa implementar um sistema básico de medição de desempenho da
manutenção em uma empresa de construção civil e sanitária. Após a seleção dos indicadores,
realizou-se a integração com um programa de BI (Business Intelligence), onde foi
desenvolvido um painel visual com os indicadores escolhidos. Após o desenvolvimento do
sistema, promoveu-se uma comparação histórica a partir da implementação do sistema de
medição para avaliar se houve evolução de desempenho. Além disso, uma pesquisa de
percepção foi conduzida para avaliar se houve alguma melhoria do ponto de vista da equipe
de manutenção. Os resultados indicaram que um maior nível de controle da manutenção pôde
ser exercido com o desenvolvimento do sistema, levando a melhoria de vários indicadores
com o tempo. Os resultados da pesquisa de percepção, por sua vez, indicaram que os
participantes do projeto perceberam uma melhoria significativa na capacidade de tomar
decisões em suas atividades diárias.

de desempenho
Palavras-chave: Indicadores da manutenção; Controle da manutenção; Business Intelligence.

Caberia painel de painel de gestão ou painel de informações( Dashboard)


ABSTRACT

This study aims to implement a basic maintenance performance measurement system in a


construction and sanitation company. After selecting the indicators, they were integrated with
a BI (Business Intelligence) software, where dashboards were developed with the chosen
indicators. After developing the system, a historical comparison was made based on the
implementation of the measurement system to assess whether there had been any performance
improvement. In addition, a perception survey was conducted to assess whether there had
been any improvement from the maintenance team's point of view. The results indicated that a
higher level of maintenance control could be exercised with the development of the system,
leading to the improvement of several indicators over time. The results of the survey, in turn,
indicated that the project participants perceived a significant improvement in their ability to
make decisions in their daily activities.

Keywords: Maintenance indicators; Maintenance control; Business Intelligence.


9

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – Gerações da manutenção ....................................................................................... 20


10

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Comparativo de Custos com Manutenções Corretivas e Preventivas Antes e Depois


da Implementação da Nova Estratégia de Manutenção. ............ Erro! Indicador não definido.
11

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Interação entre os três blocos que compõem um programa DW/BI (data
warehousing/business intelligence, ou seja, armazenamento de dados/ inteligência de
negócios) ................................................................................................................................... 26
Figura 2 – Retroescavadeira em operação em solo asfaltado ................................................... 28
Figura 3 – Retroescavadeira em operação em solo terroso ...................................................... 28
Figura 4 – Estratégias de manutenção e seu respectivo desempenho........ Erro! Indicador não
definido.
Figura 5 – Base de dados extraída do sistema de gerenciamento de dados.............................. 29
Figura 6 – Quadrante Mágico para plataformas de Analytics e Business Inteligence ....... Erro!
Indicador não definido.
Figura 7 – Etapas do ETL. ........................................................................................................ 30
Figura 8 – Extração do tipo de dados em Excel. ...................................................................... 30
Figura 9 – Extração do tipo de dados em Excel (pré-visualização). ........................................ 31
Figura 10 – Interface do Power Query onde foram realizados os tratamentos de dados. ........ 32
Figura 11 – Interface de Relatório do Power BI com os dados em carregamento. .................. 32
Figura 12 – Organização e Relacionamento entre tabelas utilizando o Esquema Estrela. ....... 33
Figura 13 – Fórmula DAX para calcular o TMEF ................................................................... 34
Figura 14 – Fórmula DAX para calcular o TMPR ................................................................... 34
Figura 15 – Fórmula DAX para calcular a Disponibilidade Inerente....................................... 34
Figura 16 – Fórmula DAX para calcular a Confiabilidade. ..................................................... 34
Figura 17 – Dashboard de Desempenho ................................................................................... 39
Figura 18 – Dashboard de Indicadores Gerais.......................................................................... 37
Figura 19 – Dashboard de Indicadores de Desempenho. .......... Erro! Indicador não definido.
Figura 20 – Evolução do MTBF entre janeiro e outubro de 2022 ............. Erro! Indicador não
definido.
Figura 21 – Evolução do MTTR entre janeiro e outubro de 2022. ........... Erro! Indicador não
definido.
Figura 22 – Evolução da Confiabilidade entre janeiro e outubro de 2022. Erro! Indicador não
definido.
Figura 23 – Evolução da disponibilidade entre janeiro e maio. Erro! Indicador não definido.
12

Figura 24 – Evolução da disponibilidade entre junho e outubro. .............. Erro! Indicador não
definido.
13

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

BI – Business Intelligence (Inteligencia de Negócios)


MTBF – Mean Time Between Failure (Tempo Médio Entre Falhas)
MTTR – Mean Time To Repair (Tempo Médio Para Reparo)
DW – Data Warehouse (Armazém de Dados)
ERP – Enterprise Resource Planning (Planejamento de Recursos Empresarias)
CRM – Customer Relationship Management (Gestão de Relacionamento com o Cliente)
WCM – World Class Manufacturing (Manutenção de Classe Mundial)
ETL – Extract, Trasnform e Load (Extrair, Transformar e Carregar)
DAX – Data Analysis Expressions (Expressão de Análise de Dados)
KPI – Key Performance Indicator (Indicador Chave de Desempenho)
TMEF – Tempo Médio Entre Falhas
TMPR – Tempo Médio Para Reparos
TMPF – Tempo Médio Para Falhas
14

SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 16

1.1. Justificativa.............................................................................................................................. 17

1.2. Objetivos ................................................................................................................................. 17

1.2.1. Objetivo Geral.......................................................................................................................... 17

1.2.2. Objetivos Específicos ............................................................................................................... 17

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................................................... 18

2.1. Manutenção e suas modalidades ........................................................................................... 18

2.2. Breve histórico da manutenção .............................................................................................. 19

2.3. Medição de desempenho da manutenção ............................................................................. 21

2.4. Indicadores de desempenho da manutenção ........................................................................ 22

2.4.1. TMEF (Tempo Médio Entre Falhas) .......................................................................................... 23

2.4.2. TMPR (Tempo Médio Para Reparo) .......................................................................................... 23

2.4.3. Disponibilidade ........................................................................................................................ 23

2.4.4. Confiabilidade.......................................................................................................................... 24

2.5. Inteligência de negócios.......................................................................................................... 24

3. METODOLOGIA ....................................................................................................................... 27

3.1. Seleção de indicadores ........................................................................................................... 27

3.2. Levantamento dos ativos e de suas condições operacionais ................................................. 27

3.3. Coleta de dados ...................................................................................................................... 29

3.4. Desenvolvimento do sistema de medição de desempenho ................................................... 29

3.4.1. Definição da ferramenta de BI ................................................................................................. 29

3.4.2. Integração dos dados............................................................................................................... 30

3.4.3. Modelagem de dados .............................................................................................................. 33

3.4.4. Cálculo dos indicadores de desempenho ................................................................................ 33

3.4.5. Desenvolvimento dos painéis visuais (dashboards) ................................................................. 34

3.5. Avaliação ................................................................................................................................. 35

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES .................................................................................................... 36


15

4.1. Painel visual (dashboard) ....................................................................................................... 36

4.2. Avaliação do sistema de medição de desempenho................................................................ 39

4.3. Pesquisa de satisfação dos usuários ....................................................................................... 41

5. CONCLUSÃO ..................................................................................................................................... 44

6. SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS ........................................................................................ 45

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................................................... 46

APÊNDICE A – QUESTIONÁRIO APLICADO À EQUIPE DE MANUTENÇÃO PARA AVALIAR AS


MELHORIAS NO PROCESSO COM O USO DO SISTEMA DE BI .............................................................. 48
16

1. INTRODUÇÃO

Em um cenário cada vez mais competitivo, os sistemas produtivos buscam maximizar


a sua produtividade. Parida e Kumar (2009) afirmam que a produtividade é uma medida
combinada de eficácia e eficiência, ou seja, para uma organização ser considerada produtiva é
necessária a presença desses dois elementos simultaneamente. Para Parida e Kumar (2009), a
eficiência consiste na relação entre saídas e entradas, e a eficácia está em garantir a
conformidade da saída de acordo com características especificadas. Em um sistema produtivo,
a saída corresponde aos bens manufaturados ou serviços entregues, enquanto que a entrada
consiste em vários recursos (mão de obra, materiais, ferramentas, instalações, equipamentos e
outros) usados para produzir os produtos ou serviços. Assim, com uma determinada entrada,
se mais saídas puderem ser produzidas, então uma maior eficiência é alcançada para o
sistema. Contudo, por ser uma medida combinada de eficácia e eficiência, a produtividade só
será aumentada se os bens ou serviços entregues ao cliente atenderem as suas características
especificadas (padrões de qualidade).
Conforme mencionado por Parida e Kumar (2009), os sistemas produtivos são
fortemente afetados pela produtividade da manutenção. Essa dependência ocorre porque os
sistemas de prestação de serviços de manutenção operam em paralelo aos sistemas produtivos,
visando manter os seus equipamentos em condições de uso e seguros para operar com custo
mínimo. No contexto de um sistema de prestação de serviços de manutenção, pode-se dizer
que garantir ativos e equipamentos em boas condições, bem configurados e seguros para
desempenhar suas funções requeridas seriam as características especificadas para entregar um
serviço de manutenção eficaz. A eficiência, por sua vez, novamente seria uma razão entre as
entradas (mão de obra, materiais, ferramentas, instalações e equipamentos e outros) e saídas
(serviços de manutenção).
Diante do exposto, medir a produtividade da manutenção é crítico para qualquer
empresa, a fim de monitorar, controlar e tomar decisões adequadas e oportunas em áreas onde
melhorias podem ser feitas. Como os prejuízos devido à indisponibilidade de ativos podem
ser elevadíssimos para diferentes setores industriais, torna-se crescente o número de
organizações focadas em medir o desempenho da produtividade da manutenção. Para isso,
recorre-se a um sistema de medição de desempenho, visando não apenas garantir a viabilidade
econômica de muitas indústrias, mas também mitigar riscos na área de segurança e atender às
responsabilidades sociais e ambientais.
17

1.1. Justificativa

A empresa em questão enfrentava desafios significativos na gestão de seu


departamento de manutenção, especialmente devido à ausência de um sistema estruturado
adoção
para medir e monitorar o desempenho dos serviços realizados. A falta de indicadores claros
impedia a avaliação precisa da produtividade das operações, além de dificultar a identificação
de falhas, gargalos e oportunidades de melhoria. A inexistência de uma abordagem sistemática
para análise de dados comprometia a capacidade de tomar decisões baseadas em fatos, sendo
os processos muitas vezes guiados por suposições e experiências passadas. Além disso, o
ambiente industrial no qual a empresa opera exige um controle rigoroso sobre o desempenho
de suas máquinas pesadas, uma vez que paradas não programadas, falhas recorrentes e a
manutenção ineficaz resultam em custos elevados e perda de competitividade.
Diante deste cenário, o presente trabalho é justificado pela necessidade de
implementar um sistema básico de medição de desempenho, que seja capaz de fornecer
visibilidade detalhada sobre o desempenho das máquinas e serviços de manutenção. A solução
proposta permitirá não apenas o monitoramento contínuo de alguns indicadores-chave de
desempenho (Key Performance Indicators - KPIs), como também a análise de tendências e
padrões, auxiliando na tomada de decisões mais assertivas e estratégicas. Com isso, a empresa
poderá reduzir custos associados à manutenção, minimizar o tempo de inatividade dos
equipamentos e aumentar a produtividade dos serviços.

1.2. Objetivos
1.2.1. Objetivo Geral

Implementar um sistema básico de medição de desempenho para os serviços de


manutenção em uma empresa de construção civil e sanitária.

1.2.2. Objetivos Específicos

a) Avaliar se houve uma evolução de desempenho a partir do desenvolvimento do


sistema de medição;
b) Avaliar a percepção dos funcionários do departamento diante da implementação do
sistema de medição.
Não estão alinhados com o Objetivo Geral
18

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Este capítulo apresenta a fundamentação teórica, expondo os seguintes tópicos:


manutenção e suas modalidades; histórico da manutenção; medição de desempenho;
indicadores da manutenção; inteligência de negócios (Business Intelligence - BI).

2.1. Manutenção e suas modalidades

A norma NBR 5462 (1994), encarregada de estabelecer os conceitos relacionados à


confiabilidade e mantenabilidade, define manutenção como o conjunto de procedimentos
técnicos e administrativos, supervisionados, cujo objetivo é manter ou restaurar um item para
que ele possa cumprir sua função necessária. Em termos de classificação existem diferentes
modalidades de manutenção que podem ser realizadas, dentre as quais se destacam as
manutenções corretiva, preventiva, preditiva e detectiva.
Segundo Kardec e Nascif (2009), a manutenção corretiva é abordada como uma ação
reativa, realizada após a ocorrência de uma falha no equipamento ou sistema. Essa
modalidade de manutenção é caracterizada pela substituição ou reparo de componentes
defeituosos, visando restabelecer a funcionalidade original do ativo. Embora seja inevitável
em alguns casos, a manutenção corretiva pode resultar em custos mais elevados devido à
imprevisibilidade das falhas e à urgência das intervenções.
Kardec e Nascif (2009) afirmam que a manutenção preventiva, por sua vez, consiste
em uma abordagem proativa, onde as intervenções são planejadas e executadas de forma
regular com o objetivo de evitar a ocorrência de falhas nos equipamentos. Segundo os autores,
essa modalidade de manutenção se baseia na ideia de que a substituição ou reparo de
componentes em intervalos predefinidos pode prolongar a vida útil dos ativos e aumentar a
confiabilidade operacional. Além disso, eles enfatizam que a manutenção preventiva, embora
envolva custos antecipados com inspeções e substituições programadas, pode reduzir
significativamente os gastos totais ao evitar falhas inesperadas e consequentes paradas de
produção.
A manutenção preditiva é apresentada por Kardec e Nascif (2009) como uma
estratégia avançada que utiliza técnicas de monitoramento e análise de dados para prever
falhas em equipamentos antes que elas ocorram. Diferente da manutenção preventiva, que
19

segue um cronograma fixo, a preditiva baseia-se no estado real dos componentes, permitindo
intervenções somente quando há indícios concretos de degradação ou risco iminente de falha.
Segundo os autores, essa abordagem proporciona uma manutenção mais eficiente e
econômica, pois evita a substituição prematura de peças ainda funcionais e minimiza as
interrupções não planejadas, adotando ferramentas como, sensores, análise de vibrações e
termografia na rotina preditiva em ativos.
Finalmente, chega-se a quarta categoria: manutenção detectiva. Segundo Kardec e
Nascif (2009), esta consiste na modalidade onde a atuação é efetuada em sistemas de
proteção, comando e controle, buscando detectar falhas ocultas ou não perceptíveis ao pessoal
de operação e manutenção. Considerando esse conceito, tarefas que envolvem a verificação
do funcionamento dos sistemas de proteção de um equipamento são práticas de manutenção
detectiva.

2.2. Breve histórico da manutenção

Para Kardec e Nascif (2009), a história da manutenção pode ser dividida em 4


gerações distintas, sendo essas mostradas abaixo no Quadro 1. Neste quadro são apresentadas
as características de cada geração e suas evoluções técnicas ao longo dos anos.
20

Quadro 1 – Gerações da manutenção

Fonte: Kardec e Nascif (2009).

Kardec e Nascif (2009) afirmam que a primeira geração da manutenção corresponde a


um período marcado por uma baixa mecanização na indústria, presença de equipamentos
simples e majoritariamente superdimensionados. Além disso, durante esse período, não havia
um processo sistematizado de manutenção, sendo realizados apenas serviços básicos de
limpeza e lubrificação. Qualquer reparo necessário só era efetuado após a ocorrência de uma
falha, caracterizando assim uma manutenção essencialmente corretiva e não planejada.
A segunda geração ocorreu durante o período entre os anos 50 e 70 do século XX.
Esse período foi caracterizado por uma redução significativa da mão de obra disponível na
indústria, como mencionado por Ford e Cummings (2015). Em resposta a essa escassez de
trabalhadores, houve um aumento substancial na mecanização e na complexidade das
instalações industriais. Nesse contexto, surgiu a necessidade urgente de aumentar a
21

disponibilidade e a confiabilidade dos equipamentos industriais. Como resultado,


desenvolveu-se o conceito de manutenção preventiva, visando prolongar a vida útil dos
equipamentos. Kardec e Nascif (2009) destacam esses avanços como parte crucial da
evolução da gestão de manutenção.
Conforme descrito por Kardec e Nascif (2009), a terceira geração se inicia a partir da
década de 1970, sendo caracterizada por mudanças aceleradas nas práticas industriais. Os
autores destacam que a interrupção da produção, que sempre resultou em diminuição da
capacidade produtiva e aumento dos custos, passou a gerar preocupações significativas. As
falhas nos equipamentos passaram a ter consequências mais sérias na segurança e no meio
ambiente, levando a requisitos mais rigorosos nessas áreas. Nessa geração, a manutenção
preditiva foi fortalecida em termos de conceito e aplicação, visando antecipar falhas e evitar
paradas não programadas na produção.
Durante a quarta e atual geração, Kardec e Nascif (2009) pontuam que certas
expectativas da manutenção da terceira geração ainda persistem. Com o objetivo de reduzir a
intervenção nas instalações industriais, as práticas de manutenção preditiva e monitoramento
das condições dos equipamentos e processos passaram a ser amplamente adotadas e, em
contrapartida, há uma redução no número de manutenções corretivas e preventivas. Em
resumo, a quarta geração destaca a forte capacidade da manutenção impactar positivamente
nos resultados globais das organizações.

2.3. Medição de desempenho da manutenção

Neely et al. (1995) afirmam que um sistema de medição de desempenho é definido


como o conjunto de métricas usadas para quantificar a eficiência e eficácia das ações. Para
Parida (2006), a definição vai mais além e consiste no processo multidisciplinar de medir e
justificar o valor criado pelo investimento em manutenção e cuidar dos requisitos dos
acionistas da organização, que são vistos estrategicamente da perspectiva geral do negócio.
As métricas mencionadas por esses autores correspondem a indicadores chave de
desempenho (key performance indicator - KPI). Parida e Kumar (2009) mencionam que tais
índices podem ser classificados em grupos relacionados: à satisfação do cliente; ao custo; ao
equipamento; à tarefa de manutenção; ao aprendizado e desenvolvimento; à saúde, segurança
e meio ambiente; e à satisfação do funcionário.
22

Uma vez implementado, um sistema de medição de desempenho da manutenção pode


ser utilizado para identificar processos de negócios, áreas, departamentos etc., que precisam
ser melhorados para atingir as metas organizacionais. Isso forma uma base sólida para decidir
onde as melhorias são mais pertinentes em qualquer momento. Consequentemente, esse
sistema orienta a tomada de decisão do alto escalão da empresa.
Além de ser efetivamente utilizado para a melhoria e a avaliação do processo, Parida e
Kumar (2009) argumentam que os dados de medição de desempenho da manutenção também
podem ser usados como uma ferramenta de marketing e para benchmarking. Dessa forma,
caso algum indicador seja superior ao de determinados concorrentes, ele pode e deve ser
utilizado para promover os serviços de manutenção, visando chamar atenção das partes
interessadas (ferramenta de marketing). Agora, se o mesmo indicador hipotético for superior
ao de todos os concorrentes do segmento, ele pode ser utilizado para benchmarking, já que
seria o ponto de referência para a comparação com outras organizações.

2.4. Indicadores de desempenho da manutenção

Os indicadores de desempenho correspondem a índices usados para medir o


desempenho de qualquer sistema ou processo. Por meio dos indicadores é possível comparar
os valores reais com um conjunto específico de valores de referência, permitindo medir as
distâncias entre a situação atual e a situação desejada (alvo).
Viana (2002) adverte que os índices de manutenção devem retratar aspectos
importantes no processo da planta. Conforme mencionado pelo autor, para algumas empresas
um determinado indicador se aplica satisfatoriamente, para outras não. Por isso, cabe à
gerência definir a melhor forma de monitoramento do seu processo, visando acompanhar
apenas as variáveis que agregam valor. Dentre as várias possibilidades de indicadores em
diferentes categorias, Viana (2002) destaca seis, que são chamados de índices de Classe
Mundial:
 MTBF - Mean Time Between Failures, em português, conhecido como TMEF -
Tempo Médio Entre Falhas.
 MTTR - Mean Time To Repair, ou TMPR - Tempo Médio Para Reparo.
 TMPF - Tempo Médio Para Falha.
 Disponibilidade Física da Maquinaria.
 Custo de Manutenção por Faturamento.
23

 Custo de Manutenção por Valor de Reposição.

Alguns exemplos de indicadores frequentemente abordados pela literatura são


detalhados a seguir.

2.4.1. TMEF (Tempo Médio Entre Falhas)

O Tempo Médio entre Falhas (TMEF), que em inglês significa Mean Time Between
Failures (MTBF), é um dos indicadores mais amplamente utilizados. Ele avalia o período
esperado de funcionamento de um equipamento sem apresentar falhas, ou seja, o intervalo de
tempo entre uma falha e a seguinte. Calcula-se da seguinte forma:

∑ 𝐻𝑜𝑟𝑎𝑠 𝑜𝑝𝑒𝑟𝑎𝑛𝑑𝑜 (1)


𝑇𝑀𝐸𝐹 =
𝑁º 𝑑𝑒 𝑝𝑎𝑟𝑎𝑑𝑎𝑠 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑡𝑖𝑣𝑎

2.4.2. TMPR (Tempo Médio Para Reparo)

O Tempo Médio Para Reparo (TMPR), que em inglês significa Mean Time To Repair
(MTTR), mede o tempo previsto para reparo e restauração do equipamento, desde o momento
da falha até que ele retorne à condição normal de operação, sendo calculado da seguinte
forma:

∑ 𝐻𝑜𝑟𝑎𝑠 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑟𝑒𝑝𝑎𝑟𝑜 (2)


𝑇𝑀𝑃𝑅 =
𝑁º 𝑑𝑒 𝑝𝑎𝑟𝑎𝑑𝑎𝑠 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑡𝑖𝑣𝑎

2.4.3. Disponibilidade

Segundo a NBR 5462 (1994), a disponibilidade corresponde a capacidade de um


item estar em condições de executar uma certa função em um dado instante ou durante um
intervalo de tempo determinado, levando-se em conta os aspectos combinados de sua
confiabilidade, mantenabilidade e suporte de manutenção, supondo que os recursos externos
requeridos estejam assegurados.
Viana (2002) afirma que este índice é de fundamental importância para manutenção,
pois o principal produto do departamento de manutenção é a disponibilidade, ou seja,
24

disponibilizar o maior número de horas possível do equipamento para a operação. Ainda


segundo o autor, esse indicador é utilizado para verificar o comportamento operacional da
maquinaria visando identificar ―equipamentos-problema‖, que são os que retiram mais
disponibilidade da planta. Viana (2002) também afirma que a fórmula do cálculo da
disponibilidade varia de um setor produtivo para outro, e até mesmo de uma empresa
concorrente para outra. Além disso, há possibilidade de variação até mesmo na literatura. A
seguir, é apresentada a equação da disponibilidade inerente proposta por Kardec e Nascif
(2009). Nesse caso, o termo inerente é usado porque são consideradas variáveis vinculadas
apenas as manutenções corretivas.

𝑇𝑀𝐸𝐹 (3)
𝐷𝑖𝑠𝑝𝑜𝑛𝑖𝑏𝑖𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝐼𝑛𝑒𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 (%) = × 100
𝑇𝑀𝐸𝐹 + 𝑇𝑀𝑃𝑅

2.4.4. Confiabilidade

A confiabilidade do ativo de acordo com a NBR 5462 (1994) é a capacidade de um


item desempenhar uma função requerida sob condições especificadas, durante um dado
intervalo de tempo. Kardec e Nascif (2009) afirmam que esse índice pode ser calculado da
seguinte forma:

𝐶𝑜𝑛𝑓𝑖𝑎𝑏𝑖𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 (%) = 𝑒 −𝜆 × 𝑡 (4)

No qual:
 e = base dos logaritmos neperianos
1
 𝜆 (𝑡𝑎𝑥𝑎 𝑑𝑒 𝑓𝑎𝑙ℎ𝑎) =
𝑇𝑀𝐸𝐹 (𝑒𝑚 𝑑𝑖𝑎𝑠)

 t = Tempo de análise desejado (em dias)

2.5. Inteligência de negócios

Antes de falar sobre inteligência de negócios (business intelligence - BI), Sherman


(2015) explícita que: os dados são brutos, aleatórios e desorganizados; a informação
corresponde a dados que foram organizados, estruturados e processados; e o conhecimento é
aquilo obtido a partir da informação. Para converter os dados brutos em conhecimento, um
25

programa DW/BI (data warehousing/business intelligence, ou seja, armazenamento de dados/


inteligência de negócios) é implementado. Para Sherman (2015), os três principais blocos de
construção de um programa DW/BI são a integração de dados, o DW e o BI, sendo que a
integração de dados (data integration) consiste na base do DW, que, por sua vez, consiste na
base do BI.
Sherman (2015) explica que a integração de dados consiste no bloco onde são
combinados e reunidos os dados de diferentes fontes para fornecer uma visão unificada. Os
componentes da integração de dados incluem as fontes de dados; os processos para reunir,
consolidar, transformar, limpar e agregar dados e metadados; padrões; ferramentas; e recursos
e habilidades.
Segundo Sherman (2015), o armazenamento de dados (data warehousing – DW) é o
bloco onde acontece a estocagem, preparação e otimização das informações para acesso e
análise em uma empresa, sendo tais informações separadas das operações de processamento
de transações do dia a dia da empresa. Nesse processo, os dados fluem dos produtores de
dados para o armazém, onde são transformados em informações para usuários empresariais.
Esse bloco abrange todas as transformações, limpeza, filtragem e agregações de dados
necessárias para fornecer uma visão para toda a empresa.
Finalmente, chega-se a inteligência de negócios (business intelligence - BI), que
consiste no bloco onde as informações são apresentadas aos usuários de modo que os mesmos
possam usá-las para obter conhecimento. Com isso, conforme citado por Sherman (2015), o
BI é o que usuários veem por meio de ferramentas e painéis. Os painéis (dashboards) exibem
informações numéricas e gráficas em uma única tela, com a possibilidade de personalização
de sua aparência, facilitando a obtenção de informações a partir de diferentes fontes. Os dados
vêm de aplicativos corporativos como, por exemplo, programas ERP (enterprise resource
planning) e CRM (customer resource management). A Figura 1 ilustra esquematicamente
como os três principais blocos de construção de um programa DW/BI se relacionam.
26

Figura 1 – Interação entre os três blocos que compõem um programa DW/BI (data warehousing/business
intelligence, ou seja, armazenamento de dados/ inteligência de negócios)

Fonte: Sherman (2015)


27

3. METODOLOGIA Sugestão :Medodologia é o Estudo do Método. Materiais e Métodos parece mais adequado

A metodologia adotada neste trabalho visa à implementação de um sistema de medição


de desempenho aplicado ao setor de manutenção de uma empresa de construção civil e
sanitária, com foco em máquinas pesadas. Esta seção descreve as etapas conduzidas para
desenvolver o sistema proposto, desde a coleta de dados até a avaliação dos resultados.
Sugestão:Este paragrafo esta acrescentando pouco. Poderia ser uma caracterização da pesquisa
Sugestão :Facilitaria o entendimento uso de um fluxograma com a apresentação previa das etapas
3.1. Seleção de indicadores

O primeiro passo consistiu na seleção de indicadores de desempenho relevantes para o


monitoramento das máquinas pesadas no seguimento da empresa. Para isso, uma reunião foi
conduzida junto à equipe de manutenção (planejador, programador, analista, técnicos de
manutenção) e operação (operadores). A partir das discussões promovidas nessa reunião,
escolheram-se os seguintes indicadores, cujas Equações de 1 a 4 foram apresentadas
previamente na seção 2.4:
 Tempo Médio Entre Falhas (TMEF): mede o intervalo de tempo médio entre falhas
consecutivas de um equipamento.
 Tempo Médio para Reparo (TMPR): avalia o tempo médio necessário para reparar o
equipamento após a falha.
 Disponibilidade Inerente: mede o percentual de tempo que o equipamento esteve
disponível para operação.
 Confiabilidade: avalia a probabilidade de o equipamento operar sem falhas durante um
determinado período.

3.2. Levantamento dos ativos e de suas condições operacionais

Um levantamento de informações a cerca de 530 ativos foi conduzido, bem como de


suas condições operacionais, visando à especificação no sistema. Para isso, realizaram-se
visitas em operações com a equipe de manutenção (planejador, programador, analista,
técnicos de manutenção) e consultas aos manuais dos equipamentos. Durante as visitas foram
identificadas as condições operacionais que os equipamentos são submetidos, considerando
fatores como tipo de máquina/veículo, terreno, materiais transportados e carga. Informações
28

sobre fabricante, modelo e ano de fabricação dos ativos foram levantadas diretamente dos
manuais das máquinas. Para exemplificação, as Figuras 2 e 3 ilustram dois cenários de
operação distintos, utilizando retroescavadeiras de dois fabricantes também diferentes.

Figura 2 – Retroescavadeira em operação em solo asfaltado

Fonte: Elaborado pelo autor

Figura 3 – Retroescavadeira em operação em solo terroso

Fonte: Elaborado pelo autor


29

3.3. Coleta de dados

Após a definição dos indicadores, dados foram extraídos a partir do sistema de


gerenciamento referente às ordens de serviço executadas. O foco foi obter dados históricos
dos ativos, tais como horas em operação, número de falhas, tempo de inatividade devido à
manutenção corretiva e preventiva, e custos associados à manutenção e peças de reposição.
Estes últimos servem de base para estimativas de custos estratificados por frota e de acordo
com a modalidade de manutenção. No total, 6532 ordens de serviço foram avaliadas para este
propósito dentro de um período que vai de janeiro até setembro de 2022. A partir disso, os
dados foram extraídos em formato XLSX, próprio para o software Excel, conforme ilustra a
Figura 4.

Figura 4 – Base de dados extraída do sistema de gerenciamento das ordens de serviço

Fonte: Elaborado pelo autor

3.4. Desenvolvimento do sistema de medição de desempenho


3.4.1. Definição da ferramenta de BI

Com os dados coletados, o próximo passo foi desenvolver o sistema de medição de


desempenho, utilizando o programa Microsoft Power BI. Dentre os motivos que levaram a
essa escolha desse programa, destacam-se: o fato do programa ser intuitivo, podendo ser
usado por usuários que não são especialistas em tecnologia; a versatilidade associada ao uso,
já que pode ser usado em desktop, na nuvem ou em dispositivos móveis; a integração com
vários formatos de fontes, o que inclui os arquivos XLSX do Microsoft Excel; atualizações
contínuas e canais disponibilizados pela Microsoft para tirar dúvidas.
30

3.4.2. Integração dos dados

Uma vez que os dados foram coletados e o programa de BI foi escolhido, os dados das
6532 ordens de serviço foram organizados e integrados no Power BI, permitindo a criação de
uma base de dados centralizada e acessível. A partir disso, desenvolveram-se os processos de
extrair, transformar e carregar (extract, transform, and load - ETL) os dados, conforme
ilustrado esquematicamente na Figura 5.

Figura 5 – Etapas de ETL

Fonte: Elaborado pelo autor

Na etapa de extração dos dados (Figuras 6 e 7), o objetivo é selecionar o formato dos
dados que posteriormente serão analisados, sendo esses, importados para a interface do Power
Query (suplemento da ferramenta Power BI específico para o processo de ETL).

Figura 6 – Extração do tipo de dados em Excel

Fonte: Elaborado pelo autor


31

Figura 7 – Extração do tipo de dados em Excel (pré-visualização)

Fonte: Elaborado pelo autor

A segunda etapa, transformação, é uma das etapas mais importantes para um projeto
em BI, pois é responsável pelo tratamento dos dados que suportarão todas as análises
posteriores. Dentro dessa etapa, realizam-se os seguintes tratamentos:

1. Limpeza de dados - que inclui remoção de duplicatas, correção de erros (valores


ausentes ou incorretos) e exclusão de registros inválidos ou desnecessários;
2. Filtragem de dados – onde são selecionados os dados relevantes para a análise
posterior e onde ocorre a filtragem de informações que não serão necessárias no
processo de carregamento dos dados;
3. Conversão de formatos – que compreende a identificação do tipo de dado contido na
coluna (por exemplo, identificação de dados como, data, texto, valores numéricos
etc.).

Para nível de ilustração, a Figura 8 exibe a interface do Power Query onde foram
realizados os tratamentos de dados mencionados acima.
32

Figura 8 – Interface do Power Query onde foram realizados os tratamentos de dados vinculados à etapa de
transformação do ETL

Fonte: Elaborado pelo autor

A última etapa do processo de ETL é o carregamento. Nela, os dados já tratados são


importados para a próxima etapa de análise. A Figura 9 ilustra os dados sendo carregados para
a interface de relatório do Power BI.

Figura 9 – Interface de relatório do Power BI com os dados em carregamento

Fonte: Elaborado pelo autor


33

3.4.3. Modelagem de dados

Após a etapa de integração, recorreu-se a modelagem dos dados, que corresponde ao


processo de diagramação do fluxo de dados, onde o projetista estabelece a forma com que os
dados vão fluir para dentro e para fora do banco. Segundo Sherman (2015), a modelagem de
dados complementa a integração de dados definindo as estruturas de destino que serão
carregadas. No caso do sistema em questão, optou-se pela construção de um modelo lógico
que detalha as principais entidades envolvidas, como Tag do ativo, ordens de serviço e data de
execução, bem como seus respectivos relacionamentos. A Figura 10 ilustra o esquema
utilizado para organizar e relacionar as tabelas do projeto.

Figura 10 – Organização e relacionamento entre tabelas utilizando o esquema estrela

Fonte: Elaborado pelo autor

3.4.4. Cálculo dos indicadores de desempenho

Nesta seção, descrevem-se os cálculos realizados utilizando a linguagem DAX (Data


Analysis Expressions), que é a linguagem própria para quantificação dos indicadores no
Power BI. Para cada indicador mencionado na seção 2.4 foram elaborados calculados com
base nos dados extraídos e transformados, visando fornecer uma visão clara e objetiva sobre o
desempenho dos ativos da empresa.
34

As Figuras 11, 12 e 13 indicam as fórmulas em DAX utilizadas para quantificar os


indicadores TMEF, TMPR e disponibilidade inerente, respectivamente. Em todos os casos, as
expressões ―DIVIDE‖ são utilizadas para efetuar a relação entre os numeradores (que
antecedem a vírgula) e os denominadores (que precedem a vírgula).

Figura 11 – Fórmula DAX para calcular o TMEF

Fonte: Elaborado pelo autor do trabalho.

Figura 12 – Fórmula DAX para calcular o TMPR

Fonte: Elaborado pelo autor

Figura 13 – Fórmula DAX para calcular a disponibilidade inerente

Fonte: Elaborado pelo autor

A confiabilidade do sistema de medição de desempenho, por sua vez, foi calculada a


partir da fórmula DAX exibida na Figura 14. Nesse caso, EXP remete a função exponencial
natural (ex) e ―1‖ é o tempo de análise desejado (em dias) para o calculo da confiabilidade.

Figura 14 – Fórmula DAX para calcular a confiabilidade

Fonte: Elaborado pelo autor

3.4.5. Desenvolvimento dos painéis visuais (dashboards)

A partir desse momento foram criados painéis visuais personalizados, contendo


gráficos e tabelas que apresentam os principais indicadores. Esses painéis permitem a
visualização do desempenho das máquinas em termos dos indicadores quantificados e o
acompanhamento dos custos associados às ordens de serviço. Além disso, todas essas
informações podem ser estratificadas por frota, fabricante e ativo individual para diferentes
meses do ano. Desse modo, baseado no raciocínio proposto por Sherman (2015), chega-se ao
BI, que corresponde às informações que os usuários veem por meio de ferramentas e painéis.
35

3.5. Avaliação

Para avaliar se houve uma evolução de desempenho a partir do desenvolvimento do


sistema de medição, uma comparação histórica foi conduzida usando os indicadores passados
(no começo da operacionalização do sistema de medição) como base para avaliar a evolução
com o tempo. Os indicadores de desempenho foram monitorados para identificar melhorias
vinculadas à inatividade das máquinas, disponibilidade dos equipamentos, entre outros.
Além disso, para avaliar a percepção dos funcionários do departamento diante da
implementação do sistema de medição, uma pesquisa de percepção foi conduzida com os
principais indivíduos que lidam com o sistema, o que inclui planejadores de manutenção,
analistas de manutenção, programadores e técnicos. A pesquisa envolveu aspectos ligados à
facilidade de uso do sistema, melhoria na capacidade de tomar decisões e percepção geral de
melhoria nos processos de manutenção. O questionário completo é fornecido no Apêndice A.
36

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Este capítulo apresenta os resultados obtidos após a implementação do sistema de


medição de desempenho de máquinas pesadas utilizando os índices definidos anteriormente.
Faltam os resultados das outras etapas , conforme foi descrito a seção Metodologia

4.1. Painel visual (dashboard)


O Painel é o resultado do trabalho, então deveria ser apresentado, exibindo e comentando todas as abas na
sequência
A Figura 15 ilustra uma das janelas do painel visual desenvolvido, que corresponde
aos custos obtidos a partir das ordens de serviço. Essa janela pode ser acessada com um clique
sobre o ícone ―GERAL‖, que está posicionado na aba superior em vermelho. Logo abaixo,
algumas informações gerais são apresentadas, tais como o tamanho da frota, rodagem (que é a
quilometragem rodada para uma máquina específica), o custo total das ordens de serviço e a
quantidade de ordens de serviço analisadas. Um gráfico contendo os custos totais por mês é
apresentado de maneira centralizada e, imediatamente abaixo, os custos totais das ordens de
serviço são estratificados em uma tabela de acordo com a modalidade de manutenção
(corretiva e preventiva) e o tipo de serviço (sendo corretiva em geral, borracharia, corretiva
externa, corretiva obras e borracharia externo as opções vinculadas à manutenção corretiva;
enquanto que preventiva geral e lubrificação são opções vinculadas à manutenção preventiva).
No canto inferior direito, dois gráficos de barras são apresentados contendo informações sobre
os custos de manutenção e quantidade de manutenção em termos das várias frotas gerenciadas
pela empresa. Nesse caso, conforme observado, a frota de caminhões basculantes (CBA), que
é composta por 75 veículos, apresenta o maior custo de manutenção por frota
(R$1.602.946,91), seguida pela frota de caminhão de coleta domiciliar (CCD), que é
composta por até mais carros (80 veículos), mas que apresenta um custo de manutenção por
frota bem menor (R$921.817,05). À esquerda, filtros podem ser adicionados, permitindo
análises estratificadas de acordo com a frota de máquinas, Tag (prefixo), fabricante e mês de
interesse. Quando um filtro é selecionado, as informações exibidas janela são
automaticamente atualizadas. Para facilitar a compreensão, a Figura 16 exibe essa mesma
janela, mas com um filtro de frota selecionado.

A descrição feita em um texto corrido dificulta o entendimento


Poderia ser apresentado esquematicamente empregando areas numeradas do Painel com legendas e comentários
Não tem a aba Inicio ? 37

Figura 15 – Painel visual: janela dos custos de manutenção

O contraste
não é bom

Fonte: Elaborado pelo autor

Figura 16 – Painel visual: janela dos custos de manutenção com o filtro de frota CBA (caminhão basculante)
selecionado

Fonte: Elaborado pelo autor

A Figura 17 exibe a janela do painel visual que contempla os indicadores de


desempenho quantificados a partir das ordens de serviço. Essa janela pode ser acessada com
um clique sobre o ícone ―DESEMPENHO‖, que está posicionado na aba superior em
vermelho. Abaixo desta aba, resultados de custo por manutenção, TMEF, TMPR e
38

confiabilidade são apresentados graficamente em função do tempo, de acordo com o filtro


temporal selecionado. Nesses gráficos, os valores máximo (em preto) e mínimo (em
vermelho) para o período são destacados, enquanto que os valores médios são fornecidos sob
os títulos dos gráficos. Um gráfico de colunas contendo os custos totais por mês estratificados
por modalidade de manutenção (corretiva e preventiva) é apresentado de maneira centralizada
e, imediatamente abaixo, uma tabela indica os valores de custos totais das ordens de serviço,
custos por manutenção e indicadores quantificados para cada frota. À esquerda, filtros podem
ser adicionados novamente, permitindo análises estratificadas de acordo com a frota de
máquinas, Tag (prefixo), fabricante e mês de interesse. À direita da aba de seleção de filtros, é
apresentada uma ficha técnica que exibe as informações selecionadas de acordo com o filtro.
Abaixo da ficha, um gráfico de rosca ilustra os resultados de disponibilidade. Assim como na
janela descrita anteriormente, as informações exibidas são automaticamente atualizadas
sempre que um filtro é selecionado. A Figura 18 exibe essa mesma janela, mas com um filtro
de frota CBA (caminhão basculante) selecionado.
39

Figura 17 – Painel visual: janela dos indicadores de desempenho

Fonte: Elaborado pelo autor

Figura 18 – Painel visual: janela dos indicadores de desempenho com o filtro de frota CBA (caminhão
basculante) selecionado

Fonte: Elaborado pelo autor

4.2. Avaliação do sistema de medição de desempenho

Conforme citado por Duffuaa e Haroun (2009), o controle da manutenção envolve


medir o desempenho do equipamento mantido, tomar ações preventivas e corretivas, e revisar
40

as políticas e procedimentos de manutenção, visando o alcance de melhores resultados em


termos da prestação dos serviços. Desta forma, após o desenvolvimento do sistema e medição
do desempenho, diferentes ações foram planejadas e implementadas a partir de junho de 2022
dentro do departamento na tentativa de melhorar os indicadores.
Dentre as ações, destaca-se um maior controle exercido para planejar, programar e
atender as manutenções preventivas, visando reduzir o número de intervenções
predominantemente reativas (manutenções corretivas não programadas). A Figura 19
apresenta um gráfico dos custos estratificados por modalidade de manutenção. Conforme
observado, há uma tendência de aumento nos custos de manutenção preventiva de julho a
setembro, que é justificada pelo maior número de intervenções preventivas realizadas.
Consequente, tal medida refletiu diretamente na quantidade e nos custos mensais de
manutenções corretivas, os quais tenderam a sofrer a uma forte redução dentro do mesmo
período. Além disso, percebe-se que ocorreu uma redução dos custos de manutenção em
geral, já que a economia com manutenção corretiva ao longo dos meses de julho a setembro é
maior do que o aumento de custos com práticas de manutenção preventiva para o mesmo
intervalo temporal.

Figura 19 – Custos mensais de manutenção estratificados por modalidade de manutenção (corretiva e preventiva)
R$900.000
832.255
Corretiva Preventiva
R$800.000 753.945
716.480 697.838
692.156 673.245
R$700.000
Custos por tipo de manutenção

622.989 613.786
596.666
R$600.000

R$500.000

R$400.000

R$300.000

R$200.000
84.736 89.845 92.372 110.958 106.144
R$100.000 59.922 72.245
33.923 45.867

R$-
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set

Fonte: Elaborado pelo autor


41

Além de levar a redução dos custos de manutenção, o maior controle exercido sobre as
manutenções preventivas tendeu a melhorar vários indicadores com o tempo. Para ilustrar
esses resultados, a Figura 20 apresenta os valores mensais de tempo médio entre falhas
(TMEF), tempo médio para reparo (TMPR), disponibilidade inerente e confiabilidade,
considerando todos os ativos da empresa. Apesar de algumas variações irregulares, pode-se
dizer que há uma tendência de melhora para todos os indicadores, uma vez que o TMEF, a
disponibilidade e a confiabilidade tenderam a aumentar com o tempo, enquanto que o TMPR
tendeu a decrescer.

Figura 20 – Resultados mensais dos indicadores de manutenção obtidos pelo painel visual

Fonte: Elaborado pelo autor

4.3. Pesquisa de satisfação dos usuários

Com o objetivo de avaliar a percepção dos colaboradores sobre a eficácia do novo


sistema de medição de desempenho, um questionário foi submetido aos membros da equipe
de manutenção. A Figura 21 demonstra os resultados obtidos a partir da 2ª pergunta realizada
no questionário (Apêndice A) ―Quais foram as principais melhorias percebidas com o uso do
sistema de BI?‖. Com base no entendimento da equipe, verifica-se que as principais melhorias
percebidas são as reduções no número de falhas e no TMPR, e avanços em termos da
disponibilidade e na comunicação.
42

Figura 21 – Resultados obtidos a partir da 2ª pergunta do questionário respondido pela equipe de manutenção

Fonte: Elaborado pelo autor

No item 3 do mesmo questionário, solicitou-se que os membros da equipe de


manutenção avaliassem as sentenças da Tabela 1 e marcassem em uma escala de 1 a 5, sendo
1 "discordo totalmente", 3 "neutro", e 5 "concordo totalmente". A Figura 22 exibe os
resultados estratificados por membros da equipe, sendo que em vermelho são destacados as
pontuações médias para cada sentença.
Estas informações tem características para formarem um Quadro. As Tabelas são usadas para dados numéricos

Tabela 1 – Sentenças apresentadas no item 3 do questionário


Letra Sentença

O sistema de BI trouxe resultados positivos para o


a)
processo de manutenção.

O BI é utilizado para antecipar problemas de


b)
manutenção, evitando falhas inesperadas.

O BI contribuiu para a redução dos custos com


c)
manutenção corretiva.

O sistema de BI melhorou a eficiência no


d)
planejamento de manutenções preventivas.

As informações fornecidas pelos relatórios do BI são


e)
de boa qualidade e ajudam na tomada de decisões.

f) A interface do sistema é fácil de usar.

O sistema de BI automatiza processos e ajuda a


g)
identificar oportunidades de melhoria.
Fonte: Elaborado pelo autor
43

Figura 22 – Resultados obtidos a partir do item 3 do questionário respondido pela equipe de manutenção

Fonte: Elaborado pelo autor

Analisando as respostas da Figura 22, percebe-se um alto nível de concordância com


as sentenças de ―a‖ a ―d‖. Em geral, a percepção da equipe de manutenção a partir da
implementação do sistema de medição de desempenho foi positiva, indicando que a equipe
entendeu a importância do sistema e de como sua utilização pode auxiliar o departamento na
busca por melhores resultados.

Gráficos
Correção -No eixo Y não ha necessidade de ter o numero 6

Sugestão-Poderiam ficar na mesma página da Tabela 1 para facilitar a leitura

Os gráficos ficaram pequenos.


Sugestão: Usar grafico de barras horizontais

Valorizaria o trabalho comentando como o painel permitiu visualizar o alto indice de corretivas e a
baixa disponibilidade e assim traçar estratégias para minimiza-los e aumentar a eficiencia.
O ponto máximo do trabalho é o painel, valorize ao maximo. Como é uma ferramenta de gestão e
deve ser bem destacado o seu valor na gestão e assim destacar a importancia, relevancia e
contribuição do trabalho. Da mesma foram deve ser destadas na Conclusão essas contribuições para
a empresa.
44

5. CONCLUSÃO

O objetivo definido para este trabalho foi implementar um sistema básico de medição
de desempenho para os serviços de manutenção em uma empresa de construção civil e
sanitária. O mesmo foi desenvolvido em uma plataforma de inteligência de negócios
(Business Intelligence - BI), considerando os seguintes indicadores: tempo médio entre falhas
(TMEF); tempo médio para reparo (TMPR); disponibilidade inerente e confiabilidade.
Custos de manutenção também foram quantificados pelo sistema. Para facilitar a interpretação
das informações, diferentes filtros foram criados para possibilitar análises estratificadas.
A partir do desenvolvimento e uso do sistema em questão, o departamento de
manutenção conseguiu identificar frotas e atividades de manutenção que precisam ser
melhoradas. Isso orienta a tomada de decisão dentro do departamento, tanto para a gerência
quanto para os funcionários.
45

6. SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS

 Pesquisar valores de indicadores que podem ser admitidos como alvos para o
segmento da empresa (benchmarking);
 Adicionar outros indicadores ao sistema de medição, tais como Backlog e índice de
retrabalho;
 Aplicar o método FMEA (Failure Mode and Effects Analysis - Análise do Modo e
Efeitos de Falhas) aos ativos mais críticos, visando prever efeitos indesejados, e
também identificar e priorizar ações que impeçam a existência efetiva destes efeitos;
 Promover a automatização entre ferramentas como Power BI, Power Automate e
Power Apps;
 Revisar e atualizar os planos de manutenção do departamento.
Corrigir: Existem referências que foram listadas, mas não foram citadas no texto e vice-versa 46
A formatação das letras está fora da norma

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Associação Brasileira de Manutenção e Gestão de Ativos – ABRAMAN. A situação da


manutenção no Brasil – Documentação Nacional. 2013.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Confiabilidade e


mantenabilidade, nov. de 1994. Disponível em: <NBR-5462.pdf (ufsb.edu.br)>. Acesso em:
11 de setembro de 2024.

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FLUENTES, Fernando Félix Espinosa. Metodologia para Inovação da Gestão de


Manutenção Industrial. 2006. 208 f. Tese (Doutorado em Engenharia Mecânica) –
Faculdade de Engenharia Mecânica, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis,
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KARDEC, A. NASCIF, J., Manutenção - Função Estratégica. Qualitymark Editora Ltda,


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Microsoft Learn. Compreender o esquema em estrela e a importância para o Power BI,


08 de set. de 2023. Disponível em: < Compreender o esquema em estrela e a importância para
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Neely AD, Gregory M and Platts K (1995) Performance Measurement System Design – A
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OTANI, M.; MACHADO, W. V. A proposta de desenvolvimento de gestão da manutenção


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In: Ben-Daya, M., Duffuaa, S., Raouf, A., Knezevic, J., Ait-Kadi, D. (eds) Handbook of
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SOUZA, Alex. Quadrante Mágico para Plataformas de Analytics e Business Intelligence


(Gartner - 2023). Disponível em : < Quadrante Mágico para Plataformas de Analytics e
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TELES, Jhonata. Tipos de manutenção de acordo com a NBR 5462. Disponível em: <
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VIANA, Hebert Ricardo Garcia. PCM - Planejamento e controle da manutenção.


Qualitymark Editora Ltda, 2002. Rio de Janeiro.
48

APÊNDICE A – QUESTIONÁRIO APLICADO À EQUIPE DE MANUTENÇÃO PARA


AVALIAR AS MELHORIAS NO PROCESSO COM O USO DO SISTEMA DE BI

A pesquisa a seguir tem como objetivo analisar a percepção dos funcionários do departamento
diante da implementação do sistema de medição.

O questionário é composto por 3 perguntas, sendo uma delas dividida em itens de análise.

1. Qual o seu cargo dentro da organização?

2. Quais foram as principais melhorias percebidas com o uso do sistema de BI?


Marque todas as opções que se aplicam:

Melhor planejamento das manutenções preventivas


Redução do tempo médio de reparo (TMPR)
Aumento da disponibilidade das máquinas
Maior eficiência na tomada de decisões
Economia de custos operacionais
Melhoria na comunicação interna
Outro: _________________________________

3. Avalie os seguintes itens em uma escala de 1 a 5, sendo 1 "discordo totalmente", 3


"neutro", e 5 "concordo totalmente":
a) O sistema de BI trouxe resultados positivos para o processo de manutenção.
1[]2[]3[]4[]5
b) O BI é utilizado para antecipar problemas de manutenção, evitando falhas inesperadas.
1[]2[]3[]4[]5
c) O BI contribuiu para a redução dos custos com manutenção corretiva.
1[]2[]3[]4[]5
d) O sistema de BI melhorou a eficiência no planejamento de manutenções preventivas.
1[]2[]3[]4[]5
49

e) As informações fornecidas pelos relatórios do BI são de boa qualidade e ajudam na tomada


de decisões.
1[]2[]3[]4[]5
f) A interface do sistema é fácil de usar.
1[]2[]3[]4[]5
g) O sistema de BI automatiza processos e ajuda a identificar oportunidades de melhoria.
1[]2[]3[]4[]5

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