Projeto-De-leitura Memes e Memorias
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DE MEMES
E MEMÓRIAS
LEO CUNHA
Ilustrações de Rafael Nobre
Pré-leitura
1. O gênero
Trabalhar o gênero crônica em sala de aula é uma ótima oportu-
nidade de aproximar o aluno de textos contemporâneos, pois ele
traz referências que os alunos são capazes de identificar. O livro De
memes e memórias é uma excelente prova disso.
Faça um trabalho prévio com os alunos a respeito do gênero. Peça
para eles explicarem o que é uma crônica, quais são as principais
características desse gênero (textos que falam do cotidiano, lingua-
gem coloquial, temas atuais, assuntos pessoais, narrativas geral-
mente em primeira pessoa etc.) e pergunte se conhecem escritores
famosos que escrevem ou escreveram nesse gênero (dê exemplos
dos mais antigos, como Machado de Assis, Cecília Meirelles, Carlos
Drummond de Andrade etc., e dos mais contemporâneos, como Luis
Fernando Verissimo, Maria Valéria Rezende, Eliane Brum etc.).
Pergunte também se eles têm um escritor de crônicas preferido
e, se achar pertinente, peça que tragam uma crônica desse escritor
para ler e compartilhar com os colegas em um momento destinado
a essa atividade.
Você também pode agendar uma visita à biblioteca da escola ou
à sala de informática, para que os alunos pesquisem livros ou sites
de crônicas e depois compartilhem com os colegas as descobertas
feitas sobre o gênero.
3. Textos complementares
Antes de iniciar a leitura das crônicas, convide os alunos a lerem
o texto de apresentação do autor e também o desafio “9 verdades e
1 mentira sobre Leo Cunha”. Você pode propor que a atividade seja
feita em grupos de três ou quatro alunos e que, juntos, eles esco-
lham a mentira contada pelo autor. Proponha que decidam, juntos,
se querem confirmar a resposta (indicada no final do livro) antes ou
depois de lerem o livro.
Durante a leitura das crônicas, você pode
sugerir que os alunos encontrem pistas
deixadas pelo autor sobre cada uma
das frases do desafio. Aproveite e
convide-os a fazerem a mesma
brincadeira do autor dentro do
grupo, pedindo que cada um
escreva ou narre oralmente três
verdades e uma mentira sobre si
mesmo para os colegas descobri-
rem a resposta certa. Isso fará com
que os alunos experimentem a brin-
cadeira e, ao mesmo tempo, conheçam
um pouco mais uns aos outros.
Essa atividade contempla as seguintes habilidades descritas na BNCC para
o componente curricular Língua Portuguesa: EF69LP46 e EF69LP49.
É claro que essa lista não se esgota e você pode ir muito além
dela. Também é possível fazer a leitura do livro como um todo para
engatar outras atividades, por exemplo, a criação de um ranking das
crônicas de que os alunos mais gostaram; a elaboração de uma lista
de referências, com base em nomes de escritores, músicos, joga-
dores e figuras públicas que aparecem nas histórias, para que eles
ampliem seu repertório etc.
Por fim, para conectar as definições de crônica levantadas antes
da leitura, você pode chamar a atenção dos alunos para a estrutura
formal das crônicas e pedir que explorem a do livro, apontando as
principais características desse gênero nos textos: texto em prosa, ge-
ralmente em primeira pessoa, linguagem informal, textos curtos etc.
Essa atividade contempla as seguintes habilidades descritas na BNCC para
os componentes curriculares Língua Portuguesa, Língua Inglesa e Ciências:
EF69LP44, EF69LP46, EF69LP47, EF69LP49, EF69LP53, EF69LP55, EF89LP32,
EF89LP33, EF89LP37, EF08LI18, EF08LI19, EF08LI20, EF08CI08, EF08CI14 e
EF08CI15.
1. Coletânea
Que tal retomar o levantamento prévio feito com os alunos, a
respeito de seus escritores de crônicas favoritos, e propor a criação
de uma coletânea que poderá circular pela turma?
Para isso, peça que escolham uma crônica de seu escritor prefe-
rido para apresentar em dia determinado. Cuide para evitar muitos
textos repetidos. Em seguida, proponha que seja feita uma curado-
ria de todos os textos selecionados. Como eles serão organizados na
coletânea? Por nome de autor? Por tema? Por extensão? Por ordem
cronológica do nascimento dos autores? etc. Depois, juntamente
com os alunos, levante possíveis nomes de títulos para a coletânea
e faça uma votação para escolher o nome principal.
Se vocês optarem pela impressão do livro, ele poderá circular
dentro e fora da sala de aula, para que os alunos possam, por exem-
plo, levar o livro para casa por dois ou três dias, a fim de que seus
pais ou responsáveis também possam usufruir da coletânea. Consi-
dere a possibilidade de propor a criação de uma sessão do livro para
incluir as minibiografias dos escritores, assim, além de conhecer os
textos, os leitores também poderão conhecer um pouco melhor
seus autores.
2. Produção de texto
Outra possibilidade é convidar os alunos a levantarem temas da
atualidade que possam ser explorados em uma crônica. Você pode
promover a conversa com a turma toda, ou organizar a turma em
pequenos grupos, de três ou quatro alunos, e, depois de levantados
os temas, sugerir que eles sejam compartilhados com a turma toda.
7x1
5 Em “Pendurando as chuteiras”,
o autor recorre a palavras me-
nos conhecidas e diz serem da
época de seu avô: “Saio lépi-
do e faceiro (como dizia meu
avô)”. Você conhece esses ter-
mos empregados pelo autor,
e que o avô dele costumava
usar? Pesquise o significado de
“lépido” e “faceiro” no dicioná-
rio e transcreva o significado
do termo que mais se aproxi-
ma do uso que foi feito dele no
texto.
Sugestões de resposta.
Lépido: alegre, radiante (Fonte: Dicionário eletrônico Houaiss).
Faceiro: alegre, vivaz (Fonte: Dicionário eletrônico Houaiss).
Professor, ambos os termos têm significados diferentes, além dos que fo-
ram empregados no texto. Aproveite para perguntar aos alunos se esses
termos podem ser considerados sinônimos no contexto em que foram
empregados.
CRÔNICAS. Que história é essa, Porchat? GNT: Rio de Janeiro. 2019-. Programa
de TV. Disponível em: <https://www.youtube.com/playlist?list=PLvvfh7mlR8
Vbj61W5UYZPgAQF8cwMkd7e>. Acesso em: 15 jun. 2021.
As histórias contadas por convidados do programa (famosos ou “anônimos”)
são verdadeiras crônicas. As diferentes formas de cada um contar a sua história
também é uma informação importante para o leitor, enquanto observador do
outro. Os vídeos são uma boa fonte de histórias que podem ser usadas para a
criação de crônicas pelos alunos em sala de aula.
RIBAS, Maria Cristina Cardoso (org.); DOMÁS, Milena Salles Marques; PESSANHA,
Ketiley da Silva. A crônica em sala de aula: trabalhando com um gênero
menormENORMEnormenor... Revista Soletras (UERJ), São Gonçalo, ano IX, n. 18,
2009. Disponível em: <https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/soletras/
article/view/7026>. Acesso em: 17 maio 2021.
O artigo aborda definições do gênero crônica, explora sua origem, seu hibridis-
mo e aponta para a importância do trabalho com esse tipo de narrativa na sala
de aula, além de oferecer sugestões práticas de exploração de atividades.