Gestão Penitenciária
Gestão Penitenciária
Gestão Penitenciária
GESTÃO PENITENCIÁRIA
1
SUMÁRIO
1. APRESENTAÇÃO
DA PENA DE PRISÃO
PRISIONAL NACIONAL
PENITENCIÁRIO
PROFISSIONAL
9. SISTEMA AUBURNIANO
11. OS DESAFIOS
BRASIL
2
APRESENTAÇÃO
Brasil seja central para a violação de direitos das pessoas privadas de liberdade
no sistema prisional, é certo que ele não pode ser visto, de forma simplista, como
penal e prisional.
realizando uma série de esforços para melhoria dos serviços penais brasileiros,
3
prisional implementada no país, até a formatação de um Modelo de Gestão que
postulados:
4
junho de 2014, um déficit prisional de 231.062 vagas, com uma taxa de ocupação
de 161%, ou seja, 1,61 preso para cada vaga disponível (Depen, 2015, p. 11).
sistema prisional, é certo que ele não pode ser visto, de forma simplista, como a
única causa dos problemas carcerários. A análise do cenário nacional revela que
implementada no país. Além disso, em julho de 2015, por meio de parceria com o
5
PNUD - Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, deu-se início a
uma consultoria que teve como objetivo, conforme previsto em edital, produzir
criminal e das polícias (Brasil, 2015). Sabe-se, também, que não se trata de uma
questão exclusiva do Brasil, uma vez que a superlotação dos presídios pode ser
nações.
6
A partir da estruturação dos aspectos normativos e organizacionais que
gestão das políticas penitenciárias, como base num modelo que privilegie a
este não tinha caráter de pena, e sim de preservar os réus até seu julgamento ou
7
Durante vários séculos a prisão serviu de contenção nas civilizações mais
antigas (Egito, Pérsia, Babilônia, Grécia, etc. ), a sua finalidade era: lugar de
custódia e tortura.
mercado, que servia de custódia; outra na cidade, que servia de correção, e uma
terceira destinada ao suplício. A prisão, para Platão, apontava duas ideias: como
eram diversos, já que não existia ainda uma arquitetura penitenciária própria.
que ditava: "olho por olho, dente por dente" tinha base religiosa (Judaísmo ou
para que tivesse tempo de vê-las sendo lançadas ao fogo. Passaram a uma
Europa.
ociosidade.
velhos delinquentes.
9
penitenciárias imaginadas no fim do século XVII, deu direcionamento às atuais
instituições punitivas.
Penal, com base num processo de unificação orgânica, pelo qual normas de
10
Todo esse processo de unificação foi dominado por dois princípios do Código
subjetivos do condenado.
VIDAL e CUCHE).
estados-membros da ONU.
11
Dentre os mais modernos estabelecimentos carcerários encontram-se:
curado dos vícios e pronto a tornar-se responsável pelos seus atos, respeitando
a ordem e a autoridade.
em seu tema principal a prisão perpétua. Escolheu uma corte específica para os
casos de prisão perpétua, a qual delimitará o tempo mínimo e máximo para todas
os tipos de penas. É acreditável que este tipo de sentença dará ao ofensor maior
cárceres atuais.
passou a ser admitido sob todas as formas. Os trabalhos forçados eram uma
12
encarceramento correcional não passaram, de certo modo, de nomenclatura
saberes a elas articulados, no caso brasileiro salta à vista a ineficácia das prisões
que lhe é próprio” (Perrot, apud Maia et al, p. 13). Tais funções foram
brasileiras, depreende-se que nem mesmo a punição reflete aqui o sentido que
cercam as cadeias e atinjam pessoas que, à primeira vista, não teriam quaisquer
tornam-se efetivas.
14
São muitas as evidências do fracasso da promessa do isolamento, tais
ressocializadora que a prisão promoveria pelo trabalho, promessa essa que “se
presentes nas iniciativas pontuais que marcam a busca por inovação e melhorias
SERVIDOR PENITENCIÁRIO
década de 70, na Inglaterra, como tentativa de criar uma maior motivação nos
início de sua existência com outros títulos em outros contextos, mas sempre
de sua tarefa.
los”.
Públicas que possam viabilizar a reinserção social destes, além dos fatores
18
pessoais trazidos pelos servidores que podem fragilizar seu exercício
profissional.
condições de trabalho.
19
No tocante ao adoecimento do profissional, os transtornos mentais são os
períodos. Além disso, como não se trata de uma lesão visível ou de um processo
sono.
imprevisíveis.
20
Os desajustes psicossomáticos e o estresse causados a servidores do
concentração”.
porém com maior sutileza. Considera que “ao longo da história, as organizações
a atividade laboral tem promovido o ser humano de muitas maneiras, dentre elas
parte dos gestores, más condições de trabalho e pelos mais diversos fatores.
falta de conhecimentos em saber lidar com suas fontes estressoras, ou seja, com
22
A INTERVENÇÃO DA GESTÃO PENITENCIÁRIA NA QUALIDADE DE
VIDA PROFISSIONAL
grau de satisfação que eles têm buscado em suas atividades laborais, visto que
prisional da atualidade.
suas funções.
23
Neste contexto, faz-se necessário pensar na Organização como um todo e
ciência e pessoas.
Não existe “mágica” para se trabalhar com pessoas, nem solução perfeita aos
longínquas.
25
de soluções criativas para tornar a atividade desenvolvida possível, e ao mesmo
produto do trabalho, pois esta pode ser uma estratégia de gestão de pessoas que
os trabalhadores.
PRISIONAIS
Média e grande parte da Idade Moderna era utilizada como forma cautelar para
queo preso tivesse decretada sua prisão capital, ou seja, serviam como forma de
das penitenciárias.
precárias que o preso vivia. E com isso, escreveu o livro The StateofPrision in
EnglandandWalles (1776), que surtiu efeitos aos presos, tendo em vista relatar a
que resultou na abolição dos trabalhos forçados, das mutilações, dos açoites e
as celas eram:
alto da parede dos fundos, cada cela tem uma janela gradeada para
através dela poderia se arrepender dos atos ilícitos, por ter que permanecer em
silêncio, meditando e orando, foi que surgiu o também nome isolamento celular
do preso. Recebeu diversas críticas tendo em vista ser muito severo dificultando
Enrico Ferri apud César Roberto Bitencourt (2011, p. 82) traz críticas ao
necessário despender quantia muito alta, o que na época tornava-se inviável haja
sistema prisional atual, regulamentado pela Lei de Execução Penal (lei nº 7.210
29
Art. 52. A prática de fato previsto como crime doloso constitui falta
repetição da sanção por nova falta grave de mesma espécie, até o limite de
IV - o preso terá direito à saída da cela por 2 horas diárias para banho
de sol.
sociedade.
SISTEMA AUBURNIANO
30
Surgiu no ano de 1818, em Aurburn, Estado de Nova Iorque, representava
em vista que permitia o convívio dos presos durante o horário de trabalho, porém
quanto a sua estrutura física, é muito utilizado, com divisão de três blocos, quais
isolamento total, o segundo era composto por presos menos reincidentes e eram
mulher presa vive, tais como seus laços sociais, familiares, simbólicos, suas
o direito à liberdade.
condição humana abarca mais do que as condições nas quais a vida foi dada ao
sociais, o frágil acesso aos bens da sociedade, entre outras. É possível assim,
social e que, como tal, constitui uma questão mais estrutural de organização de
desafiador.
32
a)O gênero só é especificado quando as questões investigadas têm como
homogênea e esquecida.
34
contrário, reafirma, em muitos casos, a reprodução da exclusão social, da
mãe, de esposa e guarda do lar, fazendo a mulher presa aderir aos valores da
desigualdade.
acompanhamento.
recente constituição das "facções criminosas", as ações das ONG's, o papel das
Expressando uma visão dicotômica do ser humano nos espaços das prisões, o
36
olhar para a mulher presa traz implícita e explicitamente o ideal ocidental que
das encarceradas, ficando seus atos e sua pessoa classificados como benéficos
como insurgência. Ora, o desenvolvimento humano não pode ser visto como bom
ou mau, mas como pulsões de vida em que cabe o erro e o acerto, a experiência
e a aprendizagem.
consciente da morte, mas que não pode crer nela; que secreta o mito e a magia,
mas também a ciência e a filosofia; que é possuído pelos deuses e pelas ideias,
mas que duvida dos deuses e critica as ideias; nutre-se dos conhecimentos
37
comprovados, mas também de ilusões e de quimeras. E quando, na ruptura de
Propõe assim, exercitar e colocar em "campo" uma política pela qual o ser
humanos têm sua dimensão política. Define civilização pelo conjunto dos seus
quantos a elas não tenham acesso. Esta visão que integra o pensamento
complexo - não pode ocultar a gravidade dos problemas e ameaças geradas pela
suas ambivalências.
grupo recluso, quer a instituição no seu todo. Do ponto de vista institucional, por
momentos históricos fortes (como nas ditaduras) e fracos (por efeito de inércia ou
de vontade política).
prisional.
transferência)... não é função nossa... já devia ir para uma cadeia provisória, que
existe... mas está aí... a polícia civil acabou assumindo essa responsabilidade
que não é dela... a polícia militar não assumiu por questões da administração,
não sei por quê... e ficou aquele provisório como definitivo... tem gente que chega
a cumprir pena aqui... agora é que tem aquele CDP de Franco da Rocha... não
recebi nenhum documento oficial... vai ser feita esta inclusão, deslocar... a cadeia
que para elas é melhor porque lá tem tudo... aqui tem de arrumar, de
improvisar...”.
encarcerada".
Lembramos que esse modelo de prisão feminina dos anos 40 acentuava (e agora
ausentes, até hoje, das condições para o exercício do seu papel de esposa e de
obrigatoriedade.
L., 31 anos, tem três filhos, foi presa grávida por sequestro há sete anos,
olhando pra mim e pra minha filha. Eu estava descalça e ela, enrolada num pano,
coração, segundo L. -, que foi entregue para a família. Ficou presa numa cadeia
em São Bernardo (SP) por um ano e sete meses. Em seguida, foi para a extinta
até chegar ao Butantã reconhecido como a melhor de todas, onde está há oito
meses.
"Aqui tem muito curso interessante, tem a biblioteca. A janela dos quartos
é de vidro, a gente pode olhar a rua. (...) Em São Bernardo, a alimentação era
horrível, meus filhos pegaram uma doença lá, ficaram com um cascão pelo corpo
41
todo. (...) No Tatuapé, fazia tratamento do coração porque tenho arritmia; as
firmas eram boas, tinha professor de dança. O ruim é que não tinha ventilação na
dois e tem visita na cela". Frequentava a igreja Assembleia de Deus, estudou até
entre o que dispõem essas políticas e a legislação, por um lado, e aquilo que, por
caráter individual das penas, não exercendo o seu efetivo papel de "socializador",
certa ideologia de que quem é rico tem boas condições de vida partindo de seu
criação e na dos seis irmãos, pois os pais trabalhavam. Mas, se contradiz quanto
à inexistência de "obstáculos":
43
"Minha mãe não podia comprar material de escola e roupa para todo
principalmente quando minha mãe ficou grávida dos gêmeos. Muita gente a
fazia faxina (...). Comecei a trabalhar com 11 anos, vendendo bala no farol. Com
13, cuidava de criança, com 15, trabalhei em lanchonete, com 17, em padaria e
em telemarketing com 19, onde fiquei até seis meses antes de ser presa. Depois
CONSIDERAÇÕES
44
A intenção foi discutir conceitos de qualidade de vida profissional de
dos profissionais expostos aos mais diversos riscos de trabalho, podendo ser
cabe citar que o interesse da pesquisa esteve para além de apontar vagas
vida profissional.
trabalhador.
CARCERÁRIA NO BRASIL
46
Unidades prisionais pequenas, estímulo do contato dos
brasileiro.
Há pouco mais de dois meses essa realidade veio à tona com a explosão
47
RAÍZ DO PROBLEMA
Estado cumprir seu papel de garantir a segurança dos detentos. Mas é mais
Nacional de Justiça).
modelos.
Ainda assim, algumas delas têm perdurado por anos e estão chamando a
MODELO APAC
49
O modelo tem uma forte ligação com a religião cristã – fato criticado por
dos detentos no crime – entre 8% e 15%, segundo o CNJ. Nos presídios comuns
penitenciário comum.
menos perigosos e eles são a grande maioria (da população carcerária do país)",
afirmou Beato.
MODELO AMERICANO
50
Unidades prisionais pequenas, estímulo do contato dos
brasileiro.
período de um ano.
51
A BBC Brasil ouviu uma série de juristas e especialistas no setor prisional
para levantar os problemas e fatores que podem nortear esse tipo de mudança.
52
REFERÊNCIAS BIBIOGRÁFICAS
53
Moretti Silvinha. Qualidade de vida no trabalho x autorealização humana
2005.
Bosco; 2007.
55
1- A equipe técnica do Serviço Penitenciário tem como principal competência
sistema prisional, é certo que ele não pode ser visto, de forma simplista:
áreas, sobretudo:
56
( A ) Do conhecimento importado dopoder público.
( C ) Do conhecimento próprio.
( A ) Qualificar a polícia.
57
( A ) Como na produção de tais saberes.
fragilidades, como:
exercício profissional.
acerca da:
( A ) Apaziguamento de soluções.
59
( D ) Todas as alternativas acima estão corretas.
GESTÃO PENITENCIÁRIA
Cursista :_________________________________________________________________
Assinatura : ______________________________________________________________
RG:_________________________ Órgão/Estado:_____________
Nota:_________________ Data:_______________
Cartão resposta
(A) (B) (C) (D)
Questão 01
(A) (B) (C) (D)
Questão 02
(A) (B) (C) (D)
Questão 03
(A) (B) (C) (D)
Questão 04
60
(A) (B) (C) (D)
Questão 05
(A) (B) (C) (D)
Questão 06
(A) (B) (C) (D)
Questão 07
(A) (B) (C) (D)
Questão 08
(A) (B) (C) (D)
Questão 09
(A) (B) (C) (D)
Questão 10
Observações: ________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_________________________________________________________________
61