O Jogo Da Onça No Desenvolvimento Do Raciocínio Lógico
O Jogo Da Onça No Desenvolvimento Do Raciocínio Lógico
O Jogo Da Onça No Desenvolvimento Do Raciocínio Lógico
Resumo: Este trabalho objetiva socializar uma experiência vivenciada pelos autores com
alunos que cursam o 2º ano do ensino médio da Escola Professora Elisete Lopes de Lima
Pires sobre o uso do “Jogo da Onça” como artefato facilitador do processo de ensino-
aprendizagem. O estudo foi realizado a partir de análise qualitativa dos discursos trazidos
pelos alunos após a experiência com o jogo. Nos discursos ficou evidente que o jogo
trabalhado instiga o raciocínio lógico e criação de estratégias. E também a importância de
vivenciar aulas de matemática de forma lúdica, possibilitando um processo de aprendizagem,
de maneira criativa e saindo dos padrões tradicionalistas para assim possibilitar a melhor
forma de adquirir o conhecimento.
1
Licencianda do curso de Matemática – Centro Acadêmico do Agreste/UFPE. Bolsista do Programa
Institucional de Bolsas de Iniciação a Docência. E-mail: [email protected].
2
Licenciando do curso de Matemática – Centro Acadêmico do Agreste/UFPE. Bolsista do Programa
Institucional de Bolsas de Iniciação a Docência. E-mail: [email protected].
3
Licenciando do curso de Matemática – Centro Acadêmico do Agreste/UFPE. Bolsista do Programa
Institucional de Bolsas de Iniciação a Docência. E-mail: [email protected].
I. Introdução
A matemática tradicionalmente é vista como sendo uma ciência abstrata e até mesmo
difícil, já que para que ocorra a sua aprendizagem se faz necessário compreender diversos
fatores. Para Groenwald e Timm (2007), para aprender matemática é preciso que se
desenvolva o raciocínio lógico, e sejam estimulados o pensamento independente, a
criatividade e a capacidade de resolver problemas.
Diante das dificuldades apresentadas pelos alunos na compreensão da matemática os
professores estão adotando novas perspectivas de ensino, como por exemplo, o uso de jogos
nas aulas de matemáticas, para assim possibilitar a aprendizagem de forma lúdica e divertida.
Segundo Borin (1996) os jogos nas aulas de Matemática possibilitam diminuir os bloqueios
apresentados por muitos alunos que temem a Matemática e sentem-se incapacitados para
aprendê-la. Afirma, ainda, que dentro da situação de jogo é impossível uma atitude passiva,
aumentando a motivação, fazendo com que os alunos “falem” Matemática, apresentando um
melhor desempenho e atitudes mais positivas frente aos processos de aprendizagem.
Atualmente é indispensável repensarmos nossa prática e sair em busca de novas
estratégias de ensino, aqui propomos o uso do jogo que é apenas uma das formas diferentes de
abordagens dos conteúdos matemáticos. Através do uso do jogo estimula-se o
desenvolvimento do raciocínio lógico, da criatividade e do pensamento independente, de
nosso aluno, assim como a sua capacidade de resolver problemas através do ensino da
Matemática, além de que com o uso desse artifício o professor consegue deixar suas aulas
mais interessante e atrativa. Segundo NOVELLO (2005) Ao entender e internalizar as regras
de um jogo, o aluno se habilita para entender as regras do grande jogo da natureza a qual
todos nós pertencemos: as leis científicas.
Segundo GRANDO (1995 apud ALVES 2001, p. 22), o ensino da matemática, que
se apresenta como uma das áreas mais caóticas em termos da compreensão dos conceitos
nela envolvidos, pelos alunos, o elemento jogo se apresenta com formas específicas e
características próprias, propícias a dar compreensão para muitas das estruturas
matemáticas existentes e de difícil assimilação.
O estudo foi realizado a partir de uma exposição do jogo, com os alunos tendo as
explicações sobre as regras e após iniciaram a partida. Cada participante teve a oportunidade
de jogar com a onça e os cachorros, logo após as partidas responderam a uma questão
analítica a respeito do jogo. Participaram do jogo 24 alunos do 2º ano “D” da Escola
Professora Elisete Lopes de Lima Pires, que participam de aulas laboratoriais com os
discentes participantes do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação a Docência.
V. Procedimentos metodológicos
Os autores proporcionaram aos alunos uma vivencia com o jogo, onde inicialmente
falou-se sobre os objetivos do jogo e suas regras, e a partir da compreensão das mesmas
iniciaram as partidas. Após as partidas os alunos responderam a uma questão analítica a
respeito do jogo, conforme figura abaixo:
Através dos discursos dos alunos que indicam um melhor aprendizado com a
utilização do jogo, os autores constatam que é imprescindível a integração jogos nas aulas de
matemática, proporcionando espaços de discursões e aprendizagem de forma lúdica e
divertida. No entanto, isso requer que o educador esteja preparado para compatibilizar os
métodos de ensino e a conduzir do processo de mudança de sua atuação que propicie ao aluno
buscar corretamente a informação em fontes de diversos tipos e estar engajado no processo,
consciente das reais capacidades para que possa selecionar qual jogo é melhor para ser
utilizado e ser explorado, num determinado conteúdo, contribuindo para a melhoria do
processo ensino-aprendizagem, por meio de uma renovação da sua prática pedagógica.
VII. Conclusões
Uma análise crítica sobre o jogo apresentado permitiu verificar os diferentes aspectos
associados ao jogo que além de estimular o desenvolvimento do raciocínio lógico, contribui
também em desencadear desafios e criar estratégias. Fazendo com que as aulas de
matemáticas deixem de ser monótonas e tradicionais criando um ambiente prazeroso de
aprendizagem.
A utilização de jogos como recurso pedagógico nas aulas de matemática potencializa o
processo de ensino-aprendizagem colaborando para a melhor capacitação dos alunos
envolvidos. Mas é um recurso que requer do professor disposição para realizar um trabalho
diferenciado, já que exige preparação anterior e ainda ruptura das aulas tradicionais. Requer
do professor uma atenção constante aos procedimentos que os alunos estão utilizando e sua
sistematização do conhecimento adquirido. Dessa forma, promover espaços que estimulem a
criatividade, métodos investigativos, torna-se relevante no que concerne a relação do processo
de ensino- aprendizagem.
É importante destacar o valor desse recurso para instrumentalizar o processo de
ensino. O Jogo torna a aula muito produtiva, divertida e interessante, pois com o correr da
dinâmica da aula, quando bem explorada, motiva os alunos, prende a atenção e facilita a
compreensão deles, além de promover a interação entre professor e aluno.
VIII. Referências
ALVES, Eva Maria Siqueira. A ludicidade e o ensino da matemática: Uma prática possível.
Campinas, SP: Papirus, 2001.