Protocolo Santo André - Reabilitação

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2019

PROTOCOLO DE
REGULAÇÃO DO ACESSO
CER – IV

SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE


Prefeitura de Santo André
01/10/2019
PREFEITURA DE SANTO ANDRÉ

SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE

PROTOCOLO DE REGULAÇÃO DO ACESSO

CENTRO ESPECIALIZADO EM REABILITAÇÃO IV

SANTO ANDRÉ

VERSÃO 1 /2019

1
Secretário Municipal de Saúde
Marcio Chaves Pires

Secretário de Saúde Adjunto


Rosana P. M. Grasso

Gerência de Regulação
Caroline Regina Teixeira de Freitas
Gisela Aparecida de Souza Matheus

Coordenadoria de Especialidades
Maíra Carolina P. Ribeiro
Maria Cristina Rizzo

Coordenadoria de Atenção Primária


Cláudia Nemer Moreira

2
Sumário
APRESENTAÇÃO ........................................................................................................... 4

INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 6

OBJETIVOS .................................................................................................................... 7

FORMA DE UTILIZAÇÃO DO PROTOCOLO DE REGULAÇÃO DO ACESSO .............. 7

REABILITAÇÃO INTELECTUAL ..................................................................................... 8

REABILITAÇÃO AUDITIVA - AASI.................................................................................. 9

REABILITAÇÃO VISUAL ............................................................................................... 10

REABILITAÇÃO FÍSICA NEUROLÓGICA..................................................................... 11

REABILITAÇÃO FÍSICA PÓS TRAUMA ....................................................................... 12

FISIOTERAPIA ORTOPÉDICA ..................................................................................... 15

ÓRTESES, PRÓTESES E MEIOS AUXILIARES DE LOCOMOÇÃO (FÍSICAS) .......... 19

REFERÊNCIAS ............................................................................................................. 20

3
APRESENTAÇÃO

A Atenção Básica (AB) se caracteriza como porta de entrada preferencial do


SUS e como local privilegiado de gestão do cuidado dos usuários. Possui papel
estratégico na Rede de Atenção à Saúde (RAS), atuando como ordenadora da rede e
coordenadora do cuidado. No entanto, é fundamental que a AB tenha alta
resolutividade, o que, por sua vez, depende da capacidade clínica e de cuidado de
suas equipes e da articulação com outros pontos da rede de saúde.

O serviço especializado, sobretudo seu componente ambulatorial, é um lugar


marcado por diferentes gargalos, em especial no que se refere ao acesso a ele. Isso
decorre de elementos como o modelo de atenção adotado, o dimensionamento, a
organização das ofertas e também do grau de resolutividade da AB nos diversos
lugares. Os gargalos requerem, para a sua superação, que se constituam estratégias
que impactem na AB, nos processos de regulação do acesso, bem como na
organização da atenção especializada (AE).

A Regulação do Acesso à Assistência é um importante mecanismo de


organização e gestão da RAS no âmbito municipal, uma vez que tem um papel
facilitador do acesso aos serviços de média e alta complexidade, garantindo as
alternativas assistenciais mais adequadas aos usuários, de forma equânime, ordenada,
oportuna e qualificada. A regulação assistencial “tem como objetivo a organização, o
controle, o gerenciamento e a priorização do acesso e dos fluxos assistenciais no
âmbito do SUS”.

Os Protocolos de Regulação do Acesso são instrumentos fundamentais neste


processo, estabelecendo critérios qualificados de avaliação da necessidade e do risco,
identificando as prioridades clínicas e garantindo maior agilidade no acesso para
aqueles pacientes que mais necessitam. Essas ações fomentam a ampliação do
cuidado clínico e da resolutividade na AB, evitando a exposição dos pacientes a
consultas e/ou procedimentos desnecessários. Além disso, otimizam o uso dos
recursos em saúde, impedindo deslocamentos desnecessários e trazendo maior
eficiência e equidade do acesso aos serviços de saúde especializados.

A implantação de Protocolos de Regulação do Acesso em Santo André é um


avanço na qualidade e na configuração da estrutura reguladora do município, na

4
medida em que esses instrumentos induzem a implementação da Rede de Atenção à
Saúde, a resolutividade da Atenção Básica, e promovem a equidade do acesso.

Recomenda-se que este instrumento seja incorporado ao conjunto de


instrumentos utilizados pelos profissionais de saúde, fortalecendo as ações que
buscam a integralidade da assistência à saúde.

5
INTRODUÇÃO

Embora o termo reabilitação seja largamente usado no campo da saúde como


referência aos processos de cuidado que envolve medidas de prevenção da perda
funcional, de redução do ritmo da perda funcional e/ou da melhora ou recuperação da
função; e medidas da compensação da função perdida e da manutenção da função
atual; o uso do prefixo “re” tem sido bastante debatido.

É preciso ater-se à distinção entre os processos de Reabilitação/Reabilitar e


Habilitação/Habilitar. Habilitar é tornar hábil, no sentido da destreza/inteligência ou no
da autorização legal. O “re” constitui prefixo latino que apresenta as noções básicas de
voltar atrás, tornar ao que era. A questão que se coloca no plano do processo
saúde/doença é se é possível “voltar atrás”, tornar ao que era.

O sujeito é marcado por suas experiências; o entorno de fenômenos, relações e


condições históricas e, neste sentido, sempre muda; então a noção de reabilitar é
problemática. Na saúde, estaremos sempre desafiados a habilitar um novo sujeito a
uma nova realidade biopsicossocial. Porém, existe o sentido estrito da volta a uma
capacidade legal ou pré-existente e, por algum motivo, perdida, e nestes casos, o “re”
se aplica.

As ações de reabilitação/habilitação devem ser executadas por equipes


multiprofissionais desenvolvidas a partir das necessidades de cada indivíduo e de
acordo com o impacto da deficiência sobre sua funcionalidade. É de responsabilidade
da equipe que realiza a reabilitação definir a forma de avaliação, a técnica a ser
utilizada, o tempo e a frequência de tratamento, e determinar a alta.

Todos os encaminhamentos para consulta especializada ou exames de apoio


diagnóstico devem conter obrigatoriamente as seguintes informações:

 Hipótese diagnóstica com CID;


 História clínica detalhada;
 Descrição do exame físico;
 Descrição dos exames complementares;
 Justificativa do encaminhamento;
 Nos casos onde o médico solicitante entenda como prioridade o acesso
do usuário à especialidade ou exame, este deve sinalizar como P0 no
encaminhamento médico e justificar esta urgência.

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OBJETIVOS

Os objetivos do presente Protocolo de Regulação do Acesso são:


 Reestruturar e fortalecer os fluxos regulatórios no município de Santo
André;
 Qualificar os encaminhamentos médicos para consultas e procedimentos
de maior complexidade;
 Definir critérios de classificação de risco, garantindo a equidade no
acesso a serviços especializados;
 Estimular o aumento da resolutividade na Atenção Básica;

FORMA DE UTILIZAÇÃO DO PROTOCOLO DE REGULAÇÃO DO ACESSO

Para cada especialidade são apresentadas as hipóteses diagnósticas e as


situações mais comuns em que deve ocorrer o encaminhamento. Os itens contidos nos
boxes de cada hipótese diagnóstica representam as informações mínimas necessárias
a serem preenchidas sobre a história clínica pregressa e atual, bem como os padrões
clínicos e os resultados dos exames de apoio diagnóstico prévios do paciente que
justifiquem o encaminhamento.
As informações contidas nos encaminhamentos permitem aos médicos da
atenção básica, especializada, hospitalar e ao médico regulador da Central de
Regulação Ambulatorial realizar a priorização dos casos a partir das informações
clínicas descritas. É importante ressaltar que a priorização do atendimento depende da
qualidade das informações clínicas fornecidas previamente pelos profissionais
assistentes.
Na Central de Regulação Ambulatorial elas são avaliadas individualmente e,
havendo necessidade de complementação dos dados, os médicos reguladores
providenciarão o retorno dos encaminhamentos para os respectivos solicitantes.
O processo de elaboração dos Protocolos de Acesso para as demais
especialidades médicas e para os exames de apoio diagnóstico terão continuidade ao
longo desta gestão. Assim, orientamos que sejam adotados critérios clínicos
amplamente difundidos na literatura científica para a priorização dos casos e que, em
caso de dúvida, o médico assistente entre em contato diretamente com o médico
regulador da Central de Regulação Ambulatorial para elucidação da questão.

7
REABILITAÇÃO INTELECTUAL

O Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders (DSM-V) define


deficiência intelectual como um distúrbio com início durante o período de
desenvolvimento, que inclui déficits de funcionamento tanto intelectuais como
adaptativos em domínios conceituais, sociais e práticos. Os três seguintes critérios
devem ser atendidos:

A. Déficits nas funções intelectuais, como raciocínio, resolução de problemas,


planejamento, pensamentos abstrato, julgamento, aprendizado acadêmico,aprender
com a experiência, confirmada tanto por avaliação clínica e individualizada, quanto por
testes de inteligência padronizados.

B. Déficits no funcionamento adaptativo que resultam em incapacidade de


cumprir e de desenvolver padrões socioculturais para a independência pessoal e
responsabilidade social. Sem apoio, os déficits adaptativos limitam o funcionamento em
uma ou mais atividades de vida diária, tais como comunicação, participação social e
uma vida independente, através de vários ambientes, como casa, escola, trabalho e
comunidade.

C. Os déficits intelectuais e adaptativos têm início durante o período de


desenvolvimento.

 Quem pode encaminhar?


- Médicos do Sistema Único de Saúde
- Profissionais de nível superior das equipes de saúde mental

CRITÉRIOS DE ENCAMINHAMENTO E DE PRIORIZAÇÃO

Recém nascidos de alto risco para o desenvolvimento

Pessoas com suspeita de deficiência intelectual ou com deficiência intelectual


já diagnosticada; pessoas com diagnóstico ou suspeita de Transtorno do
Espectro Autista associado à deficiência intelectual.

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REABILITAÇÃO AUDITIVA - AASI

A audição é considerada um dos sentidos essenciais ao desenvolvimento global


do ser humano, principalmente quanto aos aspectos linguísticos e psicossociais. Os
primeiros anos de vida são considerados períodos críticos onde ocorre o
desenvolvimento da linguagem e das habilidades auditivas. Uma perda de audição
pode ser considerada como qualquer diminuição da capacidade de ouvir e/ou detectar
sons da fala ou de ambiente. As causas podem ocorrer em diferentes momentos da
vida do indivíduo, durante a gestação ou parto, na infância, vida adulta ou na terceira
idade. Os adultos ou crianças que apresentem dificuldades de comunicação
decorrentes de uma perda auditiva são candidatos potenciais ao uso de aparelho de
amplificação sonora individual.

 Quem pode encaminhar?


- Médicos e Fonoaudiólogos do Sistema Único de Saúde

CRITÉRIOS DE ENCAMINHAMENTO E DE PRIORIZAÇÃO

 Bebês que apresentaram falha na Triagem Auditiva Neonatal Universal


 Crianças menores de 12 anos com deficiência auditiva

Pessoas com deficiência auditiva, para fins de concessão de Aparelho de


Amplificação Sonora Individual (AASI) ou reabilitação auditiva pós concessão
do AASI

Bebês cuja triagem auditiva neonatal não tenha sido realizada na maternidade
deverão ser encaminhados para exame de emissões otoacústicas.

9
REABILITAÇÃO VISUAL

O Decreto nº 5.296, de 2 de dezembro de 2004, considera a deficiência visual


como: cegueira, na qual a acuidade visual é igual ou menor que 0,05 no melhor olho,
com a melhor correção óptica; a baixa visão ou visão subnormal, que significa acuidade
visual entre 0,3 e 0,05 no melhor olho, com a melhor correção óptica; os casos nos
quais a somatória da medida do campo visual em ambos os olhos for igual ou menor
que 60°; ou a ocorrência simultânea de quaisquer das condições anteriores não
passíveis de melhora na visão com terapêutica clinica ou cirúrgica.

De acordo com a OMS, em termos funcionais, “a pessoa com baixa visão é


aquela que apresenta, após tratamentos e/ou correção óptica, diminuição de sua
função visual e tem valores de acuidade visual menor do que 0,3 a percepção de
luz ou um campo visual menor do que 10 graus de seu ponto de fixação; porém
usa ou é potencialmente capaz de usar a visão para o planejamento e/ou
execução de uma tarefa”. Justifica-se o uso dessa definição pelo fato de que a maior
parte da população considerada cega (por alguma definição legal) tem, na verdade,
baixa visão e é, a princípio, capaz de usar sua visão para realização de tarefas.
(WHO,1992; WHO, 1999; ISLVRR, 2005).

 Quem pode encaminhar?


- Médicos e Ortoptistas do Sistema Único de Saúde

CRITÉRIOS DE ENCAMINHAMENTO E DE PRIORIZAÇÃO

Pessoas com baixa visão ou cegueira, com deficiência visual binocular:


H54.0 – Cegueira, ambos os olhos
H54.1 – Cegueira em um dos olhos e visão subnormal no outro
H54.2 – Visão subnormal de ambos os olhos

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REABILITAÇÃO FÍSICA NEUROLÓGICA

 Quem pode encaminhar?


- Médicos do Sistema Único de Saúde e Fisioterapeutas do SAD
- Médicos e fisioterapeutas do Complexo Hospitalar Municipal e Hospital
da Mulher, deverão observar o fluxo estabelecido para egressos de
internação

 Recém nascidos com alto risco para o desenvolvimento


 Pessoas com sequelas físicas, egressas de internação por intercorrências
neurológicas recentes: AVC, TCE, traumas periféricos
 Crianças de até 2 anos
 Pessoas com paralisia facial, com quadros neurológicos progressivos, com
sequelas físicas de lesões neurológicas ocorridas em até 6 meses.

Pessoas com sequelas físicas decorrentes de quadros neurológicos não


descritos acima

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REABILITAÇÃO FÍSICA PÓS TRAUMA

 Quem pode encaminhar?


- Médicos do Centro Hospitalar Municipal, por meio do fluxo
estabelecido para egressos de internação.

Pessoas que tenham sofrido trauma (pós cirurgia ou fratura), nos últimos 6
meses; podendo se estender até 1 ano caso tenha sido liberada tardiamente
pelo médico para reabilitação.

RELAÇÃO DE CIDS COMPATÍVEIS COM A REABILITAÇÃO FÍSICA PÓS-TRAUMA

CID Nomenclatura
M842 ATRASO DE CONSOLIDACAO DE FRATURA
M848 TRANSTORNOS DA CONTINUIDADE DO OSSO
M849 TRANSTORNO NAO ESPECIFICADO DA CONTINUIDADE DO OSSO
M898 TRANSTORNOS ESPECIFICADOS DO OSSO
FRATURA DE OSSO SUBSEQUENTE A IMPLANTE ORTOPEDICO PROTESE ARTICULAR OU
M966 PLACA OSSEA
M968 TRANSTORNOS OSTEOMUSCULARES POS-PROCEDIMENTOS
M969 TRANSTORNO OSTEOMUSCULAR NAO ESPECIFICADO POS-PROCEDIMENTO
S420 FRATURA DA CLAVICULA
S421 FRATURA DA OMOPLATA (ESCAPULA)
S422 FRATURA DA EXTREMIDADE SUPERIOR DO UMERO
S423 FRATURA DA DIAFISE DO UMERO
S424 FRATURA DA EXTREMIDADE INFERIOR DO UMERO
S427 FRATURAS MULTIPLAS DA CLAVICULA DA OMOPLATA (ESCAPULA) E DO UMERO
S428 FRATURA DE OUTRAS PARTES DO OMBRO E DO BRACO
S429 FRATURA DA CINTURA ESCAPULAR PARTE NAO ESPECIFICADA
S430 LUXACAO DA ARTICULACAO DO OMBRO
S431 LUXACAO DA ARTICULACAO ACROMIOCLAVICULAR
S433 LUXACAO DE OUTRAS PARTES E DAS NAO ESPECIFICADAS DA CINTURA ESCAPULAR
S434 ENTORSE E DISTENSAO DE ARTICULACAO DO OMBRO
S435 ENTORSE E DISTENSAO DA ARTICULACAO ACROMIOCLAVICULAR
S437 ENTORSE DE OUTRAS PARTES E DE PARTES NAO ESPECIFICADAS DA CINTURA ESCAPULAR
S520 FRATURA DA EXTREMIDADE SUPERIOR DO CUBITO (ULNA)
S521 FRATURA DA EXTREMIDADE SUPERIOR DO RADIO
S522 FRATURA DA DIAFISE DO CUBITO (ULNA)
S523 FRATURA DA DIAFISE DO RADIO
S524 FRATURA DAS DIAFISES DO RADIO E DO CUBITO (ULNA)
S525 FRATURA DA EXTREMIDADE DISTAL DO RADIO
S526 FRATURA DA EXTREMIDADE DISTAL DO RADIO E DO CUBITO (ULNA)
S527 FRATURAS MULTIPLAS DO ANTEBRACO
S529 FRATURA DO ANTEBRACO PARTE NAO ESPECIFICADA
S530 LUXACAO DA CABECA DO RADIO

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CID Nomenclatura
S531 LUXACAO DO COTOVELO NAO ESPECIFICADA
S532 RUPTURA TRAUMATICA DO LIGAMENTO COLATERAL DO RADIO
S533 RUPTURA TRAUMATICA DO LIGAMENTO COLATERAL DO CUBITO (ULNA)
S534 ENTORSE E DISTENSAO DO COTOVELO
S581 AMPUTACAO TRAUMATICA DO ANTEBRACO ENTRE O COTOVELO EO PUNHO
S620 FRATURA DO OSSO NAVICULAR (ESCAFOIDE) DA MAO
S621 FRATURA DE OUTRO(S) OSSO(S) DO CARPO
S622 FRATURA DO PRIMEIRO METACARPIANO
S623 FRATURA DE OUTROS OSSOS DO METACARPO
S624 FRATURAS MULTIPLAS DE OSSOS METACARPIANOS
S625 FRATURA DO POLEGAR
S626 FRATURA DE OUTROS DEDOS
S627 FRATURAS MULTIPLAS DE DEDO(S)
S628 FRATURAS DE OUTRAS PARTES E DE PARTES NAO ESPECIFICADAS DO PUNHO E DA MAO
S630 LUXACAO DO PUNHO
S631 LUXACAO DO DEDO
S633 RUPTURA TRAUMATICA DE LIGAMENTO(S) DO PUNHO E DO CARPO
RUPTURA TRAUMATICA DO LIGAMENTO DO DEDO NAS ARTICULACOES
S634 METACARPOFALANGIANAS E INTERFALANGIANAS
S635 ENTORSE E DISTENSAO DO PUNHO
S636 ENTORSE E DISTENSAO DO(S) DEDO(S)
S720 FRATURA DO COLO DO FEMUR
S721 FRATURA PERTROCANTERICA
S723 FRATURA DA DIAFISE DO FEMUR
S724 FRATURA DA EXTREMIDADE DISTAL DO FEMUR
S727 FRATURAS MULTIPLAS DO FEMUR
S728 FRATURAS DE OUTRAS PARTES DO FEMUR
S729 FRATURA DO FEMUR PARTE NAO ESPECIFICADA
S730 LUXACAO DA ARTICULACAO DO QUADRIL
S820 FRATURA DA ROTULA (PATELA)
S821 FRATURA DA EXTREMIDADE PROXIMAL DA TIBIA
S822 FRATURA DA DIAFISE DA TIBIA
S823 FRATURA DA EXTREMIDADE DISTAL DA TIBIA
S824 FRATURA DO PERONIO (FIBULA)
S825 FRATURA DO MALEOLO MEDIAL
S826 FRATURA DO MALEOLO LATERAL
S827 FRATURAS MULTIPLAS DA PERNA
S828 FRATURA DE OUTRAS PARTES DA PERNA
S829 FRATURA DA PERNA PARTE NAO ESPECIFICADA
S830 LUXACAO DA ROTULA (PATELA)
S831 LUXACAO DO JOELHO
S832 RUPTURA DO MENISCO ATUAL
S833 RUPTURA ATUAL DA CARTILAGEM DA ARTICULACAO DO JOELHO
ENTORSE E DISTENSAO ENVOLVENDO LIGAMENTO COLATERAL (PERONIAL) (TIBIAL) DO
S834 JOELHO
ENTORSE E DISTENSAO ENVOLVENDO LIGAMENTO CRUZADO (ANTERIOR) (POSTERIOR)
S835 DO JOELHO
S836 ENTORSE E DISTENSAO DE OUTRAS PARTES E DAS NAO ESPECIFICADAS DO JOELHO
S837 TRAUMATISMO DE ESTRUTURAS MULTIPLAS DO JOELHO

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CID Nomenclatura
S880 AMPUTACAO TRAUMATICA AO NIVEL DO JOELHO
S881 AMPUTACAO TRAUMATICA ENTRE O JOELHO E O TORNOZELO
S889 AMPUTACAO TRAUMATICA DA PERNA AO NIVEL NAO ESPECIFICADO
S920 FRATURA DO CALCANEO
S921 FRATURA DO ASTRAGALO
S922 FRATURA DE OUTROS OSSOS DO TARSO
S923 FRATURA DE OSSOS DO METATARSO
S924 FRATURA DO HALUX
S925 FRATURA DE OUTRO ARTELHO
S927 FRATURAS MULTIPLAS DO PE
S929 FRATURA DO PE NAO ESPECIFICADA
S930 LUXACAO DA ARTICULACAO DO TORNOZELO
S931 LUXACAO DO(S) ARTELHO(S)
S932 RUPTURA DE LIGAMENTOS AO NIVEL DO TORNOZELO E DO PE
S933 LUXACAO DE OUTRAS PARTES E DAS NAO ESPECIFICADAS DO PE
S934 ENTORSE E DISTENSAO DO TORNOZELO
S935 ENTORSE E DISTENSAO DO(S) ARTELHO(S)
S936 ENTORSE E DISTENSAO DE OUTRAS PARTES E DE PARTES NAO ESPECIFICADAS DO PE
S50- S59 TRAUMATISMOS DO COTOVELO E DO ANTEBRAÇO
S60-S69 TRAUMASTIMOS DO PUNHO E DA MÃO
S80- S89 TRAUMATIMOS DO JOELHO E DA PERNA
S70- S79 TRAUMASTIMOS DO QUADRIL E DA COXA
Z98.1 ARTRODESE
Z98.8 OUTROS ESTADOS POS CIRURGICOS ESPECÍFICOS
T13- T13.9 OUTROS TRAUMASTIMOS DO MEMBRO INFERIOR NÃO ESPECIFICADO
S50- S50.9 TRAUMASTIMO SUPERFICIAL DO COTOVELO E ANTEBRAÇO
M66.0- M66.5 RUPTURA ESPONTANEA DE SINÓVIA E TENDÃO

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FISIOTERAPIA ORTOPÉDICA

 Quem pode encaminhar?


- Médicos do Sistema Único de Saúde, mediante avaliação da
incapacidade funcional da Cruz Vermelha Espanhola

Pessoas que tenham sofrido trauma (pós cirurgia ou fratura), nos últimos 6
meses; podendo se estender até 1 ano caso tenha sido liberada tardiamente
pelo médico para reabilitação.

 Pessoas com quadros ortopédicos pós trauma, com lesão acima de 6


meses
 Pessoas com quadros osteomioarticulares, com funcionalidade graus 3
ou 4 da Escala de Avaliação da Incapacidade Funcional da Cruz
Vermelha Espanhola, abaixo. O grau de incapacidade funcional deverá
constar obrigatoriamente na justificativa do encaminhamento, bem como
a descrição da incapacidade.

Escala de Avaliação da Incapacidade Funcional da Cruz Vermelha Espanhola

Grau Descrição da Condição de Mobilidade

0 Vale-se totalmente por si mesmo. Caminha normalmente

Realiza suficientemente as Atividades da Vida Diária (AVD).


1
Apresenta algumas dificuldades para locomoções complicadas.

Apresenta algumas dificuldades nas AVD, necessitando apoio


2
ocasional. Caminha com ajuda de bengala ou similar.

Apresenta graves dificuldades nas AVD, necessitando de apoio em quase todas.


3
Caminha com muita dificuldade, ajudado por pelo menos uma pessoa.

Impossível realizar, sem ajuda, qualquer das AVD; capaz de caminhar com
4
extraordinária dificuldade, ajudado por pelo menos duas pessoas.

5 Imobilizado na cama ou sofá, necessitando de cuidados contínuos.

15
RELAÇÃO DE CIDS COMPATÍVEIS COM A FISIOTERAPIA ORTOPÉDICA

CID Nomenclatura
G560 SINDROME DO TUNEL DO CARPO
M069 ARTRITE REUMATOIDE NAO ESPECIFICADA
M109 GOTA NAO ESPECIFICADA
M139 ARTRITE NAO ESPECIFICADA
M150 (OSTEO)ARTROSE PRIMARIA GENERALIZADA
M159 POLIARTROSE NAO ESPECIFICADA
M169 COXARTROSE NAO ESPECIFICADA
M170 GONARTROSE PRIMARIA BILATERAL
M175 OUTRAS GONARTROSES SECUNDARIAS
M179 GONARTROSE NAO ESPECIFICADA
M190 ARTROSE PRIMARIA DE OUTRAS ARTICULACOES
M198 OUTRAS ARTROSES ESPECIFICADAS
M199 ARTROSE NAO ESPECIFICADA
M201 HALLUX VALGO (ADQUIRIDO)
M212 DEFORMIDADE EM FLEXAO
M216 OUTRAS DEFORMIDADES ADQUIRIDAS DO TORNOZELO E DO PE
M222 TRANSTORNOS FEMUROPATELARES
M224 CONDROMALACIA DA ROTULA
M229 TRANSTORNO DA ROTULA NAO ESPECIFICADO
M232 TRANSTORNO DO MENISCO DEVIDO A RUPTURA OU LESAO ANTIGA
M233 TRANSTORNOS DO MENISCO
M238 TRANSTORNOS INTERNOS DO JOELHO
M239 TRANSTORNO INTERNO NAO ESPECIFICADO DO JOELHO
M245 CONTRATURA ARTICULAR
M249 DESARRANJO ARTICULAR NAO ESPECIFICADO
M255 DOR ARTICULAR
M257 OSTEOFITO
M258 TRANSTORNOS ARTICULARES ESPECIFICADOS
M259 TRANSTORNO ARTICULAR NAO ESPECIFICADO
M400 CIFOSE POSTURAL
M401 OUTRAS CIFOSES SECUNDARIAS
M402 OUTRAS CIFOSES E AS NAO ESPECIFICADAS
M403 SINDROME DA RETIFICACAO DA COLUNA VERTEBRAL
M404 OUTRAS LORDOSES
M405 LORDOSE NAO ESPECIFICADA
M411 ESCOLIOSE IDIOPATICA JUVENIL
M412 OUTRAS ESCOLIOSES IDIOPATICAS
M413 ESCOLIOSE TORACOGENICA
M415 OUTRAS ESCOLIOSES SECUNDARIAS
M419 ESCOLIOSE NAO ESPECIFICADA
M430 ESPONDILOLISE
M431 ESPONDILOLISTESE
M436 TORCICOLO

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CID Nomenclatura
M479 ESPONDILOSE NAO ESPECIFICADA
M500 TRANSTORNO DO DISCO CERVICAL COM MIELOPATIA
M501 TRANSTORNO DO DISCO CERVICAL COM RADICULOPATIA
M502 OUTRO DESLOCAMENTO DE DISCO CERVICAL
M503 OUTRA DEGENERACAO DE DISCO CERVICAL
M508 TRANSTORNOS DE DISCOS CERVICAIS
M509 TRANSTORNO NAO ESPECIFICADO DE DISCO CERVICAL
TRANSTORNOS DE DISCOS LOMBARES E DE OUTROS DISCOS INTERVERTEBRAIS COM
M510
MIELOPATIA
TRANSTORNOS DE DISCOS LOMBARES E DE OUTROS DISCOS INTERVERTEBRAIS COM
M511
RADICULOPATIA
M512 OUTROS DESLOCAMENTOS DISCAIS INTERVERTEBRAIS ESPECIFICADOS
M513 OUTRA DEGENERACAO ESPECIFICADA DE DISCO INTERVERTEBRAL
M514 NODULOS DE SCHMORL
M518 TRANSTORNOS ESPECIFICADOS DE DISCOS INTERVERTEBRAIS
M519 TRANSTORNO NAO ESPECIFICADO DE DISCO INTERVERTEBRAL
M530 SINDROME CERVICOCRANIANA
M531 SINDROME CERVICOBRAQUIAL
M532 INSTABILIDADES DA COLUNA VERTEBRAL
M538 OUTRAS DORSOPATIAS ESPECIFICADAS
M539 DORSOPATIA NAO ESPECIFICADA
M541 RADICULOPATIA
M542 CERVICALGIA
M543 CIATICA
M544 LUMBAGO COM CIATICA
M545 DOR LOMBAR BAIXA
M546 DOR NA COLUNA TORACICA
M548 OUTRA DORSALGIA
M549 DORSALGIA NAO ESPECIFICADA
M624 CONTRATURA DE MUSCULO
M626 DISTENSAO MUSCULAR
M653 DEDO EM GATILHO
M654 TENOSSINOVITE ESTILOIDE RADIAL (DE QUERVAIN)
M658 OUTRAS SINOVITES E TENOSSINOVITES
M659 SINOVITE E TENOSSINOVITE NAO ESPECIFICADAS
M671 OUTRA CONTRATURA DE TENDAO (BAINHA)
M679 TRANSTORNO NAO ESPECIFICADO DA SINOVIA E DO TENDAO
M680 SINOVITE E TENOSSINOVITE EM DOENCAS BACTERIANAS CLASSIFICADA
M700 SINOVITE CREPITANTE CRONICA DA MAO E DO PUNHO
M701 BURSITE DA MAO
M702 BURSITE DO OLECRANO
M703 BURSITES DO COTOVELO
M704 BURSITE PRE-PATELAR
M705 BURSITES DO JOELHO
M706 BURSITE TROCANTERICA

17
CID Nomenclatura
M707 BURSITES DO QUADRIL
TRANSTORNO NAO ESPECIFICADO DOS TECIDOS MOLES RELACIONADOS COM O USO
M709
EXCESSIVO E PRESSAO
M712 CISTO SINOVIAL DO ESPACO POPLITEO (BAKER)
M719 BURSOPATIA NAO ESPECIFICADA
M722 FIBROMATOSE DA FASCIA PLANTAR
M750 CAPSULITE ADESIVA DO OMBRO
M751 SINDROME DO MANGUITO ROTADOR
M752 TENDINITE BICEPITAL
M753 TENDINITE CALCIFICANTE DO OMBRO
M754 SINDROME DE COLISAO DO OMBRO
M755 BURSITE DO OMBRO
M758 OUTRAS LESOES DO OMBRO
M759 LESAO NAO ESPECIFICADA DO OMBRO
M765 TENDINITE PATELAR
M766 TENDINITE AQUILEANA
M767 TENDINITE DO PERONEO
M769 ENTESOPATIA DO MEMBRO INFERIOR NAO ESPECIFICADA
M770 EPICONDILITE MEDIAL
M771 EPICONDILITE LATERAL
M773 ESPORAO DO CALCANEO
M774 METATARSALGIA
M775 OUTRA ENTESOPATIA DO PE
M778 OUTRAS ENTESOPATIAS NAO CLASSIFICADAS EM OUTRA PARTE
M779 ENTESOPATIA NAO ESPECIFICADA
M791 MIALGIA
M796 DOR EM MEMBRO
M797 FIBROMIALGIA
M799 TRANSTORNO DOS TECIDOS MOLES NAO ESPECIFICADO
M819 OSTEOPOROSE NAO ESPECIFICADA
M848 TRANSTORNOS DA CONTINUIDADE DO OSSO
M898 TRANSTORNOS ESPECIFICADOS DO OSSO
M939 OSTEOCONDROPATIAS NAO ESPECIFICADA
M942 CONDROMALACIA

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ÓRTESES, PRÓTESES E MEIOS AUXILIARES DE LOCOMOÇÃO (FÍSICAS) –
OPM FÍSICA

As OPM constituem importantes ferramentas do processo terapêutico,


contribuindo fundamentalmente na superação de barreiras, devendo ser prescritas de
forma individualizada por profissional capacitado. É essencial que o processo de
habilitação/reabilitação garanta o devido treino e adaptação às OPM bem como orientar
adaptações e substituições sempre que necessário.

 Quem pode encaminhar?


- Médicos, fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais do Sistema Único de
Saúde

Pessoas com deficiência física cuja funcionalidade possa melhorar com o uso
de Órteses, Próteses ou Meio auxiliar de Locomoção.

Só serão concedidas as OPM constantes do rol de procedimentos do SUS.

O encaminhamento deve incluir breve relatório e indicar o tipo de OPM sugerida.

Para próteses de membros inferiores, o médico deve autorizar explicitamente o


uso.

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REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Saúde. Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência no âmbito


do SUS. Instrutivos de reabilitação auditiva, física, intelectual e visual. 2014. Disponível
em: https://saude.rs.gov.br/upload/arquivos/carga20171051/20165156-instrutivo-
reabilitacao-rede-pcd-saips-01-06-14-ft.pdf

SÃO PAULO. Prefeitura. Diretrizes para a organização das ações de reabilitação na


rede de cuidados à pessoa com deficiência. 2016. 123p. Disponível em:
https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/saude/doc_norteador_%202
016_25_03_2019.pdf

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