Testes Neuropsicologicos 01

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Disciplina |

Introdução

DISCIPLINA
TESTES NEUROPSICOLÓGICOS
AULA 01

Componentes e Dimensões da
Avaliação Psicológica

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Introdução à Neuroquímica |

Sumário

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G892

GRUPO FOCUS DE EDUCAÇÃO. Ciências Neurológicas e Neurociências Cognitivas: Fundamentos


das Neurociências / Org. Vitor Matheus Krewer. – Cascavel: Grupo Focus de Educação, Focus,
2023.

19 P.

1. Neurociências. I. Krewer, Vitor Matheus. II. Título.

CDD 23 ed.: 612.8

Material didático elaborado pela equipe de Engenharia e Gestão do Conhecimento do Grupo


Focus de Educação sob solicitação do CENES – Centro de Estudos de Especialização e
Extensão.

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Cascavel - PR, 85801-050
Tel: (45) 3040-1010
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Sumário

Sumário
Sumário ----------------------------------------------------------------------------------------------------- 3
Introdução -------------------------------------------------------------------------------------------------- 4
1 Avaliação Psicológica: Componentes Elementares----------------------------------------- 4
1.1 Medida--------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 6
1.1.1 Axiomas da Identidade----------------------------------------------------------------------------------------------------- 6
1.1.2 Axiomas da Ordem ---------------------------------------------------------------------------------------------------------- 7
1.1.3 Axiomas da Aditividade ---------------------------------------------------------------------------------------------------- 7
1.2 Instrumento -------------------------------------------------------------------------------------------------------- 7
1.2.1 Elaboração e Análise de Itens ------------------------------------------------------------------------------------------ 10
1.2.2 Estudos da Validade ------------------------------------------------------------------------------------------------------ 11
1.2.3 Precisão ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 11
1.2.4 Padronização --------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 11
1.2.5 Correspondência à Realidade Social --------------------------------------------------------------------------------- 12
1.3 Processo de Avaliação ----------------------------------------------------------------------------------------- 12
1.3.1 Recursos Utilizados em Avaliação Psicológica --------------------------------------------------------------------- 13

2 Dimensões da Avaliação Psicológica ---------------------------------------------------------- 18


2.1 Dimensão Técnica ---------------------------------------------------------------------------------------------- 18
2.2 Dimensão Relacional ------------------------------------------------------------------------------------------- 19
2.3 Dimensão Ética -------------------------------------------------------------------------------------------------- 19
2.4 Dimensão Legal -------------------------------------------------------------------------------------------------- 19
2.5 Dimensão Profissional ----------------------------------------------------------------------------------------- 20
2.6 Dimensão Social ------------------------------------------------------------------------------------------------- 20
Conclusão -------------------------------------------------------------------------------------------------- 20
Referências ------------------------------------------------------------------------------------------------ 21

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Introdução

Introdução

Na avaliação psicológica existe a combinação de três componentes


interrelacionados: a medida, o instrumento e o processo de avaliação. Além desses
aspectos da avaliação, é relevante compreender as suas dimensões — técnicas,
relacionais, éticas, legais, profissionais e sociais — visando garantir a integridade,
validade e eficácia do processo avaliativo, bem como assegurar o bem-estar e os
direitos dos indivíduos avaliados.

Ressaltamos que estes componentes e dimensões não somente se aplicam à


avaliação psicológica, mas também as suas modalidades, como a avaliação
neuropsicológica. Ao longo deste capítulo, apresentamos cada um desses itens, tendo
em consideração que a compreensão da inter-relação dos componentes da avaliação
psicológica — a medida, o instrumento e o processo de avaliação — possibilita uma
visão geral desse processo, uma vez que nenhuma etapa funciona isoladamente.

1 Avaliação Psicológica: Componentes Elementares

Atualmente, existem diversos recursos para avaliar uma variedade de construtos


psicológicos, englobando comportamentos, sentimentos, processos cognitivos,
sintomas, valores e atitudes. Há ferramentas de avaliação até mesmo para conceitos
de campos tradicionalmente resistentes à padronização, como a psicanálise. O
surgimento de novas metodologias favoreceu o desenvolvimento de medidas não
invasivas e técnicas mais precisas, como as entrevistas semiestruturadas, ampliando a
eficácia do psicodiagnóstico. Tais inovações fortaleceram a capacidade de avaliação e
diagnóstico na Psicologia, cuja aplicação se estende por inúmeros contextos —
hospitais, escolas, empresas e muitos outros campos de atuação psicológica
(TAVARES, 2010).

Em todos os lugares onde a avaliação psicológica se faz presente, ela


pode ser utilizada para ajudar pessoas ou ser um instrumento de
exclusão. O resultado de avaliações pode trazer notícias que abrem
oportunidades para as pessoas, mas também pode trazer informações
que não são nem bem-vindas nem desejadas. O uso dos testes de
avaliação pode promover o desejo de autoconhecimento e favorecer a
autoimagem; pode também ter efeitos deletérios ou iatrogênicos. Esse
uso pode estigmatizar uma pessoa e marcá-la por toda uma vida

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Avaliação Psicológica: Componentes Elementares

(TAVARES, 2010, p. 36).

A avaliação psicológica envolve a compreensão de fenômenos e processos


psicológicos através de métodos diagnósticos e prognósticos, bem como a utilização
de técnicas de exame específicas para medir ou quantificar esses fenômenos e
processos psicológicos já identificados. A avaliação psicológica é um processo
fundamentado na mensuração de fenômenos e processos psicológicos, e nas
características dos comportamentos humanos, utilizando instrumentos ou testes
objetivamente definidos. Esses instrumentos demandam uma elaboração cuidadosa e
são fundamentais tanto em avaliações clínicas quanto em pesquisas. Para serem
considerados adequados, é imprescindível o atendimento a determinados critérios
técnicos (ALCHIERI; CRUZ, 2009).

Testes e avaliações não são sinônimos.


Os testes são uma das ferramentas usadas no processo de avaliação.
Avaliar é muito mais do que aplicar testes.
Avaliar é um processo dinâmico. (MACHADO; MORONA, 2007, p. 15).

Alchieri e Cruz (2009) pontuam que a avaliação psicológica pode ser descrita
como a combinação de três componentes interrelacionados: a medida, o
instrumento e o processo de avaliação (Figura 1). Cada um desses elementos tem
sua própria base teórica e metodológica, contribuindo para a compreensão dos
fenômenos ou processos psicológicos. A seguir, são apresentados cada um desses
elementos.

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Avaliação Psicológica: Componentes Elementares

Figura 1 – Componentes da avaliação psicológica

Fonte: Núcleo editorial

1.1 Medida

Toda avaliação consiste em comparar um objeto com outro, sendo assim, ela
funciona como uma mensuração e precisa refletir com precisão a validade entre o
fenômeno e os fundamentos da linguagem matemática. A realização de operações
científicas para analisar fenômenos e processos psicológicos implica que uma das
abordagens mais objetivas para observação e avaliação é por meio da medida. É
justificável empregar a linguagem matemática para representar fenômenos
psicológicos, desde que se respeitem suas definições operacionais, ou axiomas. Esses
axiomas são divididos em três categorias principais: identidade, ordem e aditividade
(ALCHIERI; CRUZ, 2009).

1.1.1 Axiomas da Identidade

Os axiomas da identidade dizem respeito à noção de que um objeto ou


entidade é único, igual a si mesmo e distinto de todos os outros, baseando-se em suas
próprias características. Na matemática, essa ideia é a mesma para os números, onde
cada número é único, igual a si mesmo e representa um valor específico. Se a aplicação
dessa lógica for adequada na representação de fenômenos psicológicos, pode-se
atribuir a eles a mesma unicidade e especificidade que caracterizam os números.
Sendo assim, os axiomas da identidade possibilitam a nomeação e a expressão

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Avaliação Psicológica: Componentes Elementares

nominal das variáveis em estudo (ALCHIERI; CRUZ, 2009).

1.1.2 Axiomas da Ordem

Os axiomas da ordem estabelecem que os números, além de serem distintos


entre si, conforme a noção dos axiomas da identidade, também podem ser
diferenciados e organizados com base em suas quantidades, grandezas e magnitudes.
Isso significa que os números podem ser sequencialmente arranjados de forma
hierárquica e invariável, originando uma escala ascendente conforme seus valores
intrínsecos. Essa lógica estruturada dos números facilita a realização de operações de
ordenação em variáveis, permitindo a classificação e comparação de elementos com
base em seus atributos quantitativos (ALCHIERI; CRUZ, 2009).

1.1.3 Axiomas da Aditividade

Os axiomas da aditividade propõem que os números têm a propriedade de


serem aditivos, isto é, podem ser somados para resultar em um terceiro número, que
é a soma exata das magnitudes dos dois primeiros. Esta propriedade é uma aplicação
prática e empírica, e ao usarmos números para descrição de fenômenos através da
medida, essa representação precisa estar alinhada, no mínimo, a um dos grupos de
axiomas mencionados anteriormente para ser considerada logicamente válida. De
acordo com essa lógica, a representação de um maior número de axiomas no processo
de medição confere mais utilidade e precisão à descrição e representação da realidade
empírica (ALCHIERI; CRUZ, 2009).

1.2 Instrumento

Um instrumento pode ser descrito como um meio que amplia nossa capacidade
de estender nossa ação ao meio, ajudando a superar limitações na busca investigativa
e observacional, otimizando assim a coleta de dados e aprimorando os resultados
obtidos. Na investigação psicológica estes instrumentos são denominados de testes
psicológicos. Esses testes são ferramentas padronizadas e objetivas usadas em
avaliação psicológica para mensurar comportamentos específicos, fornecendo
informações sobre a organização normal ou desvios patológicos dos
comportamentos. Essas ferramentas baseiam-se em construtos teóricos e
metodologias científicas para avaliar e quantificar comportamentos observáveis

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Avaliação Psicológica: Componentes Elementares

(ALCHIERI; CRUZ, 2009).

Werlang, Villemor-Amaral e Nascimento (2010) consideram os testes


psicológicos como instrumentos mediante os quais é possível obter uma amostra do
comportamento do indivíduo em um domínio específico, o qual é avaliado e
pontuado a partir de procedimentos estandardizados e pautados em evidências
empíricas de fidedignidade e validade.

Os testes psicológicos são procedimentos sistemáticos de observação e


registro de amostras de comportamentos respostas de indivíduos com o
objetivo de descrever e/ou mensurar características e processos
psicológicos, compreendidos tradicionalmente nas áreas emoção/afeto,
cognição/inteligência, motivação, personalidade, psicomotricidade,
atenção, memória, percepção, dentre outras, nas suas mais diversas
formas de expressão, segundo padrões definidos pela construção dos
instrumentos (Resolução CFP 002/2003).

Tendo em consideração essas definições, Tavares (2010) cita um exemplo em


relação as possíveis inferências sobre determinados aspectos da vida psíquica de um
indivíduo. Ao comparar operações matemáticas em um exame escolar com aquelas
presentes em um teste de inteligência, nota-se diferenças significativas. Enquanto o
exame escolar tem como foco a avaliação do conhecimento adquirido em um tópico
específico, um teste psicológico utiliza operações matemáticas como uma ferramenta
para explorar e deduzir aspectos fundamentais das funções mentais e da inteligência.
Além disso, o teste psicológico tem como objetivo a contextualização dos resultados
e seus impactos na vida cotidiana do indivíduo, destacando como determinado traço
pode influenciar positiva ou negativamente em diferentes contextos (TAVARES, 2010).

Machado e Morona (2007) evidenciam que o teste permite ao profissional


verificar o comportamento de forma padronizada e supor se os comportamentos
observados durante a execução encontram-se, segundo o próprio teste, em
consonância com as condições observadas na população normal pesquisada.

De acordo com Alchieri e Cruz (2009), os testes psicológicos exploram o


comportamento humano utilizando uma variedade de técnicas, cuja escolha depende
do objetivo específico da avaliação. Cada teste possui uma abordagem metodológica
específica, projetada para controlar e eliminar possíveis variáveis perturbadoras,
garantindo resultados que reflitam fielmente as condições do quadro do indivíduo
avaliado. Para serem considerados confiáveis e válidos, esses testes devem passar por

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Avaliação Psicológica: Componentes Elementares

rigorosos procedimentos metodológicos que comprovem sua precisão, eficácia e


eficiência.

A psicometria, conforme pontua Alchieri e Cruz (2009), é uma especialidade da


psicologia dedicada ao aprimoramento das propriedades dos testes psicológicos,
interagindo com várias disciplinas, incluindo estatística, psicologia experimental,
metodologia e computação. Essa integração contribui para o desenvolvimento e a
validação de instrumentos de avaliação mais precisos e confiáveis.

Para assegurar a qualidade e a aplicabilidade segura de um instrumento ou teste


psicológico, Alchieri e Cruz (2009) ressaltam quatro condições a serem atendidas: a
elaboração e análise de itens, estudos da validade, da precisão e de padronização.
Além dessas etapas, Machado e Morona (2007) mencionam a correspondência à
realidade social. Essas etapas são fundamentais para garantir que o instrumento
forneça resultados confiáveis e válidos, contribuindo para uma avaliação psicológica
precisa e eficaz (MACHADO, MORONA, 2007; ALCHIERI; CRUZ, 2009). Descrevemos, a
seguir, cada uma dessas etapas.

Breve histórico dos testes psicológicos

O final do século XVIII e início do XIX foi um período marcado pela


ascensão dos procedimentos humanitários para o cuidado apropriado
das pessoas com problemas mentais, o que foi acompanhado da melhora
das condições dos locais em que esses indivíduos viviam. Nessa época,
havia cientistas que se preocupavam com a mensuração das diferenças
individuais e outros que entendiam que o foco deveria ser o que havia de
comum entre as pessoas e nas descrições generalizadas do
comportamento. Foi nesse contexto que surgiram os primeiros testes
psicológicos (WERLANG; VILLEMOR-AMARAL; NASCIMENTO, 2010).

Segundo os autores, com o progresso dos testes, os psicólogos


passaram a aferir quantitativamente características individuais e, desse
modo, atender à demanda da área da educação, primeiramente por meio
da avaliação da capacidade intelectual, do rendimento escolar, das
aptidões e de indicadores das desadaptações infantis. Já no início do
século XX, esses profissionais já tinham à disposição testes psicológicos
que se concentravam principalmente em atividades de classificação,
centralizando suas conclusões sobre diferentes comportamentos
fundamentados nos resultados objetivos dos testes. A partir dos avanços

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Avaliação Psicológica: Componentes Elementares

no entendimento da doença mental e da psicopatologia, juntamente com


o enfoque psicodinâmico como modelo de compreensão do psiquismo,
surgiu o interesse em desenvolver instrumentos que oferecessem uma
visão dinâmica e integrassem aspectos qualitativos do mundo subjetivo.
Isso levou ao desenvolvimento dos testes projetivos, que possibilitaram
avaliar a personalidade como um fenômeno dinâmico e global. Esses
instrumentos provocaram mudanças na abordagem profissional em
relação à avaliação psicológica e seus objetivos.

Os testes projetivos foram predominantes até a década de 1940,


até surgirem outras técnicas para investigar a personalidade, dentro de
uma perspectiva psicométrica. Em razão das diversas técnicas de
avaliação existentes, a literatura especializada buscou classificar as
técnicas de avaliação em três abordagens: expressivas, projetivas e
psicométricas. Entretanto, o conhecimento dos comportamentos
adaptativos, expressivos e projetivos, de forma independente,
possibilitado por essa técnica, raramente se apresentam isoladamente no
indivíduo. Em vista disso, nenhuma técnica pode ser considerada de um
tipo exclusivo, caracterizando-se pela predominância do tipo de
comportamento eliciado/emitido (WERLANG; VILLEMOR-AMARAL;
NASCIMENTO, 2010).

Os testes psicológicos, independentemente de sua natureza,


atenderam de forma rápida às necessidades sociais, sendo incorporados
nos contextos militares, industriais e institucionais. O progresso da ciência
psicológica e o fortalecimento dos fundamentos para o desenvolvimento
de testes impulsionaram sua ampla utilização até a metade do século XX.
No entanto, com a difusão de novas abordagens teóricas cresceram as
preocupações com a qualidade desses instrumentos e seu uso excessivo,
levando a crises na década de 1950. Apesar das críticas, os testes
continuaram a ser utilizados e, a partir dos anos 1980, foi estabelecido
que, quando bem-organizados e utilizados, os testes contribuem para a
compreensão do funcionamento psicológico do indivíduo (WERLANG;
VILLEMOR-AMARAL; NASCIMENTO, 2010).

1.2.1 Elaboração e Análise de Itens

Nessa etapa, questões individuais de um teste são criadas e avaliadas para

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Avaliação Psicológica: Componentes Elementares

assegurar que representem adequadamente o comportamento ou atributo a ser


medido. Esse processo visa garantir uma representação abrangente das diversas
manifestações possíveis do atributo, evitando a exclusão de características
importantes. Durante a análise, avalia-se a contribuição de cada item no que se refere
a uma avaliação precisa do comportamento em questão e se todos os aspectos
comportamentais do fenômeno estão sendo contemplados. Nessa fase, pode ocorrer
o descarte de muitos itens se não atenderem aos critérios necessários, garantindo
assim a qualidade e eficácia do teste (ALCHIERI; CRUZ, 2009).

1.2.2 Estudos da Validade

A segunda etapa consiste na verificação da validade, ou seja, confirmar se o


teste realmente mensura o comportamento que se propõe a avaliar. Essa etapa se
divide em validade lógica, pautada na avaliação teórica e conceitual do teste, e
validade empírica, fundamentada nas respostas dos participantes. Assegurar a
validade garante que o teste reflita acuradamente o comportamento desejado,
abranja suas diversas manifestações, seja equivalente a outras avaliações similares e
tenha capacidade preditiva (ALCHIERI; CRUZ, 2009).

1.2.3 Precisão

Após a análise de itens e validação do teste, deve-se avaliar sua precisão ou


fidedignidade, de modo a assegurar a consistência e estabilidade das respostas dos
participantes, garantindo que as medições não sejam afetadas por variáveis externas.
Esse processo, apoiado por técnicas estatísticas e metodológicas, requer a
comparação dos resultados do teste com outras avaliações similares e entre diferentes
grupos de respondentes. Isso é importante para calibrar o instrumento e ajustá-lo à
forma específica de avaliação, consolidando sua confiabilidade (ALCHIERI; CRUZ,
2009).

1.2.4 Padronização

Após cumprir as etapas anteriores, é realizada a normatização do teste, de


modo a estabelecer padrões para sua utilização e apresentação, definir critérios de
aplicação e classificação dos resultados. Essa etapa envolve desde a formatação física
do teste até a determinação do público-alvo e modo de aplicação, além de estabelecer

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Avaliação Psicológica: Componentes Elementares

como os resultados serão interpretados e categorizados. É importante que essas


normas sejam sempre atualizadas para refletir possíveis variações culturais e garantir
a precisão e confiabilidade do teste. Uma vez cumpridas essas condições, o
instrumento pode ser considerado um teste psicológico seguro para avaliar
fenômenos psicológicos (ALCHIERI; CRUZ, 2009).

1.2.5 Correspondência à Realidade Social

O teste empregado deve ser compatível com o contexto em que é utilizado,


espelhando as realidades sociais, econômicas e políticas do Brasil. Nesse sentido,
simplesmente traduzir testes para o português não os torna apropriados para uso na
Psicologia. É primordial que esses instrumentos passem por um processo de pesquisa,
envolvendo estudos e aplicações em populações específicas, de modo a se tornarem
adequados para a população brasileira (MACHADO; MORONA, 2007).

1.3 Processo de Avaliação

A avaliação psicológica depende da compreensão clara dos objetivos, da


habilidade do avaliador em selecionar as estratégias e procedimentos (recursos
metodológicos e técnicos) mais adequados. O foco deve ser a criação de condições
que não apenas gerem conhecimento, mas também contribuam para avanços na
psicologia e benefícios sociais (ALCHIERI; CRUZ, 2009).

Para o estudo dos fenômenos e processos psicológicos, segundo Alchieri e Cruz


(2009), é possível empregar diversos métodos e fontes de conhecimento, advindos da
Psicologia e de outras áreas. Um aspecto fundamental, apontado pelos autores, é o
reconhecimento da complexidade das situações investigativas, que envolvem fatores
comportamentais, ambientais, organizacionais e tecnológicos interrelacionados.
Compreender essas conexões e particularidades é essencial para entender seu
impacto significativo na saúde física e mental das pessoas.

Ao partir de uma situação concreta, o profissional trabalha intensamente com


variáveis de pronto observáveis e algumas nem sempre acessíveis, por conta das
características do fenômeno investigado. Diante disso, é possível questionar-se sobre
as possibilidades de medir fenômenos e processos psicológicos, o que talvez possa
ser respondido considerando a suficiência de interesse e motivação para estudar a
realidade dos problemas psicológicos, bem como as formas de mensuração possíveis
de serem construídas com base no conhecimento técnico (ALCHIERI; CRUZ, 2009).

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Avaliação Psicológica: Componentes Elementares

Conforme afirmam os autores, a ciência psicológica, principalmente as áreas


relacionadas à avaliação psicológica, acumulou uma grande quantidade de
informações sobre métodos e técnicas de observação e medição. Esses recursos estão
sistematicamente documentados na literatura, proporcionando meios teóricos e
práticos necessários para mensurar fenômenos e processos psicológicos
adequadamente.

1.3.1 Recursos Utilizados em Avaliação Psicológica

Muitas vezes, a avaliação psicológica é erroneamente associada apenas ao uso


de testes, levando a uma percepção restrita e instrumental do processo. Essa visão
limita a compreensão da avaliação a algo que pode ser conduzido exclusivamente
com ou sem o uso de ferramentas específicas (ALCHIERI; CRUZ, 2009).

Para compreender os aspectos envolvidos na questão instrumental e processual


da avaliação, os autores apresentam alguns pontos de caracterização dos aspectos
instrumentais da avaliação psicológica: características do processo de avaliação,
categorização dos testes e características psicométricas dos instrumentos
psicológicos, os quais são abordados em seguida, com base em Alchieri e Cruz (2009).

Características do Processo de Avaliação

As características do processo de avaliação são pautadas em três dimensões: a


observação, a inquirição e a medida de aspectos correlatos do comportamento (Figura
2), descritas, em seguida, com base em Alchieri e Cruz (2009).

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Avaliação Psicológica: Componentes Elementares

Figura 2 - Dimensões de análise do processo de avaliação psicológica

Fonte: (ALCHIERI; CRUZ, 2009).

No que se refere a dimensão observacional, tem-se como foco a manifestação


das ações e reação do indivíduo, que é o meio mais imediato de avaliar o
comportamento. Envolve a observação e categorização das atividades, como observar
o comportamento de crianças em jogos e analisar a forma, conteúdo e estrutura de
suas atividades.

A dimensão inquiridora, por seu turno, envolve a avaliação mediada pela


autopercepção do indivíduo e é expressa por meio de diálogo entre o avaliador e o
avaliado. Isso pode ser feito por diferentes meios, como questionários, entrevistas e
inventários, permitindo que o avaliado revele seu próprio entendimento de seu
comportamento.

A terceira dimensão, a medição de comportamentos correlatos, requer


procedimentos de avaliação para o comportamento desejado. Isso envolve a
utilização de testes de comportamento que representam ações, reações, condutas,

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Avaliação Psicológica: Componentes Elementares

expressões afetivas ou habilidades que o avaliador deseja verificar, mesmo antes de


sua manifestação.

Sendo assim, evidencia-se o comportamento como âmago na avaliação.

[...] a avaliação está respaldada enquanto foco de análise no


comportamento, e sobre ele se realizará as diversas formas de avaliação.
Não é viável avaliar algo que não possa necessariamente ser definido e
objetivamente representado; assim, a avaliação de funções ou aspectos
dúbios ou mesmo imprecisos, serão, a priori, erros de formulação do
contexto (ALCHIERI; CRUZ, 2009, p. 41).

Uma maneira inicial de avaliar o comportamento de uma pessoa ou grupo,


segundo os autores, é observar suas reações e padrões de ação e reação em diferentes
contextos. A observação é fundamental para a formulação de ideias e hipóteses de
trabalho. Além disso, a observação pode ser complementada com questionamentos e
investigações para compreender os motivos por trás dos comportamentos e o que
eles representam para o indivíduo ou grupo.

Alchieri e Cruz (2009) destacam que os testes em geral têm a capacidade de


medir uma ação específica, e essa medição será mais eficaz se o procedimento que se
pretende utilizar representar adequadamente a condição que está sendo medida (o
atributo que está sendo avaliado). Um aspecto primordial para a utilização de testes
refere-se ao objetivo a ser contemplado quanto a sua indicação, para isso quatro
pontos são fundamentais:

1. Para objetivar a classificação de comportamentos e ações: seleção


pessoal e diagnóstico;
2. Na busca de autocompreensão e entendimento: orientação vocacional
e aconselhamento;
3. Frente à necessidade de avaliar e modificar planos de intervenção e
tratamento, dirigidos à verificação de programas: planejamento de
ações;
4. No uso instrumental de investigação científica: testar hipóteses
(ALCHIERI; CRUZ, 2009, p. 42-43).

Categorização dos Testes

Inicialmente, é possível diferenciar os instrumentos de avaliação psicológica a

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Avaliação Psicológica: Componentes Elementares

partir da metodologia utilizada, dividindo-se em instrumentos objetivos e projetivos.


No entanto, essa distinção vai além dos tipos de testes e reflete uma caracterização
dos métodos: o nomotético, centrado em avaliações universais e expressão de
comportamento geral, e o idiográfico, centra-se no específico, no único e no singular
(ALCHIERI; CRUZ, 2009).

Os autores mencionam algumas formas de distinção, como se a expressividade


do conteúdo da resposta, em que é possível verificar a existência de testes cujas
respostas são produzidas pelo próprio avaliado ou representadas pelo instrumento.
As respostas podem ser categorizadas em expressão verbal, de execução e de escolha.
As primeiras envolvem a manifestação verbal (escrita ou falada), seja por meio de
elaboração própria ou de alternativas fornecidas. As respostas de execução
compreendem ações como marcação, assinalamento e desenhos que o avaliado
realiza sob a orientação. As respostas de escolha ocorrem quando o avaliado deve
selecionar uma alternativa dentre as oferecidas, geralmente apresentadas em formato
de múltipla escolha. Outra distinção relevante entre os tipos de testes está relacionada
à participação do avaliador no acompanhamento da produção do avaliado. Enquanto
alguns testes requerem a participação ativa e fundamental do avaliador, outros
permitem a aplicação sem que o acompanhamento seja obrigatório. Ainda, outra
possibilidade de distinção diz respeito à apresentação do instrumental, sendo na
forma isolada (teste apresentado) ou composta (escalas ou baterias de testes).

O esquema de classificação dos testes abaixo é concordante para a maioria dos


autores. Esse esquema é caracterizado por meio da expressividade do conteúdo, da
presença do avaliador e da indicação do atributo medido (Figura 3).

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Avaliação Psicológica: Componentes Elementares

Figura 3 – Categorização dos testes, de acordo com a expressividade do conteúdo, presença do


avaliador e indicação do atributo medido

Fonte: (ALCHIERI; CRUZ, 2009).

Características Psicométricas dos Instrumentos Psicológicos

Conforme Alchieri e Cruz (2009), os testes são instrumentos de medida


validados e padronizados que avaliam fenômenos psicológicos. Eles são operações
empíricas usadas pela psicologia para estudar diferentes manifestações de
comportamento humano. A construção de instrumentos psicológicos se dá a partir de
uma base teórica que sustenta sua ação e a interpretação de seus resultados. Portanto,
a escolha do instrumento a ser utilizado depende da concepção teórica do fenômeno
psicológico em avaliação, uma vez que sem uma base teórica, os resultados do teste
não passariam de números sem significado psicológico.

Uma vez que os testes psicológicos possuem as características psicométricas


básicas, podem fornecer uma avaliação cientificamente respaldada. No entanto, deve-
se ter em conta que nem todos os instrumentos atendem a todos os requisitos
necessários, daí a necessidade de avaliar em que medida o teste realmente mede o
aspecto desejado.

[...] um teste não avalia todo o comportamento de uma pessoa e, sim,


uma amostra de todos seus comportamentos possíveis, reduzidos a uma
área específica ou dentro de uma área específica. Em função disso, num
processo de avaliação psicológica pode ser utilizado mais de um teste,
por considerar-se que nenhum deles, isoladamente, proporciona
avaliação abrangente da pessoa como um todo. Por outro lado, o uso de
uma gama muito extensa de testes não se justifica, devendo-se
selecionar aqueles que melhor avaliam o que se pretende avaliar

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Dimensões da Avaliação Psicológica

(WERLANG; VILLEMOR-AMARAL; NASCIMENTO, 2010, p. 94).

Em vista disso, Alchieri e Cruz (2009) ressaltam a importância de dar prioridade


a estudos sobre as três grandes etapas das condições psicométricas: validade, precisão
e padronização do instrumento, garantindo assim uma avaliação confiável e
embasada cientificamente.

Para os testes psicológicos serem confiáveis, devem ser padronizados e


atender a requisitos de fidedignidade e validade. A padronização refere-
se à necessária existência de uniformidade tanto para a aplicação do
instrumento, como nos critérios para interpretação dos resultados
obtidos. A fidedignidade diz respeito à coerência sistemática, precisão e
estabilidade do teste, e a validade reflete se o teste mede realmente o
que pretende medir (WERLANG; VILLEMOR-AMARAL; NASCIMENTO,
2010, p. 92).

Alchieri e Cruz (2009) complementam que a seleção de instrumentos de


avaliação implica em considerar se a necessidade de avaliação se fundamenta na
investigação de aspectos normais, patológicos ou situações intermediárias a esses
comportamentos. Esse procedimento norteia a escolha do teste e da definição dos
critérios para determinar os aspectos desejados a serem avaliados.

2 Dimensões da Avaliação Psicológica

A dimensões que a avaliação psicológica atinge vão além da aplicação de testes


ou entrevistas com determinado objetivo. Trabalhar com avaliações implica no
entendimento das dimensões técnicas, relacionais, éticas, legais, profissionais e
sociais, as quais serão descritas, a seguir, com base em Machado e Morona (2007).

2.1 Dimensão Técnica

Na dimensão técnica da avaliação psicológica, é necessário um amplo


conhecimento sobre as diferentes técnicas e uma capacidade crítica em relação aos
instrumentos de avaliação utilizados. Machado e Morona (2007) evidenciam que a
formação acadêmica em psicologia, muitas vezes, se mostra insuficiente para o
completo domínio das técnicas e da autoanálise, em razão da natureza
compartimentalizada do ensino e da ênfase no aspecto técnico em detrimento do

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Dimensões da Avaliação Psicológica

científico. A prática frequentemente fica restrita ao aprendizado mecânico de


aplicação das técnicas, devendo a experiência necessária para integrar dados, analisá-
los criticamente, formular hipóteses e compreender a dinâmica inerente ao processo
de avaliação. Diante disso, cabe ao profissional aprimorar-se constantemente,
ampliando e aprofundando seus conhecimentos e habilidades.

2.2 Dimensão Relacional

A dimensão relacional revela os mecanismos de transferência e


contratransferência que inevitavelmente surgem durante a avaliação. Sem entender
adequadamente esses processos, os avaliadores correm risco de interpretar
erroneamente comportamentos como simpatia ou educação como tentativas de
manipulação ou sedução. Portanto, para uma avaliação mais precisa e menos
distorcida, é imprescindível que o profissional desenvolva uma percepção aguçada de
si mesmo e do indivíduo avaliado, o que frequentemente requer autorreflexão
constante e, comumente, acompanhamento psicoterapêutico.

2.3 Dimensão Ética

A dimensão ética é indispensável em qualquer trabalho, especialmente em


avaliações psicológicas. Esta implica o respeito ao outro, à sua dor, bem como às
responsabilidades de minimizar qualquer dano que possa surgir a partir do processo
de intervenção, mantendo-se firme nos resultados. Ademais, destaca-se a importância
de realizar entrevistas de devolução, visando proporcionar momentos significativos
de crescimento para indivíduo quando conduzida com consideração a todas as
dimensões envolvidas.

2.4 Dimensão Legal

A dimensão legal é alvo de frequentes questionamentos, envolvendo


discussões acerca dos limites da investigação da vida pessoal de indivíduos que
pretendem ter um emprego ou uma Carteira Nacional de Habilitação. Além disso, há
preocupações sobre as implicações legais de interdições familiares e o uso de técnicas
obsoletas ou inadequadas para a população brasileira, questionando-se a validade e
a legalidade dessas práticas.

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Conclusão

2.5 Dimensão Profissional

A dimensão profissional considera todas as implicações e consequências


associadas à conduta e integridade do profissional, seja durante uma avaliação, da
entrega de um laudo ou da devolução de resultados. Para isso, Machado e Morona
(2007, p. 18) apontam a necessidade de avaliar certos pontos, como

Qual é o nível de seriedade e isenção que esse profissional apresentou


para tanto? Qual é o seu posicionamento a respeito de uma avaliação
realizada pelo seu colega e que agora se encontra em suas mãos, em
grau de recurso? Prefiro agradar o meu chefe e manter o meu emprego
a ser coerente com um trabalho e uma imagem profissional? Quais as
consequências para a classe de psicólogos de um trabalho malfeito,
covarde, que cede a pressões?

2.6 Dimensão Social

A dimensão social engloba questões mais amplas relacionadas à sociedade e


às instituições. Nessa dimensão são questionados os limites do direito das instituições
de investigar a vida pessoal dos indivíduos, tanto para fins de emprego quanto para
obtenção de documentos oficiais. Além disso, considera-se a preocupação com
possíveis contribuições da avaliação para práticas segregacionistas e discriminatórias
na sociedade. Questiona-se ainda sobre os potenciais usos manipulativos da avaliação
psicológica, bem como os fins que ela pode estar sendo empregada.

Conclusão

A avaliação psicológica emerge como um instrumento vital no âmbito da


psicologia, integrando medidas, instrumentos e processos de avaliação de forma
coesa e inter-relacionada. Esses componentes trabalham juntos para garantir que a
avaliação psicológica seja realizada de forma ética, científica e eficaz, proporcionando
informações precisas e confiáveis que podem ser utilizadas para promover o bem-
estar e a compreensão do indivíduo avaliado. Somado a isso, consideram-se as
dimensões da avaliação psicológica. Considerada como uma modalidade da avaliação
psicológica, a avaliação neuropsicológica necessariamente engloba todos esses
componentes e dimensões em sua prática.

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Referências

Referências

ALCHIERI, J. C.; CRUZ, R. M. Avaliação psicológica: conceito, métodos e instrumentos.


São Paulo: Casa do Psicólogo, 2010. (Coleção Avaliação em Psicologia).

MACHADO, A. P.; MORONA, V. C. Manual de Avaliação Psicológica. Curitiba:


Unificado, 2007.

RESOLUÇÃO CFP 002/2003. Define e regulamenta o uso, a elaboração e a


comercialização de testes psicológicos.

TAVARES, M. Da ordem social da regulamentação da avaliação psicológica e do uso


dos testes. In: CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. Avaliação psicológica: diretrizes
na regulamentação da profissão. Brasília: CFP, 2010.

WERLANG, B. S. G.; VILLEMOR-AMARAL, A. E. de; NASCIMENTO, R. S. G. F. do.


Avaliação psicológica, testes e possibilidades de uso. In: CONSELHO FEDERAL DE
PSICOLOGIA. Avaliação psicológica: diretrizes na regulamentação da profissão.
Brasília: CFP, 2010.

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Referências

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