Relatorio 01 de Laboratório de Física Silvia

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Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Instituto de Física
Departamento de Física Nuclear e Altas Energias
Alunas: Rayane e Sílvia
Prof.a Márcia Begalli
Relatório 01 de Laboratório de Mecânica Fìsica I
___________________

1. Título

Experimento de movimento de corpo em queda livre

2. Objetivo

Avaliar as medidas do tempo de queda livre, a uma altura fixa, de uma bolinha até
que atinja o chão por meio de cronômetro manual, por meio de cronômetro automático
Pasco e depois variando-se a altura de queda.

3. Introdução teórica

A equação horária que descreve o movimento de queda livre de um corpo dá-se


pela equação () abaixo:

(3.1)
𝟏 𝟐
𝒚(𝒕) = 𝒚𝒐 + 𝒗𝟎 (𝒕 − 𝒕𝒐 ) + 𝟐 𝒂(𝒕 − 𝒕𝒐 )

onde:

yo = posição inicial da bolinha;

vo = velocidade inicial da bolinha;

to = tempo inicial

a = aceleração da bolinha

No movimento de queda livre a única força atuante no corpo é a gravidade, a


aceleração da gravidade 𝑔⃗ é considerada constante uma vez que a distância do corpo em
relação ao raio da Terra é ínfima.
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Os valores iniciais da condição de contorno do problema são:

yo = 0;

vo = 0;

to = 0;

a = g = 9,81 m/s2

r = 2,55 cm/2 = 0,01275 m

yo = 90 cm = 0,9 m

Segue abaixo o desenho esquemático do experimento:


y

CM
r

d = 90 cm

0
Chão

Figura 1.0 – Desenho esquemático do experimento, onde r é o raio da bolinha e d


é a distância da parte inferior da bolinha até o chão.

A origem do sistema de referência inercial utilizado coincide com o centro de


massa da bolinha.

Aplicando os valores da condição de contorno tem-se a seguinte equação horária:

(3.2)
𝟏 𝟐
𝒚(𝒕) = 𝟐 𝒈𝒕

Considerando 𝑦(𝑡) = 𝑟 + 𝑑 = 1,275 𝑐𝑚 + 90 𝑐𝑚 = 91,28 𝑐𝑚 = 0,913 𝑚

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(3.3)
𝟐𝒚(𝒕) 𝟐 ∙ 𝟎, 𝟗𝟏𝟑
𝒕 = 𝒕𝒓𝒆𝒇 = √ =√ = 𝟎, 𝟒𝟑𝟐 𝒔
𝒈 𝟗, 𝟕𝟖𝟖

Para avaliar a qualidade das medidas obtidas por um instrumento são feitas
avaliações dessas medidas com valores de referência, que são valores conhecidos, no
caso do tempo de queda, o valor de referência será o definido pela equação (3.3).

Serão calculadas as médias tm das medidas obtidas por cada instrumento, o erro
da média 𝜎𝑡 e o desvio padrão s conforme as equações abaixo para estimar o tempo
“t”:

(3.4)
∑𝑖=𝑁
𝑖=𝑖 𝑡𝑖
𝑡𝑚 =
𝑁

Onde:

tm = média das medidas de tempo

N = tamanho da amostra (quantidade de medidas)

Para estimar o tempo “t” será feita a estimativa padrão utilizando-se como erro
“𝜎𝑡 ”, que é o erro da média. Então:

(3.5)
𝑡 = 𝑡𝑚 ± 𝜎𝑡

Onde:

(3.6)
∑𝑁
𝑖=1(𝑡𝑖 − 𝑡𝑚 )
2
𝑠=√
𝑁−1

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(3.7)
𝑠
𝜎𝑡 =
√𝑁

Após a estimativa do valor medido, faz-se a verificação se ele é compatível ou não


com o valor de referência, tref ,que é o valor esperado. E para verificar a
compatibilidade da estimativa calcula-se a discrepância conforme equação abaixo:

(3.8)
𝐷𝑖𝑠𝑐𝑟𝑒𝑝â𝑛𝑐𝑖𝑎 = |𝑡𝑚 − 𝑡𝑟𝑒𝑓 |

Verificou-se por meio do histograma das medidas que elas possuem distribuição
semelhante ao da distribuição Gaussiana, conforme Figura 2.0, dessa forma estipulou-
se que o valor admissível para a discrepância do valor estimado fique entre -2𝜎𝑡 e
+2𝜎𝑡 . Estipulou-se também que entre 2𝜎𝑡 e 3𝜎𝑡 o valor estimado será considerado
inconclusivo e que acima de 3𝜎𝑡 o valor será considerado incompatível com o valor
esperado.

Figura 2- Histograma das 60 medidas de tempo de queda realizadas manualmente com o


cronômetro digital.

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Figura 3 – Histograma das 100 medidas realizadas com o equipamento Pasco

Será analisado também a influência dos erros sistemáticos além do erro aleatório σt,
como o erro do instrumento de medição trena, σtrena, o erro da medida do raio da bola,
σbola, que foi medido com o paquímetro e o erro do tempo de reação para finalizar a
contagem no cronômetro, σreac.
No cálculo do erro associado à medição da altura σh de queda da bola, consideraremos
as incertezas conforme Tabela 1 abaixo:

Grandeza medida Instrumento


Menor medida Incerteza Incerteza
(precisão) (m)
Raio da bolinha (rb) Paquímetro 0,05cm 0,025 cm 0,00025
Altura da queda (y) Trena 1mm 0,5mm 0,0005
Tabela 1– Incertezas associadas à medição da altura de queda da bolinha.
Da equação (3.3) será calculado o tempo t1 somando-se à altura de referência, de 0,9
m os erros associados à medição pelos instrumentos conforme definidos na Tabela 1. E o
tempo t2 será calculado de forma análoga porém subtraindo-se os erros definidos na
Tabela 1.

2 ∗ (0,9 + 0,0005 + 0,00025)


𝑡1 = √ = 0,42901
9,788

𝜎𝑡1 = |𝑡1 − 𝑡𝑟𝑒𝑓 | = |0,42901 − 0,43192| = 0,00291

2 ∗ (0,9 − 0,0005 − 0,00025)


𝑡2 = √ = 0,42866
9,788

𝜎𝑡2 = |𝑡1 − 𝑡𝑟𝑒𝑓 | = |0,42866 − 0,43192| = 0,00326

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Será utilizado o maior erro de medição da grandeza associada à altura de queda da
bolinha até o chão, o 𝜎ℎ = 𝜎𝑡2 = 0,003 no cálculo do erro total. A incerteza do
cronômetro manual digital é σm = 0,01. Considerando σt o erro aleatório, o erro total
associado à medição será definido pela Equação (3.9) .

(3.9)
2
𝜎𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = √𝜎𝑟𝑒𝑎𝑐 + 𝜎ℎ2 + 𝜎𝑡2 + 𝜎𝑚
2

Com o cronômetro Pasco o erro associado ao tempo de reação é eliminado, já que o


cronômetro é automático, então σreac =0. E para o cálculo do erro associado à medição da
altura, σh não será necessário somar o raio da bolinha a altura, já que o cronômetro mede
assim que a bolinha entra em contato com o console que prende a bolinha, o ponto de
contato da bolinha está alinhado com o centro de massa, então não há erro quanto ao
posicionamento da bolinha no console, veja Figura 4.0.

CM

d = 90 cm

0 Chão

Figura 4.0 – Desenho esquemático da bolinha encostada no lado direito da parte


superior do console do cronômetro Pasco e a haste do mesmo.

2 ∗ (0,9 + 0,0005)
𝑡1 = √ = 0,4289 s
9,788

𝜎𝑡1 = |𝑡1 − 𝑡𝑟𝑒𝑓 | = |0,4289 − 0,4319| = 0,003 s

2 ∗ (0,9 − 0,0005)
𝑡2 = √ = 0,4287 s
9,788

𝜎𝑡2 = |𝑡2 − 𝑡𝑟𝑒𝑓 | = |0,4287 − 0,4319| = 0,0032 s

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Mantendo-se 4 algarismos significativos tem-se que o σh = 0,003 s. A Tabela 2 mostra
a incerteza na medição da altura de queda da bolinha no cronômetro Pasco e a precisão
desse cronômetro, σp na medição do tempo, que é Pasco é de 0, 001, então σtotal será:

Grandeza medida Instrumento Menor Incerteza


medida
(precisão)
Tempo em s Cronômetro Pasco 0,001 s
0,001 s
Altura em m Haste do cronômetro 1 mm
0,0005 m
Pasco
Tabela 2 - Incertezas associadas à medição da altura e do tempo de queda da bolinha
com o instrumento Pasco.
(3.10)
𝜎𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = √𝜎ℎ2 + 𝜎𝑡2 + 𝜎𝑝2

Depois variou-se a altura de 10 em 10 cm e fez-se 30 medidas do tempo de queda


para cada altura para podermos analisar a influência da variação da altura de queda na
medida do tempo. Para isso será feita a linearização da equação 3.2.

(3.11)
1
𝑦 = 𝑟 + 𝑑 = 𝑔𝑡 2
2

(3.12)
𝑔
𝑑 = 𝑡2 − 𝑟
2
Antes de fazer a linearização, será verificado por meio do coeficiente de Pearson
r’, que é obtido pela equação (3.13, se o termo t2/2 tem comportamento linear em relação
à altura d. Caso as variáveis tenham uma correlação linear, utiliza-se o método dos
mínimos quadrados.
(3.13)
𝜎𝑥𝑦
𝑟′ =
𝜎𝑥 𝜎𝑦

Onde σxy é a covariância entre as duas medidas, dada pela equação (3.14) e σx e σy
são os erros da média das variáveis x e y.
(3.14)
𝑁
1
𝜎𝑥𝑦 = ∑(𝑥𝑖 − 𝑥̅ )(𝑦𝑖 − 𝑦̅)
𝑁
𝑖=1

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Onde 𝑥𝑖 = 𝑡𝑚é𝑑𝑖𝑜 , tmédio é a média dos tempos em cada altura e yi= d, altura de
2
queda.

O método dos mínimos quadrados será utilizado para achar os coeficientes angular e
linear dessa reta que melhor ajusta os valores obtidos de t2 /2 e d de forma que se obtenha
o melhor ajuste de d.

Pelo método dos mínimos quadrados os coeficientes são definidos conforme roteiro
de aula por:

(3.15)
𝜎𝑥𝑦
𝑎=𝑔= 2
𝜎𝑥

O coeficiente linear será dado por:

(3.16)
𝑏 = −𝑟 = 𝑦̅ − 𝑔𝑥̅

A incerteza em y é dada pela equação (3.17):

(3.17)
𝑁
[𝑦𝑖 − (𝑎𝑥𝑖 + 𝑏)]2 𝑁 2
𝜎𝑥𝑦
𝜖 𝑦 = √∑ =√ (𝜎𝑦2 − 2 )
(𝑁 − 2) 𝑁−2 𝜎𝑥
𝑖=1

As incertezas associadas a g e a r, σg e σr , são definidas pelas equações (3.18) e


(3.19)respectivamente:

(3.18)
1 𝜖𝑦
𝜎𝑔 =
𝜎𝑥 √𝑁

(3.19)
𝜎𝑟 = 𝜎𝑔 √̅̅̅
𝑥2

4. Material utilizado
a. Uma bolinha de resina.
b. Trena.
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c. Celular, como cronômetro.
d. Giz.
e. Cronômetro eletrônico Pasco.
f. Bolinha metálica. A bola precisa ser metálica para ao passar pelo sensor
magnético do dispositivo este acionar automaticamente o cronômetro após perder
o contato com ela.
g. Cronômetro digital.
h. Paquímetro.

Console onde
se segura a
bolinha

Base Cronômetro

Figura 5.0 – Foto do equipamento Pasco. O cronômetro Pasco consiste em uma


haste com um sensor que dispara o cronômetro quando a bola deixa o console,
ou seja, no ponto a uma altura pré-determinada em que a bola deixa de fazer
contato com a placa magnética e para o cronômetro quando a bola atinge a base.

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5. Procedimento experimental
a. Por meio de uma trena foi marcado com giz na parede do laboratório a altura de
90 cm. E dessa altura uma bolinha foi largada em queda livre.
b. Ao largar a bola ativa-se o cronômetro do celular.
c. Ao ouvir o barulho da bola atingindo o solo, trava-se o cronômetro e toma-se nota
do valor registrado.
d. Foram realizadas 60 medidas do tempo de queda da bolinha em segundos por meio
do cronômetro do celular.
e. .Foi estimado também o tempo de reação treac por meio da média entre 6 medidas
entre o tempo em ativar e parar o cronômetro.
f. Com o equipamento Pasco foram realizadas 100 medidas.
g. Ajusta-se a altura que seja deseja largar a bola por meio da haste do equipamento.
Com a altura fixada segura-se a bolinha entre as placas do equipamento e solta-se
a bolinha. Toda vez antes de soltar a bola, zera-se o cronômetro.
h. Por fim variou-se a altura de 10 em 10cm, fez-se a marcação da altura medida com
uma trena com giz na parede e anotou-se o tempo de queda com um cronômetro
manual.

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6. Resultados
a. Medidas realizadas tendo o início e término de contagem do cronômetro acionados manualmente

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Tabela 3- Medidas do tempo de queda da bolinha realizadas com cronômetro digital manual (continuação).

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Tabela 4 – Valores dos erros aleatório e sistemáticos calculados e os valores de referência utilizados para a altura e para a gravidade.

Se não considerarmos os erros sistemáticos observa-se que o tempo de queda estimado é incompatível, já que |𝑡𝑚 − 𝑡𝑟𝑒𝑓 | = 0,09 > 3𝜎𝑡 =
0,013 ≥ 2𝜎𝑡 = 0,009. Considerando os erros sistemáticos, observa-se que o tempo de queda estimado é compatível, já que |𝑡𝑚 − 𝑡𝑟𝑒𝑓 | =
0,09 < 0,28 = 2𝜎𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 .

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b. Medidas realizadas tendo o início contagem do cronômetro acionados automaticamente pelo equipamento Pasco.

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Tabela 5 – Valores dos erros aleatório e sistemáticos calculados.

Observa-se que o valor estimado do tempo de queda com o equipamento Pasco é incompatível, já que |𝑡𝑚 − 𝑡𝑟𝑒𝑓 | = 0,008 > 0,006 = 3𝜎𝑡 .
Porém, considerando os erros sistemáticos, observa-se que a medida com o cronômetro automático é compatível já que |𝑡𝑚 − 𝑡𝑟𝑒𝑓 | = 0,008 <
0,021 = 2𝜎𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 .

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c. Medidas do tempo de queda variando-se a altura

Tabela 6 – Medidas do tempo de queda livre da bolinha com cronômetro digital


variando-se a altura de 10 em 10 cm

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Tabela 7- Médias dos tempos medidos por altura, valores das acelerações calculadas
utilizando-se essas médias conforme EquaçãoErro! Fonte de referência não
encontrada.

Observa-se que o valor médio de g é compatível com o valor de referência, uma


vez que |𝑔𝑚 − 𝑔𝑟𝑒𝑓 | < 2𝜎𝑔𝑟 ..

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Na Tabela 8 estão os valores de x e y da equação linearizada (3.12) e os valores que serviram de cálculo dos erros associados aos coeficientes
da reta. A discrepância entre a aceleração da gravidade calculada pelo método dos mínimos quadrados, g da Tabela 9 é de |7,1146-9,7879| =2,6733
±0,0636, é uma discrepância maior do que a calculada com a média dos tempos, que foi de 0,8869 conforme Tabela 7. Verifica-se também que a
discrepância é maior do que 3σg = 1,5429, ou seja, a medida é incompatível.

2 1
Tabela 8 -Valores de 𝑥𝑖 = 2 𝑡𝑚é𝑑𝑖𝑜 e yi= d da equação linearizada e todos os valores que serviram de base para cálculo dos erros associados à
aceleração da gravidade e ao raio da bola

Tabela 9 – Valores dos erros associados à gravidade e ao raio da bolinha, σg e σr respectivamente.


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Observa-se no gráfico de dispersão de dados da Tabela 7 pela equação da linha
de tendência que o oceficiente angular é o mesmo que o que foi calculado.

Figura 6.0 - Gráfico da curva linearizada.

7. Considerações finais e conclusão


a. Considerações
A média do nosso tempo de reação é de ±0,14 s, esse tempo que medimos
ativando e desativando o cronômetro é somente o tempo de reação para desativar
o cronômetro, então o tempo de ativar o cronômetro será estimado como igual ao
tempo de desativar o cronômetro, dessa forma o ±Δt/2 = ±0,14 s. O erro associado
às incertezas da medida do raio da bola e da altura foi desprezível com relação ao
erro devido ao tempo de reação, como pode ser visto no valor de σtotal calculado
na Tabela 4, que foi de ±0,14 s. Quando variamos de 10 em 10 cm a altura, ou seja,
0,1 m, a variação no tempo de queda calculado é de 0, 02 s, como o erro associado
ao nosso processo de medição, σtotal , é maior do que 0,02, como pode ser visto na
Tabela 6, o nosso experimento não é capaz de medir o tempo de queda associado
a cada altura, esse método de medição é falho para este fim.

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b. Conclusão
O cronômetro eletrônico Pasco permitiu uma diminuição na discrepância
entre o valor do tempo de queda medido com o de referência com relação ao
cronômetro digital manual e o cálculo de g por meio da média das acelerações
calculadas a cada altura também permitiu uma diminuição na discrepância em
relação ao g calculado pelo método dos mínimos quadrados e com isso as medidas
se tornaram compatíveis. Conclui-se então que o cronômetro Pasco é um
instrumento mais exato do que o cronômetro digital manual e que oferece o valor
estimado do mensurando com probabilidade de estar 95% próximo do valor
esperado, assim como o método do cálculo da média das acelerações também é
mais exato do que o método dos mínimos quadrados.
Ficou claro que se não considerarmos os erros sistemáticos as medidas se
tornam incompatíveis com os valores de referência e que deve-se sempre verificar
se o experimento e os instrumentos de medição serão capazes de medir a grandeza
que se deseja medir com a precisão que o problema físico exige.

Rio de Janeiro, 19 de abril de 2024.

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