Recurso Ordinário Constitucional - Hugo

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE

DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO.

Processo nº: 0084486-73.2024.8.19.0000

HUGO DE ALMEIDA PAULA, já qualificada nos autos do processo nº º


0084486-73.2024.8.19.0000, por meio de seu advogado infra-assinado, vem,
respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, interpor RECURSO ORDINÁRIO
CONSTITUCIONAL, pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos.

RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL

em face do Governador do Estado, já qualificado, pelas razões de fato e de direito


apresentadas na minuta anexa.

Requer seja recebido e processado o presente recurso, intimando-se a parte contrária


para que ofereça, dentro do prazo legal, as contrarrazões e, após, seja o recurso
encaminhado com as inclusas razões ao razões ao Egrégio Superior Tribunal de Justiça.

Por fim, requer a juntada das custas de preparo e porte de remessa e retorno.

Termos em que,

Pede deferimento.

Campos dos Goytacazes/RJ, 11 de novembro de 2024.

REYNALDO PEIXOTO SOARES.

OAB/RJ nº 148.694.
Dados da ação: Processo nº: 0084486-73.2024.8.19.0000.

Recorrente: HUGO DE ALMEIDA PAULA

Recorrido: Governador do Estado

Superior Tribunal de Justiça,

Colenda Turma,

Ínclitos Julgadores,

RAZÕES DO PEDIDO DE REFORMA

Ilustres ministros,

Hugo de Almeida Paula, não se conformando com o respeitável acórdão que


denegou o mandado de segurança em seu favor, vem, respeitosamente, apresentar as
razões do presente recurso ordinário constitucional:

1. DO CABIMENTO E DA TEMPESTIDADE:

O Recurso Ordinário Constitucional está previsto no inciso II dos arts. 102 e


105, da Constituição Federal. Ele pode ser processado e julgado pelo STF ou STJ,
respectiva- mente, a depender da origem da matéria a ser apreciada no recurso, cabendo
somente contra decisão denegatória ou de não conhecimento.

Ao STJ compete o julgamento do mesmo recurso quando a demanda versar


sobre:

a) os habeas corpus decididos em única ou última instância pelos Tribunais


Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios,
quando a decisão for denegatória;

Diante da negativa do Habeas e mantida a prisão preventiva, cabe o presente


recurso.
Importante ressaltar que o presente recurso deve ser tido como tempestivo, uma
vez que a decisão fora publicada em ...

A luz do que preceitua o art. 30 da Lei Federal no 8.038/90, o presente recurso


fora aviado tempestivamente, quando interposto antes do 5o dia.

2. DO PREPARO:

O preparo e o porte de remessa e de retorno foram devidamente recolhidos, na


forma do art. 1.007 do CPC/15.

3. SÍNTESE DO PROCESSO:

Hugo de Almeida Paula encontra-se preso preventivamente pela suposta prática


dos crimes de furto tentado (art. 155, §4º, IV, do Código Penal) e corrupção de menores
(art. 244-B do ECA). O Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro denegou a
ordem de habeas corpus, justificando a prisão preventiva com base nos requisitos do
fumus comissi delicti e periculum libertatis, além do suposto risco de reiteração delitiva,
dada a existência de um inquérito policial prévio contra o paciente.

4. DA FUNDAMENTAÇÃO JURÍDICA:

Não merece prosperar a decisão que denegou o pedido de habeas corpus, pois
ela se mostra desprovida de respaldo constitucional e legal.

A decisão de primeira instância considerou como motivos para a prisão


preventiva o risco de reiteração delitiva e a necessidade de garantir a ordem pública.
Contudo, tais fundamentos não foram apresentados de maneira concreta e suficiente
para justificar a medida mais gravosa. Vale destacar que:

 Fumus Comissi Delicti e Periculum Libertatis: A prisão preventiva, como


medida extrema, só é aplicável quando inexistem outras alternativas adequadas e
menos prejudiciais, conforme o art. 319 do Código de Processo Penal. Não há,
neste caso, prova concreta e cabal de que a liberdade do paciente comprometeria
a instrução criminal ou representaria risco à ordem pública.

 Ausência de Gravidade Concreta da Conduta: A imputação contra o paciente


não envolve violência ou grave ameaça à pessoa, o que exige uma análise
cautelosa e proporcional. Embora seja apontada uma suspeita de envolvimento
anterior em crime, não se configura o risco iminente de reiteração delitiva a
ponto de impedir a concessão de liberdade provisória, especialmente
considerando que o paciente é primário.

A Constituição Federal e a legislação infraconstitucional preveem medidas


cautelares diversas da prisão, visando preservar a liberdade do acusado enquanto se
aguarda o julgamento, exceto em situações de extrema necessidade.

5. DA TUTELA ANTECIPADA RECURSAL (DO EFEITO SUSPENSIVO


ATIVO):

A concessão do efeito suspensivo ativo ao recurso ordinário está prevista no art.


995, §único, do CPC/15 e no art. 1.027, § 2o c/c art. 1.029, §.50, ambos do CPC/15.

O fumus boni iuris está configurado no fundamento relevante do direito da


recorrente consistente na violação dos direitos fundamentais de petição, de acesso a
informações, do Mandado de Segurança e da ação popular, e o periculum in mora no
risco de ineficácia da medida final se a liminar não for deferida, tendo em vista a
urgência da situação.

6. DOS PEDIDOS

Diante do exposto, requer a Vossa Excelência:

a) Que seja deferido o pedido de gratuidade de justiça;

b) A concessão de liminar para revogar a prisão preventiva, com a aplicação de


medidas cautelares alternativas, caso o Tribunal julgue necessário.
c) O provimento do recurso ordinário constitucional para reformar a decisão do
Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro e conceder a liberdade ao
paciente, com ou sem a imposição de medidas cautelares.

Nestes termos, pede deferimento.

Campos dos Goytacazes/RJ, 12 de novembro de 2024.

REYNALDO PEIXOTO SOARES.


OAB/RJ nº 148.694.

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