VÍRUS MgAD

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Mecanismos gerais de

Agressão e Defesa
(MgAD)

Estrutura viral
Profa. Heide Baida
Referências bibliográficas
• ABBAS, Abul K. Imunologia Celular e MolecularGrupo GEN, 2019. E-book. ISBN 9788595150355. Disponível em:
hKps://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595150355/

• MURRAY, Patrick. Microbiologia Médica. Grupo GEN, 2017. E-book. ISBN 9788595151741. Disponível em:
hKps://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595151741/

• KORSMAN, Stephen N J. Virologia. Grupo GEN, 2014. E-book. ISBN 9788595151871. Disponível em:
hKps://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595151871/

• SANTOS, Norma Suely de O.; ROMANOS, Maria Teresa V.; WIGG, Marcia D.; AL, et. Virologia Humana. Grupo GEN,
2021. E-book. ISBN 9788527738354. Disponível em:
hKps://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527738354/

• HEWLETT, Mar_nez; CAMERINI, David; BLOOM, David C. Virologia Básica. Grupo GEN, 2023. E-book. ISBN
9788527739603. Disponível em: hKps://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527739603/
Vírus
• São agentes microscópicos de tamanho entre 20 e 300 nm
(bactérias variam de 0,5 a 5 µm)

• Todos são parasitas intracelulares obrigatórios: atuam como


“piratas de células” e atacam diferentes organismos –
unicelulares (bactérias), pluricelulares (fungos, plantas, animais
e homem)

• Não são considerados seres vivos pois, quando estão fora das
células hospedeiras, não conseguem se mulHplicar e não
apresentam nenhum Hpo de aHvidade vital (metabolismo)
Proporção de tamanho
Comparação entre vírus e bactérias
Infecções virais humanas
Pandemias
Gripe espanhola (1918-1920)

• A pandemia da gripe espanhola deixou aproximadamente 40 - 100 milhões de mortos entre 1918 e 1920
• 2/3 da população mundial foi infectada
Infecções virais: um desafio
Estrutura viral
Capsídeo
• O envoltório proteico que envolve o ácido nucleico do
vírus é chamado de capsídeo
– O capsídeo é composto por subunidades: os
capsômeros
Funções
• Empacotamento: proteção do ácido nucléico
• Transporte do ácido nucléico para outras células

• Pode ser disseminado facilmente:


– Por fômites, de mão para mão, pela poeira, por
pequenas gotas (perdigotos)
• É uma estrutura rígida capaz de resisHr a severas
condições ambientais
– ResisHr às condições adversas do intesHno
– Ser resistente a detergentes e a um tratamento de
esgoto ineficaz

• É liberado da célula por lise: ciclo líHco


Capsídeo

• Icosaedro: poliedro composto


por 20 triângulos equiláteros

• Helicoidal: rígido em vírus que


infectam plantas. Longo e flexível
em vírus que infectam animais

• Complexa: para estruturas


diferentes das descritas acima
Envelope viral
• Bicamada lipídica externa ao
capsídeo originária de
membranas celulares

• Contém glicoproteínas virais:


infecDvidade viral

• Facilmente destruídos por


substâncias que danificam a
camada lipídica (desinfetantes,
sabão, detergentes, álcool)
A transcriptase
reversa pega o rna e
transcreve para DNA,
ao contrário da gente.
Quem produziu foi a Proteínas virais
célula que ele invadiu.
Glicoproteínas de envelope ou
proteínas do capsídeo

Funções
• Protegem o ácido nucleico
• Ligam-se a receptores nas células
• Penetram na membrana celular
• Ajudam a replicar o ácido
nucleico
• Modificam a célula hospedeira
Estrutura viral
Genoma viral
1. Vírus de DNA de fita dupla (dsDNA)
2. Grupo II - Vírus de DNA de fita simples
(ssDNA)
3. Grupo III - Vírus de RNA de fita dupla
(dsRNA)
4. Grupo IV - Vírus de RNA de fita simples
posi?va (+ssRNA)
5. Grupo V - Vírus de RNA de fita simples
nega?va (-ssRNA)
6. Grupo VI – Retrovírus
7. Grupo VII - Pararetrovírus: Vírus deste
grupo também possuem genomas de RNA
Ciclo de biossíntese viral
1. Adsorção
2. Penetração e desnudamento
3. Transcrição
4. Tradução
5. Replicação
6. Transcrição tardia
7. Tradução tardia
8. Maturação
9. Liberação
Replicação do vírus
Ciclos lí)co e lisogênico
Replicação viral
Liberação do virion
Replicação viral
A síntese de material gené4co e de proteínas
virais é dependente das células hospedeiras

• Um único vírion pode dar origem, em uma


única célula hospedeira, a algumas ou mesmo
milhares de parTculas virais iguais
• Esse processo pode alterar drasDcamente a
célula hospedeira, podendo causar sua morte
• A mulDplicação dos vírus pode ser
demonstrada com uma curva de ciclo único
Infecções virais: latência e persistência

• Uma fase viral latente é aquela


em que o vírus permanece dentro
da célula hospedeira por longos
períodos, sem produzir uma
infecção
• As infecções virais persistentes
ocorrem quando a infecção
primária não é eliminada
completamente: vírus, genomas e
e/ou proteínas virais conDnuam a
ser produzidos por muitos anos
Infecções virais: tropismo
• Tropismo por células/tecidos: vírus entérico se replica no trato
digestório e não no pulmão, vírus neurotrópico se replica em células do
sistema nervoso e não em células hematopoiéDcas

• Receptores virais:
• H1N1: HemagluDnina – receptor na célula hospedeira: ácido siálico
• HIV: gp120 – Receptor na célula hospedeira: CD4

• O tropismo para alguns vírus é limitado, já outros são considerados


pantrópicos, pois conseguem se replicar em diversos órgãos (Herpes
vírus)
Como garanLr o sucesso na infecção viral?
• Carga suficiente de vírus deve estar
disponível
• Tropismo celular
• As células no sí?o primário de
infecção devem estar acessíveis,
susceTveis e permissíveis
• O sistema local de defesa do
hospedeiro deve estar ausente ou
pelo menos ineficiente
• Efeito citopá?co: lise celular
(necrose) ou mudanças morfológicas
na célula hospedeira (indução da
apoptose)
Resposta imune nas infecções virais
Perguntas norteadoras
• Explique porque os vírus são considerados parasitas intracelulares
obrigatórios.
• Descreva e diferença entre os ciclos lí<co e lisogênico.
• Explique quais as consequências para a célula infectada quando
ocorre a liberação do vírus por exocitose, ponte célula-célula e lise.
• Quais as principais diferenças entre os vírus envelopados e não
envelopados.
• Explique o que significa latência viral.
Caso clínico
Homem, 23 anos, sem histórico de doenças prévias, após viagem com amigos
para o litoral há cerca de 10 dias retorna com diarreia, náusea e vômitos. Relata
ainda muito cansaço, falta de apetite e dor abdominal. Ao exame físico está
febril e apresenta icterícia na esclera. Durante a anamnese, relata que ingeriu
ostras cruas em várias refeições durante a viagem. O médico então solicitou
sorologia para hepatites (HAV, HBV e HCV) e dosagem das enzimas hepáticas
séricas. Os resultados estão a seguir. Hepatite A: anti-HAV IgM positivo, anti-
IgG negativo; Hepatite B: HBsAg IgG negativo, HBeAg IgG negativo, anti-HBs
IgG positivo, anti-HBe IgG negativo, anti-HBc IgG positivo; Hepatite C: anti-HCV
IgG negativo; ALT (alanina aminotransferase): 123 U/L - Valor normal: 7 a 56
U/L; AST (aspartato aminotransferase): 131 U/L - Valor normal: 8 a 48 U/L.
Homem, 23 anos, sem histórico de doenças prévias, após viagem com amigos para o litoral há cerca de
10 dias retorna com diarreia, náusea e vômitos. Relata ainda muito cansaço, falta de apetite e dor
abdominal. Ao exame físico está febril e apresenta icterícia na esclera. Durante a anamnese, relata que
ingeriu ostras cruas em várias refeições durante a viagem. O médico então solicitou sorologia para
hepatites (HAV, HBV e HCV) e dosagem das enzimas hepáticas séricas. Os resultados estão a seguir.
Hepatite A: anti-HAV IgM positivo, anti-IgG negativo; Hepatite B: HBsAg IgG negativo, HBeAg IgG negativo,
anti-HBs IgG positivo, anti-HBe IgG negativo, anti-HBc IgG positivo; Hepatite C: anti-HCV IgG negativo; ALT
(alanina aminotransferase): 123 U/L - Valor normal: 7 a 56 U/L; AST (aspartato aminotransferase): 131
U/L - Valor normal: 8 a 48 U/L.

1. Analisando os exames sorológicos do paciente, qual doença infecciosa ele apresenta? Explique.
2. Baseando-se no relato do paciente, qual a suposta forma de contágio? Explique.
3. Qual característica morfológica o vírus possui que favorece a forma de contágio? Explique.
4. Baseando-se nos resultados dos exames laboratoriais, qual tipo de ciclo o agente infeccioso
apresenta? Explique.
5. Qual o tipo de icterícia o paciente apresenta? Explique.
6. Qual seria o resultado esperado para os resultados séricos de bilirrubina direta e indireta? Explique.
Obrigada!

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